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SÉRIE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - LOGÍSTICA GESTÃO ORGANIZACIONAL GESTÃO ORGANIZACIONAL SÉRIE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - LOGÍSTICA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI Robson Braga de Andrade Presidente DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA - DIRET Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor de Educação e Tecnologia SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - SENAI Conselho Nacional Robson Braga de Andrade Presidente do Conselho Nacional SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor-Geral Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira Diretor-Adjunto Gustavo Leal Sales Filho Diretor de Operações GESTÃO ORGANIZACIONAL SÉRIE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - LOGÍSTICA SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional Sede Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317- 9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br © 2019. SENAI – Departamento Nacional © 2019. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, me- cânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autoriza- ção, por escrito, do SENAI. Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utiliza- da por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância. SENAI Departamento Nacional Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP SENAI Departamento Regional de Santa Catarina Gerência de Educação FICHA CATALOGRÁFICA _____________________________________________________________________________ S491g Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional. Gestão organizacional / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília : SENAI/DN, 2019. 83 p. : il. (Série Aprendizagem Industrial - Logística). ISBN 978 - 85 - 505 - 0320 - 2 1. Planejamento empresarial. 2. Repartições – Departamentos Administrativos. 3. Ferramentas da qualidade. I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. II. Título. III. Série. CDU: 658.012.2 _____________________________________________________________________________ SUMÁRIO Leia o fechamento que os auto- res prepararam para você! Apro- veite todos os caminhos que le- vam ao conhecimento. Conheça mais detalhes sobre os autores deste livro, sua for- mação e suas experiências pro- fissionais, entre outras. Confira as referências utiliza- das nessa Unidade Curricular. Aproveite e amplie seus conhe- cimentos! Conheça aqui a abertura da Unidade Curricular. Explore esta oportunidade de apren- dizagem e veja quantas desco- bertas serão possíveis! CONHECENDO OS AUTORES CAPÍTULO 1 A empresa, seus objetivos e o planejamento organizacional Conheça, em poucos passos, a estrutura de uma empresa e suas ferramentas de organi- zação. 9 CAPÍTULO 2 Estrutura, funções, normas e seus procedimentos do ambien- te administrativo e logístico Entre em cada departamento da empresa e conheça suas características, você irá identi- ficar-se com eles!29 CAPÍTULO 3 Ferramentas de qualidade Conheça aqui algumas ferra- mentas de qualidade, elas au- mentarão o seu desempenho dentro da empresa. 43 CAPÍTULO 4 Como planejar, controlar e fazer uma apresentação dentro da organização Aprenda a fazer uma apresen- tação digital. Nela você poderá planejar e controlar as ativida- des organizacionais!61 81 83 85 REFERÊNCIAS PALAVRAS DOS AUTORES 7 MENSAGEM AO APRENDIZ Prezado aluno, Você já teve contato com diversos conteúdos do curso e pode verificar a importância deles na prática das atividades como assistente de logística! Essa função exige que você possua conhecimentos diversos, pois terá conexão no seu dia a dia com pessoas de diversos setores e com cargos desde a alta direção até colaboradores terceirizados. A gestão de uma organização requer muito esforço, pois depende de todos os colabo- radores, e você, como assistente em logística, será uma das peças fundamentais para que essa gestão seja bem feita, pois você é o elo que faz a ponte entre as pessoas para que as ações aconteçam de forma adequada. Você irá estudar, nesta Unidade Curricular, conteúdos fundamentais para o bom de- sempenho das funções dentro da empresa, pois o material está intimamente ligado às questões de rotinas na organização dos documentos, normas internas, legislação e procedimentos, qualidade, saúde e meio ambiente. A partir desses conhecimentos adquiridos, sua atuação dentro da empresa será mais completa, permitindo a execução de diversas tarefas, propiciando o desenvolvimento dos fundamentos técnicos e científicos e das capacidades sociais, organizativas e me- todológicas inerentes à organização do trabalho, tendo em vista a formação de uma base consistente que favoreça o posterior desenvolvimento das capacidades técnicas requeridas para as atividades administrativas e de logística. Portanto, seja muito bem-vindo à Unidade Curricular Gestão Organizacional! Este- ja preparado para adquirir conhecimentos com muita energia e determinação, pois aprender é o melhor negócio! Bons estudos! ANDREA MENEGHETTI ZATTA GUSTAVO LUCAS ALVES MENSAGEM AO APRENDIZ ORGANIZAÇÃO, ORGANOGRAMA, MISSÃO 9 CAPÍTULO 1 A EMPRESA, SEUS OBJETIVOS E O PLANEJA- MENTO ORGANIZACIONAL A EMPRESA, SEUS OBJETIVOS E O PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL 11 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ■ Reconhecer diferentes estruturas administrativas de organizações empresariais (organograma). ■ Aprender os conceitos dos diferentes campos que constituem um Mapa Estratégico, assim como a sua importância e função na em- presa. ■ Conhecer ferramentas básicas de organização e planejamento. ■ Distinguir normas de legislação, suas características e funções. ■ Entender normas e procedimentos que são característicos das áreas e/ou atividades administrativas. ■ Identificar os impactos gerados pelo cumprimento ou não cumpri- mento de prazos e responsabilidades. 1.1. DEFINIÇÕES, OBJETIVOS E CLASSIFICAÇÃO DA EMPRESA Você conseguiria definir o que é e qual o objetivo de uma empresa? Com o aprendizado a seguir, você poderá esclarecer suas dúvidas a res- peito da constituição, da legislação e de sua estrutura, e conseguirá res- ponder à pergunta por seus próprios conhecimentos. Empresa é a união de pessoas, ou de uma pessoa so- mente, para a prática de uma atividade econômica destinada a circular bens ou serviços com o fim de obter lucro. Uma empresa pode ser constituída com vários objetivos: ser a líder de mercado, ser sustentável, ser a maior exportadora do país, ser geradora do maior número de empregos e satisfação para os seus funcionários, ser a empresa que paga os maiores salários, enfim, existem diversos motivos que fazem com que o empresário continue no mercado com sua empresa aberta por vários anos. Contudo, o principal objetivo é produzir com baixo custo e obter o maior lucro possível. Ninguém pensa em abrir uma empresa somente por status, mas é preciso acompanhar os resultados para não ha- ver problemas no futuro e fazer investimentos no momento certo. STATUS Termo oriundo do la- tim que significa a po- sição social de um in- divíduo, o lugar que ele ocupa na sociedade. GESTÃO ORGANIZACIONAL12 sh iro no so v ([2 0- -? ]) Quanto à classificação das empresas, podemos destacar sete tipos: a. sociedade em nome coletivo; b. sociedade em comandita simples; c. sociedade limitada - empresa de pequeno porte (EPP) ou mi- croempresaa seguinte pergunta para facilitar: a solução deste problema pode esperar ou deverá ser resolvido imediatamente? ■ Tendência – você deve considerar o potencial de desenvolvimen- to do problema caso não haja uma ação. É a avaliação do cres- cimento, redução ou desaparecimento do problema. Você pode fazer a seguinte pergunta: se o problema não for resolvido agora, em qual velocidade ele vai piorar? Quando se tem muitas atividades a serem executadas, pergunta-se: qual atividade devo executar primeiro? Por quê? A resposta a essas questões são as respostas que serão dadas pela ferramenta GUT. Cada problema apresentado deverá ser considerado individualmente nas escalas de 1 a 5, conforme mostrado a seguir: QUANTO À GRAVIDADE QUANTO À URGÊNCIA QUANTO À TENDÊNCIA 1 Dano mínimo 1 Longuíssimo prazo (2 ou mais meses) 1 Desaparece 2 Dano leve 2 Longo prazo (um mês) 2 Reduz-se ligeiramente 3 Dano regular 3 Prazo médio (uma quinzena) 3 Permanece 4 Grande dano 4 Curto prazo (uma semana) 4 Aumenta 5 Dano gravíssimo 5 Imediatamente (está ocorrendo) 5 Piora muito Quadro 7 - Escala para Técnica GUT Fonte: Dos autores (2019) GESTÃO ORGANIZACIONAL58 A seguir, acompanhe um modelo para elaboração e utilização da ferra- menta. Na coluna Problema deverá constar o problema e sua justifica- tiva. Nas colunas Gravidade, Urgência e Tendência, os valores definidos de acordo com a escala anterior, e no GUT deverá constar a somatória: PROBLEMA G U T GUT GRAVIDADE URGÊNCIA TENDÊNCIA Quadro 8 - Modelo da ferramenta GUT Fonte: Dos autores (2019) KAIZEN Kaizen é um método nomeado por uma palavra de origem japonesa que significa “melhoria contínua na vida em geral”, “mudança para me- lhor”. A utilização da metodologia kaizen no âmbito empresarial envol- ve todos os trabalhadores, gerentes, colaboradores, marketing, vendas, administrativo. Os benefícios são significativos quanto à redução de custos, aumento da produtividade e motivação dos colaboradores. A prática contínua do Kaizen possibilita a eliminação de desperdício na manutenção das máquinas, nos processos administrativos e produ- tivos e em produtos novos, pois o princípio do Kaizen é que o tempo é o melhor indicador de competitividade, e nenhum dia deverá passar sem que alguma melhoria seja implantada (indivíduo ou corporação). FERRAMENTAS DE QUALIDADE 59 to ta lly Pi c ([2 0- -? ]) Para a devida implementação os indivíduos da empresa realizam suas atividades visando a melhorar dia a dia, por meio de alternativas de mu- danças inovadoras e redução de custos. Neste caso o bem mais valioso da empresa é o ser humano, devendo ser estimulado a focar seu trabalho para as metas comuns, pois o trabalho coletivo prevalece sobre o individual. Melhoria contínua é o envolvimento de todos de uma organização com o objetivo de adotar mudanças constantes e a melhoria dos produ- tos e processos da empresa. A melhoria contínua implica em mudanças no planejamento e no hábito organizacional. GESTÃO ORGANIZACIONAL60 RESUMINDO Fe rr am en ta s de q ua lid ad e Diagrama de Pareto Diagrama de Ishikawa Ciclo PDCA Brainstorming Kaizen GUT 5S Di eg o Fe rn an de s ( 20 15 ) 61 CAPÍTULO 4 COMO PLANEJAR, CONTROLAR E FAZER UMA APRESENTAÇÃO DENTRO DA ORGANIZAÇÃO Apresentação • Slides Recursos computacionais Eficácia • Eficiência COMO PLANEJAR, CONTROLAR E FAZER UMA APRESENTAÇÃO DENTRO DA ORGANIZAÇÃO 63 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ■ Aplicar os recursos computacionais na elaboração de apresenta- ções. ■ Adotar os princípios da organização no desenvolvimento das ativi- dades sob a sua responsabilidade. ■ Reconhecer o planejamento como princípio de organização e êxi- to no trabalho. ■ Entender o conceito e a importância da qualidade nas rotinas de trabalho. 4.1. EDITOR DE APRESENTAÇÕES O editor de apresentações permite ao usuário a criação e apresenta- ção de slides com imagens, textos, fotos, filmagens e gráficos em seu conteúdo. Existem muitos tipos de editores de apresentação. Os mais comuns são o Prezi, o PowerPoint e o BrOffice. Ad ap ta do d e iM as te rs (2 01 5) Figura 13 - Tela do prezi Fonte: Adaptado de iMasters (2015) M ic ro so ft ([2 0- -? ]) Figura 14 - Tela do PowerPoint Fonte: Adaptado de Guides and Tutorials (2015) GESTÃO ORGANIZACIONAL64 Br O ffi ce W rit er ([ 20 --? ]) Figura 15 - Tela do BrOffice Fonte: Informática e Educação (2011) Os editores de apresentação proporcionam de forma dinâmica e ob- jetiva a exposição de trabalhos universitários, profissionais ou qualquer outro. Na internet existem muitos trabalhos que são postados e que ser- vem como fonte de conhecimento, base para estudos e pesquisas. Atualmente, as apresentações são muito comuns nas escolas, utili- zadas pelos professores e alunos, e nas empresas, em reuniões, para tratar sobre resultados financeiros, expor um novo produto, apresentar uma nova meta, entre outras situações. É muito comum também utilizar esses editores para criar histórias temáticas de aniversário, apresentação de fotos de viagem, mostrar uma letra de música ou até mesmo um poema ilustrado com fotos. 4.1.1. MODO DE EXIBIÇÃO O Modo de Exibição do Apresentador é o recurso onde o profissional pode compartilhar suas apresentações com o público. Para facilitar a apresentação, o Modo de Exibição do Apresentador proporciona: ■ criação e apresentação de forma personalizada utilizando minia- turas para escolher os slides. ■ utilização de recurso onde é possível clarear e escurecer a tela quando não você quiser exibir conteúdos no intervalo; ■ inserção de anotações com letras grandes, de fácil visualização para o apresentador. Já o Modo de Exibição Protegido serve para abrir os arquivos da in- ternet ou de outros locais que possam conter vírus, worms ou qualquer outro tipo de malware que possa danificar o computador. Utilize este modo de exibição pode diminuir os riscos e você poderá abrir o arquivo e ler seu conteúdo sem se preocupar. Entretanto, o Modo de Exibição Protegido é somente para leitura. MALWARE Nome abreviado para “software malicioso” e representa qualquer tipo de software indesejado, instalado sem o seu devi- do consentimento. Vírus, worms e cavalos de tróia são exemplos de softwa- res mal-intencionado que com frequência são agru- pados e chamados, cole- tivamente, de malware. (Microsoft, 2015) COMO PLANEJAR, CONTROLAR E FAZER UMA APRESENTAÇÃO DENTRO DA ORGANIZAÇÃO 65 Um arquivo é aberto no Modo de Exibição Protegido quando: ■ o arquivo está bloqueado pelo Bloqueio Avançado de Arquivo; ■ o arquivo foi aberto de um local da Internet; ■ o arquivo foi aberto de um local não seguro; ■ o arquivo foi recebido como um anexo do Outlook e a política do seu computador definiu o remetente como não seguro; ■ não é permitida a edição. Existem outros tipos de modos de exibição. Veja a lista a seguir: ■ Padrão - neste modo de exibição os itens de lista e biblioteca apa- recem uma linha após a outra, podendo ser personalizado adicio- nando ou removendo colunas. ■ Calendário - esse formato admite aplicar modos de exibição diá- rios, semanais e mensais, de forma cronológica. ■ Modo de exibição existente - se um modo de exibição existente for quase o modo de exibição desejado, você poderá ganhar tem- po usando um modo de exibição existente como ponto de partida para criar o modo de exibição novo. ■ Exibição Padrão, com eventos recorrentes expandidos - esse modo é utilizado para ver cada instância de um evento repetitivo. ■ Folha de dados - mostra os itens em uma grade, semelhante a uma planilha. É utilizado para exportar dados de uma planilha ou banco de dados, para editar vários itens de uma lista. O modo de exibição de folha de dados exige um programa ou controle com- patível com o SharePoint, como o Microsoft Office 2010, além de suporte ao controle ActiveX. ■ Gantt - os itens da lista são apresentadosem forma de barras que acompanham o andamento. Esse modo de exibição poderá ser usado para auxiliar no gerenciamento de projetos, pois é possível visualizar o andamento geral. ■ Modo de Exibição do Access - utiliza o Microsoft Access para criar formulários e relatórios baseados na lista ou biblioteca. 4.1.2. LEIAUTE O editor de leiaute é mais uma ferramenta que o profissional pode utilizar durante a elaboração de um documento. Proporciona ao usuá- rio a criação ou edição do documento, páginas da web ou modelos de e-mail, além de permitir a customização. Se você não encontrar um leiaute padrão que esteja de acordo com as suas necessidades, é possível adicionar e personalizar um novo leiaute. GRÁFICO DE GANTT Ferramenta que permite a visualização do pro- gresso de projetos. É, basicamente, uma fer- ramenta de acompanha- mento, bastante visual, cujo objetivo é deixar a informação o mais transparente possível. (ARNAUT, 2015). GESTÃO ORGANIZACIONAL66 Itens do editor de leiautes: ■ Bloco - funciona como um bloco de notas, utilizado para elabora- ção de documentos e e-mails, e sempre será apresentado no estilo e tamanho de forma corrida. ■ Rótulo - é utilizado na elaboração de formulários e é aplicado para imagens, códigos de barras etc. ■ Arquivo - ao leiaute que esta sendo executado, pode ser feito um upload de arquivos de imagens (JPEG, GIF, PNG etc.). ■ Tabela - utilizada para apresentar informação tabulada, ou seja, usando linhas e colunas. ■ Bloco múltiplo - é utilizado para elaborar texto com diferentes estilos, distribuídos horizontalmente. Permite, ainda, que sejam inseridos vários itens dentro de um único bloco. ■ Seção múltipla - aceita adicionar vários itens horizontalmente, di- ferente do bloco múltiplo, que adiciona vários itens verticalmente. ■ Itens numerados - as informações são apresentadas uma abaixo da outra e podem ser listadas com marcadores ou números antes do texto, evidenciando tópicos separados, veja abaixo exemplos de marcadores: ■ Exemplo de marcador (ponto) → Exemplo de marcador (seta) ■ Conjunto - a diferença entre o bloco múltiplo e este item, é que neste é permitida a criação de um título para o conjunto. ■ Página anexa - poderá o usuário adicionar uma página para o docu- mento, desde que esta página já se encontre cadastrada no sistema. ■ Formulários - permite a criação de formulários para usuários do sistema e clientes, mas somente utilizados para edição do leiaute de páginas da web. Os formulários podem ser de três tipos: a. usuário - o formulário de acesso do usuário serve para criar campos para inserir o nome e senha de acesso ao site. b. cliente - o formulário de acesso ao cliente é utilizado para criar campo para preenchimento de e-mail, login e senha. c. contato - o formulário de contato cria campos para preenchi- mento de nome, e-mail, assunto e mensagem. 4.1.3. INSERÇÃO DE DADOS Para a criação de uma apresentação contendo imagens, sons, fotos ou textos, o documento que será aberto na estação de trabalho (Power- Point) é um slide com dois campos para digitação dos textos, onde será inserido o título e subtítulo. COMO PLANEJAR, CONTROLAR E FAZER UMA APRESENTAÇÃO DENTRO DA ORGANIZAÇÃO 67 M Ic ro so ft ([2 0- -? ]) Figura 16 - Tela do PowerPoint Fonte: Dos autores (2019) Após a inserção do título e subtítulo, será necessário inserir os novos slides, onde serão incluídos título, fluxogramas, textos, fotos, vídeos, ta- belas, elementos gráficos etc. M ic ro so ft ([2 0- -? ]) Figura 17 - Tela do PowerPoint mostrando novo slide Fonte: Dos autores (2019) 4.1.4. SLIDE MESTRE O slide mestre é o slide principal, que armazena todas as informações sobre o tema, modelo, leiautes, estilos de fontes, cores de fundo e da letra, efeitos, tamanhos e posições dos slides. Em toda apresentação, você vai ter pelo menos um slide mestre. O ganho de tempo é muito grande, pois a alteração feita no slide mestre altera todos os demais slides e vice-versa. GESTÃO ORGANIZACIONAL68 No slide mestre você poderá: ■ modificar a fonte ou os marcadores; ■ inserir um desenho, uma arte, como por exemplo, o logotipo de uma empresa, que deve aparecer em vários slides; ■ modificar a formatação, tamanho e posições. 4.1.5. TRANSIÇÃO DE SLIDES A transição de slides é a passagem de um slide para o outro na apre- sentação. A formatação da transição do slide é a definição do próximo slide, podendo ser com ou sem animação e som, além de poder contro- lar a velocidade do efeito. 4.1.6. EFEITOS DE ANIMAÇÃO O uso da animação é uma forma de deixar o público atento, focalizar os pontos importantes, controlar a quantidade de informações. É possível aplicar os efeitos da animação a objetos e textos no slide mestre ou individualmente, e em leiaute personalizado. Existem quatro tipos de efeitos de animação: ■ efeitos de entrada – reduzir gradativamente até sumir; ■ efeitos de saída – o objeto separa do slide até desaparecer da exi- bição ou espiralar para fora; ■ efeitos de ênfase – mudar de cor ou girar no centro, e reduzir e aumentar o tamanho do objeto; ■ caminho da animação – efeito utilizado para mover um objeto para a esquerda ou direita, para cima ou para baixo, ou de forma circular ou estelar etc. M ic ro so ft ([2 0- -? ]) Figura 18 - Tela do PowerPoint mostrando efeitos de animação Fonte: Dos autores (2019) EXEMPLO: Você pode inserir uma palavra entrando da direita para a esquerda ou vice versa, e ao mesmo tempo aumentando de tamanho, utilizando os efeitos entrada e de ênfase (ampliar). COMO PLANEJAR, CONTROLAR E FAZER UMA APRESENTAÇÃO DENTRO DA ORGANIZAÇÃO 69 4.1.7. TESTAR INTERVALOS O recurso intervalo de slide é ideal para criar uma apresentação de autoexecução, assegurando que ela se encontra dentro do intervalo de tempo determinado pelo palestrante. É possível utilizar o recurso inter- valo de slide, para adequar o tempo de cada slide dentro da apresenta- ção quando estiver realizando o ensaio da palestra. M ic ro so ft ([2 0- -? ]) Figura 19 - Tela do PowerPoint mostrando a utilização de intervalos Fonte: Dos autores (2019) Na hora da apresentação, se você não quiser que os slides avancem automaticamente usando os intervalos de slide registrados, você pode- rá desativá-los e fazer a mudança dos slides manualmente. 4.2. O BROFFICE O broffice.org é um sistema composto de diversos softwares. Dentre eles, destacam-se os seguintes: Writer - editor de textos que permite a elaboração de documentos e a criação de gráficos, mala direta, figuras etc. Impress - editor de slides que permite a elaboração de apresentações com o uso de imagens, tabelas, gráficos, multimídia, animações etc. Calc - editor de cálculos para gerenciamento de tabelas, gráficos com- parativos, fórmulas financeiras e estatísticas etc. O Impress é um software que é destinado a produzir apresentações. Ele permite várias formas de exibição de apresentação, entre elas: ■ normal - modo de exibição usado na construção da apresentação; ■ exibição de notas - utilizado para inserir notas, podendo ser im- presso para que o público acompanhe; ■ exibição de folhetos - utilizado para imprimir vários slides em uma página só; ■ estrutura de tópicos - permite editar o texto dentro dos slides. O BrOffice também permite que você utilize marcadores, numeração romana, alfabética e numérica, além da inserção de figuras, fotos, tabe- las e imagens, seja da internet ou de arquivo salvo no computador. A opção do software chamada Layout de Slides permite a inserção de: ■ plano de fundo nos slides; ■ textos em espaços reservados; ■ mover e redimensionar a caixa de texto; GESTÃO ORGANIZACIONAL70 ■ inclinar caixa de texto; ■ editar o Fontwork nos slides; ■ trabalhar com marcadores e numerações. Quanto ao plano de fundo, as opções fornecidas são: ■ cor - permite a utilização de fundo em cor sólida; ■ preenchimento - formato simples com utilização de cores; ■ gradiente - permitea utilização de cores misturadas; ■ bitmap - utiliza imagens no fundo do slide. No BrOffice, as funções Estilos e Formatações definem a aparência de vários elementos de texto do seu documento, tais como títulos, legen- das e corpo do texto. Tem como função aplicar, criar, editar, adicionar e remover estilos de formatação. Você poderá montar uma apresentação a partir de um modelo em branco, inserindo os dados, ou abrir uma apresentação existente onde poderá utilizar/modificar uma apresentação gravada em arquivo. É possível inserir organograma, fluxograma, fotos, gráficos, planilhas, figuras, setas, curvas, objetos 3D, dentre outros. Também nesse sistema, como no PowerPoint descrito anteriormente, há o slide mestre, que serve como base para os demais slides do docu- mento, como forma de padronizar e agilizar a produção dos slides. O que se modifica no slide mestre, automaticamente se altera nos demais slides. No slide mestre é possível: ■ definir plano de fundo, tipo de fonte para título/estrutura de tópicos; ■ inserir rodapé, figura; ■ alterar plano de fundo em slide; ■ ocultar rodapé, elementos ou plano de fundo; ■ criar segundo slide mestre; ■ selecionar o design de slide para aplicar. O slide pode ser configurado individualmente, podendo ser apresen- tado de forma diferente do seguinte, e esta passagem de um slide para o outro é chamada de transição. Você pode modificar a velocidade da mudança, incluir som e, ainda, configurar o tempo de forma que os sli- des façam a transição automaticamente. Os efeitos de animação determinam como o texto e demais elementos da apresentação surgirão na tela. Existem recursos de ênfase no obje- to e trajetórias de animação, saída e entrada de textos ou objetos, 3D, velocidade de transição, efeito sonoro, podendo ser aplicado manual- mente ou de forma automática. No BrOffice é possível cronometrar a troca automática de slides. Para que isso ocorra, será necessário preparar todos os slides. No decorrer da apresentação teste será exibido um cronômetro para que, a cada exibi- ção de slide o usuário possa teclar “Enter” para que sejam gravados os intervalos para a apresentação automática. COMO PLANEJAR, CONTROLAR E FAZER UMA APRESENTAÇÃO DENTRO DA ORGANIZAÇÃO 71 4.3. CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO, COMPROMETI- MENTO E DISCIPLINA NO TRABALHO A organização no trabalho tem como objetivo a qualidade, e envolve divisão de tarefas e atribuições e de responsabilidades para todos os envolvidos, a fim de atingir um objetivo comum. Comprometimento é um vínculo organizacional do indivíduo com uma instituição, onde o indivíduo é estimulado a realizar esforços em prol da empresa. O vínculo pode ser estabelecido de várias formas, con- forme mostrado a seguir. ■ Afetivo ou atitudinal: associado à lealdade, sentimento de orgu- lho, desejo de contribuir e vontade de permanecer na empresa. ■ Calculativo ou instrumental: são as recompensas por ser membro ou não da organização, que se dá através de trocas e expectativas entre organização e indivíduo. Podemos citar como exemplo o salário, liberdade, status. ■ Sociológico: se dá pela força da relação da subordinação e auto- ridade que exerce no trabalhador e o faz permanecer no trabalho. ■ Normativo: o indivíduo internaliza as pressões normativas de comportamento. ■ Comportamental: se dá pela manutenção das ações, atitudes e condutas do indivíduo, escolhidas livremente, gerando responsa- bilidade e comprometimento a partir de suas próprias ações. A disciplina é um conjunto de atividades que leva ao comprometi- mento com suas atividades. São atividades sequenciais e ordenadas, que são realizadas para alcançar um resultado determinado. A disciplina no trabalho consiste em obedecer ao código de conduta da empresa, que regulamenta aquilo que se espera do funcionário, o modelo de comportamento, normas éticas, cumprimento de horário, condutas, ou seja, são as maneiras que definem as relações dentro da organização. 4.3.1. PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO O planejamento é a identificação dos objetivos de uma organização a fim de traçar metas para atingi-lo, identificando os recursos, dados e a melhor forma de utilizar os meios disponíveis para o fim desejado. Ele pode ser realizado dentro da empresa de forma separada, por departa- mento, ou até um planejamento pessoal, onde você poderá estabelecer suas metas e objetivos pessoais. Se você pensar na empresa inteira, o conceito de planejamento ganha outro nome, chamado de plano ou planejamento estratégico, colocan- do os recursos humanos e materiais da empresa como um todo disponi- bilizado de forma otimizada a fim de obter o resultado planejado. GESTÃO ORGANIZACIONAL72 Para que se possa medir o desempenho do que foi planejado existe o que chamamos de controle, que mede e avalia o desempenho organi- zacional e os progressos da empresa de acordo com o objetivo traçado, identificando os problemas internos e externos, visando ajustar e corrigir as variáveis para garantir um resultado satisfatório. Esse controle servirá de base para recomeçar um novo ciclo de forma dinâmica e contínua. Um bom planejamento possibilita uma intervenção eficaz para evitar trabalho desnecessário, desordem, acidentes, dentre outros, visando agilidade e otimização do tempo. Para que você possa realizar um planejamento que seja eficaz, você deve considerar as prioridades. Assim, o essencial é ordenar as priori- dades segundo alguns critérios, como: ■ urgência; ■ praticidade; ■ menor custo; ■ grau de dificuldade ou facilidade; ■ prazer. Você deve, ainda, priorizar critérios nesse processo, sejam eles de tempo, de execução, qualidade do produto, e/ou custo de execução. A escolha deverá ser feita de acordo com a política da empresa, ou seja, se a organização priorizar a qualidade do produto, ela deverá flexi- bilizar o tempo e custo. O papel do serviço de planejamento consiste em: ■ organização (preparação de material e pessoal); ■ prevenção às dificuldades quanto ao plano de trabalho; ■ coordenação e harmonização dos esforços de todos com o objetivo de aumentar a produtividade; ■ comando das intervenções das seções e engrenagens da empresa; ■ controle do andamento do trabalho e consumo de materiais. A organização deve ser analisada previamente, evitando improvi- sações, porque estando o ambiente organizado e em ordem, pode-se realizar um trabalho eficaz e econômico. A desordem pode acarretar situações de constrangimento e atraso no trabalho, como a dificuldade de encontrar um telefone, um arquivo, criando uma situação de desconforto e, às vezes, um desgaste com a equipe ou supervisor. COMO PLANEJAR, CONTROLAR E FAZER UMA APRESENTAÇÃO DENTRO DA ORGANIZAÇÃO 73 fr an z p flu eg l ( [2 0- -? ]) Um ambiente de trabalho deve ser limpo e organizado, e para isso você deve descartar tudo que não é necessário e depois dessa limpeza, organizar de forma que o acesso fique facilitado. ro ge rc m ([ 20 --? ]) Atualmente, usam-se muito arquivos e pastas com os documentos di- gitais e, nesse caso, a limpeza e organização também são necessárias. Sempre que utilizar um arquivo digital ou um material de uso contínuo, retorne-o ao local de origem, pois assim você sempre conseguirá achar quando necessário. GESTÃO ORGANIZACIONAL74 4.3.2. ELABORAÇÃO DE PLANEJAMENTOS BÁSICOS: ESCOPO, OBJETIVOS, CRONOGRAMA, ATIVIDADES, RESULTADOS ESPERADOS, AVALIAÇÃO O escopo é um dos requisitos básicos de um projeto / produto, que se inicia na descrição e análise das condições do projeto (detalhamento, for- malização e gerenciamento de mudanças). Cabe à equipe acompanhar, ge- renciar e controlar o desenvolvimento, a fim de orientar e servir de apoio a novas negociações decorrentes de alterações. Observe, agora, dois tipos de escopo: ■ escopo do projeto - é o que será feito para que o projeto atinja o re- sultado desejado (prazos, requisitos, leis, custos, entregas). ■ escopo do produto - são as característicasdo produto que será entregue, devendo conter as especificações, medidas, definições etc. O objetivo é o alvo que se quer atingir, seja um indivíduo com um objetivo próprio ou uma organização, e os objetivos específicos são os passos que você terá que dar para chegar ao objetivo principal. Para que se possa atingir o objetivo, é necessário que ele seja claro e es- pecífico, possível de se alcançar, e com prazos definidos que possam ser medidos ao final. Acompanhe um exemplo: OBJETIVO GERAL OBJETIVO ESPECÍFICO Empresa Aumentar as vendas do produto X em 10% no próximo mês. • Realizar inserção do produto X na tv. • Aumentar 5 pontos de venda do produto X. Pessoal Emagrecer 5 quilos em 5 meses, começando no mês que vem. • Não comer mais doces a partir do mês que vem. • Iniciar atividade física, 3 vezes por semana, a partir do mês que vem. Quadro 8 - Exemplos de objetivos Fonte: Dos autores (2019) Cronograma é uma ferramenta em forma de tabela para controle e plane- jamento. É o resultado das atividades com relação ao tempo. Para a empre- sa, o cronograma é importante para que se possa levantar os custos de um projeto e assim verificar sua viabilidade. Atividade será definida de acordo com o objetivo ou cada passo que será seguido no projeto. Para melhor compreensão, você pode observar um pla- nejamento financeiro, onde as atividades pertinentes são as de gerir, seja uma família ou uma empresa. Os resultados esperados estão ligados aos ESCOPO Intuito, propósito, meta. COMO PLANEJAR, CONTROLAR E FAZER UMA APRESENTAÇÃO DENTRO DA ORGANIZAÇÃO 75 objetivos específicos, que é algo concreto que se quer atingir. Descrever mi- nuciosamente os resultados esperados poderá minimizar o prejuízo eco- nômico, cultural, social e educacional, além de reduzir perdas, riscos e, com isso, gerar aumento de produtividade. A avaliação da execução do planejamento deverá ser periódica e constante, com o objetivo de avaliar as estratégias para que possa verificar o desempenho. Com base no desempenho, é possível elaborar planos de ação para re- verter situações desfavoráveis e manter os resultados positivos. Como a avaliação será periódica, na próxima avaliação deverá ser verificado se o plano de ação foi eficaz na solução do problema e, assim, monitorar os novos desempenhos até que o produto/projeto seja executado. 4.3.3. QUALIDADE A qualidade está relacionada à cultura, a um produto ou serviço, e a percepção do indivíduo, suas expectativas e necessidades, ou seja, o atendimento completo das necessidades de um cliente e depende de implantação de processos para uma melhoria contínua. Hoje, fala-se muito sobre vários tipos de qualidade: qualidade de um produto, qualidade de um serviço, qualidade de ensino, qualidade de vida. Para todos esses casos, os objetivos são bem parecidos, pois a preocupação está em: ■ satisfazer as necessidades dos clientes – utilizar a qualidade de forma a atender o que o cliente necessita com o que se produz na empresa; ■ aumentar a produtividade – utilizar a qualidade para diminuir cus- to e diminuir todas as falhas internas do produto ou serviço; ■ promover a realização socioprofissional dos trabalhadores, utili- zar a qualidade para promover a motivação dos profissionais. A qualidade pode, ainda, ser definida sob várias perspectivas que, apesar de diferentes, são complementares, como: ■ qualidade quanto ao desempenho do produto – o aumento da qualidade está relacionado ao aumento de custo, porém, gera sa- tisfação sob a ótica do cliente; ■ qualidade quanto à existência de deficiências – o objetivo é redu- zir desperdícios, encargos após a venda e melhoria da imagem da empresa, através do aumento da qualidade em todas as fases da produção, motivando a diminuição do custo. A qualidade total é decorrente da aplicação da melhoria contínua (Filoso- fia Kaizen) nos processos de uma organização, e tem como objetivo implicar toda a empresa, bem como fornecedores, distribuidores e demais parceiros. Conforme abordado anteriormente, os conceitos de qualidade de ser- viços e produtos são usados em várias áreas, através de indicadores de qualidade e normas, como a ISO 9000, ISO 9001, ISO 14000 e outras que promovem a normatização a fim de manter a qualidade permanente, padronizada e constante nas empresas. GESTÃO ORGANIZACIONAL76 Qualidade Total é um conjunto de ferramentas, programas e métodos, aplicados no controle do processo de produção das empresas, a fim de obter bens e serviços pelo menor custo e melhor qualidade, objetivando atender as exigências e a satisfação dos clientes. Chiavenato (2014) nos apresenta uma lista chamada “Os 10 mandamen- tos da Qualidade Total”. Acompanhe a seguir: 1. Satisfação do cliente O cliente deve ser a pessoa mais importante da em- presa, pois sem ele o que seria dela? 2. Delegação Delegação é você conseguir colocar o poder de decisão mais próximo de onde acontece a ação, dessa forma reduzindo os gargalos e demora nas soluções. 3. Gerência Significa liderar e não impor ou controlar, é motivar, delegar atribuições, mobilizar esforços, ou seja, trans- formar equipes autônomas e integradas. 4. Melhoria Contínua A organização precisa estar aberta as rápidas mu- danças do mercado, utilizando o aperfeiçoamento continuo a fim de superar as expectativas do cliente. 5. Desenvolvimento das pessoas Proporcionar o desenvolvimento das pessoas nas organizações, pois a maioria gostaria de mostrar suas competências e habilidades, multiplicando assim o potencial e a iniciativa. 6. Disseminação de informações A organização como um todo deve obter as mesmas para que a busca pelos resultados torne-se mais significativa. 7. Não aceitação de erros É melhor prevenir do que consertar tentar fazer certo da primeira vez reduz o índice de retrabalho. O padrão de desempenho deverá sempre ser erro zero, buscan- do assim sempre a perfeição constante. 8. Constância de propósitos O planejamento dos objetivos deve ser feito de forma participativa e integrada a fim de obter confiança nas ações, portanto constância de propósitos é funda- mental. 9. Garantia de qualidade A documentação escrita registra o percurso percorrido e o a percorrer, sendo de extrema importância a busca pela sistematização dos processos. 10. Gerência de Processos As barreiras departamentais e hierárquicas devem ser removidas para a obtenção de resultados positivos na organização, promovendo integração e eficiência. Quadro 9 - Os 10 mandamentos da Qualidade Total Fonte: Adaptado de Chiavenatto (2014) COMO PLANEJAR, CONTROLAR E FAZER UMA APRESENTAÇÃO DENTRO DA ORGANIZAÇÃO 77 Quando se trata de qualidade, alguns termos acabam tendo o seu significado confundido, como é o caso de “eficiência” e “eficácia”, que muitas vezes são empregados de forma incorreta. A eficiência preocupa-se com os métodos, procedimentos e os meios para a melhor execução das coisas, a fim de otimizar recursos (máqui- nas, matéria-prima, pessoas) e aplicá-los de forma racional. Eficiência é realizar as coisas de maneira adequada, resguardar os recursos aplica- dos e resolver problemas. A eficácia indica o grau de sucesso obtido nos resultados. A eficácia visa aos resultados alcançados independente dos recursos utilizados, ou seja, conseguir atingir o objetivo. É possível atingir o ótimo e conse- guir a eficácia e eficiência juntas, de forma a obter o resultado almejado utilizando o mínimo de recurso. Você pode atingir um resultado (eficácia), mas os recursos utilizados para atingir o resultado foram desproporcionais (falta de eficiência). EXEMPLO: ■ Cavar um poço com toda a técnica de engenharia é eficiência, achar a água é eficácia. ■ Atender um cliente com resultado satisfatório é eficiência, o cliente solicitar novamente os seus serviços é eficácia. ■ Prospectar 30 clientes no mês é eficiência, fechar o contrato é eficácia. Diante dos conteúdos abordados sobre qualidade, agora você possuias ferramentas necessárias para aplicar esses conhecimentos no seu dia a dia. Lembrando que qualidade não é mais um diferencial e sim essen- cial para a sustentabilidade das empresas. INOVAÇÃO Você sabe o que é Inovação? A palavra deriva e innovatio, termo latino que representa uma criação que não tem equivalente em padrões anteriores. O conceito de inovação é bastante variado, mas podemos entender inovação como uma ideia implementada com sucesso. A inovação é muito importante. Organizações, que têm uma cultura voltada para a inovação demonstram maior agilidade para identificar tendências de mercado e atender às novas demandas. Você consegue imaginar sua vida sem um smartphone, um computa- dor? No inicio talvez eles não fossem uma necessidade, mas hoje certa- mente são. São inúmeros exemplos de empresas que inovaram A apple por exem- plo, não parou nos computadores pessoais. Inovou criando o iPod, iPhone e iPad. GESTÃO ORGANIZACIONAL78 DESIGN THINKING A expressão design thinking pode ser traduzida como “modo de pen- sar do design”. É uma abordagem que procura a solução de problemas de maneira coletiva e colaborativa, partindo das reais necessidades. Muitas empresas utilizam-se dessa abordagem. Como isso funciona? 1. Imersão: Quando o problema é entendido: Nessa fase, são iden- tificados, além do escopos e limites de um projeto, fornecendo insumos para a fase seguinte. 2. Analise e Síntese: Os dados coletados na fase de imersão são analisados para que se permita a compreensão do problema em questão. 3. Ideação: Nessa etapa é onde são realizados os brainstormings e envolvem-se todos da equipe 4. Prototipagem: Nessa fase as ideias ganham forma. As soluções inovadoras devem ser criadas, criando oportunidades de negó- cios, no caso de uma empresa. Nessa etapa é possível testar o que as pessoas acham e fazer os devidos ajustes. EXEMPLO DE DESING THINKING A personalização é um grande desafio para a Netflix. O comportamen- to do usuário muda e suas necessidades também. Existem centenas de algoritmos para que isso ocorra de maneira efi- ciente. Desta forma é de extrema importância que a empresa entenda como tudo isso funciona. Visando isso, a Netflix quer garantir que o conteúdo permaneça per- sonalizado para usuário, identificando compatibilidade e o que as pes- soas pesquisam na plataforma. Foram muitos os conceitos estudados neste capítulo. Confira o mapa conceitual, a seguir, e relembre eles. COMO PLANEJAR, CONTROLAR E FAZER UMA APRESENTAÇÃO DENTRO DA ORGANIZAÇÃO 79 RESUMINDO Gestão organizacional Editor de apresentações Modo de exibição Leiaute Inserção de dados Slide mestre Transição de slides Efeitos de animação Testar intervalos Planejamento Cronograma Atividades Resultados esperados Avaliação Organização Disciplina Comprometimento Qualidade total E�ciência E�cácia Melhoria contínua Di eg o Fe rn an de s ( 20 15 ) GESTÃO ORGANIZACIONAL80 ANOTAÇÕES 81PALAVRAS DOS AUTORES Durante esta Unidade Curricular, você obteve informações sobre gestão organiza- cional, como é uma empresa, seus objetivos, o planejamento, e o organograma. Você pode verificar como é a estrutura dos departamentos, suas funções e normas e aprendeu sobre os tipos de ferramentas de qualidade, sua importância, diferenças e aplicações. Além disso, viu como utilizar os meios computacionais para auxiliar na qualidade das apresentações, a importância da organização e planejamento do trabalho e questões importantes como saber diferenciar eficiência e eficácia. Os conteúdos aprendidos são fundamentais para que você compreenda a empresa como um todo. A partir daí você já está apto a trilhar mais uma etapa do caminho do conhecimento! Parabéns pelo desempenho e bons estudos! ANDREA MENEGHETTI ZATTA GUSTAVO LUCAS ALVES PALAVRAS DOS AUTORES 83CONHECENDO OS AUTORES ANDREA MENEGHETTI ZATTA É mestre em Design pela UNESP/Bauru, pós-graduada em Administração, Propagan- da e Marketing pela UEL (2007). Tem graduação em Formação Pedagógica para Edu- cação Profissional pela UNISUL (2007) e graduação em Desenho de Moda pela FASM (1999). Atualmente trabalha no SENAI/PR exercendo as funções de consultora técnica de negócios, coordenadora do curso de Pós Graduação em Moda e Gestão, e no desen- volvimento de projetos de inovação. GUSTAVO LUCAS ALVES É formado em Administração de empresas com ênfase em Gestão de Negócios, pós-graduado em Gerenciamento de Projetos (FGV), Educação a distância (Universi- dade da Grande Fortaleza) Tecnologias de Informação e Comunicação (UNICID) e Edu- cação Tecnológica (CETIQT). Atualmente integra a equipe de coordenação do MBI (Master in Business Innovation) em Educação para o Profissional do Futuro, curso de pós-graduação oferecido pelo SENAI/SC em Florianópolis. Atuou como coordenador cursos técnicos e aprendizagens no SENAI, bem como na docência em cursos superiores e de pós graduação nas disciplinas de Gestão e Meto- dologia Cientifica. Há 13 anos atua no desenvolvimento de projetos de educação a distância desde a sua concepção até aplicação. CONHECENDO OS AUTORES 85 REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS ■ AJUDA e suporte do Office. Disponível em: . Acesso em: 5 out. 2014. ■ AQUINO, Davi Borges de. A não incidência do Imposto sobre Produtos Industrial- izados nas operações de revenda de produtos importados. (09/2014). Disponível em: . Acesso em: 11 nov. 2014. ■ ARNAUT, Diego. Gráfico de Gantt: planeje, controle e gerencie a execução de seus projetos. Disponível em: . Acesso em: 19 mar. 2015. ■ ASSIS, Luciana de. Princípios da Administração - o conceito da Administração e suas funções. Disponível em: . Acesso em: 23 nov. 2014. ■ BRASIL. Lei n. 10406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil Brasileiro. Brasília. Dis- ponível em: . Acesso em: 09 mar. 2015. ■ _____. Ministério do Meio Ambiente. Logística reversa. Disponível em: . Acesso em: 12 nov. 2014. ■ BRAZ, Marcela Puccia. Logística reversa: o exemplo das embalagens de agrotóx- icos. Disponível em: . Acesso em: 6 out. 2014. ■ CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da administração compacta. 4. ed. São Paulo: Manole, 2014. ■ CURY, Antonio. Organização e métodos: uma visão holística. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2000. ■ DARELLA, Vanio Bolan. LTDA., MEI ou EIRELI? Disponível em: . Acesso em: 9 set. 2014. LEITURA E COMUNICAÇÃO86 ■ DIB, Ana Cristina. Hierarquia dentro das empresas deve ser minimizada. (09/11/2010). Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios. Disponível em: . Acesso em: 24 set. 2014. ■ EMPREENDEDOR, Portal do. Tipos de empresas. Disponível em: . Acesso em: 7 nov. 2014. ■ FERREIRA, Eduardo Rosa. Manual do Departamento Financeiro. Disponível em: . Acesso em: 6 nov. 2014. ■ FIAT. Missão. Disponível em: . Acesso em: 19 mar. 2015. ■ FRAGOSO, Sérgio A. S.. Qual é o principal objetivo de uma empresa? (02/02/2009). Disponível em:. Acesso em: 09 out. 2014. ■ FREITAS, Álvaro. Giro de Estoque: Um indicador da qualidade do estoque. Academ- ia Platônica: Formação e Certificação Profissional, 2012. Disponível em: . Acesso em: 19 mar. 2015. ■ GERDAU. Missão, visão e valores. Disponível em: . Acesso em: 19 mar. 2015. ■ Guia PMBOK®® / Um guia do conjunto de conhecimentos em Gerenciamento de Projetos – Terceira Edição © 2004 Project Management Institute, Four Campus Boulevard, Newtown Square, PA 19073-3299 EUA ■ GUIA Trabalhista. Normas regulamentadoras - segurança e saúde do trabalho. Dis- ponível em: . Acesso em: 4 dez. 2014. ■ INSTITUTO Nacional do Plástico (INP). Normas. Disponível em: . Acesso em: 30 nov. 2014. ■ KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. Rio de Janeiro: 7. ed., Prentice Hall, 1998. ■ MICROSOFT. Central de Proteção e Segurança. Disponível em: . Acesso em: 19 mar. 2015. ■ MOREIRA, Rogério Bandeira de Melo. A real função do marketing nas organ- izações. Disponível em: . Acesso em: 21 nov. 2014. ■ NASCIMENTO, Carlos. Instalação de Empresas. Disponível em: . Acesso em: 15 out. 2014. ■ OLIVEIRA, Djalma de Pinto Rebouças de. Sistemas, organização & métodos: uma abordagem gerencial. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 87REFERÊNCIAS ■ OLIVEIRA, Veridiane. Estrutura Organizacional - Influência da estrutura na efi- ciência da organização. Disponível em: . Acesso em: 11 nov. 2014. ■ PERIARD, Gustavo. Exemplos de utilização da ferramenta 5w2h. Sobre Ad- ministração. 2011. Disponível em: . Acesso em: 19 mar. 2015. ■ PORTAL educação. Departamento financeiro. (07/10/2013). Disponível em: . Acesso em: 23 nov. 2014. ■ QUALIDADE Total. O que é qualidade total? (28/08/2012) Disponível em: . Acesso em: 6 nov. 2014. ■ SANTIAGO, Emerson. Tipos de empresas. Disponível em: . Acesso em: 8 out. 2014. ■ SARMENTO, Valdair. Gestão da qualidade - a sua empresa faz? Disponível em: . Acesso em: 3 nov. 2014. ■ SIGNIFICADOS.com.br. Significado de Diagrama de Pareto. Disponível em: . Acesso em: 19 mar. 2015. ■ SOCIEDADE Beneficente Israelita Brasileira. Missão, Visão e Valores. Disponível em: . Acesso em: 19 mar. 2015. ■ STONER, James A. F., FREEMAN, R. Edward. Administração. 5. ed. Rio de Janeiro: PHB, 1992. SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP Felipe Esteves Morgado Gerente-Executivo Luiz Eduardo Leão Gerente de Tecnologias Educacionais Catarina Gama Catão Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros Didáticos SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DE SANTA CATARINA Fabrizio Machado Pereira Diretor do SENAI/SC Claudemir José Bonatto Diretor de Educação do SENAI/SC Daniel Thiesen Horongoso Gerente Executivo da Regional Sudeste SENAI/SC Ricardo Maximo Anzolin Gerente de Operações da Regional Sudeste SENAI/SC Leonardo Bernardo de Oliveira Coordenador da Faculdade do SENAI CTAI Priscila Carneiro Gallasse Cesconetto Supervisora de Consultoria em Educação Michele Antunes Corrêa Roberta de Fátima Martins Projeto educacional Carlos Filip Lehmkuhl Loccioni Luiz Eduardo de Souza Meneguel Tatiana Daou Segalin Projeto gráfico Andrea Meneghetti Zatta Gustavo Lucas Alves Elaboração Gustavo Lucas Alves Revisão técnica Pâmella Rocha Flores da Silva Design educacional Davi Leon Dias Diego Fernandes Ilustrações e tratamento de imagens IStock SENAI/SC Banco de imagens Giulia Affonso Tatiana Daou Segalin Diagramação Tatiana Daou Segalin Revisão e fechamento de arquivos Luciana Effting Takiuchi CRB – 14/937 Ficha catalográfica Jaqueline Tartari Contextuar Revisão ortográfica e gramatical Jaqueline Tartari Contextuar Normalização prancha 06_gest_org prancha(ME); d. sociedade em comandita por ações; e. sociedade anônima; f. empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI); g. micro empreendedor individual (MEI). Veja, a seguir, mais detalhes sobre cada um desses tipos de empresa. a. Sociedade em nome coletivo A sua constituição é de pessoas físicas e os sócios respondem igual- mente pelas obrigações. Em seu nome deverá constar a expressão “& CIA” no final. Neste tipo de empresa, a administração deverá ser feita por um dos sócios, ou seja, não poderá ser nomeado administrador ex- terno, e este poderá exercer atividade econômica, comercial e civil. b. Sociedade em comandita simples Esta sociedade pode ser constituída por pessoas físicas e por uma pessoa que ingressa na sociedade somente com o dinheiro e respon- de somente pelas quotas, ou seja, pela proporção do valor investido. A administração deverá ser feita pelo sócio e nunca pelo sócio investidor. A EMPRESA, SEUS OBJETIVOS E O PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL 13 c. Sociedade limitada (LTDA) A sociedade limitada é a mais utilizada pelas empresas brasileiras, pois é elaborado um contrato onde será definido as obrigações e os di- reitos dos sócios, sua participação na empresa e as regras para a ad- ministração. Nesta modalidade, a empresa poderá se enquadrar como Empresa de Pequeno Porte (EPP) e Micro Empresa (ME). ■ EPP - Deverá ser formalizada na Junta Comercial através do re- gistro de um contrato social com dois ou mais sócios. Lembre-se de que para ser enquadrada como EPP a empresa deverá ter uma receita bruta no calendário anual maior que 360.000,00, conforme Lei Complementar n. 139, de 10 de novembro de 2011. ■ ME - No caso da microempresa, o seu faturamento anual deverá ser de até R$ 360.000,00, e sua formalização se dará através de contrato social com dois ou mais sócios, devidamente registrado na Junta Comercial. d. Sociedade em comandita por ações Nesse tipo de sociedade, o capital é dividido em ações, pois ela mis- tura sociedade anônima e comandita, sendo que os acionistas respon- dem apenas pelo valor delas subscritas ou adquiridas. e. Sociedade anônima (S/A) A sociedade anônima, ou de capital aberto, é o tipo de empresa onde o seu capital é dividido em ações que são comercializadas na bolsa de valores, e cada pessoa que adquire uma ou mais ações se torna sócio, passando a ter responsabilidade na proporção de suas ações. f. Empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) Esta empresa deve ser individual, ou seja, sem sócios. O capital não poderá ser menor que 100 (cem) vezes o salário mínimo. Poderá ser en- quadrada como ME ou EPP e em sua denominação deverá constar no final EIRELI, devendo ser registrada na Junta Comercial. g. Micro empreendedor individual (MEI) É o indivíduo que trabalha por conta própria e que se legaliza como pe- queno empresário, além de poder contratar um empregado. Seu fatura- mento anual deverá ser de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) e não pode participar como sócio de outra empresa. Importante lembrar que a empre- sa MEI terá um cadastro de CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) para ajudar na abertura de conta da empresa, a utilizar crédito para compra a prazo, emitir nota fiscal e conseguir empréstimos. GESTÃO ORGANIZACIONAL14 1.2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Quando se fala em estrutura organizacional de uma empresa, é preciso levar em consideração que existem empresas formais e informais. Você co- nhece as características de cada uma? Veja no quadro a seguir: EMPRESA FORMAL EMPRESA INFORMAL Chefia definida e conhecida Chefia indefinida e desconhecida Processos definidos Sem processos definidos Departamentos integrados Ninguém sabe o que acontece no outro departamento Planejamento na tomada de decisão Tomada de decisão de última hora Com controle definidos Sem controle definido Estável Instável Líder formal Líder informal Com organograma Sem organograma Dinâmica Estática Estruturada Desestruturada Organizada Não muito organizada Quadro 1 - Diferenças entre empresa formal e informal Fonte: Dos autores (2019) A empresa informal se dá pela união de pessoas com um objetivo comum. São procedimentos não documentados e a hierarquia não é reconhecida oficialmente entre os membros da empresa. A empresa formal é a mais adequada para se trabalhar, pois ela é organi- zada. Cada membro da empresa tem sua função definida e esta é conhecida por todos, e as decisões são planejadas. Quanto ao sistema de hierarquia, trata-se da cadeia de comando que ini- cia na presidência e passa por gerência, supervisores e todos os níveis da organização. Este sistema define a autoridade de cada membro da equipe. EXEMPLO: O Google é uma empresa que procura criar uma vantagem competitiva e tenta não se acomodar no status quo de uma empresa de sucesso. A gestão é arrojada e prega que a criação de algo de impacto pode vir de qualquer funcionário, independente do cargo que ele ocupa. STATUS QUO Condição, posição das coisas, e não significa necessariamente coi- sas ruins. É um termo neutro que pode ter qualquer sentido, po- sitivo ou negativo. A EMPRESA, SEUS OBJETIVOS E O PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL 15 Ji rs ak ([ 20 --? ]) As estruturas organizacionais mais utilizadas são a funcional, a divi- sional e a por produtos, mas a escolha da estrutura dependerá dos ob- jetivos da empresa, pois cada uma possui uma característica diferente. Acompanhe as definições a seguir. Funcional É em geral a mais utilizada, pois divide seus departamentos por fun- ção, como marketing, contabilidade, entre outros. Divisional É uma estrutura que permite o atendimento de clientes mais segmen- tados e com necessidades mais específicas. Como diz o nome, “divide” os recursos, tornando-se um pouco mais onerosa, pois será necessário, em alguns casos, o mesmo departamento em dois lugares diferentes. Por produtos É mais comum quando a especialização do produto é a prioridade, como é o caso das lojas de departamento, em que o número de merca- dorias é muito grande. Agora que você aprendeu o que é hierarquia e estrutura organizacio- nal, você vai passar à departamentalização, que nada mais é do que a divisão dentro da empresa em departamentos para atividades que são comuns entre si. Destacamos o departamento financeiro, de produção, recursos humanos, marketing, coordenações, seções, dentre outros. A departamentalização tem por objetivo a eficiência. A figura a seguir demonstra um exemplo de como podem ser divididos os departamentos e as funções que podem existir em cada empresa. EFICIÊNCIA Atingir o resultado com o mínimo de perda de recursos, isto é, fazer o melhor uso possível do dinheiro, do tempo, ma- teriais e pessoas. GESTÃO ORGANIZACIONAL16 Presidência Auditoria Jurídico Marketing Vendas Finanças RH Administração Produção Novos produtos Representantes Publicidade Treinamento Propostas Contratos Faturamento Call center Contábil Fiscal Tesouraria Crédito/ cobrança Orçamento Seleção/ Recrutamento Cargos/ Salários Folha de pagamento Prev. acidente Compras Almoxarifado Ativo fixo Refeitório Manutenção civil/ elétrica Comunicações Limpeza Segurança Distribuição Fabricação Montagem Acabamento PCP Controle de qualidade Manutenção de equip. Ferramentaria Di eg o Fe rn an de s ( 20 15 ) Figura 2 - Departamentos de uma empresa Fonte: Adaptado de Spartansite (2015) Cada departamento possui normas e procedimentos que devem ser atendidos de acordo com suas necessidades. EXEMPLO: O RH deve ter um procedimento padrão para realizar o processo de contratação de novos funcionários, bem como o departamento de compras tem um procedimento para cada tipo de aquisição e assim por diante. As normas de uma empresa geralmente são necessárias para contro- lar documentos, monitoramento de processos, entre outros, e a partir daí podem chegar à necessidade de certificação por normas de qualida- de, como a ISO (International Organization for Standardization).REFLITA Uma empresa é aprovada para realizar um serviço para uma grande organização. Quando recebe o contrato para a assinatura, com os va- lores a serem pagos e o prazo para entrega do serviço, o empresário se vê em uma situação complicada, pois não sabe se conseguirá entregar o serviço no prazo e se o valor que ele vai receber é o suficiente para quitar suas despesas. Nesse caso concreto, você aceitaria o serviço? A EMPRESA, SEUS OBJETIVOS E O PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL 17 Quando é realizado um contrato para um novo serviço, as responsabili- dades precisam ser definidas e conhecidas por todos. O trabalhador deverá conhecer a empresa e ser apresentado para todos. É recomendado que ele saiba a função que vai desempenhar e tudo o que estiver relacionado a seu cargo. Essas medidas são preventivas, para evitar conflitos entre os colegas de trabalho e, cada qual saberá a sua responsa- bilidade, pois seu trabalho terá impacto em diversos setores da empresa. 1.3. ORGANOGRAMA O organograma é a divisão formal dos setores de uma empresa e, em alguns casos, a demonstração da hierarquia de cargos. O organograma deverá ser de fácil interpretação, flexível, deverá ser de conhecimento de todos da organização e estar em local visível. Unidades de trabalho (cargos e departamentos) Linhas de comunicação Au to rid ad e e hi er ar qu ia (c ad ei a de c om an do ) Signi�cado dos componentes Divisão horizontal do trabalho Di eg o Fe rn an de s ( 20 15 ) Figura 3 - Modelo de organograma Fonte: Adaptado de Modelos de Organograma (2009) O organograma se apresenta em cinco tipos diferentes: ■ Organograma vertical - é o mais usado pelas empresas, deixa claro os níveis hierárquicos e está em local visível a todos. GESTÃO ORGANIZACIONAL18 O sm an A ze l ( [2 0- -? ]) ■ Organograma circular (ou radial) - utilizado em instituições mo- dernas, onde a hierarquia não é a maior preocupação e sim o tra- balho em grupo. Direção C li e n te CQ D es en v. Seg/Limp Produção Exped Vendas CGQ P ro je to s SHTRH P C P Ger. Com l. Ger. Qual. G e r. E n g . Ger. Adm. G e r. P ro d . Di eg o Fe rn an de s ( 20 15 ) Figura 4 - Organograma circular ou radial Fonte: Adaptado de Organogramas (2015) A EMPRESA, SEUS OBJETIVOS E O PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL 19 ■ Organograma horizontal - as instâncias superiores estão muito próximas das inferiores, geralmente usados em empresas em que a quantidade de chefes é pequena. Presidente Assistente do presidente Vice-presidente de �nanças Vice-presidente de fabricação Vice-presidente de vendas Gerente de pessoal Gerente de fábrica Gerente de orçamento Mestre A Mestre A Mestre A Di eg o Fe rn an de s ( 20 15 ) Figura 5 - Organograma horizontal Fonte: Adaptado de Organogramas (2015) ■ Organograma funcional - esse tipo de organograma é definido pelas funções exercidas, e não pela hierarquia. RN tintas Ass. contábil Consultoria Ass. jurídica Vendas Estoque ADM. Financeiro Interna Externa Construtoras Depósito Expedição Entrega Recepção Serv. gerais Caixa Faturamento Cobrança Tesouraria Di eg o Fe rn an de s ( 20 15 ) Figura 6 - Organograma funcional Fonte: Adaptado de Organogramas (2015) ■ Organograma matricial - tem duas autoridades (presidência e responsável pela área de projetos) e é geralmente utilizado nas empresas que não têm definição clara das unidades funcionais, e sim uma estrutura por projetos, lembrando que podem ser tem- porários e de estrutura informal. GESTÃO ORGANIZACIONAL20 Presidência RJ SP MG RS Marketing Marketing Marketing Marketing Finanças Finanças Finanças Finanças R.H. R.H. R.H. R.H. Operações Operações Operações Operações Di eg o Fe rn an de s ( 20 15 ) Figura 7 - Organograma matricial Fonte: Adaptado de Organogramas (2015) Para a elaboração de um organograma, podemos utilizar círculos, retângulos, losangos etc. Ele deve ser simétrico e não deve usar abre- viações para não gerar confusão, lembrando que deve ser atualizado constantemente quando estiver inserido o nome do ocupante do cargo. Assembleia geral Presidência Projetos Comunicação e RH Administrativo - �nanceiro Marketing Assessoria de projetos Assessoria de COM-RH Assessoria ADM-FIN Assessoria de marketing Di eg o Fe rn an de s ( 20 15 ) Figura 8 - Exemplo de organograma Fonte: Adaptado de Organogramas (2015) 1.4. LEGISLAÇÃO EMPRESARIAL E NORMAS INTERNAS Para iniciar uma empresa é necessária a elaboração de um contrato so- cial, e é recomendado que esse contrato seja realizado formalmente, ob- servadas as determinações específicas de cada sociedade empresária. A EMPRESA, SEUS OBJETIVOS E O PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL 21 Os contratos sociais, em sua grande maioria, são registrados no Cartório de Registro de Títulos e Documentos, que tem como atribuição legal arqui- var livros e documentos, dar publicidade, dar vali- dade, e perpetuar o registro dos negócios realiza- dos entre pessoas físicas e/ou jurídicas. De acordo com o artigo 45 do Código Civil, a existência legal das em- presas (pessoas jurídicas de direito privado) se inicia com o registro no órgão competente, lembrando que todas as alterações contratuais de- verão ser registradas também. Uma vez que a empresa está devidamente registrada, o registro deve ser levado à Receita Federal para gerar um CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), que servirá para abertura de contas em nome da empre- sa, elaboração dos contratos, emissão de nota fiscal, financiamentos, ob- tenção de recursos do governo, participação em licitações, dentre outros. Após a abertura da empresa e emissão do CNPJ, iniciam-se os traba- lhos e, com isso, alguns recolhimentos de tributos são obrigatórios, de- vendo-se observar em quais deles a empresa está enquadrada. Acom- panhe as descrições a seguir. ■ Contribuição Sindical dos Empregados: pagamento devido aos profissionais, categorias econômicas e profissionais liberais que deverão fazer a contribuição sindical. ■ Contribuição Sindical Patronal: estão sujeitas às contribuições sindicais as empresas em geral, as categorias econômicas, os empregadores do setor rural e, quando organizados em firma ou empresa, profissionais liberais e agentes ou trabalhadores autô- nomos. ■ Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL): todas as pes- soas jurídicas devem recolher o CSLL, que é cobrado sobre o lucro líquido da empresa. Esta contribuição visa à proteção do cidadão em caso de desemprego, aposentadoria e saúde. ■ Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (CO- FINS): tem como objetivo financiar a Seguridade Social, as áreas de saúde, previdência social e assistência social. Esta contribuição é devida por todas as empresas jurídicas privadas, incide sobre a receita bruta da empresa e é uma contribuição federal. ■ Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS): as empresas mensalmente depositam 8% (oito) por cento do salário em contas abertas em nome do empregado. Têm como finalidade dar supor- te financeiro ao trabalho em caso de demissão por justa causa, aquisição de imóvel, quitação de imóvel e em caso de doença gra- ve. O FGTS não é descontado do salário do empregado e sim uma obrigação do empregador. GESTÃO ORGANIZACIONAL22 No caso do jovem aprendiz, de 14 a 24 anos incom- pletos, que esteja cursando o ensino fundamental ou o ensino médio, a empresa deve recolher a alí- quota de 2% sobre os valores de remuneração, in- clusive sobre gratificações, para crédito na conta vinculada ao FGTS. ■ Imposto sobre operações relativas à circulação de mercado- rias e prestações de serviços (ICMS): é a sigla que identifica o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Inter- municipal e de Comunicação. ■ Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS): tem como fun- ção o pagamento de aposentadorias, auxílio reclusão, auxilio doença,pensão por morte, LOAS, salário maternidade, dentre ou- tros que se encontram definidos em lei. O recolhimento do INSS se dá na proporção de até 11% do salário pago pela empresa. Acompanhe no quadro a seguir: SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO (R$) ALÍQUOTA PARA FINS DE RECOLHIMENTO AO INSS Até 1.317,07 8% De 1.317,07 até 2.195,12 9% De 2.195,13 até 4.390,24 11% Quadro 2 - Proporção de recolhimento do INSS Fonte: Dos autores (2019) ■ Imposto sobre Produto Industrializado (IPI): esse imposto é federal, e somente é devido em importações, saída de produtos industrializados do comerciante ou de arrematação de bens de leilão. (AQUINO, 2014). ■ Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ): esse imposto é devido às empresas individuais e pessoas jurídicas. A tributação se dá nas for- mas Super Simples, Lucro Presumido, Lucro Real e Lucro Arbitrado, e para cada uma dessas formas há uma fórmula de cálculo, bem como aplicação de alíquotas que variam conforme o ramo de atividade. ■ Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF): o contribuinte de- verá declarar anualmente os rendimentos e despesas referentes ao ano anterior. Essa declaração será feita através do Imposto de Renda de acordo com a legislação vigente. ■ Imposto sobre Serviços de qualquer natureza (ISS): é de com- petência dos Municípios e do Distrito Federal e é devido quando a prestação de serviço se efetivar, devendo ser o contribuinte o prestador de serviço. LOAS Benefício de assistência ao idoso com mais de 65 anos e pessoas que tenham deficiência, des- de que a renda familiar, em ambos os casos, seja menor que ¼ do salário mínimo. A EMPRESA, SEUS OBJETIVOS E O PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL 23 ■ Programa de Integração Social (PIS): é uma contribuição devida pe- las pessoas jurídicas, para financiar o pagamento de seguro desem- prego para os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos. ■ Supersimples Federal: imposto instituído para as micro e pequenas empresas. Lembrando que não são todas que têm direito a se enqua- drar nesta categoria, é necessário que se verifique o faturamento. Os que se enquadram não precisam pagar as contribuições para o SE- NAC, SESI e SEBRAE, além de contribuição ao sindicato patronal e qualquer outro constante na Consolidação das Leis do trabalho (CLT). O supersimples unifica oito impostos: IPRJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS, INSS, ISS, ICMS. Para o pagamento dos impostos e das contribui- ções é necessário verificar o faturamento, o tipo de empresa e o enquadramento. É recomendado que essa verificação seja feita por um contador. Aqui você pôde conferir algumas determinações específicas da legis- lação, a seguir explore os conhecimentos referentes ao sistema de ges- tão integrado. 1.5. SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO Os Sistemas de Gestão Integrados (SGI), também conhecidos por ERP, são sistemas implantados nas empresas para facilitar o fluxo de infor- mação entre todas as funções dentro de uma companhia, como logísti- ca, finanças e recursos humanos. Imagine uma empresa que possui vários programas, um para folha de pagamento, outro para controlar o fluxo de mercadorias, outro para dar baixa nos estoques e assim por diante. Dessa forma, o fluxo de informa- ções fica defasado, pois os programas não estão integrados, gerando retrabalho e falta de controle, por isso a necessidade do ERP. Esse tipo de software não é comprado em lojas, deve ser criado ou adaptado por empresas de tecnologia da informação prestadoras desse serviço. Cada empresa tem uma necessidade, uma empresa do ramo alimentí- cio tem necessidades diferentes de uma empresa do ramo farmacêutico. Para os processos que são comuns na maior parte das empresas, há módulos básicos de softwares que depois podem ser desmembrados conforme as necessidades. São eles: ■ financeiro; ■ contabilidade; ■ recursos humanos; ■ ativo; CONTADOR Profissional responsável por fazer registros contá- beis de empresas, cuidar da documentação, fazer declaração de imposto de renda etc. GESTÃO ORGANIZACIONAL24 ■ processos; ■ projetos; ■ jurídico. A seguir você vai aprender sobre como é estruturado o mapa estraté- gico da empresa. 1.6. MAPA ESTRATÉGICO DA EMPRESA A identidade organizacional de uma empresa é formada pela sua mis- são, visão e valores. A seguir, você pode acompanhar a explicação de cada um desses conceitos e sua importância para uma empresa. ■ Missão – a missão da empresa é o detalhamento do que ela é, do que produz e o que se espera no futuro direcionado aos clientes e fornecedores. Para elaborar uma missão, é necessário responder a algumas questões. Por que a empresa existe? O que a empresa faz? Para quem? EXEMPLO: Fiat - desenvolver, produzir e comercializar carros e serviços que as pessoas prefiram comprar e tenham orgulho de possuir, garantindo a criação de valor e a sustentabilidade do negócio. (FIAT, 2015). Gerdau - gerar valor para nossos clientes, acionistas, equipes e a so- ciedade, atuando na indústria do aço de forma sustentável. (GERDAU, 2015). ■ Visão – é o caminho que a empresa pretende percorrer, o que e quem ela deseja ser no futuro e como ela espera ser vista pelas demais empresas e pelos clientes. São os objetivos a conquistar. EXEMPLO: Fiat - estar entre os principais players do mercado e ser referência de excelência em produtos e serviços automobilísticos. (FIAT, 2015). Gerdau - ser global e referência nos negócios em que atua. (GERDAU, 2015). ■ Valores – os valores organizacionais guiam a empresa, são o com- portamento e ideais de atitude, que devem estar presentes nas relações entre empregado e empregador, clientes, fornecedores e demais parceiros. A EMPRESA, SEUS OBJETIVOS E O PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL 25 EXEMPLO: Fiat Satisfação do cliente - ele é a razão da existência de qualquer negócio. Valorização e respeito às pessoas - são as pessoas o grande diferencial que torna tudo possível. Atuar como parte integrante do Grupo Fiat - juntos nossa marca fica muito mais forte. Responsabilidade social – é a única forma de crescer em uma sociedade mais justa. Respeito ao Meio Ambiente - é isso que nos dá a perspectiva do ama- nhã. (FIAT, 2015). Gerdau Ter a preferência do CLIENTE. SEGURANÇA das pessoas acima de tudo. PESSOAS respeitadas, comprometidas e realizadas. EXCELÊNCIA com SIMPLICIDADE. Foco em RESULTADOS. INTEGRIDADE com todos os públicos. SUSTENTABILIDADE econômica, social e ambiental. (GERDAU, 2015). Agora que você entendeu o que é a missão, visã e valores de uma em- presa você vai aprender a utilizar a ferramenta de organização e plane- jamento SWOT. 1.7. FERRAMENTA DE ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO O planejamento estratégico é o planejamento das ações em todos os setores, a fim de cumprir os objetivos da empresa. sc yt he r5 ([ 20 --? ]) GESTÃO ORGANIZACIONAL26 O termo SWOT (inglês) ou FOFA (português) significa Forças (Streng- ths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). É uma ferramenta da administração, aplicada durante o planejamen- to estratégico da empresa com a finalidade de avaliar o ambiente inter- no e externo. O ambiente interno se refere à parte interna da empresa (forças e fraquezas) e o externo, se refere às questões que estão fora do controle da empresa (oportunidades e ameaças). ■ Forças: são as vantagens que a empresa tem com relação aos concorrentes, tudo o que é o diferencial. Você pode utilizar algu- mas perguntas para ajudar a identificar as forças: quais suas me- lhores atividades? Melhores recursos? O nível de engajamento dos clientes A força é a maior vantagem competitiva e um dos pontos mais importantes, pois é a vantagem que a empresa tem se com- parada com os concorrentes. ■ Fraquezas: é tudo o que a empresa tem internamente que interfere no bom andamento, e que pode ser melhorado de alguma forma. ■ Oportunidades: encontram-se no ambiente externo da empresa, são todas as oportunidades que podem potencializar a vantagem competitiva da empresa. ■ Ameaças:encontradas no ambiente externo, a empresa não tem poder de controle sobre elas, pois podem ser uma nova legislação, mudança climática, dentre outros. S W O T Strenght Weakness Opportunity Threat Di eg o Fe rn an de s ( 20 15 ) PRATICANDO Agora é com você! Monte a sua análise SWOT pessoal e defina uma es- tratégia! Leve em consideração o seguinte: utilizar os recursos que tem disponíveis de forma eficiente para atingir os seus objetivos de estudo dessa Unidade Curricular. Com as ferramentas aprendidas neste capítulo, você poderá realizar um planejamento estratégico de forma mais clara e precisa, aumentar os resultados da organização para a qual você trabalha ou utilizar o co- nhecimento para o seu crescimento pessoal. A EMPRESA, SEUS OBJETIVOS E O PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL 27 RESUMINDO Gestão organizacional Empresa Estrutura organizacional Organograma Legislação e normas Sistema de gestão integrado Planejamento empresarial Mapa estratégico Missão, visão e valores Ferramentas de planejamento Matriz SWOT Di eg o Fe rn an de s ( 20 15 ) GESTÃO ORGANIZACIONAL28 ANOTAÇÕES CAPÍTULO 2 29NORMAS • PROCEDIMENTOS departamentos ESTRUTURA, FUNÇÕES, NORMAS E SEUS PROCEDIMENTOS DO AMBI- ENTE ADMINISTRATIVO E LOGÍSTICO ESTRUTURA, FUNÇÕES, NORMAS E SEUS PROCEDIMENTOS DO AMBIENTE ADMINISTRATIVO E LOGÍSTICO 31 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ■ Entender normas e procedimentos que são característicos das áreas e/ou atividades logísticas. ■ Diferenciar recursos consumíveis utilizados em equipamentos de escritório. ■ Identificar diferentes meios de produção e trabalho utilizados em ambientes logísticos, suas principais características e funções. ■ Reconhecer os princípios de tratamento das informações. 2.1. ORGANIZAÇÃO DE ESPAÇOS FÍSICOS EM AM- BIENTES DE LOGÍSTICA A organização dos espaços físicos é chamada de leiaute e é fundamen- tal para o melhor aproveitamento do espaço físico, podendo, assim, di- minuir o tempo de produção. Utilizando um sistema de leiaute, a empresa obtém algumas vanta- gens significativas: o produto fica mais fácil de ser localizado, aceleran- do assim a produtividade, reduzindo as perdas nas estações de traba- lho, minimizando o desperdício e, consequentemente, reduzindo os custos de produção. Para facilitar o processo de elaboração do leiaute da área de produção, é aconselhável fazer um organograma da produção. Para elaborar esse cronograma, há fatores a serem considerados, conforme você pode ve- rificar a seguir: a. fator territorial - o acesso tanto para o trabalhador quanto para o cliente e fornecedores (localização), bancos, energia, internet, segurança, transporte de fácil acesso, estacionamento, dentre outros; b. distribuição do espaço - poderá ser feita através de um esboço (desenho) dos espaços, dos banheiros, da disposição das máqui- nas na área de produção, do refeitório, do vestiário, estoque etc.; c. distribuição do mobiliário - para o leiaute do mobiliário, você deve levar em consideração alguns aspectos, como a produtivi- dade, diminuição de perdas, redução do tempo entre uma ope- ração e outra, economia de espaço, fácil acesso às máquinas e a facilidade na troca de informações; d. condições de trabalho - aspectos referentes ao aproveitamento da iluminação natural ou artificial, ventilação (ventilador e/ou ar condicionado), questões de higiene, janelas, ruídos e, princi- palmente, as estações de trabalho devem ter uma preocupação especial com a ergonomia. GESTÃO ORGANIZACIONAL32 Di eg o Fe rn an de s ( 20 15 ) Ergonomia é o estudo da interação entre homem e máquina, visando à adaptação da máquina para o conforto do trabalho do operador, evi- tando assim acidentes durante o trabalho e buscando a segurança do trabalhador. A ergonomia cognitiva, como o próprio nome diz, está ligada ao controle motor, percepção, memória. Analisa até que ponto a relação do trabalho com o homem é prejudicial, em algumas áreas: vigilância, carga mental, tomada de decisão, homem/computador, erro humano e treinamento. É feita diretamente na estação de trabalho e com o colaborador. A ergonomia organizacional ocorre na empresa, ou seja, alguns as- pectos são modificados e/ou melhorados. São os turnos de trabalho di- ferenciados, cargas de trabalho em menor escala, trabalho em equipe, trabalho a distancia, ética e motivação. As Lesões por Esforços Repetitivos (LER), e as denomi- nadas Doença Osteomuscular relacionada ao traba- lho (DORT), constituem o principal grupo de proble- mas à saúde, reconhecidos pela sua relação laboral. O termo DORT é muito mais abrangente que o termo LER, constante hoje das relações de doenças profissionais da Previdência. ESTRUTURA, FUNÇÕES, NORMAS E SEUS PROCEDIMENTOS DO AMBIENTE ADMINISTRATIVO E LOGÍSTICO 33 FIQUE POR DENTRO Conheça um pouco mais sobre a norma regulamentadora da ergono- mia nas empresas, a NR 17, disponível no site do Ministério do Traba- lho e Emprego. 2.2. DEPARTAMENTOS ADMINISTRATIVOS As organizações são divididas por departamentos administrativos que possuem funções específicas. A seguir você irá conhecer os tipos mais comuns de departamentos, suas atividades, como funcionam e os seus principais objetivos. 2.2.1. RECURSOS HUMANOS O departamento de Recursos Humanos (RH) deve ter um conjunto de habilidades a fim de potencializar o capital humano dentro da empresa. As funções deste departamento são recrutar, reter e demitir colabora- dores, avaliar o desempenho, elaborar planos de cargos e salários, in- tegrar a empresa como um todo, promover o treinamento do pessoal, motivar, resolver conflitos e, ainda, tratar com sindicatos e as relações de trabalho. O objetivo do RH é manter o colaborador alinhado à políti- ca da empresa (missão, visão e valores). 2.2.2. MARKETING Este departamento tem a função de auxiliar no planejamento estra- tégico, pois, conforme você viu anteriormente, para que haja eficiência no planejamento você deve definir objetivos, metas e estratégia. Para que isso ocorra é necessário saber sobre a empresa e seu concorrente (mercado), o seu público-alvo (desejos, classe social e comportamen- to), elaborar um mapeamento das regiões em que o produto é comer- cializado e verificar quais os pontos de venda que mais se destacam e, para aqueles que menos vendem, o departamento de marketing deve reconhecer as oportunidades e elaborar medidas de comunicação para alavancar as vendas. 2.2.3. DEPARTAMENTO FINANCEIRO O departamento financeiro é responsável pelo manuseio de todo o capital que a empresa gera, pela elaboração de fluxo de caixa, demons- trativos de resultados, captação e investimento dos recursos da empre- sa, gerenciamento de contas a pagar e receber, elaboração de relatórios e planejamento financeiro, controle e conciliação bancária. GESTÃO ORGANIZACIONAL34 2.2.4. LOGÍSTICA A logística gerencia a cadeia de abastecimento, ela aprimora, avalia, planeja, armazena, distribui e implementa o sistema de abastecimento de forma rápida e segura. Atua em controladoria, almoxarifados e expe- dição, gerencia e controla estoques, e monitora todo o sistema desde o ponto de origem ao ponto de consumo. m on ke yb us in es si m ag es ([ 20 --? ]) Além das funções já estudadas sobre a logística, você deve ver, também, que existe uma logística reversa, que nada mais é que o retorno do pro- duto ao seu ponto de fabricação. Tem como objetivo o reaproveitamento dos resíduos sólidos, minimizando volume de resíduos, rejeitos e, princi- palmente, o impacto ambiental e a retirada de matéria-prima do planeta. 2.3. TRATAMENTO DE INFORMAÇÕES No mercado de trabalho, na educação e na vida, as informações, a éti- ca e os valores possuem uma grande importância. Muitas vezes podem se caracterizar com subjetividade, pois dependem de fatores externos, do jul- gamento das pessoas e principalmente do cenário em que está inserido. Na sequência, você conseguirá entender melhor como funcionam asinformações, por meio de exemplos do dia a dia. 2.3.1. PRINCÍPIOS ÉTICOS Ética são os valores morais e princípios que orientam o homem dentro de uma sociedade. Serve para equilibrar as atitudes sociais, não deven- do ser confundida com lei, pois a ética está relacionada a sentimentos de justiça social. ESTRUTURA, FUNÇÕES, NORMAS E SEUS PROCEDIMENTOS DO AMBIENTE ADMINISTRATIVO E LOGÍSTICO 35 EXEMPLO: Existem países que aceitam a utilização e o sacrifício de animais para pesquisas científicas, e outros países não aceitam. Nesses países que não aceitam, utilizar animais seria um desrespeito ao princípio ético. A ética é construída com base em valores culturais e históricos da so- ciedade. Existe também ética para determinados grupos, como ética profissional, ética educacional, ética médica, ética nos esportes, ética na política, dentre outras. Você verá, agora, a ética profissional no ambiente de trabalho, pois ela é necessária para o bom andamento da empresa, tanto nas atividades diárias quanto nas relações entre funcionários. A ética no trabalho proporciona algumas vantagens: ■ ambiente de trabalho agradável; ■ aumento e agilidade na produção; ■ maior interação entre funcionários. A ética no trabalho compreende o compartilhamento de informações e respeito entre colegas de trabalho, respeito à hierarquia, clima agradável que surge através de ações e do comportamento dos trabalhadores (bom humor), respeito às regras e normas da empresa, entre outros. A ética é um princípio que as pessoas têm desde a infância. É um valor que se adquiriu em casa, com amigos, enfim, no dia a dia da vida. REFLITA Desprezar os serviços do concorrente ou falar mal do trabalho de um colega para seu chefe são atitudes antiéticas. No caso do serviço, ele é percebido negativamente pelo consumidor, gerando desconfiança. No caso do colega de trabalho, o chefe ficará atento ao colega e a você, e também causará má impressão. Agir eticamente não é fácil num mercado de trabalho tão competitivo como o atual, mas são essas diferenças de comportamento que fazem com que o colaborador se destaque e consiga ocupar melhores cargos na empresa, pois deixa seus superiores com a certeza de que em situa- ções adversas o colaborador será justo e imparcial. O comportamento do ser humano, em geral, é um tema muito rico e deve ser explorado com profundidade, pois geralmente o diferencial das empresas de sucesso é o reflexo das relações humanas. GESTÃO ORGANIZACIONAL36 2.3.2. VALORES Valores são características que uma organização ou uma pessoa pos- sui e que determinam como interagem e se comportam entre si e com o meio ambiente. Valor é prestígio, competência, virtude, mérito, talento, coragem, va- lentia, atributo pessoal que incita respeito, portanto, podemos dizer que, valores humanos são valores morais e que atingem diretamente o comportamento do indivíduo. Podemos considerar, ainda, que valores morais podem ser sociais e éticos, e são compostos de regras para uma boa convivência em sociedade. Quanto aos valores de uma empresa, estes são crenças e atitudes que determinam a gestão da empresa. Uma empresa voltada para a responsabilidade sustentável, geralmente se fundamenta na qualidade, valorização, transparência, honestidade, respeito, responsabilidade so- cial e ambiental, dentre outros. Uma empresa define valores para alcan- çar processos internos fortes e com uma visibilidade externa diferenciada, do ponto de vista do cliente, gerando bons resultados e relacionamentos. EXEMPLO: Hospital Israelita Albert Einstein Valores: Mitzvá, Refuá, Chinuch e Tsedaká, ou seja, Boas Ações, Saúde, Educação e Justiça Social. Foram esses os preceitos judaicos que moti- varam médicos da comunidade judaica a fundar a Sociedade Beneficen- te Israelita Brasileira Albert Einstein há mais de 50 anos. Somados aos valores organizacionais (Honestidade, Verdade, Integridade, Diligência, Competência e Justiça), eles norteiam as atividades e os colaboradores da instituição. (Sociedade Beneficente Israelita Brasileira, 2015) 2.3.3. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA Informação é todo e qualquer dado ou conteúdo que tenha impor- tância para uma empresa ou pessoa. A segurança da informação é a proteção desses dados ou conteúdos, podendo estar restrita ou de livre acesso ao público. A segurança da informação pode ser danificada por fatores compor- tamentais, meio ambiente (umidade), infraestrutura (Portas / trancas / paredes / blindagem / guardas / etc.). Informação é todo e qualquer dado ou conteúdo que tenha impor- tância para uma empresa ou pessoa. A segurança da informação é a proteção desses dados ou conteúdos, podendo estar restrita ou de livre acesso ao público. A segurança da informação pode ser danificada por fatores compor- tamentais, meio ambiente (umidade), infraestrutura (Portas / trancas / paredes / blindagem / guardas / etc.). ESTRUTURA, FUNÇÕES, NORMAS E SEUS PROCEDIMENTOS DO AMBIENTE ADMINISTRATIVO E LOGÍSTICO 37 Al ex an de r B ed rin ([ 20 --? ]) Conheça alguns controles de segurança que são utilizados para a prote- ção da informação. Físicos São obstáculos que impedem o acesso direto à informação. Mecanismos de infraestrutura que auxiliam são portas, trancas, paredes, blindagem, guardas etc. Lógicos São barreiras que impedem o acesso à informação de forma eletrônica. Alguns mecanismos de segurança que apoiam os controles lógicos: a. mecanismos de cifração (chave secreta); b. assinatura digital (dados criptografados) garante a integri- dade e a autenticidade, mas não a confidencialidade; c. controle de acesso (sistemas biométricos, cartão de aces- so, palavras-chave); d. mecanismos de certificação que reconhecem a validade de um documento. 2.3.4. CONFIDENCIALIDADE Confidencialidade é o sigilo das informações usadas em segurança para proteção, e não poderão ser divulgadas nem disponibilizadas a qualquer indivíduo sem autorização do proprietário da informação. A confidencialidade é um princípio ético associado a várias profissões (direito, psicologia, medicina, jornalismo etc.). As informações com al- guns desses profissionais são “privilegiadas” e não podem ser divulga- das a terceiros, sendo passível de penas em caso de violação. GESTÃO ORGANIZACIONAL38 FIQUE POR DENTRO A confidencialidade foi definida pela Organização Internacional de Normalização (ISO) na norma ISO/IEC 17799. 2.4. MEIOS DE PRODUÇÃO E TRABALHO Os meios de produção devem ser conhecidos por todos os membros da empresa e são instrumentos para auxiliar o dia a dia no movimento das in- formações na reprodução e no arquivamento de documentos. Por exemplo, uma fotocopiadora é utilizada para reproduzir documentos através do uso da tecnologia. A cópia que é feita na fotocopiadora é chamada de fotocópia ou xerocópia, que popularmente chamamos de xerox. O nome xerox é utili- zado popularmente porque a empresa inventora foi a “XEROX”. Sm ile us ([ 20 --? ]) A impressora é um periférico (assim como qualquer equipamento ou acessório que seja ligado à CPU, que envia e recebe informações), quan- do ligado ao computador. Tem a função de imprimir textos, gráficos, fo- tos, dentre outros. ESTRUTURA, FUNÇÕES, NORMAS E SEUS PROCEDIMENTOS DO AMBIENTE ADMINISTRATIVO E LOGÍSTICO 39 Ry an M cV ay ([ 20 --? ]) Existem vários tipos de impressoras, que foram evoluindo ao longo do tempo, como: ■ impressora de impacto, chamadas de matriciais; ■ impressora de jato de tinta, que utiliza cartuchos de tinta para a impressão; ■ impressora a laser, que utiliza toner para a impressão; ■ impressora térmica, que é rápida, mais econômica e mais silenciosa, utilizada como fax e para impressão de cupom fiscal, porém, o papel térmico utilizado desbota com o tempo; ■ impressora solvente, que é utilizada pelos grandes varejistas, em- presas gráficas, entre outras, e utiliza tinta a base de solvente, sendo ideal para a impressão de adesivos automotivos, banner, faixas, outdoors, ampliações,entre outros. ■ plotter, que é utilizada em estúdios de arquitetura. vt ls ([ 20 --? ]) GESTÃO ORGANIZACIONAL40 O escâner (do inglês scanner) ou digitalizador é um periférico que é utilizado para digitalizar documentos, fotos, gráficos, textos já impres- sos, ou seja, se você tiver um documento impresso, é possível com o escâner fazer uma cópia para enviar por e-mail, guardar ou imprimir. Existem dois tipos de escâner. O digitalizador de mão, que deve ser passado manualmente por cima do documento e depois transferido para o computador (não é muito utilizado, pois podem aparecer muitas falhas na transferência). O outro tipo é o digitalizador de mesa. Este é semelhante a uma fotocopiadora, onde o documento é colocado virado para baixo, captura a imagem e a transfere para o computador. Hoje, com os avanços da fotografia, já estão se utilizando câmeras fo- tográficas digitais para capturar imagens e texto de livros. Outro instrumento é o projetor, que pode ser exibido direto da tela do computador, de forma ampliada em telão ou até mesmo na parede, sendo possível assistir vídeos, slides, fotos etc. São aparelhos de fácil manuseio, encontrados em escolas, empresas. São muito utilizados para apresenta- ção em reuniões e trabalhos escolares, pois possibilitam que várias pessoas possam assistir ao mesmo tempo. Os projetores de vídeos chamados de data-show são utilizados em ambientes que tenham boa luminosidade, para melhor visibilidade de quem está assistindo. E, por último, e menos utilizado atualmente, o fax ou telefax (abrevia- turas de facsimile e telefacsimile), utilizados para transferência de docu- mentos, utilizando a rede telefônica para sua transmissão. As máquinas de fax foram substituídas por sistemas computadoriza- dos que evitam a impressão desnecessária diminuindo, assim, os cus- tos, pois os computadores têm a capacidade de armazenar, receber e reenviar, sem que precise ser impresso o documento. 2.5. RECURSOS CONSUMÍVEIS: OTIMIZAÇÃO E RACIONALIZAÇÃO DE RECURSOS Otimizar é aplicar formas de selecionar o melhor e mais rápido meio de atingir os objetivos determinados. Você pode otimizar produtividade, processos, tempo etc. Para isso, é pre- ciso definir prioridades para obter maior eficácia (fazer as coisas certas) e eficiência (fazer certo as coisas), para assim adquirir melhores rendimentos. ESTRUTURA, FUNÇÕES, NORMAS E SEUS PROCEDIMENTOS DO AMBIENTE ADMINISTRATIVO E LOGÍSTICO 41 er hu i1 97 9 ([2 0- -? ]) Um exemplo de otimização é a organização dos documentos em pas- tas com algum código, a fim de aperfeiçoar e agilizar o tempo, de forma rápida e eficiente. A racionalização trata da utilização racional dos recursos existentes, ou seja, desde a mão de obra, materiais, ferramentas, energia, meios de transporte, dentre outros. Isso é possível por meio da mudança organizacional dos processos e da adequação tecnológica, considerando que qualquer utilização de recurso desnecessário à produção deve ser caracterizada como desperdício. Para o sucesso, é necessária uma mudança de cultura no ambiente, sen- do necessária a participação de todos, além de equipes multidisciplinares e parcerias. Os profissionais que atuarem deverão antecipar ações, medindo os recursos materiais e humanos, maquinário, matéria-prima. Cabe lembrar que o planeta vive uma crise de energia, de água e a busca por melhor aproveitamento dos recursos é papel de todos os in- divíduos, seja na reutilização de água ou no uso de energia renovável. A adoção da terceirização de atividades em uma empresa, ou seja, a contratação de terceiros, é uma forma de racionalizar recursos financei- ros, aumentar a lucratividade e qualidade. Racionalizar é alcançar um objetivo com o menor consumo possível, ou um meio de produzir de forma organizada, aumentando assim o rendimento com o mínimo esforço possível reduzindo, ainda, o custo. GESTÃO ORGANIZACIONAL42 Com a implantação da racionalização, você pode transformar traba- lhos de alta complexidade em trabalhos mais simples e práticos. RESUMINDO G es tã o or ga ni za ci on al Le ia ut e D ep ar ta m en to s N or m as e pr oc ed im en to s Tr at am en to d e in fo rm aç õe s M ei os d e pr od uç ão e tr ab al ho Re cu rs os co ns um ív ei s Fl ux o de tr ab al ho Er go no m ia Re cu rs os hu m an os Té cn ic os Ét ic a Fo to co pi ad or a Fi na nc ei ro D e qu al id ad e Va lo re s Im pr es so ra M ar ke ti ng A te nd im en to ao c lie nt e Lo gí st ic a A m bi en ta is D e sa úd e e se gu ra nç a Se gu ra nç a Co n� de nc ia lid ad e Es câ ne r Pr oj et os Fa x Di eg o Fe rn an de s ( 20 15 ) FERRAMENTAS DE QUALIDADE 43 CAPÍTULO 3 QUALIDADE • FERRAMENTAS 5S • PDCA FERRAMENTAS DE QUALIDADE 45 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ■ Conhecer ferramentas básicas da qualidade, suas principais ca- racterísticas e finalidades. 3.1. QUALIDADE A qualidade está relacionada à cultura, a um produto ou serviço, e a percepção do indivíduo, suas expectativas e necessidades, ou seja, o atendimento completo das necessidades de um cliente e depende de implantação de processos para uma melhoria contínua. Hoje, fala-se muito sobre vários tipos de qualidade: qualidade de um produto, qualidade de um serviço, qualidade de ensino, qualidade devi- da. Para todos esses casos, os objetivos são bem parecidos, pois a preo- cupação está em: ■ satisfazer as necessidades dos clientes - utilizar a qualidade d for- ma a atender o que o cliente necessita com o que se produz na empresa; ■ aumentar a produtividade - utilizar a qualidade para diminuir cus- to e diminuir todas as falhas internas do produto ou serviço; ■ promover a realização socioprofissional dos trabalhadores - utilizar ■ a qualidade para promover a motivação dos profissionais. A qualidade pode, ainda, ser definida sob várias perspectivas que, apesar de diferentes, são complementares, como: ■ qualidade quanto ao desempenho do produto - o aumento da ■ qualidade está relacionado ao aumento de custo, porém, gera sa- tisfação ■ sob a ótica do cliente; ■ qualidade quanto à existência de deficiências - o objetivo é redu- zir desperdícios, encargos após a venda e melhoria da imagem da empresa, através do aumento da qualidade em todas as fases da produção, motivando a diminuição do custo. A qualidade total é decorrente da aplicação da melhoria contínua (Fi- losofia Kaizen) nos processos de uma organização, e tem como objetivo implicar toda a empresa, bem como fornecedores, distribuidores e de- mais parceiros. Conforme abordado anteriormente, os conceitos de qualidade de ser- viços e produtos são usados em várias áreas, através de indicadores de qualidade e normas, como a ISO 9000, ISO 9001, ISO 14000 e outras que promovem a normatização a fim de manter a qualidade permanente, padronizada e constante nas empresas. Qualidade Total é um conjunto de ferramentas, programas e métodos, aplicados no controle do processo de produção das empresas, a fim de obter bens e serviços pelo menor custo e melhor qualidade, objetivan- do atender as exigências e a satisfação dos clientes. Chiavenato (2014) nos apresenta uma lista chamada “Os 10 manda- mentos da Qualidade Total”. Acompanhe a seguir: GESTÃO ORGANIZACIONAL46 1. Satisfação do cliente O cliente deve ser a pessoa mais importante da empresa, pois sem ele o que seria dela? 2. Delegação Delegação é você conseguir colocar o poder de de- cisão mais próximo de onde acontece a ação, dessa forma reduzindo os gargalos e demora nas soluções. 3. Gerência Significa liderar e não impor ou controlar, é motivar, delegar atribuições, mobilizar esforços, ou seja, transformar equipes autônomas e integradas. 4. Melhoria contínua A organização precisa estar aberta as rápidas mu- danças do mercado, utilizando o aperfeiçoamento continuo a fim de superar as expectativas do cliente.5. Desenvolvimento das pessoas Proporcionar o desenvolvimento das pessoas nas organizações, pois a maioria gostaria de mostrar suas competências e habilidades, multiplicando assim o potencial e a iniciativa. 6. Disseminação de informações A organização como um todo deve obter as mesmas para que a busca pelos resultados torne-se mais significativa. 7. Não aceitação de erros É melhor prevenir do que consertar tentar fazer certo da primeira vez reduz o índice de retrabalho. O padrão de desempenho deverá sempre ser erro zero, buscando assim sempre a perfeição constante. 8. Constância de propósitos O planejamento dos objetivos deve ser feito de for- ma participativa e integrada a fim de obter confiança nas ações, portanto constância de propósitos é fundamental. 9. Garantia de qualidade A documentação escrita registra o percurso perco rido e o a percorrer, sendo de extrema importância a busca pela sistematização dos processos. 10. Gerência de processos As barreiras departamentais e hierárquicas de- vem ser removidas para a obtenção de resultados positivos na organização, promovendo integração e eficiência. Quadro 3 - Os 10 mandamentos da Qualidade Total Fonte: Adaptado de Chiavenatto (2014) Quando se trata de qualidade, alguns termos acabam tendo o seu significado confundido, como é o caso de “eficiência” e “eficácia”, que muitas vezes são empregados de forma incorreta. A eficiência preocupa-se com os métodos, procedimentos e os meios para a melhor execução das coisas, a fim de otimizar recursos (máqui- nas, matéria-prima, pessoas) e aplicá-los de forma racional. Eficiência é FERRAMENTAS DE QUALIDADE 47 realizar as coisas de maneira adequada, resguardar os recursos aplica- dos e resolver problemas. A eficácia indica o grau de sucesso obtido nos resultados. A eficácia visa aos resultados alcançados independente dos recursos utilizados, ou seja, conseguir atingir o objetivo. É possível atingir o ótimo e conse- guir a eficácia e eficiência juntas, de forma a obter o resultado almejado utilizando o mínimo de recurso. Você pode atingir um resultado (eficácia), mas os recursos utilizados para atingir o resultado foram desproporcionais (falta de eficiência). EXEMPLO: ■ Cavar um poço com toda a técnica de engenharia é eficiência, achar a água é eficácia. ■ Atender um cliente com resultado satisfatório é eficiência, o cliente solicitar novamente os seus serviços é eficácia. ■ Prospectar 30 clientes no mês é eficiência, fechar o contrato é eficácia. Lembre-se de que a qualidade não é mais um diferencial, e sim, es- sencial para a sustentabilidade das empresas. A seguir, você continuará seus estudos aprendendo sobre as ferramentas da qualidade. 3.2. FERRAMENTAS DA QUALIDADE Ferramentas da qualidade são as técnicas usadas nos processos de gestão da qualidade, podendo ser aplicadas em todos os tipos de em- presas, e têm como objetivo propor soluções para problemas que são encontrados e que interferem no bom desempenho dos processos nas empresas. Começaram a ser utilizadas na década de 1950, com base em conceitos e práticas e aplicando a estatística. 3.2.1. TIPOS, CARACTERÍSTICAS E FINALIDADES DAS FERRAMEN- TAS DE QUALIDADE Utilizando essas ferramentas da forma correta, os resultados serão muito positivos, reduzindo os custos, o tempo nos processos, entre ou- tros benefícios. Agora você irá estudar cada uma dessas ferramentas e suas aplicações. PROGRAMA 5S O 5S tem como objetivo a melhoria do ambiente em que se trabalha, seja físico ou não, proporcionando eficiência quanto à destinação dos materiais, uma visão crítica do ambiente de trabalho e a distinção do que é necessário do desnecessário, além da visão da desorganização, GESTÃO ORGANIZACIONAL48 sujeira e outras irregularidades do ambiente. 5S Seiton ordenação Seisou limpeza Seiketsu normalização Shitsuke auto disciplina Seiri utilização Di eg o Fe rn an de s ( 20 15 ) Figura 9 - 5S Fonte: Dos autores (2019) ■ Seiri: senso de utilização. Refere-se à prática de verificar todas as ferramentas, materiais etc. na área de trabalho e manter somente os itens essenciais para o trabalho que está sendo realizado. Tudo o mais é guardado ou descartado. Este processo conduz a uma diminuição dos obstáculos à produtividade do trabalho. ■ Seiton: senso de ordenação. Enfoca a necessidade de um espaço organizado. A organização, neste sentido, refere-se à disposição das ferramentas e dos equipamentos em uma ordem que permita o fluxo do trabalho. Ferramentas e equipamentos deverão ser dei- xados nos lugares onde serão posteriormente usados. O processo deve ser feito de forma a eliminar os movimentos desnecessários. ■ Seisou: senso de limpeza. Designa a necessidade de manter o mais limpo possível o espaço de trabalho. A limpeza, nas empre- sas japonesas, é uma atividade diária. Ao fim de cada dia de tra- balho, o ambiente é limpo e tudo é recolocado em seus lugares, tornando fácil saber o que vai aonde, e saber onde está aquilo que é essencial. O foco deste procedimento é lembrar que a limpeza deve ser parte do trabalho diário, e não uma mera atividade oca- sional quando os objetos estão muito desordenados. ■ Seiketsu: senso de normalização. Criar normas e sistemáticas que todos devem cumprir. Tudo deve ser devidamente documentado. A gestão visual é fundamental para fácil entendimento de cada norma. ■ Shitsuke: senso de autodisciplina, costume. Manutenção de pa- drões, mesmo que tenham sido estabelecidas novas melhorias ou ferramentas de trabalho é sempre bom revisar os quatro princí- pios anteriores. FERRAMENTAS DE QUALIDADE 49 PDCA O conceito de PDCA é aplicado em melhorias de uma organização pos- sibilitando uniformizar as informações do controle de qualidade e, uma vez que as informações se tornem claras, haverá uma menor probabili- dade de erros, visando a melhoria contínua nos processos e produtos, pois repetir o ciclo PDCA pode deixar você mais perto do objetivo. Acompanhe as etapas do PDCA: PLAN DO ACT CHECK O planejamento é o primeiro passo do ciclo PDCA, e deve ser elaborado segundo as diretrizes da empresa. Estabelecer os objetivos é um cami- nho para atingi-los e definir o método para alcançar o sucesso do plano. Fazendo o planejamento, você consegue prever possíveis erros e mini- mizar o tempo para as outras fases. “DO” como o nome mesmo diz, é fazer, colocar a mão na massa, exe- cutar o plano. Após executar as ações planejadas é necessário checar o que foi realizado, medindo os resultados. Essa fase é o C (check) do ciclo. E a última fase é o A (ação), ou seja, corrigir tudo que foi identificado na fase anterior e retornar ao início do ciclo para planejar novamente. GESTÃO ORGANIZACIONAL50 FLUXOGRAMA O fluxograma é a representação gráfica do caminho que documentos, materiais em geral e operações percorrem pelos departamentos da em- presa. al ex al do ([ 20 --? ]) A função do fluxograma é permitir a clara compreensão dos processos de uma empresa em seus diversos departamentos, visando à minimiza- ção, simplificação e diminuição dos processos. Você não pode confundir fluxograma, que é a representação gráfica dinâmica, e o organograma, que representa as funções e cargos de uma empresa (exemplo: presidente, diretores, gerente etc.) Seguem algumas definições de símbolos utilizados para a elaboração de um fluxograma: ■ o início e fim do fluxograma geralmente são representados por cír- culos alongados; ■ utiliza-se a seta para indicar o sentido do fluxo (não deve passar uma por cima da outra); ■ utilizam-se retângulos para as ações praticadas (utilizar o verbo no infinitivo - fazer, elaborar, dizer,... para iniciar as ações); ■ utilizam-se losangos para indicar alternativas/temas (tendo sem- pre duas saídas); ■ utilize texto simples, claro e resumido. DIAGRAMA DE PARETO O Diagrama de Pareto é um recurso gráfico e uma das sete ferramen- tas básicas da qualidade. É utilizado para a identificaçãoe classificação das causas de perdas que devem ser sanadas. O objetivo do diagrama é definir e compreender qual a medida/ação que trará melhor resultado, priorizando-a. A maioria das causas é co- FERRAMENTAS DE QUALIDADE 51 mum e poucas são essenciais, o diagrama tem a função de esclarecer quais os pequenos problemas que causam grandes perdas. É composto por um gráfico de barras em ordem decrescente das fre- quências dos eventos/ocorrências, incluindo valores em porcentagem e o acumulado destas ocorrências para melhor identificação e avaliação do acumulo das ocorrências. Iv ar y ([2 0- -? ]) BRAINSTORMING Brainstorming é uma expressão inglesa formada pela união das pa- lavras “brain”, que significa cérebro, intelecto, e “storm”, que significa tempestade. No Brasil é chamada de “tempestade de ideias”. GESTÃO ORGANIZACIONAL52 ch at ch ai su ra kr am ([ 20 --? ]) O brainstorming é uma técnica utilizada para resolver algum problema específico, para desenvolver ideias criativas, estimular o pensamento criativo, desenvolver novos projetos. É utilizada, na maioria das vezes, em dinâmicas de grupo, publicidade e propaganda, marketing e gestão de processos. A técnica utilizada é a reunião de um grupo de pessoas onde: ■ é escolhido um facilitador que tem a função de definir o objetivo; ■ divide-se em grupos de até 10 pessoas; ■ define-se o local para a realização do brainstorming, local esse es- timulante; ■ o prazo será de 10 minutos para que cada pessoa exteriorize suas ideias, proibido críticas sobre as ideias para evitar inibições; ■ as ideias devem ser de conhecimento de todos e deverão ser escri- tas/registradas em local visível de todos os participantes (quadro, lousa, cartaz...), devendo ser eliminadas as ideias em duplicidade; ■ seleciona-se as melhores ideias (consenso do grupo todo), não se descartam as demais ideias, pois, podem ser reformuladas, modi- ficadas ou combinadas com outras que foram apresentadas, ge- rando assim oportunidades iguais aos participantes. DIAGRAMA DE ISHIKAWA O Diagrama de Ishikawa, Diagrama de Fishbone, Diagrama de Causa e Efeito ou Espinha de Peixe foi desenvolvido para facilitar a identificação e estruturar hierarquicamente os fatores que necessitam de melhoria ou causas de um determinado problema. FERRAMENTAS DE QUALIDADE 53 Causa Causa Causa Causa Causa Causa Causa Causa Causa Causa Subcausa Subcausa Subcausa Subcausa Subcausa Su bc au sa Meio ambiente Método Máquina Medida Material Mão de obra Problema Diagrama de Ishikawa Di eg o Fe rn an de s ( 20 15 ) Figura 10 - Diagrama de Ishikawa Fonte: Portal Administração Os problemas estudados no diagrama iniciam-se com as perguntas: Por que ocorre este problema? Quais as causas deste problema? O dia- grama de Ishikawa é uma das sete ferramentas da qualidade e é uma ferramenta gráfica utilizada na administração, controle de qualidade e gerenciamento. Para elaborar o Diagrama de Ishikawa, você deve seguir os passos abaixo: 1. Definição do problema: definir o problema, o tema a ser abor- dado e o objetivo. 2. Estruturação do problema: reunir todas as informações que dispuser sobre o problema. 3. Agrupamento das informações: reunir uma equipe com inte- grantes de diversas áreas que tenha relação direta com o proble- ma e apresentar informações por meio do brainstorming. 4. Classificação das causas: definir as principais causas a fim de identificar a que mais influência no problema e possíveis solu- ções. Uma vez definida as causas, elaborar um plano de ação, com responsáveis e prazos. 5. Conclusão do diagrama: elaborar o diagrama de acordo com os 6M em suas categorias e as possíveis subcausas. Acompanhe, a seguir, um exemplo de Diagrama de Ishikawa: GESTÃO ORGANIZACIONAL54 Carregamento Intens. do fogo Intens. Média Disposição Pressa Treinamento Carregadeira Tipo Número Terra (%) Variedade Queima Chuva Solo Formigas Corte Di eg o Fe rn an de s ( 20 15 ) Figura 11 - Diagrama de Ishikawa Fonte: Qualidade Total 5W2H 5W2H é uma ferramenta indicada para a tomada de decisão sobre os principais elementos que servirão de orientação para alcançar um ob- jetivo. A base do processo está situada na resposta a sete perguntas essen- ciais, e essa resposta pode ser negativa ou positiva. Os W e H são: ■ O Que (What)? ■ Quando (When)? ■ Por quê (Why)? ■ Onde (Where)? ■ Quem (Who)? ■ Como (How)? ■ Quanto (How Much)? A resposta obtida pode ser utilizada no planejamento estratégico ou isoladamente. FERRAMENTAS DE QUALIDADE 55 5W2H Quanto Que Quem Como Quando Onde Por que Di eg o Fe rn an de s ( 20 15 ) Figura 12 - 5W2H Fonte: Adaptado de Portal do Marketing (2014) Ao usar a ferramenta, será preciso pensar nos seguintes pontos: ■ O que deve ser feito? ■ Por que deve ser implementado? ■ Quem é o responsável pela ação? ■ Onde deve ser executado? ■ Quando deve ser implementado? ■ Como deve ser conduzido? ■ Quanto vai custar a implementação? Acompanhe, a seguir, um exemplo: Planejamento de uma viagem a Salvador, para o Natal e Réveillon What / O que? Uma viagem de fim de ano Why / Por quê? Lazer, descanso Who / Quem? Eu e minha família Where / Onde? Salvador (BA) When / Quando? Entre os dias 26/12 e 01/01 How / Como? De avião How much / Quanto custa? R$ 5.200,00 por pessoa Quadro 4 - Exemplo 1 de tabela 5W2H Fonte: Adaptado de Periard (2011) GESTÃO ORGANIZACIONAL56 O 5w2h é muito utilizado também para planejar mudanças na empre- sa, sejam elas estruturais, de pessoal ou mesmo financeiras. Na verda- de, esta é a função principal da ferramenta, que posteriormente passou a ser usada fora das empresas também. O exemplo a seguir contempla uma situação em que a empresa precisa reduzir seus gastos com o con- sumo de água em até 35%. Confira as etapas da mudança: What / O que? Redução do consumo excessivo de água na indústria. Why / Por quê? O consumo de água está elevado. Alguns pontos de desperdício foram identifi- cados e precisam ser eliminados. Os funcionários também desperdiçam água nos banheiros. Who / Quem? Operários da empresa, responsáveis pelo encanamento e manutenção. Where / Onde? Reservatório e canos de distribuição de água. When / Quando? De 23 a 30 de dezembro de 2014. How / Como? Manutenção, troca de tubulações antigas, instalação de torneiras automatizadas e conscientização dos colaboradores. How much / Quanto custa? A manutenção custará 5.600,00 e repre- sentara 35% de economia nas contas de agua. Quadro 5 - Exemplo 2 de tabela 5W2H Fonte: Adaptado de Periard (2011) TÉCNICA GUT Utiliza-se a Técnica GUT para ordenar a importância das ações, a fim de priorizar a tomada de decisão que menos prejudique a empresa. Pode ser realizada individualmente, porém, em grupo o resultado é melhor. Primeiramente, é necessário enumerar os problemas relacionados às atividades desenvolvidas no departamento, na empresa, nas tarefas diárias. A ferramenta GUT (Gravidade, Urgência e Tendência do aconte- cimento) serve para definir prioridades. FERRAMENTAS DE QUALIDADE 57 IMPORTÂNCIA = G X U X T G GRAVIDADE É um fator de impacto dependendo dos objetivos da empresa, pode ser financeiro. U URGÊNCIA É o fator tempo. T TENDÊNCIA É o fator do padrão de desenvolvimento, pode piorar ou melhorar. Quadro 6 - Ferramenta GUT Fonte: Dos autores (2019) Na elaboração da GUT você deve atribuir uma nota para cada proble- ma, de acordo com os aspectos principais que são descritos a seguir. ■ Gravidade - o impacto, intensidade, profundidade do problema caso venha a acontecer, sendo avaliado sob alguns os aspectos, tais como pessoas, resultados, tarefas, processos etc. Lembre-se de que deve ser analisado os efeitos, caso o problema não se resolva. ■ Urgência - representa o prazo, o tempo que é preciso para a so- lução do problema. Quanto maior a urgência, o tempo disponível para a solução do problema será menor. Pode ser feita