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Licensed to tamyres barbosa de freitas - vitorbbb6@gmail.com - 075.412.125-98
 
RESUMO 08 
 
@RADEGONDESS 
 
1 
 
SUMÁRIO 
 
Do Direito das Obrigações .................................................................................................................. 02 
Das Obrigações de Dar Coisa Certa .................................................................................................... 02 
Das Obrigações Divisíveis e Indivisíveis .............................................................................................. 04 
Da Cessão de Crédito .......................................................................................................................... 06 
Do Pagamento .................................................................................................................................... 07 
Da Dação em Pagamento ................................................................................................................... 10 
Da Novação ........................................................................................................................................ 11 
Da Cláusula Penal ............................................................................................................................... 14 
Das Arras ou Sinal ............................................................................................................................... 17 
Caderno de Questões do TEC ............................................................................................................. 18 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
Pessoal, hoje estudaremos o tópico DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES. Esse assunto começa no art. 233 do 
Código Civil e vai até o art. 420. Perceba que estamos diante de quase 200 artigos. 
➢ Das Modalidades das Obrigações – art. 233 até 285 
➢ Da Transmissão das Obrigações – art. 286 até 303 
➢ Do Adimplemento e Extinção das Obrigações – art. 304 até 388 
➢ Do Inadimplemento das Obrigações – art. 389 até 420 
 
Neste material abordaremos apenas os artigos, incisos e alíneas mais relevantes. Colocaremos 
esquemas, exemplos, quadros e comentários, tudo isso a fim de facilitar a memorização. Caso queira 
verificar algum outro dispositivo, recomendamos o acesso à lei por meio do site do planalto: 
➢ Código Civil → http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm 
 
Sugestão de estudo: 
➢ Estude com calma este PDF. Leia-o devagar, mas não se preocupe em memorizar os detalhes, 
pois eles serão memorizados com a repetição do estudo desse conteúdo. 
 
Bons estudos! 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm
 
RESUMO 08 
 
@RADEGONDESS 
 
2 
 
DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
CONTEXTUALIZAÇÃO 
 
Obrigação é um vínculo jurídico entre o credor e o devedor! Ou seja, confere-se ao credor (sujeito 
ativo) o direito de exigir do devedor (sujeito passivo) o cumprimento de determinada prestação de 
caráter patrimonial, sendo que no caso de descumprimento poderá o credor satisfazer-se no 
patrimônio do devedor, isto é, pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do 
devedor (art. 391). 
 
 
 
 
 
DAS OBRIGAÇÕES DE DAR COISA CERTA 
 
Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o 
contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. 
 
 
COMENTÁRIO: Obrigação de dar coisa certa é aquela em que o devedor se compromete a 
entregar uma coisa certa e determinada, perfeitamente individualizada, que possa ser 
diferenciada de outras da mesma espécie (ex.: um touro reprodutor). No direito das obrigações 
“dar” pode significar entregar a propriedade (em uma compra e venda) ou simplesmente 
entregar a posse (em uma locação). 
 
 
 
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou 
aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. 
 
 
COMENTÁRIO: Se a deterioração da coisa (destruição parcial) ocorreu sem que tenha havido 
culpa do devedor, resolve-se (extingue-se) a obrigação, com restituição da quantia paga ou pode 
receber a coisa no estado que estiver, com um abatimento proporcional no preço que se perdeu. 
 
 
 
CREDOR DEVEDORPRESTAÇÃO 
“ME PAGUE!” (Obrigação de dar, entregar, fazer, não fazer) 
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RESUMO 08 
 
@RADEGONDESS 
 
3 
 
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado 
em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos. 
 
 
EXEMPLO: Teresa firmou contrato com Camila obrigando-se a entregar-lhe um vestido. Antes da 
entrega, porém, Teresa utilizou o vestido em uma festa e derrubou vinho sobre ele, manchando 
o vestido. Diante dessa situação, Camila poderá exigir o equivalente em dinheiro, ou aceitar a 
coisa (vestido) no estado em que se acha, além de postular perdas e danos. 
 
 
 
 
 
 
OBS.: Note que só haverá perdas e danos se houver culpa do devedor! 
 
 
 
 
DETERIORADA 
A COISA
NÃO sendo culpado 
o devedor, o credor 
poderá:
Resolver (extinguir) a obrigação, com a 
restituição da quantia paga
Receber a coisa no estado que estiver, 
com um abatimento proporcional no 
preço que se perdeu
Sendo culpado o 
devedor, o credor 
poderá:
Exigir o equivalente em dinheiro, com 
direito a reclamar indenização das 
perdas e danos
Aceitar a coisa no estado em que se 
acha, com direito a reclamar 
indenização das perdas e danos
@RADEGONDESS 
Art. 235 
Art. 236 
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RESUMO 08 
 
@RADEGONDESS 
 
4 
 
DAS OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS 
 
Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor 
ou devedores se desobrigarão, pagando: 
 
I - a todos conjuntamente; 
 
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXEMPLO: Camila e Tereza, coproprietárias de um apartamento, celebraram contrato de compra 
e venda do referido bem com Joana, parcelando o valor do referido imóvel em 60 prestações 
mensais. Joana (devedora) vinha adimplindo regularmente as prestações mensais até que, ao 
tempo da 20ª prestação, procurou ambas as credoras, pois pretendia quitar todas as prestações 
restantes de uma só vez. Camila prontamente atendeu Joana, enquanto Tereza não se 
manifestou, pois encontrava-se em viagem ao exterior. Joana efetua o pagamento diretamente a 
Camila e recebe a quitação plena da obrigação, assim como a devida caução de ratificação de 
Tereza. Nesse caso, o pagamento realizado por Joana é válido e eficaz, pois feito à credora de 
obrigação indivisível (obrigação de entregar o apartamento) e em conformidade com o art. 260, 
inciso II, do Código Civil. 
 
 
 
QUADRO COMPARATIVO 
O QUE É OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL? O QUE É OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL? 
É aquela que comporta fracionamento. É aquela que NÃO comporta fracionamento. 
 
EXEMPLO: Devo R$ 12.000 e a dívida pode 
ser parcelada em 12 parcelas de R$ 1.000. 
 
EXEMPLO: Entregar um cavalo, entregar um 
apartamento. 
 
 
O devedor ou devedores se 
desobrigarão, pagando:
A todos os credores conjuntamente
A um credor, dando este caução de 
ratificação dos outros credores
@RADEGONDESS 
OU 
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RESUMO 08 
 
@RADEGONDESS 
 
5 
 
 
OBSERVAÇÕES 
1) Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a 
obrigação for indivisível. (art. 201) 
 
2) A interrupção da prescrição por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a 
interrupção efetuada contra o devedorsolidário envolve os demais e seus herdeiros. (art. 204, § 1°) 
 
 
 
DA SOLIDARIEDADE ATIVA 
 
Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a 
solidariedade. 
 
 
COMENTÁRIO: A solidariedade ATIVA ocorre quando, em decorrência da mesma relação jurídica, 
há pluralidade de credores, sendo que eles possuem direitos pelo total da dívida. Na 
solidariedade ativa qualquer um dos credores pode exigir a prestação por inteiro (art. 267). Ou 
seja, o devedor não pode pretender pagar a dívida ao credor demandante de forma parcial 
(entregando apenas a quota-parte desse credor), sob a alegação de que deveria ratear a quantia 
entre os demais credores. 
 
Além disso, o art. 271 dispõe que a conversão da prestação em perdas e danos não extingue a 
solidariedade, isto é, ela continua existindo para todos os efeitos. 
 
 
 
DA SOLIDARIEDADE PASSIVA 
 
Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a 
pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; 
mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores. 
 
 
COMENTÁRIO: A solidariedade PASSIVA ocorre quando, em decorrência da mesma relação 
jurídica, há pluralidade de devedores, sendo que todos eles são obrigados ao pagamento total 
da dívida. O credor pode escolher qualquer um dos devedores para cumprir a prestação. Isso 
reforça o vínculo e facilita o cumprimento da obrigação, pois o credor pode escolher apenas o 
devedor em melhores condições financeiras para cumprir a obrigação. 
 
Além disso, o art. 276 dispõe que se um dos devedores solidários morrer, a dívida se transmite 
aos seus herdeiros no limite da sua quota, salvo se a obrigação for indivisível (na obrigação 
indivisível não é possível pagamento parcial). Todos os herdeiros reunidos são considerados 
como um devedor solidário em relação aos demais devedores. 
 
 
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RESUMO 08 
 
@RADEGONDESS 
 
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DA CESSÃO DE CRÉDITO 
 
Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a 
convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-
fé, se não constar do instrumento da obrigação. 
 
 
COMENTÁRIO: Em regra, todos os créditos podem ser objeto de cessão (transferência). Contudo, 
há créditos que não podem ser cedidos, principalmente quando decorrerem de relações jurídicas 
estritamente pessoais (direitos personalíssimos), como as de direito de família, alimentos, nome 
civil, etc. Além disso, o próprio contrato pode conter cláusula proibitiva de cessão de crédito. 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 292. Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cessão, paga ao credor 
primitivo, ou que, no caso de mais de uma cessão notificada, paga ao cessionário que lhe apresenta, 
com o título de cessão, o da obrigação cedida; quando o crédito constar de escritura pública, 
prevalecerá a prioridade da notificação. 
 
 
EXEMPLO: Pablo vendeu um carro para sua amiga Teresa no dia 30 de abril. As partes 
formalizaram instrumento particular de compra e venda nos termos do qual o preço deveria ser 
pago no prazo de um mês. Dias depois, em 10 de maio, Ricardo cedeu seu crédito sobre o preço 
do veículo para André, que notificou Fernanda na mesma data. Logo após, em 20 de maio, 
Ricardo cedeu o mesmo crédito para Bruno, entregando-lhe também o instrumento de compra e 
venda do automóvel. Bruno notificou Teresa acerca da cessão no mesmo dia, apresentando-lhe o 
mencionado instrumento de compra e venda conjuntamente com o título da própria cessão. Na 
data de vencimento da dívida, para desobrigar-se plenamente de sua obrigação, Teresa deverá 
realizar o pagamento a Bruno, por se tratar do cessionário que lhe apresentou o título da 
obrigação cedida (instrumento de compra e venda) em conjunto com o título da cessão. 
 
 
OBS.: Quando o crédito constar de escritura pública, prevalecerá a prioridade da notificação. 
 
 
 
 
 
 
 
O credor pode ceder 
o seu crédito
se a isso não se opuser a natureza da
obrigação, a lei, ou a convenção com o
devedor
REGRA GERAL EXCEÇÃO 
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RESUMO 08 
 
@RADEGONDESS 
 
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DO PAGAMENTO 
 
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos 
meios conducentes à exoneração do devedor. 
 
 
COMENTÁRIO: As obrigações extinguem-se normalmente pelo pagamento direto. Pagamento é o 
cumprimento espontâneo da prestação, liberando o sujeito passivo da obrigação. Qualquer 
interessado na extinção da dívida pode pagá-la (ex.: o fiador já sabendo que o devedor não terá 
condições de honrar seu compromisso, se antecipa e efetua o pagamento no vencimento, 
exatamente para não pagar juros no futuro). Se o credor se opuser, o interessado na extinção da 
dívida pode usar dos meios conducentes à exoneração do devedor, ou seja, o credor não pode se 
recusar em receber o pagamento, mas se assim o fizer, o interessado na extinção da dívida pode 
impetrar ação de consignação em pagamento (depósito judicial para se exonerar da dívida). 
 
OBS.: O terceiro não interessado também pode pagar a dívida, salvo oposição do devedor. 
Terceiro não interessado é aquele que não está vinculado à relação obrigacional existente entre 
credor e devedor, embora possa ter um interesse moral ou afetivo (ex.: pai que paga a dívida do 
filho). 
 
 
 
 
DAQUELES A QUEM SE DEVE PAGAR 
 
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer 
depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito. 
 
 
EXEMPLO: Teresa e Camila, maiores e capazes, celebraram entre si contrato de empréstimo em 
dinheiro, pelo qual Teresa emprestou quantia certa à Camila em 20/01 e Camila se obrigou a 
restituir o valor em 20/03 do mesmo ano. No entanto, na data do vencimento, Camila não 
efetuou o pagamento a Teresa, mas sim ao Pablo, marido da Teresa. Fato seguinte, Teresa, 
representada por um advogado, exigiu o pagamento da quantia devida, tendo como resposta da 
Camila a entrega de um documento de quitação assinado por Pablo. Nesse caso, o pagamento 
efetuado por Camila a Pablo é inválido, pois o pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de 
direito o represente, pois um cônjuge não é representante do outro cônjuge, salvo se houver 
outorga de poderes para tal. 
 
 
 
 
 
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RESUMO 08 
 
@RADEGONDESS 
 
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DO OBJETO DO PAGAMENTO E SUA PROVA 
 
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais 
valiosa. 
 
 
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da 
prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo 
que assegure, quanto possível, o valor real da prestação. 
 
 
EXEMPLO: A empresa ABC foi contratada para fornecer mensalmente material de escritório para 
a empresa XYZ pelo prazo de 60 meses. Em troca, ficou avençado que a XYZ depositará na conta 
corrente da ABC a quantia de R$ 4 mil reais. Nesse caso, o preço a ser depositado pela XYZ no 
vencimento não será corrigido monetariamente, ressalvada eventual revisão judicial decorrente 
de desproporção manifesta por motivos imprevisíveis. 
 
 
 
 
DO PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO 
 
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento 
bancário da coisa devida, nos casos e forma legais. 
 
 
COMENTÁRIO: O credor não pode se recusar em receber o pagamento, mas se assim o fizer, o 
interessado na extinção da dívida poderealizar o depósito judicial (impetrando ação de 
consignação em pagamento) ou o depósito extrajudicial (em estabelecimento bancário). 
 
 
 
Art. 337. O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto que se efetue, para o 
depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente. 
 
 
 
 
 
 
 
O pagamento em 
consignação
faz cessarem para o depositante os juros da
dívida e os riscos, salvo se for julgado
improcedente.
O pagamento em consignação consiste no depósito judicial ou extrajudicial da quantia (ou coisa devida). 
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RESUMO 08 
 
@RADEGONDESS 
 
9 
 
DO PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO 
 
Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: 
 
I - do credor que paga a dívida do devedor comum; 
 
II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do 
terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel; 
 
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou 
em parte. 
 
 
COMENTÁRIO: Sub-rogação é a substituição de uma coisa por outra, com os mesmos ônus e 
atributos (sub-rogação real) ou de uma pessoa por outra, com os mesmos direitos e ações (sub-
rogação pessoal). O art. 346 do Código Civil trata apenas da sub-rogação pessoal, que vem a ser a 
transferência da qualidade de credor para aquele que pagou a obrigação alheia (modifica-se a 
titularidade do crédito). 
 
EXEMPLO: Haverá sub-rogação do terceiro interessado (ex.: fiador), que paga a dívida pela qual 
era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. Ou seja, o fiador que paga uma dívida pela qual 
se obrigou, sub-roga-se nos direitos do credor. Em outras palavras, o fiador paga a dívida do 
devedor principal, mas se torna o novo credor do mesmo devedor. 
 
OBS.: O art. 346 trata da sub-rogação LEGAL (de pleno direito). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Haverá sub-rogação a 
favor do fiador
Quando ele pagar a dívida pela qual era
obrigado, no todo ou em parte.
A sub-rogação é CONVENCIONAL quando:
O credor recebe o pagamento de 
terceiro e expressamente lhe 
transfere todos os seus direitos
Terceira pessoa empresta ao 
devedor a quantia precisa para 
solver a dívida, sob a condição 
expressa de ficar o mutuante 
sub-rogado nos direitos do 
credor satisfeito
OU 
@RADEGONDESS 
Art. 347 
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RESUMO 08 
 
@RADEGONDESS 
 
10 
 
DA DAÇÃO EM PAGAMENTO 
 
Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida. 
 
 
COMENTÁRIO: Dação em Pagamento é um acordo de vontades entre credor e devedor em que 
há a entrega de coisa em substituição da prestação devida e vencida. Em outras palavras, o 
credor concorda em receber prestação diversa da que lhe é devida, extinguindo a obrigação. 
 
EXEMPLO: André deve para Bruno determinada importância em dinheiro, mas como André não 
tem o dinheiro, oferece um carro para o cumprimento da obrigação, sendo este aceito pelo 
credor. 
 
 
 
Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação 
primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros. 
 
 
DEFINIÇÕES PERTINENTES 
➢ Evicção é a perda de um bem por ordem judicial. 
➢ Evicto é aquele que adquire o bem, mas sofre a perda do bem em evicção. 
➢ Alienante é aquele que vende o bem para o evicto, motivado pela má-fé. 
➢ Evictor é o terceiro que reivindica o bem na justiça. 
 
COMENTÁRIO: O art. 359 dispõe que se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento (em 
outras palavras, se o credor perder a propriedade do objeto dado pelo devedor para um terceiro 
em virtude de sentença judicial), a obrigação primitiva será restabelecida, ficando sem efeito a 
quitação dada (ressalvados os direitos de terceiros de boa-fé). O devedor também responde por 
eventual vício redibitório (defeito oculto) da coisa entregue. 
 
 
 
 
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RESUMO 08 
 
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11 
 
DA NOVAÇÃO 
 
Art. 360. Dá-se a novação: 
 
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior; 
 
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor; 
 
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o 
devedor quite com este. 
 
 
COMENTÁRIO: Novação é a extinção de uma obrigação e o imediato surgimento de uma nova 
obrigação, ou seja, é a substituição de uma dívida por outra, extinguindo-se a primeira. Só haverá 
novação se houver um acordo, ou seja, vontade das partes (nunca por força de lei). Trata-se do 
animus novandi (intenção de inovar) que não pode ser presumido (deve ser inequívoco). 
 
EXEMPLO: André deve a Bruno o valor de R$ 3.000. Não tendo dinheiro, André propõe, como 
exímio carpinteiro que é, celebrarem um contrato de prestação de serviços de carpintaria na 
residência de Bruno, até o valor devido. Esta contratação caracterizará novação. 
 
 
 
QUADRO COMPARATIVO 
DAÇÃO EM PAGAMENTO NOVAÇÃO 
Tem por fim extinguir a dívida, exonerando o 
devedor da obrigação. 
Também extingue a dívida, porém no mesmo 
momento cria outra obrigação. 
 
 
 
DO INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
 
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização 
monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. 
 
 
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se 
expressamente não se houver por eles responsabilizado. 
 
 
EXEMPLO: André empresta seu carro a Bruno e ele é roubado, perdendo o carro. Bruno, em tese, 
não será obrigado a ressarcir o prejuízo, pois a doutrina entende que o roubo (subtração de coisa 
alheia mediante violência ou grave ameaça) é hipótese de força maior. Nesse caso, André (que é 
o proprietário) ficará com o prejuízo e a obrigação será extinta. 
 
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RESUMO 08 
 
@RADEGONDESS 
 
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DA MORA 
 
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser 
recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer. 
 
 
COMENTÁRIO: Mora é o retardamento (tempo) ou o imperfeito cumprimento (forma e lugar) da 
obrigação, desde que não tenha ocorrido caso fortuito ou força maior. Como se percebe, estar 
em mora não é simplesmente atrasar o pagamento. É possível que uma pessoa pague em dia, 
mas ainda assim esteja em mora, pois pagou em lugar ou forma diferente do combinado. A mora 
pode ser tanto por parte do devedor, como do credor. 
 
 
 
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade 
resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção 
de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada. 
 
 
EXEMPLO: A Siderúrgica ABC foi contratada em 2022 para construir um protótipo de aço para a 
Empresa XYZ, que deveria ser entregue até o final de 2022. Entretanto, a Siderúrgica ABC não 
conseguiu concluir a construção no prazo, por inadequado planejamento de sua parte. Quando 
estava prestes a concluí-lo, em fevereiro de 2023, adveio determinação do poder público no 
sentido do fechamento da Siderúrgica e suspensão temporária das suas atividades, com base em 
calamidade pública, o que inviabilizou definitivamente o cumprimento da obrigação. Essa 
determinação de suspensão das atividades caracteriza caso fortuito, mas não isenta a Siderúrgica 
ABC dos efeitos do inadimplemento, por ter ocorrido a suspensão quando já estava em mora. 
 
 
 
Art. 401. Purga-sea mora: 
 
I - por parte do devedor, oferecendo este a prestação mais a importância dos prejuízos 
decorrentes do dia da oferta; 
 
II - por parte do credor, oferecendo-se este a receber o pagamento e sujeitando-se aos 
efeitos da mora até a mesma data. 
 
 
COMENTÁRIO: Purgar a mora é neutralizar os efeitos da mora, grosso modo, é extinguir a mora. 
Ou seja, a parte que incorreu em mora, corrige (sana a sua falta) de forma voluntária, cumprindo 
a obrigação que fora anteriormente descumprida, reconduzindo a obrigação à normalidade. Deve 
ressarcir, também, os eventuais prejuízos causados à outra parte. 
 
 
 
 
 
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DAS PERDAS E DANOS 
 
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor 
abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar. 
 
 
COMENTÁRIO: Perdas e danos constituem o equivalente do prejuízo suportado pelo credor, em 
virtude do devedor não ter cumprido a obrigação, expressando-se em uma soma de dinheiro 
correspondente ao desequilíbrio sofrido pelo lesado. Nos termos do art. 402, as perdas e danos 
abrangem o que o credor efetivamente perdeu e o que razoavelmente deixou de lucrar. 
 
 
 
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos 
efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei 
processual. 
 
 
O QUE SÃO LUCROS CESSANTES? 
➢ São os lucros que foram frustrados, ou seja, tudo aquilo que o credor razoavelmente 
deixou de lucrar em decorrência direta e imediata da inexecução da obrigação pelo 
devedor. 
 
EXEMPLO: Pablo, que estava dirigindo seu carro, colide com um táxi. Este pode reclamar não só 
os danos ocorridos em seu veículo, como aquilo que deixou de ganhar com as eventuais 
“corridas” que faria enquanto seu carro ficou na oficina para reparos (lucros cessantes). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor 
 
 
AS PERDAS E DANOS SÓ INCLUEM
Os prejuízos efetivos
Os lucros cessantes por efeito 
direto e imediato da 
inexecução da obrigação
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E 
Art. 403 
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DA CLÁUSULA PENAL 
 
Art. 408. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente, deixe de 
cumprir a obrigação ou se constitua em mora. 
 
 
COMENTÁRIO: A cláusula penal é uma cláusula estipulada no contrato, que impõe ao devedor 
uma penalidade pela inexecução da obrigação (infração contratual) ou pela mora (atraso ou 
demora) no cumprimento da obrigação. Também é chamada de multa contratual ou pena 
convencional. 
 
 
 
Art. 409. A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato posterior, pode referir-
se à inexecução completa da obrigação, à de alguma cláusula especial ou simplesmente à mora. 
 
 
 
 
 
 
Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigação, esta 
converter-se-á em alternativa a benefício do credor. 
 
 
COMENTÁRIO: O art. 410 trata do total inadimplemento da obrigação. Esse artigo fornece ao 
credor a alternativa (opção) de pleitear a multa compensatória ou exigir o cumprimento forçado 
da obrigação. Um exemplo citado pela doutrina é do inquilino que desocupa o imóvel antes do 
fim do prazo da locação (a multa, nesse caso, pode ser estabelecida no valor de até 3 aluguéis). O 
inquilino (devedor) possui a alternativa (escolhe) em benefício do credor: cumpre o contrato ou 
paga a multa. 
 
 
 
 
A CLÁUSULA PENAL 
PODE SE REFERIR À
Inexecução completa da 
obrigação
Inexecução de alguma 
cláusula especial
Mora
PEGADINHA
Quando se estipular a cláusula penal para o caso de
total inadimplemento da obrigação, esta converter-se-
á em alternativa a benefício do devedor. (ERRADO)
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Art. 409 
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Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou em segurança especial de outra 
cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da pena cominada, juntamente com 
o desempenho da obrigação principal. 
 
 
COMENTÁRIO: A cláusula penal para o caso de mora é estipulada para evitar o retardamento 
culposo no cumprimento da obrigação ou em segurança especial de outra cláusula determinada. 
Aqui, os prejuízos são referentes ao atraso e não ao total inadimplemento. Nesse caso, o credor 
terá o arbítrio de exigir a satisfação da pena cominada (multa), juntamente com o desempenho 
da obrigação principal. O exemplo clássico é do inquilino que paga o aluguel com atraso: ele deve 
pagar a prestação em atraso acrescido do valor estipulado a título de multa. 
 
 
 
Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal. 
 
 
Art. 413. A penalidade deve ser reduzida equitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido 
cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a 
natureza e a finalidade do negócio. 
 
 
EXEMPLO: André e Bruno celebram contrato de prestação de serviços para criação e manutenção 
do jardim de André, cabendo a Bruno os serviços de jardinagem. O contrato prevê multa no valor 
total da obrigação ajustada, ocorrendo, porém, sua resilição (extinção) após um terço de seu 
cumprimento, por ato unilateral de Bruno. André cobra a multa em seu total. Contudo, nesse 
caso, o juiz deve reduzir equitativamente a penalidade pelo cumprimento parcial da obrigação. 
 
Enunciado 355 da IV Jornada de Direito Civil 
➢ Não podem as partes renunciar à possibilidade de redução da cláusula penal se ocorrer 
qualquer das hipóteses previstas no art. 413 do Código Civil, por se tratar de preceito de 
ordem pública. 
 
Enunciado 356 da IV Jornada de Direito Civil 
➢ Nas hipóteses previstas no art. 413 do Código Civil, o juiz deverá reduzir a cláusula penal 
de ofício. 
 
 
 
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Art. 414. Sendo indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo em falta um deles, incorrerão na 
pena; mas esta só se poderá demandar integralmente do culpado, respondendo cada um dos outros 
somente pela sua quota. 
 
 
COMENTÁRIO: Se a obrigação for indivisível e havendo vários devedores, sendo inadimplente um 
deles, a cláusula penal de natureza pecuniária poderá ser exigida pelo credor proporcionalmente 
de cada um dos devedores não culpados (ex.: quatro locatários do mesmo imóvel; se um deles 
transgredir o contrato, os quatro serão penalizados). Embora ambos sejam responsáveis pela 
mora, aquele que não for culpado terá direito de ação regressiva contra o que deu causa à 
aplicação da pena. 
 
 
 
Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo. 
 
 
COMENTÁRIO: Para exigir a multa contratual (cláusula penal), não é necessário que o credor 
alegue prejuízo. 
 
 
 
 
 
Art. 416 (...) 
Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não pode o credor exigir 
indenização suplementar se assim não foi convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como mínimo da 
indenização, competindo ao credor provar o prejuízo excedente. 
 
 
EXEMPLO: A empresa ABC celebra contrato com a Padaria XYZ pelo prazo de 5 anos. O contrato 
contém cláusula de exclusividade que impede a empresa ABC de atuar para qualquer 
concorrente da Padaria XYZ, bem como cláusula penal que estipula o pagamento de R$ 500.000 
para o descumprimento contratual, não prevendo direito à indenização suplementar. Durante o 
segundo anode vigência do contrato, a empresa ABC recebe proposta para atuar junto a Padaria 
RAD, concorrente da Padaria XYZ. A concorrente oferece expressamente o triplo do valor anual 
pago a empresa ABC, que aceita a proposta, descumprindo a cláusula de exclusividade. Pelo 
descumprimento, a empresa ABC paga à Padaria XYZ o montante estipulado de R$ 500.000. 
Nesse caso, ainda que o prejuízo exceda o previsto na cláusula penal (R$ 500.000), não pode a 
Padaria XYZ exigir indenização suplementar da empresa ABC, porque assim não foi 
convencionado. 
 
 
 
 
PEGADINHA Para exigir a pena convencional, é necessário que o
credor alegue prejuízo. (ERRADO)
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DAS ARRAS OU SINAL 
 
Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou 
outro bem móvel, deverão as arras, em caso de execução, ser restituídas ou computadas na prestação 
devida, se do mesmo gênero da principal. 
 
 
COMENTÁRIO: Arras (ou sinal) é um acordo onde uma das partes entrega à outra bem móvel 
(geralmente dinheiro) em garantia de uma obrigação pactuada. As arras deverão ser restituídas 
ou computadas na prestação devida em caso de execução do contrato. 
 
 
 
Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por desfeito, 
retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por 
desfeito, e exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais 
regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado. 
 
 
COMENTÁRIO: O art. 418 trata das arras confirmatórias, que são aquelas que não admitem 
cláusula de arrependimento em relação à execução do contrato. Dessa forma, se a parte que deu 
as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo (o contrato) por desfeito, retendo o sinal. 
As arras confirmatórias possuem função de garantia e cabe pedido de indenização suplementar. 
 
 
 
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras 
ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da 
outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá 
direito a indenização suplementar. 
 
 
COMENTÁRIO: O art. 420 trata das arras penitenciais, que são aquelas que admitem cláusula de 
arrependimento em relação à execução do contrato. Dessa forma, o arrependido que pagou as 
arras perde em benefício da outra parte e o arrependido que recebeu as arras precisa devolvê-las 
mais o equivalente (arras em dobro). As arras penitenciais possuem função indenizatória e não 
cabe pedido de indenização suplementar. 
 
 
 
QUADRO COMPARATIVO 
ARRAS CONFIRMATÓRIAS ARRAS PENITENCIAIS 
Possuem função de garantia e cabe pedido de 
indenização suplementar. 
Possuem função indenizatória e não cabe 
pedido de indenização suplementar. 
 
 
 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Galera, terminamos nosso resumo! Colocamos aqui no nosso material os principais artigos, mas nada 
impede da banca inovar e cobrar qualquer outro dispositivo. No entanto, não achamos eficiente 
estudarmos todos, já que a maioria das questões se repetem! A ideia deste PDF é otimizar a alocação do 
nosso tempo de estudos! Dessa forma, após o estudo deste material, precisamos estudar as questões. 
 
AVISO 01: Caso você se depare com alguma questão em que sua base teórica não esteja aqui neste 
resumo, vale a pena “favoritá-la” a fim de que ela possa fazer parte do seu material de revisão, ok!? 
 
 
AVISO 02: Estude com calma (qualidade) as questões e não se esqueça de “favoritar” também as que 
você errar ou ficar com dúvidas, pois, quando for efetuar sua revisão, o reestudo do comentário do 
professor e dos alunos, no fórum dessas questões “favoritas”, deverá ser seu foco. 
 
AVISO 03: Para não perder tempo, quando estiver no fórum dos alunos, procure pelos dois comentários 
com maior número de curtidas, leia-os com calma (procure entender) e depois avance para a próxima 
questão. Somente procure por algum outro comentário caso ainda não tenha entendido a questão. 
 
Forte abraço e até a próxima! 
 
CADERNOS DE QUESTÕES DO ASSUNTO ESTUDADO 
LINKS BANCA 
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1TeUV CEBRASPE 
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2QzER FCC 
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