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Trabalho, Energia e Conservação da Energia Profa. Maryleide Ventura e-mail: maryleide.ventura@gmail.com UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Fundamentos de Física Conceitos Importantes o Força: o Energia cinética (K): 𝐹𝑔 = 𝑚𝑔o Força peso (P) – Força gravitacional (Fg): Em uma dimensão (x): 𝑃 = 𝐹𝑔 (solo como referencial inercial). 𝑃 = 𝑚𝑔 o Derivada e Integral 𝐾 = 1 2 𝑚𝑣2 No SI: [J] = Joule O que é Energia ? ➢ O termo energia é tão amplo que é difícil pensar em uma definição concisa. ➢ Tecnicamente, a energia é uma grandeza escalar associada ao ESTADO (movimento, parado ...) de um ou mais objetos. ➢ Energia é um número que associamos a um sistema de um ou mais objetos. ➢Se uma força muda um dos objetos, fazendo-o entrar em movimento, por exemplo, o número que descreve a energia do sistema varia. ➢Com isso, observamos que a energia pode ser transformada de uma forma para outra e transferida de um objeto para o outro, mas a quantidade total é sempre a mesma – Energia é conservada ! ➢ Na física, energia é uma quantidade usualmente associada à capacidade de um sistema físico de realizar trabalho sobre outro. ➢ Se apresenta sob diversas formas: o mecânica, térmica, química, elétrica, magnética, etc. O que é Energia ? Trabalho ➢ O trabalho devido a uma força constante, na condição acima (direção e sentido do deslocamento retilíneo) é: (1) ➢ Vamos definir conceitos importantíssimos para a Física, e para ciência de um modo geral: No SI, [J] = Joule 𝑊 = 𝐹∆𝑥 Em que: o 𝐹→ Força (N); o ∆𝑥→Variação da posição - deslocamento (m) 1 𝐽 = 1 𝑁 ∙ 𝑚 ➢ Vamos analisar com mais detalhes a definição de trabalho. (2) ➢Somente a componente || é capaz de realizar trabalho, logo: Componente perpendicular Componente paralela 𝑊 = 𝐹∆𝑥𝑐𝑜𝑠𝜙 A Equação (2) possui a forma de um produto escalar entre dois vetores, podendo escrever: O trabalho realizado por uma força constante que forma um ângulo em relação ao deslocamento: 𝑊 = Ԧ𝐹 ∙ ∆ Ԧ𝑥 (3) Trabalho ➢ O que podemos concluir com relação as forças aplicadas nas figuras abaixo? 𝜙 0 Trabalho é positivo𝑊 > 0 Trabalho – Positivo, negativo e nulo 𝜙 > 90°(𝑎𝑡é 180°) 𝑐𝑜𝑠𝜙comprimida de 5,0 cm (Figura abaixo). Encontre (a) o trabalho realizado sobre o bloco pela mola enquanto o bloco se move de 𝑥 = 𝑥1 = −5,0 𝑐𝑚 até sua posição de equilíbrio 𝑥 = 𝑥2 = 0,0 𝑐𝑚, e (b) a velocidade do bloco em 𝑥2 = 0,0 𝑐𝑚. (a) 𝑊 = 1 2 𝑘𝑥𝑖 2 − 1 2 𝑘𝑥𝑓 2 𝑊 = 0,50 𝐽 (b) 𝑊 = 1 2 𝑚𝑣2 2 − 1 2 𝑚𝑣1 2 𝑣2 2 = 𝑣1 2 + 2𝑊 𝑚 𝑣2 2 = 0 + 2(0,50) 4,0 𝑣2 = 0,50 𝑚/𝑠 5) Em uma tela de televisão, os elétrons são acelerados por um canhão eletrônico. A força que acelera o elétron é uma força elétrica produzida pelo campo elétrico dentro do canhão. Um elétron é acelerado a partir do repouso por um canhão eletrônico até atingir a energia cinética de 2,5 KeV, em uma distância de 2,5 cm. Encontre a força sobre o elétron, supondo-a constante e com a mesma orientação do movimento do elétron. Lembrando: 1 𝑒𝑉 = 1,6 𝑥 10−19 𝐽. 𝑊 = ∆𝐾 𝐹𝑥∆𝑥 = 𝐾𝑓 − 𝐾𝑖 𝐹𝑥 = 𝐾𝑓 − 𝐾𝑖 ∆𝑥 𝐹𝑥 = 1,6 𝑥 10−14 N∆𝑥 Ƹ𝑖 Ԧ𝐹 𝑣𝑖 = 0 𝑣𝑓 Exercícios ➢ * Considere a seguinte situação: Um tomate de massa m é arremessado para cima com velocidade inicial 𝑣0, tendo uma energia cinética inicial, 𝐾𝑖 = 1 2 𝑚𝑣0 2. Na subida, o tomate é desacelerado por uma força gravitacional Ԧ𝐹𝑔 , ou seja, a energia cinética do tomate diminui, pois a Ԧ𝐹𝑔 realiza trabalho sobre o tomate durante a subida. ➢ Tomate tratado como partícula → temos: 𝑊 = 𝐹𝑑𝑐𝑜𝑠𝜙→ trabalho realizado durante um deslocamento Ԧ𝑑 . Assim, o trabalho 𝑊𝑔 realizado pela força gravitacional Ԧ𝐹𝑔 é: 𝑊𝑔 = 𝑚𝑔𝑑𝑐𝑜𝑠𝜙 (Trabalho executado por uma força gravitacional)(20) Trabalho Realizado pela Força Gravitacional ➢Na subida → Ԧ𝐹𝑔 sentido contrário ao deslocamento Ԧ𝑑: 𝑊𝑔 = 𝑚𝑔𝑑𝑐𝑜𝑠180° = 𝑚𝑔𝑑 −1 = −𝑚𝑔𝑑 ➢ Depois que o objeto atinge a altura máxima e começa a descer, o ângulo 𝜙 entre a força Ԧ𝐹𝑔 e o deslocamento Ԧ𝑑 é zero. Assim: 𝑊𝑔 = 𝑚𝑔𝑑𝑐𝑜𝑠0° = 𝑚𝑔𝑑 +1 = +𝑚𝑔𝑑 ➢O sinal positivo (+) significa que a força gravitacional transfere uma energia 𝑚𝑔𝑑 para a energia cinética do objeto. Isto está de acordo com o fato do objeto ganhar velocidade na descida. ➢O sinal negativo (−) indica que, durante a subida, a força gravitacional remove uma energia 𝑚𝑔𝑑 da energia cinética do objeto. Isto está de acordo com o fato do objeto perder velocidade na subida. (21) (22) Trabalho Realizado pela Força Gravitacional Trabalho e Energia Potencial (U) ➢ Voltemos ao exemplo do tomate - arremessado para cima. Já sabemos que, enquanto o tomate está subindo, o trabalho Wg realizado pela força gravitacional sobre o tomate é negativo, porque a força extrai energia da energia cinética do tomate. ➢ Podemos concluir que, esta energia é transferida pela força gravitacional da energia cinética do tomate para a energia potencial gravitacional do sistema tomate – Terra. ➢ O tomate perde velocidade, para e começa a cair de volta, devido a força gravitacional. ➢ Energia potencial (U): Qualquer energia associada a sistemas de corpos exercendo forças uns sobre os outros; ➢ A energia potencial está sempre relacionada a transformação de energia. Enquanto sobe, a Ԧ𝐹𝑔 realiza um trabalho negativo sobre o tomate – diminuindo sua energia cinética ( 𝐾 ). Quando desce, a Ԧ𝐹𝑔 realiza trabalho positivo – aumentando 𝐾. ➢ Durante a queda, a transferência se inverte: o trabalho Wg realizado sobre o tomate pela força gravitacional é positivo, e a força gravitacional passa a transferir energia da energia potencial do sistema tomate-Terra para a energia cinética do tomate. ➢ Tanto na subida como na descida, a variação ∆𝑼 da energia potencial gravitacional é definida como o negativo do trabalho realizado sobre o tomate pela força gravitacional. Assim, temos: ∆𝑈 = −𝑊 Enquanto sobe, a Ԧ𝐹𝑔 realiza um trabalho negativo sobre o tomate – diminuindo sua energia cinética ( 𝐾 ). Quando desce, a Ԧ𝐹𝑔 realiza trabalho positivo – aumentando 𝐾. (23) Trabalho e Energia Potencial (U) ➢ Esta equação também se aplica a um sistema massa-mola. ➢ Se empurramos bruscamente o bloco, movimentando-o para a direita, a força da mola atua para a esquerda e, portanto, realiza trabalho negativo sobre o bloco, transferindo energia da energia cinética do bloco para a energia potencial elástica do sistema bloco-mola. ∆𝑈 = −𝑊 ➢ O bloco perde velocidade até parar; em seguida, começa a se mover para a esquerda, já que a força da mola ainda está dirigida para a esquerda. A partir desse momento, a transferência de energia se inverte: a energia passa a ser transferida da energia potencial do sistema bloco-mola para a energia cinética do bloco. Trabalho e Energia Potencial (U) (23) 𝑊 = −∆𝑈 ➢ Resumidamente, temos: subida descida ➢ Esta observação nos leva a conclusão que em ambos os trajetos: (Teorema Trabalho-Energia Potencial) (24) Aumenta Diminui No SI, [J] = Joule Trabalho e Energia Potencial (U) ➢ No caso mais geral, em que a força varia com a posição (em x, por exemplo), podemos escrever o trabalho (W) ➢ Assim, podemos escrever que: ∆𝑈 = −𝑊 𝑊 = න 𝑥𝑖 𝑥𝑓 𝐹 𝑥 𝑑𝑥 ∆𝑈 = −න 𝑥𝑖 𝑥𝑓 𝐹 𝑥 𝑑𝑥 (25) (26) (27) Trabalho e Energia Potencial (U) Energia Potencial Gravitacional (Ug) Este tipo de energia está associada com a posição dos corpos em um sistema. o Trata-se de uma energia associada ao estado de separação entre dois objetos que se atraem mutuamente através da força gravitacional, na caso, o objeto - Terra. ➢ Para yi = 0 e yf = y, a partir do teorema trabalho - energia potencial determinamos: (28) (Energia potencial gravitacional) + y ∆𝑈 = −න 𝑦𝑖 𝑦𝑓 𝐹 𝑦 𝑑𝑦 Dedução ... ∆𝑈 = −න 𝑦𝑖 𝑦𝑓 −𝑚𝑔 𝑑𝑦 = 𝑚𝑔න 𝑦𝑖 𝑦𝑓 𝑑𝑦 =𝑚𝑔 𝑦𝑓 − 𝑦𝑖 = 𝑚𝑔∆𝑦 𝑈 − 𝑈𝑖 = 𝑚𝑔 𝑦 − 𝑦𝑖 o Tomamos 𝑈𝑖 como sendo a energia potencial gravitacional do sistema quando ele se encontra em uma configuração de referência na qual a partícula está em um ponto de referência 𝑦𝑖 . Normalmente, tomamos 𝑈𝑖 = 0 e 𝑦𝑖 = 0. Fazendo isso, temos então: 𝑈𝑔(𝑦) = 𝑚𝑔𝑦 (Energia potencial gravitacional) Depende apenas da posição vertical y (ou altura) da partícula em relação à posição de referência (𝑦𝑖 = 0). + y Energia Potencial Gravitacional (Ug) Energia Potencial Elástica (Uel) Este tipo de energia está associada a força restauradora: F = -kx. 𝑈𝑒𝑙(𝑥) = 1 2 𝑘𝑥2 o Trata-se da energia associada ao estado de compressão ou distensão de um objeto elástico. ➢ Para xi = 0 e xf = x, a partir do teorema trabalho - energia potencial determinamos: (Energia Potencial Elástica) (29) ∆𝑈 = −න 𝑥𝑖 𝑥 𝐹 𝑥 𝑑𝑥 Dedução ... ∆𝑈 = −න 𝑥𝑖 𝑥𝑓 −𝑘𝑥 𝑑𝑥 = 𝑘න 𝑥𝑖 𝑥𝑓 𝑥𝑑𝑥 = 1 2 𝑘𝑥𝑓 2 − 1 2 𝑘𝑥𝑖 2 𝑈 − 0 = 1 2 𝑘𝑥2 − 0 𝑈𝑒𝑙(𝑥) = 1 2 𝑘𝑥2 (Energia Potencial Elástica) Para associar um valor de energia potencial (U) ao bloco na posição x escolhemos a configuração de referência como sendo aquela na qual a mola se encontra no estado relaxado e o bloco está em xi = 0. Nesse caso, a energia potencial elástica Ui é zero. Com isso, temos: Bloco se move para direita → Fel. da mola realiza trabalho negativo sobre o bloco. Bloco se move para esquerda em direção a x = 0 → Fel. da mola realiza trabalho positivo sobre o bloco. Gráfico de energia potencial elástica da mola ideal é uma parábola: Energia Potencial Elástica (Uel) Conservação da Energia Mecânica ➢ Sabemos que: ➢ Logo: (Conservação da Energia Mecânica) 𝑊 = ∆𝐾 𝑊 = −∆𝑈 ∆𝐾 = −∆𝑈 → 𝐾𝑓 − 𝐾𝑖 = − 𝑈𝑓 − 𝑈𝑖 𝐾𝑓 + 𝑈𝑓 = 𝐾𝑖 + 𝑈𝑖 𝐸𝑚𝑒𝑐,𝑓 = 𝐸𝑚𝑒𝑐,𝑖 ➢ A energia mecânica (Emec.) de um sistema é a soma da energia potencial U do sistema com a energia cinética K dos objetos que compõem o sistema: 𝐸𝑚𝑒𝑐. = 𝐾 + 𝑈 (Energia mecânica) (30) (31) (32) (33) (34) ➢ Esta equação nos diz o seguinte: 𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐾 𝑒 𝑈 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒𝑟 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = 𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝐾 𝑒 𝑈 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒𝑟 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 , quando o sistema é isolado eapenas forças conservativas atuam sobre os objetos do sistema. Em outras palavras: Em um sistema isolado, onde apenas forças conservativas causam variações de energia, a energia cinética e a energia potencial podem variar, mas sua soma, a energia mecânica 𝐸𝑚𝑒𝑐 do sistema, não pode variar. Conservação da Energia Mecânica ➢ Este resultado é conhecido como Princípio de Conservação da Energia Mecânica. ➢ Podemos escrever este princípio de outra forma: ∆𝐸𝑚𝑒𝑐.= ∆𝐾 + ∆𝑈 = 0 Quando a energia mecânica de um sistema é conservada, podemos relacionar a soma da energia cinética com a energia potencial em um instante à soma em outro instante sem levar em conta o movimento intermediário e sem calcular o trabalho realizado pelas forças envolvidas. 𝐾𝑖 + 𝑈𝑖 = 𝐾𝑓 + 𝑈𝑓 (35) Conservação da Energia Mecânica ➢ Exemplo – Pêndulo - princípio de conservação da energia mecânica pode ser aplicado. ➢ Enquanto o pêndulo oscila, a energia do sistema pêndulo-Terra é transferida da energia cinética K para a energia potencial gravitacional U e vice- versa, coma soma K + U permanecendo constante. ➢ Se conhecemos a energia potencial gravitacional quando o peso do pêndulo está no ponto mais alto (c), a Equação da conservação nos fornece a energia cinética do peso no ponto mais baixo (e). Conservação da Energia Mecânica ➢ Vamos, por exemplo, escolher o ponto mais baixo como o ponto de referência, com energia potencial gravitacional U2 = 0. Suponha que a energia potencial no ponto mais alto seja U1 = 20 J em relação ao ponto de referência. ➢ Como o peso se imobiliza momentaneamente ao atingir o ponto mais alto, K1 = 0. Substituindo estes valores na Equação da conservação, obtemos a energia cinética K2 no ponto mais baixo: 𝐾1 + 𝑈1 = 𝐾2 + 𝑈2 0 + 20 𝐽 = 𝐾2 + 0 𝐾2 = 20 𝐽 Conservação da Energia Mecânica ➢ Exemplos: Energia na pista de skate https://phet.colorado.edu/sims/html/energy-skate-park/latest/energy-skate-park_pt_BR.html Conservação da Energia Mecânica https://phet.colorado.edu/sims/html/energy-skate-park/latest/energy-skate-park_pt_BR.html ➢ Exemplos: Conservação da Energia Mecânica 6) Na Figura, uma criança de massa m parte do repouso no alto de um toboágua, a uma altura h = 8,5 m acima da base do brinquedo. Supondo que a presença da água torna o atrito desprezível, encontre a velocidade da criança ao chegar à base do toboágua. 𝐸𝑚𝑒𝑐,𝑓 = 𝐸𝑚𝑒𝑐,𝑖 𝐾𝑓 + 𝑈𝑓 = 𝐾𝑖 + 𝑈𝑖 1 2 𝑚𝑣𝑓 2 +𝑚𝑔𝑦𝑓 = 1 2 𝑚𝑣𝑖 2 +𝑚𝑔𝑦𝑖 1 2 𝑚𝑣𝑓 2 − 1 2 𝑚𝑣𝑖 2 = 𝑚𝑔𝑦𝑖 −𝑚𝑔𝑦𝑓 1 2 𝑣𝑓 2 − 1 2 𝑣𝑖 2 = 𝑔(𝑦𝑖−𝑦𝑓) Sendo: 𝑣𝑖 = 0 e 𝑦𝑖 − 𝑦𝑓 = ℎ 𝑣𝑓 2 = 2𝑔ℎ 𝑣𝑓 = 2𝑔ℎ = 2(9,8 𝑚/𝑠²)(8,5 𝑚) = 13 m/s ≅ 47 Km/h Exercícios Exercícios 7) Um bloco de massa m = 2,0 kg é deixado cair de uma altura h = 40 cm sobre uma mola de constante elástica k = 1960 N/m. Determine a variação máxima de comprimento da mola ao ser comprimida. Nosso ponto de referência para a energia potencial gravitacional é a posição inicial do bloco. O bloco cai uma distância total h + x, e a energia potencial gravitacional final é –mg (h + x). A energia potencial da mola é 1/2kx2 na situação final, e a energia cinética é zero no começo e no fim. Como a energia é conservada, temos: Potência ➢ A taxa de variação com o tempo do trabalho realizado por uma força recebe o nome de potência. ➢ Se uma força realiza um trabalho 𝑊 em um intervalo de tempo ∆𝑡, a potência média desenvolvida durante esse intervalo de tempo é: 𝑃𝑚é𝑑 = 𝑊 ∆𝑡 (Potência média) ➢ A potência instantânea (em determinado instante de tempo t) é dada por: 𝑃 = 𝑑𝑊 𝑑𝑡 (Potência instantânea) (taxa de variação instantânea com a qual o trabalho é realizado) (36) (37) ➢ Unidades de medida no SI: 1 J/s = 1 W = 1 Watt 1 horsepower = 1 hp = 746 W ➢ Podemos observar também que o trabalho pode ser expresso como potência multiplicada por tempo, como na unidade quilowatt-hora, muito usada na prática. A relação entre o quilowatt-hora e o joule é a seguinte: 1 quilowatt-hora = 1 kW . h = (103 W)(3600s) = 3,60 x 106 J = 3,60 MJ Potência ➢ A potência instantânea também pode ser expressa por: 𝑃 = Ԧ𝐹 ∙ Ԧ𝑣 Produto escalar entre Ԧ𝐹 e Ԧ𝑣 (Potência instantânea) Potência (38) 8) Um pequeno motor é usado para operar como um elevador que levanta uma carga de peixes que pesa 500 N até uma altura de 10 m, em 20 s (Figura), com velocidade constante. O elevador pesa 300 N. Qual é a potência desenvolvida pelo motor? 𝑃 = 𝑊 ∆𝑡 Sabemos que: 𝑃 = 𝐹∆𝑥 ∆𝑡 𝑃 = (800 𝑁)(10 𝑚) (20 𝑠) = 400𝑊 mas: 𝑊 = 𝐹∆𝑥 mas: 𝐹 = 500 N + 300N = 800 N A intensidade da força 𝐹 para cima, exercida pelo motor, é igual ao peso do elevador, mais o peso dos tijolos. Assim: Exercícios •Cap. 7: Energia Cinética e Trabalho(Halliday, 8ª edição) → Problemas: 3, 13, 15, 19, 25, 27, 29, 37, 39, 49, 55, 61, 69. Exercícios para resolver •Cap. 8: Energia Potencial e Conservação da Energia (Halliday, 8ª edição) → Problemas: 3, 5, 9, 15, 21, 29, 31, 33, 37, 79.