Logo Passei Direto
Buscar
Material

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

RESUMO PARA PROVA DE CLÍNICA 
 
DIABETES MELLITUS TIPO 1 
GLICEMIA EM JEJUM (GJ): Maior ou igual a 126 mg/dl 
TESTE DE TOLERÂNCIA A GLICOSE POR VIA ORAL (TTGO): 75 gramas de glicose por via oral. TTGO 
1h: Maior ou igual a 209 mg/dl TTGO 2h: Maior ou igual a 200 mg/dl 
HEMOGLOBINA GLICADA (HbA1c): Maior ou igual a 6,5% 
O Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune crônica caracterizada pela destruição 
das células beta do pâncreas, que produzem insulina. Como resultado, o corpo não consegue 
regular adequadamente os níveis de glicose no sangue. Aqui estão os principais pontos sobre 
DM1: 
 Causa: É geralmente causada por uma resposta autoimune, onde o sistema imunológico 
ataca as células beta pancreáticas. Fatores genéticos e ambientais podem estar 
envolvidos. 
 Diagnóstico: Comumente diagnosticado na infância ou adolescência, mas pode ocorrer 
em qualquer idade. Os sintomas principais incluem sede excessiva, urinar 
frequentemente, perda de peso inexplicável e fadiga. 
 Sintomas: Incluem sede constante (polidipsia), micção frequente (poliúria), perda de 
peso, fadiga e, em alguns casos, visão turva. Se não tratado, pode levar à cetoacidose 
diabética, uma condição grave. 
 Tratamento: Requer o uso diário de insulina para controlar os níveis de glicose no sangue. 
Existem diferentes tipos de insulina, que podem ser administradas por injeções ou 
bombas de insulina. 
 Monitoramento: Inclui a medição frequente da glicemia, acompanhamento de 
carboidratos na alimentação, exercícios físicos e monitoramento de complicações a longo 
prazo, como problemas cardíacos, renais e oculares. 
 Complicações: A longo prazo, sem controle adequado, pode causar complicações graves, 
como doença cardiovascular, neuropatia, nefropatia e retinopatia. 
O DM1 exige um manejo contínuo para manter a qualidade de vida e prevenir complicações. 
O tratamento e a conduta nutricional no Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) são essenciais para o 
controle glicêmico e a prevenção de complicações a longo prazo. A abordagem envolve o uso de 
insulina junto com estratégias nutricionais personalizadas. Aqui está um resumo: 
Tratamento: 
Insulinoterapia:A administração de insulina é fundamental, uma vez que o corpo não consegue 
produzi-la. Existem diferentes tipos de insulina (rápida, regular, intermediária e longa) que são 
combinadas para imitar a liberação natural do corpo. 
Esquemas de Insulina: 
Múltiplas doses diárias (MDI): Administração de insulina basal (lenta) e bolus (rápida) antes das 
refeições. 
Bombas de insulina: Oferecem uma liberação contínua de insulina basal e permitem ajustes 
conforme as refeições. 
Monitoramento da glicose: Medição frequente dos níveis de glicose no sangue, especialmente 
antes e depois das refeições, para ajustar as doses de insulina. Sistemas de monitoramento 
contínuo de glicose (CGM) podem ajudar a identificar padrões glicêmicos e evitar hipoglicemias. 
Atividade física: A prática regular de exercícios ajuda a melhorar a sensibilidade à insulina e a 
manter o controle glicêmico.Deve-se ajustar a dose de insulina e a ingestão de carboidratos para 
evitar hipoglicemia durante e após o exercício. 
Conduta Nutricional: 
Contagem de carboidratos:A contagem de carboidratos é a base da conduta nutricional, 
permitindo que os pacientes ajustem a dose de insulina de acordo com a quantidade de 
carboidratos consumida em cada refeição.Os carboidratos afetam diretamente os níveis de 
glicose no sangue, então saber quantos gramas de carboidratos estão em cada refeição ajuda a 
manter o controle glicêmico. 
Distribuição equilibrada de macronutrientes: Carboidratos: Preferir fontes de carboidratos 
complexos, como grãos integrais, vegetais, frutas e legumes, que são absorvidos mais lentamente 
e causam menos picos de glicemia. Proteínas: Incluir proteínas magras (frango, peixe, ovos, tofu) 
para ajudar na saciedade e estabilizar a glicemia. Gorduras: Preferir gorduras insaturadas (azeite, 
abacate, nozes) e limitar o consumo de gorduras saturadas e trans. 
Frequência das refeições: Recomenda-se uma alimentação regular e equilibrada, evitando 
grandes variações de glicose. Pequenas refeições frequentes podem ajudar no controle 
glicêmico. 
Índice glicêmico (IG): Alimentos com baixo IG ajudam a evitar picos bruscos de glicose. Alimentos 
como aveia, legumes e frutas frescas são exemplos. Combinar carboidratos com proteínas ou 
gorduras ajuda a reduzir o IG das refeições. 
Correção de hipoglicemias: O paciente deve estar preparado para tratar episódios de hipoglicemia 
(glicemia
diabética (CAD), uma complicação aguda do DM1 que pode ser 
fatal se não tratada. Os sinais incluem: 
 Desidratação severa: Devido à poliúria e à perda de líquidos. 
 Acidose metabólica: Com respiração de Kussmaul, náuseas, vômitos e dor 
abdominal. 
 Distúrbios eletrolíticos: Como hipocalemia (níveis baixos de potássio). 
 Coma diabético: Caso a cetoacidose evolua sem intervenção. 
A CAD pode levar a complicações como edema cerebral, especialmente em 
adolescentes, e requer tratamento emergencial com insulina intravenosa, fluidos e 
correção de eletrólitos. 
 
Criança com Cetoacidose Diabética 
História Clínica: 
Maria, 8 anos, é levada ao pronto-socorro por sua mãe, que relatou que a criança estava 
vomitando, muito sonolenta e respirando rápido nas últimas 24 horas. Nos dias 
anteriores, Maria tinha sede excessiva, urina em grande quantidade e perdeu 3 kg em 
uma semana. 
Exame Físico: 
 FC: 110 bpm 
 FR: 28 rpm, com respiração profunda (respiração de Kussmaul) 
 Pressão arterial: 100/65 mmHg 
 Hálito cetônico 
Exames Laboratoriais : 
 Glicemia capilar: 450 mg/dL 
 pH arterial: 7,10 
 Bicarbonato sérico: 10 mmol/L 
 Corpos cetônicos: positivos no sangue e urina 
Perguntas: 
1. Qual é o diagnóstico mais provável? 
é cetoacidose diabética (CAD), uma complicação aguda do Diabetes Mellitus tipo 1 
(DM1). Isso é sugerido pelos sintomas clássicos (sede excessiva, poliúria, perda de 
peso, vômitos, sonolência, respiração de Kussmaul e hálito cetônico) e pelos 
resultados laboratoriais (glicemia elevada, acidose metabólica com pH baixo, 
bicarbonato reduzido e corpos cetônicos positivos). 
2. Como a cetoacidose diabética deve ser tratada? 
Reposição de fluidos, Correção da hiperglicemia e acidose com insulina, reposição de 
eletrólitos 
3. Quais são os principais cuidados durante o manejo da cetoacidose? 
Monitoramento intensivo, Evitar hipoglicemia., Evitar edema cerebral, Correção 
cuidadosa do potássio 
4. Como orientar a mãe de Maria sobre o manejo do DM1 a longo prazo? 
 Educação sobre diabetes: Explicar o que é o Diabetes Mellitus tipo 1, a 
necessidade de insulina para o resto da vida e como monitorar os níveis de 
glicose no sangue. 
 Terapia com insulina: Ensinar como administrar insulina (usualmente uma 
combinação de insulina basal e bolus antes das refeições), ajustar as doses 
conforme a alimentação e a glicose, e como armazenar o medicamento. 
 Monitoramento da glicemia: A mãe deve aprender a medir os níveis de 
glicose da filha várias vezes ao dia e a reconhecer sinais de hipoglicemia e 
hiperglicemia. Pode ser útil o uso de um monitor contínuo de glicose (CGM) se 
disponível. 
 Alimentação: Orientar sobre contagem de carboidratos e alimentação 
balanceada para manter a glicemia controlada. A mãe deve ser informada sobre 
a importância de fornecer uma dieta saudável, rica em fibras, vegetais, e de 
evitar grandes quantidades de açúcares simples. 
 Prevenção de complicações: Instruir sobre a importância de acompanhar 
regularmente com uma equipe de saúde, incluindo endocrinologista, 
nutricionista e educador em diabetes. Discussões sobre como gerenciar a glicose 
durante exercícios físicos, doenças, e outros eventos são cruciais para evitar 
complicações como hipoglicemia e cetoacidose futura. 
 Apoio emocional: Oferecer suporte psicológico para Maria e sua família, que 
enfrentam mudanças significativas no estilo de vida. Grupos de apoio ou terapia 
familiar podem ajudar nesse processo de adaptação. 
Jovem Adulto Diagnosticado com DM1 
História Clínica: 
Lucas, 23 anos, se apresenta na clínica com sintomas de fadiga persistente, aumento da 
sede e perda de peso. Ele tem histórico familiar de diabetes tipo 2 em parentes 
próximos, mas foi sempre saudável até agora. Lucas afirma que tem comido grandes 
quantidades de alimentos recentemente, mas continua a perder peso. Ele não tem outras 
queixas relevantes. 
Exames Laboratoriais : 
 Glicemia de jejum: 250 mg/dL 
 Glicemia pós-prandial: 330 mg/dL 
 Hemoglobina glicada (HbA1c): 10,8% 
 Anticorpos anti-GAD: positivos 
 Peptídeo C: baixo 
Perguntas: 
1. Quais são os fatores que indicam DM1 em vez de DM2 neste paciente? 
Embora Lucas tenha histórico familiar de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), há vários 
fatores que indicam que ele tem Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1), incluindo: 
 Idade jovem: O DM1 pode se manifestar em adultos jovens, como no caso de 
Lucas (23 anos). Embora o DM2 seja mais comum em adultos, o DM1 pode 
surgir em qualquer idade. 
 Perda de peso inexplicável: Um sintoma comum no DM1 devido à 
incapacidade do corpo de utilizar glicose sem insulina. No DM2, a perda de peso 
geralmente não é tão marcada. 
 Sintomas agudos: Fadiga intensa, sede excessiva (polidipsia), aumento da 
frequência urinária (poliúria) e fome intensa, apesar da ingestão de grandes 
quantidades de alimentos, são típicos do DM1. 
 Anticorpos anti-GAD positivos: A presença de anticorpos específicos (anti-
GAD) confirma o caráter autoimune da destruição das células beta pancreáticas, 
característica do DM1. 
 Peptídeo C baixo: O peptídeo C baixo indica deficiência na produção de 
insulina endógena, que é um marcador de DM1. No DM2, o peptídeo C 
geralmente está normal ou elevado, devido à resistência à insulina, mas ainda há 
produção endógena. 
 Hemoglobina glicada (HbA1c) elevada: A HbA1c de 10,8% sugere controle 
glicêmico inadequado, o que é comum no DM1 recém-diagnosticado. 
 
2. Como deve ser o plano inicial de manejo? 
 Insulinoterapia: 
 Iniciar um regime de insulina basal-bolus, que simula a secreção fisiológica de 
insulina. 
o Insulina basal (ação prolongada): Administrada uma ou duas vezes ao 
dia para fornecer cobertura contínua. 
o Insulina de ação rápida: Administrada antes das refeições, ajustada 
pela quantidade de carboidratos ingeridos e pelos níveis de glicose no 
sangue. 
 A dosagem inicial de insulina pode ser ajustada com base no peso corporal e nos 
níveis glicêmicos iniciais. 
 Monitoramento da glicemia: 
 Lucas deve medir sua glicemia várias vezes ao dia, incluindo antes e após as 
refeições e antes de dormir. 
 O uso de um monitor contínuo de glicose (CGM) pode ser útil para identificar 
variações glicêmicas ao longo do dia e melhorar o controle. 
 Educação sobre o manejo de diabetes: 
 Lucas e sua família devem receber orientações detalhadas sobre como monitorar 
a glicemia, ajustar a insulina conforme necessário, e reconhecer sinais de 
hipoglicemia e hiperglicemia (ver mais detalhes abaixo). 
 Orientação nutricional: 
 Iniciar orientação sobre contagem de carboidratos, que é fundamental para 
ajustar as doses de insulina às refeições. 
 Promover uma alimentação saudável, com foco em alimentos de baixo índice 
glicêmico e evitar grandes variações glicêmicas. 
 Exercício físico: 
 A prática de exercícios físicos deve ser incentivada, mas Lucas precisa ser 
orientado sobre como ajustar a dose de insulina e a ingestão de carboidratos para 
evitar hipoglicemia durante ou após a atividade física. 
 
3. Qual a importância da educação em diabetes para Lucas? 
 Entender a natureza do DM1: O DM1 é uma condição autoimune que exige 
insulina exógena para o controle da glicemia ao longo da vida. 
 Autocuidado: Lucas deve aprender a ajustar sua insulina conforme sua alimentação, 
níveis de atividade física e glicose no sangue. 
 Prevenção de complicações agudas: 
 Hipoglicemia: Ele deve ser capaz de reconhecer os sinais de hipoglicemia 
(tontura, sudorese, confusão) e como tratá-la rapidamente (com carboidratos de 
rápida absorção). 
 Hiperglicemia: Lucas deve monitorar seus níveis de glicose e saber como agir 
em caso de elevação persistente. 
 Prevenção de complicações crônicas: Manter um controle glicêmico adequado 
reduzirá o risco de complicações a longo prazo, como nefropatia, neuropatia e 
retinopatia diabética. 
4. Qual o papel da monitorização da glicose nesse caso? 
 Ajustar
a dose de insulina: 
 Prevenir hipoglicemia e hiperglicemia: 
 Monitoramento contínuo de glicose (CGM): 
 Hemoglobina glicada (HbA1c)

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Mais conteúdos dessa disciplina