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DIABETES Professora: Elisa Grossi Mendonça Disciplina: Dietoterapia II Ilhotas de Langerhans secreta a insulina, hormônio responsável pela utilização de glicose pelo organismo. A função da insulina - hormônio - garantir o aproveitamento da glicose – principal substrato energético do organismo. Havendo deficiência ou incapacidade da insulina em exercer sua ação (resistência), a glicose plasmática não é captada, sua concentração sanguínea eleva-se e, após certo nível, passa a ser eliminada pela urina (glicosúria). No fígado, a glicose armazena-se na forma de glicogênio; na musculatura esquelética funciona como combustível essencial. Só as células nervosas, hemácias e alguns outros tecidos (medular renal e endotélio vascular) não necessitam de insulina para a permeação da glicose através de suas membranas. Glicose entra na c.s é rapidamente enviada para células que possuem receptores, onde podem ser: Utilizada- como energia (oxidação celular); Convertida- em glicogênio hepático e muscular; Convertida- em gordura para armazenar tecido adiposo. A glicose só é captada para o interior das células por um mecanismo dependente de insulina e mediante o transportador GLUT 4 O estímulo para liberação de insulina é a elevação da glicemia. No fígado, a insulina inibe a produção endógena de glicose (gliconeogen̂ese) e promove o armazenamento na forma de glicogênio. ❖ LEMBRAR DO VÍDEO APRESENTADO Existem cerca de 284 milhões de diabéticos no mundo, sendo que este número deverá aumentar em mais de 60% nos próximos 20 anos, para quase 438 milhões. No Brasil, 10 milhões de pessoas possuem diabetes mellitus, passando de 4,6 milhões em 2000 para 11,3 milhões em 2030, perfazendo aumento de 148,3% em apenas 30 anos. International Diabetes Federation. Diabetes Atlas, 2010. Fatores associados a esse aumento: - Crescimento e envelhecimento populacional; - Maior urbanização; - Crescente prevalência de obesidade; Sedentarismo- ; - Maior sobrevida dos pacientes DM. DIABETES TIPO I Resultado da destruição progressiva das células beta pancreáticas com consequente deficiência de insulina. 5 - 10% casos de DM diagnosticados nos (EUA). Desenvolve mais em crianças e adultos jovens com até 30 anos (embora possa ocorrer em qualquer idade). Na maioria dos casos essa destruição das células beta é mediada por destruição autoimune, porém existem casos em que não há evidências de processo autoimune, sendo, portanto, referida como forma idiopática do DM1. Reis et al. (2012); Viggiano (2014) História familiar de Diabetes Doenças do sistema imune Infecções virais???? Destruição progressiva das células beta pancreáticas pelo sistema imune (5 –10 anos de diagnóstico) Destruição total das células Beta Infeccoes virais (gastroenterites) Componentes dieteticos (gliadina) Redução/ausência do aleitamento materno e introdução precoce de leite de vaca (fórmulas infantis) Teoria da Higiene (redução das infecções na infância) Sistemas imune inato e adaptativo são sobrecarregados e inapropriadamente recrutados para o pâncreas iniciando uma cascata de respostas que culminara com a quebra da tolerância imunológica e destruição das células beta Adaptado de Ann. N.Y. Acad. Sci. 1243 (2011) 103–118 Principais fatores que alteram a microbiota intestinal: • Tipo da dieta (proteinas alergênicas, dieta inflamatória); • Deficiências nutricionais (vit. D, A, Omega-3); • Estresse crônico (cortisol x IgA secretora x muco x biota); • Uso de antibióticos, corticóides. Evidências demonstram que PLV e glúten são fortes gatilhos para desencadeamento da autoimunidade no DM1. Exposição precoce do GALT a proteínas complexas exógenas poderia “programar” o sistema imune em direção a autoimunidade no futuro • Exposição prematura ao leite de vaca ↑ 100 a 150% o risco de DM1 (HYPPONEN, E., KENWARD, M.G., et al. Infant feeding early weight gain, and risk of type 1 diabetes. Childhood diabetes in Finland Study Group. Diabetes Care, 1999) • Forte associação entre DM1 e consumo de PLV crianças 0 a 4 anos (FAVA, D., LESLIE, R.D.G., POZZILLI, P. Diabetes Care, 1994. 17: 1488- 1490) Insulina bovina (laticínios): gatilho autoimunidade direcionada à cél β: • IAA: primeiro anticorpo a positivar e o mais prevalente em crianças em aleitamento artificial (Diabetes, 2005. 54(suppl 2): S125-136. / VAARALA, O. et al. Scand. J.Immunol. 1998. 47(2): 131-135). VOJDANI A., 2009 Sistema imune GI Anormalidades no GALT exercem papel fundamental ao ataque às céls beta pancreáticas VAARLA, O. The gut immune system and type 1 diabetes. NY Acad. Sci. 2002, 958:39-46 4 Polis (Polidipsia, polifagia (fome exagerada), poliúria e perda de peso). Emagrecimento rápido e sem explicação; Apetite aumentado; Náusea e vômitos; Visão borrada; Fadiga; Desidratação; Distúrbio eletrolítico e cetoacidose; Letargia, encontro casual de hiperglicemia e glicosúria e suspeita de cetoacidose. Poliúria : (manifestação mais precoce) Diurese- osmótica secundária à hiperglicemia sustentada Perda- de água, eletrólitos e glicose pela urina Polidipsia : - Estímulo provocado pela desidratação (centro hipotalâmico) Emagrecimento rápido e sem explicação: Consequência- da desidratação, intensa proteólise (gliconeogênese) e lipólise (corpos cetônicos) Risco- de cetoacidose diabética Fraqueza: - Causado pelo catabolismo intenso e perda de eletrólitos (K) Média da glicemia Plasmática (mg/dl) ADA. Diabetes Care, V35, S1, 2012 Antes das refeições Antes de dormir A1C (%) 0-6 anos 100-180 110-200 < 8,5 6-12 anos 90-180 100-180 < 8,0 13-19 anos 90-130 90-150 < 7,5 Em fevereiro de 2010, a American Association of clinical Endocrinologists (AACE) e o American College of Endocrinology (ACE) se posicionaram: ❖ Recomendando o uso de A1c como critério adicional opcional e não como critério primário de diagnóstico. ❖ Não recomendam A1c para diagnóstico de DM1. Lamounier, 2011. SUPLEMENTAR PROBIOTICOS PREVINE/TRATA DM1? • L. casei protegeu contra inicio do DM1 em ratos NOD (reducao nos marcadores inflamatorios e cels T CD8+); • Probioticos => ↑IL-2 => ↑Treg cells • Probioticos => ↓ severidade da insulinite, ↓ morte cels β e menor incidência de DM1 no grupo tratado (↑IL-10); APMIS,105: 643–649, 1997 / J. Immunol. 186: 6329–6337, 2011 / Diabetologia 48: 1565–1575, 2005 Dieta equilibrada e suplementos nutricionais podem ser fundamentais na prevenção/tratamento do DM1 Fatores dietéticos na prevenção do diabetes tipo 1: – Aleitamento materno exclusivo e complementar – Adequada introdução de alimentos na infância – Redução da ingestão de fontes de nitratos e alérgenos alimentares – Correção/prevenção das deficiências nutricionais Quando há risco aumentado de DM1? • Tipo de parto: vaginal x cesáreo • Aleitamento materno exclusivo e complementar até 2ª • Introdução alimentar (in)adequada: glúten, fórmulas infantis • Microbiota criança (teoria da higiene) • Deficiências nutricionais na infância (A, D, ômega- 3) • Gestante: deficiências nutricionais, carga tóxica, padrão alimentar (alergênico, inflamatório, hiperinsulinêmico), microbiota materna Diabetes Mellitus tipo 2 Obesidade, inflamação e resistência insulínica Marcadores e mediadores inflamatórios elevados na RI: – Fibrinogênio – Proteína-C-reativa – IL-6 CAUSADA PELA INSUFICIÊNCIA PROGRESSIVA DA SECREÇÃO DE INSULINA QUANDO HÁ RESISTÊNCIA AO HORMÔNIO Está relacionado a defeitos na ligação dos receptores de insulina, reduções no número desses receptores ou declínio da ação da insulina sobre pós-receptores. 40% dos pacientes precisam de insulina exógena, para controle metabólico adequado. Miscelânia de critérios diagnósticos. Fator de risco para doença cardiovascular – DCV. O método mais utilizado simples e rápido para verificar a resistência a insulina é o Índice de Homa – Fórmula insulinemia de jejum X glicemia de jejum/ 22,5 Critérios diagnósticos para Síndrome Metabólica (qualquer do três seguintes fatores): Triglicérides = ou > 150 mg/dl Col HDL < 40 mg/dl p/ homens < 50 mg/dl p/ mulheres PA = ou > 130 x 85 mmHg Circunf. abdominal > 102 cm p/ H > 88 cm p/ M Glicemia jejum = ou > 100 mg/dl ➢ Genéticos - história familiar; ➢ Obesidade ou maior % gordura (gordura visceral); Inatividade física; Envelhecimento (idade > 40 anos); Metabólicos: intolerância à glicose e diabetes gestacional. DM tipo 2 é parte da Síndrome Metabólica; 80% pacientes estão com sobrepeso; Quando diagnosticado há produção de insulina normal ou aumentada, mas há resistência à ação da insulina e inadequada secreção compensatória desse hormônio; É responsável por 90 a 95% dos casos de diabetes diagnosticados. História familiar; Obesidade ou % maior de gordura (IMC > ou = 25Kg/m²; Obesidade visceral (80% a 90% dos casos) Hipertensão arterial ou DCV; Idade > ou = 40 anos; História prévia de diabetes (diabetes gestacional), glicosúria, intolerância à glicose; Colesterol HDL baixo (< 35mg/dL) e/ou Triglicérides > 250 mg/dl (elevado); Sedentarismo; Uso de drogas diabetogênicas (corticoides, anticoncepcionais; Níveis reduzidos de adiponectina. 1. Os testes para DM devem ser considerados em pacientes com > 45 anos, principalmente com IMC > 25 Kg/m². Se os resultados forem normais, repetir a cada 3 anos. 2. Os testes para DM para indivíduos < 45 anos, mas com IMC > 25 Kg/m² e outros fatores de risco: - Sedentarismo, parentes de primeiro grau com DM, história de gerar bebê com mais de 4,5Kg ou ter tido diabetes gestacional, hipertensão (> ou = 140/90 mmHg), história de doença vascular, dentre outros. Fadiga; Náuseas; Poliúria; Sede intensa; Perda de peso c/ apetite aumentado; Visão borrada; Infecções frequentes; Cicatrização deficiente. Induzido por Drogas Ácido nicotínico Glicocorticóides Hormônio tireoidiano Diazóxido Agonistas B- adrenérgicos Agentes tiazídicos Alfa interferon Riscos da insulinoterapia: Ganho de peso e reações hipoglicêmicas (glicemia < 60mg/dl); No caso de hipoglicemia administrar 15g de carboidratos. Se após 15 min. mantiver abaixo de 70mg/dl, administrar mais 15g de carboidrato. 1 unidade de insulina = 15 gramas de carboidratos Glicemia Jejum ou glicose plasmática de jejum (GPJ) : Glicose sanguínea medida após pelo menos 8 horas de jejum GLICEMIA DE JEJUM NORMAL < 100 Mg/dl Diabetes >126 mg/dL pela ADA Glicose plasmática em qualquer hora do dia > 200 mg/dL + sintomas Glicemia de jejum e glicemia casual; Teste oral de tolerância à glicose; Frutosamina; Insulina plasmática; Peptídeo C HOMA-IR Gilcosúria Glicemia em jejum: - Simples, prática e ↓custo (1º exame de escolha); - Jejumde 8 a 14horas; - Valores normais:70 a 99mg/dL. Glicemia casual: - Determinação da glicemia em amostra colhida em qual quer hora do dia, independente do horário das refeições. - Independente da pessoa estar em jejum ou não. - Útil em casos de pessoas com sintomas sugestivos de DM. Teste de Tolerância à Glicose Importante para pacientes que desenvolvem hiperglicemia apenas quando expostos à sobrecarga de glicose oral. Glicose sanguínea medida após pelo menos 8 horas de jejum e 2 horas após sobrecarga oral glicose (75 g) dissolvida em água (250-300mL). Para crianças 1,75g/Kg de peso (máximo 75g) GLICEMIA 2 HORAS PÓS SOBRECARGA < 140Mg/dl Intolerância à glicose: GLICEMIA 2 HORAS PÓS SOBRECARGA 140 – 199 Mg/dl Netto et al, 2009 GLICAÇÃO - É a adição não enzimática e permanente de um resíduo de açúcar aos grupos amino das hemoglobinas. →Dependente da concentração de glicose no plasma e da vida média da hemácia (120dias); →Reflete a glicemia media nos 2 a 4 meses anteriores à realização do exame; →Sem interferência de exercício, ingestão alimentar recente, flutuação de glicose diária. Valores de referência: 4 a 6% da HbA total; → Bom controle < 7%; →1% Hb glicada = variação de 25 a 35mg/dL na glicemia; →Interferentes: anemia hemolítica, transfusão de sangue recente. Insulina plasmática: - Meia vida curta (4minutos). Críticas em sua interpretação: método indireto de avaliação da sensibilidade tecidual, avaliada em jejum (não reflete o estado pós-absortivo). Utilidade → avaliação de intervenções que causem mudanças no padrão de secreção das células β. Valores de referência: 2,5 a 25 UI/mL (faixa ampla). Ideal: < 10µU/L Peptídio de conexão co-armazenado e co- secretado com a insulina em quantidades equivalentes. Avalia a resposta secretora das células β pancreáticas Não recebe influência de insulina exógena Valores de referência: -0,5 (detectável) a 3 ng/mL (jejum) Faixa de normalidade (1,5 a 3,5 ng/mL) HOMA -IR = insulinemia de jejum (mU/L) x glicemia de jejum (mmol/L)/22,5. Estudo BRAMS (Brazilian Metabolic Syndrome study): Diagnóstico da RI → HomaIR > 2,71. Geloneze et al. (2006) Diabéticos ; rastreamento: polidpsia e poliúria; →Amostra: urina após jejum 12h; →Níveis de gravidade →Conservação: até 48 horas refrigerado entre 2° e 8°. Reis et al. (2012) Critérios propostos para definir o controle adequado do diabetes: 1) Ausência de glicosúria; 2) Glicemia de jejum: < 110 mg/dl; 3) Outras glicemias pré-prandiais: < 140 mg/dl; 4) Glicemia pós-prandiais (2 horas após as refeições): -Ideal: 79-140 mg/dl; -Aceitável: 70-200 mg/dl; -Inaceitável: < 60 e > 240 mg/dl; 5) Hemoglobina glicosilada normal: <7%. OMS (1999); ADA Diabetes Care 30:S4-41 (2007) Tratamento com metformina para prevenção do DM 2 deve ser considerado nos pacientes com intolerância à glicose ou com hemoglobina glicada de 5,7 a 6,4% especialmente aqueles com IMC > 35 Kg/m², e com DMG prévio. ADA. Diabetes Care, V.35, S 1, 2012 Complicações Agudas Cetoacidose diabética Coma não cetótico hiperosmolar hiperglicêmico Acidose lática Hipoglicemia Pode ser a primeira manifestação do DM, especialmente do tipo 1 (20-30% dos casos) Disfunção metabólica grave causada pela deficiência relativa/absoluta de insulina, associada ou não a uma maior atividade dos hormônios contra-reguladores (cortisol, catecolaminas, glucagon, hormônio do crescimento). Alterações: - Hiperglicemia(glicemia >250mg/dl); - Acidose metabólica (pH <7,3 ou bicarbonato sérico <15mEq/l); - Cetonemia (cetonas totais > 3mmol/l) e cetonúria; - Estágio mais grave: depressão do nível de consciência (confusão,coma), sinais de desidratação grave ou choque hipovolêmico, arritmia cardíaca e redução dos movimentos respiratórios quando pH<6,9. Ferreira et al. (2011); Brasil (2013) Causas: Omissão da insulinoterapia Problemas na bomba de insulina Infecções Situações de estresse agudo Abuso de substâncias (álcool, drogas) Medicamentos Transtornos alimentares Sintomas: Náuseas e vômitos Poliúria, polidipsia Fraqueza Hálito cetônico Boca seca Dor abdominal Respiração profunda e rápida Confusão mental, torpor Coma (10% dos casos) Estado hiperosmolar não cetótico Descompensação metabólica do diabetes (principalmente tipo 2) Há maior grau de HIPERGLICEMIA e DESIDRATAÇÃO e ausência de cetoacidose. Mais frequente em pacientes idosos; →Diabéticos geralmente tipo 2; →Diabetes muitas vezes ignorado; →Grave desidratação; →Intenso comprometimento do sensório; →Sem hálito cetônico, sem cetonúria, sem acidose. Comum em pacientes tratados com insulina Pode variar de leve (60-70 mg/dl)com nenhum ou poucos sintomas até níveis muito baixos com coma e morte. De acordo com SBD: ≤ 60 mg/dL De acordo com a Associação Nacional de Assistência ao diabético (ANAD): ≤ 70 mg/dL. Fatores precipitantes para hipoglicemia Atraso nas refeições Dosagem de hipoglicemiantes ou insulina Erro na administração da insulina Hora inadequada da medicação Co-morbidades – Insuficiência renal Glicose plasmática < 70mg/dL - Sinais e sintomas: leve – fome, sudorese, tremores, tontura, dificuldade de concentração e falta de coordenação. - Graves – confusão mental, desorientação acentuada, fala arrastada, fadiga e inconsciência. - Causa mais comuns: excesso de insulina ou fármacos, horário inadequados de injeção de insulina, exercícios de longa duração ou intensidade aumentada e ingestão de álcool sem alimentos. Tratamento- : Hipoglicemia leve (regra 15/15) Dosar1. glicose sanguínea, se estiver entre 50 e 69 mg/dl, administrar 15 g de CHO, se estiver < 50 mg/dl administrar 30 gramas. Aguardar2. 15 min e reavaliar glicose , se for < 70 mg/dl, repetir a primeira etapa, se for > 70 mg/dl, monitorar os sintomas da hipoglicemia. Ingerir próxima refeição dentro de 1h. Hipoglicemia grave 1. Se conseguir deglutir sem risco de aspirar, ofereça suco ou refrigerante não dietético comum, ou coloque xarope de glicose, mel ou geléia na bochecha do paciente. 2. Se não conseguir engolir sem risco de aspirar, administrar injeção de glucagon de acordo com as seguintes recomendações: crianças maiores e adultos (1mg); crianças < 5 anos (0,5mg) e lactentes (0,25mg). Na hipoglicemia causa grande vontade de comer nutrientes com alto teor de CHO Explica a hiperglicemia de repercussão constatada apos a hipoglicemia Doença cardiovascular Doença renal Neuropatia diabética Pé diabético Retinopatia diabética Doenças de pele e mucosas Doença cardíaca é a principal causa de morte em pacientes diabéticos Pacientes com diabetes morrem mais de ataque cardíaco que não diabéticos e sofrem de obstruções de grandes artérias Principal causa de DRC; Cerca de 35% dos diabéticos tipo 1 e 10% dos diabéticos tipo 2 desenvolvem a DRC; Grau de comprometimento renal e progressão da doença para insuficiência renal se relaciona com grau de controle da doença; São mais vulneráveis ao dano renal do que na HAS; Principal causa de morte dos diabéticos tipo 1. Pasqualotto et al. (2012); Pode acontecer dano temporário ou permanente no tecido nervoso Se relaciona ao mau controle glicêmico Alguns não desenvolvem e outros aparecem sintomas precocemente (em média - 10 - 20 anos após diagnóstico) 50% dos diabéticos tipos 2 apresentam após 25 anos de doença. Consideram -se 3 tipos de neuropatia: a) Mononeuropatia b) Polineuropatia periférica e simétrica c) Neuropatia autonômica. Mononeuropatia diabética: pode envolver nervos periféricos e cranianos, causando paralisia motora (mão e pé caídos). Polineuropatia periférica e simétrica: perda sensorial ascendente na sextremidades. Sintomas : parestesias e dor. Com a evolução da neuropatia há degeneração do nervo, com desaparecimento da dor. Atenção : pé diabético. Termo empregado para nomear as diversas alterações e complicações ocorridas, isoladamente ou em conjunto, nos pés e membros inferiores dos diabéticos. O pé diabético é caracterizado pela presença de pelo menos uma das seguintes alterações: neurológicas, ortopédicas, vasculares e infecciosas, que podem ocorrer no pé do paciente portador de diabetes. 20% de todas as admissões hospitalares relacionadas ao diabetes são causadas por “pé diabético” 50% de todas as amputações não provocadas por trauma – diabetes. Alteração da microcirculação da retina (após 15 anos - 80% diabéticos) Sangramentos repetidos podem levar à cegueira Obstrução do fluxo de fluido ocular pode resultar em glaucoma Maior chance de desenvolver catarata Diabéticos são mais propensos às infecções Infecções fúngicas da pele e infecções urinárias de repetição Mulheres têm mais infecções ginecológicas Educação Dieta Atividade física Controle do peso Auto-monitorização da glicemia Cuidados com os pés Medicação Terapia de primeira escolha Melhora sensibilidade à insulina Reduz os níveis de glicemia, circunferência abdominal e visceral Melhora o perfil de lipideo Melhora PA DIETOTERAPIA Uso dos carboidratos que provocam menores elevações glicêmicas: alimentos crus,pouco cozidos,integrais e com casca, evitando-se a moagem. → Ingerir dieta rica em vegetais (frutas e hortaliças). Estudo analisou a goma guar (fibra solúvel) Em relação ao grupo controle os indivíduos que consumiram a fibra após 6 semanas tiveram redução na circunferência da cintura e da HbA1c% . Quase 100% convertido em glicose Glicemia pós-prandial é influenciada pela: - Quantidade de CHO ingerido - Tipo de açúcar (glicose, frutose, sacarose) ou açúcares complexos (amidos) ADA – quantidade de CHO ingerido principal determinante da resposta glicemica – mais importante do que a fonte ou tipo de CHO ingerido A sacarose e produtos contendo sacarose, não necessitam ser restringidos, pois não aumentam mais os níveis glicêmicos com quantidades isocalóricas de amido. Consumo de sacarose aceitável 10% do CHO, e de acordo com a WHO 5%. A frutose produz menor elevação de glicemia. O seu consumo pode afetar perfil lipídico. O excesso, ou seja, 2x mais da ingestão usual (20% do VCT), não apresenta vantagens como agente adoçante. Adoçantes: Calóricos- Naturais: açúcar de mesa (sacarose), demerara, mascavo, açúcar orgânico, açúcar de coco, agave (rico em fructose), dentre outros. Não- calóricos artificiais: sacarina, aspartame, sucralose. Adoçantes- não calóricos ou minimamente calóricos naturais: stevia, xylitol, eritritol, dentre outros. Aspartame- = 40mg x peso atual - Ciclamato = 11mg x peso atual - Sacarina = 2,5mg x peso atual - Acessulfame = 9mg x peso atual Quantidade máxima de edulcorantes em um produto ( por 100ml): - Aspartame = 75mg - Ciclamato = 130 mg - Sacarina = 30mg - Acessulfame – K = 60mg - Adoçantes disbiose - ↑ RI – DMII ou agrava pessoas que já são diabéticas. A sucralose foi aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration), após revisão de 100 estudos de segurança realizado com o edulcorante: Não- existem evidências claras de que os adoçantes disponíveis comercialmente estejam associados com risco de câncer em seres humanos; Ingestão- diária aceitável: 0-15mg/kg de peso corporal. - O INCA menciona como causadora de malefícios a sacarina sódica e aspartame e não sucralose. Mas- há motivos para reconhecer a hipótese de relação entre uso de adoçantes não nutritivos e o risco de CA – INCA- adotou a recomendação de evitar qualquer tipo de adoçante artificial, inclusive a sucralose, para população sem indicação clínica específica. Carga glicêmica = gramas de carboidrato na porção do alimento x IG/100 A maior importância do IG é que uma dieta de baixo IG é capaz de reduzir a secreção de insulina e a concentração de lipídeos sanguíneo em pacientes com TG ↑ Dietas de alto índice glicêmico consumidas cronicamente leva a hiperglicemia e hiperinsulinemia pós-prandial, com isso maior oxidação de carboidrato e menor de gordura IG IG* CG CG/dia Controle = pão Controle = glicose Baixo (B) ≤ 75 ≤ 55 ≤ 10 ≤ 80 Médio (M) 76 -94 56 -69 11 -19 81 - 119 Alto (A) ≥ 95 ≥ 70 ≥ 20 ≥ 120 * Para obtenção de valores de IG (glicose) multiplica-se por 0,7 o valor do IG (pão) (SUGIRS, 2007). www.fcf.usp.br/tabela/lista.asp?base=r Foster – Powell, K.;Brand Miller, J.. International table of glycemic index. Am J. Clin. Nutr. 62 (4) (suppl) 8715-8905, 1995 http://www.fcf.usp.br/tabela/lista.asp?base=rVelocidade de ingestão; Componentes do alimento e da refeição; Métodos de cozimento e processamento; Grau de amadurecimento; Quantidade de fibra; Tempo de esvaziamento gástrico; Hidrólise e absorção intestinal; DM vs não DM. 162 pacientes DM2 The Canadian Trial of Carbohydrates in Diabetes (CCD) carboidrato índice glicêmico carboidrato índice glicêmico carboidrato AG Mono Wolever TMS et al AJCN, 2008 Não houve diferença entre as dietas sobre a HbA 1c em longo prazo meses % d e m u d a n ç a H b A 1 c SOJA 23 (+- 3) NOZES 21 (+- 12) IOGURTE ADOÇADO COM EDULCORANTE 27 (+- 7) LEITE INTEGRAL 39 (+- 9) IOGURTE ADOÇADO COM AÇÚCAR 49 (+- 5) PÃO DE GRÃO DE CEVADA 52 (+- 3) MAÇÃ 54 (+- 4) PÊRA 51 (+- 8) BANANA VERDE 23 (+- 3) IG – média (+- erro padrão médio) Cereal matinal rico em fibras 60 +- 7 Laranja 62+-6 Arroz parbolizado 68 +-4 Feijão cozido 69 +- 12 Pão de grão de centeio 71 +- 3 Suco de laranja 74 +- 4 Batata cozida 80 +- 2 Arroz branco 81 +- 3 Flocos de aveia 78 +- 8 Manga 80 +- 7 Batata doce 77 +- 11 Mingau de aveia 87 +- 2 Banana madura 83 +- 6 Sacarose 87 +- 2 Pão de farinha de centeio 92 +- 3 Chocolate 84 +- 14 Milho (fubá) 98 +- 1 Pão de trigo branco 101 +- 0 Pão de farinha integral 99 +- 3 Bolacha Cream cracker 99 +- 4 Cereal tipo corn flakes 119 +- 5 Mandioca 115 +- 9 Mel 104+- 21 Arroz 128 +- 4 Batata assada 121+- 16 Glicose 138 +- 8 →Recomendação e importância não diferem de um indivíduo não diabético → 20 g/dia ou 14g/1000 Kcal ↑ fibras alimentares ↓ risco de diabetes tipo 2 Estudos epidemiológicos → fibra insolúvel Estudos pós-prandiais → fibra solúvel diminuíram as respostas glicêmica e insulínica Escassez de dados sobre estudos de longo prazo SBD (2009); Mello et al. Arq Bras Endocrinol Metab., v. 53, 2009 2000 kcal/dia 28 g de fibras/dia RDA = 14 g/1000 kcal Fibra Fibra (g/porção) 2,5 a 3,4 Goiaba, laranja, mamão, manga, uva, maçã 3,0 a 3,3 Ervilha, feijão, lentilha, grão-de-bico 1,1 a 1,7 Acelga, brocolis, espinhafre, quiabo, chuchu, beterraba 1,1 a 2,2 Pão integral, aveia, granola Ácidos graxos Principais fontes Saturados Carnes, laticínios, gordura do coco Trans Biscoitos, bolos, salgadinhos “fast food”, margarina Monoinsaturados Óleo de oliva, canola, oleaginosas Polinsaturados • ômega-3 Óleo de soja, milho, girassol Óleo de canola, gordura de peixes, amêndoa O receptor PPAR gama é um fator de transcrição - desempenha um papel importante na regulação de genes associados ao metabolismo de lipídeos e regulação da glicemia 1 - Fórmula Oral – Manipular Cromo Quelado – 200mcg Magnésio Quelado – 100mg Vit B6 – Piridoxina – 40mg Vit B9 - Ácido Fólico - 300mcg Naceilcisteína – 150mg Vanádio AA compex – 25mcg Zinco Quelado – 20mg Cardomariano – 150mg Excipiente q.sp. para 01 Dose ( cápsulas brancas opacas) Posologia: Tomar 01 cápsula no lanche da tarde, tomar todos os dias por 40 dias. Fonte: Nutricionista Camilla Nery Fórmula Oral – Manipular Ácido Alfa Lopóico – 50mg Cromo Quelado – 200mcg Magnésio Quelado – 160mg Vit B3 – Nicotinamida – 100mg Vit B6 – Piridoxina – 40mg Vit B9 - Ácido Fólico - 300mcg Zinco – 20mg Selênio AA Complex – 50mcg Coenzima Q10 – 50mg Inositol – 300mg Naceil Cisteína ( NAC) – 250mg Excipiente q.sp. para 01 Dose ( cápsulas brancas opacas) Posologia: Tomar 01 dose ao dia no meio da tarde e antes de dormir, tomar todos os dias, por 30 dias. Fórmula Oral – Manipular Bitter Melon - 250mg Picolinato de Cromo – 150mcg Magnésio Quelado – 150mg Posologia: Tomar 01 cápsula as 17h, tomar todos os dias por 40 dias.