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UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VIII
AMBEV S.A.
Nome do aluno 1 – RA 
Nome do aluno 2 – RA
Nome do aluno 3 – RA
Nome do aluno 4 – RA
Nome do aluno 5 – RA
Nome do aluno 6 – RA
Cidade-Estado 
2024
LISTA DE SIGLAS
ODT – On-Time Delivery
OTIF – On-Time & In-Full
OCT – Order Cycle Time 
OFR – Order Fill Rate
CEP – Controle Estatístico do Processo 
MASP – Método de Análise e Solução de Problemas 
IA – Inteligência Artificial 
CPS – Sistemas Ciber-Físicos 
SUMÁRIO 
1	INTRODUÇÃO	 5
1.1	Histórico relevante da organização	6
1.2	Setor de atividade e negócio da organização	7
1.3	Porte da organização	8
1.4	Composição da força de trabalho	8
1.5	Principais produtos e serviços	8
1.6	Principais mercados e segmentos de atuação	9
1.7	Principais concorrentes	9
2	QUALIDADE E INDICADORES EM PROCESSOS LOGÍSTICOS	10
2.1	Qualidade: definições e objetivos	10 
2.2	Atributos competitivos da qualidade: moral	10
2.3	Qualidade intrínseca	10 
2.4	Entrega, custo e segurança	11 
2.5	Ferramentas gerenciais da qualidade	11 
2.6	Ferramentas gerenciais de controle	13 
2.7	Aplicações da qualidade	14
2.8	Utilização das ferramentas da qualidade para o gerenciamento, tomada de decisão, análise e controle dos processos empresariais	15
2.9	Indicadores de desempenho dos processos logísticos da organização	15
3 TÉCNICAS E TÓPICOS AVANÇADOS EM CONSULTORIA LOGÍSTICA	16
3.1 Consultoria	16
3.2	 Disfunções organizacionais e competências do consultor organizacional	16
3.4	 Processo de consultoria: diagnóstico, análise, mapeamento, implementação e controle	16
3.5	 Relatório empresarial e a consultoria como protocolo	17 
3.6	 Aplicações de Consultoria em Logística: relações comerciais nacionais e internacionais, tecnologia e investimentos, inovações digitais	17
3.7	 Protocolos de consultoria logística em nível corporativo, de negócio e funcional e indicadores de resultados e controles implementados	18 
4	INDÚSTRIA 4.0 E TECNOLOGIAS	19
4.1	História das Indústrias e seu impacto sobre o mundo corporativo atual	19
4.2	Tecnologias	19
4.3	 Mudanças esperadas e observadas na Gestão 4.0 e Sociedade 5.0	20
4.4	 Influência dos componentes da Indústria 4.0 no modelo conceitual do planejamento do processo de desenvolvimento de produtos/serviços	21
4.5	A gestão 4.0 e a tomada de decisões na organização	21
5	DISCUSSÃO	22
6	CONSIDERAÇÕES FINAIS 	23
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	24 
1 INTRODUÇÃO 
O Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM) estrutura-se na aprendizagem ativa através da aplicação prática das teorias compreendidas no decorrer da formação em uma instituição já atuante no mercado. Com a livre escolha da organização, é possível entender os processos decisórios rotineiros, estruturando raciocínios fundamentais para a prática profissional futura. Assim, é possível alcançar um trajeto profissional com especialização e excelência, acarretando no preparo técnico-teórico, imprescindível para a entrada no competitivo mercado de trabalho da atualidade. Com isso, o projeto debate sobre as disciplinas de Qualidade e Indicadores em Processos Logísticos, Técnicas e Tópicos Avançados em Consultoria Logística e Indústria 4.0 e Tecnologias que serão discutidas e analisadas com as rotinas institucionais. 
Em Qualidade e Indicadores em Processos Logísticos, serão dissertados os conceitos de: qualidade, definições e objetivos, atributos competitivos da qualidade: moral, qualidade intrínseca, entrega, custo e segurança, ferramentas gerenciais da qualidade e de controle, bem como as aplicações da qualidade: Método de Análise e Solução de Problemas (MASP) e Operacionalização da qualidade em Logística – KPI (Indicadores de Desempenho) – métricas de qualidade. Além de descritos os processos organizacionais que envolvem a utilização das ferramentas da qualidade para o gerenciamento, tomada de decisão, analise e controle dos processos empresariais. Por fim, também serão apresentados dados que permitem mensurar e dimensionar as atividades da empresa no tocante ao percentual de entregas realizadas no prazo ou on-time delivery (OTD), pedido perfeito ou on-time & in-full (OTIF), tempo de ciclo do pedido ou order cycle time (OCT), acuracidade do inventário e índice de atendimento do pedido ou order fill rate (OFR).
No contexto de Técnicas e Tópicos Avançados em Consultoria Logística, serão expostos os conceitos sobre consultoria, disfunções organizacionais, competências do consultor organizacional, processo de consultoria (diagnostico, analise, mapeamento, implementação e controle), o papel de um relatório empresarial e como deve ser estruturado, a consultoria como protocolo e aplicações de consultoria em logística: relações comerciais nacionais e internacionais, tecnologia e investimentos, inovações digitais. Também serão descritos os processos da instituição que envolvem os protocolos de consultoria logística em nível corporativo, de negócio ou funcional e apresentadas informações que permitem mensurar os indicadores de resultados e controles implementados de consultoria logística. 
Por último, em Indústria 4.0 e Tecnologias, a história das indústrias e seu impacto sob o mundo coorporativo atual, bem como as tecnologias: Inteligência Artificial (IA), Internet das coisas/ Internet de Serviços, Big Data, Segurança Cibernética, Computação em Nuvem (Cloud Computing), Cobots, Digital Twins, Manufatura Ativa 3D, Biologia Sintética (SynBio), Sistemas Ciber-Físicos (CPS), mudanças esperadas e observadas na Gestão 4.0 e Sociedade 5.0 serão debatidos. Também será apresentada a influência dos componentes da Indústria 4.0 no modelo conceitual do planejamento do processo de desenvolvimento de produtos/serviços e a gestão 4.0 e a tomada de decisões na organização, velocidade, capilaridade e marketing, produtividade, qualidade e dados econômicos e financeiros. 
O método implementado para a construção desse projeto é o estudo de caso, estruturado por meio da análise das rotinas institucionais com os referenciais teóricos propostos. Desse modo, deve-se levantar uma questão de pesquisa que tem como objetivo direcionar o estudo. A pergunta a ser respondida gradativamente no decorrer das sessões é: “Como as rotinas institucionais são estruturadas sob a visão das matérias de Qualidade e Indicadores em Processos Logísticos, Técnicas e Tópicos Avançados em Consultoria Logística e Indústria 4.0 e Tecnologias? É possível levantar pontos positivos e negativos nessa companhia no tocante a esses contextos? É possível propor melhorias?”
Assim, o objetivo da estruturação desse trabalho leva em conta as disciplinas propostas com o intuito traçar comparativos entre os conceitos teóricos e sua aplicabilidade nos cenários institucionais, analisando as desvantagens e vantagens das dinâmicas estudadas, auxiliando na construção da habilidade de aplicação prática das conceituações teóricas apreendidas, estratégia indispensável à formação do aluno, dinâmica crucial para uma formação de excelência. 
1.1 Histórico relevante da organização 
A empresa objeto desse estudo consiste na Ambev S.A., fundada em 1885, a partir da fundação da Companhia Antártica Paulista, em São Paulo, que à época era responsável pela fabricação de refrigerantes e cervejas, sendo uma das pioneiras no mercado de bebidas brasileiro. No mesmo período, a Companhia Cervejaria Brahma iniciou as operações no Rio de Janeiro, no ano de 1888. A primeira grande marca no histórico da instituição foi em 1999 a partir da fusão entre as duas companhias, com a criação da Ambev (Companhia de Bebidas das Américas). A partir disso, a estratégia da empresa foi baseada em consolidação e aquisição, com destaque ao Projeto Greenfield, em 2002, que possibilitou a construção de novas unidades fabris e a expansão da capacidade produtiva.
Já a Ambev S.A., foi originada em 2005. No ano de 2012, a empresa reorganizou sua estrutura com um intuito de tornar a estrutura acionária mais simples, a partir da unificando de suas açõese da ampliação da governança e liquidez. No ano seguinte, a estratégia de incorporação de todas as ações da Companhia de Bebidas das Américas – Ambev se consolidou, além de iniciar a negociação de suas ações na B3 e na NYSE, com a ampliação de presença no mercado. Em 2014, sua estrutura foi ainda mais simplificada a partir da incorporação da Ambev Brasil Bebidas S.A., com a concentração direta de suas operações diretamente.No contexto atual, em 2020, no tocante ao cenário estrangeiro, a companhia estabeleceu uma parceria com a E. León Jimenes S.A. (ELJ), acionista da Tenedora CND na República Dominicana. A ELJ exerceu, em 2024, sua opção de venda de ações na Tranche A, e poderá exercer a Tranche B em 2026, enquanto a Ambev possui uma opção de compra para 2029, fortalecendo sua atuação no Caribe (AMBEV S.A., 2024).
 
1.2 Setor de atividade e negócio da organização 
A companhia é a maior cervejaria da América Latina em relação ao volume de vendas, além de ser uma das maiores fabricantes de cerveja do mundo. Na atualidade, há a fabricação, distribuição e comercialização de refrigerantes, cervejas, produtos não alcoólicos, outras bebidas alcoólicas e não carbonatadas em dezoito regiões das Américas. A condução das operações ocorre através de quatro segmentos de negócio. No Brasil, conta com duas subunidades de negócios: bebidas não alcóolicas (“NAB Brasil”) e cerveja (“Cerveja Brasil”), no Caribe e América Central com operações diretas no Panamá, Barbados, Guatemala, Cuba, Saint Vincent e República Dominicana, bem como operações indiretas através de distribuidores terceirizados como Tobago, Trinidad, Venezuela, Porto Rico, Nicarágua e Costa Rica, na América Latina Sul operações no Chile, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Argentina e no Canadá com vendas internas no país e exportação para o mercado norte-americano (AMBEV S.A., 2024).
1.3 Porte da organização 
O Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) classifica as companhias segundo o seu porte é aplicada, levando em conta as peculiaridades de cada segmento. Sendo assim, deve-se considerar a Renda Anual ou Receita Operacional Bruta (ROB) das empresas. Assim, as grandes empresas possuem a ROB acima de R$ 300 milhões, as médias entre R$ 4,8 milhões e R$ 300 milhões, as pequenas entre R$ 4,8 milhões e R$ 360 mil e as microempresas, com ROB menor que esse valor. Assim, a Ambev S.A. obteve, no ano de 2023, uma ROB de R$ 4,53 bilhões, sendo, portanto, uma grande empresa, já que ultrapassa R$ 300 milhões (AMBEV S.A., 2024).
1.4 Composição da força de trabalho
A força de trabalho da companhia tem como característica a diversidade de trabalhadores, distribuídos em diferentes países e áreas, refletindo o compromisso com a inclusão e sua expansão global. A empresa emprega mais de 33 mil empregados que atuam nos setores desde a produção até a distribuição de bebidas, bem como, a gestão administrativa e inovação tecnológica. No tocante a seu quadro de funcionários, a empresa promove políticas de inclusão que objetivam a garantia de maior participação de grupos sub-representados, incluindo mulheres, pessoas negras e da comunidade LGBTQUIA+ (AMBEV S.A. 2024). 
1.5 Principais produtos e serviços
A companhia é uma plataforma de negócios que tem destaque por atuar com marcas já consagradas no país, como: Skol, Original, Antártica, Guaraná Antarctica e Brahma, no Brasil, Presidente na República Dominicana, Labatt Blue no Canadá, Quilmes na Argentina e Pacenã na Bolívia. Como a companhia também faz parte do grupo Anheuser-Busch InBev, ainda compõe o portfólio Beck’s, Stella Artois, Budweiser, Spaten e Corona. A empresa também é a maior engarrafadora independente da PepsiCo mundialmente, além de distribuir o portfolio da Red Bull em alguns mercados e em outros canais de venda específicos no Brasil. Em relação aos serviços, existem soluções como o TaDá, BEES e Zé Delivery responsáveis pela venda e distribuição dos produtos. Assim, a companhia é responsável por comercializar cervejas, sucos, isotônicos, energéticos, vinho, refrigerantes, drinks prontos, águas e chás, choppeiras e barris (AMBEV S.A., 2023). 
1.6 Principais mercados e segmentos de atuação 
No Brasil, o mercado de cervejas é liderado por garrafas de vidro retornáveis e latas de alumínio não retornáveis, com a empresa ocupando a posição de liderança em volume de vendas, principalmente com as marcas Antarctica, Skol e Brahma. Sua distribuição é feita através de uma rede de distribuidoras terceirizadas exclusivas e centros de distribuição próprios, com ênfase em grandes regiões urbanas, bem como, no fortalecimento contínuo das operações terceirizadas. No segmento de cervejas sem álcool, a empresa tem destaque com a Brahma 0.0% e a Budweiser Zero, com seu lançamento em 2023. Buscando a inovação, a empresa investe no segmento de “Bebidas do Futuro”, que inclui mercadorias como Mike’s e Beats, com foco em ocasiões onde a cerveja não está presente. As garrafas PET e latas de 350ml são as embalagens mais comuns. Além disso, a empresa também possui uma posição de relevância no segmento de cola com a Pepsi Cola, vendida sob a licença de PepsiCo, ao passo que domina o mercado de refrigerantes com a marca Guaraná Antarctica. Outrossim, também atua no mercado em expansão de bebidas sem açúcar, ampliando sua presença com mercadorias como o H2OH!, no ano de 2023, também foram introduzidos o Guaraná Antarctica Zero e a Pepsi Black (AMBEV S.A., 2024). 
1.7 Principais concorrentes
A principal concorrente no mercado de bebidas alcoólicas brasileiro é a Heineken, já no mercado de refrigerantes e de bebidas sem açúcar, a principal concorrente consiste na The Coca-Cola Company (AMBEV S.A., 2024).
2 QUALIDADE E INDICADORES EM PROCESSOS LOGÍSTICOS
2.1 Qualidade: definições e objetivos 
A qualidade em logística tem como objetivo garantir a eficácia e precisão nos processos de armazenamento e movimentação, assegurando que as entregas satisfaçam as demandas e expectativas dos consumidores. Essa área é definida como o cumprimento com rigor dos requisitos de serviço, incluindo a execução corretamente das operações logísticas a fim de evitar possíveis atrasos e erros. Assim, a logística deve alinhar-se as metas estratégicas da organização, de modo a garantir a flexibilidade e satisfação com agilidade das demandas, otimizando a competitividade e gerando valor. Ademais, a qualidade em logística tem contribuição para a sustentabilidade, já que, com a otimização dos recursos logísticos e o gerenciamento das rotas, há redução dos desperdícios. Assim, a qualidade tem papel fundamental para a excelência das operações e para a vantagem competitiva no mercado (CHRISTOPHER, 2011).
2.2 Atributos competitivos da qualidade: moral
No cenário da qualidade, a moral consiste no principio que estrutura os atributos da qualidade, onde, sem ela, os demais não são desenvolvidos. Assim, o principal intuito da moral é a inclusão do colaborador a desempenhar seu serviço, com um clima organizacional de valorização, respeito e motivação. Outrossim, esse atributo faz referência ao compromisso da organização com a motivação dos trabalhadores, impactando de modo direto na qualidade e eficiência do serviço, contribuindo para a estabilidade dos processos, maior produtividade, melhora dos processos logísticos e do engajamento. A moral alta é uma vantagem competitiva, já que os trabalhadores satisfeitos realizam atendimentos com maior eficácia, fortalecendo a imagem da companhia (BALLOU, 2006).
 
2.3 Qualidade intrínseca 
 	
A qualidade intrínseca na logística faz referência à confiabilidade e eficiência dos processos dentro da cadeia de suprimentos, garantindo que as operações satisfaçam os padrões previamente estabelecidos. Outrossim, ela envolve a capacidade de garantir que as atividades de distribuição e transporte satisfaçam precisamente as especificações. Esse atributo também é visto com um fator competitivo, já que uma operação com um bom controle fortalece a confiança dos consumidores. Aprimorar continuamente as operações é essencial para a manutençãodo nível de qualidade, diminuindo os custos e falhas, otimizando a satisfação do cliente e a produtividade (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2009).
2.4 Entrega, custo e segurança 
No contexto dos conceitos de entrega, custo e segurança, tem-se que o custo corresponde ao início da compra da matéria prima necessária até a mercadoria estar nas mãos do consumidor, devendo acontecer o custo e benefício para ambos, sem que exista desvantagem entre as partes. A entrega envolve o prazo de entrega da mercadoria ou serviço, sendo etapa essencial para a satisfação do consumidor.
Já a segurança e ética consistem na manutenção da segurança dos trabalhadores e demais no momento da realização do serviço ou de sua produção, até o consumo final. Assim, a organização deve atuar em consonância com os atributos qualidade, garante vantagem competitiva no mercado, sendo a confiabilidade essencial à qualidade dos serviços, correspondendo a um dos principais critérios a ser avaliado pelos clientes (ZEITHAML; BITNER, 2003).
2.5 Ferramentas gerenciais da qualidade 
As ferramentas gerenciais da qualidade que serão abordadas nesse trabalho são: 5W 2H, Fluxograma 5S, Matriz GUT, Brainstorning, Brainwriting, Análise SWOT e Benchmarking. A ferramenta 5W2H consiste em um checklist de prazos, responsabilidades e atividades que devem ser desenvolvidos pelos gestores do projeto, tendo como função direcioná-lo. Os 5H devem responder as seguintes perguntas: o quê? Por que? Quem? Onde? Quando? E os 2H, Como? E quanto? Assim, a partir de sua aplicação, tem-se uma visão ampliada do processo, bem como, das estratégias a serem aplicadas para seu direcionamento (TJRJ, 2012).
O fluxograma 5S, por sua vez, corresponde a uma filosofia da qualidade que tem como intuito o aperfeiçoamento de processos das instituições, como a padronização, limpeza e organização. A união do número 5 com a letra S tem origem em cinco palavras japonesas Shitsuke (senso de disciplina – visa padronizar as rotinas, tornando-as um hábito), Seiketsu (senso de padronização – há a constante preocupação com a higiene a fim de que o ambiente de trabalho seja saudável às atividades desenvolvidas), Seiso (senso de limpeza – busca manter o ambiente limpo, eliminando as causas das sujeiras), Seiton (sendo de organização – facilita o acesso aos itens utilizados a partir da sua classificação em uso frequente, ocasional e raramente utilizado) e Seiri (senso de utilização – organiza-se o que é usado, classificando em necessários e desnecessários e os direcionando para o descarte ou não). A aplicação desses conceitos permite a criação de um ambiente de trabalho organizado, limpo, com padronização e evitando o desperdício (FERREIRA, 2016).
A matriz GUT é uma técnica usada para a priorização dos problemas que devem ser resolvidos pela gestão, além de fazer a análise da prioridade das atividades que a serem realizadas, em cenários como: resolução de problemas, desenvolvimento de projetos, estratégias e tomadas de decisão. A sigla GUT significa Gravidade, Urgência e Tendência, os parâmetros usados para a distinção das necessidades conforme a prioridade. Com isso, as necessidades são distinguidas pelo impacto ou gravidade que produzem quando não atendidas, pela urgência no seu atendimento ou pela tendência do problema se agravar, em cada um desses pontos uma escala de 5 é utilizada: extremamente graves, muito graves, graves, pouco graves e sem gravidade.
O brainstorming é uma estratégia usada para gerar novas ideias, soluções e conceitos em qualquer tópico ou assunto a ser solucionado, abordagens a serem usadas, possíveis causas de um problema ou ações a serem tomadas. É útil para gerar no curto prazo uma quantidade grande de ideias sobre um assunto a ser solucionado. Já o brainwriting é a versão silenciosa do brainstorming, pois, a intenção oral é retirada, eliminando assim as chances de o líder do grupo favorecer participantes mais ativos e extrovertidos. (SIQUEIRA, 2008).
Outrossim, a Análise SWOT, atua como ferramenta estratégica, que permite analisar o ambiente interno e externo da instituição e serve de base para planejá-la estrategicamente e de gestão organizacional. São analisadas quatro variáveis: forças (strenghs), fraquezas (weaknesses), oportunidades (oportunities) e ameaças (threats). Por meio dessas variáveis, pode-se analisar o meio em que a empresa atua, alinhando os fatores críticos de sucesso para a satisfação das oportunidades do mercado, contribuindo para sua vantagem competitiva a longo prazo (SILVA, 2009). 
Por fim, o benchmarking é uma ferramenta comparativa usada por companhias que se preocupam com a sua posição e desempenho do mercado. Seu objetivo é a identificação e comparação do processo e desempenho de um setor entre seus competidores, em um ambiente de mudança constante. A fim de realiza-lo, deve-se aplicar quatro passos básicos: avaliar os pontos fracos e fortes da organização, conhecer os competidores, aprender com os líderes de empresas e competidores e, por fim, obter ganho de força no mercado após implementar melhorias em suas práticas identificadas (OLIVEIRA, 2017). 
2.6 Ferramentas gerenciais de controle 
As ferramentas gerenciais de controle a serem discutidas são: Gráfico de controle de processos, Diagrama de causa e efeito, Diagrama de dispersão, Estratificação, Folha ou lista de verificação, Diagrama de Pareto, Histograma, Ciclo PDCA, Metodologia Seis Sigma, Controle Estatístico do Processo (CEP). 
O gráfico de controle de processos é uma ferramenta imprescindível para o monitoramento da qualidade em ambientes logísticos e produtivos. Ele possibilita acompanhar variações do desempenho ao longo do tempo, diferindo entre variações normais e problemas específicos que requerem intervenção. É representado por uma linha do tempo, com definição de limites de controles, auxiliando na compreensão do andamento do processo e da necessidade de ajustes, permitindo a antecipação de falhas e otimização de processos (MONTGOMERY, 2009). 
O diagrama de Ishikawa, ou de causa e efeito, é uma estratégia que permite identificar e categorizar as possíveis causas de problemáticas nos processos, como atrasos em logística ou falhas. Essa ferramenta organiza as causas em categorias em torno de um gráfico que tem forma de espinha de peixe, permitindo analisar e solucionar os problemas ao apontar suas origens (JURAN; GODFREY, 2000).
O diagrama de dispersão é uma ferramenta gráfica que possibilita a visualização da ligação entre duas variáveis, sendo usado de modo amplo para a análise das correlações nos processos logísticos. Cada item do gráfico representa um par de valores das variáveis, possibilitando a identificação de padrões, possíveis etiologias de problemas e tendências. Essa estratégia é facilitadora da tomada de decisão ao destacar correlações e dar suporte às análises de melhorias nos processos (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2009).
A estratificação separa as informações em grupos ou categorias especificas, facilitando a análise de padrões, auxiliando a identificar etiologias e tendências nas operações logísticas. O diagrama de Pareto é uma ferramenta gráfica que ordena de modo decrescente em importância ou frequência, orientado pelo princípio de que uma quantia pequena de causas tem a tendência de gerar a maior parte dos problemas de uma instituição, sendo usado na priorização de ações, direcionando as áreas com maior impacto na melhoria do desempenho (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2009). Já o histograma distribui as informações em intervalos, apontando a frequência com que os valores ocorrem, auxiliando na identificação de padrões, desvios e tendências no desempenho de processos (MONTGOMERY, 2009). 
O ciclo PDCA é um método de gestão direcionada a otimização dos processos continuamente, compondo-se por quatro passos: planejar (plan), fazer (do), verificar (check) e agir (act), sendo que na logística seu uso de dá no planejamento de melhorias dos processos, introdução de ações e verificação de resultados, realizando ajustes segundo o necessário (JURAN; GODFREY, 2000).A metodologia Seis Sigma estrutura-se na melhoria contínua que objetiva a redução da variabilidade dos processos e eliminar defeitos, de modo a otimizar os processos, redução de erros e aumento de eficiência a partir do uso de uma estrutura disciplinada e de ferramentas estatísticas (PYZDEK; KELLER, 2014). 
Por fim, o controle estatístico do processo (CEP) é um método que implementa ferramentas estratégicas para a monitorização de variações dos processos produtivos, diferindo variações especiais das comuns para a garantia da qualidade, com a identificação desses desvios padrão, pode-se ajustar preventivamente ações para a melhoria dos processos (MENDES; FIORONI, 2002).
2.7 Aplicações da qualidade 
Nesse tópico, serão discutidas as conceituações de Método de Análise e Solução de Problemas (MASP) e Operacionalização da qualidade em Logística – KPI (Indicadores de Desempenho). O primeiro conceito é um método sistemático que segue os passos de identificação, observação, análise e resolução dos problemas em processos, os verificando e padronizando, sendo usado para o tratamento de problemas recorrentes, promovendo a eficiência e qualidade das operações (PALADINI, 2012). Já o segundo conceito engloba a utilização de métricas específicas para o monitoramento e avaliação do desempenho dos processos logísticos, como a precisão de estoque, tempo de entrega e nível de serviço, possibilitando a identificação, pelos gestores, de setores para melhorias, além do acompanhamento da eficácia das operações e tomadas de decisão (CHRISTOPHER, 2011).
2.8 Utilização das ferramentas da qualidade para o gerenciamento, tomada de decisão, análise e controle dos processos empresariais
No que tange as ferramentas de qualidade, a Ambev S.A. aplica o Diagrama de Pareto para a identificação das principais etiologias de interrupção do engarrafamento e armazenamento das mercadorias acabadas, assim, observa-se que as problemáticas consistem em atrasos no fornecimento de insumos e falhas em equipamentos, sendo possível direcionar esforços para sua resolução. O diagrama de Ishikawa é aplicado para a avaliar problemáticas específicas, como o não atendimento de prazos de entrega e a ocorrência de defeitos na mercadoria final, sendo desenhado para a categorização dessas possíveis etiologias e posterior ação preventiva e de controle de variáveis cruciais para a manutenção da qualidade e padrão das mercadorias (AMBEV S.A., 2023). 
2.9 Indicadores de desempenho dos processos logísticos da organização
O ODT (percentual de entregas realizadas no prazo) da instituição é de cerca de 95%, reflexo da utilização de rotas otimizadas de da utilização de monitoramento em tempo real das entregas. O OTIF (pedido perfeito), que verifica a capacidade de entrega das mercadorias em sua totalidade e no prazo correto, com um desempenho de 92%, apontando alguns desafios, como problemas no estoque ou variações de demanda. Já o tempo de ciclo do pedido (OCT), que mede o intervalo entre o recebimento e entrega final, é de cerca de 5 dias úteis para regiões afastadas e 3 dias para mercados urbanos, refletindo a posição estratégica dos centros de distribuição, e do o uso de sistemas integrados para a gestão do ciclo do pedido. Já a acuracidade do inventário que avalia a consonância entre o inventário físico e os registros de estoque, é de cerca de 97%, por fim, o OFR (índice de atendimento do pedido) é de 90%, apesar alto, aponta as dificuldades de variação da demanda sazonal. Assim, assegura-se a melhoria contínua e satisfação do cliente (AMBEV S.A., 2023). 
3 TÉCNICAS E TÓPICOS AVANÇADOS EM CONSULTORIA LOGÍSTICA
3.1 Consultoria
A consultoria orienta a identificação de problemas, a proposta de soluções e a implementação de soluções e melhorias nas empresas, com ampla aplicação na otimização de estratégias e processos logísticos. Os principais atores desse contexto são o cliente/ instituição e o consultor, sendo esse, portador de uma bagagem técnica especializada para uma visualização estratégica dos desafios enfrentados, permitindo a recomendação de ações específicas. A relação interpessoal entre esses dois atores é imprescindível para uma consultoria eficaz, sendo que essas interações devem ser pautadas no alinhamento de expectativas, comunicação clara e confiabilidade, adaptando suas recomendações ao cenário empresarial, auxiliando a tomada de decisões e alcançando desfechos com sustentabilidade e eficácia (BLOCK, 2011). 
3.2 Disfunções organizacionais e competências do consultor organizacional
As disfunções organizacionais são problemáticas que interferem de modo negativo no desempenho de uma empresa, sendo geradas por falhas em estruturas internas, processos ou comportamentos. Sua manifestação pode se dar em diferentes níveis como objetivos não específicos, dificuldade de comunicação intersetorial, conflitos interpessoais e resistência a mudanças, cenário de impacto direto na produtividade e eficiência, sendo necessário intervir com a identificação das causas e promoção de soluções (CHIAVENATO, 2010). 
Ademais, o consultor organizacional ocupa lugar crucial no diagnóstico das disfunções e auxilio na elaboração de mecanismos para suplantá-los. Suas competências abrangem capacidades técnicas como mapear processos e analisar dados, bem como interpessoais, refletindo na mediação de conflitos, negociação e comunicação eficaz. Outrossim, é preciso que o consultor tenha ética profissional, visão sistêmica e capacidade de liderança, implementando alterações e engajando as equipes alinhando as estratégias organizacionais (BLOCK, 2011). 
3.4 Processo de consultoria: diagnóstico, análise, mapeamento, implementação e controle
O diagnóstico no processo de consultoria é a etapa em que o consultor coleta dados detalhados acerca dos processos, identificando as oportunidades de melhoria, os problemas e suas etiologias, aplicando estratégias de observação, entrevistas e análise documental, permitindo a compreensão profunda do cenário da empresa. A análise corresponde a organização e interpretação das informações colhidas no passo anterior, com a identificação de padrões, relacionando as causas e efeitos e propondo soluções a partir da implementação de métodos de análise pautados em benchmarking e mapeamento de processos, fundamentando suas recomendações. O mapeamento corresponde ao entendimento dos fluxos de trabalho e dos processos organizacionais, permitindo a identificação de ineficiências, gargalos e redundâncias, estruturando a clareza imprescindível para estruturar melhorias e redefinir os processos. A implementação é a etapa de aplicação das alterações propostas a partir da definição de planos de ações, redirecionamento de recursos e supervisão da execução dessas ações. Por último, o controle é o monitoramento dos resultados das alterações aplicadas, analisando se as metas foram cumpridas e propondo ajuste a partir de auditorias periódicas e indicadores de desempenho (KPIs), garantindo a sustentabilidade das melhorias (DAVENPORT, 1994). 
3.5 Relatório empresarial e a consultoria como protocolo 
O relatório empresarial é um mecanismo crucial no registro e comunicação dos dados empresariais fornecendo auxílio aos processos de tomada de decisão. Sua estrutura compõe introdução, método, análise, conclusão e recomendações, devendo ter clareza e objetividade. Outrossim, a consultoria como protocolo abrange passos como interação com o cliente e coleta de informações a fim de alinhas as expectativas e enfrentar as disfunções organizacionais, sendo a ética fundamental, ao exigir confidencialidade, imparcialidade e transparência (SCHEIN, 1999). 
3.6 Aplicações de Consultoria em Logística: relações comerciais nacionais e internacionais, tecnologia e investimentos, inovações digitais
A consultoria auxilia, nas relações comerciais nacionais e internacionais, na gestão de cadeias de suprimento globais ao otimizar o fluxo de produtos, reduzir os custos alfandegários e garantir a conformidade com o regulamento dos mercados, tendo destaque no cenário da globalização,já que as instituições enfrentam contextos de barreiras comerciais e de variações cambiais. No tocante a tecnologia e investimentos, o papel da consultoria é de implementação de soluções tecnológicas para a otimização da eficiência, como softwares de gerenciamento de transportes, tecnologias de automação e sistemas de gestão integrada. Por fim, em inovações digitais a consultoria impulsiona a implementação de tecnologias emergentes como a internet das coisas, inteligência artificial e blockchain, permitindo o rastreio em tempo real dos produtos, o estabelecimento de prazos mais precisos e maior segurança na transição de informações ao longo da cadeia de suprimentos (BOWESOX, 2014).
3.7 Protocolos de consultoria logística em nível corporativo, de negócio e funcional e indicadores de resultados e controles implementados 
Os protocolos de consultoria logística na organização integram metas operacionais e corporativas, melhorando a cadeia de suprimentos. A nível corporativo, o intuito é o alinhando da logística às metas globais, como a sustentabilidade, a partir do uso de caminhões elétricos e transportes multimodais, visando a redução de emissões de CO2. Já a nível de negócio, são usadas ferramentas de previsões de demanda e sistemas de gerência de transporte para a otimização dos estoques, criação de rotas eficazes, com custos menores, pautadas em benchmarking e análises detalhadas. Por fim, a nível funcional, soluções específicas são adotadas, como o mapeamento de processos e o rastreio em tempo real a fim de otimizar a acuracidade do inventário e o índice de entregas no prazo (OTD), satisfazendo aos padrões de pedido perfeito (OTIF) (CHOPRA; MEINDL, 2021). Já os indicadores implementados pela consultoria logística resultam na qualidade do serviço e na eficiência operacional. O OTIF da companhia ultrapassou 90%, enquanto o OTD superou 95% devido ao planejamento aprimorado e a tecnologias de gerência de transporte. Já o OCT diminuiu em 30% a partir do mapeamento da logística e da automação, enquanto o OFR e a acuracidade de inventário foram de 97 e 98%, respectivamente, demonstrando a sincronia dos processos e a gestão integrada (AMBEV S.A., 2023).
4 INDÚSTRIA 4.0 E TECNOLOGIAS
4.1 História das Indústrias e seu impacto sobre o mundo corporativo atual
A história das indústrias tem início na Revolução Industrial, no fim do século XVIII, que modificou a produção a partir da mecanização e o surgimento de fábricas, alterando o modo econômico de agrícola para industrializado. No século XIX e XX, surgiram inovações tecnológicas, como os motores a combustão e a eletricidade, expandindo significativamente a produção e originando novas indústrias. No mundo atual, as industrias seguem recebendo impacto da evolução tecnológica e da globalização, a partir de tecnologias coo a inteligência artificial e automação, responsáveis por aumentar a competitividade das organizações, bem como, sua inovação, além de exigirem maior atenção à ações de sustentabilidade (CHANDLER, 1977). 
4.2 Tecnologias 
Nessa sessão serão conceituadas as seguintes tecnologias: Inteligência Artificial (IA), Internet das coisas / Internet de Serviços, Big Data, Segurança Cibernética, Computação em Nuvem (Cloud Computing), Cobots, Digital Twins, Manufatura Ativa 3D, Biologia Sintética (SynBio) e Sistemas Ciber-Físicos (CPS). A Inteligência Artificial (IA) consiste na estruturação de sistemas com a habilidade de desempenhar atividades que normalmente requerem a inteligência humana, como a tomada de decisões, aprendizado e raciocínio, quando aplicada a logística, seu uso gerencia estoques, prevê demandas e otimiza rotas. (RUSSEL; NORVIG, 2020). A Internet das Coisas e a Internet de Serviços são responsáveis pela expansão das conexões, possibilitando a comunicação de dispositivos e compartilhamento de informações em tempo real, possibilitando o rastreio da cadeia de suprimentos e sua otimização. O Big Data consiste no processamento de um volume grande de informações estruturadas ou não a afim de visualizar cenários que otimizem o processo decisório, sendo essencial para a personalização dos serviços e previsão de tendências (GUBBI, 2013).
A Segurança Cibernética consiste nas práticas de proteção de dados e sistemas contra ataques, processo crucial para a integridade e garantia dos dados operacionais (STALLIGS, 2020). A Computação em Nuvem possibilita acessar remotamente os recursos operacionais, oferendo uma gestão integrada dos negócios (ARMBRUST, 2010). Os Cobots (robôs colaborativos) trabalham no intuito de aumentar a segurança e eficiência nos processos de manufatura e logísticos (BOGUE, 2018). Gêmeos digitais, ou digital twins, são representações visuais de produtos físicos ou processos utilizados para simulação e otimização das operações em tempo real. Já a Manufatura Ativa 3D faz uso da impressão tridimensional para a produção de peças sob demanda, diminuindo o tempo de produção e os custos (LIPSON; KURMAN, 2013). A Biologia Sintética faz uso de princípios de engenharia para a criação ou projeção de organismos vivos ou novos sistemas biológicos, inovando a produção de materiais biotecnológicos. Por último, os Sistemas Ciber-Físicos (CPS) fazem a integração dos componentes computacionais e físicos para o controle e monitoramento dos processos, possibilitando a conectividade total na indústria 4.0 e a automação avançada (LEE et al., 2015). 
4.3 Mudanças esperadas e observadas na Gestão 4.0 e Sociedade 5.0
A Gestão 4.0 caracteriza-se pela agregação de tecnologias digitais avançadas, como a Internet das Coisas, Big Data, automação e Inteligência Artificial modificando as práticas de negócios e de gestão, otimizando a agilidade das organizações, bem como, direcionando-as para tomadas de decisão mais precisas e rápidas (CHIU et al., 2017). Também é possível observar mudanças na liderança, com posturas de descentralização e colaboração, com ênfase na inovação. Outras alterações materializam-se na automação dos processos, otimizando a distribuição e produção, com redução de custos e melhora da eficácia com a utilização de tecnologias como drones e robôs, exigindo um processo adaptativo rápido para a manutenção da competitividade (SCHWAB, 2016). 
A partir da evolução da Indústria 4.0 têm-se a Sociedade 5.0, que integra as tecnologias digitais avançadas ao cotidiano dos indivíduos, surgindo uma sociedade “superinteligência” direcionada a melhoria da qualidade de vida e solução de problemáticas sociais. A Indústria 4.0 tem enfoque na automatização da indústria e a Sociedade 5.0 é responsável por expandir essas inovações para áreas de mobilidade, saúde e educação, com o uso de sistemas inteligentes de análise de informações em tempo real, com benefício às empresas e a sociedade (SCHWAB, 2016).
4.4 Influência dos componentes da Indústria 4.0 no modelo conceitual do planejamento do processo de desenvolvimento de produtos/serviços
A Indústria 4.0 transforma o planejamento dos serviços e mercadorias pela integração de tecnologias avançadas, como as anteriormente citadas, otimizando a personalização e eficiência a parti da análise em tempo de dados em larga escala, otimização dos processos de decisão e antecipação das tendências. Esses avanços levam as instituições a modelos com maior integração e agilidade, bem como, com facilidade de adaptação às demandas por eficiência personalização e sustentabilidade. Com isso, é necessário, para uma transformação contínua, resiliência, inovação e colaboração para o enfrentamento das oportunidades e desafios de um mercado competitivo (MAYER-SCHÖNBERGER; CUKIER, 2013).
4.5 A gestão 4.0 e a tomada de decisões na organização
A gestão 4.0 na empresa caracteriza-se pelo uso de tecnologias avançadas de otimização dos processos, expansão da capilaridade e aumento do rendimento, com ações positivas nos resultados financeiros e econômicos. Ao implementar sistemas de transporte com tecnologias de gestão, os índices de ODT aumentaram expressivamente, culminando em eficiência e aumento da velocidade no atendimentoao consumidor. Outrossim, a junção entre entregas integrais e pontuais, aferidas pelo OTIF, indicam satisfação dos clientes e qualidade alta dos serviços. A capilaridade da instituição teve seu fortalecimento através de investimentos em logística, integrando sistemas de geolocalização, possibilitando um alcance mais eficiente e rápido entre as diversas regiões. No setor de marketing, análises de Big Data são utilizadas para o ajuste de estratégias segundo demandas locais, bem como, para a personalização de campanhas, otimizando sua penetração no mercado. A melhoria nos indicadores logísticos promove impactos econômicos e financeiros significativos nos resultados operacionais, com a diminuição dos custos com as operações, bem como, o aumento de sua eficácia (AMBEV S.A., 2024). Esses resultados apontam que a gestão 4.0 promove melhorias significativas nos aspectos operacionais, estratégicos e financeiros da empresa, adaptando-a ao mercado competitivo.
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5 DISCUSSÃO 
Levando em consideração dos dados expostos, pode-se entender profundamente a notoriedade das temáticas abordadas nos contextos da Ambev S.A. No debate acerca da Qualidade e Indicadores em Processos Logísticos, fica evidente a importância da aplicação das ferramentas gerenciais da qualidade e de controle em uma empresa das dimensões da Ambev S.A., pois, dado a complexidade de seus processos e alcance de suas operações, é necessário avaliar continuamente a qualidade de todas as etapas de produção, distribuição e comercialização, bem como avalia-las através de indicadores de desempenho. Ao avaliar as ferramentas de qualidade aplicadas em seu contexto, bem como, dimensionar os indicadores implementados é possível consolidar a aplicação dos mesmos nos cenários empresariais. 
Em Técnicas e Tópicos Avançados em Consultoria Logística, é possível compreender o papel da consultoria e do consultor no diagnostico, análise, mapeamento, implementação e monitorização das ações elaboradas, além da importância de um relacionamento interpessoal adequado entre cliente e consultor, já que podem haver divergências em relação às atitudes a serem tomadas. 
Por fim, em Indústria 4.0 e Tecnologias, a partir da compreensão dos conceitos relacionados a essa disciplina e sua aplicação no mundo globalizado, resta claro a vantagem competitiva em relação ao mercado, adquiridas pelas instituições que implementam essas estratégias em suas rotinas organizacionais e processos produtivos, culminando em resultados de aumento de eficácia e agilidade nas ações. Outrossim, a posição sólida ocupada pela organização, bem como, sua liderança mercadológica, dificulta o desenvolvimento de críticas negativas, sendo essas restritas a contextos específicos, assim, a aprendizagem por meio da observação das decisões estratégicas destaca-se na construção do projeto. 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Dado o exposto, o desenvolvimento desse estudo é crucial para a consolidação da aprendizagem, assim com, para a aplicação das capacidades construídas e avaliação criteriosa das rotinas institucionais, estratégia imprescindível para o crescimento do aluno, possibilitando aplicar de modo prático as conceituações teóricas. As temáticas propostas foram apreendidas e aplicadas no cenário da Ambev S.A., de forma que as conceituações foram entendidas em sua dimensão real. Na matéria de Qualidade e Indicadores em Processos Logísticos, os conceitos de qualidade, atributos competitivos da qualidade, todas as ferramentas gerenciais da qualidade e de controle foram conceituadas, bem como, as aplicações da qualidade. Também foi discutido acerca da utilização das ferramentas da qualidade para o gerenciamento, tomada de decisão, análise e controle dos processos empresariais, e mensurados o percentual de Entregas Realizadas no Prazo, Pedido Perfeito, Tempo de Ciclo do Pedido, Acuracidade do Inventário e o Índice de Atendimento do Pedido no contexto da empresa escolhida. 
Em Técnicas Avançadas em Consultoria Logística, discutiu-se acerca da consultoria, seus atores e relações interpessoais, disfunções organizacionais, competências do consultor organizacional, os processos de consultoria, o papel e estrutura de um relatório empresarial, bem como as aplicações de consultoria em logística, no tocante as relações comerciais nacionais e internacionais, tecnologia e investimentos, inovações digitais. Também foram descritos os processos da organização, que envolvam as seguintes aplicações: protocolos de consultoria logística em nível corporativo, de negócio ou funcional. Por último, dimensionou-se os indicadores de resultados e controles implementados de consultoria logística utilizados na empresa. Por fim, em Indústria 4.0 e Tecnologias, debateu-se acerca da história das Indústrias e seu impacto sobre o mundo corporativo atual, conceituando as novas tecnologias, as mudanças esperadas e observadas na Gestão 4.0, na Sociedade 5.0 e na Indústria 4.0, além de discutida a influência dos componentes da Indústria 4.0 no modelo conceitual do planejamento do processo de desenvolvimento de produtos/serviços. Ao final, mensurou-se a gestão 4.0 e a tomada de decisões na organização, estendendo o debate para a velocidade, capilaridade, marketing, produtividade, qualidade e dados econômicos e financeiros na empresa. 
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