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Francisco Cavalcante Você só cria valor quando investe em algo que você acredita que vale menos do que os benefícios que esse ativo vai gerar a valor presente. Com Edilson Paulo e Marcelo Coletto Pohlmann ESTRUTURA CONCEITUAL, REGRAS E PRINCÍPIOS CONTÁBEIS Controladoria, Compliance e Auditoria Pós-Graduação em 2 c-Conheça o livro da disciplina CONHEÇA SEUS PROFESSORES 3 Conheça os professores da disciplina. EMENTA DA DISCIPLINA 4 Veja a descrição da ementa da disciplina. BIBLIOGRAFIA BÁSICA 5 Veja as referências principais de leitura da disciplina. O QUE COMPÕE O MAPA DA AULA? 6 Confira como funciona o mapa da aula. MAPA DA AULA 7 Veja as principais ideias e ensinamentos vistos ao longo da aula. ARTIGOS 42 Links de artigos científicos, informativos e vídeos sugeridos. RESUMO DA DISCIPLINA 43 Relembre os principais conceitos da disciplina. AVALIAÇÃO 44 Veja as informações sobre o teste da disciplina. 3 Possui graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1983), graduação em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1988), mestrado em Contabilidade pela Universidade de São Paulo (1994) e doutorado em Contabilidade também pela Universidade de São Paulo (2005). É Especialista em Integração Econômica e Direito Internacional Fiscal pela ESAF/FGV/Universidade de Münster (2007). Atualmente é professor adjunto da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Tem experiência nas áreas de Contabilidade e Direito Tributário, com especial interesse acadêmico nos seguintes temas: Contabilidade Societária, Contabilidade Tributária, Planejamento Tributário, Gestão Tributária, Direito Tributário, Contabilidade Gerencial e Teoria da Contabilidade. Autor dos livros Contabilidade Tributária (Iesde, 2010) e Tributação e Política Tributária (Atlas, 2006), este último em coautoria com Sérgio de Iudícibus. Autor de capítulo dos livros Teoria Avançada da Contabilidade (2003) e Análise Multivariada (2007), ambos pela Editora Atlas, e Contabilidade e Gestão de Tributos (2015), Editora dos Tribunais. É Procurador da Fazenda Nacional desde 1993 MARCELO COLETTO POHLMANN Professor PUCRS Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1D. Doutor em Ciências Contábeis pela Universidade de São Paulo. Pós-doutoramento em Controladoria e Contabilidade pela Universidade Federal de Santa Catarina. Mestre em Ciências Contábeis pelo Programa Multi institucional e Inter-regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis UnB/UFPB/UFPE/UFRN. Professor Associado II da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Diretor Científico da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis - ANPCont (mandato 2020-2021). Foi professor da Universidade Federal da Paraíba (2008-2018) e Visiting Faculty (Professor) na University of Roehampton - Londres -UK (2012). Foi Editor Geral do periódico ASAA Journal - Advances in Scientific and Applied Accounting (revista da ANPCont). Atua como docente permanente no Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Contabilidade (PPGCont) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e no Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (PPGCC) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). EDILSON PAULO Professor Convidado c-Conheça seus professores 4 Ementa da Disciplina Os conceitos e princípios fundamentais de contabilidade. As premissas básicas subjacentes na produção de relatórios financeiros para os usuários da informação contábil. As normas contábeis legais e profissionais no Brasil e sua conformidade com os padrões internacionais. Perspectivas e tendências evolutivas da contabilidade no Brasil e no mundo. 5 Bibliografia básica: CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TG Estrutura Conceitual. DOU 13/12/2015. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2015. FIPECAFI. Manual de Contabilidade Societária. São Paulo: Atlas, 2018. Bibliografia complementar: PADOVEZE, Clóvis Luís. Manual de Contabilidade Básica: Contabilidade Introdutória e Intermediária. São Paulo: Atlas, 2017. FEA-USP. Contabilidade Introdutória. São Paulo: Atlas, 2019. ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Contabilidade avançada em IFRS e CPC. São Paulo: Atlas, 2020. ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Contabilidade intermediária em IFRS e CPC. São Paulo: Atlas, 2018. ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Contabilidade introdutória em IFRS e CPC. São Paulo: Atlas, 2018. As publicações destacadas têm acesso gratuito. -aBibliografia básica https://cfc.org.br/tecnica/normasbrasileiras-de-contabilidade/nbc-ta-de-auditoria-independente https://cfc.org.br/tecnica/normasbrasileiras-de-contabilidade/nbc-ta-de-auditoria-independente http://primo-pmtna01.hosted.exlibrisgroup.com/PUC01:PUC01:sfx26800000000059699 http://primo-pmtna01.hosted.exlibrisgroup.com/PUC01:PUC01:sfx26800000000059699 http://primo-pmtna01.hosted.exlibrisgroup.com/PUC01:PUC01:sfx26800000000059697 http://primo-pmtna01.hosted.exlibrisgroup.com/PUC01:PUC01:sfx26800000000059697 6 O que compõe o Mapa da Aula? so MAPA DA AULA São os capítulos da aula, demarcam momentos importantes da disciplina, servindo como o norte para o seu aprendizado. Frases dos professores, que resumem sua visão sobre um assunto ou situação. DESTAQUES Neste item você relembra o case analisado em aula pelo professor. CASE A jornada de aprendizagem não termina ao fim de uma disciplina. Ela segue até onde a sua curiosidade alcança. Aqui você encontra uma lista de indicações de leitura. São artigos e livros sobre temas abordados em aula. LEITURAS INDICADAS Conteúdos essenciais sem os quais você pode ter dificuldade em compreender a matéria. Especialmente importante para alunos de outras áreas, ou que precisam relembrar assuntos e conceitos. Se você estiver por dentro dos conceitos básicos dessa disciplina, pode tranquilamente pular os fundamentos. FUNDAMENTOS Questões objetivas que buscam reforçar pontos centrais da disciplina, aproximando você do conteúdo de forma prática e exercitando a reflexão sobre os temas discutidos. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Apresentação de figuras públicas e profissionais de referência mencionados pelo(a) professor(a), além de fatos e informações que dizem respeito à conteúdos da disciplina. CURIOSIDADES Conceituação de termos técnicos, expressões, siglas e palavras específicas do campo da disciplina citados durante a videoaula. PALAVRAS-CHAVE Assista novamente aos conteúdos expostos pelos professores em vídeo. Aqui você também poderá encontrar vídeos mencionados em sala de aula. Lembre-se que a diversificação de estímulos sensoriais na hora do estudo otimiza seu aprendizado. VÍDEOS Inserções de conteúdos da equipe de design educacional para tornar a sua experiência mais agradável e significar o conhecimento da aula. ENTRETENIMENTO Aqui você encontra a descrição detalhada da dinâmica realizada pelo professor em sala de aula com os alunos. MOMENTO DINÂMICA 7 Mapa da Aula Os tempos marcam os principais momentos das videoaulas. AULA 1 • PARTE 1 02:10O que explica a importância da contabilidade nas organizações? A importância da contabilidade Contrastando a Teoria Clássica da Firma e a Teoria dos contratos, o professor Edilson demonstra como a contabilidade influi nas operações das organizações. Enquanto, na primeira, quem a gere é um proprietário- administrador, ou seja, alguém que tem a função tanto de fornecer capital, quanto de administrar a gestão, na segunda, temos uma separação entre o controle da administração e os proprietários da mesma. Essa característica é conhecida como conflito de agências e é, justamente, sob esse conflito que a contabilidade vai atuar, criando instrumentos para mitigar os conflitos entre os interesses dos gestores e dos investidores e proprietários de uma organização. Toda a organização é composta por um conjunto de contratose elementos O objetivo de uma demonstração contábil é divulgar informações financeiras úteis para os seus interessados sobre os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas de uma entidade, para que eles possam avaliar suas perspectivas econômicas e sua capacidade de gestão. Elas são elaboradas em um período específico de tempo, conhecido como período de relatório que, em grande medida, abrange um ano de duração. Relatórios financeiros não tem a pretensão de descrever o quanto uma empresa vale mas, sim, de estimá-lo com base nas informações fornecidas. Marcelo traz um exemplo de como calcular o preço por ação de uma empresa, na Oferta Pública de Ações, tornando mais inteligível como estabelecer o valor de uma entidade com base nas informações fornecidas nos relatórios, incluindo patrimônio líquido contábil e o patrimônio líquido a valores de mercado. 00:25 03:38O balanço patrimonial não vai mostrar, com as suas grandezas, pura e simplesmente, o valor da empresa. 06:46 EBITDA: Indicador que representa o lucro de um negócio antes de contabilizar juros, impostos, depreciação e amortização. O resultado do EBITDA se dá quando se retira o lucro líquido da soma dos componentes supracitados. PALAVRAS-CHAVE 12:42 A contabilidade está baseada em normas, mas, ela não tem a pretensão de produzir informação sobre o valor de mercado de uma empresa.12:45 O interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos é denominado: EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 2 . 38 Demonstrações e elementos II Os elementos que compõem o balanço patrimonial são os ativos, passivos, o patrimônio líquido, as receitas e despesas. Os três primeiros se referem a posição financeira e os dois últimos ao desempenho financeiro de uma entidade. O ativo é o recurso econômico presente controlado por uma entidade como resultado de seus eventos anteriores. Ele é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos. O passivo é a obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico como resultado de eventos anteriores. O patrimônio líquido é o resíduo dos ativos de uma entidade após a dedução de todos os seus passivos. Já, as receitas são o aumento nos ativos ou reduções nos passivos que resultam no aumento do patrimônio líquido, descartando aqueles que são referentes a contribuições de detentores sobre o patrimônio. As despesas são o exato oposto: reduções nos ativos ou aumento nos passivos que resultam na redução do patrimônio líquido, excluindo também aqueles referentes a distribuições aos detentores de direito sobre o patrimônio. 13:00 15:28 A ideia de controle é muito mais importante do que propriedade. Não basta eu ter a propriedade se eu não tiver controle. 18:50 Quando existe uma obrigação incerta, mas, ela é provável, nós temos que reconhecer como uma provisão. Demonstrações e elementos III Segundo o professor Marcelo uma das características que diferencia a contabilidade do fluxo de caixa é o reconhecimento de fatos incertos. A norma CPC 25 define a provisão como o passivo de prazo ou valores incertos. Nesse sentido, quando existe um elemento patrimonial incerto, seja ele passivo ou ativo, precisamos compreender a sua probabilidade de realização e, a partir dela, com tratar esse elemento. Em se tratando do passivo, quando essa probabilidade é maior do que 50% e é mensurável com segurança esse elemento deve ser reconhecido, tornando-se uma provisão. Quando ela é provável, mas não mensurável com segurança, o elemento deve ser apenas divulgado, por meio de notas explicativas. A divulgação também deve ser feita quando a probabilidade é inferior a 50% e quando ela for remota, não deve ser divulgada, nessas situações, o elemento fica sendo o passivo contingente. Em se tratando de ativos, a CPC 25 só aceita seu reconhecimento se a probabilidade de seu fluxo de recurso em favor da entidade, no futuro, for alta. Logo, quando a probabilidade for remota, ela não deve ser divulgada, quando ela for provável ela deve ser divulgada. Nessas duas opções temos o ativo contingente e, quando ela for praticamente certa, deve-se reconhecer o ativo. 24:05 Demonstrações e elementos IV A norma do CPC define o patrimônio líquido como os direitos sobre a participação residual nos ativos de uma entidade após realizadas todas as deduções de seus passivos. Os meios mais comuns de patrimônio líquido são as ações ou cotas de capital. O professor Marcelo pontua que determinados relatórios têm a obrigação de serem publicados e divulgados pelas entidades de acordo com normas legais. Entre eles temos: balanço patrimonial ao final do período, a demonstração do resultado, a demonstração do resultado abrangente, a demonstração das mutações de patrimônio líquido e a demonstração do fluxo de caixa, todas do período de divulgação. Além disso, temos as notas explicativas que complementam a informação fornecida nos relatórios. Tanto a Lei Nº 6.404/76 quanto os padrões internacionais IRFS têm essa previsão em termos de obrigatoriedade de publicação. 29:12 39 31:16 A contabilidade é um banco de dados e nós podemos gerar, a partir dela, várias informações, vários relatórios. AULA 3 • PARTE 4 Registro do fato contábil O fato contábil é todo e qualquer evento que afeta, de maneira direta, o patrimônio de uma empresa. De acordo com o professor Marcelo são três os elementos fundamentais que compõem o seu registro: 1) Temporal - ou seja, quando devemos reconhecer o fato. Ele envolve o processo de captação de um item, seja ele ativo, passivo, patrimônio líquido, receita ou despesa, para sua inclusão no balanço patrimonial ou na demonstração do resultado, representando seu valor monetário. Por outro lado, o desreconhecimento é a retirada total ou parcial de ativo ou passivo reconhecido do balanço patrimonial da entidade. Ou seja, quando ele não atende mais os requisitos das definições de ativo ou passivo. No caso do ativo, quando há perda de controle e no caso do passivo quando não há mais uma obrigação presente do passivo. 00:25 04:06 Sob o ponto de vista lógico, a decisão quanto ao reconhecimento vem em primeiro lugar. Registro do fato contábil II 2) Material - após o seu reconhecimento, o fato contábil deve ser classificado com base em características compartilhadas para fins de divulgação e apresentação, identificando a sua natureza e seu papel dentro das atividades do negócio conduzidas pela entidade. A ideia da classificação é justamente transformar um grupo de itens similares em uma informação compilada, que seja capaz de trazer consigo características factíveis, úteis e inteligíveis sobre aquela aglutinação. Geralmente, os elementos contábeis são classificados, no balanço patrimonial, de acordo com seu grau de liquidez em se tratando de ativos e por seu prazo de exigibilidade em termos de passivos. Também recomenda-se separar os ativos e passivos em componentes circulantes e não circulantes, classificando-os separadamente. O professor retoma os conceitos de custos e despesas e como eles devem ser registrados dentro do balanço patrimonial. 11:45 14:02 Produção norte-americana de 1999 dirigida por Lilly e Lana Wachowski e estrelada por Keanu Reeves, Laurence Fishburne e Carrie- Anne Moss, foi um sucesso nas bilheterias mundiais e venceu quatro prêmios Oscar, Filme: Matrix ENTRETENIMENTO 40 15:42 Eu sempre enxergo a empresa através dos números e das classificações. 20:39O custo é algo que engorda meu ativo, até que ele seja alienado, vendido. Registro do fato contábil III 3) Quantitativo - Após o reconhecimento e a classificação dos elementos contábeis, temos a mensuração. É por meio dela que vamos atribuir valores monetários aos fatos contábeis reconhecidos. Para tanto, precisamos eleger uma base de mensuração, como o custohistórico, valor atual, valor em uso, valor de cumprimento e valor justo dos itens que serão mensurados. Existe uma grande probabilidade de utilizarmos bases de mensuração distintas para diferentes ativos, passivos, receitas e despesas. Marcelo revisa os conceitos das bases de mensuração, reforçando suas características. Ele destaca a hierarquia presente dentro do conceito de valor justo, que pode classificá-lo em três níveis distintos: o nível 1 traz informações de preços cotados em mercados ativos, oferecendo uma evidência mais confiável do valor justo. O nível 2 traz preços de ativos cotados similares aos dos mercados ativos ou preços cotados similares para mercados que não são ativos. Por sua vez, o nível 3 traz dados não observáveis, eles refletem premissas estimáveis sobre os valores dos ativos. 22:18 26:09Diferentemente do custo histórico, o valor atual de ativo ou passivo não resulta do preço da transação. 33:37O valor de cumprimento é o valor que eu devo utilizar para mensurar meus passivos. 37:41A empresa, geralmente, quebra quando seca a fonte de financiamento. 41 Lei Nº 6.404/76 Finalizando a aula, o professor Marcelo apresenta os critérios de mensuração estabelecidos de acordo com a Lei Nº6.404/76. Marcelo destaca que embora grande parte do que está descrito na Lei esteja em sintonia com o que determina o CPC, existem algumas características particulares que não estão tão explícitas assim no CPC. No que tange os ativos, o critério de mensuração básico inicial mais utilizado é o de Custo de aquisição. Ele pode ser utilizado em aplicações de crédito, investimentos em participação no capital social de outras sociedades, direitos sobre mercadorias e produtos do comerciam da companha, assim como matérias primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, direitos classificados no imobilizado e no intangível. O valor justo é utilizado para instrumentos financeiros, o valor de mercado para estoques de mercadorias fungíveis destinadas a vendas e o método de equivalência patrimonial é utilizado para investimentos em coligadas, controladas ou demais sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum. Já, em se tratando de passivos, o valor atualizado até a data do balanço. Caso haja obrigações em moeda estrangeira, elas devem ser convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. Marcelo também destaca a questão do ajuste a valor presente, que é utilizado sempre ao se mensurar elementos de operações de longo prazo e obrigações classificadas no passivo não circulante. 38:36 45:00 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO A estrutura conceitual da contabilidade define que uma característica essencial para a existência de passivo é que a entidade tenha: R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 1 . 4242 A Adoção das Normas Internacionais de Contabilidade Ocasionou um Maior Reconhecimento dos Ativos Intangíveis no Brasil? ARTIGO INFORMATIVO Relevância da informação contábil e cultura nacional ARTIGO CIENTÍFICO VÍDEO Artigos Nesta página, você encontra links de artigos científicos, informativos e vídeos sugeridos pelo professor PUCRS. Como funciona a contabilidade de uma empresa; IFRS na Prática - Degustação: Prof. Sérgio de Iudícibus; IFRS na Prática - Degustação: Bate-papo entre Iudícibus, Marion e Rios; e-Talks | Qual o Valuation de uma empresa em fase inicial?; José Carlos Marion - Grupos de Contas do Balanço Patrimonial (Capítulo 3) https://revista.crcsc.org.br/index.php/CRCSC/article/view https://revista.crcsc.org.br/index.php/CRCSC/article/view https://www.revistas.usp.br/rco/article/view/169533 https://www.youtube.com/watch?v=iYma9_gpEUQ https://youtu.be/4gyqwWpB1ZY https://www.youtube.com/watch?v=SNzPagUB9Vc https://www.youtube.com/watch?v=WLOBFrlZvGY http://José Carlos Marion - Grupos de Contas do Balanço Patrimonial (Capítulo 3) 43 Resumo da disciplina Veja nesta página, um resumo dos principais conceitos vistos ao longo da disciplina. AULA 1 AULA 2 AULA 3 As demonstrações contábeis, seus elementos e como registramos um fato contábil. A estrutura conceitual da contabilidade explicitada e exemplificada. Uma breve história da contabilidade e como ela se desenvolveu ao longo da história humana. As normas contábeis utilizadas no mundo e no Brasil e como elas convergem para um padrão internacional. A Lei Sarbanes-Oxley, o conservadorismo e a regulação contábil. A importância e algumas das principais questões que surgem como barreiras na contabilidade. O processo contábil e os conjuntos normativos que elaboram e regem a contabilidade. A estrutura conceitual do FASB e como a convergência age em estrutura normativa. Perspectivas futuras para a área da contabilidade, suas regulações e organização de metodologias. 44 Avaliação Já está disponível o teste online da disciplina. O prazo para realização é de dois meses a partir da data de lançamento das aulas. Lembre-se que cada disciplina possui uma avaliação online. A nota mínima para aprovação é 6. Fique tranquilo! Caso você perca o prazo do teste online, ficará aberto o teste de recuperação, que pode ser realizado até o final do seu curso. A única diferença é que a nota máxima atribuída na recuperação é 8. Veja as instruções para realizar a avaliação da disciplina. Controladoria, Compliance e Auditoria Pós-Graduação em Conheça seus professores Conheça os professores da disciplina. Ementa da Disciplina Veja a descrição da ementa da disciplina. Bibliografia básica Veja as referências principais de leitura da disciplina. O que compõe o Mapa da Aula? Confira como funciona o mapa da aula. Mapa da Aula Veja as principais ideias e ensinamentos vistos ao longo da aula. Artigos Nesta página, você encontra links de artigos científicos, informativos e vídeos sugeridos pelo professor PUCRS. Resumo da disciplina Relembre os principais conceitos da disciplina. Avaliação Veja as informações sobre o teste da disciplina. Botão 232: Botão 233: Botão 234: Botão 235: Botão 237: Botão 238: Botão 239: Botão 240: Botão 242: Botão 243: Botão 244: Botão 245: Botão 247: Botão 248: Botão 249: Botão 250: Botão 252: Botão 253: Botão 254: Botão 255: Botão 257: Botão 258: Botão 259: Botão 260: Botão 262: Botão 263: Botão 264: Botão 265: Botão 267: Botão 268: Botão 269: Botão 270: Botão 272: Botão 273: Botão 274: Botão 275: Botão 277: Botão 278: Botão 279: Botão 280: Botão 282: Botão 283: Botão 284: Botão 285:e a contabilidade entra com o papel de tornar as relações entre os contratos estabelecidos harmoniosa. Para tanto, ela também vai precisar lidar com a questão da assimetria informacional, que é compreendida por informações incompletas e imperfeitas na composição dos mesmos, e nas relações que se estabelecem entre os stakeholders dessa organização. Ou seja, a contabilidade tem o papel de mensurar as contribuições e direitos que os participantes têm nos contratos e nos resultados da empresa, informar a todos os envolvidos o cumprimento dos contratos, e compartilhar informações aos stakeholders sobre esses contratos. 02:26 05:29 Debt Covenants: Conhecidos como cláusulas contratuais, são compromissos de contratos que gerem financiamentos ou empréstimos e servem para resguardar os interesses de seus credores. Isto é, são obrigações aplicadas aos tomadores de crédito para que eles sigam regras que visem a garantia de pagamento futuro. PALAVRAS-CHAVE 08:17Informação é o cerne da contabilidade. 8 12:57 Esse desequilíbrio de informação pode nos trazer alguns ruídos nessas relações que deveriam ser harmoniosas, entre os agentes. 16:43 Os mecanismos de governança são fortemente embasados em informações contábeis. Problemas da contabilidade O professor Edilson cita algumas das principais questões advindas da contabilidade e de suas funções. Entre eles, temos o quesito das práticas utilizadas pela contabilidade gerencial e como elas se tornam instrumentos de poder dentro do controle de uma organização, uma vez que a distribuição orçamentária torna-se uma forma de estabelecimento de arbítrio dentro de uma firma. A mensuração dos lucros também pode se tornar um problema quando pressões internas e externas colocam em xeque a obtenção de resultados financeiros, levando a desonestidade sobre a divulgação das informações desses resultados. A divulgação de demonstrações financeiras também tem influência direta sobre o mercado financeiro, sendo assim, divulgar ou omitir esse tipo de dado influencia diretamente na precificação dos ativos de uma organização, estimulando ou não seus investidores. Essa questão também dialoga com o regime de competência, que acaba tendo um papel importante para a tomada de decisão dentro das organizações, seja por parte de seus gestores ou investidores. Por fim, as auditorias têm um papel muito relevante na complexidade das organizações atuais, pois são elas quem moderam as relações entre as informações fornecidas pelos gestores de uma organização e sua veracidade e confiabilidade com as práticas e normas vigentes. 19:44 14:21Neste ponto é que entra a contabilidade. Exatamente, para nos ajudar a que os contratos tenham um bom desempenho. 22:41 A informação que é divulgada através das demonstrações financeiras tem um impacto muito forte na precificação de ações. 24:16 Accrual: Anglicismo utilizado para representar a maneira como receitas e despesas são reconhecidas em um balanço contábil. Geralmente traduzido como “acúmulo”, é a diferença entre o resultado líquido obtido pela contabilidade e o dinheiro real, em caixa. PALAVRAS-CHAVE 9 25:30 CURIOSIDADE A Agência Nacional de Energia Elétrica é uma autarquia em regime especial vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Criada para regular e fiscalizar o setor elétrico brasileiro, por meio da Lei nº 9.427/1996 e do Decreto nº 2.335/1997. ANEEL Conservadorismo contábil Um dos conceitos que se destaca com muita expressão na contabilidade é o conservadorismo contábil. Ele determina a adoção dos valores menores para os componentes do ativo e dos maiores para os do passivo, no sentido de evitar projeções de cenários otimistas fictícios que, eventualmente, possam prejudicar investidores nas relações contratuais por eles estabelecidas. Ao mesmo tempo, essa postura conservadora nem sempre tem o papel de ser um apaziguador entre os conflitos que envolvem os stakeholders de um negócio. Fazer projeções muito conservadoras pode, nem sempre, ser visto com bons olhos pelos investidores, uma vez que, determinados resultados podem ser muito superiores ao que foi previsto e isso pode ter uma conotação negativa para a empresa perante a seus investidores. Existem dois tipos de conservadorismo contábil: 1) Incondicional - quando ocorre a divulgação de baixos valores para o patrimônio líquido, independente de sinais de prováveis perdas econômicas; 2) Condicional - quando são registrados menores valores em condições adversas e não se registram valores elevados quando as condições são mais favoráveis. 27:10 30:00 Segundo o exposto em aula qual das alternativas abaixo NÃO representa um dos papéis da contabilidade gerencial? EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 3 . 10 32:12 Em alguns setores, a forma de avaliar imobilizado é conservadora. Teoria da Agência Uma firma, em última análise, é um conjunto de contratos que estabelecem relações entre os agentes envolvidos neles, ditando seus deveres e direitos. Dessas relações surgem as figuras do principal, que situa- se no centro das relações de todos os stakeholders da empresa e a do agente, que são colaboradores, fornecedores, clientes, acionistas, credores, reguladores, governo e assim sucessivamente. Na relação entre principal e agente, está sempre presente a questão da assimetria de informações, onde um tem acesso a dados que o outro não tem. A Teoria da Agência visa, justamente, maximizar os interesses distintos de cada stakeholder em prol de seus próprios objetivos, reduzindo os conflitos que possam surgir entre as partes interessadas. Sendo assim, a premissa para uma boa relação contratual é a qualidade das informações compartilhadas entre seus stakeholders, provida por mecanismos e índices que são advindos da contabilidade. Quando há assimetria informacional temos o risco de dois fatores: a seleção adversa, que é quando um agente usa informações privadas para agir de forma oportuna na relação pós-contratual, e o risco moral, que é quando as ações de um agente não são transparentes aos outros envolvidos na relação contratual. Ambas, afetam a alocação dos recursos disponíveis pela firma. 34:21 39:22 O maior risco, na realidade, é do gestor e não do investidor. Porque o investidor tem a possibilidade de diversificar o seu risco. 44:04 Produção norte-americana de 2001, dirigida por Ron Howard e estrelado por Russel Crowe e Jennifer Connelly, narra a história de vida do matemático John Fobres Nahs. Foi vencedor de quatro estatuetas do Oscar de 2002, incluindo: melhor filme, melhor roteiro adaptado, melhor direção e melhor atriz coadjuvante. Filme: Uma Mente Brilhante ENTRETENIMENTO 11 AULA 1 • PARTE 2 00:51 CURIOSIDADE Publicação norte-americana focada em negócios e notícias econômicas, impressa em jornal e disponível em mídia digital. Publicada pela Dow Jones & Company, é o maior jornal, em se tratando de circulação, nos Estados Unidos, atingido quase 2,9 milhões de cópias. The Wall Street Journal Contexto histórico Não existe um marco histórico preciso que possa definir a criação da contabilidade e seu surgimento como um tema de estudos. O professor Edilson acredita que ela passou a se tornar relevante, há muito tempo atrás, quando o homem identificou a utilidade de um bem e passou a valorá-lo como um recurso valioso. O ápice das práticas contábeis acontece durante o período mercantilista, onde práticas e técnicas que são utilizadas, até hoje, são desenvolvidas e executadas. Pode-se dizer que até o início do século XIX, a contabilidade exerceu como seu principal papel o controle de ativos. Ela passa a ter outra importância com o desenvolvimento do mercado de capitais e, eventualmente, com a Grande Depressão de 1929, onde se cria uma demanda pela normatização de suas atividades. Estabelecer um padrão para as normas de contabilidadepassou a ser um dos encargos da SEC, a U.S. Securities and Exchange Commission, criada em 1934, nos Estados Unidos. Por sua vez, a SEC repassou sua responsabilidade de controle contábil, ao longo do tempo, para outros órgãos, como o FASB. Além disso, diversos escândalos contábeis, fizeram com que a normatização fosse mais presente e atuante. 01:56 03:42 CURIOSIDADE Frade franciscano e matemático. Luca viveu no século XV e foi professor na Universidade de Perúgia. Sua obra de maior destaque é “Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalita”, publicada, originalmente, em 1494. Luca Pacioli 04:31 Até o final do século XIX, a contabilidade, essencialmente, era controle. 12 08:11Como é que eu posso comparar o desempenho da empresa A com a empresa B se elas têm parâmetros diferentes? 09:05 SEC: Criada em 1934, a U.S. Securities and Exchange Commission é uma agência independente, responsável por regular e proteger o mercado de capitais americano, assim como, manter as operações dos mercados de valores mobiliários justo, por meio do monitoramento e controle das empresas envolvidas nele. PALAVRAS-CHAVE 10:17 FASB: O “Financial Accounting Standards Board” é uma organização privada sem fins lucrativos, criada em 1972, com a incumbência de padronizar procedimentos de contabilidade financeira de organizações de capital aberto e não governamentais, buscando maior transparência e clareza nas informações divulgadas por essas empresas. PALAVRAS-CHAVE A Lei SOX A Lei Sarbanes-Oxley foi sancionada em 2002 pelo congresso americano para proteger investidores e demais stakeholders de eventuais erros de escriturações contábeis e práticas que envolvem fraudes. Ela surge como uma resposta aos diversos escândalos financeiros que ocorreram previamente no país, envolvendo empresas como a WorldCom e Enron. Ela é um marco em termos de governança e compliance empresarial, pois, passa a identificar combater e prevenir fraudes que impactavam o desempenho financeiro das organizações. A partir de sua sanção, a Lei passou a definir quais e por quanto tempo, registros de empresas com ações na SEC devem ser armazenados sejam eles de empresas americanas ou não. Isso fomentou com que o mesmo nível de exigência de parâmetros regulatórios fosse seguido em outros países, refletindo positivamente em termos de segurança no mercado internacional. Ainda que ela possa ter representado um custo expressivo para muitas empresas, no sentido de conseguir atender todas as suas exigências, ela trouxe benefícios em termos de segurança e transparência que são imensuráveis, criando um ambiente muito mais propício e fértil a realização de negócios. 12:07 17:21Falamos na rigidez de normas contábeis americanas, porque o conjunto de normas americanas é muito mais rigoroso do que o conjunto de normas de qualquer outro país. 19:22O custo da conformidade é da firma. Só que os seus benefícios são para diversos agentes. 13 Regulação Contábil A regulação contábil surge, justamente, como um conjunto de normas coercitivas, provenientes do Estado ou de órgãos específicos, com poderes para tanto, na intenção de definir as práticas, regras e princípios a serem seguidos nos relatórios financeiros de acordo com as normas estabelecidas por essas instituições. A normatização contábil busca encontrar uma harmonia entre os interesses dos stakeholders envolvidos em um negócio, tornando as informações pertinentes dele, claras e acessíveis para todos os níveis e tipos de investidores e interessados. Isso acontece, por exemplo, por meio da divulgação de relatórios contábeis anuais ou trimestrais, de acordo com a natureza de cada tipo de empresa. 19:55 História da Estrutura conceitual O professor Edilson faz um resumo da evolução da estrutura conceitual dos princípios e regras contábeis nos Estados Unidos. Tudo começa com a exigência feita pelo Comitê de Comércio Interestadual para que as companhias férreas fizessem a depreciação contábil dessas empresas, após uma grande crise no setor, no final do século XIX. No início do século XX é criada a SEC que repassa essas responsabilidades a outros órgãos. Em seguida, surge o APB, que é responsável pela publicação do APB4, o primeiro documento que relaciona o papel da contabilidade com a disponibilização de informações, diferentemente dos órgãos anteriores que estavam mais preocupados com os princípios da contabilidade em si. Muitos dos conceitos relacionados no ABP4, continuam em vigor até os dias de hoje. Ainda assim, o ABP4 também foi posto em xeque por questões que levaram a fraudes, fazendo com que o Senado americano criasse duas comissões: O FASB para definir quem seria o regulador das estruturas contábeis e o Wheat Commitee, encarregado por determinar os documentos norteadores e o papel da contabilidade. Sendo assim, a estrutura conceitual contábil americana é criada por vários documentos, divididos entre conjuntos de norma e “concepts”. Mais recentemente, é feita uma tentativa de convergência entre as normas americanas e internacionais, por meio do estabelecimento do IASB e das normas IFRS. 25:04 26:49 APB: O “Accounting Principles Board” foi um órgão oficial do “American Institute of Certified Public Accountants”, criado em 1959. Ele foi responsável por reger princípios da contabilidade norte-americana até 1973, quando foi substituído pelo Financial Accounting Standards Board, o FASB. PALAVRAS-CHAVE 30:00 As normas padronizadas pelas IFRS só foram adotadas em sua plenitude, no Brasil, em: EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 4 . 14 35:32 IASB: Fundada em 2001, é uma organização independente, sem fins lucrativos que promove e desenvolve a aplicação e uso das normas estabelecidas pelo IRFS, criando novos padrões internacionais para demonstrações financeiras, atendendo expectativas de diversos stakeholders e criando uma padronização das informações financeiras. PALAVRAS-CHAVE 42:34 Crise do Subprime: Desencadeada em julho de 2007, foi motivada pela queda do índice Dow Jones pela concessão de créditos imobiliários e empréstimos hipotecários de alto risco. Essa prática acabou levando diversos bancos a uma situação de insolvência, afetando bruscamente os mercados de ações do mundo todo. PALAVRAS-CHAVE História da Estrutura conceitual II A padronização de normas contábeis, no Brasil, é um tema relativamente recente. A Lei das Sociedades Anônimas, de 1976 pode ser considerada como a primeira iniciativa no sentido da busca de uma padronização. Ela interagia com outras instituições que regulavam a profissão e normas contábeis, porém, ainda por abordagens diferentes, o que chegou a gerar conflitos de normas, em determinados períodos, dificultando a execução de uma padronização. Além disso, a questão tributária também foi uma barreira para a adoção de determinadas práticas contábeis e seu desfecho. Em 2007, a Lei Nº 11.638 altera a Lei das Sociedades Anônimas, dando, de fato, início à aplicação das normas internacionais designadas pelas IFRS, ainda que de forma parcial. Novamente, a questão tributária gerou grande discussão e insegurança jurídica sobre essa adoção. A Medida Provisória 449/2009, cria o Regime Tributário de Transição para resguardar a questão tributária e é convertida em Lei, em 2009, sob o número 11.941, garantindo neutralidade tributária. A adoção plena das normas estabelecidas pelas IFRS só foi acontecer em 2010. 43:56 45:33 IBRACON: Fundado em 1971, o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil foi criado com a união de dois institutos: o Instituto dos Contadores Públicos do Brasil (ICPB) e o Instituto Brasileiro de Auditores Independentes (Ibai), para auxiliar no processo de reconstrução e na reorganização do mercado de capitais brasileiro, após a quebra da Bolsa, em 1970. PALAVRAS-CHAVE 50:40CURIOSIDADE Jornal que trata de pautas ligadas à economia, finanças e negócios brasileiros circula no país desde 2000. Atualmente, a publicação é um dos produtos do Grupo Globo e está disponível no formato tradicional de jornal, ou digital, sendo publicado de segunda a sexta-feira, semanalmente. Valor Econômico 15 AULA 1 • PARTE 3 O processo contábil O processo contábil pode ser categorizado em três fases distintas: a identificação é a primeira delas. É o processo da contabilidade, que irá classificar a que categoria o fenômeno que está sendo analisado pertence, ou seja, identificar o elemento é classificá-lo como bem, direito, obrigação, entre outros e, a partir disso, como ativo ou passivo, e assim por diante. A mensuração é a segunda fase do processo e se preocupa em atribuir aos fenômenos contábeis valores monetários aos componentes patrimoniais. A terceira fase é a evidenciação, que consiste em divulgar aos stakeholders e demais interessados, o fenômeno contábil que já foi reconhecido e mensurado por meio de demonstrações, relatórios, balanços e outros documentos. O professor Edilson destaca que a contabilidade tem de ser encarada como uma atividade crítica e não dicotômica. Embora existam normas e regras a serem seguidas, precisamos entender que também temos o papel do contador nessa relação, com sua capacidade crítica sobre as atividades econômicas. A partir dela, é que se criam as informações específicas para termos critérios mais claros para tomarmos decisões. Em outras palavras, não existem apenas fórmulas prontas ou padrões exatos dentro da contabilidade. É preciso que haja a interpretação e capacidade técnica de avaliar as informações contábeis respaldadas pelas normas estabelecidas. 00:25 02:07O fato econômico vai para o balanço, para uma demonstração de resultado, para um fluxo de caixa. 05:12A norma de reconhecimento atual, não permite o reconhecimento de um desenvolvimento de um ativo intangível, salvo, algumas exceções. 07:44Toda a discussão que o IFRS, IASB, FASB traz sobre mudanças de emissões de normas contábeis, é muito, fortemente respaldado em pesquisas. 09:22 GAAP: Acrônimo da língua inglesa para “Generally Accepted Accounting Principles”, podendo ser traduzido por Princípios Contábeis Geralmente Aceitos. É o conjunto de leis e normas seguidas, em se tratando de contabilidade, de um país, no sentido de padronizar as operações dessa organização. PALAVRAS-CHAVE 10:36 AAA: A “American Accounting Association” foi fundada em 1916 e é formada por um grupo voluntário de participantes que promove educação, pesquisas e aplicação de práticas relacionadas a contabilidade nos Estados Unidos, oferecendo diversos programas de associação. PALAVRAS-CHAVE 16 15:25A norma contábil aplicada a essa atividade não retrata a realidade econômica. 18:39 Nem todo o lucro é caixa, como nem todo o caixa que eu recebo é lucro. Conjuntos normativos O professor Edilson apresenta quais são os conjuntos que compreendem a Europa, os Estados Unidos e o Brasil. Começando pelo velho continente temos a Comissão Europeia, que determina e respalda as normas internacionais de IRFS, porém, existem outras entidades como a “European Financial Reporting Advisory Group”, a “Accounting Resources Centre” e os comitês nacionais de cada país. Nos Estados Unidos a complexidade também é grande. Existem normas para o setor privado, para a união e para governos estaduais e municipais. O professor ressalta que existem diferenças entre o FASB e o GASB, sendo que o primeiro atua para o setor privado e o segundo para o setor público, incluindo as esferas estadual e municipal. No Brasil, o Conselho Federal de Contabilidade criou o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que tem papel fundamental no processo de normatização da contabilidade nacional atuando como representante dos interesses de diversas entidades, para as quais, essas normas são fundamentais. Ainda assim, o CPC não pode emitir normas pois a Constituição Brasileira impede que entidades públicas deleguem para terceiros, atribuições que lhes são garantidas por lei. Sendo assim, a solução encontrada para legitimar as normas contábeis brasileiras foi a inserção formal dos pronunciamentos do CPC nas elaborações das mesmas, porém, com a avalização de todas as outras entidades envolvidas como: IBRACON, ABRASCA, B3, APIMEC, BACEN, CVM, SUSEP, SRF e FIPECAFI. 20:24 Conjuntos normativos II Não existe apenas um conjunto de normas IFRS que abranja todos os tipos de empresa no mundo, tampouco no Brasil. Existem dois padrões distintos de normas IFRS, um para empresas que negociam suas ações e debêntures publicamente e outro para aquelas que não o fazem, que são consideradas como pequenas e médias empresas. É importante ressaltar aqui, que as consideradas pequenas e médias empresas não são caracterizadas pela sua quantidade de funcionários ou capacidade de faturamento e sim, justamente, por não serem empresas de capital aberto, o que torna, para elas, de certa forma, a normatização um pouco mais simplificada, especialmente em termos de evidenciação. No Brasil, também temos a Lei das SA’s, determina que sociedades de grande porte, aquelas que faturam acima de R$ 300 milhões anuais ou possuem patrimônio líquido acima de R$ 240 milhões são obrigadas a utilizar os padrões completos da norma IFRS, mesmo não sendo sociedades anônimas. Ao mesmo passo também temos a ITG1000, uma forma de contabilidade ainda mais simplificada para micro e empresas de pequeno porte, em termos de faturamento, incluindo as sociedades empresárias, as sociedades simples e as empresas individuais de responsabilidade limitada. As empresas que trabalham dentro de atividades reguladas também têm outro conjunto normativo, como companhias elétricas, de saneamento e outras atividades. Elas trabalham com um conjunto de normas para fins societários e outro para fins regulatórios, das próprias agências que as regulam. 31:11 17 33:10Um dos preceitos para a adoção de uma norma é que o seu custo não seja superior ao seu benefício. 42:55 A norma americana contábil é muito mais complexa do que a IFRS. Estrutura conceitual O professor Edilson apresenta a estrutura conceitual aplicada nos relatórios financeiros pelo padrão IFRS, o mesmo do CPC, no Brasil. A finalidade da estrutura conceitual é auxiliar no desenvolvimento de conceitos consistentes para criar bases sólidas para a elaboração de normas contábeis, definindo com clareza a terminologia e suas definições. Além disso, ela assessora os responsáveis pela elaboração de relatórios financeiros a desenvolver políticas contábeis quando nenhum pronunciamento se aplica a determinada transação ou evento ou ainda quando o pronunciamento permite a escolha de uma política contábil, assim como, ajudar todas as partes envolvidas a compreender corretamente e interpretar esses pronunciamentos. A estrutura conceitual não é uma norma, assim como não substitui qualquer padrão ou requisito. Ela apenas fornece conceitos e orientações que sustentam as decisões tomadas pelos órgãos responsáveis, como nesse caso, o IASB. Sendo assim, entre uma norma específica do IFRS e o que está escrito na estrutura conceitual, a norma específica deve ser seguida. 44:00 46:30 Fair Value: De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 46 a definição de Valor Justo é: “o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data da mensuração”. Ou seja, uma avaliação baseada no mercado e não em critérios definidos pela entidade. PALAVRAS-CHAVE 54:29 Quando uma norma não demonstra realidade econômica, quando ela prejudica a informação contábil, eu posso abrir mão da utilização da norma contábil. 18 AULA 2 • PARTE 1 Estrutura conceitual II O professor Edilsonexplora a estrutura conceitual da contabilidade, começando pelos objetivos do relatório financeiro. O principal deles é fornecer informações financeiras úteis, que auxiliem os stakeholders, em suas tomadas de decisão, em termos de fornecimento de recursos para a entidade em questão. Entre as decisões mais comuns, podemos relacionar: a compra, venda ou manutenção de instrumentos de patrimônio e dívida; a concessão ou liquidação de empréstimos ou outras formas de crédito e exercer seus direitos de participação com a intenção de influenciar os atos da administração no que tange os recursos econômicos da entidade. Logo, para que os stakeholders possam avaliar as perspectivas de entradas líquidas de caixa futuro e compreenderem com mais clareza como estão sendo administrados os recursos econômicos dessa entidade, eles precisam receber informações que demonstrem os recursos econômicos e as obrigações contra ela e entender como eles estão sendo geridos, para que, assim, eles possam avaliar a eficiência e eficácia da administração dela. 01:11 02:43 Instrumento de patrimônio é aquele que te dá direito sobre o patrimônio, sobre o interesse residual, sobre a empresa. Estrutura conceitual III Em seguida, passamos a tratar das características qualitativas das informações apresentadas nos relatórios. Ou seja, quais são os principais atributos que definem as informações de um relatório contábil como sendo úteis. A relevância e a confiabilidade do que elas representam são atributos basais de informações que podem ser consideradas úteis. A qualidade da relevância está diretamente ligada a capacidade de determinada informação fornece para facilitar tomadas de decisão dos stakeholders, sejam elas gerenciais ou mesmo operacionais. As informações financeiras úteis têm consigo duas peculiaridades: elas tem valores preditivos e confirmatórios. Esses valores são importantes para que tais informações compreendam, de fato, dados relevantes. A representação fidedigna das informações diz respeito a demonstração adequada e factual das transações e outros eventos reportados em um relatório financeiro. Para tanto, as informações precisam ser completas, abarcando toda a realidade financeira da empresa, imparcial e isenta de erros. 06:00 07:20As características fundamentais da informação são a relevância e a representação fidedigna. 08:50Uma informação relevante é aquela que é capaz de fazer a diferença. 19 12:27 A informação contábil não tem impacto, imediatamente. Mas, ela também pode ser utilizada para me ajudar a fazer certas previsões futuras.15:06 Exposure Draft: Documento publicado pelo FASB para solicitar comentários públicos sobre um novo padrão de contabilidade proposto. Os interessados são convidados a ler e discutir o documento e a expressar suas opiniões sobre seu conteúdo, a fim de minimizar quaisquer consequências não intencionais antes que o que está sendo recomendado se transforme em lei. PALAVRAS-CHAVE Estrutura conceitual IV Existem outras características qualitativas de melhoria que são capazes de potencializar a qualidade das informações presentes nos relatórios contábeis, entre elas: 1) Comparabilidade - por meio dela, os stakeholders conseguem identificar e compreender semelhanças e diferenças entre o desempenho e os resultados de suas organizações ao longo do tempo. Com base nesses dados, eles também podem comparar sua organização com outras do mesmo ramo, tendo uma melhor percepção de como sua empresa está sendo gerida em relação a outras. 2) Verificabilidade - garante aos stakeholders que as informações apresentadas representam, de forma fidedigna, os eventos e fenômenos descritos nos relatórios. Ou seja, por meio dela, todos os interessados nas informações descritas podem chegar a um mesmo consenso. 3) Tempestividade - é a capacidade de disponibilizar as informações aos stakeholders a tempo de serem responsáveis por influenciar suas decisões. Muitas dessas informações também podem ser importantes, mesmo após o final do período de um relatório, uma vez que elas servem de base para avaliar tendências. 4) Compreensibilidade - As informações disponibilizadas precisam ser claras, concisas e compreensíveis. A terminologia ainda é uma barreira dentro desse conceito. Ainda que seja necessário um nível avançado de conhecimento para analisar uma demonstração contábil, elas podem fornecer informações mais acessíveis para aqueles que não dominam o tema. 19:22 20:42A comparabilidade serve, exatamente, para ter esse parâmetro para que eu possa avaliar desempenhos. 23:17A verificação ajuda a garantir aos usuários que as informações representam fidedignamente os fenômenos. 25:00 Quando falamos em características qualitativas de melhoria é preciso que tenhamos em mente que: EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 2 . 20 31:21Temos que buscar a neutralidade dentro da informação contábil. 28:17 Para fazer uma análise das demonstrações contábeis, a pessoa tem que ter um nível mínimo de conhecimento sobre aqueles relatórios. AULA 2 • PARTE 2 Estrutura conceitual V As demonstrações contábeis são elaboradas com base na suposição de que a empresa está em funcionamento e continuará em operação no futuro, ainda que ela, não necessariamente, seja uma entidade legal. Além disso, por questões obrigatórias ou voluntárias, as entidades podem divulgar as demonstrações contábeis de forma individual ou consolidada, no caso de grupo de entidades e empresas. Normalmente as demonstrações contábeis são reportadas anualmente, porém, algumas empresas, dependendo da natureza de suas atividades, precisam fazê-las trimestralmente para os órgãos e entidades reguladoras. Dentro do ambiente da organização essas demonstrações podem ser feitas até mensalmente, criando uma rotina de gestão mais precisa em termos de análise de indicadores. O CPC determina que sejam divulgadas, no mínimo, duas demonstrações da posição financeira, que compreende o balanço patrimonial e duas demonstrações de resultado. 00:25 CURIOSIDADE Criada em 1976, a Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia vinculada ao Ministério da Economia do Brasil e tem o poder de organizar o funcionamento das operações das bolsas de valores, assim como normatizar e fiscalizar os integrantes que participam do mercado de valores mobiliários nacional. CVM 03:38 06:54Todas as informações contidas nas demonstrações financeiras apresentadas pela companhia são aquelas consideradas relevantes. 21 Estrutura conceitual VI Os relatórios financeiros vão compreender as demonstrações consolidadas, as não consolidadas e as combinadas. Todas elas fornecem informações que abrangem ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas. O que as diferencia é, justamente, a entidade que é reportada. Enquanto as demonstrações consolidadas prestam informações da controladora e de suas subsidiárias como sendo uma única entidade, as não consolidadas reportam apenas as informações da empresa controladora ou de uma de suas subsidiárias, exclusivamente. Ou seja, ela não contextualiza o grupo que reúne todas as empresas. Por sua vez, a demonstrações combinadas fornecem informações de duas ou mais entidades que não estão vinculadas por uma relação matriz-subsidiária, que englobam sociedades sob controle comum. As técnicas de evidenciação, mensuração e reconhecimento são semelhantes as de uma demonstração consolidadas. No Brasil, como existe a necessidade de se publicar tanto demonstrações consolidadas, quanto individuais, o CPC adotou as normas IFRS para ambas. 07:36 11:17Quando vou fazer uma análise das demonstrações para fins de investimento, análise de crédito, seja o que for, eu sempre vou fazer pela demonstração consolidada. 12:58 Lei Nº 11.638: Publicada em dezembro de 2007, altera e revoga dispositivos da Lei no6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. PALAVRAS-CHAVE 15:32 As ‘IFRS’s’ são pensadas e emitidas sobre a lógica de demonstração consolidada. 16:00 As demonstrações contábeis são elaboradas com base na suposição de que a entidade que reporta está em continuidade operacional e continuará em operação no futuro previsível. Essa proposição está diretamente relacionada a: EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 2 . 22 Estrutura conceitual VII As demonstrações contábeis são elaboradas com base na suposição de que a entidade que reporta está em continuidade operacional e continuará em operação no futuro previsível. Logo, assume-se que a entidade em questão não tem a intenção ou a necessidade de entrar em liquidação ou deixar de negociar. Caso essas necessidades existam, as demonstrações contábeis podem ter que ser elaboradas em base diferente. O professor Edilson usa cenários distintos da continuidade de uma empresa para ilustrar como suas demonstrações contábeis devem ser realizadas a partir de cada situação, considerando suas bases de preparação e o que precisa ser evidenciado em cada demonstração de acordo com as indicações do IASB. Tanto no cenário mais favorável, onde não há dúvidas sobre a continuidade, quanto nos cenários onde existem dúvidas significativas sobre a continuidade, mas, existem ações que mitigam essa incerteza e elas não são materiais, ainda que não existam julgamentos significativos e, também, naquele onde existem incertezas materiais mesmo após ações de mitigação, se usa a premissa da continuidade e as normas IFRS com base de preparação. Porém, as incertezas materiais tem que ser evidenciadas e utilizados julgamentos significativos sobre eles, conforme eles se depreciam. Quando há a necessidade de liquidar ou deixar de negociar, a continuidade operacional deixa de ser o parâmetro e, passa-se a buscar modelos alternativos e normas específicas para a liquidação. 17:47 18:14As normas contábeis são preparadas e emitidas pensando na continuidade da empresa. 25:05 Disclosure: Na contabilidade, o anglicismo é utilizado para expressar divulgação de informações financeiras, ou seja, o processo de fornecer acesso público a informações de uma empresa na qualidade de tornar esses dados transparentes a todos os interessados. PALAVRAS-CHAVE 23 AULA 2 • PARTE 3 Estrutura conceitual VIII Entre os elementos das demonstrações contábeis temos o ativo. Esse conceito vem sendo alterado, com o passar do tempo, para simplificar seu contexto e melhor atender as concepções do conjunto normativo atual. Segundo a estrutura conceitual mais recente, o ativo é um recurso econômico presente, controlado pela entidade e tem como resultado eventos passados. Isso não quer dizer que os relatórios contábeis se referem só ao passado, pois, tudo que está no ativo de um balanço patrimonial de uma empresa é, na verdade, um potencial gerador de benefício econômico futuro. Já, o passivo é, justamente, o contraponto do ativo. Ele é uma obrigação presente de uma entidade, de transferir um determinado recurso econômico como resultado de eventos passados. Ou seja, uma dívida. Essa obrigação não pode ser evitada. 00:47 02:27 Quando pensamos: ‘esse negócio aqui é um ativo?’. Primeira coisa que eu tenho que pensar: ’ele tem potencial de geração de fluxo de caixa?’. Aí, ele é um ativo. 06:42 Os ativos de capital intelectual não são mensurados nas demonstrações contábeis. 08:36 Olhar balanço é olhar futuro. Apesar de ser baseado, montado em itens e fatos que ocorreram no passado. 12:01Eu só posso reconhecer o passivo a partir de um evento que já aconteceu. Estrutura conceitual IX O patrimônio líquido é a participação residual nos ativos de uma entidade após realizada a dedução de todos os seus passivos. Ou seja, ele é o que resta ao proprietário de uma organização após a liquidação de todos o ativo e do pagamento de todo o passivo. A receita, pela definição das normas IRFS é o aumento nos ativos ou a redução dos passivos que concretizam o aumento do patrimônio líquido, com exceção aqueles referentes a contribuições de detentores de direito sobre o patrimônio, isto é, quando um investidor faz aportes de capital na organização. Por fim, a despesa é o contraponto da receita. Ou seja, o aumento do passivo ou a redução dos ativos, com exceção aqueles referentes a distribuições aos detentores de direitos sobre o patrimônio. 12:29 16:00 Os recursos econômicos presentes controlados por uma entidade como resultado de eventos passados são denominados de: EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 4 . 24 AULA 2 • PARTE 4 Estrutura conceitual X O processo de reconhecimento é uma questão de julgamento contábil. O reconhecimento é a captação para inclusão de itens que atendem as definições de ativo, passivo, patrimônio líquido, despesa ou receita. Sendo que, os três primeiros devem ser reconhecidos no balanço patrimonial, e os itens que são receitas e despesas devem ser reconhecidos nas demonstrações do resultado ou resultado abrangente. Ainda assim, nem todos os itens que atendem às definições desses elementos são reconhecidos. Eles precisam atender a alguns critérios para serem relacionados nas demonstrações incluindo: a relevância e a representação fidedigna das informações sobre os ativos, passivos e sobre quaisquer receitas, despesas ou mutações de patrimônio líquido resultantes. No que tange relevância, nem sempre essas informações fornecem dados relevantes e, quando isso acontece pode ser o resultado de dois fatores: a incerteza se existe um ativo ou passivo e se sua probabilidade de entrada ou saída de benefícios econômicos é baixa. Já, no que tange representação fidedigna, o item pode ser afetado pelo nível de incerteza na mensuração, pelo reconhecimento inconsistente e pela apresentação e divulgação de informações do mesmo. 00:25 04:57 Esse processo de reconhecimento é importante porque ele afeta, exatamente, o ‘report’. 09:26 Eu não tenho certeza se isso, realmente, vai gerar benefício econômico futuro, então, não consigo ativar, reconhecer como um ativo intangível. Estrutura conceitual XI O processo de desreconhecimento refere-se a retirada parcial ou total de ativo ou passivo reconhecido do balanço patrimonial de uma entidade em seu balanço. Esse processo ocorre quando os itens em questão, não atendem mais as definições de ativo ou passivo. O desreconhecimento de uma ativo, acontece, normalmente quando a entidade perde o controle do mesmo, seja de maneira parcial ou total. Já, para o passivo, o desreconhecimento ocorre quando a entidade não possui mais uma obrigação presente pela totalidade ou parte do passivo reconhecido. 11:37 12:31 Ativo Imobilizado: É um bem tangível que é utilizado para a produção de bens e/ou serviços, aluguel de terceiros, ou ainda, para fins administrativos da entidade que o possui e será utilizado por mais de um período contábil. Entre exemplos de ativos imobilizados temos: terrenos, edifícios, máquinas, equipamentos e instalações industriais, veículos, móveis, entre outros. PALAVRAS-CHAVE 15:15 Anistia tributária: É uma das possibilidades de exclusão do crédito tributário, impedindo sua formalização e evitando que ele se constitua. É o perdão da infração tributária cometida antes da vigência da lei que a concede. PALAVRAS-CHAVE 25 Estrutura conceitual XII A mensuração é o processo que trata de valor. Os elementos reconhecidos nas demonstrações contábeis são quantificados monetariamente e isso exige uma base de mensuração. Ao aplicarmos essas bases de mensuração a um ativo ou passivo, criamos uma forma de metrificá-los,assim como também, para as receitas e despesas. A base de mensuração mais conhecida é o custo histórico. Essa base fornece informações monetárias do preço da transação ou outro evento que deu origem a ele. Quando criado, o custo de um ativo é o valor dos custos incorridos na aquisição do ativo, incluindo a contraprestação paga para criá-lo, mais os custos da transação. Já o custo histórico de passivo, quando assumido é o valor da contraprestação recebida para incorrer o passivo, menos os custos da transação. Outra base de mensuração é o valor justo. Ele consiste no preço que seria recebido pela venda de um ativo ou, que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação ordenada entre participantes do mercado na data da mensuração. 15:47 16:32 Preço e valor não são as mesmas coisas, o tempo todo. 20:34 O valor pago pode ser uma boa base de mensuração, porque o valor pago é um valor histórico. CURIOSIDADE É considerado um dos grandes teóricos e críticos da contabilidade moderna. Ele foi o primeiro estrangeiro a ser incluído no hall da fama da American Accounting Association, em reconhecimento as suas contribuições e teorias descritas em mais de trezentos artigos e dez livros publicados ao longo de sua carreira. Raymond John Chambers 28:21 32:00 Qual das opções abaixo relacionadas não indica uma base de mensuração que expressa valores de saída? EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 3 . 26 35:51 Hedge: Conhecida também como “cobertura”, é uma estratégia de investimentos utilizada para proteger o valor de um ativo ou passivo contra a possibilidade de variações futuras. É quase como um seguro para o preço, o que ajuda a limitar riscos, oferecendo mais previsibilidade para o investidor. PALAVRAS-CHAVE Estrutura conceitual XIII Existem ainda outras bases de mensuração, como o valor em uso e o valor de cumprimento. Essas bases se contrapõem, justamente, pela primeira lidar com ativos e a segunda com passivos. Enquanto o valor de uso é aquele que representa o valor presente dos fluxos de caixa, ou demais benefícios econômicos, que a entidade prevê obter o do uso de um ativo e de sua alienação final, o valor de cumprimento é aquele que a entidade espera ser obrigada a transferir para cumprir com a obrigação. O custo corrente também é outra base de mensuração bastante utilizada para fins de contabilidade gerencial. Assim como o custo histórico, ele representa o valor de entrada. Ou seja, reflete preços no mercado em que a entidade adquiriu o ativo ou incorreu no passivo. Porém, diferentemente do custo histórico, o custo corrente reflete condições na data de mensuração. Por fim, o professor Edilson faz algumas considerações em relação a critérios que devemos considerar para escolher as bases de mensuração mais adequadas. 36:22 41:57 Se eu estou falando de um ativo imobilizado, a variabilidade dele é totalmente diferente de um instrumento financeiro de produzir fluxos de caixa. 45:21 Em alguns casos, o nível de incerteza é tão alto que as informações fornecidas pela base de mensuração podem não fornecer representações suficientemente fidedigna. 27 AULA 2 • PARTE 5 Estrutura conceitual XIV O professor Edilson apresenta com as bases de mensuração refletem sobre a questão do lucro em três cenários distintos. O primeiro cenário demonstra como a mensuração é feita pelo custo de aquisição. Aqui, o ativo é avaliado pelo seu custo histórico e o ganho somente será reconhecido quando houve a venda desses ativos. O segundo cenário demonstra a mensuração a valor justo com ganhos e perdas não realizadas no resultado. O ativo é sempre avaliado pelo seu valor justo, porém, o ganho não realizado será apenas reconhecido no resultado do exercício, quando da variação do valor justo desse ativo. Já o terceiro apresenta a mensuração a valor justo com ganhos e perdas não realizadas em outros resultados abrangentes. Aqui, o ativo também é avaliado pelo seu valor justo, entretanto, o ganho não realizado será reconhecido em outros resultados abrangentes, quando da variação do valor justo desse ativo e não na demonstração de resultado do exercício. 00:25 04:24 Quando falamos ganho e perda não realizada é porque ele ainda não virou ‘cash’, não virou dinheiro. 08:35 A questão de reconhecimento de valor justo ou custo histórico, por exemplo, é uma questão de temporalidade. Estrutura conceitual XV A apresentação e evidenciação de demonstrações contábeis acontece quando há a comunicação efetiva das informações mais relevantes e que contribuem para uma representação fidedigna dos ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas de uma entidade. A demonstração de resultado do exercício é a fonte principal de divulgação do desempenho financeiro da entidade para o período do relatório. Diferentemente do balanço patrimonial que retrata uma amostragem de ativos e passivos, a DRE mostra o fluxo, a movimentação realizada nesse período, das receitas e despesas. O professor apresenta também o conceito de Demonstração de Resultados Abrangentes, que é utilizado quando se tem como base de mensuração o valor justo, conforme as normas IRFS. 13:53 15:00 Quais dos elementos das demonstrações contábeis, segundo a estrutura conceitual, estão diretamente ligados com a mensuração de desempenho? EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 2 . 28 Estrutura conceitual XVI Os conceitos de capital e manutenção de capital são importantes para a questão da gestão de uma entidade. Quando abordamos o conceito de capital sobre a visão financeira, ele é sinônimo de ativos ou patrimônio líquido da entidade. Já, quando o abordamos sobre a visão física, o capital é considerado a capacidade produtiva dessa entidade. Já ao abordarmos a manutenção do capital financeiro, estamos falando sobre a apuração do lucro auferindo o ativo líquido final subtraído do ativo líquido inicial e de quaisquer outras distribuições para e, contribuições de sócios durante um determinado período. Enquanto isso, a manutenção do capital físico vai demonstrar o lucro a partir da capacidade operacional dessa entidade, sendo ele a capacidade física final subtraída da capacidade física inicial. 17:05 19:46 O conceito de manutenção de capital físico é diferente do conceito de manutenção de capital financeiro. Estrutura conceitual do FASB Em linhas gerais, a estrutura conceitual que define os fundamentos para a produção de relatórios financeiros e contábeis do FASB (Financial Accounting Standards Board) é muito semelhante à do IASB (International Accounting Standards Board). Isso se dá, em grande medida, pelo processo de convergência que já existe entre as duas instituições no sentido de unificar essas normas. O professor Edilson destaca que para as normas estabelecidas pelo FASB o conceito de continuidade operacional também é muito representativo, afetando todo o processo de reconhecimento, mensuração e evidenciação. O custo também continua sendo um critério de restrição pelas normas do FASB, assim como na norma do IASB. Ao mesmo passo que, os provedores de capital continuam sendo os principais usuários das informações contábeis fornecidas pelos relatórios e demonstrativos elaborados sobre essas normas. Novamente, o professor Edilson destaca a importância dos critérios de compreensibilidade e tempestividade como sendo fundamentais para agregar valor a qualidade das informações produzidas nesses demonstrativos e como elas afetam a tomada de decisão nas entidades. 22:41 27:27A estrutura conceitual americana é baseada em documentos. 34:42Essa informação, para ser relevante, tem que ter um caráter preditivo e, também, um valor confirmatório. 29 Perspectivas futuras Edilson acredita que para estabelecermos tendências futuras sobre a contabilidade é muitoimportante que consigamos olhar para o passado e entender o quanto o tema evolui e convergiu em termos de regras e normas nas últimas décadas. O professor acredita que uma das tendências é que o IASB será cada vez mais atuante nos mercados e próximo a seus reguladores, buscando através de sua representação em mais países, uma questão de legitimidade de seus atos e normas. Ao mesmo passo, o professor alerta para o fato de o IASB tocar em pontos muitos específicos, tornando-se um padrão muito complicado e tendo sua compreensão comprometida pela profundidade dos temas e normas de controle por ele estabelecidas. Edilson também destaca a ascensão e das práticas ESG. Elas que visam medir a sustentabilidade de uma organização sob esses critérios ambientais, sociais e de governança, no sentido de minimizar seus impactos e ter escolhas mais justas e responsáveis. Existe uma necessidade de se definir como elas serão relatadas e absorvidas pelas demonstrações, assim como, a maneira a qual elas sofrerão auditoria. Isso irá influenciar nas práticas contábeis como as conhecemos hoje. A informação contábil continuará sendo a premissa básica para muitas tomadas de decisão, sendo assim, sua educação não exclusiva a profissionais da área, será importante. 39:52 46:13 O IASB também começou a abrir mais o seu ‘board’. Ele busca representatividade em todos os países. 56:13 Senso crítico só é obtido através de educação. 30 AULA 3 • PARTE 1 Objeto da contabilidade Uma das conceituações mais clássicas da contabilidade a define como sendo a ciência que investiga e controla o patrimônio das entidades, tanto por meio da classificação de seus elementos segundo suas naturezas e fins, como da observação, evidenciação e análise dos fenômenos relacionados esse patrimônio, explicando suas causas e efeitos dentro das atividades desenvolvidas por uma entidade. Sua principal finalidade é a mensuração do patrimônio de uma entidade e a variação dessa grandeza, ao longo do tempo. O que permite com que o resultado de uma empresa/organização possa ser metrificado em um período de tempo estabelecido. Existem, também, outras visões do conceito da contabilidade, que a atrelam a um sistema composto por recursos humanos e materiais, que interagem para registrar fatos contábeis, gerando informações úteis, para que usuários e stakeholders possam tomar decisões a partir delas. 02:13 03:19A contabilidade tem como finalidade primordial a mensuração do patrimônio da entidade, bem como a variação dessa grandeza no tempo. História da contabilidade O professor Marcelo faz um apanhando histórico para apresentar um pouco da trajetória que envolve o desenvolvimento da contabilidade, suas práticas e técnicas ao longo do tempo. Segundo o professor, os primeiros vestígios de atividades contábeis datam de 8000 a.C., na Mesopotâmia. Eram fichas de barro que representavam os ativos patrimoniais e auxiliavam o controle e mensuração de propriedades e ativos. É por meio dessa técnica que se originam os conceitos de débito e crédito relativos a recursos e sua gestão. A criação da primeira moeda, no século VII a.C, também tem um papel importante para guiar novos rumos da contabilidade. Ela cria um instrumento de conversão de riquezas, possibilitando o desenvolvimento da economia e do comércio utilizando um sistema distinto do escambo. No Império Romano, a contabilidade já era mais desenvolvida, justamente pela proporção territorial e a necessidade de organizar os recursos entre todos os povos que o compunham. É do Império Romano que surgiram conceitos utilizados até hoje, como o Codex Rationum, que se equivale a um Livro Razão. 05:29 CURIOSIDADE Conjunto de leis criadas pelo sexto rei da Suméria, Hamurabi, no século XVIII a. C., na Mesopotâmia. Era um código baseado na lei do Talião, que previa fortes retaliações para crimes praticados e de suas penas. Eram 282 leis que determinavam normas e penalidades para os cidadãos do reino. Código de Hamurabi 09:34 31 História da contabilidade II Na Idade Média ocidental, um dos primeiros marcos da contabilidade é a publicação da obra ‘Liber Abaci’, de Leonardo Fibonacci. É por meio dela que se introduzem os algarismos hindu-arábicos, no mundo ocidental, substituindo os romanos. Essas práticas e metodologias só se tornaram mais populares a partir da invenção da imprensa, quando foram divulgadas com mais abrangência, a partir de 1450. Ainda no mesmo período, outro italiano, Luca Pacioli publica, em 1494, “Summa de arithmetica, geometria, Proportioni et proportionalita”. Nele, entre muitas outras práticas e ensinamentos, foi desenvolvido o “método das partidas dobradas”, que se tornou um sistema padronizado por empresas e organizações para registrar suas transações financeiras. A Itália, por sua grande atividade comercial e mercantil, na época, pode ser considerada o berço das ciências contábeis no ocidente, criando e desenvolvendo importantes sistemas e métodos que serviram como base para a contabilidade moderna. A obra de Pacioli também estimulou o desenvolvimento da Escola Italiana de Contabilidade, que foi responsável pela criação de diversas correntes que exploravam teorias e pensamentos contábeis distintos. 12:42 CURIOSIDADE É reconhecido como um dos mais talentosos matemáticos do período medieval. Foi o responsável pela autoria de ‘Liber Abaci’, de 1202, onde apresentou os algarismos arábicos ao velho continente, destacando a importância da prática de um sistema numeral aplicado a contabilidade comercial, assim como a conversão de medidas e pesos. Leonardo Fibonacci 12:56 17:02 Assim nasceu a escola italiana de contabilidade, que predominou no cenário contábil até o início do século XX. 32 História da contabilidade III A Escola Italiana foi muito relevante para que outras visões e propostas em termos de contabilidade se desenvolvessem em países onde as economias estavam em franca ascensão. No início do século XX, os Estados Unidos passaram a desenvolver tanto sua indústria como o comércio de maneira significativa, o que levou a criação de novas teorias, práticas e iniciativas que passaram a ser mais utilizadas nos mercados, colocando fim a tradição italiana, modernizando modelos contábeis e criando as primeiras instruções normativas contábeis. Elas se tornaram ainda mais relevantes após a Grande Depressão, com a criação da SEC (Securities and Exchange Commission), que se tornou o órgão regulador do mercado de capitais, fazendo com que a contabilidade passasse, também, a responder mais aos interesses de usuários externos das informações contábeis. Esse aumento das práticas de normatização contábeis decorre da presença mais constante do Estado e em sua atuação como legislador e fiscalizador de diversos mercados para editar normas, não apenas, mas também, na área contábil. Com o advento da economia americana surgem as GAAP (Generally Accepted Accounting Principles) e as mesmas passam a ser adotadas como um padrão internacional, uma vez que o maior mercado de ações e as grandes companhias eram, em grande medida, de origem norte-americana. 19:02 21:40Com os trabalhos desenvolvidos na Universidade de São Paulo, foi feito um esforço muito grande para modernizar as práticas contábeis, no Brasil. 24:14A falta de qualidade na produção da informação contábil foi uma das causadoras, em última instância, da Segunda Guerra Mundial. 26:20Começou a surgir um movimento forte no sentido da regulação, da normatização como algo necessário para proteger a sociedade, a economia. 33 História da contabilidade IV Em 1973 é criado o FASB (Financial Accounting Standards Board, que é o responsável pela elaboração e estabelecimento das normas de contabilidade e reporte financeiro, nos Estados Unidos. No mesmo ano, surge o IASC (International Accounting Standards Committee), a partir de um acordo firmado entreAustrália, Canadá, França, Alemanha, Japão, México, Países Baixos, Reino Unido e, também, os Estados Unidos. A proposta do IASC era se tornar um organismo internacional que fosse responsável pela orientação da produção e padronização de normas contábeis para todos os países que nele estavam inclusos, atualmente, são mais de 160. Em 2001 é criado o IASB (International Accounting Standards Board) e é esse conselho que assume a responsabilidade técnica que fora do IASC anteriormente. A busca por essa padronização internacional tem como principal objetivo melhorar a qualidade das informações financeiras apresentadas em seus diversos relatórios, no sentido de promover um conteúdo mais claro e inteligível para seus interessados. As normas IFRS são as criadas e divulgadas após a criação do IASB e elas, gradativamente, substituem as IAS, que foram aquelas estabelecidas e divulgadas sob a gestão do IASC. No Brasil, a criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis data de 2005 e em 2008 ele passa a adotar as normas contábeis padronizadas pelo IASB. 29:24 33:59 Nós já temos 166 países que adotam IFRS em algum nível. 35:00 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO Entre as demandas da contabilidade moderna podemos destacar como a principal delas: R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 3 . 34 AULA 3 • PARTE 2 Fontes das normas contábeis O professor Marcelo categoriza as normas contábeis vigentes no Brasil em dois grupos distintos: 1) Normas Contábeis Legais - São aquelas criadas por agentes legitimados para emitir leis no país, como o Congresso Nacional, a Presidência da República e demais agentes reguladores, como o Banco Central ou a CVM, por exemplo. Isso as torna obrigatórias a todos os cidadãos e empresas estabelecidas no país. As normas contábeis legais podem ser divididas em três grupos: comerciais - onde se destacam a Lei Nº 6.404/76 e o Código Civil, nos artigos 1.179 e seguintes, mais por seu valor jurídico do que contábil; Tributárias - são as normas que regem o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, ambos tributos incidentes sobre o lucro; Regulatórias - são as normas editadas por agentes reguladores legitimados pelo Congresso Nacional para tanto, como a CVM no caso do mercado de capitais, a ANEEL no mercado de energia e assim sucessivamente. 2) Normas profissionais ou técnicas - São aquelas elaboradas por entidades da área de contabilidade e contadores que editam normas oriundas de seus conhecimentos técnicos, como por exemplo o IASB, que atua internacionalmente e o CPC, no Brasil, que as comunica e faz com que órgão reguladores as adotem de maneira integral ou parcial. 00:25 01:58Nós poderíamos dizer que a principal norma de natureza comercial, no Brasil, que contém normas contábeis é a Lei Nº6.404/76. 02:28Infelizmente, há poucos dispositivos contábeis no Código Civil e eles já nasceram totalmente desatualizados. 05:00Não posso deixar de referir a Secretaria do Tesouro Nacional como o principal órgão regulador da contabilidade pública, no Brasil. 08:30Nós temos que saber, exatamente, qual é a norma aplicável de acordo com a lei. Porque ela pode ter impacto em interesses econômicos das partes. 35 Normas contábeis brasileiras O professor Marcelo demonstra as principais leis e normas contábeis adotadas no Brasil e seus respectivos papéis na regulamentação e normatização de processos da área. Ele traz, brevemente, as regras contábeis presentes no Código Civil, a título de curiosidade. Em seguida, Marcelo aborda a Lei Nº 6.404/76, especificamente no capítulo XV, que trata do exercício social, demonstrações financeiras e da adoção de critérios consonantes aos padrões internacionais de contabilidade. Inspirada em leis norte-americanas ela é um dos marcos evolutivos da contabilidade nacional. Marcelo também apresenta as normas emitidas pelo CPC, esclarecendo as diferenças entre o uso integral (CPC Integral) das normas IFRS para sociedades de grande porte, a possibilidade de adoção de normas parciais para empresas de pequeno e médio porte, conhecida como CPC PME e também a ITG1000, resolução do CFC que dispõe um modelo contábil para micro e empresas de pequeno porte. Além disso, ele apresenta os principais documentos emitidos pelo CPC, entre eles: pronunciamentos técnicos, interpretações, orientações e revisões. 08:50 CURIOSIDADE Jurista, político, filósofo e poeta brasileiro foi Secretário de Justiça do Estado de São Paulo e Reitor da USP. Reale foi um dos principais redatores da Emenda Constitucional Nº 1, que instituiu a ditadura militar no Brasil. Miguel Reale 09:41 Integração das normas Por termos fontes distintas para normas contábeis, precisamos entender que algumas lacunas podem ser formadas dentro do contexto normativo. Nesse sentido, o CPC 23 é o pronunciamento que trata desse fenômeno. Ele diz respeito as políticas contábeis, mudança de estimativa e retificação de erro. Segundo a norma, na ausência de um pronunciamento específico a uma transação, evento ou condição, a administração deve exercer seu julgamento no desenvolvimento e na aplicação de política contábil que seja relevante e confiável. Logo, em termos de hierarquia das fontes contábeis, quando não existe um pronunciamento, interpretação ou orientação específico, recomenda-se que se use um que seja semelhante. Caso ele também não exista, passamos a consultar a estrutura conceitual, o CPC 00. No caso de também não encontrarmos semelhanças na estrutura conceitual, o próximo passo indicado é: procurar as mais recentes posições técnicas provenientes de órgãos normatizadores contábeis, como A CVM e o Banco Central, por exemplo, ou, buscar referências na literatura contábil, ou, ainda, se ater as práticas consagradas no setor em que a entidade atua. 20:46 23:00 De acordo com o CPC 00, são características qualitativas de melhoria da informação contábil- financeira: EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 3 . 36 Princípios e regras gerais A estrutura conceitual para elaboração de relatórios financeiros consolida os princípios e fundamentos direcionados aos aplicadores das regras contábeis e os auxilia no exercício da aplicação e divulgação de informações confiáveis e fidedignas. Ela, por si só, não se sobrepõe a qualquer outro pronunciamento. Isto é, se houver conflito entre um pronunciamento existente e o que está descrito na estrutura conceitual, o que fica valendo como norma é o que está descrito no pronunciamento. Em seguida, o professor Marcelo revisita as características qualitativas fundamentais, os princípios e regras gerais associados a elas e as características qualitativas de melhoria, dando a sua visão sobre os conceitos e reforçando-os. Ele destaca a importância do regime de competência destacando a sua importância para fornecer uma base melhor para avaliação do desempenho passado e futuro de uma entidade, quando comparado ao regime de caixa. 25:46 31:22 CFC 750/93 & 1282/10: O Conselho Federal de Contabilidade revogou em 04/10/2016, as resoluções 750/93 e 1228/2010, que estabeleciam os enunciados dos princípios da contabilidade, justamente para passar a atender o CPC 00 - Estrutura Conceitual da Contabilidade Geral, a NBC T SP EC - Estrutura Conceitual da Contabilidade para o Setor Público e a NBC TA EC - Estrutura Conceitual de Auditoria. PALAVRAS-CHAVE 32:50 Não há sentido em produzir informação que não seja fiel a realidade econômica. 37:48Regime de competência: é isso que diferencia a contabilidade de um mero fluxo de caixa. 43:16 Se a contabilidade fosse baseada no regime de caixa, seria uma contabilidade muito pobre. 45:47A materialidade não é um limite quantitativo universal. Temos que analisar caso a caso, o que é material e o que é imaterial. 37 AULA 3 • PARTE 3 Demonstrações