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Francisco Cavalcante
Você só cria valor quando investe em algo que 
você acredita que vale menos do que os 
benefícios que esse ativo vai gerar a valor 
presente.
Com Edilson Paulo e Marcelo Coletto Pohlmann
ESTRUTURA CONCEITUAL, 
REGRAS E PRINCÍPIOS 
CONTÁBEIS
Controladoria, Compliance e Auditoria
Pós-Graduação em
2
c-Conheça o livro da disciplina
CONHEÇA SEUS PROFESSORES 3
Conheça os professores da disciplina. 
EMENTA DA DISCIPLINA 4
Veja a descrição da ementa da disciplina. 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 5
Veja as referências principais de leitura da disciplina. 
O QUE COMPÕE O MAPA DA AULA? 6
Confira como funciona o mapa da aula.
MAPA DA AULA 7
Veja as principais ideias e ensinamentos vistos ao longo da aula. 
ARTIGOS 42
Links de artigos científicos, informativos e vídeos sugeridos. 
RESUMO DA DISCIPLINA 43
Relembre os principais conceitos da disciplina. 
AVALIAÇÃO 44
Veja as informações sobre o teste da disciplina. 
3
 Possui graduação em Ciências Contábeis pela Universidade 
Federal do Rio Grande do Sul (1983), graduação em Ciências 
Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul 
(1988), mestrado em Contabilidade pela Universidade de São Paulo 
(1994) e doutorado em Contabilidade também pela Universidade 
de São Paulo (2005). É Especialista em Integração Econômica 
e Direito Internacional Fiscal pela ESAF/FGV/Universidade de 
Münster (2007). Atualmente é professor adjunto da Pontifícia 
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Tem 
experiência nas áreas de Contabilidade e Direito Tributário, com 
especial interesse acadêmico nos seguintes temas: Contabilidade 
Societária, Contabilidade Tributária, Planejamento Tributário, 
Gestão Tributária, Direito Tributário, Contabilidade Gerencial e 
Teoria da Contabilidade. Autor dos livros Contabilidade Tributária 
(Iesde, 2010) e Tributação e Política Tributária (Atlas, 2006), este 
último em coautoria com Sérgio de Iudícibus. Autor de capítulo 
dos livros Teoria Avançada da Contabilidade (2003) e Análise 
Multivariada (2007), ambos pela Editora Atlas, e Contabilidade e 
Gestão de Tributos (2015), Editora dos Tribunais. É Procurador da 
Fazenda Nacional desde 1993
MARCELO COLETTO POHLMANN 
Professor PUCRS
 Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1D. 
Doutor em Ciências Contábeis pela Universidade de São Paulo. 
Pós-doutoramento em Controladoria e Contabilidade pela 
Universidade Federal de Santa Catarina. Mestre em Ciências 
Contábeis pelo Programa Multi institucional e Inter-regional de 
Pós-Graduação em Ciências Contábeis UnB/UFPB/UFPE/UFRN. 
Professor Associado II da Universidade Federal do Rio Grande 
do Sul (UFRGS). Diretor Científico da Associação Nacional 
dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis - 
ANPCont (mandato 2020-2021). Foi professor da Universidade 
Federal da Paraíba (2008-2018) e Visiting Faculty (Professor) 
na University of Roehampton - Londres -UK (2012). Foi Editor 
Geral do periódico ASAA Journal - Advances in Scientific and 
Applied Accounting (revista da ANPCont). Atua como docente 
permanente no Programa de Pós-Graduação em Controladoria 
e Contabilidade (PPGCont) da Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul (UFRGS) e no Programa de Pós-Graduação 
em Ciências Contábeis (PPGCC) da Universidade Federal da 
Paraíba (UFPB).
EDILSON PAULO 
Professor Convidado
c-Conheça seus professores
4
Ementa da Disciplina
Os conceitos e princípios fundamentais de contabilidade. As premissas 
básicas subjacentes na produção de relatórios financeiros para os usuários da 
informação contábil. As normas contábeis legais e profissionais no Brasil e sua 
conformidade com os padrões internacionais. Perspectivas e tendências evolutivas 
da contabilidade no Brasil e no mundo.
5
Bibliografia básica:
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TG Estrutura Conceitual. DOU 
13/12/2015.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2015.
FIPECAFI. Manual de Contabilidade Societária. São Paulo: Atlas, 2018.
Bibliografia complementar:
PADOVEZE, Clóvis Luís. Manual de Contabilidade Básica: Contabilidade Introdutória 
e Intermediária. São Paulo: Atlas, 2017.
FEA-USP. Contabilidade Introdutória. São Paulo: Atlas, 2019.
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Contabilidade avançada em IFRS e CPC. São Paulo: 
Atlas, 2020.
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Contabilidade intermediária em IFRS e CPC. São 
Paulo: Atlas, 2018.
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Contabilidade introdutória em IFRS e CPC. São 
Paulo: Atlas, 2018.
As publicações destacadas têm acesso gratuito. 
-aBibliografia básica
https://cfc.org.br/tecnica/normasbrasileiras-de-contabilidade/nbc-ta-de-auditoria-independente
https://cfc.org.br/tecnica/normasbrasileiras-de-contabilidade/nbc-ta-de-auditoria-independente
http://primo-pmtna01.hosted.exlibrisgroup.com/PUC01:PUC01:sfx26800000000059699
http://primo-pmtna01.hosted.exlibrisgroup.com/PUC01:PUC01:sfx26800000000059699
http://primo-pmtna01.hosted.exlibrisgroup.com/PUC01:PUC01:sfx26800000000059697
http://primo-pmtna01.hosted.exlibrisgroup.com/PUC01:PUC01:sfx26800000000059697
6
O que compõe o 
Mapa da Aula?
so
MAPA DA AULA
São os capítulos da aula, demarcam 
momentos importantes da disciplina, 
servindo como o norte para o seu 
aprendizado.
Frases dos professores, que resumem 
sua visão sobre um assunto ou 
situação. 
DESTAQUES
Neste item você relembra o case 
analisado em aula pelo professor. 
CASE
A jornada de aprendizagem não 
termina ao fim de uma disciplina. Ela 
segue até onde a sua curiosidade 
alcança. Aqui você encontra uma lista 
de indicações de leitura. São artigos e 
livros sobre temas abordados em aula. 
LEITURAS INDICADAS
Conteúdos essenciais sem os quais 
você pode ter dificuldade em 
compreender a matéria. Especialmente 
importante para alunos de outras 
áreas, ou que precisam relembrar 
assuntos e conceitos. Se você estiver 
por dentro dos conceitos básicos dessa 
disciplina, pode tranquilamente pular 
os fundamentos.
FUNDAMENTOS
Questões objetivas que buscam 
reforçar pontos centrais da disciplina, 
aproximando você do conteúdo de 
forma prática e exercitando a reflexão 
sobre os temas discutidos. 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Apresentação de figuras públicas 
e profissionais de referência 
mencionados pelo(a) professor(a), 
além de fatos e informações que dizem 
respeito à conteúdos da disciplina.
CURIOSIDADES
Conceituação de termos técnicos, 
expressões, siglas e palavras específicas 
do campo da disciplina citados durante 
a videoaula. 
PALAVRAS-CHAVE
Assista novamente aos conteúdos 
expostos pelos professores em vídeo. 
Aqui você também poderá encontrar 
vídeos mencionados em sala de aula. 
Lembre-se que a diversificação de 
estímulos sensoriais na hora do estudo 
otimiza seu aprendizado. 
VÍDEOS
Inserções de conteúdos da equipe de 
design educacional para tornar a sua 
experiência mais agradável e significar 
o conhecimento da aula. 
ENTRETENIMENTO
Aqui você encontra a descrição 
detalhada da dinâmica realizada pelo 
professor em sala de aula com os alunos. 
MOMENTO DINÂMICA
7
Mapa da Aula
Os tempos marcam os principais momentos das videoaulas.
AULA 1 • PARTE 1
02:10O que explica a importância 
da contabilidade nas 
organizações?
A importância da contabilidade
Contrastando a Teoria Clássica da Firma e 
a Teoria dos contratos, o professor Edilson 
demonstra como a contabilidade influi nas 
operações das organizações. Enquanto, na 
primeira, quem a gere é um proprietário-
administrador, ou seja, alguém que tem a 
função tanto de fornecer capital, quanto 
de administrar a gestão, na segunda, 
temos uma separação entre o controle 
da administração e os proprietários da 
mesma. Essa característica é conhecida 
como conflito de agências e é, justamente, 
sob esse conflito que a contabilidade vai 
atuar, criando instrumentos para mitigar os 
conflitos entre os interesses dos gestores 
e dos investidores e proprietários de uma 
organização.
Toda a organização é composta por um 
conjunto de contratose elementos
O objetivo de uma demonstração contábil 
é divulgar informações financeiras úteis 
para os seus interessados sobre os ativos, 
passivos, patrimônio líquido, receitas 
e despesas de uma entidade, para que 
eles possam avaliar suas perspectivas 
econômicas e sua capacidade de gestão. 
Elas são elaboradas em um período 
específico de tempo, conhecido como 
período de relatório que, em grande medida, 
abrange um ano de duração. Relatórios 
financeiros não tem a pretensão de 
descrever o quanto uma empresa vale mas, 
sim, de estimá-lo com base nas informações 
fornecidas. 
Marcelo traz um exemplo de como calcular o 
preço por ação de uma empresa, na Oferta 
Pública de Ações, tornando mais inteligível 
como estabelecer o valor de uma entidade 
com base nas informações fornecidas nos 
relatórios, incluindo patrimônio líquido 
contábil e o patrimônio líquido a valores de 
mercado.
 00:25
03:38O balanço patrimonial não vai 
mostrar, com as suas grandezas, 
pura e simplesmente, o valor da 
empresa.
06:46
EBITDA: Indicador que representa 
o lucro de um negócio antes 
de contabilizar juros, impostos, 
depreciação e amortização. O 
resultado do EBITDA se dá quando 
se retira o lucro líquido da soma dos 
componentes supracitados.
PALAVRAS-CHAVE
12:42 A contabilidade está baseada 
em normas, mas, ela não 
tem a pretensão de produzir 
informação sobre o valor de 
mercado de uma empresa.12:45
O interesse residual nos ativos da 
entidade depois de deduzidos todos 
os seus passivos é denominado:
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
R
es
p
o
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d
es
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 p
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in
a:
 a
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e
rn
a
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v
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 2
.
38
Demonstrações e elementos II
Os elementos que compõem o balanço 
patrimonial são os ativos, passivos, o 
patrimônio líquido, as receitas e despesas. 
Os três primeiros se referem a posição 
financeira e os dois últimos ao desempenho 
financeiro de uma entidade. O ativo é o 
recurso econômico presente controlado 
por uma entidade como resultado de seus 
eventos anteriores. Ele é um direito que 
tem o potencial de produzir benefícios 
econômicos. 
O passivo é a obrigação presente da 
entidade de transferir um recurso 
econômico como resultado de eventos 
anteriores. O patrimônio líquido é o resíduo 
dos ativos de uma entidade após a dedução 
de todos os seus passivos. Já, as receitas 
são o aumento nos ativos ou reduções 
nos passivos que resultam no aumento do 
patrimônio líquido, descartando aqueles que 
são referentes a contribuições de detentores 
sobre o patrimônio. As despesas são o exato 
oposto: reduções nos ativos ou aumento 
nos passivos que resultam na redução 
do patrimônio líquido, excluindo também 
aqueles referentes a distribuições aos 
detentores de direito sobre o patrimônio.
13:00
15:28 A ideia de controle é muito 
mais importante do que 
propriedade. Não basta eu ter 
a propriedade se eu não tiver 
controle.
18:50 Quando existe uma obrigação 
incerta, mas, ela é provável, nós 
temos que reconhecer como 
uma provisão.
Demonstrações e elementos III
Segundo o professor Marcelo uma das 
características que diferencia a contabilidade 
do fluxo de caixa é o reconhecimento de 
fatos incertos. A norma CPC 25 define a 
provisão como o passivo de prazo ou valores 
incertos. Nesse sentido, quando existe um 
elemento patrimonial incerto, seja ele passivo 
ou ativo, precisamos compreender a sua 
probabilidade de realização e, a partir dela, 
com tratar esse elemento. Em se tratando do 
passivo, quando essa probabilidade é maior 
do que 50% e é mensurável com segurança 
esse elemento deve ser reconhecido, 
tornando-se uma provisão. 
Quando ela é provável, mas não mensurável 
com segurança, o elemento deve ser apenas 
divulgado, por meio de notas explicativas. A 
divulgação também deve ser feita quando a 
probabilidade é inferior a 50% e quando ela 
for remota, não deve ser divulgada, nessas 
situações, o elemento fica sendo o passivo 
contingente. Em se tratando de ativos, a 
CPC 25 só aceita seu reconhecimento se a 
probabilidade de seu fluxo de recurso em 
favor da entidade, no futuro, for alta. Logo, 
quando a probabilidade for remota, ela não 
deve ser divulgada, quando ela for provável 
ela deve ser divulgada. Nessas duas opções 
temos o ativo contingente e, quando ela for 
praticamente certa, deve-se reconhecer o 
ativo.
 24:05
Demonstrações e elementos IV
A norma do CPC define o patrimônio líquido 
como os direitos sobre a participação 
residual nos ativos de uma entidade 
após realizadas todas as deduções de 
seus passivos. Os meios mais comuns de 
patrimônio líquido são as ações ou cotas 
de capital. O professor Marcelo pontua que 
determinados relatórios têm a obrigação 
de serem publicados e divulgados pelas 
entidades de acordo com normas legais. 
Entre eles temos: balanço patrimonial 
ao final do período, a demonstração do 
resultado, a demonstração do resultado 
abrangente, a demonstração das mutações 
de patrimônio líquido e a demonstração 
do fluxo de caixa, todas do período 
de divulgação. Além disso, temos as 
notas explicativas que complementam a 
informação fornecida nos relatórios. Tanto 
a Lei Nº 6.404/76 quanto os padrões 
internacionais IRFS têm essa previsão em 
termos de obrigatoriedade de publicação. 
29:12
39
31:16 A contabilidade é um banco de 
dados e nós podemos gerar, a 
partir dela, várias informações, 
vários relatórios.
AULA 3 • PARTE 4
Registro do fato contábil
O fato contábil é todo e qualquer evento 
que afeta, de maneira direta, o patrimônio 
de uma empresa. De acordo com o professor 
Marcelo são três os elementos fundamentais 
que compõem o seu registro: 
1) Temporal - ou seja, quando devemos 
reconhecer o fato. Ele envolve o processo de 
captação de um item, seja ele ativo, passivo, 
patrimônio líquido, receita ou despesa, para 
sua inclusão no balanço patrimonial ou na 
demonstração do resultado, representando 
seu valor monetário. Por outro lado, o 
desreconhecimento é a retirada total ou 
parcial de ativo ou passivo reconhecido do 
balanço patrimonial da entidade. 
Ou seja, quando ele não atende mais os 
requisitos das definições de ativo ou passivo. 
No caso do ativo, quando há perda de 
controle e no caso do passivo quando não há 
mais uma obrigação presente do passivo.
00:25
04:06 Sob o ponto de vista 
lógico, a decisão quanto ao 
reconhecimento vem em 
primeiro lugar.
Registro do fato contábil II
2) Material - após o seu reconhecimento, o 
fato contábil deve ser classificado com base 
em características compartilhadas para fins 
de divulgação e apresentação, identificando 
a sua natureza e seu papel dentro das 
atividades do negócio conduzidas pela 
entidade. A ideia da classificação é 
justamente transformar um grupo de itens 
similares em uma informação compilada, que 
seja capaz de trazer consigo características 
factíveis, úteis e inteligíveis sobre aquela 
aglutinação. 
Geralmente, os elementos contábeis são 
classificados, no balanço patrimonial, 
de acordo com seu grau de liquidez em 
se tratando de ativos e por seu prazo 
de exigibilidade em termos de passivos. 
Também recomenda-se separar os ativos e 
passivos em componentes circulantes e não 
circulantes, classificando-os separadamente. 
O professor retoma os conceitos de custos e 
despesas e como eles devem ser registrados 
dentro do balanço patrimonial. 
 11:45
14:02
Produção norte-americana de 1999 dirigida 
por Lilly e Lana Wachowski e estrelada por 
Keanu Reeves, Laurence Fishburne e Carrie-
Anne Moss, foi um sucesso nas bilheterias 
mundiais e venceu quatro prêmios Oscar,
Filme: Matrix
ENTRETENIMENTO
40
15:42 Eu sempre enxergo a empresa 
através dos números e das 
classificações.
20:39O custo é algo que engorda meu 
ativo, até que ele seja alienado, 
vendido.
Registro do fato contábil III
3) Quantitativo - Após o reconhecimento 
e a classificação dos elementos contábeis, 
temos a mensuração. É por meio dela que 
vamos atribuir valores monetários aos 
fatos contábeis reconhecidos. Para tanto, 
precisamos eleger uma base de mensuração, 
como o custohistórico, valor atual, valor 
em uso, valor de cumprimento e valor justo 
dos itens que serão mensurados. Existe uma 
grande probabilidade de utilizarmos bases 
de mensuração distintas para diferentes 
ativos, passivos, receitas e despesas. 
Marcelo revisa os conceitos das bases de 
mensuração, reforçando suas características. 
Ele destaca a hierarquia presente dentro 
do conceito de valor justo, que pode 
classificá-lo em três níveis distintos: o nível 
1 traz informações de preços cotados em 
mercados ativos, oferecendo uma evidência 
mais confiável do valor justo. O nível 2 traz 
preços de ativos cotados similares aos dos 
mercados ativos ou preços cotados similares 
para mercados que não são ativos. Por sua 
vez, o nível 3 traz dados não observáveis, 
eles refletem premissas estimáveis sobre os 
valores dos ativos.
 22:18
26:09Diferentemente do custo 
histórico, o valor atual de ativo 
ou passivo não resulta do preço 
da transação.
33:37O valor de cumprimento é o 
valor que eu devo utilizar para 
mensurar meus passivos.
37:41A empresa, geralmente, 
quebra quando seca a fonte de 
financiamento.
41
Lei Nº 6.404/76
Finalizando a aula, o professor Marcelo 
apresenta os critérios de mensuração 
estabelecidos de acordo com a Lei 
Nº6.404/76. Marcelo destaca que embora 
grande parte do que está descrito na Lei 
esteja em sintonia com o que determina 
o CPC, existem algumas características 
particulares que não estão tão explícitas 
assim no CPC. 
No que tange os ativos, o critério de 
mensuração básico inicial mais utilizado é o 
de Custo de aquisição. Ele pode ser utilizado 
em aplicações de crédito, investimentos 
em participação no capital social de outras 
sociedades, direitos sobre mercadorias 
e produtos do comerciam da companha, 
assim como matérias primas, produtos em 
fabricação e bens em almoxarifado, direitos 
classificados no imobilizado e no intangível. 
O valor justo é utilizado para instrumentos 
financeiros, o valor de mercado para 
estoques de mercadorias fungíveis 
destinadas a vendas e o método de 
equivalência patrimonial é utilizado para 
investimentos em coligadas, controladas 
ou demais sociedades que façam parte de 
um mesmo grupo ou estejam sob controle 
comum. 
Já, em se tratando de passivos, o valor 
atualizado até a data do balanço. Caso 
haja obrigações em moeda estrangeira, 
elas devem ser convertidas em moeda 
nacional à taxa de câmbio em vigor na data 
do balanço. Marcelo também destaca a 
questão do ajuste a valor presente, que é 
utilizado sempre ao se mensurar elementos 
de operações de longo prazo e obrigações 
classificadas no passivo não circulante. 
38:36
45:00
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
A estrutura conceitual da 
contabilidade define que uma 
característica essencial para a 
existência de passivo é que a 
entidade tenha:
R
es
p
o
st
a 
d
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 p
ág
in
a:
 a
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e
rn
a
ti
v
a
 1
.
4242
A Adoção das Normas Internacionais de Contabilidade Ocasionou um Maior 
Reconhecimento dos Ativos Intangíveis no Brasil? 
ARTIGO INFORMATIVO
Relevância da informação contábil e cultura nacional
ARTIGO CIENTÍFICO
VÍDEO
Artigos
Nesta página, você encontra links de artigos científicos, informativos 
e vídeos sugeridos pelo professor PUCRS. 
Como funciona a contabilidade de uma empresa;
IFRS na Prática - Degustação: Prof. Sérgio de Iudícibus;
IFRS na Prática - Degustação: Bate-papo entre Iudícibus, Marion e Rios;
e-Talks | Qual o Valuation de uma empresa em fase inicial?;
José Carlos Marion - Grupos de Contas do Balanço Patrimonial (Capítulo 3)
https://revista.crcsc.org.br/index.php/CRCSC/article/view
https://revista.crcsc.org.br/index.php/CRCSC/article/view
https://www.revistas.usp.br/rco/article/view/169533
https://www.youtube.com/watch?v=iYma9_gpEUQ
https://youtu.be/4gyqwWpB1ZY
https://www.youtube.com/watch?v=SNzPagUB9Vc
https://www.youtube.com/watch?v=WLOBFrlZvGY
http://José Carlos Marion - Grupos de Contas do Balanço Patrimonial (Capítulo 3)
43
Resumo da disciplina
Veja nesta página, um resumo dos principais conceitos vistos ao longo da disciplina. 
AULA 1
AULA 2
AULA 3
As demonstrações contábeis, 
seus elementos e como 
registramos um fato contábil.
A estrutura conceitual da 
contabilidade explicitada 
e exemplificada.
Uma breve história da contabilidade 
e como ela se desenvolveu ao longo 
da história humana.
As normas contábeis 
utilizadas no mundo e no 
Brasil e como elas convergem 
para um padrão internacional.
A Lei Sarbanes-Oxley, 
o conservadorismo e a 
regulação contábil.
A importância e algumas das 
principais questões que surgem 
como barreiras na contabilidade.
O processo contábil e os conjuntos 
normativos que elaboram e regem 
a contabilidade.
A estrutura conceitual do FASB 
e como a convergência age em 
estrutura normativa.
Perspectivas futuras para a área da 
contabilidade, suas regulações e 
organização de metodologias.
44
Avaliação
Já está disponível o teste online da disciplina. O prazo para realização 
é de dois meses a partir da data de lançamento das aulas. 
Lembre-se que cada disciplina possui uma avaliação online. 
A nota mínima para aprovação é 6. 
Fique tranquilo! Caso você perca o prazo do teste online, ficará aberto 
o teste de recuperação, que pode ser realizado até o final do seu curso. 
A única diferença é que a nota máxima atribuída na recuperação é 8. 
Veja as instruções para realizar a avaliação da disciplina.
 Controladoria, Compliance e Auditoria
Pós-Graduação em
	Conheça seus professores
	Conheça os professores da disciplina.​
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	Veja a descrição da ementa da disciplina. ​
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	Veja as referências principais de leitura da disciplina.​
	O que compõe o Mapa da Aula?
	Confira como funciona o mapa da aula.
	Mapa da Aula
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	Artigos
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	Resumo da disciplina
	Relembre os principais conceitos da disciplina.​
	Avaliação
	Veja as informações sobre o teste da disciplina.​
	Botão 232: 
	Botão 233: 
	Botão 234: 
	Botão 235: 
	Botão 237: 
	Botão 238: 
	Botão 239: 
	Botão 240: 
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	Botão 243: 
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	Botão 250: 
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	Botão 260: 
	Botão 262: 
	Botão 263: 
	Botão 264: 
	Botão 265: 
	Botão 267: 
	Botão 268: 
	Botão 269: 
	Botão 270: 
	Botão 272: 
	Botão 273: 
	Botão 274: 
	Botão 275: 
	Botão 277: 
	Botão 278: 
	Botão 279: 
	Botão 280: 
	Botão 282: 
	Botão 283: 
	Botão 284: 
	Botão 285:e a contabilidade 
entra com o papel de tornar as relações 
entre os contratos estabelecidos 
harmoniosa. Para tanto, ela também vai 
precisar lidar com a questão da assimetria 
informacional, que é compreendida por 
informações incompletas e imperfeitas na 
composição dos mesmos, e nas relações 
que se estabelecem entre os stakeholders 
dessa organização. Ou seja, a contabilidade 
tem o papel de mensurar as contribuições 
e direitos que os participantes têm nos 
contratos e nos resultados da empresa, 
informar a todos os envolvidos o 
cumprimento dos contratos, e compartilhar 
informações aos stakeholders sobre esses 
contratos.
 02:26
05:29
Debt Covenants: Conhecidos 
como cláusulas contratuais, são 
compromissos de contratos 
que gerem financiamentos ou 
empréstimos e servem para 
resguardar os interesses de seus 
credores. Isto é, são obrigações 
aplicadas aos tomadores de crédito 
para que eles sigam regras que 
visem a garantia de pagamento 
futuro.
PALAVRAS-CHAVE
08:17Informação é o cerne da 
contabilidade.
8
12:57 Esse desequilíbrio de 
informação pode nos trazer 
alguns ruídos nessas relações 
que deveriam ser harmoniosas, 
entre os agentes.
16:43 Os mecanismos de governança 
são fortemente embasados em 
informações contábeis.
Problemas da contabilidade
O professor Edilson cita algumas 
das principais questões advindas da 
contabilidade e de suas funções. Entre eles, 
temos o quesito das práticas utilizadas 
pela contabilidade gerencial e como elas se 
tornam instrumentos de poder dentro do 
controle de uma organização, uma vez que 
a distribuição orçamentária torna-se uma 
forma de estabelecimento de arbítrio dentro 
de uma firma. 
A mensuração dos lucros também pode 
se tornar um problema quando pressões 
internas e externas colocam em xeque a 
obtenção de resultados financeiros, levando 
a desonestidade sobre a divulgação das 
informações desses resultados. A divulgação 
de demonstrações financeiras também tem 
influência direta sobre o mercado financeiro, 
sendo assim, divulgar ou omitir esse tipo de 
dado influencia diretamente na precificação 
dos ativos de uma organização, estimulando 
ou não seus investidores. 
Essa questão também dialoga com o regime 
de competência, que acaba tendo um 
papel importante para a tomada de decisão 
dentro das organizações, seja por parte de 
seus gestores ou investidores. Por fim, as 
auditorias têm um papel muito relevante na 
complexidade das organizações atuais, pois 
são elas quem moderam as relações entre 
as informações fornecidas pelos gestores 
de uma organização e sua veracidade e 
confiabilidade com as práticas e normas 
vigentes.
19:44
14:21Neste ponto é que entra a 
contabilidade. Exatamente, para 
nos ajudar a que os contratos 
tenham um bom desempenho.
22:41 A informação que é divulgada 
através das demonstrações 
financeiras tem um impacto 
muito forte na precificação de 
ações.
24:16
Accrual: Anglicismo utilizado para 
representar a maneira como receitas 
e despesas são reconhecidas em 
um balanço contábil. Geralmente 
traduzido como “acúmulo”, é a 
diferença entre o resultado líquido 
obtido pela contabilidade e o dinheiro 
real, em caixa.
PALAVRAS-CHAVE
9
25:30
CURIOSIDADE
A Agência Nacional de Energia Elétrica é 
uma autarquia em regime especial vinculada 
ao Ministério de Minas e Energia. Criada para 
regular e fiscalizar o setor elétrico brasileiro, 
por meio da Lei nº 9.427/1996 e do Decreto 
nº 2.335/1997.
ANEEL
Conservadorismo contábil
Um dos conceitos que se destaca com 
muita expressão na contabilidade é o 
conservadorismo contábil. Ele determina 
a adoção dos valores menores para os 
componentes do ativo e dos maiores 
para os do passivo, no sentido de evitar 
projeções de cenários otimistas fictícios 
que, eventualmente, possam prejudicar 
investidores nas relações contratuais por 
eles estabelecidas. Ao mesmo tempo, essa 
postura conservadora nem sempre tem 
o papel de ser um apaziguador entre os 
conflitos que envolvem os stakeholders de 
um negócio. 
Fazer projeções muito conservadoras 
pode, nem sempre, ser visto com bons 
olhos pelos investidores, uma vez que, 
determinados resultados podem ser 
muito superiores ao que foi previsto e isso 
pode ter uma conotação negativa para 
a empresa perante a seus investidores. 
Existem dois tipos de conservadorismo 
contábil: 
1) Incondicional - quando ocorre a 
divulgação de baixos valores para o 
patrimônio líquido, independente de sinais 
de prováveis perdas econômicas; 
2) Condicional - quando são registrados 
menores valores em condições adversas e 
não se registram valores elevados quando 
as condições são mais favoráveis.
 27:10
30:00
Segundo o exposto em aula qual das 
alternativas abaixo NÃO representa 
um dos papéis da contabilidade 
gerencial?
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
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 3
.
10
32:12 Em alguns setores, a forma 
de avaliar imobilizado é 
conservadora.
Teoria da Agência
Uma firma, em última análise, é um conjunto 
de contratos que estabelecem relações 
entre os agentes envolvidos neles, ditando 
seus deveres e direitos. Dessas relações 
surgem as figuras do principal, que situa-
se no centro das relações de todos os 
stakeholders da empresa e a do agente, que 
são colaboradores, fornecedores, clientes, 
acionistas, credores, reguladores, governo 
e assim sucessivamente. Na relação entre 
principal e agente, está sempre presente a 
questão da assimetria de informações, onde 
um tem acesso a dados que o outro não tem. 
A Teoria da Agência visa, justamente, 
maximizar os interesses distintos de cada 
stakeholder em prol de seus próprios 
objetivos, reduzindo os conflitos que possam 
surgir entre as partes interessadas. Sendo 
assim, a premissa para uma boa relação 
contratual é a qualidade das informações 
compartilhadas entre seus stakeholders, 
provida por mecanismos e índices que são 
advindos da contabilidade. 
Quando há assimetria informacional temos 
o risco de dois fatores: a seleção adversa, 
que é quando um agente usa informações 
privadas para agir de forma oportuna na 
relação pós-contratual, e o risco moral, que 
é quando as ações de um agente não são 
transparentes aos outros envolvidos na 
relação contratual. Ambas, afetam a alocação 
dos recursos disponíveis pela firma.
34:21
39:22 O maior risco, na realidade, é 
do gestor e não do investidor. 
Porque o investidor tem a 
possibilidade de diversificar o 
seu risco.
44:04
Produção norte-americana de 2001, dirigida 
por Ron Howard e estrelado por Russel 
Crowe e Jennifer Connelly, narra a história de 
vida do matemático John Fobres Nahs. Foi 
vencedor de quatro estatuetas do Oscar de 
2002, incluindo: melhor filme, melhor roteiro 
adaptado, melhor direção e melhor atriz 
coadjuvante.
Filme: Uma Mente Brilhante
ENTRETENIMENTO
11
AULA 1 • PARTE 2
00:51
CURIOSIDADE
Publicação norte-americana focada em 
negócios e notícias econômicas, impressa 
em jornal e disponível em mídia digital. 
Publicada pela Dow Jones & Company, é o 
maior jornal, em se tratando de circulação, 
nos Estados Unidos, atingido quase 2,9 
milhões de cópias.
The Wall Street Journal
Contexto histórico
Não existe um marco histórico preciso que 
possa definir a criação da contabilidade e 
seu surgimento como um tema de estudos. 
O professor Edilson acredita que ela passou 
a se tornar relevante, há muito tempo atrás, 
quando o homem identificou a utilidade 
de um bem e passou a valorá-lo como 
um recurso valioso. O ápice das práticas 
contábeis acontece durante o período 
mercantilista, onde práticas e técnicas que 
são utilizadas, até hoje, são desenvolvidas e 
executadas. 
Pode-se dizer que até o início do século XIX, 
a contabilidade exerceu como seu principal 
papel o controle de ativos. Ela passa a ter 
outra importância com o desenvolvimento 
do mercado de capitais e, eventualmente, 
com a Grande Depressão de 1929, onde se 
cria uma demanda pela normatização de 
suas atividades. Estabelecer um padrão para 
as normas de contabilidadepassou a ser um 
dos encargos da SEC, a U.S. Securities and 
Exchange Commission, criada em 1934, nos 
Estados Unidos. Por sua vez, a SEC repassou 
sua responsabilidade de controle contábil, ao 
longo do tempo, para outros órgãos, como 
o FASB. Além disso, diversos escândalos 
contábeis, fizeram com que a normatização 
fosse mais presente e atuante. 
 01:56
03:42
CURIOSIDADE
Frade franciscano e matemático. Luca viveu 
no século XV e foi professor na Universidade 
de Perúgia. Sua obra de maior destaque 
é “Summa de Arithmetica, Geometria, 
Proportioni et Proportionalita”, publicada, 
originalmente, em 1494.
Luca Pacioli
04:31 Até o final do século XIX, a 
contabilidade, essencialmente, 
era controle.
12
08:11Como é que eu posso comparar 
o desempenho da empresa A 
com a empresa B se elas têm 
parâmetros diferentes?
 09:05
SEC: Criada em 1934, a U.S. Securities 
and Exchange Commission é uma 
agência independente, responsável 
por regular e proteger o mercado 
de capitais americano, assim como, 
manter as operações dos mercados 
de valores mobiliários justo, por meio 
do monitoramento e controle das 
empresas envolvidas nele.
PALAVRAS-CHAVE
10:17
FASB: O “Financial Accounting 
Standards Board” é uma organização 
privada sem fins lucrativos, criada 
em 1972, com a incumbência 
de padronizar procedimentos 
de contabilidade financeira de 
organizações de capital aberto e 
não governamentais, buscando 
maior transparência e clareza nas 
informações divulgadas por essas 
empresas.
PALAVRAS-CHAVE
A Lei SOX
A Lei Sarbanes-Oxley foi sancionada em 
2002 pelo congresso americano para 
proteger investidores e demais stakeholders 
de eventuais erros de escriturações 
contábeis e práticas que envolvem 
fraudes. Ela surge como uma resposta 
aos diversos escândalos financeiros que 
ocorreram previamente no país, envolvendo 
empresas como a WorldCom e Enron. Ela 
é um marco em termos de governança 
e compliance empresarial, pois, passa a 
identificar combater e prevenir fraudes que 
impactavam o desempenho financeiro das 
organizações. 
A partir de sua sanção, a Lei passou a 
definir quais e por quanto tempo, registros 
de empresas com ações na SEC devem 
ser armazenados sejam eles de empresas 
americanas ou não. Isso fomentou com que 
o mesmo nível de exigência de parâmetros 
regulatórios fosse seguido em outros 
países, refletindo positivamente em termos 
de segurança no mercado internacional. 
Ainda que ela possa ter representado um 
custo expressivo para muitas empresas, 
no sentido de conseguir atender todas as 
suas exigências, ela trouxe benefícios em 
termos de segurança e transparência que 
são imensuráveis, criando um ambiente 
muito mais propício e fértil a realização de 
negócios.
 12:07
17:21Falamos na rigidez de normas 
contábeis americanas, porque o 
conjunto de normas americanas 
é muito mais rigoroso do que o 
conjunto de normas de qualquer 
outro país.
19:22O custo da conformidade é da 
firma. Só que os seus benefícios 
são para diversos agentes.
13
Regulação Contábil
A regulação contábil surge, justamente, 
como um conjunto de normas coercitivas, 
provenientes do Estado ou de órgãos 
específicos, com poderes para tanto, na 
intenção de definir as práticas, regras e 
princípios a serem seguidos nos relatórios 
financeiros de acordo com as normas 
estabelecidas por essas instituições. 
A normatização contábil busca encontrar 
uma harmonia entre os interesses dos 
stakeholders envolvidos em um negócio, 
tornando as informações pertinentes dele, 
claras e acessíveis para todos os níveis 
e tipos de investidores e interessados. 
Isso acontece, por exemplo, por meio da 
divulgação de relatórios contábeis anuais 
ou trimestrais, de acordo com a natureza 
de cada tipo de empresa.
19:55
História da Estrutura conceitual
O professor Edilson faz um resumo 
da evolução da estrutura conceitual 
dos princípios e regras contábeis nos 
Estados Unidos. Tudo começa com a 
exigência feita pelo Comitê de Comércio 
Interestadual para que as companhias 
férreas fizessem a depreciação contábil 
dessas empresas, após uma grande crise 
no setor, no final do século XIX. No início 
do século XX é criada a SEC que repassa 
essas responsabilidades a outros órgãos. 
Em seguida, surge o APB, que é 
responsável pela publicação do 
APB4, o primeiro documento que 
relaciona o papel da contabilidade 
com a disponibilização de informações, 
diferentemente dos órgãos anteriores 
que estavam mais preocupados com os 
princípios da contabilidade em si. Muitos 
dos conceitos relacionados no ABP4, 
continuam em vigor até os dias de hoje. 
Ainda assim, o ABP4 também foi posto 
em xeque por questões que levaram 
a fraudes, fazendo com que o Senado 
americano criasse duas comissões: 
O FASB para definir quem seria o 
regulador das estruturas contábeis e 
o Wheat Commitee, encarregado por 
determinar os documentos norteadores 
e o papel da contabilidade. Sendo assim, 
a estrutura conceitual contábil americana 
é criada por vários documentos, 
divididos entre conjuntos de norma e 
“concepts”. Mais recentemente, é feita 
uma tentativa de convergência entre as 
normas americanas e internacionais, por 
meio do estabelecimento do IASB e das 
normas IFRS.
 25:04
26:49
APB: O “Accounting Principles 
Board” foi um órgão oficial do 
“American Institute of Certified 
Public Accountants”, criado em 
1959. Ele foi responsável por 
reger princípios da contabilidade 
norte-americana até 1973, quando 
foi substituído pelo Financial 
Accounting Standards Board, o 
FASB.
PALAVRAS-CHAVE
30:00
As normas padronizadas pelas IFRS só 
foram adotadas em sua plenitude, no 
Brasil, em:
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
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.
14
 35:32
IASB: Fundada em 2001, é uma 
organização independente, sem 
fins lucrativos que promove e 
desenvolve a aplicação e uso 
das normas estabelecidas pelo 
IRFS, criando novos padrões 
internacionais para demonstrações 
financeiras, atendendo expectativas 
de diversos stakeholders e criando 
uma padronização das informações 
financeiras.
PALAVRAS-CHAVE
42:34
Crise do Subprime: Desencadeada 
em julho de 2007, foi motivada pela 
queda do índice Dow Jones pela 
concessão de créditos imobiliários 
e empréstimos hipotecários de alto 
risco. Essa prática acabou levando 
diversos bancos a uma situação de 
insolvência, afetando bruscamente 
os mercados de ações do mundo 
todo.
PALAVRAS-CHAVE
História da Estrutura conceitual II
A padronização de normas contábeis, 
no Brasil, é um tema relativamente 
recente. A Lei das Sociedades Anônimas, 
de 1976 pode ser considerada como a 
primeira iniciativa no sentido da busca 
de uma padronização. Ela interagia 
com outras instituições que regulavam 
a profissão e normas contábeis, porém, 
ainda por abordagens diferentes, o que 
chegou a gerar conflitos de normas, em 
determinados períodos, dificultando a 
execução de uma padronização. Além 
disso, a questão tributária também foi uma 
barreira para a adoção de determinadas 
práticas contábeis e seu desfecho. 
Em 2007, a Lei Nº 11.638 altera a Lei das 
Sociedades Anônimas, dando, de fato, 
início à aplicação das normas internacionais 
designadas pelas IFRS, ainda que de forma 
parcial. Novamente, a questão tributária 
gerou grande discussão e insegurança 
jurídica sobre essa adoção. A Medida 
Provisória 449/2009, cria o Regime 
Tributário de Transição para resguardar a 
questão tributária e é convertida em Lei, 
em 2009, sob o número 11.941, garantindo 
neutralidade tributária. A adoção plena 
das normas estabelecidas pelas IFRS só foi 
acontecer em 2010.
 43:56
45:33
IBRACON: Fundado em 1971, 
o Instituto dos Auditores 
Independentes do Brasil foi criado 
com a união de dois institutos: o 
Instituto dos Contadores Públicos do 
Brasil (ICPB) e o Instituto Brasileiro 
de Auditores Independentes 
(Ibai), para auxiliar no processo de 
reconstrução e na reorganização do 
mercado de capitais brasileiro, após 
a quebra da Bolsa, em 1970.
PALAVRAS-CHAVE
50:40CURIOSIDADE
Jornal que trata de pautas ligadas à 
economia, finanças e negócios brasileiros 
circula no país desde 2000. Atualmente, 
a publicação é um dos produtos do 
Grupo Globo e está disponível no formato 
tradicional de jornal, ou digital, sendo 
publicado de segunda a sexta-feira, 
semanalmente.
Valor Econômico
15
AULA 1 • PARTE 3
O processo contábil
O processo contábil pode ser categorizado 
em três fases distintas: a identificação 
é a primeira delas. É o processo da 
contabilidade, que irá classificar a que 
categoria o fenômeno que está sendo 
analisado pertence, ou seja, identificar o 
elemento é classificá-lo como bem, direito, 
obrigação, entre outros e, a partir disso, 
como ativo ou passivo, e assim por diante. 
A mensuração é a segunda fase do 
processo e se preocupa em atribuir aos 
fenômenos contábeis valores monetários aos 
componentes patrimoniais. A terceira fase 
é a evidenciação, que consiste em divulgar 
aos stakeholders e demais interessados, o 
fenômeno contábil que já foi reconhecido 
e mensurado por meio de demonstrações, 
relatórios, balanços e outros documentos. 
O professor Edilson destaca que a 
contabilidade tem de ser encarada como 
uma atividade crítica e não dicotômica. 
Embora existam normas e regras a serem 
seguidas, precisamos entender que também 
temos o papel do contador nessa relação, 
com sua capacidade crítica sobre as 
atividades econômicas. A partir dela, é que 
se criam as informações específicas para 
termos critérios mais claros para tomarmos 
decisões. Em outras palavras, não existem 
apenas fórmulas prontas ou padrões exatos 
dentro da contabilidade. É preciso que haja 
a interpretação e capacidade técnica de 
avaliar as informações contábeis respaldadas 
pelas normas estabelecidas. 
 00:25
02:07O fato econômico vai 
para o balanço, para uma 
demonstração de resultado, 
para um fluxo de caixa.
05:12A norma de reconhecimento 
atual, não permite o 
reconhecimento de um 
desenvolvimento de um ativo 
intangível, salvo, algumas 
exceções.
07:44Toda a discussão que o 
IFRS, IASB, FASB traz sobre 
mudanças de emissões de 
normas contábeis, é muito, 
fortemente respaldado em 
pesquisas.
09:22
GAAP: Acrônimo da língua 
inglesa para “Generally Accepted 
Accounting Principles”, podendo ser 
traduzido por Princípios Contábeis 
Geralmente Aceitos. É o conjunto 
de leis e normas seguidas, em se 
tratando de contabilidade, de um 
país, no sentido de padronizar as 
operações dessa organização.
PALAVRAS-CHAVE
 10:36
AAA: A “American Accounting 
Association” foi fundada em 1916 e é 
formada por um grupo voluntário de 
participantes que promove educação, 
pesquisas e aplicação de práticas 
relacionadas a contabilidade nos 
Estados Unidos, oferecendo diversos 
programas de associação.
PALAVRAS-CHAVE
16
15:25A norma contábil aplicada a 
essa atividade não retrata a 
realidade econômica.
18:39 Nem todo o lucro é caixa, como 
nem todo o caixa que eu recebo 
é lucro.
Conjuntos normativos
O professor Edilson apresenta quais são 
os conjuntos que compreendem a Europa, 
os Estados Unidos e o Brasil. Começando 
pelo velho continente temos a Comissão 
Europeia, que determina e respalda as 
normas internacionais de IRFS, porém, 
existem outras entidades como a “European 
Financial Reporting Advisory Group”, a 
“Accounting Resources Centre” e os comitês 
nacionais de cada país. 
Nos Estados Unidos a complexidade 
também é grande. Existem normas para o 
setor privado, para a união e para governos 
estaduais e municipais. O professor ressalta 
que existem diferenças entre o FASB e o 
GASB, sendo que o primeiro atua para o 
setor privado e o segundo para o setor 
público, incluindo as esferas estadual e 
municipal. No Brasil, o Conselho Federal 
de Contabilidade criou o Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis, que tem papel 
fundamental no processo de normatização 
da contabilidade nacional atuando como 
representante dos interesses de diversas 
entidades, para as quais, essas normas são 
fundamentais. 
Ainda assim, o CPC não pode emitir normas 
pois a Constituição Brasileira impede que 
entidades públicas deleguem para terceiros, 
atribuições que lhes são garantidas por lei. 
Sendo assim, a solução encontrada para 
legitimar as normas contábeis brasileiras 
foi a inserção formal dos pronunciamentos 
do CPC nas elaborações das mesmas, 
porém, com a avalização de todas as outras 
entidades envolvidas como: IBRACON, 
ABRASCA, B3, APIMEC, BACEN, CVM, 
SUSEP, SRF e FIPECAFI.
20:24
Conjuntos normativos II
Não existe apenas um conjunto de normas 
IFRS que abranja todos os tipos de 
empresa no mundo, tampouco no Brasil. 
Existem dois padrões distintos de normas 
IFRS, um para empresas que negociam 
suas ações e debêntures publicamente e 
outro para aquelas que não o fazem, que 
são consideradas como pequenas e médias 
empresas. É importante ressaltar aqui, 
que as consideradas pequenas e médias 
empresas não são caracterizadas pela sua 
quantidade de funcionários ou capacidade 
de faturamento e sim, justamente, por 
não serem empresas de capital aberto, 
o que torna, para elas, de certa forma, a 
normatização um pouco mais simplificada, 
especialmente em termos de evidenciação. 
No Brasil, também temos a Lei das SA’s, 
determina que sociedades de grande porte, 
aquelas que faturam acima de R$ 300 
milhões anuais ou possuem patrimônio 
líquido acima de R$ 240 milhões são 
obrigadas a utilizar os padrões completos 
da norma IFRS, mesmo não sendo 
sociedades anônimas. Ao mesmo passo 
também temos a ITG1000, uma forma 
de contabilidade ainda mais simplificada 
para micro e empresas de pequeno porte, 
em termos de faturamento, incluindo as 
sociedades empresárias, as sociedades 
simples e as empresas individuais de 
responsabilidade limitada. As empresas que 
trabalham dentro de atividades reguladas 
também têm outro conjunto normativo, 
como companhias elétricas, de saneamento 
e outras atividades. Elas trabalham com um 
conjunto de normas para fins societários e 
outro para fins regulatórios, das próprias 
agências que as regulam.
 31:11
17
33:10Um dos preceitos para a adoção 
de uma norma é que o seu 
custo não seja superior ao seu 
benefício.
42:55 A norma americana contábil é 
muito mais complexa do que a 
IFRS.
Estrutura conceitual
O professor Edilson apresenta a estrutura 
conceitual aplicada nos relatórios financeiros 
pelo padrão IFRS, o mesmo do CPC, no 
Brasil. A finalidade da estrutura conceitual 
é auxiliar no desenvolvimento de conceitos 
consistentes para criar bases sólidas 
para a elaboração de normas contábeis, 
definindo com clareza a terminologia e suas 
definições. 
Além disso, ela assessora os responsáveis 
pela elaboração de relatórios financeiros 
a desenvolver políticas contábeis quando 
nenhum pronunciamento se aplica a 
determinada transação ou evento ou 
ainda quando o pronunciamento permite 
a escolha de uma política contábil, assim 
como, ajudar todas as partes envolvidas a 
compreender corretamente e interpretar 
esses pronunciamentos. 
A estrutura conceitual não é uma norma, 
assim como não substitui qualquer padrão 
ou requisito. Ela apenas fornece conceitos 
e orientações que sustentam as decisões 
tomadas pelos órgãos responsáveis, como 
nesse caso, o IASB. Sendo assim, entre 
uma norma específica do IFRS e o que está 
escrito na estrutura conceitual, a norma 
específica deve ser seguida. 
44:00
 46:30
Fair Value: De acordo com o 
Pronunciamento Técnico CPC 46 a 
definição de Valor Justo é: “o preço 
que seria recebido pela venda de 
um ativo ou que seria pago pela 
transferência de um passivo em 
uma transação não forçada entre 
participantes do mercado na data da 
mensuração”. Ou seja, uma avaliação 
baseada no mercado e não em 
critérios definidos pela entidade.
PALAVRAS-CHAVE
54:29 Quando uma norma não 
demonstra realidade econômica, 
quando ela prejudica a informação 
contábil, eu posso abrir mão da 
utilização da norma contábil.
18
AULA 2 • PARTE 1
Estrutura conceitual II
O professor Edilsonexplora a estrutura 
conceitual da contabilidade, começando 
pelos objetivos do relatório financeiro. 
O principal deles é fornecer informações 
financeiras úteis, que auxiliem os 
stakeholders, em suas tomadas de decisão, 
em termos de fornecimento de recursos 
para a entidade em questão. Entre as 
decisões mais comuns, podemos relacionar: 
a compra, venda ou manutenção de 
instrumentos de patrimônio e dívida; a 
concessão ou liquidação de empréstimos 
ou outras formas de crédito e exercer seus 
direitos de participação com a intenção de 
influenciar os atos da administração no que 
tange os recursos econômicos da entidade. 
Logo, para que os stakeholders possam 
avaliar as perspectivas de entradas líquidas 
de caixa futuro e compreenderem com mais 
clareza como estão sendo administrados 
os recursos econômicos dessa entidade, 
eles precisam receber informações que 
demonstrem os recursos econômicos e as 
obrigações contra ela e entender como eles 
estão sendo geridos, para que, assim, eles 
possam avaliar a eficiência e eficácia da 
administração dela.
01:11
02:43 Instrumento de patrimônio é 
aquele que te dá direito sobre 
o patrimônio, sobre o interesse 
residual, sobre a empresa.
Estrutura conceitual III
Em seguida, passamos a tratar das 
características qualitativas das informações 
apresentadas nos relatórios. Ou seja, 
quais são os principais atributos que 
definem as informações de um relatório 
contábil como sendo úteis. A relevância e 
a confiabilidade do que elas representam 
são atributos basais de informações que 
podem ser consideradas úteis. A qualidade 
da relevância está diretamente ligada a 
capacidade de determinada informação 
fornece para facilitar tomadas de decisão 
dos stakeholders, sejam elas gerenciais ou 
mesmo operacionais. 
As informações financeiras úteis têm consigo 
duas peculiaridades: elas tem valores 
preditivos e confirmatórios. Esses valores 
são importantes para que tais informações 
compreendam, de fato, dados relevantes. A 
representação fidedigna das informações diz 
respeito a demonstração adequada e factual 
das transações e outros eventos reportados 
em um relatório financeiro. Para tanto, 
as informações precisam ser completas, 
abarcando toda a realidade financeira da 
empresa, imparcial e isenta de erros.
 06:00
07:20As características fundamentais 
da informação são a relevância e 
a representação fidedigna.
08:50Uma informação relevante é 
aquela que é capaz de fazer a 
diferença.
19
12:27 A informação contábil não tem 
impacto, imediatamente. Mas, ela 
também pode ser utilizada para 
me ajudar a fazer certas previsões 
futuras.15:06
Exposure Draft: Documento 
publicado pelo FASB para solicitar 
comentários públicos sobre um novo 
padrão de contabilidade proposto. 
Os interessados são convidados a ler 
e discutir o documento e a expressar 
suas opiniões sobre seu conteúdo, 
a fim de minimizar quaisquer 
consequências não intencionais antes 
que o que está sendo recomendado 
se transforme em lei.
PALAVRAS-CHAVE
Estrutura conceitual IV
Existem outras características qualitativas 
de melhoria que são capazes de 
potencializar a qualidade das informações 
presentes nos relatórios contábeis, entre 
elas: 
1) Comparabilidade - por meio dela, os 
stakeholders conseguem identificar e 
compreender semelhanças e diferenças 
entre o desempenho e os resultados de 
suas organizações ao longo do tempo. 
Com base nesses dados, eles também 
podem comparar sua organização com 
outras do mesmo ramo, tendo uma melhor 
percepção de como sua empresa está 
sendo gerida em relação a outras. 
2) Verificabilidade - garante aos 
stakeholders que as informações 
apresentadas representam, de forma 
fidedigna, os eventos e fenômenos 
descritos nos relatórios. Ou seja, por 
meio dela, todos os interessados nas 
informações descritas podem chegar a um 
mesmo consenso. 
3) Tempestividade - é a capacidade 
de disponibilizar as informações 
aos stakeholders a tempo de serem 
responsáveis por influenciar suas decisões. 
Muitas dessas informações também podem 
ser importantes, mesmo após o final do 
período de um relatório, uma vez que elas 
servem de base para avaliar tendências. 
4) Compreensibilidade - As informações 
disponibilizadas precisam ser claras, 
concisas e compreensíveis. A terminologia 
ainda é uma barreira dentro desse conceito. 
Ainda que seja necessário um nível 
avançado de conhecimento para analisar 
uma demonstração contábil, elas podem 
fornecer informações mais acessíveis para 
aqueles que não dominam o tema.
 19:22
20:42A comparabilidade serve, 
exatamente, para ter esse 
parâmetro para que eu possa 
avaliar desempenhos.
23:17A verificação ajuda a garantir 
aos usuários que as informações 
representam fidedignamente os 
fenômenos.
25:00
Quando falamos em características 
qualitativas de melhoria é preciso que 
tenhamos em mente que:
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
R
es
p
o
st
a 
d
es
ta
 p
ág
in
a:
 a
lt
e
rn
a
ti
v
a
 2
.
20
31:21Temos que buscar a 
neutralidade dentro da 
informação contábil.
28:17 Para fazer uma análise das 
demonstrações contábeis, a 
pessoa tem que ter um nível 
mínimo de conhecimento sobre 
aqueles relatórios.
AULA 2 • PARTE 2
Estrutura conceitual V
As demonstrações contábeis são elaboradas 
com base na suposição de que a empresa 
está em funcionamento e continuará em 
operação no futuro, ainda que ela, não 
necessariamente, seja uma entidade legal. 
Além disso, por questões obrigatórias ou 
voluntárias, as entidades podem divulgar 
as demonstrações contábeis de forma 
individual ou consolidada, no caso de grupo 
de entidades e empresas. 
Normalmente as demonstrações contábeis 
são reportadas anualmente, porém, algumas 
empresas, dependendo da natureza 
de suas atividades, precisam fazê-las 
trimestralmente para os órgãos e entidades 
reguladoras. Dentro do ambiente da 
organização essas demonstrações podem 
ser feitas até mensalmente, criando uma 
rotina de gestão mais precisa em termos 
de análise de indicadores. O CPC determina 
que sejam divulgadas, no mínimo, duas 
demonstrações da posição financeira, que 
compreende o balanço patrimonial e duas 
demonstrações de resultado.
00:25
CURIOSIDADE
Criada em 1976, a Comissão de Valores 
Mobiliários é uma autarquia vinculada ao 
Ministério da Economia do Brasil e tem o 
poder de organizar o funcionamento das 
operações das bolsas de valores, assim 
como normatizar e fiscalizar os integrantes 
que participam do mercado de valores 
mobiliários nacional. 
CVM
03:38
06:54Todas as informações contidas 
nas demonstrações financeiras 
apresentadas pela companhia 
são aquelas consideradas 
relevantes.
21
Estrutura conceitual VI
Os relatórios financeiros vão compreender 
as demonstrações consolidadas, as não 
consolidadas e as combinadas. Todas elas 
fornecem informações que abrangem ativos, 
passivos, patrimônio líquido, receitas e 
despesas. O que as diferencia é, justamente, 
a entidade que é reportada. Enquanto 
as demonstrações consolidadas prestam 
informações da controladora e de suas 
subsidiárias como sendo uma única entidade, 
as não consolidadas reportam apenas as 
informações da empresa controladora ou de 
uma de suas subsidiárias, exclusivamente. 
Ou seja, ela não contextualiza o grupo 
que reúne todas as empresas. Por sua vez, 
a demonstrações combinadas fornecem 
informações de duas ou mais entidades 
que não estão vinculadas por uma 
relação matriz-subsidiária, que englobam 
sociedades sob controle comum. As 
técnicas de evidenciação, mensuração e 
reconhecimento são semelhantes as de 
uma demonstração consolidadas. No Brasil, 
como existe a necessidade de se publicar 
tanto demonstrações consolidadas, quanto 
individuais, o CPC adotou as normas IFRS 
para ambas.
 07:36
11:17Quando vou fazer uma análise 
das demonstrações para fins de 
investimento, análise de crédito, 
seja o que for, eu sempre 
vou fazer pela demonstração 
consolidada.
12:58
Lei Nº 11.638: Publicada em 
dezembro de 2007, altera e revoga 
dispositivos da Lei no6.404, de 15 de 
dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, 
de 7 de dezembro de 1976, e estende 
às sociedades de grande porte 
disposições relativas à elaboração 
e divulgação de demonstrações 
financeiras.
PALAVRAS-CHAVE
15:32 As ‘IFRS’s’ são pensadas e 
emitidas sobre a lógica de 
demonstração consolidada.
16:00
As demonstrações contábeis são 
elaboradas com base na suposição de 
que a entidade que reporta está em 
continuidade operacional e continuará 
em operação no futuro previsível. 
Essa proposição está diretamente 
relacionada a:
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
R
es
p
o
st
a 
d
es
ta
 p
ág
in
a:
 a
lt
e
rn
a
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v
a
 2
.
22
Estrutura conceitual VII
As demonstrações contábeis são 
elaboradas com base na suposição de 
que a entidade que reporta está em 
continuidade operacional e continuará 
em operação no futuro previsível. Logo, 
assume-se que a entidade em questão 
não tem a intenção ou a necessidade 
de entrar em liquidação ou deixar de 
negociar. Caso essas necessidades 
existam, as demonstrações contábeis 
podem ter que ser elaboradas em base 
diferente. O professor Edilson usa cenários 
distintos da continuidade de uma empresa 
para ilustrar como suas demonstrações 
contábeis devem ser realizadas a partir 
de cada situação, considerando suas 
bases de preparação e o que precisa ser 
evidenciado em cada demonstração de 
acordo com as indicações do IASB. 
Tanto no cenário mais favorável, onde 
não há dúvidas sobre a continuidade, 
quanto nos cenários onde existem dúvidas 
significativas sobre a continuidade, 
mas, existem ações que mitigam essa 
incerteza e elas não são materiais, 
ainda que não existam julgamentos 
significativos e, também, naquele onde 
existem incertezas materiais mesmo após 
ações de mitigação, se usa a premissa 
da continuidade e as normas IFRS com 
base de preparação. Porém, as incertezas 
materiais tem que ser evidenciadas e 
utilizados julgamentos significativos sobre 
eles, conforme eles se depreciam. Quando 
há a necessidade de liquidar ou deixar de 
negociar, a continuidade operacional deixa 
de ser o parâmetro e, passa-se a buscar 
modelos alternativos e normas específicas 
para a liquidação.
 17:47
18:14As normas contábeis são 
preparadas e emitidas pensando 
na continuidade da empresa.
25:05
Disclosure: Na contabilidade, 
o anglicismo é utilizado para 
expressar divulgação de informações 
financeiras, ou seja, o processo 
de fornecer acesso público a 
informações de uma empresa 
na qualidade de tornar esses 
dados transparentes a todos os 
interessados.
PALAVRAS-CHAVE
23
AULA 2 • PARTE 3
Estrutura conceitual VIII
Entre os elementos das demonstrações 
contábeis temos o ativo. Esse conceito 
vem sendo alterado, com o passar do 
tempo, para simplificar seu contexto e 
melhor atender as concepções do conjunto 
normativo atual. Segundo a estrutura 
conceitual mais recente, o ativo é um 
recurso econômico presente, controlado 
pela entidade e tem como resultado 
eventos passados. 
Isso não quer dizer que os relatórios 
contábeis se referem só ao passado, 
pois, tudo que está no ativo de um 
balanço patrimonial de uma empresa 
é, na verdade, um potencial gerador de 
benefício econômico futuro. Já, o passivo 
é, justamente, o contraponto do ativo. 
Ele é uma obrigação presente de uma 
entidade, de transferir um determinado 
recurso econômico como resultado de 
eventos passados. Ou seja, uma dívida. 
Essa obrigação não pode ser evitada.
00:47
02:27 Quando pensamos: ‘esse 
negócio aqui é um ativo?’. 
Primeira coisa que eu tenho que 
pensar: ’ele tem potencial de 
geração de fluxo de caixa?’. Aí, 
ele é um ativo.
06:42 Os ativos de capital intelectual 
não são mensurados nas 
demonstrações contábeis.
08:36 Olhar balanço é olhar futuro. 
Apesar de ser baseado, 
montado em itens e fatos que 
ocorreram no passado.
12:01Eu só posso reconhecer o 
passivo a partir de um evento 
que já aconteceu.
Estrutura conceitual IX
O patrimônio líquido é a participação 
residual nos ativos de uma entidade após 
realizada a dedução de todos os seus 
passivos. Ou seja, ele é o que resta ao 
proprietário de uma organização após a 
liquidação de todos o ativo e do pagamento 
de todo o passivo. A receita, pela definição 
das normas IRFS é o aumento nos ativos 
ou a redução dos passivos que concretizam 
o aumento do patrimônio líquido, com 
exceção aqueles referentes a contribuições 
de detentores de direito sobre o patrimônio, 
isto é, quando um investidor faz aportes de 
capital na organização. Por fim, a despesa 
é o contraponto da receita. Ou seja, o 
aumento do passivo ou a redução dos 
ativos, com exceção aqueles referentes a 
distribuições aos detentores de direitos 
sobre o patrimônio.
 12:29
16:00
Os recursos econômicos presentes 
controlados por uma entidade como 
resultado de eventos passados são 
denominados de:
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
R
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a:
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 4
.
24
AULA 2 • PARTE 4
Estrutura conceitual X
O processo de reconhecimento é uma 
questão de julgamento contábil. O 
reconhecimento é a captação para inclusão 
de itens que atendem as definições de ativo, 
passivo, patrimônio líquido, despesa ou 
receita. Sendo que, os três primeiros devem 
ser reconhecidos no balanço patrimonial, e 
os itens que são receitas e despesas devem 
ser reconhecidos nas demonstrações do 
resultado ou resultado abrangente. 
Ainda assim, nem todos os itens que 
atendem às definições desses elementos 
são reconhecidos. Eles precisam atender a 
alguns critérios para serem relacionados nas 
demonstrações incluindo: a relevância e a 
representação fidedigna das informações 
sobre os ativos, passivos e sobre quaisquer 
receitas, despesas ou mutações de 
patrimônio líquido resultantes. 
No que tange relevância, nem sempre essas 
informações fornecem dados relevantes e, 
quando isso acontece pode ser o resultado 
de dois fatores: a incerteza se existe um 
ativo ou passivo e se sua probabilidade de 
entrada ou saída de benefícios econômicos 
é baixa. Já, no que tange representação 
fidedigna, o item pode ser afetado pelo 
nível de incerteza na mensuração, pelo 
reconhecimento inconsistente e pela 
apresentação e divulgação de informações 
do mesmo.
00:25
04:57 Esse processo de 
reconhecimento é importante 
porque ele afeta, exatamente, o 
‘report’.
09:26 Eu não tenho certeza se isso, 
realmente, vai gerar benefício 
econômico futuro, então, não 
consigo ativar, reconhecer 
como um ativo intangível.
Estrutura conceitual XI
O processo de desreconhecimento refere-se 
a retirada parcial ou total de ativo ou passivo 
reconhecido do balanço patrimonial de uma 
entidade em seu balanço. Esse processo 
ocorre quando os itens em questão, não 
atendem mais as definições de ativo ou 
passivo. O desreconhecimento de uma 
ativo, acontece, normalmente quando a 
entidade perde o controle do mesmo, seja de 
maneira parcial ou total. Já, para o passivo, 
o desreconhecimento ocorre quando a 
entidade não possui mais uma obrigação 
presente pela totalidade ou parte do passivo 
reconhecido.
 11:37
12:31
Ativo Imobilizado: É um bem 
tangível que é utilizado para a 
produção de bens e/ou serviços, 
aluguel de terceiros, ou ainda, para 
fins administrativos da entidade 
que o possui e será utilizado por 
mais de um período contábil. Entre 
exemplos de ativos imobilizados 
temos: terrenos, edifícios, máquinas, 
equipamentos e instalações 
industriais, veículos, móveis, entre 
outros.
PALAVRAS-CHAVE
 15:15
Anistia tributária: É uma das 
possibilidades de exclusão do 
crédito tributário, impedindo sua 
formalização e evitando que ele se 
constitua. É o perdão da infração 
tributária cometida antes da vigência 
da lei que a concede.
PALAVRAS-CHAVE
25
Estrutura conceitual XII
A mensuração é o processo que trata de 
valor. Os elementos reconhecidos nas 
demonstrações contábeis são quantificados 
monetariamente e isso exige uma base de 
mensuração. 
Ao aplicarmos essas bases de mensuração a 
um ativo ou passivo, criamos uma forma de 
metrificá-los,assim como também, para as 
receitas e despesas. A base de mensuração 
mais conhecida é o custo histórico. Essa 
base fornece informações monetárias 
do preço da transação ou outro evento 
que deu origem a ele. Quando criado, o 
custo de um ativo é o valor dos custos 
incorridos na aquisição do ativo, incluindo a 
contraprestação paga para criá-lo, mais os 
custos da transação. 
Já o custo histórico de passivo, quando 
assumido é o valor da contraprestação 
recebida para incorrer o passivo, menos 
os custos da transação. Outra base de 
mensuração é o valor justo. Ele consiste no 
preço que seria recebido pela venda de um 
ativo ou, que seria pago pela transferência 
de um passivo em uma transação ordenada 
entre participantes do mercado na data da 
mensuração.
15:47
16:32 Preço e valor não são as 
mesmas coisas, o tempo todo.
20:34 O valor pago pode ser uma boa 
base de mensuração, porque o 
valor pago é um valor histórico.
CURIOSIDADE
É considerado um dos grandes teóricos e 
críticos da contabilidade moderna. Ele foi o 
primeiro estrangeiro a ser incluído no hall da 
fama da American Accounting Association, 
em reconhecimento as suas contribuições 
e teorias descritas em mais de trezentos 
artigos e dez livros publicados ao longo de 
sua carreira. 
Raymond John Chambers
28:21
32:00
Qual das opções abaixo relacionadas 
não indica uma base de mensuração 
que expressa valores de saída?
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
R
es
p
o
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a 
d
es
ta
 p
ág
in
a:
 a
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rn
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v
a
 3
.
26
 35:51
Hedge: Conhecida também como 
“cobertura”, é uma estratégia de 
investimentos utilizada para proteger 
o valor de um ativo ou passivo contra 
a possibilidade de variações futuras. 
É quase como um seguro para o 
preço, o que ajuda a limitar riscos, 
oferecendo mais previsibilidade para 
o investidor.
PALAVRAS-CHAVE
Estrutura conceitual XIII
Existem ainda outras bases de mensuração, 
como o valor em uso e o valor de 
cumprimento. Essas bases se contrapõem, 
justamente, pela primeira lidar com ativos e 
a segunda com passivos. Enquanto o valor 
de uso é aquele que representa o valor 
presente dos fluxos de caixa, ou demais 
benefícios econômicos, que a entidade 
prevê obter o do uso de um ativo e de sua 
alienação final, o valor de cumprimento é 
aquele que a entidade espera ser obrigada a 
transferir para cumprir com a obrigação. 
O custo corrente também é outra base de 
mensuração bastante utilizada para fins de 
contabilidade gerencial. Assim como o custo 
histórico, ele representa o valor de entrada. 
Ou seja, reflete preços no mercado em que 
a entidade adquiriu o ativo ou incorreu no 
passivo. Porém, diferentemente do custo 
histórico, o custo corrente reflete condições 
na data de mensuração. Por fim, o professor 
Edilson faz algumas considerações em 
relação a critérios que devemos considerar 
para escolher as bases de mensuração mais 
adequadas.
36:22
41:57 Se eu estou falando de um ativo 
imobilizado, a variabilidade 
dele é totalmente diferente de 
um instrumento financeiro de 
produzir fluxos de caixa.
45:21 Em alguns casos, o nível de 
incerteza é tão alto que as 
informações fornecidas pela 
base de mensuração podem 
não fornecer representações 
suficientemente fidedigna.
27
AULA 2 • PARTE 5
Estrutura conceitual XIV
O professor Edilson apresenta com as bases 
de mensuração refletem sobre a questão do 
lucro em três cenários distintos. O primeiro 
cenário demonstra como a mensuração é 
feita pelo custo de aquisição. Aqui, o ativo é 
avaliado pelo seu custo histórico e o ganho 
somente será reconhecido quando houve a 
venda desses ativos. 
O segundo cenário demonstra a 
mensuração a valor justo com ganhos e 
perdas não realizadas no resultado. O ativo 
é sempre avaliado pelo seu valor justo, 
porém, o ganho não realizado será apenas 
reconhecido no resultado do exercício, 
quando da variação do valor justo desse 
ativo. 
Já o terceiro apresenta a mensuração a valor 
justo com ganhos e perdas não realizadas 
em outros resultados abrangentes. Aqui, 
o ativo também é avaliado pelo seu valor 
justo, entretanto, o ganho não realizado 
será reconhecido em outros resultados 
abrangentes, quando da variação do valor 
justo desse ativo e não na demonstração de 
resultado do exercício.
00:25
04:24 Quando falamos ganho e perda 
não realizada é porque ele 
ainda não virou ‘cash’, não virou 
dinheiro.
08:35 A questão de reconhecimento 
de valor justo ou custo 
histórico, por exemplo, é uma 
questão de temporalidade.
Estrutura conceitual XV
A apresentação e evidenciação de 
demonstrações contábeis acontece quando 
há a comunicação efetiva das informações 
mais relevantes e que contribuem para 
uma representação fidedigna dos ativos, 
passivos, patrimônio líquido, receitas e 
despesas de uma entidade. 
A demonstração de resultado do exercício 
é a fonte principal de divulgação do 
desempenho financeiro da entidade para 
o período do relatório. Diferentemente 
do balanço patrimonial que retrata uma 
amostragem de ativos e passivos, a DRE 
mostra o fluxo, a movimentação realizada 
nesse período, das receitas e despesas. 
O professor apresenta também o 
conceito de Demonstração de Resultados 
Abrangentes, que é utilizado quando se 
tem como base de mensuração o valor 
justo, conforme as normas IRFS.
 13:53
15:00
Quais dos elementos das 
demonstrações contábeis, 
segundo a estrutura conceitual, 
estão diretamente ligados com a 
mensuração de desempenho?
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
R
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a:
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 2
.
28
Estrutura conceitual XVI
Os conceitos de capital e manutenção de 
capital são importantes para a questão 
da gestão de uma entidade. Quando 
abordamos o conceito de capital sobre a 
visão financeira, ele é sinônimo de ativos ou 
patrimônio líquido da entidade. 
Já, quando o abordamos sobre a visão 
física, o capital é considerado a capacidade 
produtiva dessa entidade. Já ao abordarmos 
a manutenção do capital financeiro, 
estamos falando sobre a apuração do lucro 
auferindo o ativo líquido final subtraído do 
ativo líquido inicial e de quaisquer outras 
distribuições para e, contribuições de sócios 
durante um determinado período. 
Enquanto isso, a manutenção do capital 
físico vai demonstrar o lucro a partir da 
capacidade operacional dessa entidade, 
sendo ele a capacidade física final subtraída 
da capacidade física inicial.
17:05
19:46 O conceito de manutenção 
de capital físico é diferente do 
conceito de manutenção de 
capital financeiro.
Estrutura conceitual do FASB
Em linhas gerais, a estrutura conceitual que 
define os fundamentos para a produção de 
relatórios financeiros e contábeis do FASB 
(Financial Accounting Standards Board) é 
muito semelhante à do IASB (International 
Accounting Standards Board). Isso se 
dá, em grande medida, pelo processo de 
convergência que já existe entre as duas 
instituições no sentido de unificar essas 
normas. 
O professor Edilson destaca que para as 
normas estabelecidas pelo FASB o conceito 
de continuidade operacional também é 
muito representativo, afetando todo o 
processo de reconhecimento, mensuração 
e evidenciação. O custo também continua 
sendo um critério de restrição pelas normas 
do FASB, assim como na norma do IASB. Ao 
mesmo passo que, os provedores de capital 
continuam sendo os principais usuários das 
informações contábeis fornecidas pelos 
relatórios e demonstrativos elaborados sobre 
essas normas. 
Novamente, o professor Edilson 
destaca a importância dos critérios de 
compreensibilidade e tempestividade como 
sendo fundamentais para agregar valor 
a qualidade das informações produzidas 
nesses demonstrativos e como elas afetam a 
tomada de decisão nas entidades.
 22:41
27:27A estrutura conceitual 
americana é baseada em 
documentos.
34:42Essa informação, para ser 
relevante, tem que ter um 
caráter preditivo e, também, um 
valor confirmatório.
29
Perspectivas futuras
Edilson acredita que para estabelecermos 
tendências futuras sobre a contabilidade 
é muitoimportante que consigamos olhar 
para o passado e entender o quanto o tema 
evolui e convergiu em termos de regras e 
normas nas últimas décadas. 
O professor acredita que uma das 
tendências é que o IASB será cada vez 
mais atuante nos mercados e próximo a 
seus reguladores, buscando através de sua 
representação em mais países, uma questão 
de legitimidade de seus atos e normas. 
Ao mesmo passo, o professor alerta para 
o fato de o IASB tocar em pontos muitos 
específicos, tornando-se um padrão muito 
complicado e tendo sua compreensão 
comprometida pela profundidade dos temas 
e normas de controle por ele estabelecidas. 
Edilson também destaca a ascensão e 
das práticas ESG. Elas que visam medir 
a sustentabilidade de uma organização 
sob esses critérios ambientais, sociais e 
de governança, no sentido de minimizar 
seus impactos e ter escolhas mais justas 
e responsáveis. Existe uma necessidade 
de se definir como elas serão relatadas e 
absorvidas pelas demonstrações, assim 
como, a maneira a qual elas sofrerão 
auditoria. Isso irá influenciar nas práticas 
contábeis como as conhecemos hoje. A 
informação contábil continuará sendo 
a premissa básica para muitas tomadas 
de decisão, sendo assim, sua educação 
não exclusiva a profissionais da área, será 
importante.
39:52
46:13 O IASB também começou a 
abrir mais o seu ‘board’. Ele 
busca representatividade em 
todos os países.
56:13 Senso crítico só é obtido 
através de educação.
30
AULA 3 • PARTE 1
Objeto da contabilidade
Uma das conceituações mais clássicas da 
contabilidade a define como sendo a ciência 
que investiga e controla o patrimônio das 
entidades, tanto por meio da classificação 
de seus elementos segundo suas naturezas 
e fins, como da observação, evidenciação 
e análise dos fenômenos relacionados esse 
patrimônio, explicando suas causas e efeitos 
dentro das atividades desenvolvidas por 
uma entidade. 
Sua principal finalidade é a mensuração do 
patrimônio de uma entidade e a variação 
dessa grandeza, ao longo do tempo. O 
que permite com que o resultado de uma 
empresa/organização possa ser metrificado 
em um período de tempo estabelecido. 
Existem, também, outras visões do conceito 
da contabilidade, que a atrelam a um 
sistema composto por recursos humanos e 
materiais, que interagem para registrar fatos 
contábeis, gerando informações úteis, para 
que usuários e stakeholders possam tomar 
decisões a partir delas. 
 02:13
03:19A contabilidade tem como 
finalidade primordial a 
mensuração do patrimônio da 
entidade, bem como a variação 
dessa grandeza no tempo.
História da contabilidade
O professor Marcelo faz um apanhando 
histórico para apresentar um pouco da 
trajetória que envolve o desenvolvimento 
da contabilidade, suas práticas e técnicas 
ao longo do tempo. Segundo o professor, os 
primeiros vestígios de atividades contábeis 
datam de 8000 a.C., na Mesopotâmia. 
Eram fichas de barro que representavam os 
ativos patrimoniais e auxiliavam o controle 
e mensuração de propriedades e ativos. É 
por meio dessa técnica que se originam os 
conceitos de débito e crédito relativos a 
recursos e sua gestão. 
A criação da primeira moeda, no século 
VII a.C, também tem um papel importante 
para guiar novos rumos da contabilidade. 
Ela cria um instrumento de conversão de 
riquezas, possibilitando o desenvolvimento 
da economia e do comércio utilizando um 
sistema distinto do escambo. No Império 
Romano, a contabilidade já era mais 
desenvolvida, justamente pela proporção 
territorial e a necessidade de organizar 
os recursos entre todos os povos que o 
compunham. É do Império Romano que 
surgiram conceitos utilizados até hoje, como 
o Codex Rationum, que se equivale a um 
Livro Razão.
05:29
CURIOSIDADE
Conjunto de leis criadas pelo sexto rei da 
Suméria, Hamurabi, no século XVIII a. C., na 
Mesopotâmia. Era um código baseado na lei 
do Talião, que previa fortes retaliações para 
crimes praticados e de suas penas. Eram 282 
leis que determinavam normas e penalidades 
para os cidadãos do reino.
Código de Hamurabi
09:34
31
História da contabilidade II
Na Idade Média ocidental, um dos primeiros 
marcos da contabilidade é a publicação da 
obra ‘Liber Abaci’, de Leonardo Fibonacci. 
É por meio dela que se introduzem os 
algarismos hindu-arábicos, no mundo 
ocidental, substituindo os romanos. Essas 
práticas e metodologias só se tornaram 
mais populares a partir da invenção da 
imprensa, quando foram divulgadas com 
mais abrangência, a partir de 1450. 
Ainda no mesmo período, outro italiano, 
Luca Pacioli publica, em 1494, “Summa 
de arithmetica, geometria, Proportioni et 
proportionalita”. Nele, entre muitas outras 
práticas e ensinamentos, foi desenvolvido 
o “método das partidas dobradas”, que 
se tornou um sistema padronizado por 
empresas e organizações para registrar suas 
transações financeiras. 
A Itália, por sua grande atividade comercial 
e mercantil, na época, pode ser considerada 
o berço das ciências contábeis no ocidente, 
criando e desenvolvendo importantes 
sistemas e métodos que serviram como 
base para a contabilidade moderna. 
A obra de Pacioli também estimulou 
o desenvolvimento da Escola Italiana 
de Contabilidade, que foi responsável 
pela criação de diversas correntes que 
exploravam teorias e pensamentos 
contábeis distintos.
12:42
CURIOSIDADE
É reconhecido como um dos mais talentosos 
matemáticos do período medieval. Foi o 
responsável pela autoria de ‘Liber Abaci’, 
de 1202, onde apresentou os algarismos 
arábicos ao velho continente, destacando 
a importância da prática de um sistema 
numeral aplicado a contabilidade comercial, 
assim como a conversão de medidas e 
pesos.
Leonardo Fibonacci
12:56
17:02 Assim nasceu a escola 
italiana de contabilidade, que 
predominou no cenário contábil 
até o início do século XX.
32
História da contabilidade III
A Escola Italiana foi muito relevante para 
que outras visões e propostas em termos de 
contabilidade se desenvolvessem em países 
onde as economias estavam em franca 
ascensão. No início do século XX, os Estados 
Unidos passaram a desenvolver tanto sua 
indústria como o comércio de maneira 
significativa, o que levou a criação de novas 
teorias, práticas e iniciativas que passaram a 
ser mais utilizadas nos mercados, colocando 
fim a tradição italiana, modernizando 
modelos contábeis e criando as primeiras 
instruções normativas contábeis. 
Elas se tornaram ainda mais relevantes após 
a Grande Depressão, com a criação da SEC 
(Securities and Exchange Commission), que 
se tornou o órgão regulador do mercado de 
capitais, fazendo com que a contabilidade 
passasse, também, a responder mais 
aos interesses de usuários externos das 
informações contábeis. Esse aumento das 
práticas de normatização contábeis decorre 
da presença mais constante do Estado e em 
sua atuação como legislador e fiscalizador 
de diversos mercados para editar normas, 
não apenas, mas também, na área contábil. 
Com o advento da economia americana 
surgem as GAAP (Generally Accepted 
Accounting Principles) e as mesmas 
passam a ser adotadas como um padrão 
internacional, uma vez que o maior mercado 
de ações e as grandes companhias eram, em 
grande medida, de origem norte-americana.
 19:02
21:40Com os trabalhos desenvolvidos 
na Universidade de São Paulo, 
foi feito um esforço muito 
grande para modernizar as 
práticas contábeis, no Brasil.
24:14A falta de qualidade na 
produção da informação 
contábil foi uma das causadoras, 
em última instância, da Segunda 
Guerra Mundial.
26:20Começou a surgir um 
movimento forte no sentido 
da regulação, da normatização 
como algo necessário para 
proteger a sociedade, a 
economia.
33
História da contabilidade IV
Em 1973 é criado o FASB (Financial 
Accounting Standards Board, que 
é o responsável pela elaboração 
e estabelecimento das normas de 
contabilidade e reporte financeiro, nos 
Estados Unidos. No mesmo ano, surge o 
IASC (International Accounting Standards 
Committee), a partir de um acordo firmado 
entreAustrália, Canadá, França, Alemanha, 
Japão, México, Países Baixos, Reino Unido e, 
também, os Estados Unidos. 
A proposta do IASC era se tornar um 
organismo internacional que fosse 
responsável pela orientação da produção 
e padronização de normas contábeis para 
todos os países que nele estavam inclusos, 
atualmente, são mais de 160. Em 2001 é 
criado o IASB (International Accounting 
Standards Board) e é esse conselho que 
assume a responsabilidade técnica que 
fora do IASC anteriormente. A busca por 
essa padronização internacional tem como 
principal objetivo melhorar a qualidade 
das informações financeiras apresentadas 
em seus diversos relatórios, no sentido 
de promover um conteúdo mais claro e 
inteligível para seus interessados. 
As normas IFRS são as criadas e 
divulgadas após a criação do IASB e elas, 
gradativamente, substituem as IAS, que 
foram aquelas estabelecidas e divulgadas 
sob a gestão do IASC. No Brasil, a criação 
do Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
data de 2005 e em 2008 ele passa a adotar 
as normas contábeis padronizadas pelo 
IASB.
29:24
33:59 Nós já temos 166 países que 
adotam IFRS em algum nível.
35:00
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Entre as demandas da contabilidade 
moderna podemos destacar como a 
principal delas:
R
es
p
o
st
a 
d
es
ta
 p
ág
in
a:
 a
lt
e
rn
a
ti
v
a
 3
.
34
AULA 3 • PARTE 2
Fontes das normas contábeis
O professor Marcelo categoriza as 
normas contábeis vigentes no Brasil em 
dois grupos distintos: 
1) Normas Contábeis Legais - São 
aquelas criadas por agentes legitimados 
para emitir leis no país, como o 
Congresso Nacional, a Presidência 
da República e demais agentes 
reguladores, como o Banco Central 
ou a CVM, por exemplo. Isso as torna 
obrigatórias a todos os cidadãos e 
empresas estabelecidas no país. As 
normas contábeis legais podem ser 
divididas em três grupos: comerciais 
- onde se destacam a Lei Nº 6.404/76 
e o Código Civil, nos artigos 1.179 e 
seguintes, mais por seu valor jurídico 
do que contábil; Tributárias - são as 
normas que regem o Imposto de Renda 
de Pessoa Jurídica e a Contribuição 
Social sobre o Lucro Líquido, ambos 
tributos incidentes sobre o lucro; 
Regulatórias - são as normas editadas 
por agentes reguladores legitimados pelo 
Congresso Nacional para tanto, como a 
CVM no caso do mercado de capitais, a 
ANEEL no mercado de energia e assim 
sucessivamente. 
2) Normas profissionais ou técnicas - 
São aquelas elaboradas por entidades 
da área de contabilidade e contadores 
que editam normas oriundas de 
seus conhecimentos técnicos, como 
por exemplo o IASB, que atua 
internacionalmente e o CPC, no Brasil, 
que as comunica e faz com que órgão 
reguladores as adotem de maneira 
integral ou parcial.
 00:25
01:58Nós poderíamos dizer que a 
principal norma de natureza 
comercial, no Brasil, que contém 
normas contábeis é a Lei 
Nº6.404/76.
02:28Infelizmente, há poucos 
dispositivos contábeis no 
Código Civil e eles já nasceram 
totalmente desatualizados.
05:00Não posso deixar de referir a 
Secretaria do Tesouro Nacional 
como o principal órgão 
regulador da contabilidade 
pública, no Brasil.
08:30Nós temos que saber, 
exatamente, qual é a norma 
aplicável de acordo com a lei. 
Porque ela pode ter impacto 
em interesses econômicos das 
partes.
35
Normas contábeis brasileiras
O professor Marcelo demonstra as principais 
leis e normas contábeis adotadas no Brasil e 
seus respectivos papéis na regulamentação 
e normatização de processos da área. Ele 
traz, brevemente, as regras contábeis 
presentes no Código Civil, a título de 
curiosidade. Em seguida, Marcelo aborda 
a Lei Nº 6.404/76, especificamente no 
capítulo XV, que trata do exercício social, 
demonstrações financeiras e da adoção 
de critérios consonantes aos padrões 
internacionais de contabilidade. Inspirada 
em leis norte-americanas ela é um dos 
marcos evolutivos da contabilidade nacional. 
Marcelo também apresenta as normas 
emitidas pelo CPC, esclarecendo as 
diferenças entre o uso integral (CPC 
Integral) das normas IFRS para sociedades 
de grande porte, a possibilidade de adoção 
de normas parciais para empresas de 
pequeno e médio porte, conhecida como 
CPC PME e também a ITG1000, resolução 
do CFC que dispõe um modelo contábil 
para micro e empresas de pequeno porte. 
Além disso, ele apresenta os principais 
documentos emitidos pelo CPC, entre eles: 
pronunciamentos técnicos, interpretações, 
orientações e revisões.
08:50
CURIOSIDADE
Jurista, político, filósofo e poeta brasileiro 
foi Secretário de Justiça do Estado de 
São Paulo e Reitor da USP. Reale foi um 
dos principais redatores da Emenda 
Constitucional Nº 1, que instituiu a ditadura 
militar no Brasil.
Miguel Reale
09:41
Integração das normas
Por termos fontes distintas para normas 
contábeis, precisamos entender que 
algumas lacunas podem ser formadas 
dentro do contexto normativo. Nesse 
sentido, o CPC 23 é o pronunciamento que 
trata desse fenômeno. Ele diz respeito as 
políticas contábeis, mudança de estimativa 
e retificação de erro. Segundo a norma, na 
ausência de um pronunciamento específico 
a uma transação, evento ou condição, a 
administração deve exercer seu julgamento 
no desenvolvimento e na aplicação de 
política contábil que seja relevante e 
confiável. Logo, em termos de hierarquia 
das fontes contábeis, quando não existe 
um pronunciamento, interpretação ou 
orientação específico, recomenda-se que se 
use um que seja semelhante. 
Caso ele também não exista, passamos a 
consultar a estrutura conceitual, o CPC 00. 
No caso de também não encontrarmos 
semelhanças na estrutura conceitual, o 
próximo passo indicado é: procurar as mais 
recentes posições técnicas provenientes de 
órgãos normatizadores contábeis, como A 
CVM e o Banco Central, por exemplo, ou, 
buscar referências na literatura contábil, ou, 
ainda, se ater as práticas consagradas no 
setor em que a entidade atua.
 20:46
23:00
De acordo com o CPC 00, são 
características qualitativas de 
melhoria da informação contábil-
financeira:
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
R
es
p
o
st
a 
d
es
ta
 p
ág
in
a:
 a
lt
e
rn
a
ti
v
a
 3
.
36
Princípios e regras gerais
A estrutura conceitual para elaboração 
de relatórios financeiros consolida os 
princípios e fundamentos direcionados 
aos aplicadores das regras contábeis e 
os auxilia no exercício da aplicação e 
divulgação de informações confiáveis e 
fidedignas. Ela, por si só, não se sobrepõe 
a qualquer outro pronunciamento. 
Isto é, se houver conflito entre um 
pronunciamento existente e o que está 
descrito na estrutura conceitual, o que 
fica valendo como norma é o que está 
descrito no pronunciamento. 
Em seguida, o professor Marcelo 
revisita as características qualitativas 
fundamentais, os princípios e 
regras gerais associados a elas e as 
características qualitativas de melhoria, 
dando a sua visão sobre os conceitos e 
reforçando-os. Ele destaca a importância 
do regime de competência destacando a 
sua importância para fornecer uma base 
melhor para avaliação do desempenho 
passado e futuro de uma entidade, 
quando comparado ao regime de caixa.
25:46
 31:22
CFC 750/93 & 1282/10: O Conselho 
Federal de Contabilidade revogou 
em 04/10/2016, as resoluções 750/93 
e 1228/2010, que estabeleciam 
os enunciados dos princípios da 
contabilidade, justamente para passar 
a atender o CPC 00 - Estrutura 
Conceitual da Contabilidade Geral, a 
NBC T SP EC - Estrutura Conceitual 
da Contabilidade para o Setor Público 
e a NBC TA EC - Estrutura Conceitual 
de Auditoria.
PALAVRAS-CHAVE
32:50 Não há sentido em produzir 
informação que não seja fiel a 
realidade econômica.
37:48Regime de competência: é isso 
que diferencia a contabilidade 
de um mero fluxo de caixa.
43:16 Se a contabilidade fosse 
baseada no regime de caixa, 
seria uma contabilidade muito 
pobre.
45:47A materialidade não é um limite 
quantitativo universal. Temos 
que analisar caso a caso, o que é 
material e o que é imaterial.
37
AULA 3 • PARTE 3
Demonstrações

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