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ATIVIDADES DE SISTEMATIZAÇÃO – DIETOTERAPIA E PRÁTICAS EM DIETOTERAPIA
1 - DIETOTERAPIA II 
DATA: 09 10 25
MÓDULO I - Terapia Nutricional nas Doenças Cardiovasculares
Pergunta 1
Qual padrão alimentar é mais eficaz na redução da pressão arterial em pacientes hipertensos e por que razão?
Opção A: Dieta Mediterrânea
Opção B: Dieta DASH
Opção C: Dieta Cetogênica
Opção D: Dieta Vegana
Opção E: Dieta Paleolítica
Resposta correta: ✅ Opção B – Dieta DASH
Justificativa:
Conforme descrito no Plano Alimentar DASH (NHLBI/NIH) e na Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2025 (SBC), o padrão alimentar DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) é o mais eficaz na redução da pressão arterial.
A dieta DASH é caracterizada por:
· Elevado consumo de frutas, verduras, legumes, grãos integrais e laticínios desnatados;
· Redução do sódio (para 1.500–2.300 mg/dia);
· Limitação de gorduras saturadas e açúcares simples;
· Aumento da ingestão de potássio, cálcio, magnésio e fibras, que favorecem a vasodilatação, a excreção de sódio e o controle do volume plasmático.
Esses fatores combinados reduzem significativamente a pressão arterial sistólica e diastólica, com reduções médias de 8 a 14 mmHg, sendo uma das estratégias não farmacológicas mais efetivas para o manejo da hipertensão.
Fontes:
· Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – SBC, 2025.
· DASH Eating Plan, National Heart, Lung, and Blood Institute (NHLBI/NIH).
Pergunta 2
Como a ingestão excessiva de gorduras trans pode contribuir para o desenvolvimento de IAM (Infarto Agudo do Miocárdio)?
Opção A: Gorduras trans aumentam o HDL (colesterol bom), protegendo contra IAM.
Opção B: Gorduras trans elevam os triglicerídeos, mas não afetam diretamente o risco de IAM.
Opção C: Gorduras trans aumentam o colesterol LDL e diminuem o HDL, aumentando o risco de IAM.
Opção D: Gorduras trans têm efeitos anti-inflamatórios, reduzindo o risco de formação de placas nas artérias.
Opção E: A ingestão de gorduras trans não está relacionada ao risco de IAM.
Resposta correta: ✅ Opção C – Gorduras trans aumentam o colesterol LDL e diminuem o HDL, aumentando o risco de IAM.
Justificativa:
De acordo com a Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2025 (SBC), a ingestão de gorduras trans industriais tem um papel comprovadamente aterogênico. Elas aumentam o colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade) — responsável pelo transporte de colesterol para os tecidos — e reduzem o colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade) — que atua na remoção do colesterol da circulação.
Esse desequilíbrio lipídico favorece a formação e progressão das placas de ateroma, que reduzem o fluxo sanguíneo coronariano e podem culminar no Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).
A diretriz recomenda eliminação total das gorduras trans e redução das gorduras saturadas, priorizando o consumo de gorduras insaturadas (mono e poli-insaturadas) encontradas em azeites, oleaginosas e peixes.
Base:
· Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2025, Sociedade Brasileira de Cardiologia.
· Módulo I – Dietoterapia II, seção sobre conduta dietoterápica nas doenças cardiovasculares.
Pergunta 3
Como a ingestão de potássio pode influenciar a pressão arterial em pacientes hipertensos?
Opção A: Diminuindo a absorção de cálcio
Opção B: Reduzindo a retenção de líquidos
Opção C: Promovendo a retenção de sódio nos rins
Opção D: Aumentando a resistência vascular periférica
Opção E: Equilibrando os níveis de sódio no corpo
Resposta correta: ✅ Opção E – Equilibrando os níveis de sódio no corpo.
Justificativa:
Segundo a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2025 (SBC) e o Plano Alimentar DASH (NHLBI/NIH), a ingestão adequada de potássio exerce um papel fundamental na regulação da pressão arterial, pois favorece a excreção renal de sódio e atua como vasodilatador natural.
O aumento do consumo de potássio ajuda a equilibrar os níveis de sódio no organismo, reduzindo a retenção de líquidos e diminuindo o volume plasmático e a resistência vascular periférica. Esse efeito contribui diretamente para a redução da pressão arterial em indivíduos hipertensos.
A dieta DASH recomenda a ingestão de frutas, verduras, legumes e leguminosas como principais fontes de potássio, reforçando seu efeito protetor sobre o sistema cardiovascular.
Base:
· Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – SBC, 2025.
· Plano Alimentar DASH – NHLBI/NIH.
· Módulo I – Dietoterapia II, seção sobre manejo dietético na hipertensão arterial.
Pergunta 4
Por que uma dieta rica em antioxidantes é recomendada para prevenir AVC?
Opção A: Antioxidantes reduzem a inflamação vascular, mas não têm efeito na prevenção de AVC.
Opção B: Antioxidantes neutralizam os radicais livres, que podem danificar as células vasculares e reduzir o risco de AVC.
Opção C: Antioxidantes aumentam o colesterol LDL, protegendo contra AVC.
Opção D: A ingestão de antioxidantes não tem relação com a prevenção de AVC.
Opção E: Antioxidantes aumentam a pressão arterial, aumentando o risco de AVC isquêmico.
Resposta correta: ✅ Opção B – Antioxidantes neutralizam os radicais livres, que podem danificar as células vasculares e reduzir o risco de AVC.
Justificativa:
De acordo com o Módulo I – Dietoterapia II e as Diretrizes Brasileiras de Dislipidemias e de Hipertensão Arterial (SBC, 2025), uma dieta rica em antioxidantes (como vitaminas C e E, betacaroteno, compostos fenólicos e flavonoides) contribui para a prevenção de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, incluindo o Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Os antioxidantes atuam neutralizando os radicais livres e reduzindo o estresse oxidativo, processo que causa lesão endotelial e oxidação do LDL-colesterol — etapas fundamentais na formação da placa aterosclerótica.
Com menor oxidação lipídica e inflamação vascular, há melhor preservação da função endotelial e menor risco de eventos trombóticos e isquêmicos, como o AVC.
A recomendação dietética enfatiza o consumo diário de frutas, verduras, legumes coloridos, oleaginosas e azeite de oliva, que são fontes naturais de antioxidantes.
Base:
· Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – SBC, 2025.
· Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – SBC, 2025.
· Módulo I – Dietoterapia II, seção sobre prevenção nutricional de doenças cerebrovasculares.
Pergunta 5
Qual é o papel dos ácidos graxos ômega-3 na prevenção de doenças cardiovasculares como a DAC (Doença Arterial Coronariana)?
Opção A: Os ácidos graxos ômega-3 aumentam o colesterol LDL, promovendo a formação de placas ateroscleróticas.
Opção B: Os ácidos graxos ômega-3 aumentam os triglicerídeos, aumentando o risco de DAC.
Opção C: Os ácidos graxos ômega-3 têm efeitos anti-inflamatórios e podem reduzir o risco de desenvolver DAC.
Opção D: Os ácidos graxos ômega-3 não têm relação com a prevenção de DAC.
Opção E: Os ácidos graxos ômega-3 reduzem a pressão arterial, mas não afetam o perfil lipídico.
Resposta correta: ✅ Opção C – Os ácidos graxos ômega-3 têm efeitos anti-inflamatórios e podem reduzir o risco de desenvolver DAC.
Justificativa:
Segundo o Módulo I – Dietoterapia II e a Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2025 (SBC), os ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 (EPA e DHA), encontrados em peixes gordos como sardinha, salmão e atum, possuem efeitos anti-inflamatórios, antiarrítmicos e antitrombóticos, sendo fundamentais na prevenção e no manejo das doenças cardiovasculares, especialmente da Doença Arterial Coronariana (DAC).
Esses ácidos graxos reduzem os níveis séricos de triglicerídeos, melhoram a função endotelial e diminuem a agregação plaquetária, prevenindo a formação de trombos e a progressão da aterosclerose.
Além disso, atuam modulando citocinas inflamatórias e reduzindo a rigidez vascular, o que contribui para a melhora da circulação coronariana e redução do risco de eventos isquêmicos.
A diretriz recomenda o consumo de duas a três porções semanais de peixes ricos em ômega-3 como parte de uma dieta cardioprotetora.de vida.
📚 Base teórica:
· I_PDietoterapia.pdf – Dietoterapia aplicada à oncologia: destaca que o paciente oncológico deve receber dieta hipercalórica e hiperproteica para minimizar o catabolismo e estabilizar o estado nutricional.
· AP_PDietoterapia.pdf – Práticas em Dietoterapia: reforça o uso de estratégias nutricionais para tratamento e prevenção de doenças, com foco na manutenção do estado nutricional e suporte metabólico adequado.
Pergunta 2
Os alimentos alergênicos contêm substâncias que podem desencadear reações alérgicas em indivíduos sensíveis. Essas reações variam de leves a graves e, em casos extremos, podem ser fatais. É crucial identificar e gerenciar os alergênicos nos alimentos para proteger pessoas com alergias alimentares. Uma estratégia interessante é a leitura do rótulo dos alimentos, o que auxilia em escolhas alimentares mais assertivas.
Considerando o exposto, assinale a alternativa correta:
A) A sinalização da presença de alergênicos alimentares é obrigatória logo após a lista de ingredientes, bem como a indicação da presença de glúten.
B) Uma substância alergênica quando em quantidades muito pequenas não precisa ser declarada na lista, pois não representa risco à saúde.
C) A declaração da presença de lactose é obrigatória, enquanto que a presença de glúten é optativa, tendo em vista uma incidência maior de intolerância à lactose.
D) Os alergênicos devem ser declarados na embalagem dos alimentos apenas quando houver, de fato, seu uso como ingrediente.
E) A sinalização de alergênicos deve ser informada na tabela nutricional, pois é uma informação obrigatória a ser declarada.
Resposta correta:
✅ A) A sinalização da presença de alergênicos alimentares é obrigatória logo após a lista de ingredientes, bem como a indicação da presença de glúten.
Justificativa:
A rotulagem de alimentos é uma ferramenta essencial para garantir a segurança de indivíduos com alergias e intolerâncias alimentares. De acordo com a RDC nº 26/2015 da ANVISA, é obrigatória a declaração da presença de alergênicos logo após a lista de ingredientes, em destaque e com linguagem clara — por exemplo:
“ALÉRGICOS: CONTÉM LEITE E DERIVADOS.”
Da mesma forma, a Lei nº 10.674/2003 determina que todos os alimentos industrializados que contenham glúten devem apresentar, obrigatoriamente, a frase:
“CONTÉM GLÚTEN” ou “NÃO CONTÉM GLÚTEN”,
visando proteger pessoas com doença celíaca.
Essas informações não devem aparecer na tabela nutricional, mas sim imediatamente abaixo da lista de ingredientes, para melhor visibilidade e segurança do consumidor.
📚 Base teórica:
· I_PDietoterapia.pdf – destaca a importância da leitura dos rótulos nutricionais como estratégia de cuidado, especialmente para pacientes com doenças imunológicas e alergias alimentares.
· Roteiro de Aula Prática – Dietoterapia I – aborda a doença celíaca e a necessidade de identificar e evitar traços de glúten e outros alergênicos nas preparações.
Pergunta 3
A coléstase é uma condição caracterizada pela redução ou interrupção do fluxo normal da bile. A bile é essencial para a digestão e absorção de gorduras, bem como para a excreção de certas substâncias do corpo. A coléstase é uma enfermidade que acomete:
A) A bexiga.
B) Os rins.
C) O sistema neurológico.
D) O coração.
E) O fígado.
Resposta correta:
✅ E) O fígado
Justificativa:
A coléstase é uma enfermidade hepática, ou seja, relacionada ao fígado, caracterizada pela redução ou bloqueio do fluxo biliar — a bile é um fluido produzido pelo fígado e armazenado na vesícula biliar, responsável pela digestão e absorção de gorduras e pela eliminação de toxinas e bilirrubina.
Quando ocorre coléstase, há acúmulo de bile e substâncias tóxicas no fígado e na corrente sanguínea, podendo causar icterícia, coceira, fezes claras e urina escura.
Na prática dietoterápica, o tratamento nutricional inclui redução da ingestão de gorduras e priorização de gorduras de cadeia média (TCM), que não dependem da bile para absorção, ajudando a manter o aporte calórico e prevenir deficiências nutricionais.
📚 Base teórica:
· I_PDietoterapia.pdf – apresenta as principais patologias hepáticas, incluindo colestase, e reforça a importância da dietoterapia no controle dos sintomas e suporte ao metabolismo hepático.
· AP_PDietoterapia.pdf – descreve a aplicação da dietoterapia em enfermidades hepáticas, visando manter o estado nutricional e reduzir complicações.
Pergunta 4
Além das adaptações na consistência das dietas, em alguns casos há a necessidade de adaptá-las à condição fisiopatológica do paciente. Considerando o exposto, uma dieta neutropênica e de restrição hídrica é recomendada nos seguintes casos, respectivamente:
A) Diarreicos e imunocomprometidos.
B) Alérgicos e constipados.
C) Desnutridos e hepatopatas.
D) Imunocomprometidos e edemaciados.
E) Intolerantes à lactose e hemorrágicos.
Resposta correta:
✅ D) Imunocomprometidos e edemaciados.
Justificativa:
A dieta neutropênica é indicada para pacientes imunocomprometidos, como aqueles submetidos à quimioterapia, radioterapia ou com doenças que reduzem a imunidade. Seu objetivo é minimizar o risco de infecções, evitando alimentos crus, não higienizados ou com alta carga microbiana — sendo uma medida de proteção imunológica essencial.
Já a dieta de restrição hídrica é recomendada para pacientes edemaciados, ou seja, com retenção de líquidos, como ocorre em insuficiência renal, cardíaca ou hepática. Nesses casos, o controle rigoroso da ingestão de líquidos e sódio evita o agravamento do edema e melhora o equilíbrio hídrico do organismo.
📚 Base teórica:
· I_PDietoterapia.pdf – apresenta as dietas neutropênica e de restrição hídrica, indicando que a primeira se aplica a pacientes imunocomprometidos, e a segunda é indicada para condições com acúmulo de líquidos, como edema, ascite e anasarca.
· AP_PDietoterapia.pdf – reforça que a dietoterapia deve ser individualizada, considerando a condição fisiopatológica e clínica do paciente, com ajustes em nutrientes e líquidos conforme a necessidade.
Pergunta 5
As enfermidades endócrinas são distúrbios que afetam a produção e a regulação de hormônios no organismo humano, pois afetam o sistema endócrino. Assinale a alternativa que apresenta uma enfermidade endócrina:
A) Hepatite.
B) Coléstase.
C) Litíase renal.
D) Hipotireoidismo.
E) Dislipidemia.
Resposta correta:
✅ D) Hipotireoidismo.
Justificativa:
As enfermidades endócrinas são aquelas que comprometem o sistema endócrino, responsável pela produção e regulação de hormônios no corpo humano.
Entre elas, estão as alterações da tireoide, como o hipotireoidismo, que se caracteriza pela redução na produção dos hormônios tireoidianos (T3 e T4), resultando em metabolismo mais lento, fadiga, ganho de peso e intolerância ao frio.
A dietoterapia nesses casos busca ajustar o metabolismo energético, estimular a função tireoidiana e evitar deficiências nutricionais (como de iodo e selênio).
As demais opções não pertencem ao sistema endócrino:
· Hepatite e coléstase → doenças hepáticas.
· Litíase renal → doença renal.
· Dislipidemia → distúrbio metabólico, não endócrino.
📚 Base teórica:
· I_PDietoterapia.pdf – destaca as enfermidades endócrinas e cita o hipotireoidismo como uma das mais frequentes, juntamente com Síndrome de Cushing e Síndrome dos Ovários Policísticos.
· AP_PDietoterapia.pdf – reforça que a dietoterapia é aplicada em enfermidades metabólicas e endócrinas, com foco na regulação hormonal e metabólica.
Pergunta 6
A doença celíaca é uma doença crônica do sistema imunológico na qual a reação imunológica gera danos no intestino delgado, resultando em inchaço, dores, gases, má absorção de nutrientes e diarreia.
Observe as preparações a seguir:
(imagem ilustrativa de pães, tapioca, cuscuz e esfiha)
São preparações que podem ser consumidas por portadores de doença celíaca:
A) Tapioca e esfiha.
B) Cuscuz e esfiha.
C) Cuscuz e tapioca.
D) Pão e cuscuz.
E) Pão e esfiha.
Resposta correta:
✅ C) Cuscuz e tapioca.
Justificativa:
A doença celíaca é uma enfermidade autoimune desencadeada pela ingestãode glúten, uma proteína presente no trigo, centeio, cevada e aveia (quando contaminada).
O contato com o glúten provoca uma resposta imunológica que danifica as vilosidades intestinais, levando à má absorção de nutrientes e sintomas gastrointestinais.
As preparações que não contêm glúten naturalmente — como tapioca (feita da fécula de mandioca) e cuscuz de milho — são seguras para consumo por portadores de doença celíaca.
Já pães e esfihas são tradicionalmente feitos com farinha de trigo, portanto devem ser evitados.
📚 Base teórica:
· Roteiro de Aula Prática – Dietoterapia I – descreve a doença celíaca e ensina a preparar pão sem glúten, destacando a exclusão total do glúten e a importância de evitar contaminação cruzada.
· I_PDietoterapia.pdf – aborda as doenças imunológicas e alergias alimentares, enfatizando o papel da alimentação isenta de glúten e a leitura de rótulos para segurança do paciente.
ATIVIDADES DE SISTEMATIZAÇÃO – DIETOTERAPIA E PRÁTICAS EM DIETOTERAPIA 
1 - DIETOTERAPIA II 
DATA: 09 10 25 
MÓDULO I - Terapia Nutricional nas Doenças Cardiovasculares 
Pergunta 1 
Qual padrão alimentar é mais eficaz na redução da pressão arterial em pacientes hipertensos e 
por que razão? 
Opção A: Dieta Mediterrânea 
Opção B: Dieta DASH 
Opção C: Dieta Cetogênica 
Opção D: Dieta Vegana 
Opção E: Dieta Paleolítica 
 
Resposta correta: ✅ Opção B – Dieta DASH 
 
Justificativa: 
Conforme descrito no Plano Alimentar DASH (NHLBI/NIH) e na Diretriz Brasileira de 
Hipertensão Arterial – 2025 (SBC), o padrão alimentar DASH (Dietary Approaches to Stop 
Hypertension) é o mais eficaz na redução da pressão arterial. 
A dieta DASH é caracterizada por: 
 Elevado consumo de frutas, verduras, legumes, grãos integrais e laticínios desnatados; 
 Redução do sódio (para 1.500–2.300 mg/dia); 
 Limitação de gorduras saturadas e açúcares simples; 
 Aumento da ingestão de potássio, cálcio, magnésio e fibras, que favorecem a vasodilatação, a 
excreção de sódio e o controle do volume plasmático. 
Esses fatores combinados reduzem significativamente a pressão arterial sistólica e diastólica, com 
reduções médias de 8 a 14 mmHg, sendo uma das estratégias não farmacológicas mais efetivas para o 
manejo da hipertensão. 
Fontes: 
 Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – SBC, 2025. 
 DASH Eating Plan, National Heart, Lung, and Blood Institute (NHLBI/NIH).Base:
· Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – SBC, 2025.
· Módulo I – Dietoterapia II, seção sobre lipídeos e prevenção da DAC.
Pergunta 6
Como a dieta rica em fibras (DEVE SER SÓDIO) pode ajudar na prevenção da isquemia cardíaca?
Opção A: A ingestão de sódio não está relacionada ao desenvolvimento de DAC.
Opção B: O sódio não tem efeito sobre a pressão arterial ou a saúde cardiovascular.
Opção C: O sódio pode aumentar a pressão arterial, aumentando o risco de DAC e outros problemas cardiovasculares.
Opção D: O consumo excessivo de sódio pode reduzir o risco de DAC, aumentando a excreção de água pelo organismo.
Opção E: O sódio aumenta os níveis de HDL, protegendo contra DAC.
⚠️ Observação:
O enunciado menciona “dieta rica em fibras”, mas as alternativas abordam “sódio” — provavelmente houve erro de digitação na questão.
Com base no contexto do Módulo I – Dietoterapia II, o tema correto é “como o sódio (e não as fibras) se relaciona à isquemia cardíaca / DAC (Doença Arterial Coronariana).
A seguir, apresento a resposta e justificativa coerentes com o conteúdo das diretrizes e materiais anexos.
Resposta correta: ✅ Opção C – O sódio pode aumentar a pressão arterial, aumentando o risco de DAC e outros problemas cardiovasculares.
Justificativa:
Conforme a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – 2025 (SBC) e o Módulo I – Dietoterapia II, o excesso de sódio na dieta está diretamente associado à elevação da pressão arterial, que é um dos principais fatores de risco para a Doença Arterial Coronariana (DAC) e outras doenças cardiovasculares.
O alto consumo de sódio provoca retenção de líquidos e aumento do volume plasmático, o que eleva a pressão arterial sistêmica e, consequentemente, sobrecarrega o coração e as artérias coronárias, favorecendo a isquemia cardíaca.
As dietas cardioprotetoras, como a DASH e a Mediterrânea, recomendam a ingestão de menos de 2.300 mg de sódio por dia (idealmente até 1.500 mg/dia), priorizando o uso de temperos naturais e alimentos frescos.
Base:
· Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial – SBC, 2025.
· Plano Alimentar DASH – NHLBI/NIH.
· Módulo I – Dietoterapia II, seção sobre restrição de sódio e prevenção da DAC.
Pergunta 7
Qual é o impacto da composição dos ácidos graxos dietéticos na Dislipidemia?
Opção A: A quantidade de ácidos graxos não afeta os níveis de colesterol no sangue.
Opção B: A presença de ácidos graxos trans é benéfica para o controle da Dislipidemia.
Opção C: Os ácidos graxos saturados aumentam os níveis de LDL (colesterol ruim), enquanto os ácidos graxos monoinsaturados tendem a reduzi-los.
Opção D: Ácidos graxos poli-insaturados aumentam os triglicerídeos, mas reduzem o HDL (colesterol bom).
Opção E: Todos os tipos de ácidos graxos têm efeito semelhante na Dislipidemia, independentemente de sua estrutura química.
Resposta correta: ✅ Opção C – Os ácidos graxos saturados aumentam os níveis de LDL (colesterol ruim), enquanto os ácidos graxos monoinsaturados tendem a reduzi-los.
Justificativa:
Conforme a Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2025 (SBC) e o Módulo I – Dietoterapia II, a composição dos ácidos graxos dietéticos exerce influência direta sobre o perfil lipídico plasmático e, consequentemente, sobre o risco cardiovascular.
· Ácidos graxos saturados, encontrados em carnes gordas, embutidos, manteiga e laticínios integrais, aumentam o colesterol LDL, contribuindo para a formação de placas ateroscleróticas e agravando a dislipidemia.
· Ácidos graxos trans também elevam o LDL e reduzem o HDL, sendo contraindicados e devendo ser eliminados da dieta.
· Já os ácidos graxos monoinsaturados (como o ácido oleico, presente no azeite de oliva e no abacate) e os poli-insaturados (como os ômega-3 e ômega-6, presentes em peixes e oleaginosas) reduzem o LDL e os triglicerídeos, melhorando o perfil lipídico.
Dessa forma, a qualidade das gorduras ingeridas é mais determinante que a quantidade total, sendo a substituição de gorduras saturadas por insaturadas uma das principais recomendações para o controle e prevenção da dislipidemia.
Base:
· Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – SBC, 2025.
· Módulo I – Dietoterapia II, seção sobre conduta dietoterápica nas dislipidemias e gorduras alimentares.
Módulo II – Terapia Nutricional nas Doenças Endócrinas e Metabólicas
Pergunta 1 – Módulo II
Refletindo sobre as implicações sociais da obesidade, qual das seguintes alternativas melhor descreve um desafio significativo enfrentado por indivíduos obesos em ambientes sociais e profissionais?
Opção A: Indivíduos obesos frequentemente recebem elogios e reconhecimento por suas qualidades pessoais e profissionais, minimizando o impacto da condição sobre suas vidas.
Opção B: A discriminação e o estigma associado à obesidade podem levar a desafios adicionais, como menor acesso a oportunidades profissionais e preconceito social.
Opção C: A obesidade não afeta significativamente a saúde mental ou a qualidade de vida de uma pessoa, uma vez que é tratada adequadamente com intervenções médicas.
Opção D: A obesidade não influencia a percepção pública e não está associada à estigmatização ou discriminação no ambiente de trabalho e em interações sociais.
Opção E: Os indivíduos obesos têm mais chances de receber suporte e compreensão em ambientes sociais, devido à crescente conscientização sobre a obesidade.
Resposta correta: ✅ Opção B – A discriminação e o estigma associado à obesidade podem levar a desafios adicionais, como menor acesso a oportunidades profissionais e preconceito social.
Justificativa:
De acordo com o Módulo II – Dietoterapia II (Doenças Endócrinas e Metabólicas), a obesidade não é apenas uma condição clínica, mas também um fenômeno social complexo, frequentemente associado a estigma, discriminação e exclusão.
Os indivíduos obesos enfrentam preconceito social, estereótipos negativos e menor aceitação em diversos contextos, incluindo o ambiente de trabalho, escolar e de saúde. Esses fatores impactam negativamente a autoestima, a adesão ao tratamento, a saúde mental e a qualidade de vida.
Além disso, o estigma da obesidade pode levar ao isolamento social, ansiedade, depressão e até comportamentos alimentares desordenados, agravando o quadro clínico e dificultando o sucesso terapêutico. O material também reforça a necessidade de uma abordagem multiprofissional humanizada, que considere os aspectos biológicos, psicológicos e sociais da doença.
Base:
· Módulo II – Dietoterapia II, seções sobre “Aspectos psicossociais da obesidade” e “Abordagem multiprofissional e estigma social”.
· Diretrizes brasileiras de obesidade (ABESO, 2022): ênfase na importância da redução do estigma e da promoção de ambientes inclusivos.
Pergunta 2 – Módulo II
Considerando o papel da genética na obesidade, analise as seguintes afirmações e determine qual delas reflete mais adequadamente a influência genética no desenvolvimento da obesidade:
Opção A: A predisposição genética para obesidade não é passível de modificação, independentemente das escolhas dietéticas e comportamentais do indivíduo.
Opção B: A influência genética é mínima em comparação com fatores como consumo calórico e nível de atividade física.
Opção C: A genética pode influenciar como o corpo armazena gordura, mas o ambiente e o comportamento têm um papel predominante na manifestação da obesidade.
Opção D: A predisposição genética para a obesidade é irrelevante se a pessoa adotar uma dieta saudável e um estilo de vida ativo.
Opção E: A herança genética define completamente a probabilidade de uma pessoa se tornar obesa, sem a necessidade de considerar fatores ambientais.
Resposta correta: ✅ Opção C – A genética pode influenciar como o corpo armazena gordura, mas o ambiente e o comportamento têm um papel predominante na manifestação da obesidade.
Justificativa:
De acordo com o Módulo II – Dietoterapia II (Doenças Endócrinas e Metabólicas), a genética tem papel relevante na predisposição à obesidade, influenciando aspectos como metabolismobasal, distribuição de gordura corporal, regulação do apetite e resposta hormonal.
No entanto, o ambiente e o comportamento alimentar são os principais moduladores que determinam a expressão dessa predisposição genética.
Fatores como alimentação hipercalórica, baixo nível de atividade física, sono inadequado e estresse podem potencializar a expressão de genes relacionados ao ganho de peso, enquanto hábitos saudáveis podem minimizar seus efeitos.
Portanto, embora exista susceptibilidade genética, a obesidade é considerada uma doença multifatorial, resultante da interação entre genes e ambiente — sendo possível controlar e prevenir seu desenvolvimento por meio de mudanças de estilo de vida.
Base:
· Módulo II – Dietoterapia II, seções “Fatores genéticos e ambientais na obesidade” e “Aspectos multifatoriais da obesidade”.
· Diretrizes Brasileiras de Obesidade – ABESO, 2022, capítulo sobre genética e epigenética da obesidade.
Pergunta 3 – Módulo II
Sobre a síndrome metabólica, qual dos seguintes critérios é fundamental para o diagnóstico da condição, conforme as diretrizes mais recentes?
Opção A: Presença de hipertensão arterial e aumento da pressão arterial sistólica acima de 130 mmHg.
Opção B: Normalização dos níveis de pressão arterial e manutenção de um índice de massa corporal (IMC) abaixo de 25 kg/m².
Opção C: Circunferência abdominal aumentada, resistência à insulina e níveis elevados de glicose em jejum.
Opção D: Aumento dos níveis de colesterol HDL e redução dos níveis de triglicerídeos.
Opção E: Baixos níveis de glicose em jejum e perda de peso significativa não intencional.
Resposta correta: ✅ Opção C – Circunferência abdominal aumentada, resistência à insulina e níveis elevados de glicose em jejum.
Justificativa:
Segundo o Módulo II – Dietoterapia II e as Diretrizes Brasileiras de Obesidade (ABESO, 2022), a síndrome metabólica é definida pela presença de alterações metabólicas inter-relacionadas, que aumentam o risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.
O critério fundamental para o diagnóstico é a obesidade central (circunferência abdominal aumentada), associada a resistência à insulina e a níveis elevados de glicose em jejum, além de pelo menos dois dos seguintes componentes:
· Triglicerídeos ≥ 150 mg/dL;
· HDL-colesterol baixo (a capacidade do organismo de utilizar a insulina de forma eficaz, resultando em níveis elevados de glicose no sangue.
Justificativa:
De acordo com o Módulo II – Dietoterapia II e as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD, 2023-2024), o diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é caracterizado por dois mecanismos principais:
1. Resistência à insulina, e
2. Disfunção progressiva das células beta pancreáticas.
A resistência à insulina ocorre quando os tecidos periféricos (como músculo, fígado e tecido adiposo) não respondem adequadamente à ação da insulina, reduzindo a captação de glicose e promovendo hiperglicemia.
Em resposta, o pâncreas aumenta a produção de insulina (hiperinsulinemia compensatória), mas com o tempo as células beta se esgotam, levando ao déficit relativo de insulina e à instalação do diabetes tipo 2.
Essa resistência está fortemente associada a fatores ambientais e comportamentais, como obesidade central, sedentarismo, dieta rica em gorduras saturadas e açúcares simples, além da predisposição genética.
Base:
· Módulo II – Dietoterapia II, seção “Fisiopatologia do Diabetes Mellitus Tipo 2”.
· Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD, 2023-2024) – capítulos sobre fisiopatologia e resistência à insulina.
Pergunta 7 – Módulo II (Síndrome Metabólica)
Considerando as consequências a longo prazo da síndrome metabólica, qual é uma das principais condições de saúde que pode se desenvolver se a síndrome não for tratada adequadamente?
Opção A: Melhora significativa na função renal e menor risco de diabetes tipo 2.
Opção B: Aumento da densidade mineral óssea e menor incidência de fraturas.
Opção C: Desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).
Opção D: Aumento da resistência a antibióticos e melhor controle do colesterol LDL.
Opção E: Redução do risco de câncer de pele e doenças respiratórias.
Resposta correta: ✅ Opção C – Desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).
Justificativa:
De acordo com o Módulo II – Dietoterapia II e as Diretrizes Brasileiras de Obesidade (ABESO, 2022), a síndrome metabólica, quando não tratada de forma adequada, aumenta expressivamente o risco de doenças cardiovasculares graves, como Doença Arterial Coronariana (DAC), Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Isso ocorre porque a síndrome envolve um conjunto de alterações metabólicas interligadas, incluindo:
· Resistência à insulina e hiperglicemia;
· Dislipidemia aterogênica (aumento de triglicerídeos e redução do HDL);
· Hipertensão arterial;
· Obesidade central.
Esses fatores, em conjunto, promovem inflamação crônica de baixo grau, estresse oxidativo e disfunção endotelial, que favorecem o desenvolvimento de aterosclerose e aumentam a probabilidade de eventos cardiovasculares.
A intervenção precoce — por meio da alimentação equilibrada, controle do peso corporal e atividade física regular — é essencial para reduzir o risco dessas complicações a longo prazo.
Base:
· Módulo II – Dietoterapia II, seção “Síndrome Metabólica: consequências clínicas e prevenção”.
· Diretrizes Brasileiras de Obesidade – ABESO, 2022.
· International Diabetes Federation (IDF, 2023) – fatores de risco e complicações da síndrome metabólica.
Módulo III – Terapia Nutricional nas Doenças Renais
Pergunta 1 – Módulo III (Doenças Renais / Pacientes em Diálise)
A gestão do balanço hídrico é crítica para pacientes em diálise, uma vez que o excesso de líquido entre as sessões pode levar a complicações graves. Qual das seguintes estratégias dietéticas é mais eficaz para controlar a sobrecarga hídrica em pacientes em diálise?
Opção A: Limitação da ingestão de líquidos, com base na produção urinária residual e no peso corporal interdialítico.
Opção B: Substituição de líquidos por alimentos sólidos para reduzir o volume de líquido ingerido.
Opção C: Aumento do consumo de alimentos ricos em potássio para promover a diurese natural.
Opção D: Ingestão irrestrita de líquidos para garantir a hidratação adequada.
Opção E: Aumento da ingestão de sódio para promover a sede e aumentar a ingestão de líquidos.
Resposta correta: ✅ Opção A – Limitação da ingestão de líquidos, com base na produção urinária residual e no peso corporal interdialítico.
Justificativa:
De acordo com o Módulo III – Dietoterapia II (Doenças Renais) e as Diretrizes Brasileiras de Nutrição em Diálise (SBN, 2021), o controle rigoroso da ingestão hídrica é essencial para prevenir sobrecarga de líquidos em pacientes com doença renal crônica (DRC) em diálise.
O excesso de líquidos entre as sessões pode causar:
· Hipertensão arterial;
· Edemas periféricos e pulmonares;
· Dispneia;
· Sobrecarga cardíaca e insuficiência congestiva;
· Maior risco de mortalidade cardiovascular.
A recomendação é que a ingestão de líquidos seja limitada de acordo com a diurese residual (geralmente entre 500 mL + volume urinário diário) e o ganho de peso interdialítico, que não deve ultrapassar 2 a 2,5 kg entre as sessões.
Além disso, é fundamental controlar o consumo de sódio, pois o sal aumenta a sede e dificulta o manejo do volume hídrico.
Base:
· Módulo III – Dietoterapia II, seções “Terapia nutricional na DRC” e “Controle hídrico em pacientes dialíticos”.
· Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2021) – Diretrizes de Nutrição em Diálise.
· Academy of Nutrition and Dietetics (2020) – Chronic Kidney Disease Nutrition Guidelines.
Pergunta 2 – Módulo III (Doença Renal Crônica – Restrição Proteica)
A restrição proteica é uma das principais intervenções na dietoterapia para pacientes com Doença Renal Crônica (DRC). No entanto, o grau de restrição deve ser cuidadosamente ajustado segundo o estágio da doença e as necessidades nutricionais individuais do paciente. Qual é a principal razão para a moderação na restrição proteica em pacientes com DRC avançada, que ainda não iniciaram a diálise?
Opção A: Prevenir a desnutrição proteico-energética, que pode acelerar a progressão da DRC.
Opção B: Evitar a sobrecarga de resíduos nitrogenados que podem levar à uremia.
Opção C: Reduzir a produção de fósforo, que se acumula no sangue de pacientes com DRC.
Opção D: Evitar o aumento da pressão arterial, associada ao consumo excessivo de proteínas.
Opção E: Minimizar a produção de potássio, prevenindo a hipercalemia.
Resposta correta: ✅ Opção A – Prevenir a desnutrição proteico-energética, que pode acelerar a progressão da DRC.
Justificativa:
De acordo com o Módulo III – Dietoterapia II e as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2021), a restrição proteica em pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) tem o objetivo de reduzir a produção de compostos nitrogenados e retardar a progressão da doença, aliviando os sintomas urêmicos.
Entretanto, essa restrição deve ser moderada e individualizada, especialmente em pacientes com DRC avançada (estágios 4 e 5) que ainda não iniciaram diálise, pois a ingestão insuficiente de proteínas pode levar à desnutrição proteico-energética (DPE) — condição associada a piora do prognóstico, maior mortalidade e maior risco de infecção.
A meta dietoterápica recomendada é:
· 0,6 a 0,8 g de proteína/kg/dia (priorizando fontes de alto valor biológico, como ovos, carnes magras e leite).
· Manter ingestão energética adequada (30–35 kcal/kg/dia) para preservar o balanço nitrogenado e evitar catabolismo proteico.
Base:
· Módulo III – Dietoterapia II, seção “Condutas dietoterápicas na DRC não dialítica”.
· Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2021) – Diretrizes de Nutrição em Doença Renal Crônica.
· KDOQI Clinical Practice Guidelines (2020) – Nutrition in Chronic Kidney Disease.
Pergunta 3 – Módulo III (Injúria Renal Aguda – IRA)
A Injúria Renal Aguda (IRA) é uma condição clínica caracterizada por um declínio súbito na função renal, resultando em um acúmulo de resíduos nitrogenados e outros solutos no sangue. Diversos fatores podem desencadear essa condição, incluindo fatores pré-renais, renais e pós-renais. Considere um pacientecom hipotensão severa devido à perda volumétrica após uma hemorragia grave. Qual das opções abaixo melhor descreve o mecanismo fisiopatológico primário que leva à IRA neste paciente?
Opção A: Aumento da pressão intraglomerular devido à hiperperfusão renal, levando a dano tubular direto.
Opção B: Redução do fluxo sanguíneo renal, resultando em hipoperfusão glomerular e diminuição da filtração glomerular.
Opção C: Obstrução das vias urinárias inferiores, resultando em aumento da pressão intratubular e subsequente redução da taxa de filtração glomerular (TFG).
Opção D: Aumento da permeabilidade glomerular devido à ativação do sistema complemento, resultando em perda proteica e IRA.
Opção E: Deposição de complexos imunes nos glomérulos, levando à inflamação e dano glomerular.
Resposta correta: ✅ Opção B – Redução do fluxo sanguíneo renal, resultando em hipoperfusão glomerular e diminuição da filtração glomerular.
Justificativa:
De acordo com o Módulo III – Dietoterapia II e as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2021), a Injúria Renal Aguda (IRA) pode ser classificada em três categorias principais:
1. Pré-renal – causada por redução do fluxo sanguíneo renal (hipoperfusão);
2. Renal (intrínseca) – por lesão direta no parênquima renal;
3. Pós-renal – por obstrução das vias urinárias.
No caso descrito, a hipotensão severa devido à hemorragia leva a diminuição do volume circulante efetivo, causando redução da perfusão renal. Isso reduz a pressão glomerular e, consequentemente, a Taxa de Filtração Glomerular (TFG), caracterizando uma IRA pré-renal.
Esse tipo de injúria é potencialmente reversível, desde que o volume intravascular seja restaurado rapidamente, evitando o dano tubular isquêmico que pode evoluir para necrose tubular aguda (lesão renal intrínseca).
As causas mais comuns de IRA pré-renal incluem:
· Hipovolemia (hemorragias, desidratação, perdas gastrointestinais);
· Hipotensão severa;
· Choque séptico ou cardiogênico.
Base:
· Módulo III – Dietoterapia II, seção “Injúria Renal Aguda: fisiopatologia e implicações nutricionais”.
· Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2021) – Diretrizes para diagnóstico e manejo da IRA.
· KDIGO Clinical Practice Guideline for Acute Kidney Injury (2021).
Pergunta 4 – Módulo III (Injúria Renal Aguda – Terapia Nutricional)
A nutrição em pacientes com IRA deve ser cuidadosamente gerida para evitar complicações metabólicas e fornecer suporte adequado. Em pacientes críticos com IRA, qual abordagem nutricional é mais recomendada para evitar a sobrecarga de solutos e minimizar a produção de resíduos nitrogenados?
Opção A: Suplementação oral com fórmulas hipercalóricas ricas em glicose.
Opção B: Nutrição enteral contínua com fórmula rica em lipídios para fornecer energia sem sobrecarregar os rins.
Opção C: Nutrição parenteral total (NPT) com alta carga de aminoácidos para evitar o catabolismo.
Opção D: Dieta com adequação proteica e controle rigoroso de eletrólitos, adaptada às necessidades individuais do paciente.
Opção E: Dieta rica em proteínas para promover a síntese muscular e prevenir a perda de massa magra.
Resposta correta: ✅ Opção D – Dieta com adequação proteica e controle rigoroso de eletrólitos, adaptada às necessidades individuais do paciente.
Justificativa:
De acordo com o Módulo III – Dietoterapia II e as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2021), o manejo nutricional na Injúria Renal Aguda (IRA) deve buscar um equilíbrio entre fornecer energia suficiente e evitar o acúmulo de solutos e metabólitos nitrogenados.
A conduta dietoterápica ideal inclui:
· Adequação proteica conforme o estado clínico:
· 0,8–1,0 g/kg/dia para pacientes não dialíticos;
· até 1,2–2,0 g/kg/dia em pacientes sob terapia dialítica ou em catabolismo elevado.
· Controle rigoroso de eletrólitos (sódio, potássio e fósforo), prevenindo complicações como hipercalemia, hiperfosfatemia e hiponatremia.
· Oferta calórica adequada (25–35 kcal/kg/dia), priorizando carboidratos e lipídios como principais fontes energéticas para evitar o catabolismo proteico.
· Preferência pela via enteral, sempre que possível, utilizando fórmulas específicas para pacientes renais (com menor teor de eletrólitos e proteína ajustada).
A nutrição parenteral total (NPT) é reservada apenas para casos em que a via oral ou enteral não seja viável, pois pode aumentar o risco de infecções e sobrecarga metabólica.
Base:
· Módulo III – Dietoterapia II, seção “Terapia nutricional na Injúria Renal Aguda (IRA)”.
· Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2021) – Diretrizes de Nutrição em Doença Renal Aguda e Crônica.
· KDOQI (2020) – Clinical Practice Guideline for Nutrition in CKD.
Pergunta 1 – Módulo III (Doença Renal Crônica – Controle de Fósforo)
A hipofosfatemia é uma complicação comum na DRC, exigindo ajustes na ingestão dietética de fósforo. Considerando o impacto da hiperfosfatemia nos ossos e vasos sanguíneos, qual seria a abordagem dietoterápica mais adequada para pacientes com DRC em estágios avançados?
Opção A: Aumentar a ingestão de alimentos ricos em cálcio para contrabalançar os efeitos do fósforo elevado.
Opção B: Reduzir a ingestão de alimentos processados e ricos em aditivos fosfatados, enquanto monitora a ingestão de proteínas.
Opção C: Administrar suplementos de fósforo para prevenir a hipofosfatemia e manter a saúde óssea.
Opção D: Priorizar a ingestão de proteínas de origem vegetal para reduzir a absorção de fósforo dietético.
Opção E: Aumentar o consumo de frutas cítricas para melhorar a excreção renal de fósforo.
Resposta correta: ✅ Opção B – Reduzir a ingestão de alimentos processados e ricos em aditivos fosfatados, enquanto monitora a ingestão de proteínas.
Justificativa:
Conforme o Módulo III – Dietoterapia II e as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2021), a hiperfosfatemia é uma complicação frequente em pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) avançada, resultante da redução da excreção renal de fósforo.
Esse acúmulo de fósforo sérico leva ao desequilíbrio cálcio-fósforo, favorecendo o desenvolvimento de hiperparatireoidismo secundário, osteodistrofia renal e calcificações vasculares, que aumentam o risco de eventos cardiovasculares e mortalidade.
A conduta dietoterápica mais adequada inclui:
· Reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados e industrializados, pois estes contêm aditivos fosfatados altamente biodisponíveis (absorção de até 90%).
· Monitorar o consumo proteico, já que alimentos ricos em proteína (carnes, laticínios) também são fontes de fósforo, mas indispensáveis à nutrição — devendo ser ajustados de forma individual.
· Orientar a leitura de rótulos e evitar ingredientes como “fosfato de sódio”, “pirofosfato”, “trifosfato” e “polifosfato”.
· Em casos graves, uso de quelantes de fósforo pode ser necessário (sob prescrição médica).
As fontes naturais de fósforo, principalmente de origem vegetal, têm menor biodisponibilidade devido à presença de fitatos, podendo ser preferidas em alguns casos.
Base:
· Módulo III – Dietoterapia II, seção “Controle do fósforo na DRC”.
· Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2021) – Diretrizes de Nutrição em Doença Renal Crônica.
· KDOQI (2020) – Clinical Practice Guideline for Nutrition in CKD.
Pergunta 2 – Módulo III (Diálise Peritoneal – Hipertrigliceridemia)
Pacientes em diálise peritoneal têm um risco aumentado de desenvolver hipertrigliceridemia devido à absorção de glicose das soluções dialíticas. Qual seria a abordagem nutricional mais indicada para minimizar esse risco sem comprometer o estado nutricional do paciente?
Opção A: Aumentar a ingestão de gorduras saturadas para compensar a redução de carboidratos.
Opção B: Incrementar a ingestão de ácidos graxos ômega-3 para melhorar o perfil lipídico.
Opção C: Reduzir a ingestão de proteínas para diminuir a produção de lipoproteínas.
Opção D: Restringir severamente a ingestão de carboidratos para evitar a formação de triglicerídeos.
Opção E: Aumentar a ingestão de fibras para reduzir a absorção de glicose e melhorar o perfil lipídico.Resposta correta: ✅ Opção B – Incrementar a ingestão de ácidos graxos ômega-3 para melhorar o perfil lipídico.
Justificativa:
De acordo com o Módulo III – Dietoterapia II e as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2021), pacientes submetidos à diálise peritoneal frequentemente apresentam hipertrigliceridemia e dislipidemias decorrentes da absorção significativa de glicose proveniente das soluções dialíticas (podendo corresponder a até 400–800 kcal/dia).
Essa glicose extra leva à aumentada síntese hepática de triglicerídeos e VLDL, elevando o risco cardiovascular.
A abordagem dietoterápica deve priorizar a modificação qualitativa da gordura da dieta, e não restrições excessivas de macronutrientes.
As principais recomendações incluem:
· Aumentar o consumo de ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 (presentes em peixes gordos como sardinha, salmão e atum) e monoinsaturados (azeite de oliva e abacate);
· Reduzir o consumo de gorduras saturadas e trans, encontradas em alimentos ultraprocessados;
· Manter ingestão proteica adequada (1,2–1,3 g/kg/dia) para preservar o estado nutricional;
· Evitar restrição severa de carboidratos, já que o aporte energético deve ser equilibrado com a absorção peritoneal de glicose;
· Incentivar atividade física leve e controle periódico do perfil lipídico.
Base:
· Módulo III – Dietoterapia II, seção “Terapia nutricional na diálise peritoneal”.
· Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2021) – Diretrizes Nutricionais para Pacientes em Diálise.
· KDOQI (2020) – Nutrition in Chronic Kidney Disease and Dialysis Patients.
Pergunta 2 – Módulo III (Doença Renal Crônica – Controle da Hipercalemia)
Pacientes com DRC frequentemente apresentam desequilíbrios eletrolíticos, como hipercalemia, que requerem ajustes dietéticos específicos. Qual das seguintes estratégias dietéticas seria mais eficaz para controlar a hipercalemia em pacientes com DRC sem comprometer o aporte nutricional?
Opção A: Ingestão de alimentos com baixo teor de potássio, combinada com técnicas de preparo que reduzem a quantidade de potássio nos alimentos.
Opção B: Substituição de sal comum por sal de potássio, para melhorar o sabor dos alimentos sem elevar a pressão arterial.
Opção C: Restrição rigorosa de todos os alimentos contendo potássio, independentemente do conteúdo nutricional.
Opção D: Suplementação com diuréticos poupadores de potássio para compensar a perda pelo trato urinário.
Opção E: Aumento do consumo de alimentos ricos em potássio, como frutas e vegetais, para equilibrar a ingestão.
Resposta correta: ✅ Opção A – Ingestão de alimentos com baixo teor de potássio, combinada com técnicas de preparo que reduzem a quantidade de potássio nos alimentos.
Justificativa:
Conforme o Módulo III – Dietoterapia II e as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2021), a hipercalemia (excesso de potássio sérico) é uma complicação comum na Doença Renal Crônica (DRC), causada pela diminuição da excreção renal de potássio.
Esse desequilíbrio pode levar a alterações cardíacas graves, incluindo arritmias e parada cardíaca, exigindo controle rigoroso da ingestão dietética.
A abordagem mais eficaz é a moderação do consumo de potássio, priorizando:
· Escolha de alimentos naturalmente pobres em potássio (como arroz, massas, maçã, pera, alface, pepino e repolho);
· Aplicação de técnicas de preparo que reduzem o teor de potássio, como duplo cozimento e descarte da água de cocção de vegetais e tubérculos;
· Evitar o uso de sais substitutos com potássio, pois esses produtos podem aumentar o risco de hipercalemia grave;
· Manter a ingestão proteica e calórica adequada, para prevenir desnutrição e preservar o estado nutricional;
· Revisar uso de medicamentos que aumentam o potássio sérico (ex: IECA, BRA, diuréticos poupadores de potássio).
Essa estratégia dietética permite controlar o potássio sérico sem comprometer o aporte de outros nutrientes essenciais.
Base:
· Módulo III – Dietoterapia II, seção “Controle de eletrólitos: manejo do potássio na DRC”.
· Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2021) – Diretrizes Nutricionais na Doença Renal Crônica.
· KDOQI (2020) – Clinical Practice Guideline for Nutrition in CKD.
Pergunta 3 – Módulo III (Doença Renal Crônica / Diálise – Controle da Hiperfosfatemia)
O manejo da hiperfosfatemia é um desafio constante em pacientes em diálise, devido à diminuição da capacidade de excreção renal de fósforo e ao risco de complicações como a calcificação vascular. Qual seria a abordagem dietética mais apropriada para controlar os níveis de fósforo em pacientes em diálise?
Opção A: Limitar a ingestão de alimentos ricos em fósforo e utilizar quelantes de fósforo durante as refeições.
Opção B: Incrementar a ingestão de alimentos fortificados com vitamina D para aumentar a excreção de fósforo.
Opção C: Aumentar o consumo de vegetais folhosos para promover a excreção de fósforo pelos rins.
Opção D: Reduzir drasticamente a ingestão de proteínas, por serem a principal fonte de fósforo.
Opção E: Aumentar o consumo de alimentos ricos em cálcio para competir com o fósforo na absorção intestinal.
Resposta correta: ✅ Opção A – Limitar a ingestão de alimentos ricos em fósforo e utilizar quelantes de fósforo durante as refeições.
Justificativa:
De acordo com o Módulo III – Dietoterapia II e as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2021), a hiperfosfatemia é uma complicação frequente em pacientes em terapia dialítica, pois a excreção renal de fósforo está reduzida e a diálise remove apenas parte desse mineral.
O controle dietético é essencial para evitar hiperparatireoidismo secundário, osteodistrofia renal e calcificação vascular.
A abordagem mais adequada envolve:
· Restrição de alimentos ricos em fósforo, especialmente aqueles com aditivos fosfatados (presentes em alimentos ultraprocessados, embutidos, refrigerantes à base de cola, queijos processados e carnes curadas).
· Manutenção do consumo proteico adequado (1,2 g/kg/dia em pacientes em diálise), priorizando fontes naturais e frescas de proteína, que contêm fósforo menos biodisponível.
· Uso de quelantes de fósforo (como carbonato de cálcio, sevelâmer ou lantânio), administrados junto às refeições, para reduzir a absorção intestinal de fósforo.
· Educação nutricional contínua, com orientação para leitura de rótulos e planejamento alimentar equilibrado.
Essa combinação de controle dietético + quelantes é a conduta mais eficaz e segura para o controle da hiperfosfatemia em pacientes dialíticos.
Base:
· Módulo III – Dietoterapia II, seção “Controle do fósforo em pacientes dialíticos”.
· Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2021) – Diretrizes Nutricionais na Doença Renal Crônica.
· KDOQI (2020) – Clinical Practice Guideline for Nutrition in CKD and Dialysis.
Pergunta 4 – Módulo III (Doença Renal Crônica – Hemodiálise / Ajuste Proteico)
Pacientes em diálise frequentemente enfrentam desafios nutricionais, incluindo a necessidade de ajustar a ingestão proteica para compensar as perdas durante o processo dialítico. Qual das seguintes abordagens proteicas é mais adequada para um paciente em hemodiálise regular?
Opção A: Manutenção da ingestão proteica padrão, sem ajustes significativos, para evitar complicações renais adicionais.
Opção B: Substituição de proteínas animais por vegetais, devido ao menor impacto na função renal.
Opção C: Aumento da ingestão proteica, com ênfase em proteínas de alto valor biológico, para compensar as perdas durante a diálise.
Opção D: Restrição rigorosa da ingestão proteica para prevenir a sobrecarga de resíduos nitrogenados.
Opção E: Redução da ingestão proteica pós-diálise para evitar sobrecarga metabólica.
Resposta correta: ✅ Opção C – Aumento da ingestão proteica, com ênfase em proteínas de alto valor biológico, para compensar as perdas durante a diálise.
Justificativa:
Conforme o Módulo III – Dietoterapia II e as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2021), pacientes submetidos à hemodiálise perdem aminoácidos e pequenas quantidades de proteínas plasmáticasdurante o processo dialítico, o que aumenta o risco de desnutrição proteico-energética — uma das principais causas de morbimortalidade nessa população.
Para evitar essa complicação, a recomendação nutricional é:
· Ingestão proteica aumentada: entre 1,2 a 1,3 g de proteína/kg de peso/dia;
· Priorizar proteínas de alto valor biológico (AVB), presentes em ovos, carnes magras, leite e derivados, pois fornecem todos os aminoácidos essenciais;
· Ajustar o aporte energético (30–35 kcal/kg/dia) para evitar o uso de proteínas como fonte de energia;
· Manter controle de fósforo e potássio, escolhendo alimentos proteicos com menor teor desses minerais;
· Monitorar o estado nutricional regularmente (albumina sérica, massa magra e ingestão alimentar).
Essa abordagem garante equilíbrio metabólico, preservação da massa muscular e melhor resposta à diálise.
A restrição proteica, indicada apenas em DRC não dialítica, não deve ser aplicada em pacientes em hemodiálise, pois agrava a desnutrição e aumenta o risco de complicações.
Base:
· Módulo III – Dietoterapia II, seção “Terapia nutricional em pacientes dialíticos”.
· Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2021) – Diretrizes Nutricionais em Diálise.
· KDOQI (2020) – Clinical Practice Guidelines for Nutrition in CKD and Hemodialysis.
Módulo IV - Terapia Nutricional nas Deficiências Nutricionais e Alterações Metabólicas
Pergunta 1 – Módulo IV (Doença Celíaca)
Uma paciente de 25 anos foi diagnosticada recentemente com Doença Celíaca após anos de sintomas gastrointestinais crônicos, incluindo dor abdominal, diarreia e perda de peso. Ela está preocupada com as mudanças que precisará fazer em sua dieta. Qual das seguintes abordagens dietoterápicas é a mais apropriada para o manejo da Doença Celíaca?
Opção A: Eliminar o glúten da dieta e buscar produtos naturalmente isentos de glúten, como arroz, milho e batatas.
Opção B: Iniciar a suplementação de enzimas digestivas que ajudam a degradar o glúten, sem alterar a dieta.
Opção C: Reduzir o consumo de glúten gradualmente para permitir uma transição suave.
Opção D: Manter uma dieta rica em fibras e continuar consumindo pequenas quantidades de glúten para evitar deficiências nutricionais.
Opção E: Substituir todos os produtos à base de trigo por alimentos integrais, pois estes têm menos glúten.
Resposta correta: ✅ Opção A – Eliminar o glúten da dieta e buscar produtos naturalmente isentos de glúten, como arroz, milho e batatas.
Justificativa:
De acordo com o Módulo IV – Dietoterapia II e as Diretrizes Brasileiras de Gastroenterologia (SBCD, 2022), o tratamento da Doença Celíaca baseia-se exclusivamente na exclusão total e permanente do glúten da dieta.
O glúten — proteína presente no trigo, centeio, cevada e derivados — provoca uma resposta autoimune no intestino delgado, levando à atrofia das vilosidades intestinais e, consequentemente, à má absorção de nutrientes.
A dieta deve incluir alimentos naturalmente livres de glúten, como:
· Grãos e tubérculos: arroz, milho, mandioca, batata, quinoa, amaranto;
· Frutas, legumes e verduras frescas;
· Carnes magras, ovos e leguminosas;
· Produtos industrializados com certificação “sem glúten”.
A retirada completa do glúten permite a regeneração da mucosa intestinal e a remissão dos sintomas.
Suplementação nutricional (ferro, cálcio, ácido fólico e vitaminas do complexo B) pode ser necessária nos casos de deficiências secundárias à má absorção.
Opções como redução gradual (C) ou uso de enzimas digestivas (B) não são eficazes, pois mesmo traços de glúten podem causar danos intestinais.
Base:
· Módulo IV – Dietoterapia II, seção “Terapia nutricional na Doença Celíaca”.
· Sociedade Brasileira de Coloproctologia e Doenças Digestivas (SBCD, 2022) – Diretrizes de Manejo da Doença Celíaca.
· Academy of Nutrition and Dietetics (2021) – Celiac Disease Medical Nutrition Therapy Protocols.
Pergunta 2 – Módulo IV (Anemia Megaloblástica / Deficiência de Vitamina B12)
Um homem de 40 anos, que segue uma dieta vegana há 5 anos, foi diagnosticado com anemia megaloblástica. Ele apresenta fadiga, perda de peso e língua lisa e dolorida. Sabendo que a anemia megaloblástica é frequentemente associada à deficiência de vitamina B12, qual das abordagens dietoterápicas abaixo é a mais indicada para o manejo dessa condição?
Opção A: Iniciar a suplementação com vitamina B12 por via oral ou intramuscular e monitorar os níveis regularmente.
Opção B: Implementar uma dieta rica em proteínas para corrigir a deficiência de vitamina B12.
Opção C: Aumentar o consumo de alimentos ricos em folato, como espinafre e leguminosas, sem suplementação de vitamina B12.
Opção D: Introduzir imediatamente suplementos de ferro, pois a anemia megaloblástica está sempre associada à deficiência de ferro.
Opção E: Introduzir alimentos fermentados como fonte natural de vitamina B12 e evitar a suplementação.
Resposta correta: ✅ Opção A – Iniciar a suplementação com vitamina B12 por via oral ou intramuscular e monitorar os níveis regularmente.
Justificativa:
De acordo com o Módulo IV – Dietoterapia II e as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Nutrição e Metabolismo (2021), a anemia megaloblástica é causada, na maioria dos casos, por deficiência de vitamina B12 (cobalamina) ou ácido fólico, sendo a primeira comum em indivíduos veganos por ausência de fontes alimentares de origem animal.
A vitamina B12 é essencial para a síntese de DNA, maturação dos eritrócitos e manutenção da integridade neurológica. Sua deficiência leva à produção de hemácias grandes e imaturas (megaloblastos), resultando em anemia, fadiga e alterações neurológicas.
Como as dietas veganas não contêm fontes naturais adequadas de B12 (presente em carnes, leite, ovos e vísceras), o tratamento dietoterápico indicado é:
· Suplementação de vitamina B12 (cianocobalamina ou hidroxocobalamina) por via oral ou intramuscular, conforme a gravidade;
· Monitoramento laboratorial dos níveis séricos de B12 e hemograma;
· Manutenção da dieta vegana, porém com suplementação contínua, pois a reposição dietética isolada não é suficiente;
· Correção de deficiências associadas, se presentes (ácido fólico, ferro).
O aumento de alimentos ricos em folato (C) pode mascarar os sintomas hematológicos, sem corrigir o dano neurológico irreversível da deficiência de B12.
Base:
· Módulo IV – Dietoterapia II, seção “Anemia megaloblástica e manejo nutricional”.
· Sociedade Brasileira de Nutrição e Metabolismo (SBNM, 2021) – Diretrizes para reposição de vitamina B12.
· Academy of Nutrition and Dietetics (2021) – Position Paper: Vegetarian Diets.
Pergunta 3 – Módulo IV (Fenilcetonúria – PKU)
Um bebê de 6 meses foi diagnosticado com Fenilcetonúria (PKU) e está em tratamento dietético para controlar os níveis de fenilalanina. O plano dietético recomendado inclui a restrição de alimentos ricos em fenilalanina. Qual das seguintes abordagens dietéticas é a mais adequada para garantir a gestão eficaz da PKU?
Opção A: Permitir a inclusão de alimentos ricos em proteínas, como carne e ovos, em pequenas quantidades para garantir o crescimento.
Opção B: Introduzir uma fórmula de aminoácidos especiais, que é isenta de fenilalanina, e evitar todos os alimentos ricos em proteínas.
Opção C: Substituir a fórmula de aminoácidos por leite materno, pois este é mais natural e contém menos fenilalanina.
Opção D: Incorporar alimentos ricos em fenilalanina em quantidades moderadas, monitorando os níveis de fenilalanina periodicamente.
Opção E: Utilizar suplementos de fenilalanina para compensar a deficiência de proteínas na dieta.
Resposta correta: ✅ Opção B – Introduzir uma fórmula de aminoácidos especiais, que é isenta de fenilalanina, e evitar todos os alimentos ricos em proteínas.
Justificativa:
De acordo com o Módulo IV – Dietoterapia II e as Diretrizes Brasileiras para o Tratamento de Erros Inatos do Metabolismo (Ministério da Saúde, 2021), a Fenilcetonúria (PKU) é uma doença genética causada pela deficiência da enzima fenilalanina-hidroxilase, responsável por converter fenilalanina em tirosina.
A deficiênciadessa enzima leva ao acúmulo tóxico de fenilalanina no sangue e cérebro, causando déficit cognitivo, atraso no desenvolvimento e distúrbios neurológicos se não tratada precocemente.
O tratamento dietoterápico consiste em:
· Restrição rigorosa da ingestão de fenilalanina, presente em proteínas de origem animal e vegetal (carnes, ovos, leite, leguminosas, oleaginosas e farináceos);
· Uso de fórmulas especiais de aminoácidos isentas de fenilalanina, enriquecidas com tirosina, vitaminas e minerais, para garantir o crescimento e o desenvolvimento adequado;
· Acompanhamento metabólico contínuo com dosagem sérica de fenilalanina, para manter níveis entre 2 e 6 mg/dL;
· Manutenção da dieta restrita durante toda a vida, inclusive na idade adulta, para prevenir recaídas neurológicas.
O leite materno pode ser oferecido em pequenas quantidades controladas, apenas quando combinado com a fórmula especial, sob supervisão de equipe especializada.
Base:
· Módulo IV – Dietoterapia II, seção “Terapia nutricional nas doenças metabólicas: Fenilcetonúria (PKU)”.
· Ministério da Saúde (2021) – Diretrizes Clínicas de Atenção à Pessoa com Fenilcetonúria.
· Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal e Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM, 2022).
Pergunta 4 – Módulo IV (Kwashiorkor – Desnutrição Proteico-Energética)
Um menino de 3 anos foi diagnosticado com Kwashiorkor. Ele apresenta edema generalizado, cabelos quebradiços, e alterações na pigmentação da pele. Sabendo que o Kwashiorkor está associado a uma deficiência proteica severa, qual das estratégias dietoterápicas abaixo é a mais indicada para o manejo inicial dessa condição?
Opção A: Iniciar a suplementação com lipídios essenciais antes da introdução de proteínas.
Opção B: Introduzir uma dieta rica em proteínas e pobre em carboidratos para prevenir hiperglicemia.
Opção C: Administrar aminoácidos essenciais por via intravenosa como primeira linha de tratamento.
Opção D: Fornecer uma dieta rica em carboidratos simples para rápida recuperação da energia.
Opção E: Implementar uma dieta moderada em proteínas e calorias, com suplementação gradual para evitar a síndrome de realimentação.
Resposta correta: ✅ Opção E – Implementar uma dieta moderada em proteínas e calorias, com suplementação gradual para evitar a síndrome de realimentação.
Justificativa:
De acordo com o Módulo IV – Dietoterapia II e as Diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2020) sobre o manejo da desnutrição aguda grave, o Kwashiorkor é uma forma de desnutrição proteico-energética grave, caracterizada por deficiência de proteínas com ingestão calórica relativamente preservada.
Manifesta-se clinicamente por edema generalizado, hepatomegalia, lesões de pele, alterações capilares e apatia.
A conduta dietoterápica deve ser cuidadosa e gradual, pois o organismo encontra-se metabolicamente comprometido. A realimentação agressiva pode desencadear a síndrome de realimentação, com graves distúrbios eletrolíticos (hipofosfatemia, hipocalemia e hipomagnesemia).
O manejo nutricional é dividido em etapas:
1. Fase inicial (estabilização):
· Dieta moderada em proteínas e calorias (usando fórmulas terapêuticas específicas, como F-75).
· Correção de desidratação, hipoglicemia, infecções e desequilíbrios eletrolíticos.
2. Fase de recuperação:
· Aumento gradual da densidade calórico-proteica com fórmulas hipercalóricas (F-100) e alimentos complementares.
· Introdução progressiva de proteínas de alto valor biológico (leite, ovos, carnes).
3. Fase de reabilitação:
· Reeducação alimentar e suplementação de micronutrientes (vitaminas e minerais).
Essa abordagem visa restaurar o equilíbrio metabólico, promover ganho de peso seguro e prevenir complicações metabólicas.
Base:
· Módulo IV – Dietoterapia II, seção “Desnutrição proteico-energética: Kwashiorkor e Marasmo”.
· Organização Mundial da Saúde (OMS, 2020) – Guideline: Management of Severe Acute Malnutrition in Children.
· Ministério da Saúde (2021) – Protocolo de Atenção Nutricional à Criança com Desnutrição Grave.
Pergunta 5 – Módulo IV (Intolerância à Lactose)
Uma paciente de 30 anos apresenta sintomas de dor abdominal, inchaço e diarreia após consumir produtos lácteos. Após diagnóstico de intolerância à lactose, a paciente precisa ajustar sua dieta. Qual das seguintes estratégias dietéticas é a mais apropriada para o manejo eficaz da intolerância à lactose?
Opção A: Aumentar a ingestão de alimentos ricos em lactose para auxiliar na produção de lactase pelo organismo.
Opção B: Utilizar produtos lácteos com baixo teor de lactose e aumentar a ingestão de alimentos ricos em fibras para aliviar os sintomas.
Opção C: Substituir todos os produtos lácteos por alternativas não lácteas, como leite de soja ou amêndoas, e utilizar suplementos de lactase se necessário.
Opção D: Evitar somente os produtos lácteos integrais e manter o consumo de laticínios desnatados.
Opção E: Continuar consumindo produtos lácteos, mas em menor quantidade, para permitir a adaptação do sistema digestivo.
Resposta correta: ✅ Opção C – Substituir todos os produtos lácteos por alternativas não lácteas, como leite de soja ou amêndoas, e utilizar suplementos de lactase se necessário.
Justificativa:
De acordo com o Módulo IV – Dietoterapia II e as Diretrizes Brasileiras de Nutrição Clínica (SBAN, 2021), a intolerância à lactose é uma condição caracterizada pela deficiência parcial ou total da enzima lactase, responsável por hidrolisar a lactose (açúcar do leite) em glicose e galactose.
A deficiência dessa enzima leva à má digestão e fermentação da lactose no intestino, resultando em sintomas gastrointestinais como distensão abdominal, flatulência, cólicas e diarreia.
O manejo dietoterápico inclui:
· Reduzir ou eliminar produtos lácteos contendo lactose (leite, queijos frescos, iogurtes comuns);
· Substituir por alternativas não lácteas, como leite de soja, aveia, amêndoas ou arroz, enriquecidos com cálcio e vitamina D;
· Utilizar produtos “sem lactose” (leite e derivados com lactase adicionada), quando disponíveis;
· Suplementar enzima lactase (em gotas ou comprimidos), conforme tolerância individual;
· Garantir o consumo adequado de cálcio e vitamina D, por meio de alimentos fortificados ou suplementação, para prevenir osteopenia.
Evitar totalmente os produtos lácteos (sem substituição adequada) pode resultar em deficiências nutricionais, enquanto o consumo de pequenas quantidades de lactose pode ser tolerado por alguns pacientes, dependendo do grau de intolerância.
Base:
· Módulo IV – Dietoterapia II, seção “Terapia nutricional na intolerância à lactose”.
· Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN, 2021) – Diretrizes de Intolerâncias Alimentares.
· Academy of Nutrition and Dietetics (2021) – Lactose Intolerance Medical Nutrition Therapy Protocols.
Pergunta 6 – Módulo IV (Alergia à Proteína do Leite de Vaca – APLV)
Um bebê de 6 meses foi diagnosticado com Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) após apresentar sintomas como eczema, vômitos e diarreia ao consumir fórmulas à base de leite de vaca. A mãe do bebê deseja continuar amamentando, mas está preocupada com sua própria dieta. Qual das seguintes estratégias é a mais apropriada para garantir a segurança alimentar do bebê?
Opção A: A mãe deve continuar consumindo leite de vaca, mas reduzir a frequência para minimizar a exposição.
Opção B: A mãe deve excluir completamente leite e derivados de sua dieta, mantendo a amamentação.
Opção C: Introduzir uma fórmula hipoalergênica e descontinuar a amamentação para evitar riscos.
Opção D: Substituir a fórmula à base de leite de vaca por leite de cabra, sendo menos alergênico.
Opção E: Manter a amamentação, sem restrições alimentares para a mãe.
Resposta correta: ✅ Opção B – A mãe deve excluir completamente leite e derivados de sua dieta, mantendo a amamentação.
Justificativa:
De acordo com o Módulo IV – Dietoterapia II e as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP, 2021) e do Ministério da Saúde (2022), a Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) é uma reação imunomediada àsproteínas do leite, principalmente caseína e β-lactoglobulina, podendo ser IgE-mediada, não IgE-mediada ou mista.
Em bebês amamentados, pequenas quantidades dessas proteínas podem passar para o leite materno através da dieta da mãe, causando reações alérgicas no lactente.
A conduta recomendada é:
· Manter o aleitamento materno exclusivo, sempre que possível;
· Excluir completamente da dieta materna o leite de vaca e todos os derivados (manteiga, queijos, iogurtes, cremes, chocolates e produtos industrializados contendo caseína, soro de leite ou traços de leite);
· Garantir substituição adequada de cálcio e vitamina D, por meio de suplementação ou alimentos fortificados, sob supervisão do nutricionista e do pediatra;
· Caso o bebê não possa ser amamentado, deve-se usar fórmula extensamente hidrolisada ou fórmula à base de aminoácidos livres (em casos graves);
· Leite de cabra, ovelha ou búfala não deve ser utilizado, pois há reação cruzada com as proteínas do leite de vaca.
A dieta isenta de proteínas lácteas é eficaz na remissão dos sintomas e na recuperação da mucosa intestinal do bebê.
Base:
· Módulo IV – Dietoterapia II, seção “Terapia nutricional nas alergias alimentares: APLV”.
· Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP, 2021) – Manual de Alergia Alimentar em Lactentes.
· Ministério da Saúde (2022) – Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da APLV.
· ESPEN & ESPGHAN (2021) – Guidelines for Cow’s Milk Protein Allergy in Infants.
Pergunta 7 – Módulo IV (Anemia Ferropriva)
Uma adolescente de 15 anos foi diagnosticada com anemia ferropriva. Ela apresenta cansaço extremo, palidez e unhas quebradiças. A ingestão alimentar da paciente revela baixo consumo de carne vermelha e vegetais verdes escuros. Considerando o tratamento dietoterápico da anemia ferropriva, qual das seguintes estratégias é a mais adequada para melhorar a condição de ferro dessa paciente?
Opção A: Suplementar com vitamina C junto às refeições para aumentar a absorção de ferro não-heme.
Opção B: Aumentar o consumo de chá e café para auxiliar na absorção do ferro não-heme.
Opção C: Implementar uma dieta vegetariana estrita para reduzir a inflamação associada à anemia.
Opção D: Introduzir suplementos de ferro sem considerar a ingestão dietética de ferro.
Opção E: Aumentar a ingestão de laticínios como fonte primária de ferro.
Resposta correta: ✅ Opção A – Suplementar com vitamina C junto às refeições para aumentar a absorção de ferro não-heme.
Justificativa:
Conforme o Módulo IV – Dietoterapia II e as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Nutrição e Metabolismo (SBNM, 2021), a anemia ferropriva é a deficiência nutricional mais comum, resultante da ingestão inadequada ou baixa biodisponibilidade de ferro, aumento das perdas (menstruação, sangramentos) ou má absorção intestinal.
O ferro na dieta existe em duas formas:
· Ferro heme (de origem animal – carnes vermelhas, vísceras, aves e peixes), com alta biodisponibilidade;
· Ferro não-heme (de origem vegetal – feijões, lentilhas, espinafre, couve, cereais integrais), com absorção limitada.
A vitamina C (ácido ascórbico) é um potente facilitador da absorção do ferro não-heme, pois reduz o ferro férrico (Fe³⁺) a ferroso (Fe²⁺), forma mais absorvível.
Portanto, recomenda-se:
· Associar fontes de vitamina C (laranja, acerola, kiwi, morango, limão) às refeições principais;
· Evitar consumo de chás, café e alimentos ricos em cálcio junto às refeições, pois inibem a absorção do ferro;
· Aumentar o consumo de alimentos ricos em ferro heme (carnes, fígado) sempre que possível;
· Suplementação de ferro oral pode ser necessária, mas sempre associada ao manejo dietético.
Base:
· Módulo IV – Dietoterapia II, seção “Deficiências nutricionais: Anemia ferropriva e conduta dietoterápica”.
· Sociedade Brasileira de Nutrição e Metabolismo (SBNM, 2021) – Diretrizes de Manejo da Anemia Ferropriva.
· Ministério da Saúde (2022) – Protocolo de Suplementação de Ferro e Vitamina C.
Pergunta 8 – Módulo IV (Alergia à Proteína do Leite de Vaca – APLV em Crianças)
Uma criança de 2 anos com diagnóstico confirmado de Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) apresenta sintomas gastrointestinais e dermatológicos ao ingerir alimentos contendo leite. A mãe está preocupada com a nutrição da criança, especialmente em relação à ingestão de cálcio e vitamina D. Qual é a melhor estratégia dietoterápica para garantir que a criança receba os nutrientes necessários?
Opção A: Substituir o leite de vaca por leite de soja, que possui o mesmo perfil nutricional.
Opção B: Reintroduzir o leite de vaca em pequenas quantidades para dessensibilizar o sistema imunológico.
Opção C: Utilizar fórmulas à base de soja e evitar a suplementação de cálcio, pois a soja já é uma boa fonte desse nutriente.
Opção D: Introduzir suplementos de cálcio e vitamina D, mantendo uma dieta completamente isenta de leite e derivados.
Opção E: Substituir o leite de vaca por sucos enriquecidos com cálcio e aumentar a exposição solar para síntese de vitamina D.
Resposta correta: ✅ Opção D – Introduzir suplementos de cálcio e vitamina D, mantendo uma dieta completamente isenta de leite e derivados.
Justificativa:
De acordo com o Módulo IV – Dietoterapia II e as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP, 2021) e do Ministério da Saúde (2022), o tratamento da Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) em crianças é a eliminação total e rigorosa de leite e derivados da dieta, pois mesmo pequenas quantidades podem desencadear reações alérgicas graves.
Como o leite é uma das principais fontes de cálcio e vitamina D na alimentação infantil, é necessário suplementar esses nutrientes para garantir o crescimento ósseo adequado e a mineralização.
A conduta recomendada inclui:
· Evitar completamente o leite de vaca e seus derivados, bem como alimentos com traços de leite (caseína, soro de leite, lactose com proteínas residuais);
· Utilizar fórmulas especiais hipoalergênicas (extensamente hidrolisadas) ou fórmulas à base de aminoácidos, conforme a gravidade;
· Suplementar cálcio e vitamina D, conforme orientação médica e nutricional, para suprir a ausência do leite;
· Orientar a leitura atenta de rótulos e o acompanhamento com nutricionista para garantir a adequação nutricional global;
· Evitar leite de soja e derivados sem avaliação médica, pois até 30% das crianças com APLV apresentam alergia cruzada à soja.
A exposição solar é útil para síntese de vitamina D, mas não substitui a suplementação quando há restrição alimentar significativa.
Base:
· Módulo IV – Dietoterapia II, seção “Alergia à proteína do leite de vaca (APLV) – manejo nutricional”.
· Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP, 2021) – Manual de Alergia Alimentar em Crianças e Lactentes.
· Ministério da Saúde (2022) – Protocolo Clínico de APLV.
· ESPGHAN (2021) – Guidelines for Cow’s Milk Protein Allergy Management in Pediatrics.
2 - PRÁTICA EM DIETOTERAPIA
Pergunta 1
Um paciente oncológico geralmente apresenta perda de peso importante. Essa perda de peso ocorre devido ao elevado nível de catabolismo fisiológico, somado à baixa adesão da dieta por via oral, podendo acontecer alterações no paladar e na aceitação dos alimentos devido à presença de sintomas adversos.
Considerando o exposto, uma forma de reduzir a perda de peso é oferecendo uma alimentação:
A) Hipercalórica
B) Hipossódica
C) Hiperpotássica
D) Hipoproteica
E) Hipoglicídica
Resposta correta:
✅ A) Hipercalórica
Justificativa:
De acordo com o material de Dietoterapia I, pacientes oncológicos apresentam grande demanda metabólica e catabolismo aumentado, o que resulta em perda significativa de peso e massa magra. Além disso, sintomas como náuseas, fadiga e alteração do paladar reduzem a ingestão alimentar.
Para evitar a desnutrição e a perda de massa muscular, é fundamental garantir alto aporte energético e proteico, por meio de uma alimentação hipercalórica (e geralmente também hiperproteica). Essa estratégia busca atender às necessidades aumentadas e manter o estado nutricional adequado, favorecendo a resposta ao tratamento e a qualidade

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