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UNIDADE 1 Página inicial 
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ANÁLISE DAS 
DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS 
Prof. Me. Marlúcio Cândido e Prof. Me. Flavia Luzia dos Santos 
Oportunidades de aprendizagem 
Nesta unidade, você irá conhecer as ferramentas e técnicas de análise das demonstrações contábeis, tais como: Balanço 
Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração do 
Fluxo de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado (companhias abertas); bem como a sua aplicação prática, com finalidade de 
auxiliar na tomada de decisões. Será um percurso muito interessante e instigador que propiciará condições amplas de análise das 
informações geradas pelas empresas no que tange à sua posição patrimonial e financeira, bem como o seu desempenho e as 
variações aumentativas ou diminutivas que, certamente, o seu patrimônio irá apresentar. Em ato contínuo, você entenderá o quão 
importantes e úteis são as informações geradas por essas demonstrações contábeis e o interesse ininterrupto dos usuários 
internos ( shareholders ) e externos ( stakeholders ) em utilizá-las nas tomadas de decisões econômicas. 
Apresentação Geral da Disciplina 
Olá. Nessa disciplina mergulharemos no universo do estudo da saúde financeira das organizações. Para tanto, consideraremos 
ferramentas essenciais para a identificação dos principais parâmetros para conceitualização e análise dos diversos estados 
constitutivos da situação financeira de uma empresa, visualizando a contribuição que as demonstrações financeiras podem dar 
nesse sentido. 
Na unidade 1 serão considerados os principais procedimentos que são adotados a partir da disponibilidade das demonstrações 
contábeis que possibilitam o acompanhamento da situação financeira de uma empresa no transcurso do tempo e considerando os 
elementos constitutivos do seu patrimônio. 
Uma vez compreendidos os principais procedimentos que possibilitam identificar a sanidade de uma organização, será abordado, 
na unidade 2, como os dados levantados podem ser apresentados como relatórios que possibilitem aos mais diversos públicos uma 
leitura e compreensão geral dos resultados obtidos. 
Já na unidade 3 será considerado como desenvolver e analisar diversos indicadores financeiros que possibilitam compreender 
como a proporção entre os diversos elementos patrimoniais interferem na saúde financeira de uma empresa. 
Por fim, na unidade 4 será abordado como superar as limitações da análise de solvência feita por meio dos indicadores de liquidez 
considerando o efeito do tempo na categorização dos elementos patrimoniais, o que confere uma compreensão mais aprofundada 
dos fatores intervenientes no capital de giro e na saúde da empresa. 
Bom estudo e até as aulas. 
Avançar 
UNICESUMAR | UNIVERSO EAD 
https://sites.google.com/view/analisecontabeisun1/p�gina-inicial
https://getfireshot.com
https://sites.google.com/view/analisecontabeisun1/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/view/analisecontabeisun1/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/view/analisecontabeisun1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1
UNIDADE 1 Página inicial 
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PANORAMA GERAL DA ANÁLISE DE 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBIL- 
FINANCEIRAS 
Você sabia que existem demonstrações contábeis que são exigidas pela legislação brasileira às empresas de capital aberto e, 
consequentemente, a publicação periódica dessas? 
Pois é, as empresas de capital aberto são caracterizadas pelas sociedades anônimas (S/A), ou seja, são aquelas empresas que têm o 
seu capital constituído por ações e podem ser negociadas em livre comércio na Bolsa de Valores ou Mercados de Balcão, por 
investidores (público em geral). Sendo assim, a responsabilidade dessas empresas é tão grande que suas demonstrações contábeis 
devem ser divulgadas e publicadas aos “quatro cantos”, visando a transparência ampla de sua gestão, proporcionando aos 
investidores, colaboradores e à sociedade como um todo, a clareza e segurança da sua situação econômico-financeira. 
As Demonstrações Contábeis se caracterizam numa ótima fonte de informações, principalmente, quando se trata da gestão e 
administração das empresas. Contudo, em que medida essa situação pode ocorrer? Ora, os benefícios trazidos em seu bojo fazem 
das demonstrações contábeis instrumentos de imprescindibilidade para verificar a saúde financeira de uma empresa em quaisquer 
períodos de tempo e refletir a real situação patrimonial dessas, pois transmitirá muito mais segurança a quem se utiliza das 
informações nelas contidas. Portanto, na medida em que as demonstrações contábeis apresentarem as características qualitativas 
previstas legalmente, quais sejam, entre outras: comparabilidade, compreensibilidade, materialidade, relevância, confiabilidade, 
integralidade e tempestividade; essas, quando utilizadas nas tomadas de decisões gerenciais, poderão, certamente, garantir o 
desenvolvimento, o crescimento e/ou a expansão de vários negócios empresariais, garantindo segurança e tranquilidade a quem 
tem a real função de gerir. 
Você, certamente, já ouviu falar em análise de crédito para pessoa jurídica. Pois bem, trata-se de uma análise e avaliação detalhada 
de todas as informações relativas ao contexto econômico-financeiro de uma empresa, comumente, realizada por uma instituição 
financeira (Bancos), que poderá ou não conceder o almejado crédito. Sim... e essa análise e avaliação detalhada fundamenta-se nas 
demonstrações contábil-financeiras das empresas e, nesse ato, os bancos vão esmiuçar todas as informações contidas nessas 
https://sites.google.com/view/analisecontabeisun1/p�gina-inicial/unidade-1
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https://sites.google.com/view/analisecontabeisun1/p%C3%A1gina-inicial
https://sites.google.com/view/analisecontabeisun1/p%C3%A1gina-inicial
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demonstrações, propriamente ditas, com o intuito precípuo de buscar aquilo que a empresa tem de melhor e que poderá suportar 
uma eventual negociação. Certamente, sua empresa ou a empresa que você trabalha poderá necessitar de um crédito, frente a 
diferentes situações. Nesse sentido, gostaria que você realizasse um pequeno levantamento de quais são as documentações 
necessárias exigida pelas instituições financeiras. Além disso, caso tenha estes documentos em mãos, avalie se o crédito a ser 
solicitado poderá ou não ser aceito. 
O trabalho da instituição financeira perpassa pela análise do perfil econômico da empresa, bem como do cruzamento de 
informações financeiras, definição de limites, capacidade creditícia, validação da capacidade de pagamento, níveis de riscos, 
garantias desimpedidas dos sócios, nome limpo dos sócios, análise histórica retrospectiva da empresa, análise de tendências, entre 
outras, afora, uma relação de documentos que serão base para as informações cadastrais. Pois bem, excetuando os documentos 
pessoais dos sócios, as demonstrações contábeis, em toda a sua amplitude, caracterizarão nos elementos mais importantes e 
completos para a análise do crédito, propriamente dita, afinal, são nessas demonstrações e nas análises que elas permitem fazer é 
que os Bancos encontrarão, pelo menos, 90% (noventa por cento) das respostas. Isso mesmo, está perplexo? Pelo menos 90% de 
tudo aquilo que os bancos ou Instituições Financeiras querem saber sobre uma empresa estão disponibilizados em suas 
demonstrações contábil-financeiras e, agora, pasme: muitos profissionais não sabem ou não compreendem o poder que têm nas 
mãos para tomar as mais acertadas decisões empresariais a partir de relatórios como esses. 
Cabe ressaltar, ainda, que “nem tudo são flores”, afinal, também, a partir das demonstrações contábil-financeiras, é possível 
inviabilizar uma negociação de crédito e isso acontece quando a empresa não apresenta uma boa saúde financeira, que é 
detectada por meiode seus números – aí, certamente, ela não emprestará o dinheiro. Você tem dúvidas disso? Contudo, como 
materializar uma situação dessa? Simples... quando uma empresa tem necessidade de buscar dinheiro no mercado para alavancar- 
se, certamente, procurará um banco ou uma instituição financeira para iniciar uma negociação creditícia e, nesse momento, é que 
lhe será exigida uma série de documentos formais para uma análise detida e detalhada, e lá se vão o Balanço Patrimonial, a 
Demonstração do Resultado do Exercício, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, a Demonstração do Valor 
Adicionado e a Demonstração do Fluxo de Caixa, por exemplo. 
Não há como escapar. O banco ou a instituição financeira tem todo o interesse de emprestar o dinheiro, entretanto, precisa 
certificar-se se a empresa tem um perfil adequado para assumir tal responsabilidade que é, minimamente, pagar aquilo que lhe 
será disponibilizado. A análise, propriamente dita perpassa pelos índices, indicadores e coeficientes econômico-financeiros, 
análise vertical e horizontal, análise dos cinco “c” do crédito ( colateral , capacidade, condições, caráter, capital) e outras que vocês 
terão a possibilidade de estudar nas unidades seguintes. Por esse motivo, as demonstrações contábil-financeiras deverão 
apresentar-se na estrutura determinada legalmente e preencher todos os quesitos para uma boa interpretação, perpassando por 
todas as características qualitativas de melhoria e as fundamentais, dando, assim, a confiabilidade e segurança para quem 
analisará. Portanto, reforça-se que não se trata de uma facultatividade a apresentação de demonstrações contábil-financeiras em 
modelos inteligíveis, e sim uma obrigatoriedade, sujeita a penalizações pelo não cumprimento. 
Vamos, agora, avaliar uma situação mais ampla, em que integra um setor da economia. De acordo com os dados da Associação 
Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), uma queda na produção equivalente a 1,87 milhões de toneladas ocorreu no 
fechamento do ano de 2020, ou seja, menos 8,8% em relação ao ano anterior. Entretanto, há uma projeção de crescimento de 8,3% 
em volume para 2021, chegando a 2,03 milhões de toneladas (ABIT, 2020, on-line). 
Pensando como uma instituição financeira, em que poderá autorizar ou não a concessão de crédito, os resultados das 
demonstrações financeiras de 2020 poderão impactar, de alguma forma, na concessão do crédito, frente a uma projeção mais 
otimista em 2021? Registre, em seu diário de bordo, suas reflexões. Para te ajudar, irei apontar alguns pontos relevantes que irão 
contribuir para sua reflexão. 
Seguindo a linha de raciocínio do crescimento e torcendo para que as previsões se concretizem para todo o ano de 2021, 
possivelmente, a saúde financeira dessas indústrias dará um boom e estarão na berlinda de forma muito positiva, esbanjando 
caixa. Nenhuma dúvida restará para acreditar que os reflexos do sucesso produtivo estarão materializados nas demonstrações 
contábil-financeiras por meio das boas cifras e, certamente, propiciarão aos usuários internos ( shareholders ) e externos 
( stakeholders ) boas análises e acertadas tomadas de decisões. 
Quando se fala, pois, em boas análises e acertadas tomadas de decisões, apoia-se de forma ampla nas demonstrações contábil- 
financeiras já estudadas e, diga-se de passagem, todas elas, conjuntamente, complementam-se; e análises individualizadas pouco 
agregarão. 
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Olha só que legal a possibilidade de você realizar uma análise qualitativa das origens e das aplicações dos recursos apresentados 
no Balanço Patrimonial, ou seja, do Ativo e do Passivo da indústria têxtil e, ao mesmo tempo, poder correlacionar com a evolução 
histórica dos saldos das receitas e/ou analisar a redução dos gastos apresentados numa DRE-Demonstração do Resultado do 
Exercício, por exemplo; e, em ato contínuo, analisar as variações que o patrimônio líquido (capital dos sócios) sofreu ao receber 
uma carga tão positiva em seu resultado, mediante o aumento das receitas oriundas do alto volume de produção na indústria e 
evidenciar, obrigatoriamente, e tudo ao mesmo tempo, as consequências nas contas do Fluxo de Caixa e as estratégias que 
poderão ser adotadas doravante, visando potencializar cada vez mais os resultados positivos. 
Já tinha pensado na completude de informações que se tem ao analisar as demonstrações contábil-financeiras em conjunto? 
Devemos sempre utilizar o máximo de informações contidas nas demonstrações contábil-financeiras, e sem falar da grata surpresa 
de evidenciar as riquezas geradas e distribuídas por essas indústrias têxteis a partir da DVA – Demonstração do Valor 
Adicionado/Agregado, que lhe darão visibilidade (se forem de capital aberto) até na Bolsa de Valores. É, caro(a) amigo(a), a 
cumulatividade de informações que a demonstração contábil-financeira nos propicia é fantástica. Definitivamente, não dá para 
perder uma oportunidade dessas. 
Nesta unidade, queremos proporcionar a oportunidade de conhecer as demonstrações contábeis, a sua estrutura legal, a 
integração das informações que são produzidas a partir delas e as análises para tomada de decisões gerenciais. Será possível 
discutir um pouco sobre os usuários das informações contábeis e fazer uma boa correlação do conteúdo com o contexto atual das 
empresas. 
Inicialmente, é mister apresentar conceitos fundamentais e amplamente disseminados na seara contábil no que tange aos 
relatórios das demonstrações contábeis que se caracterizam numa exigência prevista na Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976, 
comumente chamada de Lei das S/As ou Lei da Sociedades por Ações às Companhias Abertas e as alterações posteriores de leis. 
As demonstrações contábeis brasileiras fundamentam-se em todo um contexto legal e societário, seguem pari passu às normas 
internacionais de contabilidade e têm aderência a várias outras legislações pertinentes. 
Especificamente, encontram guarida no artigo 176 da Lei n° 6.404/76 e, naquele tempo, caracterizam-se pela obrigatoriedade de 
aplicação ampla nas empresas. Vejamos o texto original: 
Art. 176 - Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração 
mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com 
clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I - balanço 
patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - demonstração do 
resultado do exercício; e IV - demonstração das origens e aplicações de recursos; IV – 
demonstração dos fluxos de caixa; e V – se companhia aberta, demonstração do valor 
adicionado (BRASIL, 1976, on-line). 
Destaca-se que a referida lei sofreu alterações ao longo do tempo e a Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA) 
passou a ser substituída pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e, posteriormente, a demonstração do 
fluxo de caixa (DFC) foi inserida no lugar da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR). 
Portanto, as demonstrações contábeis vigentes trazem, em seu bojo, um papel imprescindível como instrumentos de evidenciação 
sobre todas as possíveis mutações ocorridas na estrutura patrimonial das empresas em quaisquer tempos, além de municiar os 
usuários internos ( shareholders ) e externos ( stakeholders ) de informações confiáveis para o exercício das tomadas de decisões 
gerenciais. 
Nessa linha de raciocínio e considerando um cenário amplamente globalizado, houve também a necessidade da contabilidade, via 
demonstrações contábeis, atualizar-se no sentido mais amplo de fornecer uma linguagem apropriada para os negócios de forma 
que pudesse caracterizar-se como instrumento de avaliação de desempenho e de tomada de decisão para os investidores 
estrangeiros. 
Notadamente, percebe-se que novos desafios e oportunidadesacabam por exigir das empresas a utilização de estratégias de 
internacionalização a todo instante e daí a exigência de reduzir as diferenças de procedimentos contábeis entre os países do 
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mundo e permitir uma harmonização dessas demonstrações, obviamente, respeitando as particularidades locais. 
Embasado nesses argumentos, em outubro de 2005, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), juntamente com outras 
entidades de classe e alguns outros convidados de notória relevância, deram início à criação do Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis (CPC), com o objetivo de estudar, preparar e emitir pronunciamentos técnicos inerentes a procedimentos de 
contabilidade e a divulgação das informações dessa natureza de forma que pudesse adequar a contabilidade brasileira aos 
parâmetros internacionais. 
O instituto denominado Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi criado pela Resolução CFC n° 1.055/05, com o objetivo 
de fundamentar a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira. 
[...] tem por objetivo o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre 
procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a 
emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização 
do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade 
Brasileira aos padrões internacionais (CFC, 2005, p. 3). 
Destaca-se que as Normas Internacionais de Contabilidade são o International Financial Reporting Standards (IFRS). 
O comitê, propriamente dito, segundo CFC (2021), é composto das seguintes entidades: 
Entidades com direito a voto, responsáveis por estudar, preparar e emitir os Pronunciamentos 
Técnicos: 
● ABRASCA: Associação Brasileira das Companhias Abertas, representando as empresas 
listadas em Bolsa de Valores; 
● APIMEC: Associação dos Profissionais de Investimentos e de Mercado de Capitais, 
representando os analistas; 
● BOVESPA: representando a si própria como Bolsa de Valores; 
● CFC: Conselho Federal de Contabilidade representando a classe contábil; 
● IBRACON: Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, representando os auditores 
independentes; 
● FIPECAFI: Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras, 
representando a comunidade acadêmica; 
Entidades com direito a voz (mas não a voto), que utilizam os Pronunciamentos Técnicos como 
base para emitir os instrumentos que os tornam obrigatórios: 
● BACEN: Banco Central do Brasil, a autoridade monetária brasileira; 
● CVM: Comissão de Valores Mobiliários, órgão regulador do mercado de capitais no Brasil; 
● CNI: Confederação Nacional da Indústria, representando as empresas do setor 
manufatureiro; 
● FEBRABAN: Federação Brasileira de Bancos, representando a indústria bancária; 
● RFB: Secretaria da receita Federal do brasil, representando a autoridade tributária; 
● SUSEP: Superintendência de Seguros Privados, regulador de seguros no Brasil. 
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Certamente, as mudanças (tão necessárias) começaram a surgir e as leis n° 11.638/2007 e n° 11.941/2009 foram um marco para a 
efetivação da contabilidade brasileira numa linguagem universal. No ano de 2011, ao avançar a passos um pouquinho mais largos e 
respeitando os preceitos legais, o CPC trouxe um novo conceito às normas contábeis que privilegiava a estrutura conceitual para 
elaboração e apresentação das demonstrações. Neste ato, o objetivo precípuo da contabilidade passa a ser efetivamente os 
usuários e não as formalidades legais, como já se verificava no prefácio do Pronunciamento 00/2008 e, posteriormente, na 
introdução do Pronunciamento 00 (R1)/2011: 
As demonstrações contábeis são elaboradas e apresentadas para usuários externos em geral, 
tendo em vista suas finalidades distintas e necessidades diversas. Governos, órgãos reguladores 
ou autoridades tributárias, por exemplo, podem determinar especificamente exigências para 
atender a seus próprios interesses. Essas exigências, no entanto, não devem afetar as 
demonstrações contábeis elaboradas segundo esta Estrutura Conceitual (CPC – 
Pronunciamento 00 – R1:2011). 
Nessa mesma linha de interpretação, Costa Filho e Silva (2018, p. 27) corroboram: 
O novo conceito determinava que as demonstrações não fossem apenas demonstrações 
contábeis, mas um relatório financeiro com o objetivo de gerar e fornecer dados acerca da 
entidade que reporta esta informação. Logo, fica definido que as informações contábeis e 
financeiras têm um fim específico das informações para usuários, independentemente do 
interesse destes ou da sua categoria, pois o que de fato importa é a qualidade da informação. 
A boa intenção inovadora parece que veio a calhar, afinal, a diversidade dos usuários é cada vez maior e os seus objetivos quanto às 
informações contábeis não são homogêneos. Destaca-se, ainda, que as empresas se encontram num cenário de multiplicidade de 
necessidades individuais, combinadas com uns cem números de dados gerados em relatórios contábeis e cada vez mais a 
necessidade de informações mais abrangentes e/ou complexas. 
Notadamente, as demonstrações contábeis, por si só, deixam a contabilidade na berlinda positivamente, afinal, a análise de 
demonstrativos financeiros é o “xodozinho” no ramo das Finanças Corporativas, despertando grande interesse para os 
administradores internos e para os analistas externos. Os objetivos básicos de cada um deles são apresentados na Figura 1: 
https://sites.google.com/view/analisecontabeisun1/p�gina-inicial/unidade-1
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Figura 1 - Usuários das informações contábeis 
Fonte: o autor. 
Descrição da Imagem: a imagem apresenta duas caixas de texto, sinalizadas em “Interno” e “Externo”, as 
quais apontam os objetivos de uma boa análise fundamentada nas demonstrações contábil-financeiras para 
os administradores internos e os analistas externos, ambos, usuários da informação contábil. No campo 
“Interno”, tem-se o respectivo trecho: “Para esse público (em geral, gestores), a análise servirá para avaliar o 
desempenho geral da empresa, ou seja, será possível visualizar os reflexos tanto do passado quanto do 
presente e do futuro das decisões financeiras tomadas”. No campo “Externo”, tem-se o respectivo trecho: 
“Para o analista externo, a informação apresentará objetivos mais específicos com relação à avaliação do 
desempenho da empresa e variará de acordo com as necessidades do analista”. 
Para corroborar ainda mais a importância das informações contábeis aos usuários, o CPC 00(R1) trouxe algumas das mais 
relevantes características qualitativas fundamentais e de melhoria, quais sejam: relevância, materialidade, representação 
fidedigna, comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade. 
As características qualitativas das informações contábil-financeiras, a cada dia, são muito exigidas no meio empresarial, pois existe 
uma busca constante e ininterrupta dos usuários para a melhor e mais acertada escolha de várias alternativas que sempre lhes são 
impostas quando da tomada de decisão, além da necessidade de dirimir dúvidas, não menos constantes, inerentes aos processos e 
procedimentos que compõem o fluxo operacional das empresas. As demonstrações contábeis, de forma obrigatória, devem 
apresentar e evidenciar, amplamente, tais características qualitativas, pois, são indispensáveis para uma boa gestão. Importante 
ressaltar que sua materialização se destaca também pela complementariedade entre elas. 
https://sites.google.com/view/analisecontabeisun1/p�gina-inicial/unidade-1
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Certamente que, em função da imprescindibilidade das informações contábeis, essas devem também ser úteis, claras, objetivas, 
relevantes, fidedignas e objetivas. 
As característicasqualitativas da informação contábil-financeira útil estão previstas no CPC 00(R1), especificamente no QC1: 
As características qualitativas da informação contábil-financeira útil, discutidas neste capítulo, 
identificam os tipos de informação que muito provavelmente são reputadas como as mais úteis 
para investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e em potencial, para 
tomada de decisões acerca da entidade que reporta com base na informação contida nos seus 
relatórios contábil-financeiros (informação contábil-financeira) (CVM, 2011, p. 14). 
As características qualitativas fundamentais são a relevância, a materialidade e a representação fidedigna. A relevância está ligada 
à natureza da informação contábil e a materialidade está mais ligada ao tamanho ou volume da informação contábil e à sua 
precisão, portanto, relevância e materialidade andam de mãos dadas, nunca podem servir de justificativa para não corrigir 
critérios, padrões ou práticas contábeis equivocadas. A fidedignidade é uma das mais importantes características das informações 
contábil-financeiras e, pela sua abrangência, privilegia, minimamente, três atributos indispensáveis, quais sejam: 
● Completude: a informação deve ser completa e objetiva, não podendo faltar dados que possam levar os usuários a 
interpretações equivocadas, dúbias ou vulnerabilizadas. 
● Neutralidade: a informação deve ser imparcial, não podendo tendenciar e induzir a falsos juízos daquilo que realmente 
ocorreu. 
● Livre de erros: a informação deve refletir a situação e o momento atual da empresa, sempre na busca de mitigar possibilidades 
de erros, maximizando a assertividade nas informações. 
As características qualitativas de melhoria são: 
● Comparabilidade: característica que permite identificar a variação dos itens semelhantes. Relaciona-se à demonstração 
contábil como um todo, permitindo uma análise de evolução, de regressão da movimentação da entidade de um ano para outro, 
por exemplo. Inobstante serem informações não uniformes ou idênticas, a possibilidade de comparação é iminente. Esta 
característica é indispensável para a gestão e os investidores. 
● Verificabilidade: característica que garante fidelidade à demonstração contábil, ou seja, ela é apresentada ipsis literis ao fato 
ocorrido. Ver-se-á um retrato econômico fidedigno da empresa, facilitando análises retrospectivas e prospectivas, a qualquer 
tempo. 
● Tempestividade: característica que permite a confirmação de informações de tempos anteriores, ainda dentro do prazo 
previsto para a tomada de decisão. As informações não perdem a utilidade, e a tempestividade não excluirá dados de tempos 
passados. Os registros e a escrituração contábil devem estar disponibilizados a tempo e a hora. 
● Compreensibilidade: característica que permite a clareza e objetividade das informações contábeis, permitindo a comunicação 
e o entendimento numa linguagem simples, significativa, entendível, inteligível, independentemente da análise, se individual ou 
conjunta, a outras demonstrações. 
Agora sim, fundamentado por conteúdos de outras disciplinas que antecederam a nossa Análise das Demonstrações Contábeis e 
familiarizados com o contexto contábil, podemos dissecar excelentes conteúdos sobre as demonstrações contábeis. 
No Brasil, em atendimento à legislação vigente, é possível classificar a obrigatoriedade e/ou facultatividade de apresentação das 
demonstrações contábeis por situação e natureza empresarial. O Quadro 1 apresenta uma síntese desta classificação de forma 
ampla para o Balanço Patrimonial (BP), Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), Demonstração do Resultado Abrangente 
(DRA), Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA), Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), 
Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), Notas Explicativas (NE) e Demonstração do Valor Adicionado (DVA). 
https://sites.google.com/view/analisecontabeisun1/p�gina-inicial/unidade-1
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Quadro 1 – Demonstrações Contábil-financeiras por situação e natureza empresarial 
Fonte: o autor, a partir da legislação vigente (Lei n° 11.638/2007). 
Conecte-se 
E aí, animado(a) com tantas informações agregadoras e alvissareiras? É assim... o saber não 
ocupa lugar e nos leva a novas conquistas, portanto, tire um tempinho para você poder 
aprofundar-se nos conteúdos, mediante o material complementar que sempre deixaremos aqui. 
Esse, em específico, trata do primeiro capítulo da última obra técnica do ilustre prof. Dr. Antônio 
Lopes de Sá, intitulada Análise Contábil Gerencial: como administrar uma empresa com o apoio da 
análise de informações contábeis , publicado pela ideas@work Informática Ltda, em 2011. O 
capítulo 1, Como a informação contábil pode ajudar a administrar coisas básicas necessárias à 
análise: objetivos técnicos de estudos analíticos do Capital – O que analisar, contém trinta 
páginas para o seu deleite. Boa leitura. 
Disponível aqui 
Cabe ressaltar, neste momento, as adequações feitas no artigo 176, afinal, conforme a Resolução n° 1.185/2009, publicada pelo 
Conselho Federal de Contabilidade, a Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA) passou a ser substituída pela 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e ,conforme as Leis n° 11.638/2007 e n° 11.941/2009, que também 
alteraram dispositivos da Lei 6.404/1976, passando a vigorar a demonstração do fluxo de caixa - DFC em lugar da Demonstração 
das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR). 
BALANÇO PATRIMONIAL: DEFINIÇÃO E ESTRUTURA VIGENTE 
Demonstração contábil é formada pelos grupos de Ativo e de Passivo e, ainda, por subgrupos denominados Ativo Circulante, Ativo 
não circulante, Passivo Circulante, Passivo não circulante e Patrimônio Líquido. Essencialmente, a classificação contábil de ambos 
está prevista na Lei n° 6.404/76 e sua estrutura privilegia o critério de liquidez. Essa demonstração irá refletir a situação 
econômico-financeira da empresa, num determinado período de tempo, comumente chamado de exercício e, ainda, a posição do 
conjunto patrimonial. O conceito pode ser corroborado pela Lei n° 6.404/76 e a NBC T.3: 
Conforme os artigos 176 a 182 da Lei no. 6.404/76 e ainda o artigo 187, concomitantemente à 
NBC T.3, o Balanço Patrimonial é a demonstração destinada a evidenciar, qualitativa e 
quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade. 
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Nele as contas deverão ser classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e 
agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa. É 
constituído pelo Ativo, pelo Passivo e pelo Patrimônio Líquido (BRASIL, 1976, on-line; BRASIL, 
1990, on-line). 
Cada grupo e subgrupo possui contas/rubricas contábeis específicas para registrar as variações aumentativas ou diminutivas que 
ocorrem/ocorrerão no patrimônio da empresa, ou seja, as riquezas de sua propriedade. As contas contábeis representativas do 
grupo Ativo se referem a todas as aplicações de recursos dentro da empresa, são os bens e direitos que ficam do lado esquerdo da 
estrutura, enquanto as contas contábeis representativas de Passivo se referem a todas as origens (fontes) de recursos que entram 
na empresa, são as obrigações, deveres e/ou exigibilidades que ficam do lado direito da estrutura, sendo que a origem desses 
recursos dividem-se em dois tipos: próprios e de terceiros, conforme Figura 2. 
Figura 2 – Estrutura vigente do Balanço Patrimonial 
Fonte: o autor, a partir da Lei nº. 6.404/76. 
Descrição da Imagem: a imagem apresenta dois quadros denominados “Ativo” e “Passivo”, nos quais 
representam a divisão da Estrutura do Balanço Patrimonial, conforme Lei n° 6.404/76. Noquadro “Ativo”, à 
esquerda, apresenta-se o seguinte texto: “Aplicação de Recursos e Bens + Direitos”. No quadro “Passivo”, à 
direita, apresenta-se o seguinte texto: “Origem de Recursos e Capitais Próprio e de Terceiros”. 
ATIVO: o ativo é o conjunto de bens e direitos que são dispostos em ordem decrescente de liquidez e que a empresa possui para 
colocar em prática tudo aquilo a que se propõe. Os recursos financeiros que fazem parte desse grupo sofrerão variações no dia a 
dia de operacionalização da empresa, durante o exercício social que culminará com o final do período. Ressalta-se a definição que a 
Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatórios Contábil-Financeiro CPC 00 (R1):2011 (on-line), privilegia sobre 
o ativo: “Ativo é um recurso controlado pela entidade, como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros 
benefícios econômicos para a entidade”. 
Os bens são itens patrimoniais que se dividem em bens móveis, bens imóveis, bens tangíveis e bens intangíveis. De forma mais 
detalhada, segundo o Glossário de Contabilidade (SÓ CONTABILIDADE, 2021, on-line), os bens são: 
Bens - Fazem parte do Ativo da empresa e são tudo aquilo que possui valor econômico e que 
pode ser convertido em dinheiro, sendo utilizado na realização do objetivo principal de seu 
proprietário. São as coisas úteis, capazes de satisfazer as necessidades das pessoas e das 
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empresas. Os bens classificam-se em: Bens Móveis (passíveis de remoção sem dano pois não são 
fixos ao solo), Bens Imóveis (não podem ser retirados de seu lugar natural sem destruição ou 
dano pois são fixos ao solo), Bens Tangíveis (constituem uma forma física, são concretos e podem 
ser tocados) e Bens Intangíveis (não constituem uma realidade física e não podem ser tocados). 
Bens corpóreos - Também conhecidos por bens tangíveis ou materiais, são os bens que 
constituem uma forma física, bens concretos, que podem ser tocados. 
Bens imóveis - Bens que não podem ser retirados de seu lugar natural (solo e subsolo) sem 
destruição ou dano. Aqueles que, para serem deslocados, terão de ser total ou parcialmente 
destruídos. Ex.: árvores, edifícios, terrenos, construções, etc. 
Bens incorpóreos - Também chamados de bens intangíveis e bens imateriais, são os bens que 
não constituem uma realidade física e que não podem ser tocados. Ex.: nome comercial (marca), 
patente de invenção, ponto comercial, domínio de internet, etc. 
Bens intangíveis - Também chamados de bens incorpóreos e bens imateriais, são os bens que 
não constituem uma realidade física e que não podem ser tocados. Ex.: nome comercial (marca), 
patente de invenção, ponto comercial, domínio de internet, etc. 
Bens móveis - Bens passíveis de remoção sem dano, seja por força própria ou por força alheia. 
Objetos concretos, palpáveis, físicos, que não são fixos ao solo. Ex.: dinheiro, veículos, móveis, 
utensílios, máquinas, estoques, animais (que possuem movimentos próprios, semoventes), etc. 
Bens tangíveis - Também conhecidos por bens coreos ou materiais, são os bens que constituem 
uma forma física, bens concretos, que podem ser tocados. 
No que tange aos direitos, esses caracterizam-se por todos os benefícios futuros que a empresa criará ao longo de suas atividades, 
ou seja, será tudo aquilo que a empresa tem a receber, expressamente em valores monetários. 
Relembrando conceitos anteriores à nossa disciplina, o ativo está dividido em dois subgrupos: ativo circulante , que compreende o 
dinheiro disponível em poder da empresa, suas aplicações financeiras de curto prazo, os valores que serão convertidos em dinheiro 
a curto prazo, como os créditos de curto prazo, bem como as despesas antecipadas pela entidade. O ativo não circulante envolve 
contas com valores cujo prazo de realização é considerado de longo prazo, ou seja, para além do término do exercício social 
seguinte (BRINCKMANN, 2014). 
PASSIVO: o passivo é o conjunto de obrigações, deveres e exigibilidades de fatos já ocorridos ao longo do tempo e que, 
obrigatoriamente, dependerão de sacrifícios financeiros para a sua liquidação incontinenti . Ressalta-se a definição que a Estrutura 
Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatórios Contábil-Financeiro CPC 00 (R1):2011 privilegia sobre o passivo: Passivo é 
uma obrigação presente, derivada de eventos já ocorridos. 
Caracteriza-se por ser fontes de recursos da empresa, quer sejam de terceiros, representadas no passivo circulante e no não 
circulante, ou de sócios ou acionistas, constituídas pelo patrimônio líquido. 
Da mesma forma, relembrando conceitos anteriores à nossa disciplina, o passivo também está dividido em dois subgrupos: passivo 
circulante , que compreende os valores em haver com terceiros, mas cujo vencimento se dê, no máximo, ao fim do exercício social 
seguinte ao encerramento do exercício atual, e o passivo não circulante , que compreende todas as exigibilidades que serão 
liquidadas a longo prazo, ou seja, seus vencimentos deverão se dar para além do exercício social seguinte ao encerramento do 
exercício atual (BRINCKMANN, 2014). 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO: esse subgrupo também se constitui de origens, no entanto, essas são dos sócios ou acionistas que foram 
ou continuam sendo aplicados no empreendimento. É nesse subgrupo que será representada a situação líquida patrimonial da 
empresa, ou seja, a diferença entre o ativo real e o passivo real. Ressalta-se a visão de Niyama e Silva (2013 apud SOARES, 2018, p. 
21), que definem o Patrimônio Líquido como “interesse residual nos ativos da entidade, depois de deduzir todos os seus passivos, 
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quanto a isso o patrimônio líquido se mostra em função de definições prévias”. 
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS: DEFINIÇÃO E ESTRUTURA VIGENTE 
O relatório contábil intitulado “Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)” evidencia o “destino” do lucro, a 
canalização e a distribuição do lucro do exercício, ou seja, fornece a movimentação da conta contábil Lucros ou Prejuízos 
Acumulados do início ao fim do exercício social. A DLPA mostrará todas as variações ocorridas na rubrica contábil de lucros retidos 
durante um determinado período de tempo e esses são, comumente, distribuídos aos sócios ou acionistas ou, ainda, pela 
incorporação parcial ou total desses (lucros retidos) ao Capital Social. Em conformidade com o artigo 186 da Lei n° 6.404/76, a 
DLPA deverá discriminar: 
• O saldo inicial do período, os ajustes de exercícios anteriores. 
• As reversões de reservas do lucro líquido do exercício. 
• As transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao Capital Social e o saldo ao final do exercício. 
Ressalta-se que a DLPA é um relatório obrigatório para as empresas, outrossim, poderá ser substituída pela Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL. 
Quadro 2 – Estrutura vigente da DLPA 
Fonte: o autor, a partir do art. 186 – Lei n° 6.404/76 
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO: DEFINIÇÃO E ESTRUTURA VIGENTE 
O relatório intitulado Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), dada a sua amplitude e relevância, abrangerá a 
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA), sendo que, no Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) atua 
como órgão regulador e normatizador das instituições de capital aberto, exigindo para essas a DMPL. 
A DMPL é uma demonstração mais completa, afinal, ela vai refletir todas as movimentações ocorridas no Patrimônio Líquido (PL), 
enquanto a DMPL vai refletir tão somente as movimentações ocorridas na conta Lucro/Prejuízo Acumulado. Ressalta-se que se a 
DLPA estiver perfeitamente incluída no contexto da DMPL, a CVM desobriga a elaboração e publicação em separado da DLPA. 
Por determinação daCVM, todas as empresas de capital aberto deverão elaborar, obrigatoriamente, a DMPL para revelar as 
alterações ocorridas no seu PL ao longo do exercício, e essas alterações, propriamente ditas, poderão aumentar e/ou diminuir esse 
PL. 
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As principais movimentações que podem propiciar alterações no PL estão aqui descritas: 
Quadro 3 – Descrição das Alterações no Patrimônio Líquido - PL 
Fonte: o autor, a partir do art. 186, § 2º – Lei n° 6.404/76. 
A partir da Lei 6.404/76, a técnica para se elaborar uma DMPL perpassa por etapas bastante simples: 
• Inicia-se uma coluna para cada conta principal que compõe o Patrimônio Líquido da empresa. Caso haja saldo na conta de 
Capital a Realizar, far-se-á a subtração da conta Capital Social e utilizará a conta Capital Realizado. 
• Indicar, nas linhas, os principais eventos que fizeram que houvesse movimentação nas contas pertencentes às colunas (lembre- 
se da DLPA). 
• Faz-se as adições e/ou subtrações de acordo com as movimentações. 
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Quadro 4 – Estrutura vigente da DMPL 
Fonte: o autor, a partir do art. 186, § 2º. –Lei n° 6.404/76. 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO: DEFINIÇÃO E ESTRUTURA VIGENTE 
Caracteriza-se por ser uma das mais importantes demonstrações contábeis vigentes justamente pelo fato de apresentar aquilo 
que os empresários, sócios, investidores e usuários externos mais querem visualizar, ou seja, o resultado do exercício num 
determinado período de tempo, e verificar se houve lucro ou prejuízo. 
Conforme já estudado em disciplinas que antecederam à nossa, na Demonstração de Resultado do exercício (DRE) considera-se 
critérios conceituais para a realização e apuração do resultado propriamente dito. Na DRE, confronta-se todas as receitas com 
todos os gastos (despesas e custos), apurando o resultado. 
Não nos custa nada relembrar: se as receitas são maiores que gastos (R>G), teremos um “resultado superavitário, positivo, lucro”; 
se as receitas são menores que os gastos (R<G), teremos um “resultado deficitário, negativo, prejuízo”; e se as receitas igualam-se 
aos gastos (R=G), teremos um “resultado nulo”. 
Da mesma forma que o Balanço Patrimonial, a DRE ajuda a demonstrar como anda a situação econômico-financeira de uma 
empresa, se está saudável, se está rentável, se é lucrativa, enfim, se dá retornos lucrativos. 
A DRE se fundamenta na Lei n° 6.404/76 e ainda sob os preceitos da Lei n° 11.638/2007 e deve ser elaborada obedecendo 
essencialmente o princípio da competência. Além de demonstrar o resultado econômico-financeiro da empresa, também 
apresentará os tributos, caracterizados por impostos federais que serão deduzidos do lucro, quando for o caso (Imposto de Renda 
de Pessoas jurídica –IRPJ e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL). 
Certamente, a exemplo de todos os demais relatórios contábeis, a DRE também tem uma estrutura predefinida e reconhecida pela 
legislação brasileira. Nesta, apresenta-se as receitas, despesas e custos (gastos) auferidos num determinado período de tempo, 
para o tão esperado confronto entre ambos. A sua estrutura conceitual vigente é observada no Quadro 5. 
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Quadro 5 – Estrutura vigente da DRE 
Fonte: o autor, a partir do art. 187– Lei n° 6.404/76. 
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO: DEFINIÇÃO E ESTRUTURA VIGENTE 
Um relatório que possui informações extraídas de todas as outras demonstrações contábil-financeiras, a Demonstração do Valor 
Adicionado ou do Valor Agregado (DVA), tem um objetivo conciso para evidenciar as riquezas geradas pela empresa num 
determinado período de tempo e, ainda, a distribuição dessas riquezas. Essa demonstração se caracteriza pela sua destinação 
social, afinal, ela evidencia aspectos de caráter sociais e a sua distribuição gera representatividade e visibilidade para a empresa, 
não somente no meio ambiente, mas também para o seu negócio em si. 
Uma característica importante é que essa demonstração é obrigatória somente para as empresas de capital aberto, as S.A – 
Sociedades Anônimas, por força da Lei n° 11.638/2007, nessas empresas que negociam, comumente, na Bolsa de Valores, essa 
demonstração costuma ser elaborada e divulgada anualmente em conjunto com as demais demonstrações contábeis. 
Detidamente, o que a DVA propicia é o detalhamento de como essa riqueza gerada pela empresa foi distribuída entre os 
funcionários, agentes financeiros, fornecedores, acionistas e governo, ou seja, os usuários internos ( shareholders ) e os usuários 
externos ( stakeholders ) que participaram direta ou indiretamente dessa geração e está apresentada na Quadro 6: 
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Quadro 6 - Estrutura vigente da DVA 
Fonte: o autor, a partir da Lei n° 11.638/2007 e CPC 09(R1)/2011. 
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA: DEFINIÇÃO E ESTRUTURA VIGENTE 
Conforme já dissemos anteriormente, com o advento da Lei n° 11.638/2007, a Demonstração das Origens e Aplicações de 
Recursos (DOAR), que até então era obrigatória para as empresas de capital aberto (Sociedades Anônimas - S.A), foi substituída 
pela Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), que se caracteriza por ser um relatório financeiro que traz, em seu bojo, o objetivo de 
apresentar a movimentação de dinheiro (espécie) que a empresa realiza cotidianamente aos usuários da informação contábil que 
precisam disso para tomarem as suas decisões. Saber onde a empresa está alocando os seus recursos em dinheiro, seja para 
aplicações, para pagamentos de obrigações ou para investimentos, ou seja, para honrar pagamento de financiamentos, esta é uma 
informação importante e até muito estratégica para quem pretende tomar decisões sobre a empresa. 
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Verdadeiramente, as informações produzidas pela DFC privilegiam três grupos dentro das empresas: o operacional, o 
investimento e o financiamento. A análise deve ser feita em conjunto, afinal, identifica-se com eles toda a origem e a aplicação dos 
recursos. O grupo operacional reflete em todas as movimentações de saldo de caixa que a empresa realiza no seu dia a dia e que 
permitirá um processo retroalimentador, ou seja, tudo que a empresa receber e pagar será revertido em mais desenvolvimento de 
suas atividades operacionais. O grupo investimento reflete os registros de todas as movimentações de entradas e saídas de caixa 
voltadas para a realização de investimentos propriamente ditos, inobstante serem para obtenção de lucros sobre uma operação de 
mercado (aquisição de ações, aquisição de imobilizado etc.) e o grupo de financiamento que reflete as obrigações de curto de longo 
prazos. As principais contas do Fluxo de Caixa para cada um dos grupos estão descritas no Quadro 7: 
Quadro 7 – Principais contas de Fluxo de Caixa por grupos 
Fonte: Costa Filho e Silva (2018). 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE: DEFINIÇÃO E ESTRUTURA VIGENTE 
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Esta demonstração, na verdade, representa uma ferramenta de análise e gerenciamento para empresa, especialmente, nas 
características qualitativas de melhoria, já bem descritas aqui e fundamentadas nos CPCs. A DRA foi introduzida às 
demonstrações contábeis pelo CPC 26 (R1) e é obrigatória para as empresas de capital aberto (as S.As) desde 2010. 
A Demonstração do Resultado Abrangente (DRA), fundamentada no princípio da competência de exercícios, utiliza-se de valores 
do registro no patrimônio líquido (e não do resultado) das receitas e despesas incorridas, de realização financeira incerta, oriundas 
dos investimentosde longo prazo sem data prevista de resgate ou outra forma de alienação e, assim, atualiza de maneira 
instantânea o capital próprio. 
O resultado abrangente é “a mutação que ocorre no patrimônio líquido durante um período que resulta de transações e outros 
eventos que não derivados de transações com os sócios na sua qualidade de proprietários” (CPC, 2011, on-line). 
Legalmente, o resultado abrangente é formado por valores que não vão transitar pelo resultado operacional da empresa. A DRA 
visa apresentar os ajustes efetuados no PL da empresa como se fosse um lucro mais próximo à realidade econômica da empresa, 
conforme Quadro 8. 
Quadro 8 – Estrutura vigente da DRA 
Fonte: o autor, a partir do CPC 26 (R1). 
NOTAS EXPLICATIVAS: INFORMAÇÕES GERAIS 
As notas explicativas são integrantes às demonstrações contábil-financeiras e objetivam informar sobre quaisquer temas 
adicionais e que mereçam destaque pela sua relevância e para outros que poderão refinar e detalhar melhor aquilo que foi 
apresentado nas demonstrações, propriamente ditas, deixando-as em sintonia com as características qualitativas de melhoria que 
já estudamos anteriormente. 
A característica Compreensibilidade, que é imprescindível quando se trata de Notas explicativas, visa buscar o esclarecimento de 
algo que não foi eventualmente mencionado ou para enfatizar as práticas contábeis aplicadas e/ou princípios adotados e poderá 
caracterizar-se como uma das finalidades das notas explicativas. 
Ao falar das notas explicativas, não tratamos de uma facultatividade, mas sim de uma formalidade. Portanto, obrigatoriamente, as 
informações agregadoras deverão constar na parte final de apresentação das demonstrações. A todo instante, somos 
surpreendidos com alterações de leis, inclusão de mudanças de procedimentos, por exemplo, e tais eventos devem compor as 
formalidades das notas explicativas. Afora o arcabouço legal de apresentação das demonstrações contábil-financeiras (Lei n° 
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6.404/75 e Lei n° 11.638/07), encontramos também, no CPC 26 (R1), seção 8, as principais características das notas explicativas. 
Notas Explicativas contém informação adicional em relação à apresentada nas demonstrações contábeis. As Notas Explicativas 
oferecem descrições narrativas ou segregações e aberturas de itens divulgados nessas demonstrações e informação acerca de 
itens que não se enquadram nos critérios de reconhecimento nas demonstrações contábeis (CPC 26 – R1, 2011). 
Ressalta-se, ainda, que outra característica das informações inclusas nas notas explicativas refere-se a fatos que podem impactar 
direta ou indiretamente na avaliação e na contabilidade dos dados apresentados nas demonstrações, portanto, caracterizadas pela 
relevância e fidedignidade, as notas explicativas complementam as demonstrações em sua amplitude, contendo informações 
patrimoniais, econômicas, financeiras, legalidade, critérios de elaborações etc., e que demonstrem integridade, autenticidade, 
precisão e relevância, com textos simples, objetivos, concisos, com completude, inteligíveis para que quaisquer leigos possam ler e 
entender na primeira “corrida de olho”. 
Com muita atenção, a redação deverá privilegiar, amplamente, as premissas básicas de divulgação determinadas pelo Comitê de 
Pronunciamentos Técnicos, orientações e interpretações não constantes nas demonstrações. No que tange às divulgações, as 
notas explicativas terão lugar em conjunto com as demonstrações contábeis pelas empresas de capital aberto (S.As) e que têm a 
obrigatoriedade de publicar. Destaca-se, outrossim, os graus de formalidade para a apresentação das notas explicativas, afinal, 
deverão seguir padrões de textos ou predefinidos para a integração e interpretação de atos e fatos contábeis, bem como as 
políticas e princípios contábeis adotados. 
PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
Muito bem, pelo vasto conteúdo que vimos até agora, já somos capazes de entender a importância das demonstrações contábil- 
financeiras e da imprescindibilidade que elas têm para quaisquer processos de tomadas de decisões nas empresas. 
Todas elas, muito bem fundamentadas legalmente, e como não poderia deixar de ser, trazem consigo grandes possibilidades de nos 
permitir enxergar a real situação patrimonial e econômica das empresas, num momento exato de sua operacionalização cotidiana. 
Muitas e variadas são as informações já contidas nessas demonstrações contábil-financeiras e muitos outros dados que se tornam 
também em informações, à medida da necessidade de cada situação em caso concreto. O segredo, então, é saber fazer uso dessas 
informações para a efetiva e acertada tomada de decisões. 
A análise das demonstrações contábil-financeiras nada mais é do que um estudo detido e detalhado de todo o desempenho 
econômico-financeiro de uma empresa num determinado período; procedimento esse que permitirá diagnosticar uma situação 
presente da empresa, mas, sobretudo, a possibilidade de análises prospectivas, ou seja, tendências futuras. 
Tech+ 
Alô você! Lembra de ter lido esse parágrafo no livro? “...numa boa análise recomenda-se a criação 
de gráficos, tabelas, de aplicação de fórmulas de índices e/ou indicadores/coeficientes econômico- 
financeiros além, é claro, de um relatório gerencial descritivo visando auxiliar ...” 
Pois então, a forma de apresentação dos índices e indicadores/coeficientes econômico- 
financeiros perpassa pela construção de gráficos e tabelas. Uma dica bem legal é você buscar, na 
internet mesmo, aplicativos, sites ou ferramentas que possam te ajudar nessa empreitada. Você 
conhece o Think-cell ? Curiosamente, dê uma navegada e explore os recursos na elaboração de 
Gráficos mais atrativos e eficientes. 
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Segundo Iudícibus (2009, p. 27) “a análise de demonstrações financeiras visa realizar, com base nas informações contábeis 
fornecidas pelas empresas, a posição econômico financeira atual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as 
tendências futuras”. Verdadeiramente, a partir das demonstrações contábil-financeiras, nos é possível extrair informações sobre 
posições passadas, presente e futuras (projetadas) de uma empresa, e os resultados dessas análises se caracterizam em insumos 
para todos os usuários internos ( shareholders ) e externos ( stakeholders ). 
E qual o profissional de mercado não gostaria de ter informações sobre o desempenho de empresas? De seus relatórios 
financeiros? Da materialização ou não de seus objetivos? Saber se é ou não é uma empresa sólida, rentável, lucrativa, com boa 
liquidez? Enfim, curiosidades de quem acompanha mercado, de quem toma decisões financeiras diariamente, de quem está atento 
e em sintonia com as exigências do mundo empresarial, de quem quer sair na frente, por exemplo. 
Um fornecedor terá tranquilidade e segurança em vender mercadorias, produtos e/ou oferecer serviços a uma empresa, se ele 
souber que ela tem condições reais de honrar os seus compromissos relativos a pagamentos, afinal, um “cano financeiro” nunca é 
bem-vindo. Da mesma forma, um cliente terá muito mais confiança em comprar mercadorias, produtos e/ou aceitar a prestação de 
serviços de uma empresa, se ele souber que ela tem condições de realmente cumprir com a entrega da demanda. E, por exemplo, 
um banco que irá emprestar um volume significativo de dinheiro para capital de giro a uma empresa se sentirá muito mais à 
vontade após evidenciar reais condições de geração de fluxo de caixa e a estrutura de capital que ela possui. Para seu 
convencimento, imagine que um investidor “vai nadar de braçada” quando souber que pode fazer aplicações em umaempresa que 
esbanja geração de valor, rentabilidade e lucratividade, por exemplo. 
Na prática 
A análise das demonstrações contábil-financeiras serve para respaldar todas as decisões 
gerenciais, bem como evidenciar a posição econômica e financeira das empresas. É nela que 
permite agregar valores às informações e, assim, possibilitar o confronto, positivamente falando, 
dos elementos patrimoniais que indicam os fatos ocorridos ou indicarão aqueles que virão na 
sequência. Desta forma, isto determina a atual e real posição da empresa perante o mercado e, 
também, permite uma visão de tendências futuras, municiando, aos usuários internos ou 
externos, um verdadeiro “combo de informações” para as tomadas de decisões. 
Veja, a seguir, um vídeo com um diálogo entre um profissional de contabilidade e sua cliente e 
perceba como os conceitos aqui estudados têm aplicação prática no nosso dia a dia empresarial. 
Disponível aqui 
Portanto, as informações já contidas e outras muitas que podem ser criadas a partir das demonstrações contábil-financeiras terá 
sempre “cadeira cativa” nos trabalhos de análises que as empresas e seus usuários demandam. Por óbvio, não será uma única 
maneira de promover essas análises e, certamente, existem variados instrumentos adequados. Contudo, uma coisa é certa, o 
conhecimento técnico é condição sine qua non . 
Um analista de demonstração contábil-financeira deve ter conhecimento amplo e, preferencialmente, experiência quanto o 
manuseio dos instrumentos que utilizará, sejam índices ou indicadores/coeficientes econômico-financeiros, amplamente 
disseminados na seara da administração financeira. Inobstante, o modus operandi da análise propriamente dita é muito particular 
de quem a realiza, portanto, dois analistas poderão chegar a resultados diferentes sobre uma mesma análise, muito embora 
tenham trabalhado com as mesmas informações e utilizando as mesmas técnicas e procedimentos. Vê-se, pois, que não se trata de 
um resultado “padronizado” ou “uniforme”, mas a essência será sempre a mesma. 
REQUISITOS BÁSICOS PARA UMA BOA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 
Agora, chegamos num conteúdo em que você deverá ser ainda mais capaz de colocar em prática tudo que aprendeu ao longo de 
seu curso até aqui. Notadamente, verificará que todos os conteúdos se complementam e a interdisciplinaridade se faz cada vez 
mais presente, afinal, é possível correlacionar vários conhecimentos e várias áreas do saber gerencial. 
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Antes de proceder as análises em quaisquer empresas, é mister o conhecimento prévio das atividades empresariais destas e quais 
são e serão as suas estratégias para o momento presente e vindouro. A abrangência desse conhecimento prévio caracteriza-se 
como sendo um requisito básico para uma boa análise e perpassa, minimamente, pela cientificação de atividades inerentes aos 
segmentos, das variáveis de ambiente, dos riscos mercadológicos, dos retornos exigidos, das tendências setoriais, dos fatores 
determinantes para a distribuição de bons resultados, das estratégias de expansão, de desenvolvimento, de sobrevivência, de 
internacionalização ou joint-venture , enfim, de pontos de equilíbrio, das principais estratégias corporativas sugeridas e dos 
principais objetivos e metas almejados que serão fixados em função do ambiente econômico, institucional e cultural, da situação 
econômico-financeira real das empresas analisadas, entre outros. 
Inspire-se 
O QR Code refere-se ao Jornal do Comércio, datado de 17 de março de 2020. Apresenta uma 
reportagem intitulada “Coronavírus impacta em balanços e demonstrações financeiras”, no 
caderno de Mercado Financeiro, que já naquele momento, preocupava-se com a forma 
adequada de apresentar as influências da pandemia no fluxo operacional das empresas, 
momento em que o Conselho Federal de Contabilidade – CFC já apontava normas técnicas que 
deveriam balizar o posicionamento adequado para informar aos usuários internos e externos, 
por meio das Normas Brasileiras de Contabilidade – Técnicas. Da mesma forma, alertava as 
empresas da necessidade do início rápido de implementação de instrumentos capazes de avaliar, 
previamente, a sua contabilização, não somente para os trabalhos do contador, mas também 
para a atuação do auditor. As várias mutações que o cenário econômico e social gera, de forma 
recorrente, exigem que as empresas reflitam, ininterruptamente, sobre suas estratégias, 
deixando de ser apenas tendências e caracterizando-se como realidade, muitas vezes sem volta. 
Disponível aqui 
Cabe ressaltar que o analista é peça fundamental para evidenciar se a empresa está realmente atingindo o seu objetivo primeiro 
de maximização de seu valor, de seu resultado e/ou de sua riqueza. A ele cabe a incumbência de verificar, inclusive, se a empresa é 
capaz de poder decidir sobre a aplicação de recursos (investimentos) ou a captação de recursos (financiamentos), afinal, com a 
aplicação de índices e/ou indicadores econômico-financeiros, terá uma visão muito ampliada da posição da empresa em nível de 
mercado, definindo sua estabilidade financeira, sua atratividade econômica, sua capacidade de geração de caixa dos ativos, por 
exemplo. Essas são decisões contínuas e inevitáveis no cotidiano de quaisquer organizações. 
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Vários doutrinadores nos demonstram a importância de uma boa análise das demonstrações contábil-financeiras e seus objetivos. 
Assaf Neto (2010) assegura que a análise das demonstrações contábeis visa relatar, com base nas informações fornecidas pelas 
empresas, a posição econômico-financeira atual, as causas determinantes de evolução apresentada e as tendências futuras. Na 
mesma linha de pensamento, Matarazzo (2010, p. 39) informa que: 
Por meio da análise, podemos extrair informações das demonstrações contábeis para a tomada 
de decisões. Tais demons­trações fornecem uma série de dados sobre a empresa. A análise das 
demons­trações contábeis visa transformar esses dados em informações. O processo de análise 
será mais eficiente à medida que as informações produzidas possuírem mais qualidade, ou seja, 
apresentarem confiabilidade, veracidade, exatidão etc. 
Ressalta-se, ainda, que num processo de análise das demonstrações contábil-financeiras, a distinção entre dados e informações 
deve ser uma premissa básica; e relativamente a esse quesito, Matarazzo (2010, p. 39) define: 
Dados: são números ou descrição de objetos ou eventos que, isoladamente, não provocam 
nenhuma reação no leitor; 
Informações: representam, para quem as recebe, uma comunicação que pode produzir reação 
ou decisão, frequentemente acompanhada de um efeito-surpresa. 
Enfim, a elaboração de uma boa análise de demonstrações contábil-financeiras perpassa pela produção de informações por meio 
do processamento de dados e, a partir daí, os analistas avaliarão as informações obtidas e já de posse de todo o contexto 
situacional da empresa, conforme visto acima, se desincumbirão da tarefa. 
Figura 3 - Sequência do processo de análise 
Fonte: adaptada de Assaf Neto (2010). 
Descrição da Imagem: a imagem demonstra o processamento de dados que se tornarão em informações a partir das 
Demonstrações Contábil-financeiras. A imagem é constituída por três quadros, com flechas, indicando o sentido da esquerda para 
a direita. O primeiro quadro para o segundo quadro (processo contábil) corresponde, respectivamente: “Fatores ou Eventos 
Econômico-financeiros” e “Demonstrações Contábeis = dados”. A técnica de Análise de Demonstrações corresponde a transiçãodo segundo quadro para o terceiro quadro (“informações financeiras para a tomada de decisão”). 
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O nível de responsabilidade por uma análise de demonstrações contábil-financeiras é muito grande e o grau de excelência das 
delas também, sobretudo porque as informações resultantes podem variar de acordo com os objetivos da empresa e com aquilo 
que o analista fundamentar. Certo é que não existe um método científico comprovado capaz de relacionar as informações obtidas 
de forma padrão ou que se obtenha uma mesma conclusão por diferentes analistas. Sob esse enfoque, Iudícibus (2009, p. 40) 
assevera: 
A análise das demonstrações contábeis é uma arte. Na verdade, apesar da existência de cálculos 
formalizados e técnicas desenvolvidas para o processo de análise, as conclusões sobre a situação 
econômico-financeira da organização analisada são subjetivas, ou seja, podem variar de analista 
para analista. 
Assaf Neto (2010, p. 40) afirma: 
É impossível sugerirmos uma sequência metodológica ou um instrumento científico capaz de 
fornecerem diagnósticos sempre precisos das organizações. A forma como são utilizados os 
indicadores de análise são particulares de cada analista e leva em con­sideração, além do 
conhecimento técnico, a experiência e a própria intuição de quem faz a análise. Dessa forma, 
com o mesmo conjunto de informações, dois analistas podem chegar a conclusões um pouco ou 
totalmente diferentes. No entanto, provavel­mente, dois analistas com um comprovado nível de 
experiência e com o mesmo nível de conhecimento do ramo de atividade da empresa chegarão a 
conclusões bem próximas, porém dificilmente essas conclusões serão idênticas. 
Os relatórios finais que se caracterizam na análise das demonstrações contábil-financeiras devem ser apresentados em linguagem 
simples, porém formal, de forma compreensível aos olhos daqueles que têm o mínimo de conhecimento de análise, assim como são 
alguns usuários mais leigos. Numa boa análise, recomenda-se a criação de gráficos, tabelas, de aplicação de fórmulas de índices 
e/ou indicadores/coeficientes econômico-financeiros, além, é claro, de um relatório gerencial descritivo, visando auxiliar o 
entendimento e a simplificação das análises e conclusões que serão materializadas, haja vista que numa situação normal, as 
demonstrações contábil-financeiras, comumente, estão eivadas de termos técnicos, muitas vezes inteligíveis somente para 
profissionais experientes da área. 
Correlacionando com vários conteúdos já estudados, a análise das demonstrações econômico-financeiras passa, comumente, 
pelas etapas: a) de conhecimento amplo da empresa e do mercado, b) de disponibilização das demonstrações legais vigentes, c) 
análise vertical e horizontal, d) análise de indicadores financeiros (liquidez, endividamento, rentabilidade, lucratividade, prazos 
médios, ciclo financeiro etc.) e e) comparação com padrões. Ressalta-se que essas etapas sugeridas são sempre complementares e 
até cumulativas, portanto, não se excluem entre si. 
Essas etapas privilegiam métodos ou técnicas que, ao longo do tempo, vem sendo utilizados pelos profissionais analistas com 
muita eficiência, e os resultados de análise têm sido cada vez mais producentes. Destaca-se que a análise das demonstrações 
contábil-financeiras é o carro-chefe das empesas que querem tomar decisões mais acertadas e pode ser dividida em duas 
categorias, conforme Figura 4, e ambas são elaboradas de acordo com a necessidade de cada um dos usuários já descritos aqui e 
interpretadas sob pontos de vistas distintos. 
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Figura 4 - Categorias das Análises das Demonstrações Contábeis 
Fonte: adaptado de Matarazzo (2010). 
Descrição da Imagem: a imagem privilegia as categorias das Análises das Demonstrações Contábeis e suas finalidades. Elas estão 
representadas em dois quadros, separado por uma flecha com duplo sentido. No primeiro quadro, localizado à esquerda, 
apresenta o seguinte texto: “Análise Financeira: efetuada através de indicadores para análise global e curto, médio e longo prazos 
da velocidade do giro dos recursos”. No segundo quadro, localizado à direita, apresenta o seguinte texto: Análise Econômica: 
utilizada para mensurar a lucratividade, a rentabilidade do capital próprio, o lucro líquido por ação e o retorno de investimento 
operacionais. 
Aqui, vamos explanar superficialmente sobre as técnicas de análise vertical e horizontal e sobre os métodos de aplicação dos 
índices e indicadores/coeficientes econômico-financeiros e, nas próximas unidades, veremos com mais profundidade. 
Em pauta 
O podcast privilegiará tópicos importantes para o bom entendimento e interpretação daquilo 
que a contabilidade, de forma ampla, e as demonstrações contábil-financeiras podem oferecer 
no seu dia a dia empresarial. No primeiro tópico, será contextualizada a importância da 
contabilidade, como ciência social que é, para o mundo dos negócios, e a sua imprescindibilidade 
quando se trata do resguardo do patrimônio das empresas. O segundo tópico destacará as 
demonstrações contábil-financeiras exigidas por lei, bem como as suas características principais 
e a correlação que existe entre elas. Em ato contínuo, num terceiro tópico, vamos explanar sobre 
as possíveis análises que as demonstrações contábil-financeiras nos permitem, quando se trata 
da visibilidade que as empresas devem e podem ter diante do mercado. Enfim, num quarto 
tópico, reforçaremos sobre a análise de tais demonstrações utilizadas em conjunto e algumas 
estratégias legais (de Lei) para alavancar o seu negócio empresarial. 
Disponível aqui 
ANÁLISE HORIZONTAL E ANÁLISE VERTICAL 
A principal função da análise horizontal é apontar a variação histórica dos itens patrimoniais nas demonstrações contábeis através 
de períodos, sendo possível verificar a evolução ou involução das operações e seus saldos, visando caracterizar tendências. A 
visualização do comportamento das contas privilegia, comumente, períodos de três a cinco anos, tempo em que já se pode fazer 
uma boa análise, considerando as mais inusitadas situações possíveis ocorridas. Ela é calculada por meio de índices, sendo o 
primeiro ano base da série equivalente a 100 e os demais, nos anos seguintes, calculados em relação àquele que vier 
imediatamente posterior. Corroborando a interpretação acima, Reis (2009, p. 212) define a análise horizontal como sendo “uma 
técnica de análise que parte da comparação do valor de cada item do demonstrativo, em cada ano, com valor correspondente em 
determinado ano anterior (considerado como base)”. 
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A análise vertical tem como função demonstrar a participação percentual de cada conta em relação a um valor total de um grupo 
ou subgrupo da demonstração contábil. A comparabilidade de performance das contas e itens patrimoniais é vista de forma clara 
por todas as demonstrações contábeis. Ela é calculada por meio de índices, fixando-se um valor base (grupo/subgrupo) e 
descobrindo, então, percentualmente, o quanto vale as demais contas sobre essa base – é a participação percentual sobre a base. 
Da mesma forma, corroborando a interpretação acima, Schmidt e Martins (2006, p. 135) definem a análise vertical: 
[...] a análise vertical das demonstrações contábeis evidência a participação em termos 
percentuais de cada rubrica de determinada demonstração em relação a um totalizador [...] 
permitindo o analista verificar os itens mais significativos na composição de cada demonstração 
contábil. 
ANÁLISE POR ÍNDICES 
A técnica fundamentada por índices permite extrair das demonstraçõescontábil-financeiras o que há de mais puro para poder 
compreender a real situação econômico-financeira da empresa, permitindo um olhar voltado para entender o que aconteceu no 
passado, o que está materializando-se no momento presente e, principalmente, o está por vir no futuro. Serão índices bastante 
confiáveis à medida em que todos os ajustes para a padronização dos métodos utilizados na elaboração das demonstrações 
contábeis forem, efetivamente, feitos. Cabe ressaltar que os índices apurados por si só não são a “análise e ponto final” – merecerá 
uma interpretação detida e detalhada, considerando vários contextos, como visto anteriormente. 
Autores renomados já privilegiam a tempos o tema “análise por índices”, a exemplo de Matarazzo (2010, p. 147), que os define 
como sendo “o procedimento de análise da relação entre contas ou grupo de contas das Demonstrações Financeiras, que visa 
evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa”. 
Os índices são divididos em Financeiros , que permitem evidenciar a situação financeira da empresa, e os Econômicos , que 
indicarão os reflexos patrimoniais do resultado obtido ao longo do tempo de operacionalização da empresa. Na Unidade 3, 
veremos com mais profundidade sobre esses índices, outrossim, segue, na Figura 5, alguns dos que poderão ser alvo de nossos 
estudos. 
Figura 5 – Índices, Indicadores/coeficientes econômico-financeiros 
Fonte: o autor. 
Olá! Chegamos ao final desta Unidade 1, não é mesmo? Como você está se sentindo? Um turbilhão de informações agregadoras 
que vão te deixar sempre na “crista da onda”. Um diferencial para você que não tem medido esforços para desincumbir-se de suas 
tarefas aqui no curso. Parabéns! 
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É muito importante entender que, para uma formação sólida de um profissional, seja ou não da área contábil, mister será uma 
integração de conhecimentos e a tão famigerada multidisciplinaridade, ou seja, o entendimento de que os conteúdos são e deverão 
ser sempre atrelados entre si e, portanto, serão sempre complementares, agregando valores a cada etapa do aprendizado. De 
maneira obrigatória, esse aprendizado ainda deverá estar atrelado a toda parte prática de quaisquer cursos que for realizado, 
correlacionando-se à aplicação de toda teoria no dia a dia do seu trabalho. Não é pouco comum, temos que resgatar teorias e 
conteúdos aprendidos nas faculdades para poder resolver, na prática, problemas em casos concretos. 
A teoria deve andar de mãos dadas com a prática e a recíproca é muito verdadeira, não podendo ficar nenhuma ponta de dúvida 
sobre essa complementariedade, obrigatória, entre ambas. A sociedade moderna e o mercado profissional acirrado são muito 
exigentes e, certamente, não há lugar para trabalhos “meia-boca” e/ou realizados por “achismos”, sem a fundamentação necessária 
para fundamentar decisões empresariais. 
A área da contabilidade envolve muitas questões e funções legais e, ao longo de seu aprendizado, a possibilidade de interação com 
conteúdos de outras áreas do conhecimento é contínua e, no cotidiano, verifica-se a materialização do trinômio “ensino/teoria x 
aprendizado contínuo x aplicação prática” de forma muito mais eficaz. 
Aqui mesmo nessa Unidade 1, você já teve a oportunidade de resgatar vários conceitos, definições e interpretações de temas 
vistos previamente, afora aqueles que caracterizam-se como novidades quando da realização de análise das demonstrações 
contábil-financeiras, portanto, as oportunidades que são apresentadas devem ser aproveitadas tempestiva e integralmente. 
Em seu currículo profissional, verdadeiro cartão de visita, não poderá faltar informações que lhe imputem experiências práticas 
robustas que permitirão concorrer em iguais condições com seus oponentes. Diferenciais sempre serão muito bem-vindos. 
Olha que legal... você já pôde perceber que o trinômio “ensino/teoria vs. aprendizado contínuo vs. aplicação prática” será condição 
sine qua non para quem vislumbra destaque no mercado profissional. E você não pode ficar fora dessa. 
Te apresento três das várias competências e habilidades necessárias para que sua carreira de muito sucesso decole rapidamente. 
Aliar a teoria à prática é imprescindível para quem pretende alavancar seus conhecimentos. Essas competências e habilidades 
descritas aqui estão fundamentadas nas próprias Diretrizes Curriculares Nacionais de Cursos de Graduação do Conselho Nacional 
de Educação, e, especialmente, para aqueles que trabalharão com análises contábeis, cumpre-nos informar: 
● Elaborar pareceres e relatórios que contribuam para o desempenho eficiente e eficaz de seus usuários, quaisquer que sejam 
os modelos organizacionais. 
● Desenvolver com motivação e através de permanente articulação a liderança entre equipes multidisciplinares para a 
captação de insumos necessários aos controles técnicos, à geração e disseminação de informações contábeis, com reconhecido 
nível de precisão. 
● Exercer suas responsabilidades com o expressivo domínio das funções contábeis, incluindo as atividades atuariais e de 
quantificações de informações financeiras, patrimoniais e governamentais, que viabilizem aos agentes econômicos e aos 
administradores de qualquer segmento produtivo ou institucional o pleno cumprimento de seus encargos quanto ao 
gerenciamento, aos controles e à prestação de contas de sua gestão perante à sociedade, gerando também informações para a 
tomada de decisão, organização de atitudes e construção de valores orientados para a cidadania (BRASIL, 2004). 
Avançar 
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AGORA É COM VOCÊ 
A contabilidade, a partir da análise das demonstrações contábil-financeiras, manipula, na melhor acepção da palavra, uns cem 
números de dados que, após detalhados e refinados, caracterizarão em informações úteis e adequadas para a tomada de decisões 
das empresas, o que agrega muitos valores quando se trata do gerenciamento do fluxo de operações do seu dia a dia. A análise das 
demonstrações contábil-financeiras nada mais é do que um estudo detido e detalhado de todo o desempenho econômico- 
financeiro de uma empresa num determinado período, procedimento esse que permitirá diagnosticar uma situação presente da 
empresa, mas, sobretudo, a possibilidade de análises prospectivas, ou seja, tendências futuras. Sabedor disso, responda 
convincentemente: Em que medida o insucesso de empreendimentos que não conseguem sobreviver no meio empresarial, 
definitivamente, pode ser justificado pela falta de uma contabilidade? 
Orientação de resposta 
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REFERÊNCIAS 
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BRASIL. Lei n° 11.638, de 28 de dezembro de 2007 . Altera e revoga dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da 
Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgaçãode demonstrações financeiras. 2007. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm . 
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BRASIL. Lei n°. 11.941, de 27 de maio de 2009 . Altera a legislação tributária federal relativa ao parcelamento ordinário de débitos 
tributários; concede remissão nos casos em que especifica; institui regime tributário de transição, alterando o Decreto no 70.235, 
de 6 de março de 1972, as Leis nos 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.213, de 24 de julho de 1991, 8.218, de 29 de agosto de 1991, 
9.249, de 26 de dezembro de 1995, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 9.469, de 10 de julho de 1997, 9.532, de 10 de dezembro 
de 1997, 10.426, de 24 de abril de 2002, 10.480, de 2 de julho de 2002, 10.522, de 19 de julho de 2002, 10.887, de 18 de junho de 
2004, e 6.404, de 15 de dezembro de 1976, o Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, e as Leis nos 8.981, de 20 de 
janeiro de 1995, 10.925, de 23 de julho de 2004, 10.637, de 30 de dezembro de 2002, 10.833, de 29 de dezembro de 2003, 
11.116, de 18 de maio de 2005, 11.732, de 30 de junho de 2008, 10.260, de 12 de julho de 2001, 9.873, de 23 de novembro de 
1999, 11.171, de 2 de setembro de 2005, 11.345, de 14 de setembro de 2006; prorroga a vigência da Lei no 8.989, de 24 de 
fevereiro de 1995; revoga dispositivos das Leis nos 8.383, de 30 de dezembro de 1991, e 8.620, de 5 de janeiro de 1993, do 
Decreto-Lei no 73, de 21 de novembro de 1966, das Leis nos 10.190, de 14 de fevereiro de 2001, 9.718, de 27 de novembro de 
1998, e 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.964, de 10 de abril de 2000, e, a partir da instalação do Conselho Administrativo de 
Recursos Fiscais, os Decretos nos 83.304, de 28 de março de 1979, e 89.892, de 2 de julho de 1984, e o art. 112 da Lei no 11.196, 
de 21 de novembro de 2005; e dá outras providências. 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010 
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BRASIL. Lei n°. 6.404, de 15 de dezembro de 1976 . Dispõe sobre as Sociedades por Ações. 1976. Disponível em: 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2Fleis%2Fl6404consol.htm&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0mF6pt684cKz-DcfO8GkRa
BRASIL. Resolução CFC n° 1.185/2009 . Aprova a NBC TG 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis. 2009. Disponível 
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MATARAZZO, D. C. Análise financeira de balanços : abordagem gerencial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
REIS, A. C. de R. Demonstrações Contábeis : estrutura e análise. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. 
SCHMIDT, P.; MARTINS, M. A. Fundamentos de análise das demonstrações contábeis . São Paulo: Atlas, 2006. 
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SOARES, M. J. P. Estrutura conceitual básica (CPC 00) : um estudo sobre o nível de conhecimento dos discentes do curso de 
Ciências Contábeis. Orientador: Rafael Crisóstomo Alves. 2018, 57 f. TCC (Graduação). Curso de Ciências Contábeis. 
Universidade de Rio Verde (UniRV). Rio Verde: Goiânia, 2018. Disponível em https://www.unirv.edu.br/conteudos/fckfiles/files 
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%C3%8DVEL%20DE%20CONHECIMENTO%20DOS%20DISCENTES%20DO%20CURSO%20DE%20CI 
%C3%8ANCIAS%20CONT%C3%81BEIS.pdf . Acesso em: 10 ago. 2021. 
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EDITORIAL 
Profile Marlúcio Cândido 
Mestre em Administração (ênfase em Finanças), Pós-graduado em 1) 
Administração Financeira, 2) Direito do Trabalho, 3) Gestão Educacional, 
4) Gestão de Pessoas, 5) Planejamento, Implementação e Gestão de EAD, 
6) Executivo de Negócios, 7) Especialista em Normas Internacionais de 
Contabilidade IFRS/NIAS, 8) Gestão em Políticas Públicas, 9) Governança 
Tributária, 10) Tecnologias, Formação de Professores e Sociedade, 11) 
Gestão Pública Municipal, 12) Legislação Educacional, 13) Compliance e 
Gestão de Riscos, 14) Contabilidade, Direito e Economia com ênfase na 
Gestão Pública, 15) Cybercrime e Cybersecurity : prevenção e investigação 
de crimes digitais, 16) Direito Desportivo, 17) Direito Imobiliário, 18) 
Gestão Escolar Integrada, 19) Auditoria e Perícia Contábil, 20) Gestão de 
Projetos, 21) Metodologias Ativas e Prática Docente, 22) Pedagogia 
Empresarial e Gestão Corporativa, 23) MBA Finanças e Banking, 24) 
MBA em Gestão de Centros Educacionais Superiores, 25) Perícia Judicial 
e Extrajudicial, Graduação em 1) Ciências Contábeis, 2) Direito, 3) 
Administração, 4) Ciências Econômicas, 5) Pedagogia, 6) Letras, 
Lattes 
Coordenador de curso de Ciências Contábeis e de Administração em IES, 
Conselheiro Efetivo do Conselho Regional de Contabilidade de Minas 
Gerais – CRCMG (2018-2021), Vice-coordenador da Câmara de Registro LinkedIn 
do Conselho Regional de Contabilidade – CRCMG (2020), Membro da 
Comissão de Educação Continuada do Conselho Regional de Minas 
Gerais – CRCMG (2018-2021), Representante do Conselho Regional de 
Contabilidade de Minas Gerais – CRCMG no Conselho de Curadores da 
Universidade Federal de Minas Gerais (2018-2021), Diretor Social 
(Suplente) da ASCAP – Associação dos Contadores de Betim e Região, 
Professor de cursos de graduação (presencial, EaD e remoto) de Ciências 
Contábeis, Direito e de Administração (disciplinas ministradas: 
controladoria, contabilidade introdutória, perícia contábil, administração 
financeira, sistemas de informações contábeis, prática contábil, análise 
das demonstrações contábil-financeiras, direito empresarial, direito do 
trabalho, direito tributário, ética e responsabilidade social, auditoria 
contábil, etc.) e pós graduação presencial e remoto (disciplinas 
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ministradas: controladoria estratégica, contabilidade societária e 
empresarial, balanced scorecard , planejamento de auditoria contábil, ética 
e responsabilidade social, governança corporativa, Tutor de disciplinas 
em EaD em diversas IES, Autor de livros para disciplinas em EaD 
(Contabilidade Geral, Contabilidade Comercial, Análise das 
Demonstrações Contábeis, Auditoria, Custos, Tópicos Especiais de 
Contabilidade (BSC) e Perícia Contábil) pela editora FEAD/Minas Gerais, 
Autor de livros técnicos pela editora JURUÁ/Paraná (Contabilidade em 
Foco: contabilidade geral (2007) e Contabilidade Lúdica: contabilidade de 
custos (2010), Autor de livros de Controladoria e de Responsabilidade 
Social pela editora Novas Edições Acadêmicas/EUA, Organizador de 
livros técnicos nas áreas de direito, QVT, educação e sociologia. Co-autor 
em outros 5 livros voltados para as áreas contábeis, jurídicas, recursos 
humanos, qualidade de vida, serviços sociais, educação. Detentor de 
artigos nacionais e internacionais em revistas e congressos. Membro 
Associado da 1) Associação Científica Internacional do 
Neopatrimonialismo – ACIN, 2) Associação Nacional dos Tutores em 
Educação à Distância – ANATED e 3) Associação Brasileira de Ensino à 
Distância – ABED, 4) Instituto de Pesquisas e Administração da 
Educação – IPAE, 5) Associação Nacional dos Executivos de Finanças, 
Administração e Contabilidade – ANEFAC, 6) Associação Brasileira de 
Gestores da Educação – ABGEDUC. Sócio-diretor da 1) Principles Gestão 
e Consultoria, 2) CM2 Consultoria e Gestão Educacional, Membro do 
Conselho Editorial da Revista Significativa Publicações da Sanches Green 
Educación. Atuo também como administrador judicial, consultor, perito, 
advogado e parecerista técnico. Atuei como coordenador de cursos de 
Ciências Contábeis (22 anos) e de Administração (1 ano) e atuo/atuei 
como professor universitário na graduação (24 anos): Faculdade de 
Ciências Sociais Aplicadas – FACISA, Centro Universitário Newton Paiva, 
Centro Universitário UNA, Faculdade de Estudos Administrativos/FEAD, 
Faculdade Arnaldo, Centro Universitário FUMEC, Faculdade Pitágoras e 
em pós graduação (14 anos): Faculdade SENAC, Faculdade Pitágoras, 
Centro Universitário UNA, Faculdade de Ciências Humanas de Pedro 
Leopoldo, Escola do Governo/E-Tec, Universidade Federal de Ouro 
Preto/UFOP, Centro Universitário FUMEC, Escola Superior de Advocacia 
- ESA. Atuo também como Avaliador ad hoc do MEC e atuei como 
Avaliador/Consultor ad hoc do Conselho Estadual de Educação/MG e da 
SEDECTES - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, 
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Atuo como Consultor em IES – 
Instituições de Ensino Superior (presencial, remoto, EaD) para 
preparação e recepção de visitas de Renovação, Reconhecimento, 
Credenciamento/Recredenciamento junto ao MEC - Ministério de 
Educação e Cultura (concepção de toda aparelhagem institucional: PDI, 
PPC, NDE, Colegiado, CPA, NAF, selecionar/recrutar professores, etc.). 
O que não tem no meu currículo 
Minha história de vida resume-se num trabalho de muita dedicação, 
persistência, disciplina, administração de tempo e muito sucesso. 
Entrecortada por inúmeras atividades profissionais e acadêmicas, o chute 
inicial de minha carreira no mercado profissional foi como engraxate – 
com muita honra – em 1978, seguidamente com um simples office-boy em 
um escritório de parentes maternos e nunca mais parei. Assumi cargo e 
funções de auxiliar de contabilidade, tendo em vista as habilidades 
conquistadas durante o curso Técnico de Contabilidade e, como o 
mercado profissional já era muito exigente, conquistei uma segunda 
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habilitação como Técnico em Estatística, trabalhando em instituto de 
pesquisa e opinião pública. Conquistei meus cursos superiores e de pós- 
graduação e as coisas fluíram. Atuei num grande grupo de mineração e 
siderurgia, chegando a contador de uma Holding Company . Atuei também 
como contador no segmento de Consórcio de Veículos, como analista 
contábil, chefe de controladoria e Controller no segmento de Shopping 
Centers. Concebi e constituí 4 empresas nos ramos de auditoria, perícia, 
consultoria organizacional e financeira, consultoria jurídica, consultoria 
educacional e escola de gestão aplicada, das quais mantenho apenas duas 
delas no momento atual. Meu hobbyé escrever capítulos e livros técnicos 
nas áreas em que me especializei. Gosto muito de músicas, de conversar, 
de conhecer gente e lugares e, sobretudo, sou apaixonado com as pessoas 
que “QUEREM AMPLAMENTE e VÃO BUSCAR”. Tive várias pessoas e 
coisas que me inspiraram. Espero que você encontre a sua fonte 
inspiradora também. Conte comigo. Saúde, paz e sucesso. 
Profile Flavia Luzia dos Santos 
Flavia Luzia dos Santos é mestre em Administração pela Universidade 
Federal de Santa Catarina e bacharel em Administração pela 
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Desempenhou atividades 
administrativas em instituições diversas como HSBC, Alcatel-Lucent, 
UFMS, entre outras, bem como desenvolveu trabalhos de consultoria na 
área financeira. Iniciou carreira docente no Centro Estadual de Educação 
Tecnológica Paula Souza (CEETEPS) e, a partir de então, exerceu a função 
docente na UNINOVE e no IFMS. Atualmente, é colaboradora da 
UNICESUMAR, SENAI e UNIASSELVI. 
O que não tem no meu currículo 
No meu currículo não tem Música. Para mim a vida é um belíssimo 
concerto orquestrado pelo nosso Grandioso Criador, o maior artista de 
todas as épocas. No meu currículo também não tem Natureza, que enche 
a vida de cores, de significados, de ritmo. Meu currículo não tem Aromas. 
Aromas que deleitam os mais diversificados paladares e que permitem Lattes 
conhecer as mais diversas culturas. Meu currículo não tem Foco. Foco 
que possibilita capturar os mais belos cenários, os mais ternos momentos, 
LinkedIn 
transformar imagem em reflexão. No meu currículo não tem Aconchego, 
que aquece o coração daqueles que de mim se aproximam enchendo-os 
de novas perspectivas. Meu currículo não tem Poesia, dado que é apenas 
uma fração. Uma fração de um ser multifacetado que ama conhecer o 
universo, as pessoas, as razões. 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
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Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; 
CÂNDIDO, Marlúcio; SANTOS, Flavia Luzia dos. 
Análise das Demonstrações Contábeis. 
Marlúcio Cândido; Flavia Luzia dos Santos. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2021. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Contábil. 2. Financeiro. 3. Organizações. 
4. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 657 
CIP - NBR 12899 - AACR/2 
Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar 
Head de pós-graduação Victor V. Biazon 
Diretoria de Design Educacional 
Equipe Recursos Educacionais Digitais 
Fotos : Shutterstock 
NEAD - Núcleo de Educação a Distância 
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 
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ANÁLISE DAS 
DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS 
Prof. Me. Marlúcio Cândido e Prof. Me. Flavia Luzia dos Santos 
Oportunidades de aprendizagem 
Nesta unidade você irá conhecer o que é um Relatório de Análise, bem como as suas características de operacionalização, usuários 
envolvidos e aplicações. Você conhecerá também as Análises Vertical e Horizontal, seus conceitos, a metodologia de cálculo para 
efetuá-las, sua aplicabilidade nas demonstrações contábil-financeiras e sua interpretação. 
É essencial que tais demonstrações contábil-financeiras tragam em seu bojo as características qualitativas fundamentais e de 
melhoria para disseminar informações úteis que vão alicerçar os objetivos e os resultados gerenciais das empresas, afinal, os 
atributos qualitativos e também os quantitativos, inobstante aos graus de particularização de uma empresa para outra nos 
diversos segmentos, expressarão, verdadeiramente, a posição dos componentes patrimoniais. 
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RELATÓRIO DE ANÁLISE - ANÁLISE 
VERTICAL E HORIZONTAL 
Você acha que a gestão da riqueza patrimonial perpassa pelo controle das informações geradas pelas demonstrações contábil- 
financeiras ou ela é um atributo a parte de quaisquer análises interpretativas? Ledo engano se disse que não acha. 
A gestão da riqueza patrimonial está intimamente ligada a tudo aquilo que permite a) avaliar e assegurar controles, b) acompanhar 
a composição e as variações patrimoniais, c) identificar a performance do resultado econômico, por exemplo, e as informações 
produzidas pelas demonstrações contábil-financeiras é que servirão de suporte interpretativo e comunicativo de todas os fatos 
ocorridos no cotidiano das empresas. 
Ressalta-se que, além de imprescindíveis, a precisão das informações geradas pelas demonstrações contábil-financeiras, 
demandadas pelos usuários e exigidas legalmente com a observância de princípios e normativas, caracterizará no ponto nevrálgico 
para a solução de situações em contextos econômicos, institucionais, sociais, tecnológicos, entre outros, aos quais as empresas se 
expõem no seu dia-a-dia. Vamos conhecer um caso de forma aprofundada. 
A Cia. Docas do Estado do Rio Grande do Norte – CODERN, tem sede e foro na cidade de Natal, Estado do Rio Grande do Norte, é 
uma empresa pública sob a forma de sociedade anônima de capital fechado. A CODERN é uma empresa controlada pela União, 
afinal é vinculada ao Ministério dos transportes, Portos e Aviação Civil, sendo regida por estatuto e tem por objeto social exercer 
as funções de autoridade portuária no âmbito dos portos organizados no Estado do Rio Grande do Norte, sob sua administração e 
responsabilidade, em consonância com as políticas públicas setoriais formuladas pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação 
Civil. 
Para nos ajudar numa reflexão mais ampla, veja que interessante as publicações da CODERN – Cia. Docas do Rio Grande do Norte 
– autoridade portuária (site: http://codern.com.br/demonstrativo-financeiro-2020/ ) concernentes a seus relatórios da evolução 
econômico-financeira fundamentas nas demonstrações contábeis. Tomamos por base aqui, aquilo que foi publicado no período de 
2013 até 2020, dando ênfase no relatório de avaliação dos resultados da gestão e as demonstrações contábeis de 2013-2016, 
analisado pelo Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União – CGU, bem como nos relatórios disponibilizados em 
2020, mas só aqueles integralmente publicados. 
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As informações produzidas pelas demonstrações contábil-financeiras têm finalidades específicas e caracterizam-se pelo Controle 
e pelo Planejamento. O Controle permite que a empresa tenha um acompanhamentode suas ações, identificando, na medida do 
possível, se ela está atuando de acordo com as políticas e planos previamente traçados. Já o Planejamento permite a 
materialização das diretrizes de atuação com o objetivo precípuo de mitigar situações que culminarão em insucessos da empresa e, 
sobretudo, potencializar informações que fomentarão o processo decisório decorrente das informações contábeis já 
interpretadas, detalhadas e refinadas. 
Certamente, para permitir o Controle e o Planejamento, mister será a utilização de estratégias factíveis para mensurar a eficácia, 
eficiência e efetividade das duas finalidades, concomitantemente, e, compondo essas estratégias, privilegiar-se-á técnicas de 
análises econômico-financeiras, tais como, análise vertical e análise horizontal, e ainda índices e/ou indicadores. 
Materialmente consistentes, as demonstrações contábil-financeiras e as informações delas extraídas darão aos usuários a certeza 
de uma base de dados sólida e potenciais subsídios para conhecer, por meio de técnicas analíticas, a) representatividade dos saldos 
das contas contábeis dentro das demonstrações periódicas, b) comparabilidade anual dos saldos das contas contábeis, 
identificando a evolução ou a involução dos mesmos, c) inter-relação entre vários saldos de contas contábeis facilitando uma 
análise sob vários ângulos. 
Ressalta-se que os trabalhos são elaborados com o intuito precípuo de realizar um diagnóstico da situação econômico-financeira 
da empresa e detectar eventuais fatos que impactaram os resultados da companhia, propondo recomendações para eventuais 
resultados adversos e subsidiando o monitoramento num plano de ações 
As empresas por si só fazem as suas análises ininterruptamente e os usuários, de forma ampla, têm todo interesse em conhecer a 
performance do desempenho dessas. Uma análise eficiente, eficaz e efetiva merecerá o uso de técnicas adequadas e indicadores 
precisos e claros, evitando assim distorções interpretativas no contexto geral. Ressalta-se que um quesito muito importante e que 
às vezes não é levado em conta, talvez por desconhecimento ou eventual negligência, é a utilização de um bom sistema de 
informação contábil 
Agora, convido você para explorar os dados presentes no relatório da Cia. Docas do Estado do Rio Grande do Norte – CODERN e 
avaliar os relatórios de cada ano e durante este período. Proponho que você relacione os índices apresentados e quais são os 
impactos estes resultados possam impactar a longo prazo. Faça sua análise e anote suas dificuldades no significação e 
representação dos dados. 
Vamos pensar um pouco mais sobre os impactos desta sua análise. O que estes dados podem sugerir na organização interna da 
empresa? E externamente? Imagine então, um dos usuários externos ( stakeholders ) procedendo a técnica sugerida para análise 
vertical e análise horizontal de sua empresa. Inobstante o modus operandi que materializa as análises e que ainda vamos detalhar a 
posteriori , é certo que esse usuário tem muito interesse nas informações que podem ser retiradas dessas análises, via 
demonstrações contábil-financeiras e, minimamente, encontrará, por exemplo, informações concernentes a) ao dimensionamento 
de risco, b) à identificação do potencial de retorno, c) à participação percentual das contas contábeis em seu grupo de origem, d) a 
performance de evolução ou involução das operações cotidianas, via saldo das contas, sempre de acordo com o seu objetivo, 
conjugando com outras ferramentas que tenha disponibilizadas, se for o caso. 
Comumente, essas duas técnicas de análise fundamentadas nas demonstrações contábil-financeiras são realizadas, com mais 
intensidade, no Balanço Patrimonial e na Demonstração de Resultado do Exercício – DRE, outrossim, podem e devem ser 
utilizadas em quaisquer demonstrativos financeiros. 
Assim é possível ver na prática que as análises vertical e horizontal têm aplicabilidade no dia-a-dia das empresas, afinal, são dois 
instrumentos de valiosa contribuição na interpretação de dados produzidos a partir das demonstrações contábil-financeiras e 
suporte decisivo para os usuários internos e externos, principalmente em tempos de globalização, competitividade disputada 
acirradamente, incertezas mercadológicas... momento em que as informações valem ouro. 
Não esqueça de registrar em seu Diário de Bordo suas reflexões! 
Nesta unidade, vamos descobrir e aprender técnicas de análise que são utilizadas a partir das demonstrações contábil-financeiras 
e que servem como subsídios preciosos para uma interpretação sólida de como está a performance de desempenho das empresas 
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e, sobretudo, a sua saúde financeira, principalmente em cenários que se modificam, ininterruptamente, num mundo tão 
globalizado em que vivemos. Poderemos fazer uma correlação a todo o conteúdo estudado até agora e demonstrar de maneira 
fundamentada que os instrumentos, base das técnicas de análise, propriamente ditas, sempre permitem excelentes avaliações e 
suporte fidedigno para boas e acertadas tomadas de decisões nas empresas. 
Inicialmente, é mister informar que as técnicas de análise são amplamente disseminadas na seara contábil e gerencial e em 
conjunto com os relatórios das demonstrações contábeis que aliás já dissemos aqui, caracterizam-se numa exigência prevista na 
Lei no.6.404 de 15 de dezembro de 1976, comumente, chamada de Lei das S/As ou Lei da Sociedades por Ações às Companhias 
Abertas e as alterações posteriores de leis, sempre serão alvo dos analistas das empresas de origem e/ou daquelas interessadas 
nas informações dos terceiros para, a partir daí, darem cabo à materialização de seus objetivos. 
As técnicas de análise, comumente ditas por Análises Financeiras de Demonstrações Contábil-financeiras, caracterizam-se em 
mais um dos vários desafios do profissional da contabilidade, no sentido de tornar os dados que fundamentam as demonstrações, 
propriamente ditas, em informações detalhadas, refinadas, agregadoras e acessíveis ao processo decisório, via público usuário 
(interno/externo). A análise financeira ampla, envolve o conjunto das demonstrações contábil-financeiras e até mesmo outras 
informações complementares das empresas, quais sejam: portfólios, históricos, sumários de desempenho, etc. 
As análises em que vamos nos debruçar nessa unidade serão a análise vertical e a análise horizontal, importantíssimas num 
processo de avaliação de performance e desempenho das empresas. Trazem em seu bojo características sui generis que dão a cada 
uma delas o potencial de eficácia, eficiência e efetividade quando utilizadas corretamente. Possuem diferenças entre si e a 
principal delas justifica-se pela questão do “período analisado”, inobstante, a característica de completude entre elas, irá sobrestar 
quaisquer das diferenças existentes. 
ANÁLISE VERTICAL 
A análise vertical, numa avaliação contábil-gerencial, tem o objetivo de verificar a participação percentual de itens patrimoniais 
(itens de valor que a empresa possui) distribuídos em grupos ou contas/rubricas contábeis dentro de um mesmo período de 
análise. Sem sombra de dúvidas, a análise vertical caracteriza-se num instrumento de controle que ao permitir a identificação da 
representatividade (percentual) dos números da empresa, aprimorará o entendimento, a compreensão e a visão de “quantas anda” 
a sua situação econômico-financeira. Embasado nisso, não há como fugir de uma qualificada tomada de decisões em seus negócios, 
criando possibilidades de melhores estratégias, transações de maior retorno, crescimento exponencial das atividades, maior 
viabilidade da empresa, visão holística de projetos de longo prazos, potencialização das condições financeiras, entre outros, afinal, 
sua empresa terá em mãos uma análise individualizada de todos os itens patrimoniais, propiciando identificar pontos críticos e 
merecedoresde atuação imediata. 
De posse da representatividade (percentual) dos itens patrimoniais, fornecida pela análise vertical, a empresa também poderá 
e/ou deverá fazer um acompanhamento rotineiro e muito de perto daquilo que certamente afetará o seu patrimônio, seja positiva 
ou negativamente, obtendo controles tempestivamente. As incertezas de mercado e a competitividade acirrada, minimamente, 
obrigam as empresas a buscar mais e utilizar as melhores informações possíveis geradas de suas demonstrações. Nesse quesito é 
mister a empresa ter disponibilizado um eficiente sistema de informação contábil, que lhe permitirá uma boa sequência do 
processo de análise – lembra-se? (é a figura 3 da unidade 1). 
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Figura 1: Sequência do processo de análise 
Fonte: Adaptado de Assaf Neto (2010). 
Descrição da Imagem: A imagem demonstra o processamento de dados que tornar-se-ão em informações a partir das 
Demonstrações Contábil-financeiras. A imagem é constituída por três quadros, com flechas, indicando o sentido da esquerda para 
a direita. O primeiro quadro para o segundo quadro (processo contábil) corresponde, respectivamente: “Fatores ou Eventos 
Econômico-financeiros” e “Demonstrações Contábeis = dados”. A técnica de Análise de Demonstrações corresponde a transição 
do segundo quadro para o terceiro quadro (“informações financeiras para a tomada de decisão”). 
Corrobora-se, pois, que um sistema de informações contábeis eficiente, será quesito fundamental para o sucesso da empresa. 
Atenção 
As técnicas de análise privilegiam as demonstrações contábeis em seu conjunto, muito embora, 
comumente, os analistas utilizam muito mais o balanço patrimonial e a demonstração de 
resultado do exercício – DRE. Outrossim, quaisquer das demonstrações contábil-financeiras 
disponibilizadas pelas empresas poderão ser alvo das análises e apresentar eficácia nos 
resultados. 
Ao fundamentar-se no balanço patrimonial e na demonstração do resultado do exercício – DRE, 
a análise vertical evidenciará a estrutura de composição de ambas e identificará quanto vale, 
percentualmente falando, cada item patrimonial em relação a um total definido para a análise, 
propriamente dita. 
Fazendo um exercício mental, pode-se dizer que a partir da análise vertical é possível evidenciar, 
por exemplo, em que tipo de ativo a empresa está investindo mais, ou qual a participação 
percentual da conta/rubrica contábil caixa dentro do grupo de disponibilidades, ou comparar se 
seu custo está mais elevado do que as demais empresas do segmento que se tenha notícia, 
permitindo assim tomar medidas estratégicas de crescimento ou saneadoras. 
A análise contábil e suas técnicas não são exigibilidades legais, caracterizam-se como sendo uma 
necessidade das empresas para que possa diagnosticar sua situação econômico-financeira e 
patrimonial, seja no momento atual ou em função de variações ao longo do tempo, avaliando os 
seus resultados econômicos auferidos em suas operações sociais, visando sempre a otimização 
de seu desempenho e performance. 
Na prática 
A análise das demonstrações contábil-financeiras é muito ampla e nos motiva cada vez mais a 
buscar dados e informações que possam explicar e/ou justificar fenômenos ocorridos em 
cenários dos mais diversos e com empresas de diferentes segmentos, porte, modelos, etc. 
Comumente, na sua base, a análise das demonstrações contábil-financeiras perpassa por três 
espécies: análise vertical percentual (de estrutura ou estática), análise horizontal percentual (de 
evolução ou dinâmica) e análise de índices, indicadores e/ou coeficientes econômico-financeiros. 
Nessa unidade 2, privilegiamos as análises vertical percentual e horizontal percentual e ficamos 
muito surpreendidos, positivamente falando, ao saber da complementariedade que ambas se 
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propiciam e dos resultados advindos, permitindo-nos diagnósticos fantásticos a partir da 
materialização das duas nas demonstrações Balanço Patrimonial e DRE. Difícil a partir de agora 
a gente imaginar as empresas não utilizando essas técnicas. 
O processo decisório das empresas deve fundamentar-se no maior número de informações 
possíveis e num arcabouço técnico-teórico bem vasto, visando o atingimento de seus objetivos 
da forma mais segura e sólida, portanto, poderíamos afirmar que as técnicas de análise são 
realmente instrumentos poderosos para uma avaliação detalhada do desempenho de quaisquer 
empresas. 
Certamente, não temos “bola de cristal”, entretanto, a capacidade de prever situações de 
bancarrota (falência), indicar regularidade comportamental (estabilidade) ou não, mitigar riscos 
empresariais com um bom gerenciamento prévio, dissecar a performance e desempenho dos 
seus resultados, são subsídios que as análises vertical e horizontal podem lhe proporcionar. 
Veja a seguir um vídeo sobre essas técnicas e certifique-se você mesmo da importância da 
aplicação prática de ambas em nosso dia-a-dia empresarial. 
Disponível aqui 
A análise vertical objetiva o estudo da composição estrutural das demonstrações contábil-financeiras por meio de cálculos dos 
chamados coeficientes de participação percentual em relação ao total, privilegiando determinar a relevância de cada conta em 
relação a esse total, propriamente dito. Curiosamente, a análise vertical também é conhecida por análise estática ou análise de 
estrutura. Portanto, se você encontrar esses termos por aí, em outras referências (bibliografias), saiba que trata-se do mesmo 
assunto. Então que fique bem claro para passarmos à frente! 
A análise vertical, ao evidenciar a composição do patrimônio apresentado nas demonstrações contábil-financeiras numa data ”x”, 
estará indicando os coeficientes de participação percentual relativo a cada conta/rubrica contábil no conjunto dessas. 
Mais uma vez você há de lembrar das “características qualitativas”, exaustivamente estudadas aqui, pois bem, na materialização do 
trabalho de análise vertical deparamo-nos mais uma vez com a possibilidade de compararmos com os padrões de empresas do 
mesmo segmento analisado e, inclusive, dar amplitude ao processo de análise quali-quantitativa. 
Mãos à obra? Considerando que vamos trabalhar com a análise vertical na demonstração contábil denominada Balanço 
Patrimonial, aplicaremos o modus operandi descrito acima para contas/rubricas de ativo, de passivo e de resultado. Se trabalharmos 
com mais de um período, utilizaremos o mesmo raciocínio, amplamente. É muito comum que analisemos de 3 a 5 anos de 
demonstrações contábil-financeiras para se ter uma ideia clara e fundamentada do que realmente ocorreu com a empresa ao longo 
do tempo. Juntamente com uma análise gerencial descritiva, ter-se-á condições de saber como a empresa chegou até aqui e 
doravante... o que lhe espera? 
Para a análise vertical no balanço patrimonial, usaremos a seguinte fórmula: 
Se, por exemplo, utilizando-se de um balanço patrimonial (parcial), quisermos saber qual é a participação percentual da 
conta/rubrica contábil estoques no ativo circulante (subgrupo) da empresa, bastará proceder a divisão do valor da conta/rubrica 
contábil estoques pelo total do ativo circulante (subgrupo). Outro exemplo, se quisermos saber qual é a participação percentual do 
ativo circulante (subgrupo) no total geral do ativo (grande grupo), procederemos a divisão do primeiro pelo segundo, lembrando 
sempre que o resultado será percentual, portanto, multiplique por 100. 
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https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F8829&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0x6b-y8JX12oZFmQ2VnyjA
Tabela 1 – Análise Vertical Percentual - Balanço Patrimonial (parcial) 
Fonte: Desenvolvido pelo autor, apartir da Lei no. 6.404/76 S.A 
Materializando-se, temos: 
1) Estoques – R$ 63.000,00: Ativo circulante - R$ 160.000,00 x 100 = 39,38 % (na primeira coluna de AV%) 
2) Ativo circulante – R$ 160.000,00: Ativo total – R$ 200.000,00 x 100 = 80,00 % (na segunda coluna de AV%) 
A análise vertical materializada no Balanço Patrimonial pode nos proporcionar análises e interpretações diversas. No nosso 
exemplo, calculamos a participação percentual de uma conta/rubrica contábil (estoques) em função do subgrupo (ativo circulante) 
e, em ato contínuo, calculamos a participação percentual do subgrupo (ativo circulante) em função do grande grupo (ativo total). 
Poderíamos ainda, proceder um cálculo das contas/rubricas contábeis em função do grande grupo (ativo total), essa não foi uma de 
nossas opções. 
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Tabela 2 – Análise Vertical Percentual - Balanço Patrimonial (parcial) 
Fonte: Desenvolvido pelo autor, a partir da Lei no. 6.404/76 S.A 
Mas verifica-se, pois que podemos ter, minimamente, 3 (três) visões diferentes para cada ano, porém muito agregadoras, para 
realizar a análise vertical utilizando a demonstração contábil Balanço Patrimonial, integralmente. Senão vejamos: 
• Análise Vertical percentual de conta/rubrica contábil para grande grupo – C/GG; 
• Análise Vertical percentual de conta/rubrica contábil para subgrupo – C/SG; 
• Análise Vertical percentual de subgrupo para grande grupo – SG/GG. 
Agora perceba que informamos agora a pouco que há possibilidades de se realizar análises de demonstrações contábil-financeiras 
em períodos que podem variar de 3 a 5 anos, afinal, daria uma visão muito mais ampla de tudo que aconteceu com a empresa ao 
longo do tempo e aquilo que estará por vir. Lembra-se? O que nos faz refletir e concluir? 
Em um período de 3 anos, podemos obter 9 análises verticais por 3 visões diferentes. Em 5 anos, mantendo a mesma quantidade 
de visões, teremos 15 análises. Isto é, muito mais informações para uma tomada de decisão mais consciente. 
Na Tabela abaixo privilegiamos a análise vertical em um balanço patrimonial (parcial), utilizando as 3 visões diferentes sugeridas 
para o ano de 2018. Na primeira coluna da AV%, calculou-se de conta/rubrica contábil para grande grupo – C/GG; na segunda 
coluna da AV%, calculou-se de conta/rubrica contábil para subgrupo – C/SG e na terceira coluna da AV%, calculou-se de subgrupo 
para grande grupo – SG/GG. Poderá e/ou deverá calcular da mesma forma para os anos de 2019 e 2020, obtendo assim, três 
análises verticais para cada ano, totalizando nove análises. Se sua escolha de análise for para cinco anos de demonstrações 
contábil-financeiras, totalizará em quinze análises. 
Tabela 3 – Análise Vertical Percentual - Balanço Patrimonial 
(parcial) 
Fonte: Desenvolvido pelo autor, a partir da Lei no. 6.404/76 
S.A 
Assim, corroboramos o que já foi explanado na Unidade 1, quando dissemos que “as empresas encontram-se num cenário de 
multiplicidade de necessidades individuais, combinadas com um cem número de dados gerados em relatórios contábeis e cada vez 
mais a necessidade de informações abrangentes e/ou complexas” e quanto mais informações estiverem disponibilizadas, mais 
subsídios as empresas terão para tomarem as suas decisões de forma mais segura. Portanto, com a simples adoção da técnica, 
dependendo do período analisado, podemos obter de 9 a 15 análises verticais. É ou não é um arcabouço valioso de informações? 
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Conecte-se 
O que acha de colocarmos a mão na massa? A propósito você sabe 
calcular a Análise Vertical do Balanço Patrimonial numa calculadora HP 
12C – Gold? Nunca ouviu falar? É uma calculadora financeira 
programável muito utilizada nos estudos superiores quando da execução 
dos cálculos financeiros. Na própria internet você encontra a 
disponibilização gratuita – Emulador WEB HP 12C. Assim fica muito mais 
fácil para você calcular e fazer a melhor interpretação e análise vertical 
percentual. Privilegiamos aqui a mesma demonstração que foi utilizada 
acima, como exemplo, especificamente na análise de contas/rubricas 
contábeis para o subgrupo. Siga o passo-a-passo e tire de letra os cálculos 
que envolvem essa técnica de análise. 
Tabela 4 – Análise Vertical Percentual – BP utilizando HP 12C Gold 
Fonte: Desenvolvido pelo autor 
Figura 2: Título 
Fonte: https://stendec.io/ctb/hp12c-platinum.html 
E se trabalharmos na análise vertical da Demonstração de Resultado do Exercício – DRE, por exemplo, utilizaremos a mesma 
essência do modus operandi já epigrafado, outrossim, deveremos ter como ponto de partida a fixação da Receita de Vendas em 
100%, mas cabe ressaltar que os analistas poderão optar pela Receita Bruta de Vendas ou pela Receita Líquida de Vendas (ambas 
estarão corretas) e a partir da escolha, determina-se os outros coeficientes. 
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https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fstendec.io%2Fctb%2Fhp12c-platinum.html&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw2EbJUEw552cofj2oWN18Wo
Tal escolha perpassa pelo objetivo de eliminar alguma provável distorção causada por contas/rubricas contábeis redutoras das 
vendas, como por exemplo: impostos diretamente aplicáveis, cancelamentos, devoluções, abatimentos, merecendo sempre uma 
análise e interpretação cuidadosa. 
Para a análise vertical na DRE, usaremos a seguinte fórmula: 
No exemplo abaixo, privilegiamos um ano apenas para DRE (2018) e fixamos a Receita Líquida de Vendas em 100%, para servir de 
base na divisão e identificação da participação percentual dos demais itens e/ou contas/rubricas contábeis. Lembre-se que 
poderíamos também ter fixado a Receita Bruta de Vendas em detrimento à que foi escolhida. Ambas estariam corretas. 
Tabela 5 – Análise Vertical Percentual - DRE 
Fonte: Desenvolvido pelo autor, a partir da Lei no. 6.404/76 S.A 
Materializando-se, temos: 
• CMV (R$ 22.000,00): Receita Líquida de Vendas - R$ 40.000,00 x 100 = (55 %) 
• Lucro Bruto R$ 18.000,00: Receita Líquida de Vendas - R$ 40.000,00 x 100 = 45 % 
• Despesas Comerciais (R$ 4.000,00): Receita Líquida de Vendas - R$ 40.000,00 x 100 = (10 %) 
• Despesas Financeiras (R$ 2.000,00): Receita Líquida de Vendas - R$ 40.000,00 x 100 = (5 %) 
• Despesas Administrativas (R$ 8.000,00): Receita Líquida de Vendas - R$ 40.000,00 x 100 = (20 %) 
• Lucro Operacional R$ 4.000,00: Receita Líquida de Vendas - R$ 40.000,00 x 100 = 10 % 
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• Despesas não-operacionais (R$ 1.000,00): Receita Líquida de Vendas - R$ 40.000,00 x 100 = (2,5 %) 
• Lucros antes do IR e CSLL R$ 3.000,00: Receita Líquida de Vendas - R$ 40.000,00 x 100 = 7,5 % 
• IR e CSLL (R$ 800,00): Receita Líquida de Vendas - R$ 40.000,00 x 100 = (2 %) 
• Lucro Líquido R$ 2.200,00: Receita Líquida de Vendas – R$ 40.000,00 x 100 = 5,5% 
Estudos demonstram o apelo por conhecer mais profundamente a aplicabilidade da análise vertical percentual e, sobretudo, sua 
materialização nas demonstrações contábil-financeiras e com a DRE não é diferente. Olha que interessante... segundo Silva (2010), 
são três as formas básicas de privilegiar-se da análise vertical percentual numa DRE: 
[...] as três formas de utilizar a análise vertical na demonstração do resultado: a) pela 
representatividade de um item em relação à receita líquida de vendas do respectivo período; b) 
observando o comportamento histórico, ou seja, ao longo de mais de um exercício; c) 
comparando os percentuais apresentados pela empresa com dados de outra empresa que seja 
de atividade e porte semelhantes e de preferência da mesma região geográfica. (SILVA, 2010, 
p.113) 
Agora temos aqui uma visão mais ampliada da análise vertical percentual, contemplandotrês anos de DRE e tomando por base de 
cálculo a Receita Líquida de Vendas. 
Tabela 6 – Análise Vertical Percentual - DRE 
Fonte: Desenvolvido pelo autor, a partir da Lei no. 6.404/76 S.A 
Se analisarmos com criticidade, poderemos identificar ganhos substanciais com essa técnica da análise vertical no que tange à 
gestão financeira das empresas, senão vejamos, por exemplo: 
• A participação dos estoques sobre o ativo e num nível de detalhamento maior, como se espera de todas as análises, privilegiar 
os estoques de matéria-prima, de produtos em elaboração, de produtos acabados; 
• A representatividade das despesas administrativas, comerciais, tributárias, de pessoal, enfim, sobre o patrimônio; 
• O impacto que se dá no patrimônio, quando das operações de investimentos, seja lá qual for, ações, participação em empresas, 
etc; 
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• O percentual das exigibilidades de curto e longo prazos, caracterizadas por dívidas cotidianas (folha de pagamento, 
fornecedores, empréstimos, etc.); 
• O percentual que se tem a receber das receitas, seja no curto ou longo prazos. 
Vamos calcular?! Privilegiamos aqui a mesma demonstração que foi utilizada acima, como exemplo, especificamente na análise de 
contas/rubricas contábeis/itens. De novo, siga o passo-a-passo e tire de letra os cálculos que envolvem essa técnica de análise. 
Tabela 7 – Análise Vertical Percentual – DRE utilizando HP 12C Gold 
Fonte: Desenvolvido pelo autor. 
Inspire-se 
O Jornal O Globo, datado de 27 de maio de 2021, apresenta uma reportagem intitulada 
“Correios registram lucro de R$ 1,53 bilhão em 2020” , no caderno de Economia, que informava 
que os Correios registraram um lucro líquido de R$ 1,53 bilhão em 2020 conforme divulgação 
em suas demonstrações contábil-financeiras (D.O.U – Diário Oficial da União) e que o belo 
resultado da estatal representaria uma redução dos prejuízos acumulados que até o ano de 
2019 era de R$ 2,4 bilhões, ressaltando de que tratava-se do 4º. ano seguido de resultados “no 
azul” após 4 anos de prejuízos. Destacava ainda que “já o patrimônio líquido da companhia subiu 
em 2020 para R$ 949,7 milhões, ante R$ 146,8 milhões em 2019 e segundo o balanço 
patrimonial, o capital social da empresa atingiu R$ 3,382 bilhões no final do ano passado, 
constituído integralmente pela União”. Ressalta-se ainda na reportagem que o governo publicou 
um decreto presidencial que inclui a ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no PND - 
Programa Nacional de Desestatização (dependendo de aprovação no Congresso Nacional), ou 
seja, a estatal está na fila para a privatização. 
Muito bem... quem de nós em sã consciência, não gostaria de se aprofundar-se nos detalhes das 
demonstrações contábil-financeiras da EBCT? 
Em poucos minutos já nos passa pela cabeça uma porção de perguntas que, certamente, 
encontraríamos respostas nas técnicas de análises, direta ou indiretamente, privilegiando 
inclusive as análises vertical percentual e horizontal percentual: 
• O que mais impulsionou o desempenho e performance no período de 2017-2020 
(período do “no azul”)? 
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• Por que não houve resultado superavitário (no azul) no período de 2016-2013? 
• Será mais receita no caixa do governo? 
• Será que privatizar melhora a qualidade dos serviços? 
• Será que se pagou impostos? 
• Será uma campanha de lucratividade? 
• Será uma jogada de marketing? 
Enfim, o que pode ter acontecido? O que acontecerá doravante? Seja na HP-12C ou no Excel, 
treine um pouquinho seus conhecimentos. Boralá ... deixe a PROATIVIDADE tomar conta! EBCT 
DCF 2020: 
ANÁLISE HORIZONTAL 
A análise horizontal objetiva o estudo da evolução ou involução histórica na composição estrutural das demonstrações contábil- 
financeiras por meio de cálculos dos chamados números-índices ao longo de períodos consecutivos de tempo, para cada uma das 
contas/rubricas contábeis individualmente, comparando esses períodos que deverão ter valores expressos em moedas de poder 
aquisitivo constante. Curiosamente, a análise horizontal também é conhecida por análise de tendência, análise de evolução ou 
análise dinâmica, portanto, se você encontrar esses termos por aí, em outras referências (bibliografias), saiba que trata-se do 
mesmo assunto. 
Então que fique bem claro para passarmos à frente! 
A análise horizontal corresponde ao estudo das variações ocorridas, para cima ou para baixo, em períodos consecutivos de tempo 
em todos os itens (contas/rubricas contábeis) que compõem os demonstrativos que serão base dos cálculos. 
A exemplo daquilo que falávamos na Unidade 1 e agora a pouco aqui no tema de análise vertical, as “características qualitativas”, 
têm destaque quando se intenta estudar a análise horizontal, afinal, a evolução/crescimento e/ou involução/decrescimento têm, 
certamente, uma explicação ou justificativa plausível o motivo da variação, seja em função das finanças da empresa, da 
performance de suas operações, das estratégias implantadas ou implementadas, de casos fortuitos ou de força maior, de 
intempéries, enfim, estabelecer diagnósticos afinal alguma coisa terá sido o motivo. Nada acontece por acaso e aqui não terá sido 
diferente. O certo é que a interpretação e a análise, fundamentarão um plano de ações para o presente e para o futuro de forma 
ampla. 
O modus operandi é simples e em regra geral, calcula-se utilizando o valor atual do item (conta/rubrica contábil) dividido pelo valor 
do item correspondente do período imediatamente anterior (conta/rubrica contábil), diminuindo um e multiplicando por 100, já 
que queremos o resultado em percentual. Aplicar-se-á esse modus operandi para todas as contas/rubricas contábeis que compõem 
as demonstrações contábil-financeiras. Reiteramos que, a exemplo da análise vertical, se trabalharmos com mais de um período, 
utilizaremos o mesmo raciocínio, amplamente. Lembre-se de que é muito comum que analisemos de 3 a 5 anos de demonstrações 
contábil-financeiras para se ter uma ideia clara e fundamentada do que realmente ocorreu com a empresa ao longo do tempo e 
juntamente com uma análise gerencial descritiva, ter-se-á condições de saber como a empresa chegou até aqui e doravante... o que 
lhe espera? 
Na verdade, fazemos uma mescla das duas formas existentes para o cálculo da análise horizontal percentual, a chamada de “Base 
Móvel” ou “Análise Anual”, em que os índices são apurados, tendo como base o ano anterior e a chamada de “Base Fixa” ou “Análise 
Encadeada”, a qual estabelece a base do primeiro período como 100 e apura a evolução nos seguintes. 
Para facilitar nossos estudos e dar uma suavidade na transmissão das informações, seguiremos a mesma estratégia de explicação 
que adotamos na análise vertical. Vamos trabalhar com ambas as formas conjuntamente, tanto para o Balanço Patrimonial como 
para a Demonstração do Resultado do Exercício que nos dará uma visão muito mais ampliada da análise horizontal percentual. 
Boralá! Mãos à obra? 
Para a análise horizontal no balanço patrimonial, usaremos a seguinte fórmula: 
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Se, por exemplo, utilizando-se de um balanço patrimonial (parcial), quisermos saber qual é a evolução ou involução histórica 
percentual das contas/rubricas contábeis bancos, clientes e estoques no ativo circulante (subgrupo) da empresa, por exemplo, 
bastará proceder a divisão dos valores no período atual pelo valor das mesmas contas/rubricas contábeis do período 
imediatamente anterior (mesmo subgrupo), diminuir 1 e multiplicar por 100. Da mesma forma, se quisermos saber qual é a 
evolução ou involução histórica percentual do ativo circulante (subgrupo), basta proceder o mesmo raciocínio e mesma expressão 
aritmética. 
Uma informaçãomuito importante: O ano escolhido para servir de base SEMPRE equivalerá a 100%. 
Três anos de análise, por exemplo, sendo 2018 a base: 2018, 2019 e 2020. AH% de 2018 = 100% 
Tabela 8 – Análise Horizontal Percentual “Base Móvel” – BP 
Fonte: Desenvolvido pelo autor, a partir da Lei no. 6.4040/76 S.A 
A análise horizontal materializada no Balanço Patrimonial pode nos proporcionar análises e interpretações diversas. No nosso 
exemplo, calculamos a análise de tendência percentual e identificamos a evolução e/ou involução das contas/rubricas contábeis 
dos anos de 2018, 2109 e 2020. Fixamos o ano de 2018 como sendo o ano base, portanto, a AH% é igual a 100% para todas as 
contas/rubricas contábeis e procedemos os cálculos padrões para os demais anos. Atente-se que a análise horizontal apresentou 
evolução/crescimento em todas as contas/rubricas contábeis, sejam do grande grupo Ativo ou do grande grupo Passivo. E com 
mais atenção ainda, verá que procedemos os cálculos de 2019 para 2018 e de 2020 para 2019, somente. 
Você sempre deve trabalhar com as contas/rubricas contábeis na sua correspondência a cada ano (títulos a receber com títulos a 
receber; financiamentos com financiamentos, etc.). 
Outro ponto que é muito importante e merece muita atenção: 
Comumente, a análise horizontal é calculada, indistintamente, para todo o período disponibilizado (3 a 5 anos), outrossim, se por 
ventura, muito embora tenha sido disponibilizado, por exemplo, 3 anos 2018, 2019 e 2020 e, por um motivo qualquer, as premissas 
de cenário exijam que a base seja 2019, ou seja, iniciará a análise horizontal pelo ano de 2019 (segundo ano), teremos então a AV% 
equivalente a 100% nesse ano e procederemos os cálculos vindouros, normalmente. Assim, para 2018 não haverá cálculo algum. 
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Se você verificar com mais atenção, perceberá que podemos “brincar” com as análises e, minimamente, num triênio (2018, 2019 e 
2020), podemos ter 3 (três) visões diferentes de análise utilizando a demonstração contábil Balanço Patrimonial, integralmente, 
sem perder nada que ela pode nos oferecer. Considerando 2018 como ano base (100%), teremos 3 análises horizontais 
percentuais, senão vejamos: 
• Análise Horizontal percentual do ano de 2019 para o ano de 2018; 
• Análise Horizontal percentual do ano de 2020 para o ano de 2018; 
• Análise Horizontal percentual do ano de 2020 para o ano de 2019. 
Tabela 9 – Análise Horizontal Percentual – BP 
Fonte: Desenvolvido pelo autor, a partir da Lei no. 6.404/76 S.A 
Lembre-se que, a exemplo da análise vertical percentual, há possibilidades de se realizar análises de demonstrações contábil- 
financeiras em períodos que podem variar de 3 a 5 anos, afinal, daria uma visão muito mais ampla de tudo que aconteceu com a 
empresa ao longo do tempo e aquilo que estará por vir. Pois bem, aqui na análise horizontal percentual não será diferente. 
O que nos faz refletir e concluir? Uma DRE trienal poderá nos dar 3 análises horizontais percentuais, em condições normais, ou 
seja, utilizando os 3 anos. Imagina se fosse uma DRE quinquenal: teríamos, em condições normais, 10 análises horizontais 
percentuais, utilizando os 5 anos. 
Quer tirar a prova? 
Se considerássemos um período de 5 anos (2018 a 2022) para procedermos a análise horizontal percentual, por exemplo, tomando 
o ano de 2018 como base = 100%, teríamos: 
• Análise Horizontal percentual do ano de 2019 para o ano de 2018; 
• Análise Horizontal percentual do ano de 2020 para o ano de 2018; 
• Análise Horizontal percentual do ano de 2020 para o ano de 2019; 
• Análise Horizontal percentual do ano de 2021 para o ano de 2018; 
• Análise Horizontal percentual do ano de 2021 para o ano de 2019; 
• Análise Horizontal percentual do ano de 2021 para o ano de 2020; 
• Análise Horizontal percentual do ano de 2022 para o ano de 2018; 
• Análise Horizontal percentual do ano de 2022 para o ano de 2019; 
• Análise Horizontal percentual do ano de 2022 para o ano de 2020; 
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• Análise Horizontal percentual do ano de 2022 para o ano de 2021. 
Portanto, teríamos 10 análises horizontais percentuais. 
Agora veja o tanto de interpretações que poderíamos fazer, obviamente, de posse de outros relatórios complementares e assim 
corroborar também o que já foi explanado no conteúdo da Análise Vertical Percentual no que tange ao sem-número de dados 
gerados em demonstrativos contábeis que transformarão em informações úteis para as empresas tomarem as suas decisões e com 
a simples adoção da técnica, dependendo do período analisado, podemos obter de 3 a 10 análises horizontais. Por isso insisto em 
dizer: é um arcabouço valioso de informações. 
Conecte-se 
Vamos calcular?! Vamos utilizar a mesma demonstração do balanço 
patrimonial apresentada acima, como exemplo, porém, 
comparativamente, só para o ano de 2019 a 2018. 
Perceba a mudança de manuseio nas teclas e deleite-se com os cálculos 
que envolvem essa técnica de análise. Para os períodos seguintes o 
procedimento sempre será o mesmo. 
Tabela 10 – Análise Horizontal Percentual – BP utilizando HP 12C Gold 
Fonte: Desenvolvido pelo autor 
E se trabalharmos na análise horizontal percentual da Demonstração de Resultado do Exercício – DRE, por exemplo, utilizaremos a 
mesma essência do modus operandi para o balanço patrimonial, já epigrafado, atendando-se para proceder as correspondências 
de contas/rubricas e itens ao longo dos anos, de forma correta. Reiteramos a informação de que estamos trabalhando com ambas 
as formas “Base Fixa” e “Base Móvel”, conjuntamente, tanto para o Balanço Patrimonial como para a Demonstração do Resultado 
do Exercício pois nos dá uma visão muito mais ampliada da análise horizontal percentual. 
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Para a análise horizontal percentual da DRE, utiliza-se também a seguinte fórmula: 
Portanto, se por exemplo, utilizando-se de uma DRE, quisermos saber qual é a evolução ou involução histórica percentual das 
contas/rubricas contábeis/itens Vendas Líquidas, Margem de Contribuição e Resultado Financeiro da empresa, bastará proceder a 
divisão dos valores no período atual pelo valor das mesmas contas/rubricas contábeis/itens do período imediatamente anterior, 
diminuir 1 e multiplicar por 100 (o resultado é dado em percentual) e para quaisquer outras análises, basta proceder o mesmo 
raciocínio e mesma expressão aritmética. 
Tabela 11 – Análise Horizontal Percentual - DRE 
Fonte: Desenvolvido pelo autor, a partir da Lei no. 6.404/76 S.A 
A análise horizontal materializada nessa DRE também pode nos proporcionar análises e interpretações diversas. Aqui, 
privilegiamos o cálculo da análise de tendência percentual e identificamos a evolução e/ou involução das contas/rubricas 
contábeis/itens dos anos de 2018, 2109 e 2020. Fixamos o ano de 2018 como sendo o ano base, portanto, a AH% é igual a 100% 
para todas as contas/rubricas contábeis/itens e procedemos os cálculos padrões para os demais anos. Atente-se que, nesse 
exemplo, a análise horizontal percentual fundamenta-se em alguns valores absolutos que são negativos e a análise dessa 
evolução/crescimento, exigirá estratégias para reverter o quadro. Percebe como é rico o trabalho da técnica de análise? 
Ponto de atenção IMPORTANTÍSSIMO para racionalizar o trabalho de materialização da análise horizontal percentual na DRE: 
Todos os procedimentos utilizados para a análise horizontal percentual do balanço patrimonial são absolutamente iguais para a 
DRE, o que permite minimizar um pouco a aplicação da técnica, seja, numa calculadora HP-12C ou no Excel, por exemplo. A 
questão do período disponibilizado (3 a 5 anos) também é de suma importância para quem pretende obter relatórios gerenciais 
descritivosbem detalhados e fundamentados. Quanto mais informações, melhor. 
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Vamos colocar em prática! Agora privilegiando os cálculos da análise horizontal percentual na calculadora HP 12C – Gold, 
privilegiando a DRE que foi apresentada acima, como exemplo, porém, comparativamente, só para o ano de 2019 à 2018. 
Mais uma vez, atente-se para mudança de manuseio nas teclas e deleite-se com os cálculos que envolvem essa técnica de análise. 
Para os períodos seguintes o procedimento sempre será o mesmo. 
Tabela 12 – Análise Horizontal Percentual – DRE utilizando 
HP 12C Gold 
Fonte: Desenvolvido pelo autor. 
Algumas particularidades da análise horizontal percentual que devem ser levadas em conta de maneira muito criteriosa: 
• Os dois métodos – “Base Móvel” (Análise Anual) ou “Base Fixa” (Análise Encadeada), são complementares. Embora haja, entre 
as empresas, uma prevalência pelo método da “Base Fixa”, a mescla de ambas traz boas interpretações; 
• As demonstrações contábil-financeiras devem apresentar-se com saldos numa mesma moeda para efeito dos cálculos da 
análise horizontal percentual, visando a apuração de resultados reais; 
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• Os efeitos de inflação ou deflação não devem ser desprezados. Comumente, privilegia-se também os quesitos de evolução 
nominal e evolução real quando trata-se dos cálculos da análise horizontal percentual. A evolução nominal não considera tais os 
efeitos, já a evolução real considera-os, amplamente. 
Cumpre-nos reiterar que as análises vertical percentual e horizontal percentual andam de mãos dadas, complementam-se 
integralmente e trazem vantagens relevantes para fundamentar os processos decisórios das empresas. Verdadeiramente, não 
trata-se de uma facultatividade a utilização de todas as técnicas de análises em conjunto, mas sim uma obrigatoriedade afinal, além 
de serem complementares por si só, nos permitirão um arcabouço de conteúdos técnicos e informações sobre todas as operações 
que as empresas realizam no dia-a-dia, indistintamente. 
Maior confiabilidade e segurança das informações, mensuração mais acurada dos fatos contábeis, aplicação otimizada dos 
recursos, maior produtividade, mitigação de riscos, materialização dos resultados, entre outros, são vantagens que uma boa 
análise de informações pode propiciar às empresas e com as análises vertical percentual e a horizontal percentual essas 
possibilidades aumentam exponencialmente. 
Em pauta 
O podcast disponibilizado para vocês, privilegiará tópicos importantes para a materialização 
efetiva das técnicas de análise, as análises vertical percentual e horizontal percentual, não 
somente os cálculos em si, mas também as interpretações possíveis, considerando a simulação 
de alguns contextos e cenários ou até mesmo de algum caso concreto. Vamos contextualizar e 
correlacionar as demonstrações contábil-financeiras às análises vertical e horizontal, 
demonstrando a importância de uma boa apresentação formal, do conhecimento prévio de 
informações e dos reflexos vindouros. No primeiro tópico então, será contextualizada a 
imprescindibilidade de uma boa contabilidade e de suas demonstrações legais. Num segundo 
tópico, destacar-se-á as técnicas de análise, especialmente a AV% e AH%, seus objetivos, 
características e vantagens. Em ato contínuo, num terceiro tópico, vamos explanar sobre as 
possíveis análises gerenciais descritivas e seus reflexos, quesitos que darão visibilidade às 
empresas, deixando-as na berlinda de forma positiva ou negativa. Reflexão sobre a escolha. 
Disponível aqui 
Chegamos bem ao final dessa Unidade 2, não é mesmo? Perguntinha básica: como você está se sentindo? O saber não ocupa lugar 
e nos leva a novas conquistas – veja o tanto que você já progrediu e progredirá ainda muito mais. Seja versátil, proativo...o retorno 
compensará e muito. Parabéns por ter chegado até aqui! 
Reitero aqui a importância de entender que para uma formação sólida de um profissional, seja privilegiada a integração de 
conhecimentos e a multidisciplinaridade. Você tem construído aqui um arsenal de conhecimentos que lhe permitirá sair à frente 
em quaisquer situações profissionais ou educacionais, somente porque você está assumindo compromissos com o seu aprendizado 
e isso, ninguém vai lhe tirar. Competências, habilidades e atitudes, ou simplesmente CHA, são conquistadas paulatinamente, à 
medida desse aprendizado. 
Leia, releia, reflita e discuta tudo que já viu até agora, seja curioso, proativo no sentido de buscar mais e mais. Sugiro que você 
entre no site da B3 (antiga BOVESPA), por exemplo, procure uma empresa por lá, busque suas demonstrações contábil-financeiras, 
analise, avalie, reflita, questione, você só terá a ganhar. 
Clique aqui! 
Pratique em sua calculadora ou no Excel... calcule as análises vertical percentual e horizontal percentual, amplamente. Desafie-se! 
Pegue três anos de demonstrações (BP e DRE) de quaisquer empresas. Assim que estiver bem treinado, dê um foco mais 
direcionado. Escolha um segmento, porte, modelo de empresa, período (talvez um período mais atípico), leia previamente sobre 
cenários econômicos e sobre a empresa escolhida... tudo será agregador para você. Há... quando tiver um tempinho, pesquise em 
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empresas de sites profissionais certificados e veja o quanto os cargos daqueles que trabalham com análises contábil-financeiras 
estão valorizados. Você não vai ficar fora dessa não é mesmo? 
Reitero mais uma vez e sempre, as competências e habilidades descritas nas Diretrizes Curriculares Nacionais de Cursos de 
Graduação do Conselho Nacional de Educação e, especialmente, para aqueles que trabalham ou trabalharão com análises contábil- 
financeiras, como uma grande dica de sucesso: 
● elaborar pareceres e relatórios que contribuam para o desempenho eficiente e eficaz de seus usuários, quaisquer que 
sejam os modelos organizacionais; 
● desenvolver com motivação e através de permanente articulação, a liderança entre equipes multidisciplinares para a 
captação de insumos necessários aos controles técnicos, à geração e disseminação de informações contábeis, com 
reconhecido nível de precisão; 
● exercer suas responsabilidades com o expressivo domínio das funções contábeis, incluindo as atividades atuariais e de 
quantificações de informações financeiras, patrimoniais e governamentais, que viabilizem aos agentes econômicos e aos 
administradores de qualquer segmento produtivo ou institucional o pleno cumprimento de seus encargos quanto ao 
gerenciamento, aos controles e à prestação de contas de sua gestão perante à sociedade, gerando também informações para 
a tomada de decisão, organização de atitudes e construção de valores orientados para a cidadania (BRASIL, 2004). 
Espero que ajude a disseminar aos “quatro ventos”. 
Avançar 
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AGORA É COM VOCÊ 
Vamos analisar o seguinte trecho: 
A evolução das técnicas de análise das demonstrações contábeis não objetivava o estudo geral e 
holístico que o fenômeno patrimonial comporta. Eram adoções isoladas de técnicas 
desenvolvidas especificamente por banqueiros que necessitavam conhecer a riqueza 
patrimonial de seus devedores.Somente na década de oitenta, no Brasil, começa a se identificar 
uma tendência à visão holística, sem contudo estar apoiada em conteúdo científico e lógico. 
Estruturava-se na análise e técnica de extração de informes e índices das demonstrações 
contábeis padronizadas conforme a Lei no. 6.404/76 - Lei das S.A” (PIRES, 1996, p.81). 
Em termos de história a citação é relativamente nova e é justamente adequada para questionar: Em que medida você consegue 
perceber as vantagens da utilização ampla das técnicas de análise intituladas “análise vertical percentual e análise horizontal 
percentual” e, você consegue perceber algum complicador ou limitador na materialização das mesmas, explicando? 
Orientação de resposta 
Avançar 
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REFERÊNCIAS 
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro . 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
B3. Classificação Setorial B3 . Disponível em http://www.b3.com.br . Acesso em 02 jun. 2021. 
BRASIL. Resolução CNE/CSE no. 7/2004. Diretrizes Curriculares Nacionais de Cursos de Graduação. MEC. Disponível em 
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/ces0289.pdf. Acesso em 06 jun. 2021. 
CODERN – Cia. Docas do Rio Grande do Norte. Publicações. Disponível em http://codern.com.br/demonstrativo-financeiro- 
2020/ ). Acesso em 17 mai. 2021. 
PIRES, Marco Antônio Amaral. Análise moderna do fenômeno patrimonial. Revista Brasileira de Contabilidade , Brasília, DF, ano 
25, n 100, p.80-85, jul / ago 1996. 
SILVA, Alexandre Alcântara da. Estrutura, análise e interpretação das demonstrações contábeis . São Paulo: Atlas, 2017. 
SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresas . São Paulo: Atlas, 2010. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.b3.com.br&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw1zipL7RILPgh1Zv-yBJQgQ
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fportal.mec.gov.br%2Fcne%2Farquivos%2Fpdf%2Fces0289.pdf.&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw06kTUAldNAsSXSVy_Y3O0u
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fcodern.com.br%2Fdemonstrativo-financeiro-2020%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0M6YJcsJj4aS3BAmdXDM0v
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fcodern.com.br%2Fdemonstrativo-financeiro-2020%2F&sa=D&sntz=1&usg=AOvVaw0M6YJcsJj4aS3BAmdXDM0v
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EDITORIAL 
Profile Marlúcio Cândido 
Mestre em Administração (ênfase em Finanças), Pós-graduado em 1) 
Administração Financeira, 2) Direito do Trabalho, 3) Gestão Educacional, 
4) Gestão de Pessoas, 5) Planejamento, Implementação e Gestão de EAD, 
6) Executivo de Negócios, 7) Especialista em Normas Internacionais de 
Contabilidade IFRS/NIAS, 8) Gestão em Políticas Públicas, 9) Governança 
Tributária, 10) Tecnologias, Formação de Professores e Sociedade, 11) 
Gestão Pública Municipal, 12) Legislação Educacional, 13) Compliance e 
Gestão de Riscos, 14) Contabilidade, Direito e Economia com ênfase na 
Gestão Pública, 15) Cybercrime e Cybersecurity : prevenção e investigação 
de crimes digitais, 16) Direito Desportivo, 17) Direito Imobiliário, 18) 
Gestão Escolar Integrada, 19) Auditoria e Perícia Contábil, 20) Gestão de 
Projetos, 21) Metodologias Ativas e Prática Docente, 22) Pedagogia 
Empresarial e Gestão Corporativa, 23) MBA Finanças e Banking, 24) 
MBA em Gestão de Centros Educacionais Superiores, 25) Perícia Judicial 
e Extrajudicial, Graduação em 1) Ciências Contábeis, 2) Direito, 3) 
Administração, 4) Ciências Econômicas, 5) Pedagogia, 6) Letras, 
Lattes 
Coordenador de curso de Ciências Contábeis e de Administração em IES, 
Conselheiro Efetivo do Conselho Regional de Contabilidade de Minas 
Gerais – CRCMG (2018-2021), Vice-coordenador da Câmara de Registro LinkedIn 
do Conselho Regional de Contabilidade – CRCMG (2020), Membro da 
Comissão de Educação Continuada do Conselho Regional de Minas 
Gerais – CRCMG (2018-2021), Representante do Conselho Regional de 
Contabilidade de Minas Gerais – CRCMG no Conselho de Curadores da 
Universidade Federal de Minas Gerais (2018-2021), Diretor Social 
(Suplente) da ASCAP – Associação dos Contadores de Betim e Região, 
Professor de cursos de graduação (presencial, EaD e remoto) de Ciências 
Contábeis, Direito e de Administração (disciplinas ministradas: 
controladoria, contabilidade introdutória, perícia contábil, administração 
financeira, sistemas de informações contábeis, prática contábil, análise 
das demonstrações contábil-financeiras, direito empresarial, direito do 
trabalho, direito tributário, ética e responsabilidade social, auditoria 
contábil, etc.) e pós graduação presencial e remoto (disciplinas 
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ministradas: controladoria estratégica, contabilidade societária e 
empresarial, balanced scorecard , planejamento de auditoria contábil, ética 
e responsabilidade social, governança corporativa, Tutor de disciplinas 
em EaD em diversas IES, Autor de livros para disciplinas em EaD 
(Contabilidade Geral, Contabilidade Comercial, Análise das 
Demonstrações Contábeis, Auditoria, Custos, Tópicos Especiais de 
Contabilidade (BSC) e Perícia Contábil) pela editora FEAD/Minas Gerais, 
Autor de livros técnicos pela editora JURUÁ/Paraná (Contabilidade em 
Foco: contabilidade geral (2007) e Contabilidade Lúdica: contabilidade de 
custos (2010), Autor de livros de Controladoria e de Responsabilidade 
Social pela editora Novas Edições Acadêmicas/EUA, Organizador de 
livros técnicos nas áreas de direito, QVT, educação e sociologia. Co-autor 
em outros 5 livros voltados para as áreas contábeis, jurídicas, recursos 
humanos, qualidade de vida, serviços sociais, educação. Detentor de 
artigos nacionais e internacionais em revistas e congressos. Membro 
Associado da 1) Associação Científica Internacional do 
Neopatrimonialismo – ACIN, 2) Associação Nacional dos Tutores em 
Educação à Distância – ANATED e 3) Associação Brasileira de Ensino à 
Distância – ABED, 4) Instituto de Pesquisas e Administração da 
Educação – IPAE, 5) Associação Nacional dos Executivos de Finanças, 
Administração e Contabilidade – ANEFAC, 6) Associação Brasileira de 
Gestores da Educação – ABGEDUC. Sócio-diretor da 1) Principles Gestão 
e Consultoria, 2) CM2 Consultoria e Gestão Educacional, Membro do 
Conselho Editorial da Revista Significativa Publicações da Sanches Green 
Educación. Atuo também como administrador judicial, consultor, perito, 
advogado e parecerista técnico. Atuei como coordenador de cursos de 
Ciências Contábeis (22 anos) e de Administração (1 ano) e atuo/atuei 
como professor universitário na graduação (24 anos): Faculdade de 
Ciências Sociais Aplicadas – FACISA, Centro Universitário Newton Paiva, 
Centro Universitário UNA, Faculdade de Estudos Administrativos/FEAD,Faculdade Arnaldo, Centro Universitário FUMEC, Faculdade Pitágoras e 
em pós graduação (14 anos): Faculdade SENAC, Faculdade Pitágoras, 
Centro Universitário UNA, Faculdade de Ciências Humanas de Pedro 
Leopoldo, Escola do Governo/E-Tec, Universidade Federal de Ouro 
Preto/UFOP, Centro Universitário FUMEC, Escola Superior de Advocacia 
- ESA. Atuo também como Avaliador ad hoc do MEC e atuei como 
Avaliador/Consultor ad hoc do Conselho Estadual de Educação/MG e da 
SEDECTES - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, 
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Atuo como Consultor em IES – 
Instituições de Ensino Superior (presencial, remoto, EaD) para 
preparação e recepção de visitas de Renovação, Reconhecimento, 
Credenciamento/Recredenciamento junto ao MEC - Ministério de 
Educação e Cultura (concepção de toda aparelhagem institucional: PDI, 
PPC, NDE, Colegiado, CPA, NAF, selecionar/recrutar professores, etc.). 
O que não tem no meu currículo 
Minha história de vida resume-se num trabalho de muita dedicação, 
persistência, disciplina, administração de tempo e muito sucesso. 
Entrecortada por inúmeras atividades profissionais e acadêmicas, o chute 
inicial de minha carreira no mercado profissional foi como engraxate – 
com muita honra – em 1978, seguidamente com um simples office-boy em 
um escritório de parentes maternos e nunca mais parei. Assumi cargo e 
funções de auxiliar de contabilidade, tendo em vista as habilidades 
conquistadas durante o curso Técnico de Contabilidade e, como o 
mercado profissional já era muito exigente, conquistei uma segunda 
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habilitação como Técnico em Estatística, trabalhando em instituto de 
pesquisa e opinião pública. Conquistei meus cursos superiores e de pós- 
graduação e as coisas fluíram. Atuei num grande grupo de mineração e 
siderurgia, chegando a contador de uma Holding Company . Atuei também 
como contador no segmento de Consórcio de Veículos, como analista 
contábil, chefe de controladoria e Controller no segmento de Shopping 
Centers. Concebi e constituí 4 empresas nos ramos de auditoria, perícia, 
consultoria organizacional e financeira, consultoria jurídica, consultoria 
educacional e escola de gestão aplicada, das quais mantenho apenas duas 
delas no momento atual. Meu hobby é escrever capítulos e livros técnicos 
nas áreas em que me especializei. Gosto muito de músicas, de conversar, 
de conhecer gente e lugares e, sobretudo, sou apaixonado com as pessoas 
que “QUEREM AMPLAMENTE e VÃO BUSCAR”. Tive várias pessoas e 
coisas que me inspiraram. Espero que você encontre a sua fonte 
inspiradora também. Conte comigo. Saúde, paz e sucesso. 
Profile Fla via Luzia dos Santos 
Flavia Luzia dos Santos é mestre em Administração pela Universidade 
Federal de Santa Catarina e bacharel em Administração pela 
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Desempenhou atividades 
administrativas em instituições diversas como HSBC, Alcatel-Lucent, 
UFMS, entre outras, bem como desenvolveu trabalhos de consultoria na 
área financeira. Iniciou carreira docente no Centro Estadual de Educação 
Tecnológica Paula Souza (CEETEPS) e, a partir de então, exerceu a função 
docente na UNINOVE e no IFMS. Atualmente, é colaboradora da 
UNICESUMAR, SENAI e UNIASSELVI. 
O que não tem no meu currículo 
No meu currículo não tem Música. Para mim a vida é um belíssimo 
concerto orquestrado pelo nosso Grandioso Criador, o maior artista de 
todas as épocas. No meu currículo também não tem Natureza, que enche 
a vida de cores, de significados, de ritmo. Meu currículo não tem Aromas. 
Aromas que deleitam os mais diversificados paladares e que permitem Lattes 
conhecer as mais diversas culturas. Meu currículo não tem Foco. Foco 
que possibilita capturar os mais belos cenários, os mais ternos momentos, 
LinkedIn 
transformar imagem em reflexão. No meu currículo não tem Aconchego, 
que aquece o coração daqueles que de mim se aproximam enchendo-os 
de novas perspectivas. Meu currículo não tem Poesia, dado que é apenas 
uma fração. Uma fração de um ser multifacetado que ama conhecer o 
universo, as pessoas, as razões. 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
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Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; 
CÂNDIDO, Marlúcio; SANTOS, Flavia Luzia dos. 
Análise das Demonstrações Contábeis. 
Marlúcio Cândido; Flavia Luzia dos Santos. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2021. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Contábil. 2. Financeiro. 3. Organizações. 
4. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 657 
CIP - NBR 12899 - AACR/2 
Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar 
Head de pós-graduação Victor V. Biazon 
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Equipe Recursos Educacionais Digitais 
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Retornar 
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ANÁLISE DAS 
DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS 
Prof. Me. Marlúcio Cândido e Prof. Me. Flavia Luzia dos Santos 
Oportunidades de aprendizagem 
Nesta unidade, você irá aprimorar as definições relacionadas aos índices provenientes das demonstrações contábeis. Para tanto, 
primeiramente você aprofundará a compreensão dos indicadores financeiro-econômicos e da sua relevância para as organizações. 
Conhecerá e calculará alguns indicadores, desenvolvendo sua análise para compreender sua utilização nos estudos de saúde 
financeira de uma empresa. A partir de então, você estará habilitado para interpretar indicadores econômico-financeiros 
assertivamente, considerando as limitações desses índices em decorrência do contexto e das normativas existentes para 
elaboração das demonstrações financeiras. 
Avançar 
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ANÁLISE POR MEIO DE INDICADORES 
FINANCEIROS E ECONÔMICOS 
♪♫ Janaína acorda todo dia às quatro horas ♫♪ (BIQUINI CAVADÃO E PÉRICLES, 2019) ... Sim, Janaína está acordando todos os 
dias às quatro horas, mas não é por causa do transporte lotado, nem por passar os dias em repartições que repartem sua vida. 
Janaína é proprietária da ADS serviços especializados, empresa de pequeno porte que presta serviços de assistência automotiva a 
empresas detentoras de frotas veiculares. A empresa foi criada pelo seu pai há 15 anos e possui uma robusta carteira de clientes e 
um volume considerável de serviços a prestar, principalmente no período compreendido entre setembro e março de cada ano. No 
entanto, no último ano a empresa enfrentou severas dificuldades em liquidar suas responsabilidades junto a seus credores. 
Ao fazer uma análise do balançopatrimonial de sua empresa, seu amigo, Suzano observou que a empresa não apresenta passivos 
de longo prazo. Essa política Janaína aprendeu com seu pai, senhor Demétrio Soller, que evitava a toda custa endividar-se por 
muito tempo, mas em 2020, acumulou um total de R$ R$ 270.663,06 em passivos circulantes, um montante 1,53 vezes acima do 
passivo acumulado no ano anterior. 
Até se deparar com a situação preocupante, Janaína, que é Engenheira Mecânica e Elétrica, desconhecia a necessidade de 
acompanhar de perto a maneira como o patrimônio empresarial estava sendo utilizado para sustentar as atividades da empresa, de 
modo que não mantinha nenhum controle em relação às movimentações realizadas, a não ser os registros contábeis exigidos por 
lei, que sempre ficam de posse do contador e ela não faz a menor ideia do que se trata. Tal situação levou a empresa a não dispor de 
estoques de peças para a realização dos serviços prestados, bem como à absoluta dependência de seus fornecedores para suprir as 
mesmas. No entanto, a falta de caixa para sanar as suas responsabilidades resultou numa situação ainda mais preocupante, uma 
vez que os fornecedores já não querem lhe conceder crédito em virtude das compras anteriormente realizadas e não pagas. 
Atualmente, a maior preocupação de Janaína é saldar as contas em atraso e manter o negócio funcionando. Na verdade, esta 
preocupação está sendo o motivo de acordar todos os dias às 04 horas. 
Como ajudar a ADS a identificar onde está o seu problema? Quais decisões precisam ser tomadas no intuito de resolver o 
problema que ela está vivenciando? Como as demonstrações contábeis podem ser de ajuda nessa situação? Esses são os aspectos 
que serão tratados neste capítulo. 
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Para avaliar a performance de um empreendimento e compreender como se estrutura as suas operações, torna-se fundamental 
compreender as demonstrações contábeis estudadas nos dois primeiros capítulos, bem como as interrelações existentes entre as 
diversas contas que as compõem. Essa avaliação é do interesse não somente de proprietários de empresas, mas também de muitos 
dos seus stakeholders públicos que, por um motivo ou por outro, se interessam pelo desempenho de uma empresa. Nesta unidade, 
nos concentraremos na maneira como essa avaliação é feita, identificando quais indicadores são mais comumente utilizados para a 
realização deste estudo organizacional, quais as implicações das relações entre as contas consideradas e quais as possibilidades de 
desenvolvimento de novos índices para análise financeiro-econômica 
Você já ouviu falar de unicórnios? Não, não estou aqui falando de animaizinhos de histórias infantis, estou falando de empresas. 
São empresas de tecnologia avaliadas em mais de um bilhão de dólares antes de realizarem uma oferta pública inicial (IPO - Initial 
Public Offer ) para abertura de seu capital em bolsas de valores. Que lhe parece pesquisar quais startups de tecnologia foram 
consideradas unicórnios no ano de 2020? Ao identificá-las, procure suas demonstrações financeiras e avalie se essas realmente 
parecem ter saído de um conto de infantil e possui superpoderes para gerar valor. 
Como vimos, Janaína está perdendo o sono por causa da situação da sua empresa ADS. Se você trabalhasse com ela, o que teria 
feito para evitar essa situação? Se começasse a trabalhar com ela agora, o que faria para corrigir essa situação? 
Como visto nas unidades anteriores, as demonstrações contábeis constituem uma importante ferramenta para o controle e 
avaliação do estado financeiro-econômico e patrimonial das empresas. 
Para essa análise, são utilizados índices financeiros, ou seja, são observadas as proporções entre contas constitutivas do balanço 
patrimonial e da demonstração de resultados do exercício. Esses índices podem ser classificados em índices de liquidez, índices de 
atividade ou de desempenho operacional, índices de lucratividade e índices de endividamento. 
Considere, por exemplo, o caso ADS supracitado. Por meio da utilização contínua de indicadores financeiros, Janaína poderia 
acompanhar a evolução dos itens constitutivos das demonstrações financeiras, obtendo deles dados que possibilitam tirar 
conclusões em relação a quais proporções de cada elemento dessas demonstrações haveriam de ser mantidas. Em um primeiro 
momento, os índices de liquidez permitiriam à Janaína antever a possibilidade de se colocar em uma situação de insolvência 
financeira. Isso a levaria a analisar a sua estrutura de capital, também conhecida como endividamento da empresa, para balancear 
a proporção entre responsabilidades a ser liquidada no curto prazo e as responsabilidades a ser liquidadas no longo prazo. Os 
índices de lucratividade auxiliam no acompanhamento dos resultados produzidos pela empresa, de modo que as decisões sobre a 
estrutura de capital e de liquidez se tornaram ainda mais equilibradas. E os indicadores da atividade possibilitam a visualização de 
quais ações devem ser tomadas em termos de operação para evitar problemas de falta de recursos e para incrementar os retornos 
da empresa. Averiguemos como isso se efetiva considerando, primeiramente, os indicadores de liquidez. 
Atenção 
Apesar de os grupos de índices mencionados serem os mais comumente utilizados, sua aplicação 
depende, muitas vezes, de critérios estabelecidos pelos analistas dependendo das 
características da empresa e das normas que regem a elaboração das demonstrações. Nesse 
livro, consideraremos as formulações de índices convencionadas pela maioria dos profissionais 
da área, mas cabe ao analista averiguar como foram desenvolvidos os índices das empresas com 
as quais esteja estabelecendo comparativos ou esteja analisando para um possível investimento 
(NARAYANAN E SRINIVASAN, 2017; SHERMAN E YOUNG, 2016). 
ÍNDICES DE LIQUIDEZ 
A liquidez constitui um fator essencial para a saúde das organizações. Como mencionado anteriormente, as organizações 
necessitam dispor de recursos em caixa para arcar com os compromissos financeiros assumidos para sustentar suas operações. A 
liquidez representa a capacidade das organizações gerarem recursos financeiros para amortizar suas obrigações de curto e de 
longo prazo (GITMAN, 2012). Em outras palavras, a liquidez representa a solvência de uma empresa. O acompanhamento contínuo 
do grau de liquidez de uma empresa possibilita a adoção de medidas que evitem a situação de insolvência, ou seja, a incapacidade 
de honrar os compromissos financeiros. 
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Conceituando 
Liquidez é a facilidade que uma empresa possui ou não de converter suas operações em caixa 
para pagar suas responsabilidades de curto e longo prazo. Os índices de liquidez permitem o 
acompanhamento sistemático dessa característica. 
Uma vez que a inaptidão em arcar com obrigações pode levar uma empresa à processos de recuperação judicial ou à liquidação, a 
análise desse dos índices de liquidez se torna relevante para públicos diversos, tais como fornecedores e analistas de crédito, que 
se interessam em saber se um novo cliente terá condições de lhe pagar, investidores, que desejam saber qual o nível de retorno que 
investir em uma empresa pode lhes conferir, bancos entre diversos outros públicos. 
Para a consolidação desse acompanhamento, fazemos uso de índices, ou proporções entre contas do Balanço Patrimonial que 
estão relacionadas com a liquidez, evidenciando o quanto uma empresa pode ou não arcar com suas responsabilidades financeiras. 
Esses índices são denominados índices de liquidez. Os principais índices de liquidez são: o Índice de Liquidez Corrente (I ), o LC 
Índice de Liquidez Seca (I ), o Índice deLiquidez Imediata (I ), o Índice de Caixa (I ) e o Índice de Liquidez Geral (I ). Martins LS LI C LG 
(2020) apresenta também o Índice de Liquidez Corrente de Kanitz (I ), que considera um percentual específico de estoques a ser LCK 
considerado em alternativa ao Índice de Liquidez Corrente, podendo ainda ser considerados outros índices, como já mencionado. 
Uma outra maneira de se avaliar a liquidez é mediante o Capital Circulante Líquido (CCL), tratado por último por não se 
caracterizar como um índice em si, embora também possibilite a averiguação da liquidez empresarial. 
Conecte-se 
Para saber mais sobre a liquidez e seus impactos nas atividades empresariais, leia o artigo “Um 
retrato dos fundos de investimento no brasil”. 
Disponível aqui 
CÁLCULO DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ 
O cálculo dos índices de liquidez é desenvolvido a partir da determinação do quociente (divisão) entre valores de contas 
patrimoniais e de resultado que estejam relacionadas às atividades de curto prazo. Abaixo, iniciaremos a consideração de alguns 
desses índices, mas, cumpre aqui destacar, que diversos índices podem ser desenvolvidos e calculados de maneira diferente, 
cabendo ao analista documentar a forma de cálculo do índice considerado e assegurar-se de saber como foi calculado o índice de 
outras empresas quando vá realizar uma análise comparativa com outras empresas (LUECKE, 2006). 
O Índice de Liquidez Corrente (I ) LC 
O Índice de Liquidez Corrente possibilita avaliar a capacidade da empresa em liquidar todas as suas obrigações a curto prazo. Para 
tanto, são considerados o total do Ativo Circulante e o total do Passivo Circulante da empresa. O índice é então obtido pela 
equação: 
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A ideia inerente à essa formulação é que, em uma empresa capaz de liquidar todos os seus passivos circulantes, o resultado do 
índice seja pelo menos 1. Isso significa que o total de ativos circulantes é igual ao total dos passivos circulantes e, 
consequentemente, a empresa não precisa se valer de outros recursos para a liquidação de suas obrigações de curto prazo. Se o 
resultado for maior que 1, significa que a empresa possui mais ativos circulantes do que obrigações a curto prazo, ou seja, 
consegue pagar as obrigações e ainda sobrará ativos circulantes. Se o resultado for menor que 1, a empresa não tem ativo 
circulante suficiente para pagar suas dívidas de curto prazo, devendo, dessa maneira, buscar recursos em outra fonte (podendo ser 
um ativo imobilizado ou recursos de terceiros) para sanar suas responsabilidades de curto prazo. 
O Índice de Liquidez Seca (I ) LS 
Como visto na unidade I, o estoque também se caracteriza como um fator constituinte do Ativo Circulante. Mas, apesar disso, em 
muitas empresas, o tempo requerido para converter esses estoques em Caixa depende de uma série de fatores que em sua maioria 
foge do escopo de autoridade da área financeira ou contábil. Além disso, uma série de ocorrências em relação aos itens estocados 
podem comprometer seu valor. Suponhamos que em um estoque de supermercado seja constatada a existência de alguns itens 
cuja data de vencimento tenha passado, ou que alguns tenham sido danificados por uma falta de energia em determinado período. 
Neste sentido, o Índice de Liquidez Seca (I ) possibilita averiguar se a empresa dispõe da capacidade de liquidar suas obrigações LS 
de curto prazo caso ocorra algo que impeça ou comprometa a comercialização dos itens em estoque. O Índice de Liquidez Seca (I ) LS 
pode então ser determinado pela equação: 
Quando o resultado obtido mediante a fórmula acima for igual ou maior que 1, a empresa dispõe de condições de arcar com todas 
as suas obrigações de curto prazo mesmo que algo impeça a comercialização dos estoques. Se o índice for inferior a 1, indicará que 
a empresa depende da comercialização desses estoques para liquidar suas responsabilidades de curto prazo. 
Índice de Liquidez imediata (ILI) 
Quando analisamos a constituição do grupo de Ativos Circulantes, observamos que estes são apresentados no balanço segundo a 
rapidez em que podem ser convertidos em dinheiro em espécie ou caixa. Nesse contexto, podem ser ali observadas algumas contas 
representativas de itens que possuem um elevadíssimo grau de liquidez, tais como recursos em Banco, certas categorias de 
investimento rapidamente conversíveis em caixa entre outros. Estes itens podem também ser chamados Disponível. 
O índice de liquidez imediata permite avaliar se a empresa dispõe de condições de liquidar seus passivos circulantes apenas com os 
itens de maior liquidez da empresa. Nesse caso, Bruns (2004) destaca que para seu desenvolvimento são considerados ativos 
como caixa, banco conta movimento, certas modalidades de aplicação de curtíssimo e algumas modalidades de contas a receber 
que se enquadrem na categoria de alta liquidez. Esses ativos também são chamados Disponível. O índice de liquidez imediata é 
dado então pelo quociente: 
Quando a empresa apresenta um resultado igual ou superior a 1, há um indicativo de que ela consegue cobrir suas obrigações de 
curto prazo usando apenas os recursos caracterizados como disponíveis, ou seja, ela não terá dificuldades de liquidar suas 
responsabilidades de curto prazo. Se o índice apresentar resultado inferior a 1, a empresa terá de se valer de outras decisões para 
prover recursos e liquidar suas obrigações de curto prazo. 
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O Índice de Caixa (I ) C 
O Índice de Caixa (I ) é apresentado por Ross et al . (2015) como sendo uma medida que possibilita um credor de curtíssimo prazo C 
avaliar um cliente. Por meio dele, é avaliada a possibilidade de uma empresa liquidar seus passivos circulantes apenas com os 
valores em Caixa, sendo desta forma obtido pela relação: 
A incidência de um índice maior ou igual a 1 representa uma alta liquidez por parte da empresa, dado que somente com os recursos 
disponíveis em Caixa ela consegue liquidar seus Passivos de curto prazo. 
O Índice de Liquidez Geral (ILG) 
O Índice de Liquidez Geral é utilizado para avaliar a capacidade que uma empresa tem de arcar com todas as responsabilidades 
que assumiu, independentemente de serem elas de curto ou de longo prazo. Para tanto é utilizada a formulação: 
Assim como os demais índices aqui tratados, se a empresa em análise obtiver resultado igual ou superior a 1, ela tem condições de 
arcar com as responsabilidades assumidas. Quando o resultado é superior a 1 os ativos superam o total de passivos, de modo que 
há um incremento do seu capital social. 
O Índice de Liquidez Corrente de Kanitz (ILCK) 
Segundo Martins (2020), esse índice permite determinar, por medida de precaução, quanto se pretende desconsiderar de 
estoques para avaliar a liquidez da empresa em caso de não ocorrência da venda dos estoques. A formulação para sua obtenção é a 
seguinte: 
Assim como no caso dos demais índices de liquidez, os resultados esperados como indicativo de liquidez deve ser de no mínimo 1, 
sendo que índices menores que esse valor significa que uma parte dos Passivos Circulantes não são cobertos pelos ativos 
considerados. 
O Capital Circulante Líquido (CCL) 
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Como mencionado anteriormente, o Capital Circulante Líquido não se caracteriza como um índice, uma vez que seu cálculo não 
consiste no estabelecimento de uma razão entre contas constitutivas do ativo e do passivo, mas sim, como uma diferença entre o 
total do ativo circulante e do passivo circulante. Dessa forma: 
Nesse caso, se o resultado obtido for 0, a empresa conseguirá pagar suas responsabilidades a curto prazo, não lherestando 
recursos em caixa ou outra conta da categoria circulante para subsidiar suas operações. Consequentemente, um resultado 
negativo implicaria no fato de que a empresa não tem recursos de curto prazo suficientes para liquidar suas obrigações a curto 
prazo. Para exemplificar, suponha três empresas que chamaremos A, B e C. Suponha ainda que o CCL da empresa A seja de R$ 600, 
o CCL da empresa B seja de R$ 0 e o CCL da empresa C seja de R$ - 500. Esses indicadores apontam que a empresa A consegue 
pagar todos os seus compromissos de curto prazo e tem uma “sobra” de seiscentos reais, a empresa B tem de recursos o valor 
exato de cobertura de suas obrigações de curto prazo e a empresa C precisará recorrer a outras fontes para obter os quinhentos 
reais faltantes para cobertura de suas obrigações de curto prazo. 
Índices de Estrutura de Capital 
Os índices de estrutura de capital possibilitam aos gestores e partes interessadas avaliarem o quanto a empresa tem se utilizado 
de obrigações de longo prazo, ou do capital de terceiros, para financiar suas operações. Esses índices também são chamados 
índices de solvência de longo prazo, levando em consideração o quanto a empresa se vale de financiamentos e de empréstimos a 
longo prazo para desenvolver suas atividades. Os principais índices desse grupo são: Índice de Endividamento Geral (I ), o Índice EG 
de Cobertura de Juros (I ), o Índice de Cobertura de Obrigações Fixas (I ), o Índice de Cobertura de Caixa (I ), o Índice de CJ COF CC 
Participação do Capital de Terceiros sobre os Recursos Totais (I ) e o Índice de Capital de Terceiros e Capital Próprio (I ). CT/RT CT/CT 
Iudícibus (2017) menciona ainda o Índice de Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre o Endividamento Total (I ). PC/ET 
Atenção 
Vimos que a ADS não apresenta passivos de longo prazo por ser uma empresa que, 
tradicionalmente, possui certa aversão a dívidas dessa categoria. Mas, você já parou para pensar 
se as dívidas de longo prazo são realmente um fator a ser totalmente evitado pelas empresas? 
Na sua opinião, a inexistência de dívidas a longo prazo determina a saúde financeira de uma 
empresa? 
Como visto no tópico anterior, em muitas situações as empresas se valem de empréstimos de longo prazo para sustentar suas 
atividades. Para exemplificar, suponha que o mercadinho do seu bairro percebeu a necessidade de ampliar suas instalações para 
atender melhor seus clientes. Seria razoável esperar ter os recursos financeiros necessários para fazer esse investimento? Com 
certeza, essa espera poderia levar o mercado a perder clientes e estagnar suas possibilidades de crescimento. Desta forma, é de se 
esperar que as empresas se valham de créditos de longo prazo para sustentar suas operações e gerar maiores retornos. 
No entanto, a captação de recursos a longo prazo precisa ser continuamente avaliada, para que se possa observar se os resultados 
esperados estão sendo alcançados, se estão fomentando o crescimento empresarial ou se estão sendo fonte de riscos indesejados. 
Para esta avaliação, os profissionais utilizam os índices de estrutura de capital (ou de endividamento). 
Os índices de estrutura de capital medem a proporção de dívidas de uma empresa em relação à seus ativos, ao seu patrimônio e à 
sua lucratividade. São denominados índices de estrutura de capital porque possibilitam a visualização das proporções das 
diferentes contas constitutivas do balanço patrimonial. Pela utilização de recursos de terceiros, as empresas podem subsidiar as 
suas atividades, possibilitando um aumento de produtividade, de faturamento e de retornos, de modo que as dívidas são vistas 
como uma alavanca para alcançar níveis de atividade mais elevados. No entanto, ao fazê-lo, há também um aumento nos riscos 
vinculados ao negócio, como veremos em tópico à frente. 
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O Índice de Endividamento Geral (I ) EG 
O Índice de Endividamento Geral (I ) possibilita avaliar qual a proporção de passivos em relação ao total de ativos de uma EG 
empresa. É obtido pela fórmula: 
Para análise, quanto menor for o índice obtido, menor será o grau de endividamento da referida empresa, representando que, caso 
necessário, havendo a liquidação dos ativos, a empresa consegue sanar todas as obrigações que assumiu. Em suma, quanto maior o 
índice, maior o grau de endividamento da empresa. 
Para ilustrar, suponha uma empresa A que tenha como Índice de Endividamento Geral o valor 1,50. A consideração deste indicador 
apenas, transmitirá a ideia de que a empresa possui um alto endividamento, uma vez que o valor do seu passivo total será 1,5 vezes 
maior que o valor do ativo total. Analogamente, uma empresa B com Índice de Endividamento Geral de 0,8 tem um endividamento 
correspondente a 80% do total do seu ativo, o que representa que, em comparação com a empresa A, ela possui um baixo 
endividamento. Cumpre aqui destacar que a comparação deste indicador isoladamente não permite uma compreensão precisa da 
situação de endividamento geral de uma empresa, sendo necessário estabelecer comparativos com outras instituições, com o 
setor ou a análise conjunta com outros indicadores. 
O Índice de Cobertura de Juros (I ) CJ 
Já o Índice de Cobertura de Juros (I ) possibilita averiguar se os lucros operacionais auferidos em um dado período são suficientes CJ 
para cobrir as despesas de juros que a empresa teve para subsidiar suas operações. Para cálculo deste índice é utilizada a equação: 
Podemos observar que os juros incorridos em determinado período serão cobertos pelas atividades operacionais da empresa se 
tivermos como resultado um valor maior ou igual a um. Caso o resultado seja exatamente igual a 1, as atividades empresariais 
desenvolvidas pela empresa cobrirão somente as despesas de juros. Nesse caso, as ações de financiamento precisam ser revistas 
porque não faz sentido que uma empresa aumente o grau de risco por alavancar suas atividades valendo-se de capital de terceiros 
e não ter uma lucratividade maior. 
O Índice de Cobertura de Caixa (I ) CC 
Ross et. al (2015) esclarecem que o Índice de Cobertura de Juros apresenta a limitação de ser calculado com base em uma medida 
de caixa que não se concretiza na realidade para pagamento de Juros. Isso porque seu cálculo é desenvolvido com base no Lucro 
Operacional, desconsiderando que as amortizações e depreciações não se consolidam como saídas efetivas de caixa. Para 
solucionar este impasse, os autores sugerem a utilização do Índice de Cobertura de Caixa (I ) obtido pela equação: CC 
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Uma vez que o objetivo do índice aqui em questão é avaliar a capacidade de a empresa pagar os juros decorrentes das atividades 
desenvolvidas, quanto maior for o seu valor, maior a capacidade de fazer o pagamento dos juros. 
O Índice de Cobertura de Juros e Obrigações Fixa (I ) COF 
Esse índice é apresentado por Gitman (2012) como uma pedida para avaliar a capacidade de uma empresa liquidar seus 
compromissos fixos, tais como pagamentos de principais e juros, dividendos preferenciais e arrendamentos. O índice é calculado 
pela equação: 
Em que: 
LAJIR = Lucro Operacional ou Lucro antes dos Juros e Imposto de Renda 
T= alíquota de imposto de renda 
Uma vez que os valores apresentados no numerador correspondem à lucratividade da empresa, a obtenção de resultados iguais a 
1 implicam que para cada 1 Real de lucro, a empresa possui um real em obrigações fixas para pagar. Valores maiores que 1 
significam que a empresa produz lucros mais que suficientes para cobrir suas obrigações financeiras. 
O Índice de Participação do Capital de Terceiros sobre os Recursos Totais (I ) CT/RT 
O Índice de Participação do Capital de Terceiros sobre os Recursos Totais (I ) estabelece a proporção entre o capital de CT/RT 
terceiros e o totalde fundos utilizados pela empresa. É calculado pela razão: 
No caso deste índice em específico, quanto menor for o resultado, maior a proporção de recursos próprios investidos na empresa, 
o que implica que ela não possui grandes montantes de dívida a longo prazo, sendo maior parte das atividades bancadas por capital 
próprio. 
O Índice de Capital de Terceiros e Capital Próprio (I ) CT/CT 
O Índice de Capital de Terceiros e Capital Próprio (I ) permite avaliar a proporção direta de recursos de terceiros em CT/CP 
comparação com o Patrimônio Líquido da empresa. Sua obtenção decorre da equação: 
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Também, neste caso, quanto menor for o índice, menor a dependência da empresa de recursos de terceiros, sendo suas atividades 
subsidiadas maiormente pelos recursos da própria empresa. 
Índice de Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre o Endividamento Total (I ) PC/ET 
O Índice de Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre o Endividamento Total (I ) permite a comparação entre os níveis de PC/ET 
Passivo Circulante em relação aos passivos Exigíveis a Longo Prazo. Em suma, ele permite averiguar qual a proporção da dívida 
total que deverá ser liquidada no curto prazo. Considerando que para liquidação de passivos circulantes, a empresa dispõe de 
menor tempo para realizar suas operações e prover os recursos para sua liquidação. A observação desse índice possibilita 
identificar cursos de ações que possam contribuir com a solvência da empresa no curto prazo. Para fornecedores e credores, a 
análise deste índice possibilita identificar possíveis riscos em relação à concessão de crédito para um cliente. 
O Índice de Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre o Endividamento Total (I ) é determinado pela fórmula: PC/ET 
No caso deste índice, quanto mais o valor se aproximar de zero, maior a dependência da empresa de recursos de terceiros, de 
modo que ela dispõe de tempo para realizar suas operações sem depender de recursos mais líquidos. Nessa situação, a empresa 
tende a apresentar maior lucratividade, embora os riscos relacionados às operações desenvolvidas para gerar esses lucros 
também sejam maiores, dada a incidência de juros decorrentes das atividades de financiamento e a incerteza que vinculada à 
maiores prazos para desenvolver atividades. 
Inspire-se 
O que você acha de começar a analisar estes índices entre diversas empresas com ações na 
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Quem sabe se você não se inspirará a se tornar um investidor? Fica a dica! 
Disponível aqui 
Atenção 
Uma das maneiras de uma empresa averiguar seu desempenho é analisando os retornos obtidos 
com suas operações e comparando-os com os investimentos que são feitos, com o capital 
inicialmente empregado e com o Patrimônio Líquido. Na sua opinião, essas comparações 
ajudariam a ADS a evitar os problemas que agora enfrenta? Como? 
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Indicadores de Rentabilidade 
Os indicadores de rentabilidade possibilitam averiguar a performance econômica de uma empresa. Por meio deles, o analista 
consegue averiguar quais investimentos resultam em maior retorno, determinar como medir este retorno e avaliar o risco do 
investimento (Martins et.al., 2020). Para possibilitar essa análise, os indicadores de rentabilidade estabelecem comparações entre 
contas da Demonstração de Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial. Os principais índices de rentabilidade são: Margem 
Operacional, Giro do Ativo, Retorno sobre Patrimônio Líquido, Retorno sobre Investimento, Decomposição do Retorno sobre 
Investimento, Alavancagem Financeira, EBITDA e EVA. 
● Margem Operacional 
Trata-se de um indicador que possibilita analisar qual a proporção de vendas foi convertida em lucros. Martins (2020) esclarece 
que esta análise se torna importante porque observar somente a evolução de vendas ou a evolução dos lucros no transcurso do 
tempo pode incorrer em conclusões distorcidas, visto que um aumento em vendas pode não necessariamente ser convertido em 
lucro e vice-versa. Para cálculo da margem operacional, é utilizada a seguinte relação: 
Por meio desse quociente, o analista pode averiguar qual a porcentagem de Vendas Líquidas que foi convertida em Lucro 
Operacional. 
● Giro do Ativo 
Embora não se caracterize como um índice de lucratividade, mas sim operacional, o Giro do Ativo é uma ferramenta importante 
para analisar quanto a empresa realizou de vendas para cada real investido. Para obter o valor correspondente a esse indicador, 
relaciona-se às Receitas de Vendas com o Investimento realizado. Dessa forma: 
Em relação ao investimento, Martins (2020) esclarece que este é o conjunto de capital próprio e de recursos financeiros injetado 
na empresa por terceiros que fica categorizado como passivo financeiro. Dessa forma, o Giro do Ativo pode ser vertido em: 
Quanto maior for o resultado desse quociente, maior a habilidade empresarial em converter os investimentos em vendas. 
● O Retorno sobre o Investimento 
Esse indicador possibilita mensurar a habilidade da administração em gerir os ativos à sua disposição de modo a gerar lucros. Em 
outras palavras, o índice visa identificar quanto de lucro está sendo gerado para cada unidade monetária de investimento em 
ativos, para que esse investimento seja feito com capital próprio ou com recursos de terceiros. O índice é então obtido pela razão: 
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Quanto maior for o resultado do índice aqui obtido, maior a eficácia da empresa em gerar lucros a partir do investimento nela 
realizado. 
● O Retorno sobre o Patrimônio Líquido 
O Retorno sobre o Patrimônio Líquido é utilizado para avaliar a capacidade de a empresa gerar lucros para os acionistas a partir da 
gestão do capital próprio e de terceiros. É dado pelo quociente: 
O resultado desse quociente demonstra a porcentagem de recursos disponíveis para pagamento dos acionistas, de modo que 
quanto maior for o resultado, maior a habilidade em remunerar aqueles que investiram seus recursos na empresa. 
● O EBITDA 
O EBITDA é uma medida operacional que possibilita a avaliação da eficácia da empresa em gerar caixa a partir do desenvolvimento 
de sua atividade fim (IUDÍCIBUS, 2017). Assaf Neto(2020) destaca que esse indicador, também conhecido como LAJIDA (Lucros 
Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização), tem ganhado destaque entre os analistas de demonstrações para 
divulgação ao mercado, não sendo muitas vezes utilizado para a tomada de decisões. 
Conecte-se 
Qual o melhor indicador de rentabilidade? Veja a resposta dada pelo professor Alexandre Assaf 
Neto. Acesse! 
Disponível aqui 
Indicadores de Alavancagem 
Toda empresa precisa controlar seus custos para obter bons resultados. Sabemos que estes custos são categorizados em custos 
variáveis, custos que estão diretamente ligados ao volume de produção, aumentando e diminuindo de acordo com as oscilações no 
volume de produção. Além dos custos variáveis, há os custos fixos, que não sofrem impactos diretos decorrentes das variações nos 
volumes de produção. O domínio sobre os custos fixos e variáveis permitem às organizações lançarem mão de uma tática para 
incrementar os retornos sobre suas operações e suas decisões financeiras. Essa tática se chama alavancagem. Na alavancagem 
operacional , as empresas procuram reduzir custos variáveis e aumentar custos fixos de produção. Como resultado, as empresas 
conseguem potencializar os retornos decorrentes de suas operações. Já no caso da alavancagem financeira , as empresas 
potencializam seus lucros porse valer de capital de terceiros para subsidiar suas atividades. 
Os indicadores de alavancagem constituem uma importante ferramenta na análise da saúde financeira de uma empresa, uma vez 
que possibilitam a avaliação de como essas se valem de sua estrutura de custos para otimizar os retornos de suas operações. Três 
indicadores são categorizados como indicadores de alavancagem. O Grau de Alavancagem Operacional, o Grau de Alavancagem 
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Financeira e o Grau de Alavancagem Total. Para consideração dos respectivos indicadores, vamos tratar primeiramente a análise 
custo-volume-lucro, que possibilita visualizar as relações entre os custos fixos com os respectivos lucros e níveis de risco. 
Análise Custo-Volume-Lucro (Análise do Ponto de Equilíbrio) 
A análise custo-volume-lucro é desenvolvida pelas empresas no intuito de identificar a quantidade de bens ou serviços que tem de 
ser produzida para cobrir os custos operacionais. Essa análise também permite avaliar qual a lucratividade decorrente dos níveis 
de vendas adotados pela empresa. Para encontrar a quantidade de produção necessária para cobrir os custos operacionais utiliza- 
se a equação: 
Em que: 
CF = Custos Fixos 
p = preço unitário de vendas 
cvu = custo variável unitário 
Suponha uma empresa cujos custos fixos totalizam R $120.000,00, forneça seus produtos pelo preço unitário de R$20,00 e tenha 
custos variáveis unitários de R$ 7,00. Para cobrir os custos fixos, essa empresa precisará produzir e vender aproximadamente 
9.231 unidades. A esse volume de produção, o resultado operacional da empresa é igual a zero. 
A Alavancagem Operacional 
Mediante o indicador de alavancagem operacional podemos avaliar o quanto o resultado operacional de uma empresa é impactado 
pelas variações que podem ocorrer no seu volume de operações. Esse impacto é representado pelo Grau de Alavancagem 
operacional, dado por: 
Em relação a este indicador, Assaf Neto (2020) afirma que a empresa que possui maiores despesas e custos fixos, estão mais 
habilitadas a alavancar os lucros de suas operações, assumindo também maiores riscos em decorrência da maior variabilidade dos 
seus resultados operacionais. 
A Alavancagem Financeira 
A Alavancagem Financeira possibilita averiguar a capacidade de uma empresa em maximizar o retorno sobre o patrimônio líquido, 
mediante a utilização de recursos de terceiros presentes em sua estrutura de capital (ASSAF NETO, 2020). Para tanto, são 
avaliados os custos fixos financeiros presentes na Demonstração do Resultado do Exercício, a saber, os juros de dívidas e as ações 
preferenciais. Gitman (2012) esclarece que estes devem ser pagos, independentemente do Lucro, antes dos Juros e Imposto de 
Renda que a empresa tenha gerado. Dado que essa estrutura de custos é utilizada no intuito de incrementar o retorno sobre 
patrimônio líquido, à medida em que aumentam os níveis de alavancagem financeira, maior também será o risco relacionado às 
decisões de financiamento tomadas pela empresa. Assaf Neto (2020) esclarece que para determinar o grau de alavancagem 
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financeira, é utilizada a relação: 
Gitman (2012) aponta que uma outra maneira de se determinar o Grau de Alavancagem Financeira é comparando a variação no 
LPA com a variação no Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda, de forma que: 
Alavancagem Total 
Como visto, por meio dos Grau de Alavancagem Operacional e do Grau de Alavancagem Financeira, averiguamos a capacidade de 
uma empresa em incrementar seus retornos a partir dos custos fixos, sejam eles de ordem operacional ou de ordem financeira. No 
entanto, isoladamente, os dois indicadores não possibilitam uma visão geral do uso dos custos fixos, o que é possibilitado por meio 
do Grau de Alavancagem Total. A determinação do Grau de Alavancagem Total é obtida por meio do quociente: 
Conecte-se 
Aprenda mais sobre Alavancagem com o professor Assaf Neto. 
Disponível aqui 
Indicadores de Valor Criado aos Acionistas 
O Valor Econômico Adicionado (EVA – Earning Value Added ) 
O Valor Econômico Adicionado é um indicador de desempenho econômico que possibilita ao analista averiguar a capacidade de 
uma empresa criar valor para seus acionistas. Iudícibus (2017) aponta que seu cálculo é feito mediante a diferença entre a taxa de 
retorno sobre o capital e o custo de capital e que sua consideração parte do pressuposto que toda empresa deve, além do lucro 
operacional, gerar uma razão de lucro suficiente para remunerar seus acionistas, caracterizando a geração de valor. O EVA é 
calculado pela seguinte equação: 
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Em que: 
NOPAT = Lucro Operacional Líquido depois dos impostos 
C% = Percentual do custo de capital investido 
TC = Capital Total Investido 
Para determinação do percentual do custo de capital investido, utiliza-se a seguinte formulação: 
Em que: 
WACC = custo médio ponderado de capital 
kd = custo de capital de terceiros 
ke = custo de capital próprio 
D/C = Capital de Terceiros/Capital Total 
E/C = Capital Próprio/Capital Total 
T = taxa efetiva de impostos pagos sobre capital de terceiros. 
Valor Patrimonial 
Por meio do indicador Valor Patrimonial, um analista pode identificar quanto do Patrimônio Líquido de uma empresa está sendo 
financiado por cada ação emitida (ASSAF NETO, 2020). Esse indicador é dado pela razão: 
Suponhamos que uma determinada empresa dispusesse de R$ 3 milhões em Patrimônio Líquido e 100 mil ações emitidas. O seu 
Valor Patrimonial corresponderia a R$ 30,00, o que significa que cada ação emitida financia R$ 30,00 do Patrimônio Líquido. 
Lucro por Ação 
O Lucro por Ação possibilita avaliar quanto do resultado líquido da empresa pertence aos acionistas. É calculado da seguinte 
forma: 
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Vamos supor nesse caso que uma empresa gerou um lucro de R$ 1 milhão e possui 100 mil ações emitidas. O lucro por ação seria 
de R$ 10, ou seja, cada ação tem direito à 10 reais dos lucros que foram gerados. 
Preço por Lucro 
Esse indicador é utilizado para avaliar quanto tempo será necessário para que o acionista recupere o valor investido na ação 
(ASSAF NETO, 2020). Esse indicador é obtido pelo quociente entre o valor da ação e o Lucro por ação, de modo que: 
Se o valor de mercado de uma ação for de R$ 25,00 e o Lucro por ação a ela correspondente for de R$ 5,00, e forem mantidos 
esses valores no transcurso do tempo, o acionista esperará 5 anos para recuperar o valor investido na ação. 
Em pauta 
Em nosso podcast, irei discutir um pouco mais sobre a análise por meio de indicadores 
financeiros-econômicos. Vamos lá! 
Disponível aqui 
Na prática 
Já ouviu falar em Longevidade das empresas? Gostaria de aprofundar com vocês a utilização dos 
indicadores financeiros para análise da saúde financeira das empresas. 
Disponível aqui 
Agora, gostaria que você acompanhasse o desenvolvimento de forma prática, a análise dos indicadores financeiros e econômicos 
do caso da ADS. A empresa ADS está em uma situação difícil no que se refere ao pagamento de suas contas, embora seja 
reconhecida pela qualidade de seus serviços. Façamos a análise dos indicadores de liquidez da empresa para entender o que está 
acontecendo. Considere o Balanço Patrimonial da ADS para os dois últimos anos: 
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Tabela 1 – Balanço Patrimonial ADS 
Fonte: Elaboração do autor 
O Índice de Ativo Circulante/Passivo Circulante da empresa ficou em 0,52 em 2020 e 0,64 em 2019. Isso significa que o montante 
de Ativo Circulante da empresa em 2020 foi suficiente para cobrir apenas 52% das suas obrigações a curto prazo. Comparando 
esse indicador com o de 2019, observa-se que houve uma diminuição da liquidez, uma vez que em 2019, a empresa conseguia 
cobrir aproximadamente 64,91% dos seus passivos circulantes com os ativos da mesma categoria. 
Ao analisarmos o Índice de Caixa , observamos um pequeno aumento do nível de caixa em 2020 em comparação a 2019, dado que 
o mesmo passou de 0,01 para 0,03. Ainda assim, esse índice aponta que os valores que a empresa está mantendo em caixa são 
incipientes, pois os recursos disponíveis em caixa cobrem apenas 3% e 1% dos passivos são cobertos, o que já é um indício de alerta 
por constituir uma margem muito pequena, que não possibilitaria à empresa atender suas necessidades imediatas com o dinheiro 
mantido em caixa. 
O Índice de Liquidez Geral demonstra que se forem considerados os itens não circulantes da empresa, ou seja, se for liquidada, ela 
disporá de recursos para cobrir seus passivos totais. Este índice também revela que a empresa não está sendo eficiente na gestão 
dos seus bens, uma vez que demonstra que supõe a liquidação da empresa, quando na realidade, a ideia é que ela seja longeva. 
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O Índice de Liquidez Imediata reforça os pressupostos anteriores por demonstrar que em 2019 a empresa dispunha de 
aproximadamente 3,9% do seu passivo circulante em disponibilidades. Esse índice parece apontar uma leve melhora na situação de 
liquidez em 2020, quando girou em torno de 11% do valor dos passivos circulantes. 
O Capital Circulante Líquido da empresa aponta déficits de recursos para a cobertura do passivo circulante (déficit de R$ 
89.000,00 em 2020 e de R$ 94.984,65 em 2019). Esse dado parece apontar o início de um esforço para aumentar a liquidez da 
empresa, demonstrando que em 2020 o déficit era R$ 5.984,68 (94.984,65 – 89000) menor que em 2019. 
A análise conjunta destes indicadores aponta a situação emergencial em que a ADS se encontra, sendo um indicador da 
necessidade de decisões que favorecessem a manutenção de uma proporção maior de ativos circulantes na empresa para evitar a 
situação preocupante em que se encontra. A desconsideração desses indicadores coloca a existência da empresa em risco por 
conta da situação de insolvência em que ela pode se colocar. A insolvência caracteriza a falta de recursos para liquidação de 
obrigações a curto prazo e, mesmo que uma empresa seja lucrativa, pode vir a falência por se colocar em situação de não honrar as 
responsabilidades assumidas com fornecedores e, consequentemente, não conseguir manter suas operações em funcionamento, 
situação para a qual a ADS caminha caso não tome medidas urgentes. 
Veja como os indicadores considerados são de ajuda para a ADS. Para cálculo dos indicadores aqui apresentados considere a 
Demonstração do Resultado de Exercícios da ADS representada na tabela 2: 
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Tabela 2 – DRE ADS 
Fonte: elaboração do autor 
Por meio dos dados apresentados na demonstração de resultado do exercício, observamos que o Índice de Endividamento Geral 
da ADS foi de aproximadamente 0,79 em 2020 e 0,84 em 2019. Isso significa que, em 2020 o total de ativos correspondia a 79% do 
total de ativos e que em 2019 a proporção entre passivos e ativos foi de 84%. Observa-se uma pequena diminuição na proporção 
de passivos de um ano para outro. Se considerarmos esses dados em conjunto com a consideração sobre o índice de liquidez, 
novamente há uma indicação da necessidade de uma reestruturação de capital, uma vez que já consideramos que a empresa não 
possui passivos exigíveis a longo prazo, representando que os passivos circulantes da empresa são muito elevados, colocando a 
empresa em risco de insolvência. 
Considerando o Índice de Cobertura de Juros , observamos que a empresa está gerando lucro que possibilita cobrir os juros que 
tem de pagar, uma vez que o índice obtido é 6,48. Isso significa que os lucros gerados podem cobrir até 6,48 vezes o patamar de 
juros que suas atividades de financiamento têm incorrido. 
Atente para o fato de que, a inexistência de financiamentos de longo prazo impossibilita a obtenção dos demais indicadores 
financeiros de estrutura de capital, o que novamente aponta para a necessidade de reestruturação de capital na ADS. 
Para ilustrar o cálculo do EBITDA, considere a Demonstração de Resultado do Exercício da ADS (Tabela 3). 
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Tabela 3 – Demonstração de Resultado do Exercício ADS 
Fonte: elaboração do autor 
Observe que o EBITDA se caracteriza como resultado do lucro bruto deduzido das despesas operacionais. No caso da ADS, seu 
EBITDA para o ano encerrado em 2019 foi de 1,71% das receitas de vendas, ou seja, para cada real investido a empresa conseguiu 
gerar apenas R$ 0,17 de retorno para seus acionistas. 
Em relação à Margem Operacional da empresa, observe que seu valor será de 10,56% aproximadamente (R$ 24.721,67 de Lucro 
Operacional dividido por R$ 234.083,65 de Receitas operacionais). Para uma empresa reconhecida pela qualidade de seus 
serviços, essa é uma margem operacional baixa. A empresa necessita desenvolver uma análise em relação aos seus custos ou 
estudar a precificação dos seus serviços para obter melhor margem operacional. 
Já o ROE da empresa é 16,32% (R$ 8.158,33 de Lucro Líquido dividido por R$ 50.000,00 de Patrimônio Líquido), indicando que a 
gestão do capital de terceiros e do patrimônio líquido para geração de riqueza aos proprietários também pode ser aprimorada. 
O ROI e o Giro do Ativo não foram calculados porque, pelos dados disponibilizados, não se pode obter o valor do passivo financeiro 
da instituição. Detalhamento sobre o passivo financeiro será desenvolvido na unidade 4 ao tratarmos sobre a dinâmica do capital 
de giro. 
Os indicadores aqui apresentados possibilitam ao profissional da área financeira uma visualização global do estado financeiro de 
uma empresa, permitindo-lhe traçar cursos de ação que possibilitem a longevidade das organizações, a determinação mais precisa 
de quais recursos serão utilizados e em quais graus. Essas decisões devem ser tomadas considerando o cenário econômico de 
atuação das organizações, para sua maior efetividade. 
Parece muita coisa, não é mesmo? Mas não se preocupe. Você será bem-sucedido no desenvolvimento de análises de 
demonstrações contábeis à medida que: 
a) for flexível: tenha em mente que cada organização possui uma história e um contexto específico de atuação. Não existe, 
portanto, um padrão rígido de indicadores para análise da saúde financeira de uma empresa. Leve em consideração dos dados que 
lhe foram disponibilizados e procure identificar o que estes dados revelam sobre as empresas 
b) desenvolver uma visão holística: não se atenha rigorosamente a fórmulas. Perceba a contínua interação entre os elementos 
constitutivos das demonstrações contábeis. Essa compreensão lhe permitirá enxergar muito além do óbvio; 
c) familiarize-se também com a dinâmica de demonstrações internacionais. Muitas das organizações são multinacionais e atuam 
em diversos mercados. A compreensão das diferenças entre os mecanismos de escrituração existentes lhe permitirá uma 
capacidade de análise mais efetiva e abrangente. 
Avançar 
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AGORA É COM VOCÊ 
Considere agora as demonstrações da Companhia de Varejo S.A. Desenvolva a análise dos indicadores que seja possível e 
estabeleça um comparativo entre as duas organizações. O valor da ação da Companhia de Varejo S.A é de R$ 22,00. Para 
determinação do Índice de Liquidez de Kanitz, considere um comprometimento de 70% dos estoques. 
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Tabela A1: Balanço Patrimonial – Companhia de Varejo. 
Fonte: https://br.investing.com/equities/brazil , acesso em 10/04/2021. 
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Tabela A2: Demonstração de Resultado de Exercício – Companhia de Varejo 
Fonte: https://br.investing.com/equities/brazil , acesso em 10/04/2021. 
Orientação de resposta 
TABELA A3 – Índices da Companhia de Varejo 
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REFERÊNCIAS 
ASSAF NETO, A. Estruturas e Análise de Balanços: um enfoque econômico-financeiro . São Paulo: Atlas, 2020. 
BRUNS, W. Introduction to Financial Ratios and Financial Statement Analysis . Cambridge: Harvard Business Publishing, 
Sep/2004. 
GITMAN, L.J. Princípios de Administração Financeira . São Paulo: Pearson Prentice-Hall, 2012. 
IUDÍCIBUS, S. Análise de Balanços . São Paulo: Atlas, 2017. 
LUECKE, R. Finance for Managers . Cambridge: Harvard Business Press, 2006. 
MARTINS, E; MIRANDA, G.J; DINIZ, J.A. Análise Didática das Demonstrações Contábeis . São Paulo: Atlas, 2020. 
MARTINS, E. Análise Avançada das Demonstrações Contábeis - Uma Abordagem Crítica . São Paulo: Atlas, 2020. 
NARAYANAN, S, V; SRINIVASAN, S. Analyzing Financial Statements . Cambridge: Harvard Business Publishing. April/2017. 
ROSS, S. A; WESTERFIELD, R.W; JAFFE, J; LAMB, R. Administração Financeira . Porto Alegre: AMGH, 2015. 
SHERMAN, D; YOUNG, D. Where Financial Reporting Still Falls Short . Cambridge: Harvard Business Review. Jul-Aug/2016. 
Avançar 
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https://sites.google.com/view/analisecontabeisun3/p�gina-inicial/refer�ncias
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EDITORIAL 
Profile Marlúcio Cândido 
Mestre em Administração (ênfase em Finanças), Pós-graduado em 1) 
Administração Financeira, 2) Direito do Trabalho, 3) Gestão Educacional, 
4) Gestão de Pessoas, 5) Planejamento, Implementação e Gestão de EAD, 
6) Executivo de Negócios, 7) Especialista em Normas Internacionais de 
Contabilidade IFRS/NIAS, 8) Gestão em Políticas Públicas, 9) Governança 
Tributária, 10) Tecnologias, Formação de Professores e Sociedade, 11) 
Gestão Pública Municipal, 12) Legislação Educacional, 13) Compliance e 
Gestão de Riscos, 14) Contabilidade, Direito e Economia com ênfase na 
Gestão Pública, 15) Cybercrime e Cybersecurity : prevenção e investigação 
de crimes digitais, 16) Direito Desportivo, 17) Direito Imobiliário, 18) 
Gestão Escolar Integrada, 19) Auditoria e Perícia Contábil, 20) Gestão de 
Projetos, 21) Metodologias Ativas e Prática Docente, 22) Pedagogia 
Empresarial e Gestão Corporativa, 23) MBA Finanças e Banking, 24) 
MBA em Gestão de Centros Educacionais Superiores, 25) Perícia Judicial 
e Extrajudicial, Graduação em 1) Ciências Contábeis, 2) Direito, 3) 
Administração, 4) Ciências Econômicas, 5) Pedagogia, 6) Letras, 
Lattes 
Coordenador de curso de Ciências Contábeis e de Administração em IES, 
Conselheiro Efetivo do Conselho Regional de Contabilidade de Minas 
Gerais – CRCMG (2018-2021), Vice-coordenador da Câmara de Registro LinkedIn 
do Conselho Regional de Contabilidade – CRCMG (2020), Membro da 
Comissão de Educação Continuada do Conselho Regional de Minas 
Gerais – CRCMG (2018-2021), Representante do Conselho Regional de 
Contabilidade de Minas Gerais – CRCMG no Conselho de Curadores da 
Universidade Federal de Minas Gerais (2018-2021), Diretor Social 
(Suplente) da ASCAP – Associação dos Contadores de Betim e Região, 
Professor de cursos de graduação (presencial, EaD e remoto) de Ciências 
Contábeis, Direito e de Administração (disciplinas ministradas: 
controladoria, contabilidade introdutória, perícia contábil, administração 
financeira, sistemas de informações contábeis, prática contábil, análise 
das demonstrações contábil-financeiras, direito empresarial, direito do 
trabalho, direito tributário, ética e responsabilidade social, auditoria 
contábil, etc.) e pós graduação presencial e remoto (disciplinas 
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ministradas: controladoria estratégica, contabilidade societária e 
empresarial, balanced scorecard , planejamento de auditoria contábil, ética 
e responsabilidade social, governança corporativa, Tutor de disciplinas 
em EaD em diversas IES, Autor de livros para disciplinas em EaD 
(Contabilidade Geral, Contabilidade Comercial, Análise das 
Demonstrações Contábeis, Auditoria, Custos, Tópicos Especiais de 
Contabilidade (BSC) e Perícia Contábil) pela editora FEAD/Minas Gerais, 
Autor de livros técnicos pela editora JURUÁ/Paraná (Contabilidade em 
Foco: contabilidade geral (2007) e Contabilidade Lúdica: contabilidade de 
custos (2010), Autor de livros de Controladoria e de Responsabilidade 
Social pela editora Novas Edições Acadêmicas/EUA, Organizador de 
livros técnicos nas áreas de direito, QVT, educação e sociologia. Co-autor 
em outros 5 livros voltados para as áreas contábeis, jurídicas, recursos 
humanos, qualidade de vida, serviços sociais, educação. Detentor de 
artigos nacionais e internacionais em revistas e congressos. Membro 
Associado da 1) Associação Científica Internacional do 
Neopatrimonialismo – ACIN, 2) Associação Nacional dos Tutores em 
Educação à Distância – ANATED e 3) Associação Brasileira de Ensino à 
Distância – ABED, 4) Instituto de Pesquisas e Administração da 
Educação – IPAE, 5) Associação Nacional dos Executivos de Finanças, 
Administração e Contabilidade – ANEFAC, 6) Associação Brasileira de 
Gestores da Educação – ABGEDUC. Sócio-diretor da 1) Principles Gestão 
e Consultoria, 2) CM2 Consultoria e Gestão Educacional, Membro do 
Conselho Editorial da Revista Significativa Publicações da Sanches Green 
Educación. Atuo também como administrador judicial, consultor, perito, 
advogado e parecerista técnico. Atuei como coordenador de cursos de 
Ciências Contábeis (22 anos) e de Administração (1 ano) e atuo/atueicomo professor universitário na graduação (24 anos): Faculdade de 
Ciências Sociais Aplicadas – FACISA, Centro Universitário Newton Paiva, 
Centro Universitário UNA, Faculdade de Estudos Administrativos/FEAD, 
Faculdade Arnaldo, Centro Universitário FUMEC, Faculdade Pitágoras e 
em pós graduação (14 anos): Faculdade SENAC, Faculdade Pitágoras, 
Centro Universitário UNA, Faculdade de Ciências Humanas de Pedro 
Leopoldo, Escola do Governo/E-Tec, Universidade Federal de Ouro 
Preto/UFOP, Centro Universitário FUMEC, Escola Superior de Advocacia 
- ESA. Atuo também como Avaliador ad hoc do MEC e atuei como 
Avaliador/Consultor ad hoc do Conselho Estadual de Educação/MG e da 
SEDECTES - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, 
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Atuo como Consultor em IES – 
Instituições de Ensino Superior (presencial, remoto, EaD) para 
preparação e recepção de visitas de Renovação, Reconhecimento, 
Credenciamento/Recredenciamento junto ao MEC - Ministério de 
Educação e Cultura (concepção de toda aparelhagem institucional: PDI, 
PPC, NDE, Colegiado, CPA, NAF, selecionar/recrutar professores, etc.). 
O que não tem no meu currículo 
Minha história de vida resume-se num trabalho de muita dedicação, 
persistência, disciplina, administração de tempo e muito sucesso. 
Entrecortada por inúmeras atividades profissionais e acadêmicas, o chute 
inicial de minha carreira no mercado profissional foi como engraxate – 
com muita honra – em 1978, seguidamente com um simples office-boy em 
um escritório de parentes maternos e nunca mais parei. Assumi cargo e 
funções de auxiliar de contabilidade, tendo em vista as habilidades 
conquistadas durante o curso Técnico de Contabilidade e, como o 
mercado profissional já era muito exigente, conquistei uma segunda 
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habilitação como Técnico em Estatística, trabalhando em instituto de 
pesquisa e opinião pública. Conquistei meus cursos superiores e de pós- 
graduação e as coisas fluíram. Atuei num grande grupo de mineração e 
siderurgia, chegando a contador de uma Holding Company . Atuei também 
como contador no segmento de Consórcio de Veículos, como analista 
contábil, chefe de controladoria e Controller no segmento de Shopping 
Centers. Concebi e constituí 4 empresas nos ramos de auditoria, perícia, 
consultoria organizacional e financeira, consultoria jurídica, consultoria 
educacional e escola de gestão aplicada, das quais mantenho apenas duas 
delas no momento atual. Meu hobby é escrever capítulos e livros técnicos 
nas áreas em que me especializei. Gosto muito de músicas, de conversar, 
de conhecer gente e lugares e, sobretudo, sou apaixonado com as pessoas 
que “QUEREM AMPLAMENTE e VÃO BUSCAR”. Tive várias pessoas e 
coisas que me inspiraram. Espero que você encontre a sua fonte 
inspiradora também. Conte comigo. Saúde, paz e sucesso. 
Profile Flavia Luzia dos Santos 
Flavia Luzia dos Santos é mestre em Administração pela Universidade 
Federal de Santa Catarina e bacharel em Administração pela 
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Desempenhou atividades 
administrativas em instituições diversas como HSBC, Alcatel-Lucent, 
UFMS, entre outras, bem como desenvolveu trabalhos de consultoria na 
área financeira. Iniciou carreira docente no Centro Estadual de Educação 
Tecnológica Paula Souza (CEETEPS) e, a partir de então, exerceu a função 
docente na UNINOVE e no IFMS. Atualmente, é colaboradora da 
UNICESUMAR, SENAI e UNIASSELVI. 
O que não tem no meu currículo 
No meu currículo não tem Música. Para mim a vida é um belíssimo 
concerto orquestrado pelo nosso Grandioso Criador, o maior artista de 
todas as épocas. No meu currículo também não tem Natureza, que enche 
a vida de cores, de significados, de ritmo. Meu currículo não tem Aromas. 
Aromas que deleitam os mais diversificados paladares e que permitem Lattes 
conhecer as mais diversas culturas. Meu currículo não tem Foco. Foco 
que possibilita capturar os mais belos cenários, os mais ternos momentos, 
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transformar imagem em reflexão. No meu currículo não tem Aconchego, 
que aquece o coração daqueles que de mim se aproximam enchendo-os 
de novas perspectivas. Meu currículo não tem Poesia, dado que é apenas 
uma fração. Uma fração de um ser multifacetado que ama conhecer o 
universo, as pessoas, as razões. 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
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Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; 
CÂNDIDO, Marlúcio; SANTOS, Flavia Luzia dos. 
Análise das Demonstrações Contábeis. 
Marlúcio Cândido; Flavia Luzia dos Santos. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2021. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Contábil. 2. Financeiro. 3. Organizações. 
4. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 657 
CIP - NBR 12899 - AACR/2 
Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar 
Head de pós-graduação Victor V. Biazon 
Diretoria de Design Educacional 
Equipe Recursos Educacionais Digitais 
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NEAD - Núcleo de Educação a Distância 
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 
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ANÁLISE DAS 
DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS 
Prof. Me. Marlúcio Cândido e Prof. Me. Flavia Luzia dos Santos 
Oportunidades de aprendizagem 
Nesta unidade, você aprofundará sua compreensão dos conceitos norteadores da dinâmica do capital de giro e sua relação com as 
operações da empresa. Você compreenderá como a consideração dessas interrelações podem contribuir para a eficácia na gestão 
dos recursos de curto prazo e na prevenção de situações de insolvência econômica. Ao final desta unidade, você será capaz de 
identificar os elementos patrimoniais circulantes que apresentam natureza cíclica, bem como de analisar a saúde financeira de 
uma empresa a partir da análise do volume de recursos de longo prazo que financia o capital de giro, da determinação das 
necessidades de investimento operacional e da identificação dos prazos operacionais. 
Avançar 
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ANÁLISE DINÂMICA DO CAPITAL DE 
GIRO 
No capítulo 3, conhecemos a Janaína e sua empresa, a ADS. Vimos que um dos grandes problemas que a empresa está enfrentando 
é a falta de capital de giro para suprir suas atividades operacionais, o que levou a empresa à uma situação de dependência de 
recursos de curto prazo para subsidiar suas atividades. Essa situação foi se agravando, de modo que a empresa se viu prestes a 
tornar-se insolvente. Neste capítulo, conheceremos mais a fundo os fatores relacionados à dinâmica de provisão de capital de giro. 
No intuito de resolver o problemade falta de capital de giro da ADS, Janaína contratou um analista financeiro para desenvolver a 
avaliação patrimonial da ADS. Em uma das reuniões realizada com o analista, ele reforçou a necessidade de a ADS lançar mão de 
fontes de financiamento de longo prazo para sustentar as atividades desenvolvidas pela empresa. Agora Janaína se encontra 
diante de um novo dilema: adotar o endividamento de longo prazo e abandonar a filosofia deixada por seu pai de jamais endividar- 
se ou continuar utilizando a mesma estratégia que foi utilizada até agora. Sua mente continua um turbilhão, uma vez que são 
muitas informações que necessitam ser ponderadas para se tomar a decisão acertada. Ainda mais considerando o ambiente 
econômico político em que a empresa está inserida, Janaína se sente muito insegura em relação à adoção do endividamento de 
longo prazo para melhorar a saúde financeira da ADS. Absorta em seus pensamentos, ela se dá conta de que necessita de mais 
evidências de que a adoção de recursos de longo prazo seria de ajuda para tirar a empresa da situação de insolvência. Precisa 
também entender mais a fundo o porquê de ser tão importante a utilização de recursos de longo prazo. 
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Como mencionado, Janaína precisa de mais evidências sobre a importância de se valer de fontes de financiamento de longo prazo 
para sustentar as operações da ADS. Para ela, é difícil de uma hora para outra aceitar que a cultura de evitar endividamentos de 
longo prazo, tão fortemente trabalhada pelo seu pai, levou a ADS à situação de insolvência agora evidenciada. 
A Análise Dinâmica de Capital de Giro, possibilita às empresas visualizar a interrelação das operações empresariais e as diversas 
contas constitutivas do Balanço Patrimonial, de modo a possibilitar uma compreensão mais aprofundada de como a empresa pode 
se valer de sua estrutura patrimonial para financiar suas operações. Por meio dessa análise, pode-se visualizar o comportamento 
das diversas contas e quais são os prazos a elas relacionados para provisionar os recursos que sustentam as atividades das 
empresas. Nesta unidade, estudaremos as relações existentes entre a dinâmica patrimonial e as operações das empresas. 
Como surgiu a análise dinâmica do capital de giro? Quais os fundamentos que norteiam os seus fundamentos? Como essa análise 
se diferencia da análise do capital circulante? Assista uma entrevista como o idealizador da teoria e aprofunde sua compreensão 
sobre o tema. Depois, desenvolva uma análise crítica dos pontos expostos, reestruturando os balanços e treine a reorganização de 
balanços reais, bem como o desenvolvimento da análise dinâmica do capital de giro de empresas reais. 
Disponível aqui 
Disponível aqui 
Quais indicadores podem possibilitar essa compreensão mais aprofundada do papel dos recursos de longo prazo para a saúde 
financeira da empresa? Qual a relação entre as atividades operacionais, os elementos circulantes e os não circulantes do Balanço 
Patrimonial? Como você ajudaria Janaína a compreender mais a fundo a situação? 
Na unidade 3, vimos que uma das maneiras de avaliar a liquidez de uma empresa é mediante a consideração do Capital Circulante 
Líquido. No entanto, esse indicador e os indicadores de liquidez ali estudados podem ser complementados por outras medidas de 
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liquidez que levam em consideração o ciclo operacional da empresa. Essa abordagem é denominada Análise Dinâmica do Capital 
de Giro. Assaf (2020) esclarece que essa abordagem, por ser mais dinâmica, possibilita maior acurácia à análise de liquidez, por 
possibilitar uma visualização do fluxo de recursos entre as categorias de contas que caracterizam o Balanço Patrimonial. 
Para ajudar na compreensão desta dinâmica, Assaf (2020) esclarece que tanto os ativos quanto os passivos circulantes de uma 
empresa estão compostos por duas categorias: 
a) a parte operacional, ou cíclica, que está vinculada aos ativos e passivos utilizados para a própria manutenção das atividades da 
empresa. Esses itens tendem a se renovar continuamente em virtude da continuidade das operações empresariais. São exemplos 
dessa categoria os ativos estoques, impostos a recuperar, despesas antecipadas, clientes e os passivos fornecedores, 
adiantamentos de clientes entre outros; 
b) a parte financeira, ou não cíclica, que está composta por aqueles ativos e passivos que decorrem de decisões que não estão 
diretamente vinculadas às operações da empresa, mas que contribuem com o seu financiamento. Exemplos de passivos desta 
categoria são os financiamentos a curto prazo, e as duplicatas descontadas. Podemos dizer que esse grupo é composto por contas 
que não caracterizam a operação em si, mas possibilitam o seu financiamento. No caso de ativos dessa categoria, podemos citar 
aplicações financeiras, imóveis para venda, entre outros. 
Fleuriet (2015) demonstra que essa divisão dos elementos circulantes do Balanço Patrimonial é decorrente de uma visão mais 
abrangente e dinâmica da inter-relação entre os elementos patrimoniais. O autor esclarece que, sob esta ótica, as contas de ativo e 
de passivo são relacionadas com o tempo. Desse modo, seus elementos passam a ser entendidos como estando em um fluxo 
contínuo de operação, de modo que se torna possível identificar aqueles que estão vinculados às atividades de produção e venda 
de bens e serviços (operacionais) e aqueles alheios a essas atividades. 
Fleuriet (op.cit) destaca ainda que quando consideramos o fator tempo para classificar as contas do Balanço Patrimonial, constata- 
se que algumas possuem uma movimentação lenta em relação ao tempo necessário para completar seu ciclo, de modo que se 
caracterizam como contas não cíclicas. A título de ilustração, tome como exemplo a conta Realizável a Longo Prazo. O ciclo de 
consolidação desta conta não acompanhará o ciclo de operações desenvolvido pela empresa. Caracteriza-se dessa maneira, como 
uma conta não cíclica. 
Além das contas não cíclicas, observa-se ainda a existência de contas que acompanham continuamente o movimento operacional 
da empresa, sendo, portanto, consideradas cíclicas. Tome como exemplo a conta Fornecedores. Os saldos desta conta estarão 
diretamente vinculados ao grau de operações desenvolvido pela empresa, uma vez que diante da necessidade de produzir ou 
prestar serviços, recorre-se a fornecedores no intuito de prover os suprimentos necessários para a prestação de serviços. Dessa 
forma, a conta fornecedores consolida-se como uma conta cíclica. Há ainda outras contas que apresentam movimento 
descontínuo, evidenciando não ter nenhuma relação com o ciclo operacional da empresa. Daí a classificação de ativos e passivos 
circulantes em operacionais (cíclicos) e financeiros (não cíclicos). 
Marques e Braga (1995) apresentam uma observação esclarecedora em relação à dinâmica destas contas em comparação ao 
Capital Circulante Líquido. Expressam que, em situações usuais, a existência de um CCL positivo significa que os recursos do ativo 
circulante que ultrapassaram o passivo circulante são oriundos de fontes de financiamento a longo prazo. Ao contrário, uma 
empresa que apresenta um CCL negativo indica que recursos provenientes de fontes de financiamento de curto prazo estão sendo 
aplicados em recursos de longo prazo, o que indica também que as fontes de financiamento de longo prazo não estão sendo 
suficientes para financiaras aplicações de longo prazo. A consideração desses fatores é essencial para identificar situações de 
insolvência nas empresas. 
Para ilustrar o exposto, considere o exemplo da Cia Beleza Pura. No ano de 2020, a empresa encerrou suas atividades com a 
seguinte estrutura: 
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Tabela 1 – Balanço Cia Beleza Pura 
Fonte: Elaboração Própria 
Observe que se somarmos o Passivo não Circulante com o Patrimônio Líquido (R$ 18.097.839 + R$ 28.714.168), obteremos o 
valor dos recursos permanentes, no caso R$ 46.811.317 Se compararmos esse valor como o valor do Ativo não Circulante, 
perceberemos que a parte permanente no lado do Passivo supera o Ativo não Circulante em R$ 2.732.947. Isso significa que com 
os recursos provenientes do Passivo não Circulante e do Patrimônio líquido, a empresa imobilizou R$ 44.079.060 e financiou parte 
do Ativo Circulante com os R$ 2.732.947. 
A consideração anterior nos leva à compreensão de que parte do ativo circulante está sendo financiada por recursos cíclicos, ou 
seja, por recursos de longo prazo que estão sendo amplamente utilizados na manutenção das atividades de produção e vendas da 
empresa. Dessa forma, podemos dividir o Ativo Circulante em Ativo Financeiro e em Ativo Circulante Cíclico. O mesmo também 
pode ser feito em relação ao Passivo. No caso da Cia Beleza Pura, podemos definir o valor do Ativo Cíclico por subtrair o valor de 
R$ 2.732.947 do valor do Ativo Circulante, que sabemos que é R$ 17.739.096. Isso resultaria em um Ativo Cíclico de R$ 
15.006.149 e o Ativo Financeiro totalizam R$ 2.732.947. Isto considerado, averiguemos os indicadores de capital de giro mais 
comumente utilizados. 
A NECESSIDADE DE INVESTIMENTO EM GIRO 
Para determinação da Necessidade de Investimento em Giro (NIG), levamos em consideração somente aquelas contas que estejam 
diretamente vinculadas às operações da empresa, descartando a parte financeira porque ela representa ativos não circulantes que 
estão financiando as operações. A determinação da Necessidade de Investimento em Giro permite identificar o investimento 
líquido de curto prazo necessário para manter o nível de atividade operacional. Este investimento precisa ser financiado pelo 
passivo circulante ou pelo passivo não circulante, dado que, como vimos, parte dos ativos circulantes são financiados por recursos 
de longo prazo. Desta forma: 
Para ilustrar, voltemos ao caso da Cia Beleza Pura, cujos dados estão descritos na Tabela 1. Conforme podemos observar, a 
empresa possui Ativo Circulante Operacional no valor de R$ 15.006.149. Suponhamos que Passivo Circulante Operacional 
corresponde a R$ 12.892.426 (de posse do Balanço Patrimonial, essa informação seria obtida subtraindo-se do Passivo Circulante 
os valores correspondentes a fornecedores, adiantamentos a clientes e afins). Desta forma, a Necessidade de Investimento em 
Giro da Cia Beleza Pura seria dada por: 
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Dessa forma, a NIG da Cia Beleza Pura é de R$ 2.113.723 (dois milhões, cento e treze mil, setecentos e vinte e três reais). 
Vamos agora aplicar ilustrativamente os conceitos ora apresentados ao caso da ADS e averiguar como serão de ajuda para Janaína 
decidir o curso de ação a ser tomada. Para tanto, vamos supor que a estrutura dinâmica para a empresa seja a apresentada na 
Figura 1. 
Figura 1 - Necessidade de Investimento em Giro. 
Fonte: Adaptado de ASSAF, 2020. 
Descrição da imagem: A imagem corresponde a um quadro, dividido em duas colunas. Na primeira coluna, apresenta os ativos da 
empresa, conforme o exemplo anterior, com a apresentação dos valores e na segunda coluna, apresenta os valores dos passivos. O 
tamanho das células das linhas é proporcional ao valor correspondente ao valor total da coluna. Na primeira coluna, segue os 
textos das células correspondentes: Ativos Operacionais: R$ 100,00; Necessidade de Investimento de Giro; Ativos Financeiros: 
R$824,85; Ativo não Circulante: R$1.300,00. Na segunda coluna, segue os textos das células correspondentes: Passivos 
Operacionais: R$ 300,00; Passivos Financeiros: R$924,85; CCL negativo; Passivo não Circulante e Patrimônio Líquido: 
R$1.000,00. 
De acordo com esse balanço ilustrativo, podemos observar que, nesta situação, a ADS possuiria um Capital Circulante Líquido 
negativo em R$300 (924,85 – 1224,85). No entanto, sua Necessidade de Investimento em Giro seria de R$ 200,00 (100-300). 
A consideração desse indicador permite ver quão danosa tem sido para a empresa a política de não se utilizar de recursos de longo 
prazo para subsidiar suas atividades. A NIG de R$ 200 precisa ser suprida para que as atividades da empresa possam ter 
continuidade. Nesse caso, a obtenção de recursos de longo prazo para suprir essas necessidades possibilitará à empresa obter o 
tempo necessário para desenvolver suas operações e converter novamente os recursos em caixa para sanar as responsabilidades 
de curto prazo. Além disso, essa ação minimizaria o risco inerente à tomada de recursos de curto prazo para subsidiar suas 
atividades. 
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O CAPITAL DE GIRO 
Fleuriet (2005) aponta um conceito de Capital de Giro correspondente à análise dinâmica do Capital de Giro, em que o define 
como sendo uma fonte de recursos empresariais cujo objetivo é financiar a Necessidade de Investimento em Giro. Nesse contexto, 
o autor elucida que o Capital de Giro é determinado como a diferença entre o Passivo Não Circulante e o Ativo Não Circulante, de 
modo que: 
O autor esclarece ainda que, quando uma empresa apresenta uma Necessidade de Investimento em Giro positiva, a empresa terá a 
necessidade de se valer de fontes de recursos a longo prazo para financiar essa necessidade, uma vez que, do contrário, se a 
empresa se valer de fontes de recursos de curto prazo (como o desconto de duplicatas por exemplo), ela incorrerá em risco de 
insolvência ou de falta de liquidez. Como normalmente os recursos provenientes de fonte de longo prazo são utilizados para 
subsidiar os ativos permanentes, que representam as contas não cíclicas do ativo, apenas uma parcela destes recursos seria então 
destinada para a cobertura da Necessidade de Investimento em Giro. Desta forma, o Capital de Giro representaria qual o valor 
desta parcela de recursos de longo prazo haveria de ser utilizado na cobertura da Necessidade de Investimento em Giro. 
Para ilustrar, voltemos à Cia Beleza Pura. Como apresentado na Tabela 1, a empresa apresenta Passivo Não Circulante no valor de 
R$ 18.097.839 e Ativo não Circulante com valor de R$ 44.079.060. Assim, o Capital de Giro da empresa é de: 
Observe que, nesse caso, a empresa apresenta um Capital de Giro negativo. Isso significa que a empresa está financiando parte do 
seu ativo permanente com recursos de curto prazo. Essa situação também aponta o risco de insolvência. No entanto, Fleuriet (op. 
cit.) aponta que essa situação pode ser superada se a empresa possuir também uma Necessidade de Investimento em Giro 
Negativa, o que não é o caso da Cia Beleza Pura, cuja NIG, conforme vimos, também foi negativa. 
Em relação ao grau de liquidez apontado pela Necessidade de Investimento em Giro e pelo Capital de Giro, cumpre destacar que, 
em algumas situações um baixo grau de liquidez pode ser aceitável, dependendo das características do setor e da empresa em 
análise. No caso de haver previsibilidade das entradas de caixa, há a possibilidade de se manter baixos graus de liquidez por conta 
da certeza de que haverá o ingresso dos recursos que possibilitarão o pagamento das responsabilidades com que a empresa 
precisa arcar. 
O SALDO DE TESOURARIA 
Um outro indicador utilizado na análise dinâmica do capital de giro é o Saldo de Tesouraria (ST). Esse possibilita averiguara eficácia 
da estrutura de financiamento de curto prazo por meio da obtenção da diferença entre os elementos do ativo e do passivo 
circulante que não estão diretamente vinculados às operações da empresa, também denominados ativos e passivos financeiros. A 
diferença é então obtida pela fórmula: 
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Em que: ST = Saldo de Tesouraria 
ACF = Ativo Circulante Financeiro 
PCF = Passivo Circulante Financeiro 
Fleuriet (2021) esclarece que quando uma empresa apresenta Saldo de Tesouraria positivo, ela dispõe de dinheiro suficiente para 
arcar com suas responsabilidades de curto prazo sem precisar diminuir o volume de recursos utilizados para financiar o ciclo 
operacional. Simultaneamente, o autor demonstra que o Saldo de Tesouraria também pode ser obtido por meio da relação 
existente entre a Necessidade de Capital de Giro (ou necessidade de investimento em giro – NIG) e o capital de giro, elucidando 
que, quando uma empresa possui uma necessidade de capital de giro maior que o capital de giro, parte de seus ativos não 
circulantes estão sendo financiados por recursos de curto prazo, o que aumenta o risco de insolvência da empresa. O reverso se 
faz verdadeiro nos casos em que as empresas apresentam um Saldo de Tesouraria positivo, o que lhes possibilita aumentar sua 
segurança financeira por dispor de recursos suficientes para cobrir suas necessidades e aplicar o excedente em aplicações de curto 
prazo. 
Vamos ilustrar o uso do Saldo de Tesouraria, determinando o mesmo para a Cia Beleza Pura. Voltando aos dados apresentados na 
Tabela 1, observamos que o Ativo Circulante Financeiro da empresa é de R$ 2.732.947 e seu Passivo Circulante Financeiro é de R$ 
2.113.723. Desta forma, o Saldo de Tesouraria para a empresa é: 
O Saldo de Tesouraria positivo obtido indica que a Cia Beleza Pura dispõe de recursos suficientes para atender suas necessidades 
de curto prazo sem precisar diminuir o volume de recursos que estão sendo utilizados em seu ciclo operacional. 
As situações envolvendo o Capital Circulante Líquido, Necessidade de Investimento em Giro e o Saldo em Tesouraria são variáveis, 
conforme pode ser observado na Tabela 2: 
Tabela 2 – Possíveis combinações entre 
CCL, NIG e ST e suas interpretações. 
Fonte: Adaptado de Martins, E. Análise 
didática das demonstrações contábeis. 
São Paulo : Atlas, 2020, página 158 
Aplicando essas ponderações ao caso da Cia Beleza Pura, podemos constatar que ela dispõe de um Capital Circulante Líquido de 
R$ 2.732.947, uma Necessidade de Investimento em Giro de R$ 2.113.723 e um Saldo de Tesouraria de R$ 619.227. Considerando 
a Tabela 2 com o comparativo entre os três indicadores, observamos que a Cia Beleza Pura apresenta os três indicadores positivos, 
apontando para uma sólida situação financeira. Essa posição confirma que a empresa possui condições de arcar com suas 
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responsabilidades de curto prazo sem ter que diminuir o investimento que está sendo feito em suas operações. 
Voltando ao caso ADS, observamos que, além da consideração sobre a Necessidade de Investimento de Giro, a empresa possui 
uma diferença negativa entre seus ativos financeiros e passivos financeiros. Por meio da Figura 1, podemos observar que a 
empresa possui como Ativos Financeiros o valor de R$ 824,85 e como passivos Financeiros o valor de R$ 924,85. O Saldo em 
Tesouraria da ADS, nas condições mencionadas, seria então definido por: 
Vemos, dessa maneira, que a ADS possui um Saldo em Tesouraria negativo. Uma vez que o Saldo em Tesouraria ajuda a avaliar a 
política financeira da empresa, o valor negativo aqui obtido evidencia as dificuldades financeiras que a empresa vem enfrentando e 
que estão se agravando. 
Na Tabela 3 podemos estabelecer um comparativo entre os três indicadores relacionados à ADS. 
Tabela 3 – Indicadores de Giro da Cia 
ADS 
Fonte: a Autora 
Essa classificação permite averiguar a criticidade da situação da ADS, classificada na tabela como sendo uma situação péssima e de 
alto risco, em decorrência da parcela de elementos do ativo não circulante que está sendo financiada com recursos de curto prazo. 
Urge a adoção de medidas que possibilitem a reestruturação de capital da empresa, sob pena de ela não conseguir se recuperar 
por causa da sua situação de insolvência. Cumpre ainda destacar que, em situações de recessão econômica, em que as taxas de 
câmbio estejam oscilantes, o risco associado a um negócio na situação da ADS torna-se ainda mais elevado, dado que 
financiamentos de curto prazo tendem a ser diretamente afetados pelas variações cambiais. 
Cumpre aqui ressaltar a importância de que toda esta análise seja feita conjuntamente com a de outros indicadores e 
considerando diferentes exercícios para que se possa ter uma compreensão geral da situação das organizações que estejam sendo 
estudadas. 
Conecte-se 
Quer saber mais sobre a Análise Dinâmica do Capital de Giro? Acesse a página do seu 
idealizador disponibilizado logo a seguir. Além de apresentar diversos conceitos relacionados à 
dinâmica, a página possibilita a interação com Michel Fleuriet, idealizados do modelo dinâmico 
de análise do capital de giro. 
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O EFEITO TESOURA 
Em algumas situações, as empresas expandem seu nível de operações sem prover os recursos necessários para financiar o 
crescente aumento na necessidade de capital de giro decorrente da ampliação das operações. Nesses casos, evidencia-se o 
chamado Efeito Tesoura, situação de desequilíbrio que permite o crescimento da atividade empresarial descompassadamente à 
sua capacidade de financiamento (ASSAF, 2020). Fleuriet (2015) esclarece que esta situação é evidenciada pelo descompasso 
entre as fontes disponíveis de recursos a longo prazo (Capital de Giro) e as aplicações que precisam ser financiadas (Necessidade 
de Investimento em Giro), de modo que o Saldo de Tesouraria se torna cada vez mais negativo, colocando a empresa em uma 
situação de dependência cada vez maior de recursos de curto prazo para financiar suas operações. Atente que esta situação é 
vivenciada pela ADS. A empresa é reconhecida no mercado por prestar serviços de qualidade e tem uma boa participação de 
mercado, o que evidencia que houve crescimento nas operações da empresa. No entanto, a cultura de não fazer uso de fontes de 
financiamento de longo prazo foi colocando a empresa em uma dependência cada vez maior de recursos de curto prazo para 
financiar suas operações. Tal decisão ocasionou a situação de insolvência hora vivida. 
Em pauta 
Acompanhe agora o podcast explicitando os conceitos relacionados à análise dinâmica do capital 
de giro. 
Disponível aqui 
ÍNDICES DE ATIVIDADE 
Além da captação de clientes, toda a empresa tem de se ater a um fator primordial: com que velocidade contas como estoques, 
duplicatas a receber e outras similares têm se convertido em vendas ou em caixa? Para responder a essas perguntas, podemos 
lançar mão dos índices de atividade. Os Índices da Atividade possibilitam uma resposta a essas perguntas uma vez que, por meio 
deles, faz-se possível estimar a quantidade de dias necessária para que uma empresa receba, pague suas contas e renove seus 
estoques (MARION, 2019). 
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Conceituando 
Os Índices da atividade possibilitam averiguar qual a eficácia de uma empresa para converter 
algumas contas em vendase/ou em Caixa (GITMAN, 2012). 
A avaliação das atividades empresariais parte do pressuposto de que, para o desenvolvimento de suas operações, as empresas 
desenvolvem um ciclo de ações. Por exemplo, suponha que a ADS adquiriu peças para realização dos serviços de manutenção de 
veículos. Com esta ação de comprar, iniciou-se um ciclo de transações. Essas peças ficarão em estoque até o momento de sua 
utilização na realização do serviço. No momento da prestação do serviço, caso esse seja fornecido a prazo, passarão um número de 
dias para que o serviço prestado e as peças utilizadas se converta novamente em Caixa para a ADS. Abaixo vemos uma 
representação desse ciclo, que é denominado Ciclo Operacional. 
Figura 2- Ciclo Operacional ADS 
Fonte: Elaboração própria. 
O ciclo operacional pressupõe a existência de prazos para a realização das transações envolvidas. Por exemplo, entre a data de 
aquisição de peças até a efetiva prestação de serviços há um número de dias em que as peças adquiridas ficarão em estoque. Este 
período é denominado Prazo Médio de Estoques. Entre a data de prestação de serviços e o pagamento por parte do cliente, 
transcorre o Prazo Médio de Recebimento. A Figura 2 ilustra detalhadamente o Ciclo Operacional. Entre o período de aquisição de 
peças e o efetivo pagamento do fornecedor, transcorre o Prazo Médio de Pagamento. Esses prazos são considerados em termos 
médios porque, no dia a dia, esses pagamentos e recebimentos ocorrem em diferentes datas no transcurso do mês. 
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Figura 3 - O Ciclo Operacional – Fonte: Elaboração própria. 
Descrição da imagem: a imagem apresenta um fluxo correspondente ao ADS. Há quatro figuras na base 
representando: Compra (ícone de carrinho de compras), Manutenção (ícone de carro com ferramenta), 
Pagamento do fornecedor (ícone de dinheiro na cor vermelha) e Pagamento (ícone de dinheiro na cor azul). 
Acima, há faixas demarcando os prazos, sendo que o Prazo Médio de Estoques está marcado até a 
manutenção. Da Manutenção até o Pagamento temos o Prazo médio de Recebimento. O Prazo médio de 
pagamento corresponde a faixa de Compra até Pagamento do Fornecedor. Acima destas faixas, existem 3 
linhas tracejadas, demarcando 3 Ciclo. O Ciclo Operacional, corresponde toda a faixa de Compra até o 
Pagamento do fornecedor; o Ciclo Econômico é da Compra até a Manutenção; e o Ciclo Financeiro é da 
Manutenção até o Pagamento. 
A Figura nos permite fazer algumas observações. Vemos que o período correspondente ao prazo médio de estoques acrescido do 
prazo médio de recebimento equivale ao ciclo operacional da empresa. Na ilustração podemos ver que a data de pagamento de 
fornecedores ocorrerá em momento anterior à data de recebimento da empresa, o que significa que a empresa precisará se valer 
de algum meio para captar os recursos necessários para o pagamento de seus fornecedores. Essa não é a praxe, mas constitui uma 
ilustração representativa da situação da ADS. O ideal é estabelecer políticas de crédito e cobrança em que os prazos de pagamento 
sejam maiores que o ciclo operacional das empresas, de modo que elas possam gozar de uma folga entre a data que receberam de 
seus clientes e a data que pagam seus fornecedores. 
Atenção 
As operações de uma empresa iniciam-se com a aquisição de suprimentos que serão mantidos 
em estoque e perduram até o momento em que se consolida o pagamento, por parte dos clientes 
dos serviços prestados. Ter isso em mente, bem como outros aspectos abordados na análise 
contábil das atividades empresariais, caracteriza-se fator essencial para o desenvolvimento de 
políticas de crédito e de cobrança. 
A determinação do Ciclo Operacional de uma empresa está diretamente relacionada à sua natureza, ou seja, ao seu setor de 
atuação. O Ciclo Operacional de uma indústria, por exemplo, está composto de compras, fabricação, vendas e recebimento. 
Observe que, neste caso, há um elo a mais no ciclo em comparação com o ciclo da ADS. O processo de fabricação pressupõe a 
existência de estoques de matérias primas, de estoques semi acabados e estoques de produtos acabados. Isso implica que, no caso 
de uma indústria, o Ciclo Operacional está composto de mais prazos médios, de modo que: 
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Em que: PME= Prazo Médio de Estoques 
PMF = Prazo Médio de Fabricação 
PMV = Prazo Médio de Vendas 
PMR = Prazo Médio de Recebimento 
Para ilustrar, consideremos o exemplo da Cia Beleza Pura. Suponha que a empresa tem um prazo médio de estoques de 32 dias, um 
prazo médio de fabricação de 9 dias, um prazo médio de vendas de 58 dias e um prazo médio de recebimento de 19 dias. Nestas 
condições, o Ciclo Operacional da empresa seria: 
A empresa apresenta um Ciclo Operacional de 118 dias, o que, como mencionado, compreende o tempo que transcorre desde a 
aquisição de matérias primas para a produção de bens até o momento de recebimento de suas vendas. 
Atenção 
Em geral, em muitos livros que abordam a análise de indicadores financeiros, observa-se a 
consideração apenas do Prazo Médio de Estoques como indicador do tempo necessário para 
converter itens armazenados em estoques em vendas. No entanto, em relação aos diferentes 
prazos médios relacionados a estoques, Martins (2020) destaca a importância de sua 
consideração, dado que a utilização de um valor médio para estoques conduziria a uma 
considerável distorção da realidade porque estoques de matérias primas, de itens em processo e 
de produtos acabados têm ciclos de vida diferentes dentro da organização, de modo que a média 
de duração destes estoques dentro da empresa refletirá estes distintos ciclos de vida. A 
consideração de uma média geral, dessa forma, não refletirá a realidade, conduzindo a análises 
distorcidas. Dessa forma, cabe ao analista identificar a natureza da empresa que está sendo 
analisada e desenvolver, junto à empresa, o levantamento dos dados referentes aos diferentes 
tipos de estoques. 
No caso da AIDS, seus estoques duravam 15 dias e ela concedia 30 dias de prazo para seus clientes. Para saber o ciclo operacional, 
por dedução do que está exposto na figura 2, teríamos: 
No caso específico da ADS, a empresa tem um ciclo operacional de 45 dias, pois: 
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Uma vez que precisamos obter ciclos operacionais inferiores aos prazos de pagamento de fornecedores, um dos aspectos que 
podem auxiliar nesse sentido é fazer com que os estoques “girem”, isto é, sejam renovados o maior número de vezes possível. Isso 
representará um maior volume de vendas sendo realizado, o que consequentemente tende a “puxar” também as datas de 
recebimento de nossos clientes. Nesse aspecto, cumpre destacar que quanto maior o Ciclo Operacional, maior a necessidade de 
capital de giro da empresa para cobrir suas necessidades de curto prazo (ASSAF, 2020). 
OS INDICADORES DO CICLO OPERACIONAL 
A ideia central vinculada aos Indicadores do Ciclo Operacional é a determinação do tempo transcorrido desde a aquisição de 
matérias primas para execução das operações empresariais até que se efetive seu recebimento, pagamento de fornecedores e 
reabastecimento de estoques para reiniciar o ciclo produtivo. Para tanto, precisamos estipular os períodos médios constitutivos 
do ciclo operacional, a saber, os períodos médios de estoques, de fabricação, de venda, de recebimento e de pagamento. 
● O Prazo Médio de Estoques 
Martins (2020) chama atenção ao fato de que para determinação do Prazo Médio de Estoques, é necessário considerar a natureza 
da empresa que está sendo analisada, uma vez que, como mencionado, essas podem apresentar diferentes tipos de estoques 
simultaneamente, como ocorre nas indústrias, de modo que é necessário fazer a consideração dessas categoriasde estoques 
separadamente para a determinação do Prazo Médio de Estoques. O autor apresenta, dessa forma, as seguintes possibilidades: 
Esse indicador possibilita avaliar quanto tempo, em média, os itens permanecem armazenados em estoque desde a sua compra até 
a solicitação para utilização no processo de produção. 
Considere o exemplo da Cia Beleza Pura. Trata-se de uma indústria de cosméticos, de modo que, como mencionado, especial 
atenção deve ser dada à existência de diferentes tipos de estoques que vão constituir as operações da empresa. Em relação ao 
Período Médio de Estoques, a empresa manteve Estoque Médio de Matérias Primas no valor de R$ 2.656.000 e teve um consumo 
anual de Matérias Primas de R$ 30.999.350. O Período Médio de Estoque seria então: 
O PME da Cia Beleza Pura, dadas as circunstâncias expostas, corresponde a 31,27 dias. A determinação deste valor e sua 
consideração conjunta com os demais períodos médios possibilitarão à empresa avaliar se há a necessidade ou não de fazer estes 
estoques girarem mais rápido no intuito de acelerar o recebimento pelos serviços prestados. 
Período Médio de Fabricação 
Possibilita avaliar quanto tempo a empresa gasta para fabricar seus produtos. É determinado pela relação: 
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Novamente, vamos ilustrar o cálculo valendo-nos do exemplo da Cia Beleza Pura. A empresa possui Estoque Médio de Produtos 
em Elaboração avaliado em R$ 720.000. O Custo total de produção gira em torno de R$ 30.675.894, de modo que o Período 
Médio de Fabricação é dado por: 
Dessa forma, observa-se que o Período Médio de Fabricação da Cia Beleza Pura é de aproximadamente nove dias. Novamente, a 
consideração deste dado com os demais indicadores do Ciclo Operacional pode apontar a necessidade de fazer com que o Período 
Médio de Fabricação seja diminuído no intuito de acelerar o recebimento pelos produtos fabricados pela companhia. 
● Período Médio de Vendas 
O Período Médio de Vendas aponta por quanto tempo os produtos acabados ficam armazenados em estoque. É dado pela 
formulação: 
Tratemos agora a determinação do Período Médio de Vendas da Cia Beleza Pura. A empresa apurou como Estoque Médio de 
Produtos Acabados o valor de R$ 1.500.000 e como Custo dos Produtos Vendidos o valor de R$ 9.500.000. Assim: 
O Período Médio de Vendas da Cia Beleza Pura é de aproximadamente 58 dias. 
● Período Médio de Cobrança 
Por meio do Período Médio de Cobrança, as empresas conseguem visualizar quanto tempo em média transcorreu entre a 
realização das vendas e o recebimento dos itens e serviços fornecidos aos clientes. Para sua obtenção, utiliza-se o seguinte 
quociente: 
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Voltando ao caso da Cia Beleza Pura, observamos que a empresa registrou como Média de Duplicatas a Receber o valor de R$ 
200.425. O volume de Vendas a Prazo foi de R$ 4.008.500, de modo que o Prazo Médio de Recebimento corresponde a: 
Fazendo agora a consideração dos períodos médios calculados até aqui, observamos que a empresa mantém um baixo Período 
Médio de Cobrança, sendo mais elevados os seus períodos médios de vendas e de estoques. Uma análise minuciosa destes 
indicadores, poderia apontar a viabilidade de se diminuir os prazos médios de vendas e o prazo médio de estoques no intuito de 
conceder maior prazo de pagamento para os clientes, caso isso resulte em aumento do volume de vendas e não incorra em 
proporcional aumento no saldo de devedores duvidosos. 
● Período Médio de Pagamento de Fornecedores 
Esse indicador permite a avaliação de quanto tempo uma empresa gasta entre a aquisição de matérias primas para realização de 
suas atividades até o efetivo pagamento de seus fornecedores. Para seu cálculo, utiliza-se a relação: 
Voltando ao exemplo da Cia Beleza Pura, a empresa apresenta como Fornecedores a Pagar o montante de R$ 672.000 e o saldo de 
Contas a Prazo é de R$ 5.977.394. O Prazo Médio para Pagamento é de: 
A Cia Beleza Pura dispõe de aproximadamente 41 dias para pagamento de suas responsabilidades. Considerando que a empresa 
dispõe de 118 dias como Ciclo Operacional, observa-se a necessidade de otimizar alguns de seus períodos médios no intuito de 
diminuir o Ciclo Operacional e agilizar o tempo que transcorre entre o início das atividades operacionais, marcados como a 
aquisição de matérias primas para produção e o recebimento pelas operações de vendas e produção. A empresa pode também 
buscar meios de aumentar os prazos de pagamento junto a seus fornecedores visando o aumento da eficácia de suas atividades 
operacionais. Ao considerar esses indicadores conjuntamente como os relacionados ao Capital de Giro, essa otimização nos 
períodos médios mencionados poderia aumentar ainda mais a solidez da empresa em relação ao capital de Giro, corroborando com 
a ideia de fazer com que suas atividades perdurem por longo tempo. 
Para obtenção dos indicadores de atividade, alguns autores realizam a multiplicação por 360, levando em conta o ano comercial 
(ASSAF, 2020; MARION, 2019), No entanto, concordando com Martins (2020) essa utilização não faz sentido, dado que as 
empresas não operam apenas 360 dias por ano. Claro que a existência de feriados e de finais de semana podem resultar em uma 
quantidade menor de dias de atividade, mas isso não implica que seja coerente utilizar aqui o ano comercial para cálculos 
relacionados a itens que ficam à disposição 365 dias por ano. 
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Dinamize a sua compreensão do Modelo de Fleuriet utilizando a planilha para análise dinâmica 
do capital de giro disponível no botão abaixo! 
Disponível aqui 
Na prática 
Chegou a hora de aprofundar o estudo da Solvência das por meio da aplicação da análise de 
Capital de Giro. Acesse agora o vídeo! 
Disponível aqui 
Vamos juntos avaliar a situação da ADS? Acompanhe agora o desenvolvimento da análise dinâmica do capital de Giro da ADS com 
dados oriundos do seu Balanço Patrimonial. A Tabela 4 ilustra o Balanço Patrimonial da empresa para os exercícios encerrados em 
2020 e 2019. 
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Tabela 04 – Balanço Patrimonial ADS Serviços Especializados 
Fonte: Elaboração do autor 
Atente que a primeira ação a ser executada é adequação dos itens do Balanço Patrimonial, possibilitando assim a classificação do 
Circulante em Circulante Financeiro (Não Cíclico) e Circulante Operacional (Cíclico). Para desenvolver essa adequação, podemos 
iniciar focando nossa atenção no Patrimônio Líquido e no Exigível a Longo Prazo da ADS, que representam elementos patrimoniais 
cíclicos. A ideia seria estabelecer uma comparação entre o Exigível a Longo Prazo acrescido do Patrimônio Líquido com o Ativo 
Não Circulante. Como a empresa não possui Exigível a Longo Prazo, a comparação será feita com o Patrimônio Líquido. O Ativo 
não Circulante da ADS para o ano de 2020 totalizou R$ 144.984,65. Subtraindo o valor do Patrimônio Líquido, que é de R$ 50.000, 
temos uma diferença de R$ 94.984,65. Essa diferença corresponde ao montante de Ativo não Circulante que está sendo 
financiado pelo Passivo Circulante, uma vez que a empresa não dispõe de recursos de longo prazo para financiar suas atividades. 
Além da consideração da parcela do Ativo Não Circulante financiada pelos Passivos Circulantes, faz-se necessário categorizar as 
contas Cíclicas e Não Cíclicas. No Balanço, observa-se como contas cíclicas de Ativo Contas a Receber, totalizando R$165.000,00. 
Já na parte do passivo, temos como contas cíclicas Contas a Pagar, com o valor de R$ 264.923,76 e Impostos com o valor de R$ 
5.739,27. A Tabela 5 ilustra a categorização das contas em cíclicas e não cíclicas. 
Tabela 5 – Balanço ADS 
Feita esta distribuição, podemos passar ao cálculo dos indicadores. Primeiramente, vamos determinar a Necessidade de 
Investimento em Giro (NIG): 
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Constatamos aqui que a ADS possui uma Necessidade de Investimento em Giro de – R$ 99.923,76. O fato de a empresa possuir 
NIG negativa corrobora com o exposto inicialmente de que a empresa está financiando parte de seus Ativos não Circulantes com 
recursos provenientes de Passivos Circulantes, o que evidencia a situação de insolvência vivenciada pela empresa. 
Passamos agora para a determinação do Capital de Giro, que é determinado pela equação: 
Observamos aqui que o Capital de Giro da empresa também está negativo em R$ 144.984,65. Lembramos aqui que, conforme 
consideramos anteriormente, quando uma empresa apresenta Capital de Giro e Necessidade de Investimento em Giro negativas 
ela pode se manter bem se seus recursos não cíclicos forem previsíveis, o que não é o caso da ADS. 
Passando agora para a determinação do Saldo de Tesouraria da ADS, observamos que: 
De acordo com o cálculo, a ADS possui um Saldo de Tesouraria negativo em R$ 1.828,27 
Para a consideração conjunta dos indicadores, faz-se ainda necessária a determinação do Capital Circulante Líquido da ADS: 
Observamos que o Capital Circulante Líquido da empresa também apresenta saldo negativo em R$ 94.984,65. A Tabela 6 
disponibiliza a análise conjunta dos indicadores de Giro da ADS. 
Tabela 6 – Indicadores de Giro – ADS Serviços 
Especializados 
Os Indicadores de Giro da ADS corroboram com a compreensão de que a situação financeira da empresa é muito ruim, sendo 
necessária a adoção de medidas urgentes para que possa permanecer desempenhando suas atividades. Como observado, o fato de 
a empresa estar financiando seu ativo não circulante com recursos provenientes do Passivo Circulante não contribui em nada com 
a saúde financeira da empresa, sendo necessário a captação de recursos de longo prazo para prover o capital de giro necessário e 
para subsidiar suas atividades. 
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Observemos agora como a situação é confirmada pelos indicadores do ciclo operacional. Como mencionado, a ADS não está 
conseguindo repor estoques de peças para prestação de serviços em virtude de não dispor mais de crédito para adquirir peças 
junto aos fornecedores. A empresa compra peças à vista quando dispõe de recursos em Caixa para tal. Desta maneira o estoque 
médio de produtos acabados da ADS para o ano de 2020 foi de 0 unidades, uma vez que as peças eram adquiridas à medida que era 
demandada. O custo dos serviços prestados pela empresa para o ano de 2020 foi de R$ 112.161,98, conforme pode ser visualizado 
na Tabela 7. 
Tabela 07 – Demonstração de Resultado do Exercício ADS 
O Período Médio de Estoque (PME) para o exercício de 2020 foi: 
Para determinação do Período Médio de Cobranças da empresa, faz-se necessário atentar que, das receitas auferidas, 90% foram 
realizadas a prazo, ou seja R$ 210.675,28 corresponde ao volume de vendas a prazo. Desta maneira, o Prazo Médio de Cobranças 
será: 
A ADS cobra seus clientes em aproximadamente 24 dias após a prestação de serviços. À primeira vista, parece ser um bom prazo 
de cobranças, no entanto, somente será possível avaliar se esse prazo de cobrança está adequado às atividades da empresa 
analisando-o conjuntamente como os demais períodos médios, de modo que a cobrança possibilite uma margem de folga à 
empresa para realização dos pagamentos que precisam ser efetuados. 
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Em relação ao Período Médio de Pagamento, sabemos que o mesmo pode ser obtido por: 
Na tabela 6, observamos que o saldo da empresa para a conta Fornecedores a Pagar é de R$ 77.300,00 e o Saldo de Contas a Pagar 
é de R$ 187.623,76. O Período Médio de Pagamento seria obtido por: 
O PMP da empresa é de aproximadamente 13 dias. Comparando o prazo médio de pagamento com o prazo médio de recebimento, 
observamos que a empresa dispõe de menor prazo para pagar em relação ao de receber. Isso implica a falta de recursos para 
pagamento das obrigações da empresa por um período de 11 dias (24 – 13). A consideração conjunta dos prazos de pagamento 
indica a necessidade de rever as políticas de concessão de crédito aos clientes e as políticas de obtenção de crédito junto a 
fornecedores, para estabelecer uma sincronia entre as datas de pagamento e de recebimento de modo a diminuir as necessidades 
de caixa e o pagamento de juros. 
Como visto, a Análise Dinâmica do Capital de Giro possibilita uma visão mais ampla sobre os fatores intervenientes nos graus de 
liquidez de uma empresa. Dessa forma, para ter sucesso no que se refere à análise de liquidez de uma empresa, esteja atento à 
profundidade e abrangência do conceito de liquidez e à interveniência das operações na consecução da solvência das 
organizações. Perceba que essa compreensão é fundamental para a sobrevivência das empresas, mesmo as de pequeno e médio 
porte, tão importantes para a economia do nosso país. 
Avançar 
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AGORA É COM VOCÊ 
A Melquisedeque Empreendimentos está acompanhando continuamente o comportamento do seu Capital de Giro nos últimos 
três anos. As Tabelas 8 e 9 apresentam o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado de Exercício para o período de 2017 
a 2020. 
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Tabela 8 – Balanço Patrimonial – Melquisedeque Empreendimentos. 
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Tabela 9 – Demonstração de Resultado de Exercício – Melquisedeque Empreendimentos 
Desenvolva a análise do Capital de Giro para os períodos considerados. 
Orientação de resposta 
Veja a Orientação de resposta clicando neste link . 
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Orientação 
de resposta 
Orientação de resposta 
Como vimos, a primeira etapa a se seguir para o desenvolvimento da análise dinâmica do Capital de Giro é desenvolver a 
organização das contas constitutivas do Balanço Patrimonial de modo a possibilitar a identificação das Contas Financeiras 
Circulantes e Operacionais. Considerando a estrutura patrimonial apresentada pela Melquisedeque Empreendimentos, podemos 
classificar essas contas de acordo com a seguinte ordem: 
Tabela 10 – Balanço Melquisedeque Empreendimentos 
Com base nesses dados, podemos proceder os cálculos dos indicadores de giro. Primeiramente, vamos obter o CCL. Sabemos que 
o CCL é obtido subtraindo o Passivo Circulante do Ativo Circulante. Então: 
Agora vamos obter a Necessidade de Investimento em Giro, que é definida subtraindoo Passivo Cíclico do Ativo Cíclico. Desta 
forma: 
Obteremos agora o Saldo de Tesouraria para a Melquisedeque Empreendimentos subtraindo o Passivo Circulante Financeiro do 
Ativo Circulante Financeiro, de forma que: 
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O Capital de Giro para a empresa fica determinado pela diferença entre o Ativo Não Circulante e o Passivo Não Circulante. Assim: 
De posse desses dados, podemos observar que a Melquisedeque Empreendimentos dispõe de um Capital de Giro maior que o 
Capital Circulante Líquido, o que representa que a empresa desenvolveu uma estrutura de capital que lhe permite prover 
permanentemente suas necessidades de recursos para atender suas obrigações de curto prazo. Em outras palavras, a empresa 
estruturou seu patrimônio de tal maneira que dispõe de recursos de longo prazo para atender as suas operações cotidianas. Essa 
estrutura possibilita à empresa dispor de saldos positivos em todos os indicadores de giro, uma vez que a disponibilização de 
recursos de longo prazo para financiar suas operações possibilita que tanto a categoria financeira quanto a operacional de seus 
ativos circulantes sejam superiores à de seus passivos. A tabela 11 possibilita desenvolver o comparativo entre os indicadores 
obtidos: 
Tabela 11 - Sem nome 
Esses indicadores, juntamente com a informação do Capital de Giro de R$ 795,22 possibilita vislumbrar a solidez da instituição no 
que se refere à sua estrutura patrimonial, levando à conclusão de que a empresa está livre do risco de insolvência. 
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REFERÊNCIAS 
ASSAF NETO, A. Estruturas e Análise de Balanços: um enfoque econômico-financeiro . São Paulo: Atlas, 2020. 
FLEURIET, M. Modelo Fleuriet . Disponível em https://www.modelo-fleuriet.com/. Acesso em 16/05/2021. 
GITMAN, L.J. Princípios de Administração Financeira . São Paulo: Pearson Prentice-Hall, 2012. 
MARION, J.C. Análise das Demonstrações Contábeis . São Paulo: Atlas, 2019. 
MARQUES, J.A.V.C; BRAGA, R. Análise dinâmica do capital de giro: o modelo Fleuriet. Revista de Administração de Empresas . São 
Paulo, v.35, nº 03. Mai/Jun. 1995. p. 49-63. 
MARTINS, E. Análise Avançada das Demonstrações Contábeis: Uma Abordagem Crítica . São Paulo: Atlas, 2020, 
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EDITORIAL 
Profile Marlúcio Cândido 
Mestre em Administração (ênfase em Finanças), Pós-graduado em 1) 
Administração Financeira, 2) Direito do Trabalho, 3) Gestão Educacional, 
4) Gestão de Pessoas, 5) Planejamento, Implementação e Gestão de EAD, 
6) Executivo de Negócios, 7) Especialista em Normas Internacionais de 
Contabilidade IFRS/NIAS, 8) Gestão em Políticas Públicas, 9) Governança 
Tributária, 10) Tecnologias, Formação de Professores e Sociedade, 11) 
Gestão Pública Municipal, 12) Legislação Educacional, 13) Compliance e 
Gestão de Riscos, 14) Contabilidade, Direito e Economia com ênfase na 
Gestão Pública, 15) Cybercrime e Cybersecurity : prevenção e investigação 
de crimes digitais, 16) Direito Desportivo, 17) Direito Imobiliário, 18) 
Gestão Escolar Integrada, 19) Auditoria e Perícia Contábil, 20) Gestão de 
Projetos, 21) Metodologias Ativas e Prática Docente, 22) Pedagogia 
Empresarial e Gestão Corporativa, 23) MBA Finanças e Banking, 24) 
MBA em Gestão de Centros Educacionais Superiores, 25) Perícia Judicial 
e Extrajudicial, Graduação em 1) Ciências Contábeis, 2) Direito, 3) 
Administração, 4) Ciências Econômicas, 5) Pedagogia, 6) Letras, 
Lattes 
Coordenador de curso de Ciências Contábeis e de Administração em IES, 
Conselheiro Efetivo do Conselho Regional de Contabilidade de Minas 
Gerais – CRCMG (2018-2021), Vice-coordenador da Câmara de Registro LinkedIn 
do Conselho Regional de Contabilidade – CRCMG (2020), Membro da 
Comissão de Educação Continuada do Conselho Regional de Minas 
Gerais – CRCMG (2018-2021), Representante do Conselho Regional de 
Contabilidade de Minas Gerais – CRCMG no Conselho de Curadores da 
Universidade Federal de Minas Gerais (2018-2021), Diretor Social 
(Suplente) da ASCAP – Associação dos Contadores de Betim e Região, 
Professor de cursos de graduação (presencial, EaD e remoto) de Ciências 
Contábeis, Direito e de Administração (disciplinas ministradas: 
controladoria, contabilidade introdutória, perícia contábil, administração 
financeira, sistemas de informações contábeis, prática contábil, análise 
das demonstrações contábil-financeiras, direito empresarial, direito do 
trabalho, direito tributário, ética e responsabilidade social, auditoria 
contábil, etc.) e pós graduação presencial e remoto (disciplinas 
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ministradas: controladoria estratégica, contabilidade societária e 
empresarial, balanced scorecard , planejamento de auditoria contábil, ética 
e responsabilidade social, governança corporativa, Tutor de disciplinas 
em EaD em diversas IES, Autor de livros para disciplinas em EaD 
(Contabilidade Geral, Contabilidade Comercial, Análise das 
Demonstrações Contábeis, Auditoria, Custos, Tópicos Especiais de 
Contabilidade (BSC) e Perícia Contábil) pela editora FEAD/Minas Gerais, 
Autor de livros técnicos pela editora JURUÁ/Paraná (Contabilidade em 
Foco: contabilidade geral (2007) e Contabilidade Lúdica: contabilidade de 
custos (2010), Autor de livros de Controladoria e de Responsabilidade 
Social pela editora Novas Edições Acadêmicas/EUA, Organizador de 
livros técnicos nas áreas de direito, QVT, educação e sociologia. Co-autor 
em outros 5 livros voltados para as áreas contábeis, jurídicas, recursos 
humanos, qualidade de vida, serviços sociais, educação. Detentor de 
artigos nacionais e internacionais em revistas e congressos. Membro 
Associado da 1) Associação Científica Internacional do 
Neopatrimonialismo – ACIN, 2) Associação Nacional dos Tutores em 
Educação à Distância – ANATED e 3) Associação Brasileira de Ensino à 
Distância – ABED, 4) Instituto de Pesquisas e Administração da 
Educação – IPAE, 5) Associação Nacional dos Executivos de Finanças, 
Administração e Contabilidade – ANEFAC, 6) Associação Brasileira de 
Gestores da Educação – ABGEDUC. Sócio-diretor da 1) Principles Gestão 
e Consultoria, 2) CM2 Consultoria e Gestão Educacional, Membro do 
Conselho Editorial da Revista Significativa Publicações da Sanches Green 
Educación. Atuo também como administrador judicial, consultor, perito, 
advogado e parecerista técnico. Atuei como coordenador de cursos de 
Ciências Contábeis (22 anos) e de Administração (1 ano) e atuo/atuei 
como professor universitário na graduação (24 anos): Faculdade de 
Ciências SociaisAplicadas – FACISA, Centro Universitário Newton Paiva, 
Centro Universitário UNA, Faculdade de Estudos Administrativos/FEAD, 
Faculdade Arnaldo, Centro Universitário FUMEC, Faculdade Pitágoras e 
em pós graduação (14 anos): Faculdade SENAC, Faculdade Pitágoras, 
Centro Universitário UNA, Faculdade de Ciências Humanas de Pedro 
Leopoldo, Escola do Governo/E-Tec, Universidade Federal de Ouro 
Preto/UFOP, Centro Universitário FUMEC, Escola Superior de Advocacia 
- ESA. Atuo também como Avaliador ad hoc do MEC e atuei como 
Avaliador/Consultor ad hoc do Conselho Estadual de Educação/MG e da 
SEDECTES - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, 
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Atuo como Consultor em IES – 
Instituições de Ensino Superior (presencial, remoto, EaD) para 
preparação e recepção de visitas de Renovação, Reconhecimento, 
Credenciamento/Recredenciamento junto ao MEC - Ministério de 
Educação e Cultura (concepção de toda aparelhagem institucional: PDI, 
PPC, NDE, Colegiado, CPA, NAF, selecionar/recrutar professores, etc.). 
O que não tem no meu currículo 
Minha história de vida resume-se num trabalho de muita dedicação, 
persistência, disciplina, administração de tempo e muito sucesso. 
Entrecortada por inúmeras atividades profissionais e acadêmicas, o chute 
inicial de minha carreira no mercado profissional foi como engraxate – 
com muita honra – em 1978, seguidamente com um simples office-boy em 
um escritório de parentes maternos e nunca mais parei. Assumi cargo e 
funções de auxiliar de contabilidade, tendo em vista as habilidades 
conquistadas durante o curso Técnico de Contabilidade e, como o 
mercado profissional já era muito exigente, conquistei uma segunda 
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habilitação como Técnico em Estatística, trabalhando em instituto de 
pesquisa e opinião pública. Conquistei meus cursos superiores e de pós- 
graduação e as coisas fluíram. Atuei num grande grupo de mineração e 
siderurgia, chegando a contador de uma Holding Company . Atuei também 
como contador no segmento de Consórcio de Veículos, como analista 
contábil, chefe de controladoria e Controller no segmento de Shopping 
Centers. Concebi e constituí 4 empresas nos ramos de auditoria, perícia, 
consultoria organizacional e financeira, consultoria jurídica, consultoria 
educacional e escola de gestão aplicada, das quais mantenho apenas duas 
delas no momento atual. Meu hobby é escrever capítulos e livros técnicos 
nas áreas em que me especializei. Gosto muito de músicas, de conversar, 
de conhecer gente e lugares e, sobretudo, sou apaixonado com as pessoas 
que “QUEREM AMPLAMENTE e VÃO BUSCAR”. Tive várias pessoas e 
coisas que me inspiraram. Espero que você encontre a sua fonte 
inspiradora também. Conte comigo. Saúde, paz e sucesso. 
Profile Flavia Luzia dos Santos 
Flavia Luzia dos Santos é mestre em Administração pela Universidade 
Federal de Santa Catarina e bacharel em Administração pela 
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Desempenhou atividades 
administrativas em instituições diversas como HSBC, Alcatel-Lucent, 
UFMS, entre outras, bem como desenvolveu trabalhos de consultoria na 
área financeira. Iniciou carreira docente no Centro Estadual de Educação 
Tecnológica Paula Souza (CEETEPS) e, a partir de então, exerceu a função 
docente na UNINOVE e no IFMS. Atualmente, é colaboradora da 
UNICESUMAR, SENAI e UNIASSELVI. 
O que não tem no meu currículo 
No meu currículo não tem Música. Para mim a vida é um belíssimo 
concerto orquestrado pelo nosso Grandioso Criador, o maior artista de 
todas as épocas. No meu currículo também não tem Natureza, que enche 
a vida de cores, de significados, de ritmo. Meu currículo não tem Aromas. 
Aromas que deleitam os mais diversificados paladares e que permitem Lattes 
conhecer as mais diversas culturas. Meu currículo não tem Foco. Foco 
que possibilita capturar os mais belos cenários, os mais ternos momentos, 
LinkedIn 
transformar imagem em reflexão. No meu currículo não tem Aconchego, 
que aquece o coração daqueles que de mim se aproximam enchendo-os 
de novas perspectivas. Meu currículo não tem Poesia, dado que é apenas 
uma fração. Uma fração de um ser multifacetado que ama conhecer o 
universo, as pessoas, as razões. 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
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Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; 
CÂNDIDO, Marlúcio; SANTOS, Flavia Luzia dos. 
Análise das Demonstrações Contábeis. 
Marlúcio Cândido; Flavia Luzia dos Santos. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2021. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Contábil. 2. Financeiro. 3. Organizações. 
4. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 657 
CIP - NBR 12899 - AACR/2 
Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar 
Head de pós-graduação Victor V. Biazon 
Diretoria de Design Educacional 
Equipe Recursos Educacionais Digitais 
Fotos : Shutterstock 
NEAD - Núcleo de Educação a Distância 
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 
Retornar 
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ESTUDO DE CASO 
Análise das Demonstrações Contábeis 
Prof. Me. Marlúcio Cândido e Prof. Me. Flavia Luzia dos Santos 
Empresa UNI INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA 
CONTEXTO GERAL – INFORMAÇÕES 
Quando olhamos para o mercado organizacional, devemos saber olhar as demonstrações contábeis e saber quais informações 
elas nos oferecem. Mas eu questiono, será que com munidos de índices padrões de mercado, escalonamento da dívida além da 
própria DRE, temos condições de encontrar soluções? 
A ideia aqui é que você, hipoteticamente, na condição de um Gerente de Instituição Financeira – Banco, analise a empresa UNI 
INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA e, de forma ampla, utilize de todos os conteúdos vistos na disciplina de ANÁLISE DAS 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS e possa ter o discernimento para, por exemplo, avaliar se a empresa teria condições de contrair 
empréstimos e, se SIM, em quais condições seriam e, se NÃO, por que não e o que sugerir para tirá-la de uma eventual situação 
ruim. 
A UNI INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA é uma empresa do setor têxtil (indústria) tradicional no ramo de produtos à base de 
algodão. Até 2018 a empresa estava em fase final de execução de um projeto de expansão iniciado em 2016. Em virtude de planos 
econômicos, o projeto sofreu atraso de 12 meses. Tal fato comprometeu o fluxo de caixa da empresa bem como o desenvolvimento 
normal das operações industriais. Outro fator que influenciou foi a queda do poder aquisitivo da população. 
Inobstante, a empresa fez investimentos e ao finalizá-los havia atualizado o nível tecnológico e aumentou em 50% a capacidade de 
sua produção. Numa análise gerencial descritiva prospectiva para o biênio de 2021-2022 as perspectivas são de um mercado de 
retração pelos seguintes motivos: a) taxa de juros elevadas; b) mudança de governo que poderá mudar o ritmo da produção 
industrial visando adequar o nível de inflação; c) falta de perspectivas com relação à elevação do poderaquisitivo. 
Complementando o cenário, utilizamos as informações do IFI – Instituição Fiscal Independente que prevê a intensificação do 
quadro de incertezas gerado pela pandemia e a consequente piora da situação fiscal, resultando em deterioração adicional dos 
preços de ativos financeiros e das expectativas de inflação, demandando um ajuste mais expressivo na política monetária. Entre 
2023-2030, projeta-se a taxa média de crescimento do PIB para 1,3% e a taxa real de juros para um patamar mais elevado em 
torno de 5% ao ano. 
( https://www12.senado.leg.br/ifi/publicacoes-ifi ). 
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Tabela 1 - Demonstrações Contábeis da Empresa Unicesumar Indústria e Comércio Ltda (em milhões R$) / Fonte: os autor es . 
Os índices padrões servirão de métricas para a comparação dos números apresentados por essa empresa em relação a outras do 
mesmo segmento, ou seja, qual a média dos índices, indicadores e/ou coeficientes econômico-financeiros que o mercado 
apresenta. Nesse ato você poderá ver a materialização do conteúdo sobre as características qualitativas das demonstrações 
contábil-financeiras, especialmente, a comparabilidade, lembra-se? Ao utilizar os índices padrões de mercado apresentados aqui, 
hipoteticamente, você poderá comparar o desempenho da UNI INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA com o das concorrentes, 
identificando as melhores ou piores posições ao longo do período avaliado. 
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Tabela 2 - Índices Padrão do Mercado / Fonte: os autor es . 
Experimentando ainda esse universo, vamos nos aproximar do ESCALONAMENTO DA DÍVIDA. Da mesma forma, deixamos 
claro ao longo de todo o conteúdo que quanto mais informações tivermos para uma análise, melhores serão os resultados, 
portanto, tornou-se um mantra quando trata de análise das demonstrações contábil-financeiras. Aqui disponibilizamos o controle 
e o planejamento para o pagamento das dívidas contraídas, hipoteticamente, pela UNI INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. 
Tabela 3 - Plano de Pagamento de Dívidas - Unicesumar Indústria e Comércio Ltda / Fonte: os autores. 
Bom... cabedal de conhecimentos você já tem de sobra, agora coloque-os em prática solucionando as questões a seguir, sempre 
fundamentado nas informações disponibilizadas. Boa sorte! 
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EDITORIAL 
Profile Marlúcio Cândido 
Mestre em Administração (ênfase em Finanças), Pós-graduado em 1) 
Administração Financeira, 2) Direito do Trabalho, 3) Gestão Educacional, 
4) Gestão de Pessoas, 5) Planejamento, Implementação e Gestão de EAD, 
6) Executivo de Negócios, 7) Especialista em Normas Internacionais de 
Contabilidade IFRS/NIAS, 8) Gestão em Políticas Públicas, 9) Governança 
Tributária, 10) Tecnologias, Formação de Professores e Sociedade, 11) 
Gestão Pública Municipal, 12) Legislação Educacional, 13) Compliance e 
Gestão de Riscos, 14) Contabilidade, Direito e Economia com ênfase na 
Gestão Pública, 15) Cybercrime e Cybersecurity : prevenção e investigação 
de crimes digitais, 16) Direito Desportivo, 17) Direito Imobiliário, 18) 
Gestão Escolar Integrada, 19) Auditoria e Perícia Contábil, 20) Gestão de 
Projetos, 21) Metodologias Ativas e Prática Docente, 22) Pedagogia 
Empresarial e Gestão Corporativa, 23) MBA Finanças e Banking, 24) 
MBA em Gestão de Centros Educacionais Superiores, 25) Perícia Judicial 
e Extrajudicial, Graduação em 1) Ciências Contábeis, 2) Direito, 3) 
Administração, 4) Ciências Econômicas, 5) Pedagogia, 6) Letras, 
Lattes 
Coordenador de curso de Ciências Contábeis e de Administração em IES, 
Conselheiro Efetivo do Conselho Regional de Contabilidade de Minas 
Gerais – CRCMG (2018-2021), Vice-coordenador da Câmara de Registro LinkedIn 
do Conselho Regional de Contabilidade – CRCMG (2020), Membro da 
Comissão de Educação Continuada do Conselho Regional de Minas 
Gerais – CRCMG (2018-2021), Representante do Conselho Regional de 
Contabilidade de Minas Gerais – CRCMG no Conselho de Curadores da 
Universidade Federal de Minas Gerais (2018-2021), Diretor Social 
(Suplente) da ASCAP – Associação dos Contadores de Betim e Região, 
Professor de cursos de graduação (presencial, EaD e remoto) de Ciências 
Contábeis, Direito e de Administração (disciplinas ministradas: 
controladoria, contabilidade introdutória, perícia contábil, administração 
financeira, sistemas de informações contábeis, prática contábil, análise 
das demonstrações contábil-financeiras, direito empresarial, direito do 
trabalho, direito tributário, ética e responsabilidade social, auditoria 
contábil, etc.) e pós graduação presencial e remoto (disciplinas 
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ministradas: controladoria estratégica, contabilidade societária e 
empresarial, balanced scorecard , planejamento de auditoria contábil, ética 
e responsabilidade social, governança corporativa, Tutor de disciplinas 
em EaD em diversas IES, Autor de livros para disciplinas em EaD 
(Contabilidade Geral, Contabilidade Comercial, Análise das 
Demonstrações Contábeis, Auditoria, Custos, Tópicos Especiais de 
Contabilidade (BSC) e Perícia Contábil) pela editora FEAD/Minas Gerais, 
Autor de livros técnicos pela editora JURUÁ/Paraná (Contabilidade em 
Foco: contabilidade geral (2007) e Contabilidade Lúdica: contabilidade de 
custos (2010), Autor de livros de Controladoria e de Responsabilidade 
Social pela editora Novas Edições Acadêmicas/EUA, Organizador de 
livros técnicos nas áreas de direito, QVT, educação e sociologia. Co-autor 
em outros 5 livros voltados para as áreas contábeis, jurídicas, recursos 
humanos, qualidade de vida, serviços sociais, educação. Detentor de 
artigos nacionais e internacionais em revistas e congressos. Membro 
Associado da 1) Associação Científica Internacional do 
Neopatrimonialismo – ACIN, 2) Associação Nacional dos Tutores em 
Educação à Distância – ANATED e 3) Associação Brasileira de Ensino à 
Distância – ABED, 4) Instituto de Pesquisas e Administração da 
Educação – IPAE, 5) Associação Nacional dos Executivos de Finanças, 
Administração e Contabilidade – ANEFAC, 6) Associação Brasileira de 
Gestores da Educação – ABGEDUC. Sócio-diretor da 1) Principles Gestão 
e Consultoria, 2) CM2 Consultoria e Gestão Educacional, Membro do 
Conselho Editorial da Revista Significativa Publicações da Sanches Green 
Educación. Atuo também como administrador judicial, consultor, perito, 
advogado e parecerista técnico. Atuei como coordenador de cursos de 
Ciências Contábeis (22 anos) e de Administração (1 ano) e atuo/atuei 
como professor universitário na graduação (24 anos): Faculdade de 
Ciências Sociais Aplicadas – FACISA, CentroUniversitário Newton Paiva, 
Centro Universitário UNA, Faculdade de Estudos Administrativos/FEAD, 
Faculdade Arnaldo, Centro Universitário FUMEC, Faculdade Pitágoras e 
em pós graduação (14 anos): Faculdade SENAC, Faculdade Pitágoras, 
Centro Universitário UNA, Faculdade de Ciências Humanas de Pedro 
Leopoldo, Escola do Governo/E-Tec, Universidade Federal de Ouro 
Preto/UFOP, Centro Universitário FUMEC, Escola Superior de Advocacia 
- ESA. Atuo também como Avaliador ad hoc do MEC e atuei como 
Avaliador/Consultor ad hoc do Conselho Estadual de Educação/MG e da 
SEDECTES - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, 
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Atuo como Consultor em IES – 
Instituições de Ensino Superior (presencial, remoto, EaD) para 
preparação e recepção de visitas de Renovação, Reconhecimento, 
Credenciamento/Recredenciamento junto ao MEC - Ministério de 
Educação e Cultura (concepção de toda aparelhagem institucional: PDI, 
PPC, NDE, Colegiado, CPA, NAF, selecionar/recrutar professores, etc.). 
O que não tem no meu currículo 
Minha história de vida resume-se num trabalho de muita dedicação, 
persistência, disciplina, administração de tempo e muito sucesso. 
Entrecortada por inúmeras atividades profissionais e acadêmicas, o chute 
inicial de minha carreira no mercado profissional foi como engraxate – 
com muita honra – em 1978, seguidamente com um simples office-boy em 
um escritório de parentes maternos e nunca mais parei. Assumi cargo e 
funções de auxiliar de contabilidade, tendo em vista as habilidades 
conquistadas durante o curso Técnico de Contabilidade e, como o 
mercado profissional já era muito exigente, conquistei uma segunda 
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habilitação como Técnico em Estatística, trabalhando em instituto de 
pesquisa e opinião pública. Conquistei meus cursos superiores e de pós- 
graduação e as coisas fluíram. Atuei num grande grupo de mineração e 
siderurgia, chegando a contador de uma Holding Company . Atuei também 
como contador no segmento de Consórcio de Veículos, como analista 
contábil, chefe de controladoria e Controller no segmento de Shopping 
Centers. Concebi e constituí 4 empresas nos ramos de auditoria, perícia, 
consultoria organizacional e financeira, consultoria jurídica, consultoria 
educacional e escola de gestão aplicada, das quais mantenho apenas duas 
delas no momento atual. Meu hobby é escrever capítulos e livros técnicos 
nas áreas em que me especializei. Gosto muito de músicas, de conversar, 
de conhecer gente e lugares e, sobretudo, sou apaixonado com as pessoas 
que “QUEREM AMPLAMENTE e VÃO BUSCAR”. Tive várias pessoas e 
coisas que me inspiraram. Espero que você encontre a sua fonte 
inspiradora também. Conte comigo. Saúde, paz e sucesso. 
Profile Flavia Luzia dos Santos 
Flavia Luzia dos Santos é mestre em Administração pela Universidade 
Federal de Santa Catarina e bacharel em Administração pela 
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Desempenhou atividades 
administrativas em instituições diversas como HSBC, Alcatel-Lucent, 
UFMS, entre outras, bem como desenvolveu trabalhos de consultoria na 
área financeira. Iniciou carreira docente no Centro Estadual de Educação 
Tecnológica Paula Souza (CEETEPS) e, a partir de então, exerceu a função 
docente na UNINOVE e no IFMS. Atualmente, é colaboradora da 
UNICESUMAR, SENAI e UNIASSELVI. 
O que não tem no meu currículo 
No meu currículo não tem Música. Para mim a vida é um belíssimo 
concerto orquestrado pelo nosso Grandioso Criador, o maior artista de 
todas as épocas. No meu currículo também não tem Natureza, que enche 
a vida de cores, de significados, de ritmo. Meu currículo não tem Aromas. 
Aromas que deleitam os mais diversificados paladares e que permitem Lattes 
conhecer as mais diversas culturas. Meu currículo não tem Foco. Foco 
que possibilita capturar os mais belos cenários, os mais ternos momentos, 
LinkedIn 
transformar imagem em reflexão. No meu currículo não tem Aconchego, 
que aquece o coração daqueles que de mim se aproximam enchendo-os 
de novas perspectivas. Meu currículo não tem Poesia, dado que é apenas 
uma fração. Uma fração de um ser multifacetado que ama conhecer o 
universo, as pessoas, as razões. 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
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Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; 
CÂNDIDO, Marlúcio; SANTOS, Flavia Luzia dos. 
Análise das Demonstrações Contábeis. 
Marlúcio Cândido; Flavia Luzia dos Santos. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2021. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Contábil. 2. Financeiro. 3. Organizações. 
4. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 657 
CIP - NBR 12899 - AACR/2 
Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar 
Head de pós-graduação Victor V. Biazon 
Diretoria de Design Educacional 
Equipe Recursos Educacionais Digitais 
Fotos : Shutterstock 
NEAD - Núcleo de Educação a Distância 
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 
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