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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA 
 Tema: Pedagogia e os Fundamentos Humanos da Didáctica
Lucilia Rui Carlos
 
 Curso: Licenciatura em Ensino de 
 Lingua Portuguesa
 Disciplina: Didactica Geral 
 1° Ano
Nampula, Maio de 2025
Índice
Introdução	3
Definição da Didáctica	4
Relação da Didáctica Geral com outras Ciências	4
Relação com a Sociologia	5
Relação com a Biologia	5
Relação com a Psicologia	5
Relação com a Filosofia	6
Relação com as Didácticas Específicas	6
Processo de Ensino-aprendizagem	6
Origem e Evoluição Historica	6
Características do PEA	9
Funções didácticas	11
Introdução a Motivação	11
Mediação e Assimilação	12
Domínio e Consolidação	12
Controle e avaliação	13
Conclusão	14
Referências Bibliográficas	15
Introdução
O presente trabalho que tem como tema a conceituação da didáctica, de acordo com alguns autores a expressão didactica foi, entretanto, consagrada através de Comênio, quando escreveu a Didática Tcheca, obra esta que foi traduzida para o latim (1633) com o título Didactica Magna: tratado universal de ensinar tudo a todos (publicada em 1657). Esta obra é considerada um marco significativo no processo de sistematização da Didática, popularizando-se na literatura pedagógica. O qualificativo Magna expressa o caráter universal das conquistas do homem no início da Idade Moderna. Já o termo tratado refere-se a um conjunto de princípios que orientariam o novo ensino. Arte em referência à imitação que os artesãos faziam, segundo os modelos da natureza.
Definição da Didáctica 
A palavra didática deriva da expressão grega - techné didaktiké -, que se traduz por arte ou técnica de ensinar. Foi apresentada oficialmente por Ratke, em 1617, na obra Introdução geral à didática ou arte de ensinar. A expressão foi, entretanto, consagrada através de Comênio, quando escreveu a Didática Tcheca, obra esta que foi traduzida para o latim (1633) com o título Didactica Magna: tratado universal de ensinar tudo a todos (publicada em 1657). Esta obra é considerada um marco significativo no processo de sistematização da Didática, popularizando-se na literatura pedagógica. O qualificativo Magna expressa o caráter universal das conquistas do homem no início da Idade Moderna. Já o termo tratado refere-se a um conjunto de princípios que orientariam o novo ensino. Arte em referência à imitação que os artesãos faziam, segundo os modelos da natureza. Universal: a didática adquire a amplitude dos conhecimentos sociais para que fossem ensinados. Por fim, uma didática para ensinar tudo a todos (mulheres, homens, crianças e jovens, não privilegiando somente os filhos da nobreza. (GASPARIN, 2004; OLIVEIRA, 1988)
Relação da Didáctica Geral com outras Ciências
Para a compreensão de como a Didáctica Geral se relaciona com outras ciências é necessário voltarmos ao conceito da própria ciência.
Segundo Piletti (2004), “Didáctica é uma disciplina técnica e que tem como objeto específico a técnica de ensino (direcção técnica da aprendizagem)" (p. 42). Isto é mesmo dizer que a Didáctica é a parte da pedagogia que tem como objecto de estudo o ensino em sua relação com a aprendizagem em processos de estímulos, direcção e encaminhamento, no decurso da aprendizagem, na formação do homem.
Para Tavares (2011), "a Didáctica é a parte da Pedagogia que utiliza estratégias de ensino destinadas a colocar em prática as directrizes da teoria pedagógica, do ensino e da aprendizagem "(p. 13). Indo mais além, é uma disciplina pedagógica concentrada no estudo dos processos de ensino e aprendizagem, que busca a formação e o desenvolvimento instrutivo e formativo dos estudantes.
Todavia, por si só, a didáctica nada pode fazer para alcançar os objectivos que ela pretende visualizar sem o apoio de outras ciências que possam complementar as suas abordagens e desenvolvimento das suas teorias. Por isso, ela se relaciona com algumas ciências tais como: Sociologia, Biologia, Psicologia e Filosofia.
Relação com a Sociologia
A sociologia tendo como seu objeto de estudo a sociedade, na Didáctica, Araújo (2012) defende que ela "indica as formas de trabalho que permitem desenvolver a solidariedade, a liderança, a responsabilidade no contexto de interacções sociais, pois a aprendizagem acontece no contexto socialmente construído o que implica reconhecer o papel dessas relações na educação dos alunos".
Relação com a Biologia
A Biologia, dentro da sua área de especificidade, orienta de certa forma o desenvolvimento físico e os índices de fadiga dos alunos, a nutrição (boas práticas de ingestão adequada de alimentos e nutrientes fundamentais para uma boa saúde e para resistência a doenças). A herança (processo pelo qual um indivíduo adquire características semelhantes à dos progenitores) também tem o seu peso na aprendizagem dos alunos.
Relação com a Psicologia
Tendo em consideração de que o objecto de estudo da psicologia é o comportamento e as actividades mentais de todos animais e o da Didáctica o ensino e aprendizagem do homem, nota-se que a Psicologia fornece fundamentos para alguns aspectos da aprendizagem do aluno. Nesta perspectiva, Araújo (2012) ainda enfatiza que "a Psicologia indica as oportunidades que melhor favorecem a expansão desenvolvimento da personalidade bem como os processos a efectivação da aprendizagem que melhor garantem a efectivação da aprendizagem" Por exemplo, aspectos ligados a motivação para que o aluno se interesse pela matéria.
Noutras vertentes, os alunos com necessidades educativas especiais precisam de uma educação "especial" e um acompanhamento psicológico adequado, isto é, o professor deve estar munido de ferramentas da Psicologia para lidar com os alunos com necessidades educativas especiais. A selecção dos conteúdos e meios didácticos apropriados para a mediação da aula, devem ter em conta o desenvolvimento psíquico da criança. Essa avaliação (do desenvolvimento psíquico da criança) é fornecida pela psicologia. A psicologia na educação não se limita na sala de aula, mas se estende para todos os intervenientes do Processo do Ensino - Aprendizagem, ajudando na elaboração dos currículos e na resolução dos problemas fora e dentro da sala de aula.
Relação com a Filosofia
Segundo Araújo (2012) a "Filosofia actua na integração das demais ciências que servem de base a Didáctica, coordenando-as numa visão que tem por fim explicar o educando como um ser completo que necessita de atendimento adequado, personalizado, deforma que se possam efetuar os propósitos de educação.
Relação com as Didácticas Específicas
Ainda Araújo (2012) defende que “a Didáctica geral estabelece relação com as Didácticas especiais ou seja, Metodologias de Ensino de disciplinas específicas (Didáctica de Geografia, Didáctica de Matemática, línguas. De facto, as metodologias das diferentes disciplinas analisam as questões de ensino de uma determinada disciplina, onde enquanto a Didáctica geral tem um objeto de natureza geral, a específica se abstrai das particularidades das distintas disciplinas e generaliza as manifestações e leis especiais do ensino e aprendizagem nas diferentes disciplinas e formas de ensino.
De modo geral, as Didácticas ou Metodologias específicas são uma base importante para a Didáctica geral, e esta, por sua vez, generaliza os resultados de estudo sobre o ensino das disciplinas específicas.
Processo de Ensino-aprendizagem 
Origem e Evoluição Historica
Da Antiguidade até o início do século XIX, predomina na prática-escolar uma aprendizagem de tipo passivo e receptivo. Aprender era quase exclusivamente memorizar. Neste tipo de aprendizagem, a compreensão desempenhava um papel muito reduzido.
Esta forma de ensinobaseava-se na concepção de que o ser humano era semelhante a um pedaço de cera ou argila úmida que podia ser modelado à vontade. Na antiga Grécia Aristóteles já professava essa teoria, que foi retomada frequentemente, ao longo dos séculos, reaparecendo sob novas formas e imagens. A idéia difundida no século XVII, por exemplo, de que o pensamento humano era como se fosse uma tabua lisa, um papel em branco sem nada escrito, onde tudo podia ser impresso, é apenas uma variação da antiga teoria.
Ensinava-se a ler e a escrever da mesma forma que se ensina um oficio manual ou tocar um instrumento musical. Por meio da repetição de exercícios graduados, ou seja, cada vez mais difíceis, o discípulo passava a executar certos atos complexos, que aos poucos iam se tornando hábitos. O estudo dos textos literários, da gramática, da História, da Geografia, dos teoremas e das ciências físicas e biológicas caracterizou-se, durante séculos, pela recitação de cor.
Os conhecimentos a serem adquiridos eram, até certo ponto, reduzidos. E para que os alunos pudessem repetí-los correta e adequadamente, o professor utilizava o procedimento de perguntas e respostas, tanto em sua forma oral como escrita. Este era o chamado método catequético, cuja origem remota, pelo menos cultura ocidental, aos antigos gregos. A palavra catecismo provém do termo grego katechein, que significa "fazer eco". Este método era usado por todas as disciplinas e consistia na apresentação, pelo professor, de perguntas acompanhadas de suas respostas já prontas.
O importante nessa forma de aprendizagem era que o aluno reproduzisse literalmente as palavras e frases decoradas. A compreensão do que se falava ou se escrevia ficava relegada a um segundo plano. Em conseqüência, o aluno repetia as respostas mecanicamente, e não de forma inteligente, pois ele não participava de sua elaboração e, em geral, não refletia sobre o assunto estudado.
Embora esse ensino de caráter verbal, baseado na repetição de fórmulas já prontas, tenha predominado na prática escolar por muito tempo, vários foram os filósofos e educadores que exortaram os mestres, ao longo dos séculos, a dar mais ênfase à compreensão do que a memorização. Com isso pretendiam tornar o ensino mais estimulante e adaptado aos interesses dos alunos e às suas reais condições de aprendizagem. Surgiram, assim, algumas teorias que tentavam explicar como o ser humano é capaz de apreender e assimilar o mundo que o circunda. Com base nessas teorias do conhecimento, alguns princípios didáticos foram formulados.
Sócrates afirmava que os mestres devem ter paciência com os erros e as dúvidas de seus alunos, pois é a consciência do erro que os leva a progredir na aprendizagem.
João Amos Comenius (1592 – 1670) Segundo Comenius, dentre as obras criadas por Deus, o ser humano é a mais perfeita. Dada sua formação cristã, Comenius acreditava que o fim último do homem é a felicidade eterna. Assim, o objetivo da educação é ajudar o homem atingir essa finalidade transcendente e cósmica, desenvolvendo o domínio de si mesmo através do conhecimento de si próprio e de todas as coisas. Segundo ele,
Ao ensinar um assunto o professor deve:
· Apresentar o objeto ou idéia diretamente, fazendo demonstração, pois o aluno aprende através dos sentidos, principalmente vendo e tocando.
· Mostrar a utilidade específica do conhecimento transmitido e a sua aplicação na vida diária.
· Fazer referência à natureza e origem dos fenômenos estudados, isto é, às suas causas.
· Explicar primeiramente os princípios gerais e só depois os detalhes.
· Passar para o assunto ou tópico seguinte do conteúdo apenas quando o aluno tiver compreendido o anterior.
Como se pode ver, esses pressupostos da prática docente já era proclamados por Comenius em pleno século XVII.
Heinrich Pestalozzi (1746 – 1827) Defendendo a doutrina dos naturalistas, em especial a de Rousseau, Pestalozzi acreditava que o ser humano nascia bom e que o caráter de um homem era formado pelo ambiente que o rodeia. Sustentava que era preciso tornar esse ambiente o mais próximo possível das condições naturais, para que o caráter do individuo se desenvolvesse ou fosse formado positivamente. Para ele, a transformação da sociedade iria se processar através da educação, que tinha por finalidade o desenvolvimento natural, progressivo e harmonioso de todas as faculdades e aptidões do ser humano.
Portanto, para Pestalozzi, a educação era um instrumento de reforma social. Ele pregava a educação das massas e proclamava que toda criança deveria ter acesso à educação escolar, por mais pobre que fosse seu meio que suas condições fossem limitadas.
Na teoria educacional de Pestalozzi podemos encontrar as sementes da Pedagogia moderna. Foi ele o primeiro a formular de forma clara e explicita o princípio de que a educação deveria respeitar o desenvolvimento infantil.
Vygotsky diz (1991:67):
Desde o nascimento, as crianças estão em constante interação com os adultos, que ativamente procuram incorporá-las à sua cultura e à reserva de significados e de modos de fazer as coisas que se acumulam historicamente. No começo, as respostas que as crianças dão ao mundo são dominadas pelos processos naturais, especialmente àqueles proporcionados por sua herança biológica. Mas, através da constante mediação dos adultos, processos psicológicos instrumentais mais complexos começam a tomar forma.
Embora vários outros filósofos e educadores tenham defendido a necessidade de se rever os processos de ensino, os educadores aqui apresentados, por sua obra tanto teórica como prática, tornaram-se verdadeiros marcos do pensamento educacional, e suas idéias repercutiram diretamente no campo da Didática. Eles não só pregaram a reforma dos métodos de ensino como também aplicaram, em suas práticas educativas, as idéias que defendiam. Apesar de apresentarem concepções diferentes de educação, os educadores aqui mencionados tiveram um aspecto em comum: tentaram fazer com que a reforma do ensino não ficasse restrita a uma elite, mas fosse estendida a parcelas cada vez maiores da população. Nesse sentido, eles acreditaram na educação popular e tentaram mostrar que qualidade e quantidade não são termos indissociáveis, e que podem, num certo momento, andar juntos
Características do PEA
O processo de ensino-aprendizagem é um sistema complexo e dinâmico, com características que influenciam a forma como as pessoas aprendem e como os educadores ensinam. Ele envolve interações, estratégias, ferramentas e contextos que afetam a aquisição e o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades. 
Características do processo de ensino-aprendizagem:
· Dinâmica e Contínua:
O processo não é estático, mas sim em constante evolução, adaptando-se às necessidades dos alunos e aos avanços do conhecimento. 
· Individual e Coletivo:
Reconhece a singularidade de cada aluno, ao mesmo tempo em que promove a interação e a colaboração em grupo. 
· Holística:
Considera o desenvolvimento integral do aluno, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais, sociais e afetivos. 
· Personalizada e Adaptativa:
Adapta-se aos diferentes estilos e ritmos de aprendizagem dos alunos, utilizando estratégias e recursos que atendam às suas necessidades específicas. 
· Inclusiva:
Busca garantir o acesso à educação para todos, respeitando as diferenças e promovendo a igualdade de oportunidades. 
· Colaborativa:
Valoriza a troca de experiências, a construção conjunta do conhecimento e a participação ativa dos alunos. 
· Ubiqüidade:
Permite a aprendizagem em qualquer lugar e a qualquer momento, utilizando recursos tecnológicos e materiais de apoio diversos. 
· Experiencial:
Promove a aprendizagem através da experiência e da prática, estimulando a reflexão e a autonomia dos alunos. 
· Relevante e Significativa:
Conecta a aprendizagem com a vida real, mostrando a importância dos conhecimentos e habilidades adquiridos. 
· Reflexiva e Criativa:
Incentiva a reflexão sobre o próprio processo de aprendizagem, a busca por soluções criativas e o desenvolvimento do pensamento crítico. 
Funções didácticasSegundo Pedro (2012) “as Funções didácticas são etapas que ocorrem no processo deensino aprendizagem. Estas funções estão estruturadas e sistematizadas”. Desempenhamum papel preponderante no decurso do processo de ensino e aprendizagem, uma vez queactuam como um instrumento que permite que professor ou educador esteja conscientedos fundamentos teóricos da sua área de formação (específicos e pedagógicos),elaborando sua prática, a fim de transformar o aluno em um sujeito que responda àsexigências contemporâneas, tais como: analisar, interpretar, avaliar, sintetizar,comunicar, usar diferentes linguagens, estabelecer relações, propor soluções inovadoraspara as situações com as quais defronta. Na mesma senda para (PILETTI, 2012: 26) asfunções didácticas são orientações para o professor dirigir o processo completo deaprendizagem e de aquisição de diferentes qualidades.
As funções didácticas têm uma ligação entre si e se realizam isoladamente, sobrepondo-se umas das outras durante as diferentes etapas do PEA e que geralmenteum a função didáctica abre o caminho para efectivação da outra e que o sucesso de uma possibilita o sucesso da outra, assumindo-se como uma unidade, no sentido detotalidade e não de soma e tal totalidade reflecte as relações específicas de cada funçãodidáctica com a outra de maneira recíproca. Como versa o tema, neste presente temabasearemos nas funções didácticas duma forma geral e Mediação e Assimilação emparticular, sem claro descurar duma forma resumida destacar os tipos das funçõesdidácticas aceites e usadas no PEA.
Segundo Libânio (2006: 126) As principais funções didácticas são: a) Introdução eMotivação, b) Mediação e Assimilação, c) Domínio e Consolidação; d) Controle eAvaliação.
Introdução a Motivação
De acordo com os estudos de Fia (1999), “a motivação é um conjunto de variáveis queactivam a conduta e as orientam em determinado sentido para alcançar um objectivo”. Amotivação é um processo que se dá no interior do sujeito, estando, entretanto,normalmente ligado as relações de troca que o mesmo estabelece com o meio,principalmente seus professores e colegas. Uma das grandes virtudes da motivação emsala de aula, é melhorar a atenção e a concentração do aluno, nessa perspectiva pode-sedizer que a motivação é a força que move o sujeito a realizar actividades de maneiras atisfatória.
É a partir de uma boa convivência que se estabelece a confiança, o respeito e aharmonia entre os indivíduos, nesse caso, o aluno compreendido é aceito não só peloprofessor como também por seus colegas, certamente desempenhará suas funçõesescolares com mais prazer e eficiência.
Mediação e Assimilação
Para Libâneo (2006), “Mediação é o trabalho do professor de viabilizar a relaçãoactiva do aluno com a matéria de estudo, através de objectivos, conteúdos, métodos eformas organizativas do ensino”. É a acção concreta do Processo Ensino Aprendizagemem que o professor passa os conteúdos e envolve o diálogo e no fim faz a síntese.
Mediação facilita o processo da assimilação dos conteúdos. Os alunos orienta-se para ocontudo e este, por sua vez torna-se um condicionante para actividade de aprendizageme, assim sendo, a atenção do professor centra-se no aluno e nos conteúdos, isto é, tantoos alunos como os conteúdos condicionam a actividade de ensino que é actividadefundamental do professor.
Na perspectiva de Nivagara (2000) considera Mediação e Assimilação como umaetapa que se realiza a percepção dos objectos e fenómenos ligados ao tema, a formaçãode conceitos, o desenvolvimento de capacidades cognitivas de observação, imaginação e raciocínio dos alunos.
Domínio e Consolidação 
Nesta etapa pretende se conseguir o aprimoramento do já (não) novo saber nos alunos,para isso o professor deve criar condições de retenção e compreensão da matéria atravésde exercícios e actividades práticas para solidificar a compreensão. Ainda neste aspectoé preciso que os conhecimentos sejam organizados aprimorados e fixados na mente dosalunos a fim de que sejam disponíveis para orienta-los nas situações concretas de estudode vida; do mesmo modo em paralelo com os conhecimentos e através deles é precisoaprimorar a formação de habilidades e hábitos para a utilização independente e criadorados conhecimentos. 
De acordo com os estudos de Fia (1999, p.68)Não vale a pena adiantar com a matéria sob pena de que osalunos apenas tenham pequenas recordações do que viram sempoder porém porem em prática e muito menos aproveitar-se doconteúdo aprendido para as aprendizagens posteriores atravésde repetição, sistematização e aplicação que constituem osuporte metodológico através das quais se torna realidade odomínio e consolidação da matéria.
Exemplo: Nesta etapa os alunos serão capazes de concluir que a água e óleo não semisturam porque tem densidades diferentes e constatar que a água e vinagre podem semisturarem por possuírem densidades semelhantes e já podem resolver exercíciosaplicando as fórmulas da assimilação (assimiladas da função didácticaMediação/Assimilação).
Controle e avaliação
Acompanha todo o P.E.A. e forma ao mesmo tempo conclusão das unidades doensino. Segundo (LIBÂNEO 2006, P. 109), “para o professor poder dirigirefectivamente o P.E.A. deve conhecer permanentemente o grau das dificuldades dosalunos na compreensão da matéria”. Este controle vai consistir também em acompanharo P.E.A. avaliando-se as actividades do professor e do aluno em função dos objectivosdefinidos. Através do controlo e avaliação o professor pode providenciar se necessáriorectificar, suplementar ou mesmo reorientar a aprendizagem.Pela avaliação é possível saber-se se a aprendizagem está a efectuar-se conforme oprevisto ou não e ao mesmo tempo permite ao professor certificar-se sobre o que o aluno aprendeu e, então saber que rumo dar aos trabalhos das novas aulas (se é pararepetir, rectificar ou prosseguir dependendo da situação vivida no momento quanto aosaber, saber fazer e saber ser/estar dos alunos.
Conclusão
Tendo chegado a parte final do presente trabalho tem a destacar a importância que a interdisciplinaridade traz no campo das ciências tendo um foco naquilo que temos vivido nesta, assim como noutras áreas de estudo. Depois de ter analisado as ciências que mantêm uma relação com a Didáctica, muito mais na área educacional todas elas compactuam quase os mesmos interesses no desenvolvimento do Processo de Ensino e Aprendizagem com vista a satisfazer ao aluno melhores formas de aprendizagens e responder com mais firmeza as suas demandas neste processo educativo. Porém, é imperioso que cada um de nós que saibamos de maneira mais sensível essa interdisciplinaridade para melhor busca de soluções a quanto da necessidade no campo de trabalho.
Referências Bibliográficas 
CORTESÃO e TORRES. Avaliação Pedagógica II-Mudança na Escola, Mudança na Avaliação; Porto Editora, Porto, 1990.
KLINGBERG, Lothar. Introducción a la didáctica general. Editorial Pueblo y educación; Ciudad de la Habana, 1972.
LEMOS, V. O critério do Sucesso-Técnicas de Avaliação da Aprendizagem; 4 edição ; Texto editora, Portugal, 1990.
LIBANEO, J. Didáctica ; Cortez Editora ; SP, 1992.
PILETTI, C. Didáctica ; Cortez Editora ; SP, 1990.
POUW, L. Conferências de Didáctica Geral ; ISP, Maputo, 1993.
UNESCO. Carta escolar y microplanificacion de la educacion; Division de politicas y planeamento de la educacion; IIPE; Paris, 1985.
VV. Pedagogia; Editorial Pueblo y Educacional; Habana, 1981.
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