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fibrose cística: 
- MUTAÇÃO GENE CFTR, CROMO. 7 (é defeituosa ou ausente na superfície da 
célula. Isso impede a saída adequada de íons cloreto, resultando em um muco 
espesso e desidratado no meio extracelular) 
 
sinais e sintomas: acúmulo de muco espesso e pegajoso: 
- pulmões: infec. respira. crônicas, infla., e danos progressivos ao tec. pulmonar 
( bronquiectasias e secreção acumulada) 
- RX tórax: bronquiectasias císticas e inflamação pulmonar 
 
diag: 
- * triagem neonato: teste pé 
- 1. Primeira dosagem de TIR/TIR (Imunoreativo tripsinogênio) até 5 dias de vida. 
- 2. Segunda dosagem de TIR/TIR até 30 dias de vida. 
- 3. Resultados Positivos: Em caso de duas dosagens positivas, é realizado o teste do 
suor para confirmação ou exclusão da fibrose cística 
- . ◦ O teste do suor é avaliado em um Centro de Fibrose Cística. 
- ◦ Idade: Até 4- 6 semanas: * ≥ 60 mmol/L de cloreto no suor: 
- Diagnóstico de FC (se houver 2 mutações de FC). * 30 a 59 mmol/L de cloreto no 
suor: FC possível (se houver 0-1 mutação ou sem estudo genético). * ≤ 29 mmol/L 
de cloreto no suor: FC improvável. 
 
Manejo e Tratamento 
- O tratamento deve ser realizado em centros especializados, com avaliações clínicas 
regulares (com intervalo máximo de 3 meses). 
O manejo inclui: 
● Terapia Respiratória: Essencial para todo paciente com fibrose cística. 
 ● Controle de Infecções: Identificação e tratamento de infecções pulmonares, que são 
frequentes e contribuem para o declínio da função pulmonar. 
● Suplementação Enzimática: 
● Nutrição: Manutenção de um bom estado nutricional, frequentemente com dietas 
hipercalóricas e suplementação. 
● Moduladores do CFTR: São medicamentos que atuam diretamente na proteína CFTR, 
corrigindo o defeito subjacente em pacientes com mutações específicas. Exemplos incluem 
combinações como elexacaftor, tezacaftor e ivacaftor, que podem causar regressão dos 
sintomas e melhorar a função pulmonar. O uso desses moduladores resulta em melhora 
significativa da função pulmonar e redução das exacerbações. 
● A adesão ao tratamento deve ser avaliada rotineiramente para garantir a eficácia do plano 
terapêutico 
 
 
Asma: 
Hiperresponsividade brônquica/alveolar. 
É uma doença crônica. 
Apresenta obstrução do fluxo aéreo recorrente e reversível. 
 
diag: baseado em sintomas compatíveis, limitação variável ao fluxo aéreo e 
hiperresponsividade das vias aéreas. 
- Tosse, "geralmente seca e que piora à noite ou pela manhã". 
- Chiado (sibilo). 
- Aperto no peito de intensidade variável ao longo do tempo. 
- podem melhorar espontaneamente ou com o tratamento". 
 
 
exames: 
PO: ESPIROMETRIA: variação broncodilatadora significativa um aumento do 
VEF1 >= 12% e >= 200ml em relação ao valor basal ou >= 7% e 200ml sobre o valor 
de referência 
- ausência de reversibilidade não exclui hiperresponsividade. 
- Nesses casos, comparar a função pulmonar basal e após 4 semanas de 
tratamento com corticoide ou entre visitas, em períodos de estabilidade 
clínica 
 
- Variabilidade do Pico de Fluxo Expiratório (PFE) > 20% na ausência de espirometria 
disponível também pode contribuir para a confirmação do diagnóstico. 
- Teste de broncoprovocação com metacolina: na falta dos 2 anteriores 
- Radiografia simples de tórax: solicitada na avaliação diagnóstica inicial " exclusão de 
outras patologias". 
Nota: "a asma normal 
- Hemograma: excluir anemia como causa ou fator agravante de dispneia, e 
"identificar anormalidades da série branca, como a eosinofilia". 
- Dosagem de IgE específica para aeroalérgenos e/ou teste cutâneo por puntura 
positiva: diagnóstico de asma alérgica, que é o "fenótipo mais frequente". 
 
Classificação do Controle da Asma (em relação às últimas 4 semanas): 
● Controlada 
● Parcialmente controlada 
● Não controlada 
 Ferramentas de Avaliação do Controle: 
● Questionário de controle da asma do GINA. 
 
● Questionário de controle da asma (ACQ). 
● Teste de controle da asma (ACT). 
 
Tratamento da Asma 
- A gravidade da asma refere-se à "quantidade de medicamentos necessária para 
atingir o controle". 
- Classificação da Gravidade e Tratamento: 
- ● Asma leve: "controle com CI em dose baixa (etapas I e II)". 
- ● Asma moderada: "requer medicamentos da etapa III, em geral com dose baixa de 
CI + Beta-2-agonista de longa duração (LABA)". 
- ● Asma grave: "etapas IV e V, ou seja, que necessitam dose moderada/alta de CI + 
LABA, associado a outros medicamentos controladores". 
 
- Controladores: São a "base do tratamento, "atividade anti-inflamatória". os "CIs 
reduzindo a inflamação e a hiperresponsividade brônquica, controlando os sintomas, 
melhorando a função pulmonar e reduzindo o risco futuro de exacerbações". 
- Ex: corticoides inalatórios. 
- Medicamentos de alívio ou resgate: reversão da broncoconstrição". Ex: 
Salbutamol (SABA). 
- ● Formoterol ou os beta-2-agonistas inalatórios de curta duração (SABA) 
associados ao CI: São opções de resgate. "Os LABA e SABA (broncodilatadores) 
nunca devem ser usados isoladamente e sempre devem estar associados ao 
tratamento com CI". 
 
Crise de Asma Aguda: é caracterizada por inflamação das vias respiratórias, obstrução e 
muco, levando à obstrução do fluxo de ar (ilustrado por uma via aérea estreitada e com 
inflamação/muco). 
 
Sinais de Alerta para Crise Aguda: 
- Piora recente (horas a dias). 
- Necessidade de uso mais frequente de broncodilatadores (BD). 
- Presença ou ausência de sinais de infecção (febre e expectoração). 
 
8. Avaliação e Tratamento Inicial da Crise Aguda Sinais de Gravidade na Avaliação Inicial: 
 ● Cianose. 
● Sudorese. 
● Exaustão. 
● Agitação ou sonolência. 
● Dificuldade para falar. 
 
Exames na Crise Aguda: 
● PFE (Pico de Fluxo Expiratório). 
● Gasometria arterial. 
● Radiografia de tórax (para exclusão de outras patologias). 
 
 Interpretação do PFE para Manejo Inicial da Crise Asmática 
● PFE 70%: Alta com baixo risco de recorrência, após tratamento adequado dos 
sintomas. 
 
 Tratamento Medicamentoso Inicial da Crise Aguda: 
 ● Oxigênio (objetivo: SpO2 > 93%). 
● Beta2 Agonista. 
● Brometo de Ipratrópio. 
 ● Corticoide inalatório. 
● Corticoide sistêmico. 
 
Critérios para Internação: 
● Piora progressiva da obstrução, apesar do tratamento adequado (PFE 90% com FiO2TEP em contextos 
específico 
 
 
 
Tuberculose: bactérias do complexo Mycobacterium tuberculosis, sendo o M. tuberculosis 
(bacilo de Koch) a espécie mais relevante em saúde pública. 
● Espécies: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum, M. canetti, M. pinnipedi, M. caprae. 
◦ "É um bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) 
 
Diagnóstico Clínico e Formas da Doença A tuberculose pode acometer diversos órgãos e 
sistemas, sendo a forma pulmonar a mais comum. 
● Busca Ativa: do sintomático respiratório (SR). 
● Sintomático Respiratório (SR): "pessoa que, durante a estratégia programática de 
busca ativa, apresenta tosse por 3 semanas ou mais. Essa pessoa deve ser investigada 
para tuberculose através de exames bacteriológicos". 
● Tuberculose Pulmonar: Sintomas incluem tosse (seca ou produtiva), febre vespertina, 
sudorese noturna e emagrecimento. Pode ser primária, pós-primária (secundária), miliar ou 
grave. 
● Tuberculose Extrapulmonar: Depende do órgão acometido. As formas mais comuns são 
pleural (empiema pleural tuberculoso) e ganglionar periférica (mais comum em PVHIV). 
Outras formas incluem meningoencefálica, pericárdica e óssea (coluna vertebral e 
articulações coxofemoral e de joelho). 
● Diagnóstico Diferencial: "tuberculose deve ser incluída no diagnóstico diferencial dos 
casos de febre de origem indeterminada, síndrome consumptiva, pneumonias de resolução 
lenta e em todo paciente com tosse prolongada sem causa conhecida". Na forma pulmonar, 
o diagnóstico diferencial inclui silicose, doença autoimune e embolia pulmonar 
 
- Diagnóstico da Tuberculose 
 ◦ "Padrão ouro". 
◦ o resultado da cultura confirma o diagnóstico de micobacteriose, sendo necessária a 
identificação de espécie para caracterizar se é um caso de TB ou outra micobactéria" 
● Baciloscopia Direta (Exame Microscópico Direto): 
 
○ Pesquisa do bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) pelo método de 
Ziehl-Nielsen. 
○ Técnica mais utilizada. 
○ Diagnostica 60 a 80% dos casos de TB pulmonar em adultos quando 
executada corretamente. 
○ Requer no mínimo duas amostras: uma no primeiro contato e outra no dia 
seguinte ao despertar. 
● Teste Rápido Molecular para Tuberculose (TRM-TB/GeneXpert): 
○ Teste de amplificação de ácidos nucleicos. 
○ Detecta DNA dos bacilos do complexo Mycobacterium tuberculosis. 
○ Triagem de cepas resistentes à rifampicina pela técnica de PCR em tempo 
real. 
○ Resultado em até 2 horas com 1 amostra. 
○ Permite caracterizar se é um caso de TB ou outra micobactéria. 
● Diagnóstico por imagem: 
○ Radiografia de tórax: deve ser solicitada para todo paciente com suspeita 
clínica de TB pulmonar. 
○ Tomografia computadorizada de tórax: também pode ser utilizada. 
● Análise Histológica: 
○ Identificação histológica de granuloma com necrose de caseificação é 
compatível com o diagnóstico de TB. 
○ Granuloma sem necrose de caseificação deve ser interpretado com 
cautela. 
○ Pesquisa de bacilos em fragmentos de tecido é mais frequentemente positiva 
em pacientes imunossuprimidos, onde o granuloma é incomum. 
 
 
 Infecção Latente pelo M. tuberculosis (ILTB) 
● Risco de infecção: 
○ Pessoa saudável exposta ao bacilo tem 30% de chance de se infectar. 
○ Varia conforme grau de exposição, infectividade do caso índice e fatores 
imunológicos individuais. 
● Persistência do Risco: 
○ O risco de adoecimento por TB pode persistir por toda a vida. 
● Tuberculose Primária: 
○ Ocorre logo após a infecção. 
○ Comum em crianças e imunossuprimidos. 
○ Grave, mas com baixo poder de transmissibilidade. 
● Tuberculose Pós-Primária (Secundária): 
○ Bacilos permanecem latentes por anos até a reativação. 
○ Acomete o pulmão em 80% dos casos. 
○ Frequentemente apresenta cavidades. 
● Diagnóstico da ILTB: 
○ Prova Tuberculínica (PT): 
■ Inoculação intradérmica de derivado proteico purificado (PPD) do M. 
tuberculosis. 
■ Não é útil no diagnóstico de TB ativa pulmonar ou extrapulmonar em 
adultos. 
■ PT positiva não confirma TB ativa. 
■ PT negativa não exclui TB ativa. 
■ Falsos negativos: podem ocorrer por: 
■ Tuberculina mal conservada, leitor inexperiente, TB grave ou 
disseminada, doenças infecciosas, imunodepressão 
avançada, vacinação recente, neoplasias, desnutrição, 
diabetes, insuficiência renal, gravidez, idade ( 
65 anos) e febre. 
○ IGRA (QuantiFERON-TB Gold in tube): 
■ Teste imunoenzimático que quantifica níveis de interferon-gama após 
estímulo com antígenos do M. tuberculosis. 
■ Interpretação: 
■ Positivo → ILTB presente. 
■ Negativo → ILTB ausente. 
■ Indeterminado → repetir teste. 
 Tratamento da Tuberculose e ILTB 
● TB Ativa: 
○ Curável em praticamente todos os casos com bacilos sensíveis, desde que: 
■ Obedeça aos princípios básicos da terapia medicamentosa. 
■ Haja adequada operacionalização do tratamento. 
○ Considerações: 
■ Orientar sobre efeitos adversos. 
■ Ingerir todos os comprimidos em jejum e de uma só vez. 
■ Notificar efeitos adversos no SINAN. 
 
● Tratamento da ILTB (TLT): 
○ PT ≥ 5 mm ou IGRA positivo: 
■ Indicado para: 
■ PVHIV (pessoas vivendo com HIV). 
■ Contatos adultos e adolescentes (≥ 10 anos). 
■ Alterações radiológicas fibróticas sugestivas de sequela de 
TB. 
■ Pré-transplante com uso futuro de imunossupressor. 
○ PT ≥ 10 mm ou IGRA positivo: 
■ Indicado para: 
■ Silicose. 
■ neoplasias de cabeça e pescoço, linfomas, outras 
hematológicas. 
■ Insuficiência renal em diálise. 
■ Neoplasias com quimioterapia imunossupressora. 
■ Diabetes mellitus. 
■ Baixo peso ( 20 cigarros/dia). 
■ Calcificação isolada na radiografia. 
○ Conversão tuberculínica (2ª PT com incremento de 10 mm em relação à 1ª 
PT): 
■ Indicado para: 
■ Contatos de TB confirmada. 
■ Profissionais de saúde. 
■ Profissionais de laboratório de micobactéria. 
■ Trabalhadores do sistema prisional e instituições de longa 
permanência. 
Avaliação de Contatos 
● Contatos sintomáticos (crianças, adolescentes ≥ 10 anos ou adultos, incluindo 
PVHIV): 
○ Devem realizar: 
■ Exame de escarro (baciloscopia ou TRM-TB). 
■ Radiografia de tórax. 
■ Outros exames conforme sintomatologia. 
 
● Contatos Assintomáticos (crianças, adolescentes ≥ 10 anos e adultos): 
○ Devem realizar: 
■ Investigação com PT e/ou radiografia de tórax. 
■ Tratar ILTB, quando indicado. 
● Contatos Assintomáticos vivendo com HIV: 
○ Devem realizar tratamento da ILTB independentemente da PT. 
 
Vacinação BCG 
● Indicação prioritária: 
○ Crianças de 0 a 4 anos, 11 meses e 29 dias. 
● Recém-nascidos: 
○ Com peso ≥ 2 kg: vacinar o mais precocemente possível, preferencialmente 
na maternidade. 
● Crianças expostas ao HIV: 
○ Administrar ao nascimento ou o mais precocemente possível. 
○ Até 4 anos, 11 meses e 29 dias: podem receber BCG se assintomáticas e 
sem sinais de imunodepressão. 
○ Revacinação não é indicada. 
○ A partir dos 5 anos de idade, não vacinar. 
 
 
	🌡️ Causas Mais Frequentes de Tosse Crônica: 
	Exames Úteis: 
	 Dispneia: Sensação subjetiva de dificuldade respiratória, modulada por fatores fisiológicos, psíquicos e sociais. 
	⏱️ Dispneia Aguda ( 30 dias): 
	🎯 Principais causas: 
	📐 Quantificação: 
	Dor Torácica 
	Importância Clínica: Sinal de alerta para doenças fatais → prioridade é excluir emergências! 
	🔎 Caracterização da dor (7 dimensões): 
	❗ Diagnósticos que ameaçam a vida: 
	Investigação complementar: 
	FISIOLOGIA DO APARELHO RESPIRATÓRIO 
	 Ventilação Pulmonar 
	Volumes e Capacidades: 
	Difusão e Transporte de Gases 
	ANATOMIA RESPIRATÓRIA 
	SEMIOLOGIA RESPIRATÓRIA 
	 Anamnese 
	Dinâmica ventilatória: 
	Ausculta Pulmonar 
	Sons Normais: 
	Sons Anormais: 
	 Ausculta da Voz 
	●​Eletrocardiograma (ECG): Exame barato e disponível.​- Achados sugestivos:​ 
	⚠️ Condições com Maior Risco para HP 
	 
	Radiografia de Tórax 
	Eletrocardiograma (ECG) 
	Ecodopplercardiograma (Eco) 
	ArteriografiaPulmonar 
	Mecânica Respiratória Prejudicada 
	 2. Resposta Ventilatória Reduzida 
	3. Alterações na Gasometria 
	4. Papel da Leptina 
	 Tratamento da Tuberculose e ILTB 
	Avaliação de Contatose Saúde Respiratória: 
classificada em duas categorias principais: 
● Poluição do Ar Domiciliar (Indoor): 
◦ Queima de combustíveis para aquecimento do ambiente e preparo de alimentos (ex: fogão 
à lenha). 
◦ Gás de cozinha, diesel, querosene, carvão, lenha e esterco de animais secos. 
◦ Queima de tabaco (cigarro, narguilé, charuto, etc.). 
◦ Produtos químicos de limpeza, tintas e solventes. 
◦ Radônio – "substância radioativa no solo pode se concentrar em edificações." 
 
● Poluição do Ar Ambiental (Outdoor): 
◦ "Causada pela ação humana – antropogênicas." 
◦ Queima de combustíveis pela frota veicular, para produção de energia, indústrias e 
incêndios (como queimadas de lixo). 
 
 
 
 
 
Agentes Poluentes 
 ● Classificação por Origem: 
◦ Primário: Uma substância produzida diretamente pelo processo-fonte. 
◦ Secundário: Uma substância produzida indiretamente, por meio de interações entre 
poluentes primários. 
 •Classificação por Tipo de Agente: 
◦ Material Particulado (MP): "mistura de partículas sólidas e/ou líquidas." MP e gases (NO2 
e O3) são os poluentes mais monitorados, associados a doenças cardiovasculares e 
respiratórias, aumentando o risco de infecções e neoplasia pulmonar. 
◦ Gases: Óxidos de nitrogênio (NO, NO2 e NOx); dióxido de enxofre (SO2); monóxido de 
carbono (CO) e ozônio (O3). 
◦ Outros poluentes em baixas concentrações: * Compostos Orgânicos Voláteis (COV): Ex: 
benzeno. * Metais Pesados: Chumbo, mercúrio, cádmio, níquel, vanádio, cromo e 
manganês. * Poluentes Orgânicos Persistentes (pesticidas, dioxinas): "podem bioacumular, 
ou seja, se concentra ao longo da cadeia alimentar." 
 
● As principais causas de mortes relacionadas à poluição do ar são: 
 ◦ Doenças cardiovasculares. 
◦ Doenças pulmonares. 
◦ Neoplasias (câncer). 
 
 Efeitos da Poluição do Ar no Sistema Respiratório 
● Função Pulmonar: 
◦ Afeta o desenvolvimento pulmonar desde a fase fetal até a fase adulta." 
◦ Pode causar prematuridade e baixo peso ao nascimento, além de "menores valores de 
CVF e VEF1 na infância e adolescência." 
 ◦ Crianças expostas a níveis mais elevados de poluição possuem mais déficit de 
crescimento pulmonar." 
● Asma: risco de exacerbação, principalmente em crianças e idosos." 
 ◦ Existe uma relação causal entre poluição e asma. 
● Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): 
 ◦ Aumenta o risco de exacerbações com maior taxa de internação e óbito." 
 ◦ Bem estabelecido o papel da poluição domiciliar na gênese de DPOC." 
 ● Câncer de Pulmão: 
 ◦ A poluição ambiental é considerada "carcinógeno" do grupo 1 (IARC). 
 ◦ "O material particulado é o principal componente da poluição do ar associado ao câncer." 
◦ Associação entre câncer de pulmão e câncer de rim, bexiga e leucemia na criança. 
● Infecções Respiratórias: 
◦"Aumento do risco de infecções das vias aéreas superiores e inferiores." 
 
. Asma por Tempestade 
● Asma por tempestade ou trovoadas (AT) 
● Ocorre quando "fatores meteorológicos e aero biológicos específicos se combinam e 
afetam pacientes predispostos." 
● concentrar aeroalérgenos no nível do solo e liberar partículas alergênicas respiráveis 
(polens) após a ruptura por choque osmótico relacionado com a umidade e a chuva 
● inalação pode induzir "respostas asmáticas precoces, seguidas por uma fase inflamatória 
tardia." 
● O principal fator de risco é histórico de rinite alérgica ou sensibilização a um determinado 
alérgeno, com maior carga circulante e idade entre 20-50 anos. 
- Mudanças Climáticas, Pólens e Fungos 
 ● As mudanças climáticas afetam a produção e a composição protéica do pólen e de 
esporos de fungos," impactando os "processos aerobiológicos, como emissão, dispersão, 
transporte e deposição" associados a mudanças de chuvas, ventos e outros fatores 
meteorológicos. 
● seca "influenciou principalmente a mortalidade por causas respiratórias, especialmente 
associada a condições de seca medidas em curto e médio prazos, e influenciou 
principalmente a mortalidade diária dos grupos populacionais mais velhos (>75 anos)." 
 
Poeira do Saara 
● Uma camada de ar no Saara é uma "massa de ar quente, seca e poeira que se desloca 
em direção ao Oceano Atlântico." 
● Entre junho e agosto, o padrão de circulação dos ventos muda e "transporta a poeira do 
Saara pelo Atlântico Norte e entre dezembro e abril a circulação transporta a OS para o 
norte da América do Sul e Amazônia." 
● Doenças respiratórias relacionadas: "DPOC, sarcoidose, fibrose pulmonar e infecções 
(coccidiomicose pulmonar, influenza A, pneumonia bacteriana)." 
● A "exposição aguda à poeira mineral pode causar silicose" (síndrome do "pulmão do 
deserto"). 
 
. Incêndios Florestais 
● exposição gerada por incêndio florestal "leva à redução significativa do VEF1 e da CVF 
após um ano após o evento." 
 
silicose e outras dçs: doença ocupacional mais conhecida e uma das principais 
enfermidades resultantes da exposição à sílica. 
 
● Sílica Livre Cristalina: Existem três formas principais: tridimita (A), quartzo (B) e 
cristobalita (C). 
- O quartzo é a mais comum, convertidas de uma à outra em situações industriais." 
- propriedades de superfícies que levam a lise celular, a sílica livre cristalina é 
extremamente tóxica para o macrófago alveolar." 
- A sílica é um material com "grande polimorfismo de propriedades químicas e graus 
de atividade biológica, levando a diferentes reações. A exposição ativa cascatas 
inflamatórias que podem desencadear diversas doenças. 
- ● Doenças Associadas à Sílica: 
- Além da silicose (crônica, subaguda e aguda), a exposição à sílica pode levar a: 
- aumento do risco de tuberculose (TB). 
- Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). 
- Doenças autoimunes. 
- Câncer de pulmão. 
- Doenças extra pulmonares renais e cardiovasculares. 
 
. Setores Ocupacionais de Risco no Brasil 
● Indústria Extrativa Mineral: mineração subterrânea e de superfície, incluindo garimpos. 
● Beneficiamento de minerais: corte de pedras, britagem, moagem, lapidação de pedras 
preciosas, semipreciosas e quartzo. 
● Indústria de Transformação: cerâmicas, fundições (que utilizam areia no processo), vidro. 
● Indústria de Abrasivos e Cosméticos. 
● Atividades Mistas: protéticos, cavadores de poços, artistas plásticos, jateadores de areia, 
fabricação de borrachas. 
 
Prevenção e Controle da Exposição A prevenção da silicose é fundamental e baseia-se no 
controle da exposição à poeira. 
●A silicose apresenta mecanismo dose-resposta em relação a dose cumulativa inalada, 
ações para diminuir a quantidade de poeira nos ambientes de trabalho são essenciais." 
 
● Medidas de Controle: 
Devem ser implementadas medidas de poeira nos ambientes 
● Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): Embora importantes, EPIs como máscaras e 
respiradores "não deve ser utilizados como o principal meio de proteção do trabalhador, 
mas apenas depois de mais medidas de proteção coletiva eficazes, como, processos a 
úmido, processos fechados, ventilação exaustora ou substituição do material." 
 
Silicose: 
 ● Pneumoconiose: A silicose pertence ao grupo das pneumoconioses, doenças causadas 
pela inalação de aerossóis sólidos inorgânicos e sua consequente reação tecidual." 
 
● Doenças Pulmonares Intersticiais: A silicose faz parte das doenças pulmonares 
intersticiais. 
● Doenças Evitáveis: São "doenças evitáveis, mas ainda são as principais doenças 
ocupacionais em países de baixa e média renda." 
● Principais Pneumoconioses no Mundo: As principais pneumoconioses a nível global são a 
silicose, asbestose e a 
 
Aspectos Clínicos e Ocupacionais 
● Diagnóstico Clássico: combinação de história ocupacional e clínica consistentes com 
imagens de tórax compatíveis." 
● Diagnóstico Diferencial: 
● Investigação Abrangente: Deve-se "investigar hábitos de vida, tabagismo e doenças 
preexistentes." 
● Comparação de Exames 
● Exames Complementares: realização de exames anatomopatológicos e/ou laboratoriais." 
● Tratamento: "Não há tratamento específico conhecidopara a silicose, no entanto é 
importante que se faça o monitoramento das demais doenças relacionadas como DPOC, 
TB, doenças autoimunes e câncer de pulmão." 
 
Métodos de Imagem 
● Radiografia de Tórax: periódicamente. 
● Classificação Radiológica: 
 
Função Pulmonar 
● Padrão Obstrutivo: é o mais comum na doença não complicada (sem massas). 
● Formas Complicadas: Nas "formas complicadas, com grandes opacidades ou fibrose 
pulmonar maciça, há um predomínio do padrão restritivo ou misto 
 
Formas de Apresentação da Silicose A silicose pode se manifestar em três formas, que 
variam em relação ao tempo de exposição e intensidade. 
 A. Silicose Crônica 
 ● Forma Mais Comum: 
● Exposição: Ocorre "após longo tempo de exposição (10-20 anos), a níveis relativamente 
baixos de sílica." 
● Apresentação Radiológica: Pode ocorrer na forma "nodular simples ou "complicada" onde 
existe formação de massas fibróticas." As "alterações radiológicas habitualmente precedem 
a ocorrência de sintomas." 
● Sintomas: A dispneia é o principal sintoma, mas "o exame físico na maioria das vezes 
não mostra alterações significativas." 
 
 B. Silicose Acelerada ou Subaguda 
● Exposição: As alterações são mais precoces (5-10 anos), em geral a exposição é mais 
intensa." 
● Apresentação Radiológica: Radiologicamente é semelhante à forma crônica, com "maior 
potencial de evoluir para formas complicadas, com formação de conglomerados e de fibrose 
maciça progressiva que, na evolução, podem calcificar, necrosar e formar cavidades." ● 
 
Sintomas Respiratórios: precoces e limitantes. 
 
C. Silicose Aguda ● Rara 
● Exposição: exposições maciças por períodos que variam de geralmente poucos meses a 
5 anos. 
 ● Padrão Radiológico: sendo representado por "infiltrações alveolares difusas e vidro-fosco, 
progressivas, às vezes acompanhadas por nodulações mal definidas." 
● Sintomas: Dispneia incapacitante associada a "tosse seca e comprometimento do estado 
geral." 
● Mortalidade: Apresenta "alta mortalidade." 
 Complicações da Silicose: 
● Tuberculose Pulmonar 
A asbestose é uma doença pulmonar intersticial, formação generalizada de tecido 
cicatricial no pulmão, causada pela inalação de poeira de amianto. 
● O que é Amianto: minerais silicatos de ocorrência natural, encontrados em 
construção, materiais de navios, freios de automóveis e alguns produtos têxteis. 
● Causa e Período de Latência: A doença é causada pela exposição ao amianto. O 
período entre a exposição e o surgimento da doença é geralmente de 20 a 40 anos, 
aparecendo mais cedo em casos de exposição mais prolongada e intensa. 
● Fatores de Risco e Exposição: A exposição ocupacional direta: ainda pode ser 
encontrada em materiais de construção antigos, e a maioria das exposições atuais 
ocorre durante reparos, renovações, remoção ou manutenção de produtos antigos 
contendo amianto. Profissões de maior risco incluem isoladores, montadores de 
canos, carpinteiros, eletricistas, técnicos de telhados, trabalhadores de gesso 
cartonado, manutenção, estaleiros, Marinha, técnicos de caldeiras e fornos, 
mecânicos de freios e indivíduos envolvidos na mineração e processamento de 
amianto. 
● Sintomas: Os sintomas surgem gradualmente, sendo os primeiros falta de ar leve e 
redução da capacidade para exercícios. Casos graves podem levar a falta de ar 
severa e a um tipo de insuficiência cardíaca chamada cor pulmonale. 
● Progressão: A asbestose progride lentamente ao longo de muitos anos e pode 
continuar a progredir mesmo após a pessoa não estar mais exposta ao amianto. 
● Diagnóstico: Baseia-se no histórico de exposição ao amianto e em exames de 
imagem do tórax, como radiografia torácica ou, preferencialmente, tomografia 
computadorizada (TC) de alta resolução. 
● Tratamento: Não há tratamento específico para a asbestose. Os tratamentos 
visam aliviar os sintomas. A reabilitação pulmonar pode melhorar a qualidade de 
vida. Pessoas com doença avançada podem ser elegíveis para transplante de 
pulmão. É importante que as pessoas com asbestose sejam vacinadas contra 
gripe, COVID-19 e pneumonia. 
● Prognóstico: progride lentamente. Há um risco significativamente maior de 
câncer de pulmão, e o tabagismo aumenta ainda mais esse risco em pessoas 
expostas ao amianto. 
 
 
 
 
DPOC: Progressiva e Crônica: condição clínica heterogênea caracterizada por "sintomas 
respiratórios crônicos (dispnéia, tosse, expectoração crônica e/ou exacerbações) 
secundário a anormalidades das vias aéreas (bronquite, bronquiolite) e/ou alveolares 
(enfisema) levando a obstrução ao fluxo de ar persistente e progressiva." 
● Idade de Início: Geralmente se torna aparente a partir dos 40 a 50 anos de idade 
● Diagnóstico Confirmatório: A obstrução não reversível do fluxo de ar (FEV1/CVFconfiança para sair de casa, sono e 
energia, com pontuação total. 
 
Classifica os pacientes em grupos (A, B, E) para guiar o tratamento. 
● Diagnóstico confirmado por espirometria 
● Avaliação da obstrução do fluxo aéreo (FEV1) 
● Avaliação de sintomas (mMRC, CAT) e risco de exacerbações. 
 ◦ Grupo E (Alto Risco de Exacerbação): ≥ 2 exacerbações moderadas ou ≥ 1 levando à 
hospitalização. 
- LABA + LAMA*. Considerar LABA + LAMA + ICS* se eosinófilos no sangue ≥ 300. 
(*Dupla broncodilatação) 
◦ Grupo A (Baixo Risco de Exacerbação, Poucos Sintomas): 0 ou 1 exacerbação moderada 
(não levando à hospitalização) E mMRC 0-1 OU CAT 
45 mmHg) mas sem acidose) 
 
 ● Grave (Severe): 
◦ Dispneia, RR, HR, SaO2 e CRP são os mesmos que os moderados. 
◦ ABG (Gasometria Arterial) mostra novo início/agravamento de hipercapnia e acidose 
(PaCO2 > 45 mmHg e pH 2 semanas). 
● Tosse crônica produtiva de catarro/escarro, muitas vezes purulento ou mucopurulento. 
 ● O paciente pode apresentar exacerbações infecciosas frequentes. 
 ● A apresentação pode ser lenta, com os sintomas se manifestando entre 20 e 40 anos, 
caracterizada por "tossindo com catarro". 
● Outros sintomas podem incluir dispneia (falta de ar), fadiga e hemoptise. 
O diagnóstico é baseado na identificação das bronquiectasias através de exames de 
imagem. 
● Radiografia de Tórax: opacidades lineares ("trilhos de trem"), espessamento de brônquios 
("sinal do anel de sinete") ou cavidades. 
● Tomografia Computadorizada de Alta Resolução (TCAR) do Tórax: É o "padrão 
ouro" para o diagnóstico. 
Critérios na TCAR incluem: 
◦ Broncodilatação (diâmetro do brônquio > diâmetro da artéria pulmonar adjacente). ◦ Falta 
de afilamento brônquico. 
◦ Visualização de brônquios mais periféricos do que o normal. 
◦ Nódulos centrolobulares. 
◦ Espessamento da parede brônquica. 
Diagnóstico Etiológico: É crucial, pois as bronquiectasias são uma manifestação de diversas 
doenças subjacentes. 
- guiar o tratamento. 
- ● Exames a considerar: Teste do suor (para fibrose cística), dosagem de 
imunoglobulinas (IgG, IgM, IgA, IgE total), alfa-1 antitripsina, hemograma, 
investigação para micobactérias, fungos e bactérias, espirometria, cultura de 
escarro. 
- ● Avaliação de condições associadas: 
- ◦ Infecções: Tuberculose, Sarampo (história pregressa). 
- ◦ História familiar: Pancreatite, diarreia crônica, infertilidade, Staphylococcus aureus 
no escarro. 
- ◦ Doenças Imunológicas/Inflamatórias: Asma, ABPA (IgE elevada), Artrite 
reumatoide, Sjögren, Doença mista, Doenças inflamatórias intestinais (retocolite 
ulcerativa, Crohn). 
- ,◦ Defeitos anatômicos congênitos: Discinesia ciliar (dextrocardia, otites, 
rinossinusites, infertilidade, óxido nítrico exalado, batimento ciliar, ultraestrutura ciliar, 
estudo genético, espermograma), broncomalacia, cistos brônquicos, sequestro 
pulmonar, fístulas traqueoesofágicas, Síndrome de Mounier-Kuhn. 
- ◦ Outras: Refluxo gastroesofágico, neoplasias, síndromes de unhas amarelas, 
amiloidose, impactação mucoide, policondrite recidivante, amiloidose 
traqueobrônquica. 
- Avaliação Funcional Periódica: Espirometria 
- O VEF1 reduzido correlaciona-se com dispneia (avaliada pela escala mMRC) e 
extensão da doença na TCAR. 
- ● Identificação de Microrganismos Potencialmente Patogênicos (MPP): Essencial, 
pois a colonização se relaciona com maior inflamação brônquica e deterioração 
clínica progressiva. Níveis mais altos de depressão estão relacionados com maior 
gravidade da dispneia. 
- 8. Classificação de Gravidade Duas ferramentas de avaliação são mencionadas: 
- ● BSI (Bronchiectasis Severity Index) 
- ● FACED Scor 
 
O tratamento é multifacetado e inclui: 
● Tratar a causa específica: (ex: Corticoides/antifúngicos para ABPA; imunoglobulinas para 
imunodeficiências; etc.). 
● Monitorar a evolução da doença. 
● Promover a higiene brônquica (clearance das vias aéreas): Essencial para todos os 
pacientes. 
● Administrar antibióticos: Para tratamento da exacerbação e para supressão da carga 
microbiana. 
● Reduzir a resposta inflamatória excessiva. 
● Usar drogas mucoativas: Para melhorar a clearance mucociliar (para todos os pacientes). 
● Considerar uso de broncodilatadores. 
● Orientar exercício e reabilitação pulmonar: Para todos os pacientes. 
● Controlar hemorragia brônquica. 
● Remover cirurgicamente segmentos ou lobos extremamente danificados. 
● Referenciar para transplante pulmonar em casos avançados. 
◦ Hiper-reatividade brônquicae/ou sintomas de dispneia: Broncodilatadores de longa 
duração. 
 ◦ Associação com diagnóstico prévio ou sintomas de asma, e em subgrupos de pacientes 
com DPOC: Corticoide inalatório. 
◦ Duas ou mais exacerbações no último ano: Macrolídeos (dose imunomoduladora). ◦ 
Infecção crônica por P. aeruginosa (principalmente se exacerbar frequentemente): 
Antibiótico por via inalatória. 
 
Uma exacerbação é definida como a piora de três ou mais dos seguintes sintomas, por pelo 
menos 48 horas: 
1. Tosse 
2. Volume ou viscosidade do escarro 
3. Purulência do escarro 
4. Dispneia ou intolerância ao exercício 
5. Fadiga 
6. Hemoptise 
Exacerbações graves requerem antibiótico endovenoso e/ou internação hospitalar. 
- Sinais que Indicam Gravidade da Exacerbação: 
- ● Frequência respiratória ≥ 25 ciclos/min. 
- ● Desconforto respiratório com uso de musculatura acessória. 
- ● Deterioração da saturação de oxigênio. 
- ● Cianose. 
- ● Temperatura ≥ 38°C. 
- ● Outro critério para sepse e hemoptise (> 25 ml em 24h) 
● Avaliação da gravidade da exacerbação 
◦ Cultura aeróbia de escarro com antibiograma. 
◦ Não grave: Tratamento domiciliar. 
* Considerar antibióticos com boa resposta em exacerbações prévias. 
 * Se infecção crônica por Pseudomonas aeruginosa? 
* Sim: Ciprofloxacino 500-750 mg v.o. 12/12h ou Levofloxacino 500-750 mg v.o. 1x dia. 
* Não: Infecção crônica por outra bactéria: escolha de antibiótico preconizado na literatura 
para esta bactéria. 
Considerar uso de macrolídeo, amoxicilina com clavulanato ou quinolona. 
 ◦ Grave: Tratamento hospitalar. 
* Escolha de antibiótico baseada em culturas aeróbias e antibiogramas prévios. 
* Se Pseudomonas aeruginosa: terapia dupla (β-lactâmico + aminoglicosídeo). 
 
Sinais e Sintomas Respiratórios 
 Tosse 
- Fisiopatologia Mecanismo de defesa: Evita aspiração, elimina materiais inalados e 
remove excesso de muco. 
- Efetividade: Varia com a velocidade do ar e depende da musculatura respiratória. 
- Fases do reflexo:Inspiratória: Inalação de ar. 
- Compressiva: Fechamento da glote, contração isométrica dos músculos expiratórios, 
aumento das pressões intratorácica e intra-abdominal. 
- Expiratória: Abertura da glote, altos fluxos respiratórios devido à pressão 
intratorácica. 
- Componentes do reflexo: Receptores de tosse, nervos aferentes, centros da tosse, 
nervos eferentes e músculos efetores. 
- Receptors: Presentes na cavidade nasal, seios maxilares, faringe, canal auditivo 
externo, membrana timpânica, pleura, estômago, pericárdio, diafragma e esôfago. 
Estímulos Inflamatória: Hiperemia, edema, secreções, ulcerações. 
- Mecânica: Poeira, corpo estranho, aumento/diminuição da pressão pleural. 
- Química: Gases irritantes. Térmica: Frio ou calor excessivo. 
- Complicações: Pode provocar hemorragias conjuntivais, fratura de arcos costais, 
hérnias inguinais, e grande desconforto em pacientes recém-operados. 
 
classificada pela duração: 
Aguda: Duração inferior a 3 semanas. 
- Causas comuns: infecções de vias aéreas superiores (ex: sinusite), quadros gripais, 
pneumonia, exacerbações de DPOC e asma, insuficiência cardíaca congestiva 
(ICC), exposição ambiental/ocupacional. 
- O diagnóstico é "fundamentalmente baseado na história clínica". 
Subaguda: Duração entre 3 e 8 semanas. 
- Causas comuns: tosse pós-infecciosa, exacerbação de asma/DPOC, Síndrome da Tosse 
de Vias Aéreas Superiores (STVAS/UACS). "o raciocínio clínico tem suma importância para 
o diagnóstico." 
Crônica: Duração superior a 8 semanas. 
- Causas comuns: STVAS, asma, Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), 
bronquite eosinofílica não relacionada a asma, tabagismo ativo, uso de inibidores da 
enzima conversora da angiotensina (IECA) e sitagliptina. "A associação entre 
história clínica e exames subsidiários é importante para a elucidação diagnóstica". 
 
Sinais de alerta para tosse aguda: hemoptise, tabagistas >45 anos com tosse 
recente/mudança da tosse/alteração da voz, adultos 55-80 anos com história de >30 
maços-ano, dispneia intensa (repouso/noite), disfonia, sintomas sistêmicos (febre, perda de 
peso, edema periférico com ganho de peso), disfagia, vômitos, pneumonia recorrente, 
exame respiratório anormal/radiografia de tórax anormal. 
 
● Aguda: 8 semanas 
 
🌡 Causas Mais Frequentes de Tosse Crônica: 
Causa Características Diagnóstico Tratamento 
STVAS/UACS Gotejamento, 
pigarro, descarga 
nasal 
Diagnóstico clínico Anti-histamínicos 1ª 
geração, 
descongestionantes 
Asma (tosse 
variante) 
Tosse como único 
sintoma 
Espirometria, 
broncoprovocação, 
escarro 
Broncodilatadores, 
corticoides 
DRGE Tosse noturna, 
piora após 
refeições 
pHmetria, 
endoscopia 
IBP, mudança de 
hábitos 
Bronquite 
eosinofílica 
Tosse em não 
asmáticos, 
eosinofilia 
Escarro induzido Corticoide inalatório 
IECA Tosse seca, 
persistente 
Diagnóstico clínico Suspender IECA 
Tosse 
pós-infecciosa 
Até 8 semanas 
pós-infecção 
Diagnóstico de 
exclusão 
Autolimitada 
Bronquiectasia Tosse com 
expectoração 
purulenta 
TCAR Fisioterapia, ATB 
Tosse ocupacional Ambiente úmido, 
poeira 
História ocupacional Evitar exposição 
Tuberculose Tosse ≥15 dias, 
emagrecimento 
BAAR, cultura RIPE 
Tosse somática Adolescente, não 
tosse à noite 
Diagnóstico de 
exclusão 
Psicoterapia 
Hipersensibilidade 
da tosse 
Tosse 
desproporcional 
ao estímulo 
Diagnóstico de 
exclusão 
Neuromoduladores 
(off-label) 
Idiopática Nenhuma causa 
identificada 
Exclusão após 
investigação 
Abordagem 
sintomática 
Exames Úteis: 
● Rx de tórax: Avaliação inicia 
● Espirometria: Avalia obstrução/restrição 
● TC de seios da face: STVAS 
● pHmetria / endoscopia: DRGE 
● TCAR: Bronquiectasias, doenças intersticiais 
● Escarro induzido: Eosinofilia 
● Broncoscopia: Corpo estranho, TB 
● NO exalado: Asma atópica 
● Eosinofilia periférica: Inflamação eosinofílica 
 Dispneia: Sensação subjetiva de dificuldade respiratória, modulada por fatores fisiológicos, 
psíquicos e sociais. 
⏱ Dispneia Aguda ( 30 dias): 
🎯 Principais causas: 
● Pulmonares: DPOC, asma, bronquiectasias, DPPD 
● Cardíacas: ICC, valvulopatias, coronariopatias 
● Outras: DRGE, obesidade, anemia, psicogênica 
📐 Quantificação: 
● Escala de Borg 
● Escala MRC (Medical Research Council) 
 
Dor Torácica 
Importância Clínica: Sinal de alerta para doenças fatais → prioridade é excluir 
emergências! 
🔎 Caracterização da dor (7 dimensões): 
1. Localização 
2. Irradiação 
3. Intensidade 
4. Qualidade (opressiva, em pontada, queimação) 
5. Início/duração 
6. Fatores desencadeantes/alívio 
7. Sintomas associados 
 
❗ Diagnósticos que ameaçam a vida: 
Causa Sinais 
IAM Dor opressiva, irradiação para 
braço/pescoço 
EP Dispneia súbita, dor pleurítica, hemoptise 
Dissecção de aorta Dor em rasgada, irradiando para dorso 
Pneumotórax 
hipertensivo 
Dor súbita + murmúrio abolido + hipotensão 
Pericardite Dor aliviada ao sentar-se, piora em decúbito 
Investigação complementar: 
● ECG e Rx de tórax (primeiros exames) 
● Marcadores de necrose miocárdica 
● D-dímero (se suspeita de TEP) 
● AngioTC de tórax 
● Gasometria arterial 
● ECOcardiograma, se disponível 
Punção pleural (em casos de derrame) 
 
Dicas para Provas: 
● Tosse crônica com Rx normal + escarro eosinofílico: pense em asma ou 
bronquite eosinofílica 
● Tosse persistentecom IECA: suspender IECA antes de investigar mais 
Dispneia aguda + hemoptise + dor pleurítica: pense em TEP 
● Tosse seca + TCAR com vidro fosco ou reticulado: doença intersticial 
● Dor torácica em rasgada que irradia para dorso: dissecção de aorta até que se 
prove o contrário! 
FISIOLOGIA DO APARELHO RESPIRATÓRIO 
Funções principais da respiração: 
1. Ventilação Pulmonar: Entrada e saída de ar entre a atmosfera e os alvéolos. 
2. Difusão de gases: Troca gasosa entre alvéolos e capilares pulmonares. 
3. Transporte de gases: O2 e CO₂ no sangue e líquidos corporais. 
4. Regulação da ventilação: Controle neural e químico da respiração 
 Ventilação Pulmonar 
● Diafragma: Principal músculo da respiração normal. Relaxamento → expiração 
passiva. 
● Movimento costal: Elevação/abaixamento das costelas → altera volume torácico. 
Volumes e Capacidades: 
Parâmetro Definição 
VC Volume Corrente – volume de ar em respiração normal. 
VRI Volume Reserva Inspiratória – ar inspirado além do normal. 
VRE Volume Reserva Expiratória – ar expirado além do normal. 
VR Volume Residual – ar que permanece nos pulmões após expiração 
máxima. 
CI Capacidade Inspiratória = VC + VRI 
CRF Capacidade Residual Funcional = VR + VRE 
CV Capacidade Vital = VC + VRI + VRE 
CPT Capacidade Pulmonar Total = VC + VRI + VRE + VR 
Difusão e Transporte de Gases 
● O₂: Difunde-se dos alvéolos para o sangue; transportado principalmente pela 
hemoglobina (Hb). 
● CO₂: Produto do metabolismo → difunde para o alvéolo e é eliminado na expiração. 
 
 Regulação da Ventilação 
● Músculos e nervos respiratórios: Comandados pelo centro respiratório no 
bulbo e ponte. 
● Quimiorreceptores: 
○ Centrais (bulbo): Detectam pH do líquor (CO₂ → ácido carbônico). 
○ Periféricos (carótida e aorta): Detectam hipoxemia (↓ PO₂). 
● Receptores pulmonares e musculares: Ajustam padrão ventilatório. 
ANATOMIA RESPIRATÓRIA 
● Tórax: Entre pescoço e abdome; abriga o sistema respiratório. 
● Esqueleto torácico: Costelas (12 pares), esterno e vértebras. 
● Cavidade torácica: 
○ Mediastino (central) 
○ Pulmões (compartimentos laterais) 
● Pulmões: 
○ Direito: 3 lobos 
○ Esquerdo: 2 lobos (espaço para o coração) 
● Pleura: 
○ Visceral: Revestimento do pulmão. 
○ Parietal: Revestimento da parede torácica. 
● Vias aéreas: 
Traqueia → brônquios principais → bronquíolos → alvéolos. 
SEMIOLOGIA RESPIRATÓRIA 
 Anamnese 
● Queixa principal, HDA, antecedentes, história social e familiar. 
● Avaliar tabagismo, ocupações, exposição a animais, doenças respiratórias. 
 
 Exame Físico 
● Fáscies: Expressão de esforço, cianose. 
● Pele: Cianose periférica ou central. 
● Tórax: Inspeção, palpação, percussão e ausculta. 
Dinâmica ventilatória: 
Parâmetro Valor/Definição 
FR normal: 14–20 rpm 
Taquipneia: > 20 rpm 
Bradipneia: 100 subtipos). Menos 
comum: coronavírus, vírus 
sincicial respiratório, 
adenovírus, vírus 
parainfluenza. 
Vírus do grupo Influenza (RNA, família 
Orthomyxoviridae), subdividido em A, B e C. 
Subtipos H (hemaglutinina) e N 
(neuraminidase). 
Classificação 
Gripe 
- Sazonal: Ocorre anualmente. Pandêmica: 
Ocorre em periodicidade de anos não 
previsíveis. 
Epidemiologia Pode ocorrer em qualquer 
época do ano, com média 
de 2 a 3 episódios/ano em 
adultos. 
Geralmente uma vez ao ano, nos meses de 
inverno. No Nordeste brasileiro, maior 
incidência de dezembro a maio. 
Transmissão Contato direto com 
gotículas (tosse, fala, 
espirro) ou indireto 
(mãos/objetos 
contaminados com 
secreções). Transmissão 
inicia 2 dias antes e dura 
até 4 dias após o início dos 
sintomas. 
Idem ao resfriado. 
Quadro Clínico Obstrução nasal, rinorreia, 
dor de garganta, febre. 
Duração: 3 a 5 dias. 
Obstrução nasal, rinorreia, dor de garganta, 
febre. Febre > 38°C com sinais sistêmicos 
(dispneia, mialgia, artralgia, cefaleia, 
prostração, calafrios). Duração: média de 10 
dias. Febre e sintomas sistêmicos nos 3 
primeiros dias, tosse pode durar até 4 
semanas. 
Sinais de Piora (Gripe): 
● Dispneia (FR > 20 irpm) ou hipoxemia (SpO2 3 dias ou retorno após 48h afebril. 
● Alteração do sensório (confusão mental, sonolência, letargia). 
● Hipotensão arterial (sistólica 2.0 mg/dl. 
● Síndrome Gripal (SG): Febre de início súbito (mesmo que referida) + tosse ou dor de 
garganta + pelo menos um dos seguintes: cefaleia, mialgia ou artralgia, na ausência de 
outro diagnóstico específico. 
● Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG): Achados de Síndrome Gripal associados 
a: 
◦ Dispneia (FR > 20 rpm) 
◦ SpO2hemodinâmica 
persistente, hipoxemia (PaO2 70 anos. 
- Do serviço hospitalar: Uso de equipamentos contaminados, utilização prolongada de 
antibióticos, uso de corticoides e quimioterápicos, antiácidos e bloqueadores H-2. 
- bastonetes Gram-negativos e S. aureus. Etiologia polimicrobiana 
- Fatores que aumentam o risco de bactérias multidroga resistentes: Antibioticoterapia 
nos últimos 90 dias, hospitalização > 5 dias, elevada prevalência de resistência 
antibiótica na comunidade ou na unidade hospitalar. 
- Amostras: Lavado broncoalveolar, aspirado traqueal (deve ter > 25 neutrófilos eMMII, ascite e distensão abdominal". 
● Raramente, podem ocorrer rouquidão/síndrome de Ortner e arritmias. 
● Ao exame físico "Hiperfonese de B2 (componente P2), sopro de regurgitação tricúspide 
ou pulmonar, ritmo em galope, sinais de hipertrofia ventricular direita, distensão venosa 
jugular, refluxo hepato jugular, hepatomegalia e/ou esplenomegalia". 
 
● Cateterismo Cardíaco Direito: Exame "invasivo fundamental para a confirmação do 
diagnóstico e caracterização precisa da HP". 
- A definição hemodinâmica de HP é confirmada por uma "pressão média da artéria 
pulmonar (PMAP) em repouso > 20 mmHg". Permite a mensuração de "outros 
parâmetros importantes de diagnóstico hemodinâmico, especialmente a resistência 
vascular pulmonar". 
● Ecocardiograma Transtorácico: É o "Principal exame não invasivo de triagem da HP". 
Permite "estimar a probabilidade ecocardiográfica de o paciente ter a doença" com base na 
"medida da velocidade de regurgitação tricúspide (VRT)". 
- Avalia também "PSAP, tamanho e função do ventrículo direito, septo interventricular, 
flutuação do diâmetro da veia cava Inferior durante a respiração, área sistólica atrial 
direita e diâmetro da artéria pulmonar" 
 
● Eletrocardiograma (ECG): Exame barato e disponível. 
- Achados sugestivos: 
 
○ Desvio do eixo elétrico para a direita 
○ Sobrecarga de ventrículo direito (VD) 
○ Aumento do átrio direito (AD): com onda P pulmonale 
○ Sinais de hipertrofia de VD 
● ⚠ Limitação: ECG normal não exclui HP! 
 
Radiografia de Tórax: Pode mostrar: 
○ Dilatação das artérias pulmonares centrais 
○ Redução da vascularização pulmonar periférica 
○ Aumento de AD e VD (em fases mais avançadas) 
 
- Útil também para diagnosticar causas associadas → Grupo 2 (cardíacas) e Grupo 
3 (pulmonares). 
 Tomografia Computadorizada (TC) de Tórax 
● Melhor que RX para avaliar HP. 
● Sinais característicos: 
○ Aumento do diâmetro da artéria pulmonar (AP) 
○ Relação AP/aorta > 0,9 
○ Aumento das câmaras direitas 
○ Exames Laboratoriais 
● Avaliação geral: 
○ Hemograma 
○ Funções hepática e renal 
○ Função tireoidiana 
 
● Triagem para causas secundárias: 
○ Reumatológicas (ex: esclerose sistêmica, DMTC) 
○ Hepatites virais e HIV 
● Marcadores de sobrecarga cardíaca: 
○ BNP e NT-proBNP 
● Gasometria arterial: avalia trocas gasosas. 
● Testes de Função Pulmonar 
- Incluem: 
○ Espirometria 
○ Pletismografia (volumes pulmonares) 
○ DLCO (capacidade de difusão do monóxido de carbono) 
⚠ Auxiliam na investigação de doenças pulmonares associadas (grupo 3). 
Teste Cardiopulmonar de Exercício 
● Mede: 
○ Limitação ao esforço físico 
○ Grau de hipoperfusão pulmonar durante o exercício 
 
● ⚠ Útil para avaliar a gravidade funcional da HP. 
 Avaliação da Circulação Pulmonar (Exclusão de HPTEC – Grupo 4) 
● Cintilografia V/Q (ventilação/perfusão): 
○ Detecta tromboembolismo crônico (HPTEC) 
● Outros exames complementares: 
○ Angiotomografia de tórax 
○ Ressonância magnética de tóra 
○ Arteriografia pulmonar 
 
● ⚠ Defeitos na cintilografia V/Q também podem aparecer no grupo 5 (misto) sem 
HPTEC. 
⚠ Condições com Maior Risco para HP 
Grupos especiais que precisam de investigação cuidadosa: 
● Doenças reumatológicas (ex: esclerose sistêmica, DMTC) 
● Cardiopatias congênitas 
● Hipertensão portal 
● HIV 
● Usuários de drogas IV, cocaína e/ou com hepatite C 
● Classe I: Sem limitação das atividades físicas habituais. 
● Classe II: Discreta limitação, confortável ao repouso, sintomas com atividades habituais. 
● Classe III: Relevante limitação, confortável ao repouso, sintomas com esforços menores. 
● Classe IV: Incapacidade de realizar qualquer atividade física sem sintomas, sinais de 
falência ventricular direita, dispneia ou fadiga em repouso. 
 
 Teste de caminhada de 6 minutos: Pior prognóstico se a distância for "menor ou igual a 250 
m pré-tratamento ou Inferior a 380 m após 3 meses de tratamento". 
● Cateterismo cardíaco: Pior se a "pressão do átrio direito (PAD) estiver acima de 12 mmHg 
e o IC abaixo de 2 L/min/m2". 
● Ecocardiografia: Pior se a "área do átrio direito (AD) estiver acima de 27 cm2" e se houver 
derrame pericárdico. A "pressão sistólica da artéria pulmonar não é considerada fator 
preditivo independente do prognóstico". 
 
Tromboembolismo Pulmonar Aguda (TEP): desencadeada pelo "alojamento de um ou 
mais êmbolos trombóticos na circulação pulmonar, obstruindo seu fluxo sanguíneo parcial 
ou totalmente". É um "quadro grave por si só e, dependendo da localização e do tamanho 
desse trombo, pode levar à morte súbita". 
- é geralmente causada pela migração de trombos da circulação venosa, 
principalmente de "trombose venosa profunda (TVP) de membros inferiores 
- carga tromboembólica e o estado cardiopulmonar prévio do paciente determinam o 
prognóstico da TEP". A presença de "instabilidade hemodinâmica (hipotensão ou 
choque) decorrente da sobrecarga aguda do ventrículo direito, aumenta 
significativamente o risco de morte 
- Risco alto: Prótese ou fratura de quadril ou joelho, cirurgia maior, politraumatismo, 
traumatismo da medula espinal. 
- Risco moderado: Imobilização/paralisia de membros inferiores, imobilidade no leito > 
3 dias, internação em UTI, ICC, doença respiratória grave, trombofilia, 
câncer/quimioterapia, puerpério, artroscopia do joelho, cateteres ou dispositivos 
venosos centrais, TEP ou TVP prévia, terapia de reposição hormonal, 
anticoncepcional oral. 
- Risco baixo: Idade > 55 anos, cirurgia laparoscópica, viagens aéreas > 6 horas, 
obesidade mórbida, tromboflebite superficial, gravidez 
 
a tríade: DISPNEIA, DOR TORÁCICA Е НЕМОPTISE 
- edema assimétrico de membros inferiores, achados sugestivos de hipertensão 
pulmonar (como B2 hiperfonética e sopro em foco tricúspide)", e "alteração dos 
sinais vitais tais como taquicardia, taquipneia, pulso fino, queda da saturação e febre 
baixa. 
- A "presença de instabilidade hemodinâmica deve ser determinada precocemente", 
definida por "PAS 40 mmHg na PAS por mais de 15 
minutos, uso de droga vasoativa com má perfusão". 
 
Diagnóstico: O diagnóstico de TEP utiliza exames de apoio e exames de confirmação: 
● Exames de Apoio: Rx de tórax, ECG, Ecocardiograma, Dímero D. 
● Exames de Confirmação: Cintilografia (indireto), Angio TC ou Angio RM (diretos), 
Arteriografia e Doppler de MMII. 
- Angiotomografia de Tórax: É a "modalidade de imagem mais comum no diagnóstico 
do tromboembolismo". Possui "sensibilidade e especificidade > 90%". Além de 
detectar o coágulo, pode identificar "diagnósticos alternativos, como pneumonia". 
 
Radiografia de Tórax 
● ❗Achados mais comuns: inespecíficos → cardiomegalia, atelectasia, derrame 
pleural, elevação do diafragma. 
● 📉 Achados específicos (raros, 80%) 
● ✔ Alta sensibilidade e boa especificidade 
● Caiu em desuso frente à angiotomografia, mas ainda útilem pacientes com 
contraindicação ao contraste iodado. 
Arteriografia Pulmonar 
● 📌 Era o padrão-ouro 
● ✔ Alta precisão, permite visualização direta dos trombos 
❌ Desvantagens: 
○ Invasiva 
○ Cara 
○ Pouco disponível 
● Hoje, substituída pela angiotomografia de tórax 
estratificação de risco é "determinar a correta abordagem terapêutica", identificando 
pacientes de baixo risco que podem se beneficiar de tratamento ambulatorial e 
pacientes de maior risco que necessitam de internação (frequentemente em UTI) e 
terapia mais agressiva (fibrinólise). O Escore PESI (pulmonary embolism severity 
index) é utilizado para este fim. A presença de instabilidade hemodinâmica é um 
fator crucial na estratificação de alto risco. 
 
- idade maior ou igual a 50 anos, hemoptise, história de cirurgia/trauma 
recente, TVP ou EP prévios, uso de estrógeno, FC maior ou igual a 100 bpm, 
oximetria de pulso menor que 95%, e edema unilateral de MMII são 
importantes para a suspeita diagnóstica e estratificação de risco. 
 
 
COVID-19: a causada pelo Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 
(SARS-Cov-2): é um "betacoronavírus" com uma "cadeia de RNA simples cujo genoma 
codifica 4 proteínas principais, incluindo a proteína Spike (S) que se projeta pelo envelope 
viral e dá a este um aspecto de coroa, daí o nome Coronavírus". 
 
- pior prognóstico incluem: 
- ● Obesidade 
- ● Doenças cardiovasculares 
- ● Doença renal crônica (DRC) 
- ● Diabetes Mellitus (DM) 
- ● Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e tabagismo 
- ● Neoplasias em atividade 
- ● Uso de fármacos imunossupressores 
- ● Transplante de órgãos sólidos e células-tronco hematopoiéticas 
 
- Fase inicial: Caracterizada pela "replicação viral". 
- Fase tardia: As células infectadas "desencadeiam uma resposta imune com 
recrutamento de células T, monócitos e neutrófilos que liberam citocinas" 
 
Os sintomas podem incluir: 
● Odinofagia (dor de garganta) 
● Anosmia (perda do olfato) 
● Disgeusia (alteração do paladar) 
● Anorexia 
● Náuseas 
● Mal-estar 
● Mialgia (dor muscular) 
● Diarreia 
 
- As "principais anormalidades laboratoriais observadas" são: 
- ● Linfopenia 
- ● Níveis elevados de proteína C reativa 
- ● Enzimas cardíacas elevadas ● 
- Testes de função hepática alterados 
- o "RX" mostra "alterações mais graves e tardias", enquanto a "TC de tórax" é 
"preferível e avaliações de complicações". 
 Classificação de Gravidade 
● Assintomático ou pré-sintomático: Sem sintomas ou antes do início dos sintomas. 
● Doença leve: "sem dispneia, hipoxemia ou imagem torácica alterada". 
● Doença moderada: "alteração radiológica e SpO2 >94% em ar ambiente". 
● Doença grave: "SpO230 
irpm ou infiltrados pulmonares >50% da TC de tórax". 
● Doença crítica: "IRA (insuficiência respiratória aguda), choque séptico e/ou disfunção de 
múltiplos órgãos" 
 
- ensaio de PCR em tempo real. 
- As "amostras obtidas de swabs nasofaríngeos, orofaringe, aspirados nasofaríngeos 
e lavado broncoalveolar". 
- Também estão disponíveis "testes de antígenos - kits para autoeste". 
- Em caso positivo, o indivíduo "deve permanecer em isolamento por 7-10 dias" e "só 
deve sair do isolamento caso evolua bem e esteja há pelo menos 24 hrs sem febre". 
 
● Antivirais: "molnupiravir, favipiravir, ritonavir em combinação com nirmatrelvir, 
remdesivir". 
● Anticorpos monoclonais anti-SARS-Cov-2: "sotrovimab". 
● Anti-inflamatórios: "corticóides e tocilizumabe". 
● Agentes imunomoduladores: "baricitinibe e tofacitinibe e a associação de 
cilgavimabe + tixagevimabe" (PAXLOVID é um exemplo de combinação de 
antivirais). 
 
Distúrbios Respiratórios do Sono, Mediastinite Crônica e Avaliação de TEP 
Tipos de Distúrbios Respiratórios do Sono Abordados: 
● Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) 
● Apneia Central do Sono (ACS) 
● Hipoventilação Relacionada ao Sono (Síndrome da Obesidade Hipoventilação 
- Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) - Definição: Distúrbio respiratório do sono mais 
frequente, caracterizado por "obstrução frequente da via aérea superior (VAS) 
durante o sono". Essa obstrução "pode resultar em fragmentação do sono e 
hipoxemia intermitente 
 
◦ Sexo masculino 
 ◦ Obesidade ◦ Idade avançada 
◦ Alterações craniofaciais 
● Anamnese (Sintomas Comuns): 
◦ Roncos e apneias presenciadas 
◦ Sintomas de cansaço e fadiga 
◦ Cefaleia matinal e insônia 
◦ Sonolência diurna excessiva (SDE) 
 ● Exame Físico: ◦ Presença de HAS 
◦ Avaliação do IMC 
◦ Circunferência do pescoço 
◦ Alterações craniofaciais (retrognatia) 
◦ Índice de Mallampati 
◦ Pesquisa de obstrução nasal 
 
● Padrão Ouro: "A polissonografia tipo 1 (padrão ouro) é considerada o padrão ouro para o 
diagnóstico e a estratificação da gravidade da AOS." É realizada em laboratório do sono, 
requer pessoal técnico treinado e tem custos. Pode apresentar variabilidade noite/noite. 
● Dispositivos Portáteis: Foram desenvolvidos para reduzir custos, aumentar o conforto do 
paciente e ampliar o diagnóstico (tipos 3 e 4, realizados em casa). 
 
- Terapia com Pressão Positiva: é o tratamento de escolha para indivíduos com 
diagnóstico de AOS moderada a grave. 
 
Apneia Central do Sono (ACS): "Condição menos prevalente que a AOS". 
- Associação: A insuficiência cardíaca é a condição mais frequentemente associada a 
ACS, mais especificamente com o padrão respiratório de Cheyne-Stokes." - 
- Tratamento: "A base do tratamento é a otimização da causa subjacente". O uso de 
CPAP deve ser considerado "em pacientes com IAH (predomínio central) > 15/h e 
sintomas significativos." 
 
 
 Hipoventilação Relacionada ao Sono (Síndrome da Obesidade Hipoventilação - SOH): por 
um "PaCO2 maior ou igual 45mm/HG" em gasometria, associada à obesidade. É um 
"diagnóstico de exclusão", exigindo descartar outras causas de hipoventilação. - 
 
Fatores de Risco: 
● Principal: Obesidade. 
● Aumento significativo da cintura (obesidade central). 
● Perda de função pulmonar pela obesidade (CRF reduzida). 
● Força muscular inspiratória reduzida. , 
● SAOS Severa (30 eventos/h). 
● Diferente da SAOS, sexo masculino não é um fator de risco 
Mecânica Respiratória Prejudicada 
● O excesso de tecido adiposo comprime o pulmão e o tórax. 
● Isso causa: 
○ Aumento da carga mecânica 
○ Fraqueza dos músculos respiratórios 
○ Redução da complacência torácica (pulmão se expande com mais 
dificuldade) 
○ Aumento da resistência das vias aéreas 
 2. Resposta Ventilatória Reduzida 
● Devido à mecânica alterada, a ventilação fica reduzida. 
● O corpo responde menos ao aumento de CO₂ (hipercapnia). 
3. Alterações na Gasometria 
● O organismo tenta compensar, mas: 
○ Há retenção de CO₂ (hipercapnia crônica) 
○ E aumento do bicarbonato (HCO₃⁻) por retenção renal 
○ Gasometria: CO₂ ↑ e HCO₃⁻ ↑ 
4. Papel da Leptina 
● A leptina (hormônio do tecido adiposo) normalmente estimula a respiração. 
● Na obesidade, há resistência à leptina → o centro respiratório não responde bem. 
● Resultado: comprometimento adicional da ventilação 
 5. Resultado Final 
Hipoventilação crônica em obesos, com: 
● Redução da ventilação alveolar 
● Hipercapnia persistente 
Mecanismo compensatório com aumento de HCO₃⁻ 
● Potencial evolução para a síndrome da hipoventilação da obesidade 
- Sintomas: Podem incluir sintomas de AOS (roncos, engasgos, apneias, fadiga), além de 
"DISPNEIA", "HIPOXEMIA", "SINAIS DE COR PULMONALE", sonolência, cianose, 
respiração periódica (pausas respiratórias), policitemia secundária, hipertrofia ventricular 
direita e falência ventricular direita. 
- Tratamento: A "pressão positiva tem que ser o tratamento inicial". 
 
Mediastinite Crônica: 
● "O fungo Histoplasma capsulatum é a causa mais comum de mediastinite crônica". 
 
Avaliação de Tromboembolismo Pulmonar (TEP): 
● "PERC" e "BAIXA CHANCE DE TEP" são mencionados em relação a casos clínicos, 
sugerindo o uso de critérios de baixa probabilidade para descartar

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