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Persecução Criminal - Inquérito Policial 
 
● Inquérito Policial: 
↳ Não é o único meio, mas é o principal instrumento de investigação do nosso 
sistema. 
↳ O Estado tem o dever de punir - “jus puniendi”: pretensão punitiva do Estado 
que se prepara para acusação. 
↳ Os elementos probatórios são: ocorrência da infração (materialidade) e 
autoria (imputar a alguém a prática da infração penal). 
↳ É necessário preservar os elementos de informação, ou seja, comprovar que a 
infração ocorreu. 
↳ Também é necessário tornar a apuração da infração possível. 
↳ O inquérito é a BASE para a futura ação penal. 
⇘ importante lembrar que nem todo inquérito resulta em uma ação penal, já 
que existem motivos para arquivá-lo, além de existir também a possibilidade de 
um acordo de não persecução penal. 
↳ Elementos da informação: 
a) dados/provas da materialidade e autoria; 
b) fundamento para iniciar a ação; 
c) “opinio delicti”; 
d) justa causa (mínimo de informações básicas para formar a acusação), 
que impede a atuação abusiva do Estado; 
e) formal acusação. 
↳ A polícia é o órgão estatal incumbido de zelar pela proteção e pela 
segurança da sociedade. 
⇘ quem apura infrações é a polícia civil. 
⇘ a polícia é um órgão IMPARCIAL, não tendo compromisso com a acusação e 
nem com a defesa. 
⇘ Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no 
território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das 
infrações penais e da sua autoria. 
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de 
autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função. 
↳ Possui funções: 
a) de segurança ou administrativa: possui caráter preventivo. 
⇘ visa manter a ordem pública e jurídica. 
b) judiciária: possui caráter repressivo e investigativo 
↳ O Ministério Público também tem função investigatória. 
↳ Para resumir, o Inquérito é um conjunto de diligências realizadas pela polícia 
civil, ou judiciária, a fim de elucidar as infrações penais e suas autorias. 
↳ É um procedimento investigatório prévio. 
↳ Possui como destinatários: MP, ofendido e juiz. 
 
● Características: 
↳ Não é indispensável à denúncia ou queixa. 
⇘ Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério 
Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, 
informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os 
elementos de convicção. 
↳ A polícia está melhor aparelhada para conduzir a investigação. 
↳ Colher os elementos é um procedimento administrativo e informativo. 
↳ A polícia civil instaura o inquérito nos casos típicos, colhendo os elementos 
para a futura ação penal. 
 
↳ A polícia possui um caráter discricionário, possuindo liberdade de atuação 
nos limites da lei > reserva da jurisdição. 
⇘ Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão 
requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da 
autoridade. 
↳ O inquérito é feito de acordo com as peculiaridades de cada caso, não 
possuindo um roteiro certo a ser seguido. 
↳ É um procedimento escrito e sigiloso. 
⇘ Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, 
reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela 
autoridade. 
⇘ Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à 
elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. 
Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a 
autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a 
instauração de inquérito contra os requerentes. 
↳ A publicidade dos atos pode prejudicar a investigação. 
↳ Os advogados possuem acesso aos atos já documentados. 
⇘ Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas 
no art. 144 da Constituição Federal figurarem como investigados em inquéritos 
policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais, 
cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal 
praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, 
incluindo as situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de 
dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá constituir defensor. 
↳ Os crimes de Ação Pública possuem instauração obrigatória. 
↳ O inquérito é indisponível, ou seja, uma vez instaurado, deve prosseguir. 
⇘ Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de 
inquérito. 
↳ Atribuições: 
a) os delegados de polícia são as autoridades policiais; 
b) devem seguir formalidades; 
c) devem colher elementos de provas; 
d) lugar da infração; 
⇘ Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de 
uma circunscrição policial, a autoridade com exercício em uma delas 
poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligências em 
circunscrição de outra, independentemente de precatórias ou 
requisições, e bem assim providenciará, até que compareça a 
autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua 
presença, noutra circunscrição. 
e) repercussão e provas no local; 
↳ Em uma cidade existem várias delegacias, e os delegados atuam em toda a 
cidade. 
↳ As infrações são distribuídas de acordo com a matéria. 
↳ A Polícia Federal tem maior abrangência em questão territorial. 
↳ O valor probatório é informativo. 
↳ Auxiliam na formação da convicção do juiz: 
a) provas periciais; 
b) questões técnicas; 
c) veracidade. 
↳ O juiz não pode formular a sentença com base apenas nas provas que foram 
produzidas no inquérito. 
 
↳ Possíveis vícios nos atos de investigação, não afetam a futura ação penal, 
atingindo apenas os próprios atos do inquérito. 
 
● “Notitia Criminis” - Notícia do Crime: 
↳ É quando o delegado tem conhecimento do crime. 
↳ Lavratura do B.O. 
↳ Existem três cognições: 
a) cognição imediata: é espontânea, quando o delegado toma 
conhecimento da infração em sua atividade de rotina. 
b) cognição mediata: é a provocada, por meio de requisição ou 
representação. 
c) cognição coercitiva: é a que ocorre com a apresentação do indivíduo 
preso em flagrante. 
↳ Com a notícia do crime, a autoridade policial dá início à investigação. 
↳ Qualquer pessoa pode dar conhecimento do crime > “delatio criminis”. 
⇘ Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de 
infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, 
comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das 
informações, mandará instaurar inquérito. 
↳ A notícia anônima, ou inqualificada, deve ser investigada pelas autoridades 
preliminarmente. 
↳ O juiz e o MP podem requisitar nos casos de ação pública. 
 
● Instauração do Inquérito: 
↳ O inquérito é instaurado desde que se trate de uma infração penal. 
↳ É instaurado pela “notitia criminis”: 
a) de ofício pela autoridade policial; 
b) por requisição do MP ou Juiz; 
c) por requerimento; 
d) por prisão em flagrante. 
↳ Após a notificação do crime, a vítima tem 6 meses para propor a queixa (ou 
denúncia). 
↳ Instauração nos casos de: 
a) ação penal pública incondicionada: titularidade será sempre do MP 
(denúncia). 
b) ação penal pública condicionada: lei penal requere a representação da 
vítima e a requisição do Ministro da Justiça (denúncia). 
c) ação penal privada: titularidade é da própria vítima (queixa). 
 
● Procedimento do Inquérito Policial: 
↳ Após a instauração do inquérito, são realizados os atos de investigação. 
↳ É necessários observar as garantias constitucionais. 
↳ Discricionariedade: atos que o delegado entende ser necessários. 
↳ Os atos de investigação, nem sempre são iguais em todos os casos, já que a 
investigação não segue um roteiro pronto. 
↳ O delegado pratica todos os atos que achar necessário para esclarecer os 
fatos. 
↳ O CPP traz um rol exemplificativo de atos que o delegado pode e deve realizar 
diante de umainfração penal que chegou ao seu conhecimento. 
⇘ Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a 
autoridade policial deverá: 
 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e 
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos 
peritos criminais; 
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas 
circunstâncias; 
IV - ouvir o ofendido; 
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no 
Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado 
por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; 
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a 
quaisquer outras perícias; 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se 
possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; 
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, 
familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes 
e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que 
contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. 
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se 
possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável 
pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. 
⇘ Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de 
determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução 
simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem 
pública. 
⇘ Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e 
no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e 
no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do 
Adolescente), o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá 
requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa 
privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos. 
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e 
quatro) horas, conterá: 
I - o nome da autoridade requisitante; 
II - o número do inquérito policial; e 
III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela 
investigação. 
⇘ Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados 
ao tráfico de pessoas, o membro do Ministério Público ou o delegado de 
polícia poderão requisitar, mediante autorização judicial, às empresas 
prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que 
disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, 
informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos 
do delito em curso. 
§ 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da estação de 
cobertura, setorização e intensidade de radiofrequência. 
§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal: 
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, 
que dependerá de autorização judicial, conforme disposto em lei; 
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período 
não superior a 30 (trinta) dias, renovável por uma única vez, por igual período; 
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária a 
apresentação de ordem judicial. 
 
§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser 
instaurado no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas, contado do registro 
da respectiva ocorrência policial. 
§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a 
autoridade competente requisitará às empresas prestadoras de serviço de 
telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios 
técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a 
localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata 
comunicação ao juiz. 
↳ A coleta de dados precisa ser feita com rapidez e de forma que as provas 
sejam preservadas. 
↳ O Art. 6, já listado acima, diz que a investigação deve partir do local do fato. 
↳ O local é onde melhor se pode obter informações e vestígios da infração 
penal. 
↳ Apreensão de coisas: 
a) a perícia de objetos é realizada com a finalidade de apurar a eficácia 
dos mesmos; 
b) é necessários preservar o local e o objeto; 
c) os objetos apreendidos acompanham o inquérito. 
↳ O investigado, quando for realizar o interrogatório, possui o direito de ter um 
advogado junto com ele, porém não é obrigatório. 
⇘ o indivíduo precisa ser INFORMADO desse direito, é preciso dar a 
oportunidade para ele. 
⇘ o investigado também possui direito ao silêncio, sem que ele seja 
interpretado em seu prejuízo. 
⇘ não há necessidade de um curador com pessoas entre 18 e 21 anos. 
↳ É realizado o reconhecimento de pessoas e coisas. 
↳ São realizadas inúmeras perícias. 
↳ O exame de corpo de delito é realizado quando a infração deixar vestígios. 
⇘ corpo de delito: conjunto de vestígios materiais deixados pelo crime 
⇘ é realizado em vítima e objetos. 
⇘ quem realiza é a Polícia Científica: Instituto de Criminalística. 
⇘ Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de 
determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução 
simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem 
pública. 
⇘ Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e 
no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e 
no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do 
Adolescente), o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá 
requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa 
privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos. 
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e 
quatro) horas, conterá: 
I - o nome da autoridade requisitante; 
II - o número do inquérito policial; e 
III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela 
investigação. 
⇘ Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados 
ao tráfico de pessoas, o membro do Ministério Público ou o delegado de 
polícia poderão requisitar, mediante autorização judicial, às empresas 
prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que 
disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, 
 
informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos 
do delito em curso. 
§ 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da estação de 
cobertura, setorização e intensidade de radiofrequência. 
§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal: 
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, 
que dependerá de autorização judicial, conforme disposto em lei; 
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período 
não superior a 30 (trinta) dias, renovável por uma única vez, por igual período; 
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária a 
apresentação de ordem judicial. 
§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser 
instaurado no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas, contado do registro 
da respectiva ocorrência policial. 
§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a 
autoridade competente requisitará às empresas prestadoras de serviço de 
telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios 
técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam alocalização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata 
comunicação ao juiz. 
 
➔ INDICIAMENTO: 
↳ é imputar a alguém, durante o Inquérito Penal, a prática do ilícito 
penal. 
↳ é o ato de indicar uma pessoa como a provável autora do crime que 
está sendo investigado e como a principal suspeito e tornar esse fato 
público. 
↳ é um juízo de probabilidade, já que as investigações ainda estão em 
andamento. 
⇘ probabilidade ≠ possibilidade. 
↳ é um ato realizado pelo DELEGADO. 
↳ não se confunde com o ato da formal acusação. 
↳ ocorre mais ao final do Inquérito, quando o delegado já reuniu mais 
elementos investigativos, 
↳ o indiciamento não obriga que o MP se posicione. 
↳ pode ser direto ou indireto 
↳ o ato do indiciamento não é explicado pela lei. 
 
➔ IDENTIFICAÇÃO: 
↳ é o meio usado para estabelecer a identidade da pessoa que está 
sendo investigada, é a caracterização do indivíduo. 
↳ é diferente da qualificação. 
⇘ Art. 5º - CF 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação 
criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; 
↳ As Leis 12.037/09 e 12.654/12 dispõe sobre a identificação criminal: 
a) datiloscópica: 
↳ o processo datiloscópico é feito por meio das saliências 
papilares que existem nas pontas dos dedos de cada ser 
humano, ou seja, nossas impressões digitais. 
↳ cada pessoa possui a sua própria impressão digital. 
↳ a coleta de impressões digitais é um método não invasivo. 
 
b) fotografias: 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12037.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12654.htm
 
c) material genético: 
↳ foi introduzido pela LEI 12.654/12, para obtenção de perfil 
genético como forma de identificação criminal. 
↳ a coleta é feita da forma menos invasiva possível 
↳ essa modalidade ainda não está sendo aplicada no Brasil. 
↳ existe muito debate acerca desse assunto. 
 
 
● Conclusão do Inquérito: 
⇘ Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver 
sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, 
nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no 
prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 
⇘ regra geral - CPP. 
⇘ o delegado prioriza o inquérito de investigados presos, devido ao prazo 
menor e a impossibilidade de dilação de prazo. 
⇘ CELERIDADE PROCESSUAL. 
⇘ OBS: novo dispositivo dentro das normas do juiz das garantias. 
⇘ Art. 3º-B. 
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante 
representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, 
uma única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se 
ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente 
relaxada. 
↳ STF declarou parcialmente constitucional de acordo. 
↳ depende da complexidade do caso, podendo ser prorrogado uma vez se 
precisar. 
↳ juiz deve se MANIFESTAR sobre a prisão preventiva, se ela vai se manter ou 
não. 
 
⇘ Art. 51. - Lei de Drogas - O inquérito policial será concluído no prazo de 30 
(trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto. 
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados 
pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da 
autoridade de polícia judiciária. 
⇘ exemplo de prazo diferente em lei especial. 
⇘ inquérito pode ser prorrogado por igual prazo em ambos os casos. 
 
● Relatório da autoridade policial: 
↳ O inquérito irá ser finalizado por meio de um relatório, que será feito pelo 
delegado. 
↳ O relatório irá conter a exposição do que foi investigado. 
⇘ Art. 10. 
§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará 
autos ao juiz competente. 
↳ Na Lei de Drogas, o delegado deverá dizer quais foram os motivos que o 
levaram à classificação. 
 
● Remessa do Inquérito ao Fórum: 
↳ Dar “destino” ao inquérito. 
↳ É necessário observar a infração penal. 
↳ Em crimes de iniciativa privada é preciso aguardar provocação da vítima, por 
meio de queixa. 
⇘ MP não tem legitimidade, nesses casos, para seguir com a remessa. 
 
↳ Em crimes de ação penal pública, existem as seguintes opções: 
 
a) ANPP; 
⇘ acordo de não persecução penal. 
⇘ introduzido pela lei do pacote anticrime (artigo 28-A do CPP). 
⇘ é um acordo com o investigado para que não tenha ação penal. 
 
b) denúncia; 
 
c) requisição de novas diligências; 
⇘ colher novas provas. 
 
d) declinação de competência; e 
⇘ local que a ação irá correr é incompetente. 
⇘ prescrição, decadência, extinção de punibilidade. 
 
e) arquivamento. 
 
● Arquivamento do Inquérito: 
↳ Nem todo inquérito policial terá elementos suficientes para seguir com uma 
ação penal, e como é DEVER do Estado, por meio do princípio da 
obrigatoriedade, dar uma resposta à sociedade sobre a infração penal, alguns 
inquéritos são arquivados! 
⇘ o arquivamento é uma forma de resposta, mostrando para a sociedade que 
a investigação parou por falta de elementos. 
↳ Cabe ao titular da ação penal pedir o arquivamento. 
↳ O MP deve dar uma manifestação fundamentada, não podendo omitir 
nenhuma informação. 
↳ O CPP é ausente quanto às hipóteses de arquivamento, porém algumas delas 
são: 
 
a) ausência de condição ou pressupostos para a ação. 
b) falta de representação. 
c) falta de justa causa. 
d) atipicidade (material - insignificância). 
e) manifesta causa de excludente de ilicitude. 
f) causa extintiva de punibilidade. 
 
↳ Todos os inquéritos vão à PGJ ou Câmara de Coordenação e revisão de MPF, 
junto com peças de informação e TC. 
↳ Na sistemática atual do Art. 28 não há revisão do pedido de arquivamento. 
⇘ Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer 
elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público 
comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os 
autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na 
forma da lei 
⇘ está em vigor desde o final de 2023 
 
● Desarquivamento do Inquérito: 
↳ Para desarquivar o inquérito é preciso de: 
 
a) provas substancialmente novas: inéditas. 
 
 
b) formalmente novas: provas já conhecidas, mas que ganham uma nova 
versão. 
 
c) novas provas. 
⇘ Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela 
autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade 
policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver 
notícia. 
 
d) despacho do juiz. 
 
e) crimes de ação penal privada. 
⇘ Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do 
inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a 
iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues 
ao requerente, se o pedir, mediante traslado.

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