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QUESTÕES PARA O 
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TÉCNICO - ADMINISTRAÇÃO
NV-LV195-25-1000-QUESTOES-MPU-TEC-ADM
Cód.: 7908428811181
2
SUMÁRIO
NOÇÕES DE DIREITO PENAL ..................................................................................1
 Æ DIREITO PENAL - LEI PENAL (CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO, CARACTERÍSTICAS, INTERPRETAÇÃO) .............1
 Æ CONFLITOS DE LEIS PENAIS NO TEMPO (ARTS. 1º E 2º DO CP) ...........................................................................1
 Æ LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA (ART. 3º DO CP) ...........................................................................................2
 Æ TEMPO DO CRIME (ART. 4º DO CP) ...........................................................................................................................2
 Æ CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS (ART. 12 DO CP) .............................................................................2
 Æ LUGAR DO CRIME (ART. 6 DO CP) .............................................................................................................................3
 Æ PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE (ART. 5º DO CP) ..............................................................................................3
 Æ PRINCÍPIO DA EXTRATERRITORIALIDADE (ART. 7º DO CP) ..................................................................................3
 Æ IMPUTABILIDADE PENAL (ARTS. 26 A 28 DO CP) ...................................................................................................4
 Æ CONCURSO DE PESSOAS (ARTS. 29 A 31 DO CP) ...................................................................................................5
 Æ PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE: ESPÉCIES, REGIMES E PROGRESSÃO (ARTS. 32 A 42 E 53 DO CP) .......5
 Æ DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS (ARTS. 43 A 48 E 54 A 57 DO CP) ..........................................................5
 Æ DA PENA DE MULTA (ARTS. 49 A 52 E 58 DO CP) ...................................................................................................6
 Æ DA APLICAÇÃO DA PENA (ARTS. 59 A 68 DO CP) ...................................................................................................6
 Æ DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA E DA REABILITAÇÃO (ARTS. 93 A 99 DO CP) ...................................................6
 Æ CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE (ARTS. 107 E 120 DO CP) .................................................................7
 Æ DA PRESCRIÇÃO (ARTS. 108 A 119 DO CP) ..............................................................................................................7
 Æ FUNCIONÁRIO PÚBLICO PARA FINS PENAIS (ART. 327 DO CP) ..........................................................................7
 Æ PECULATO (ART. 312 DO CP) .....................................................................................................................................8
 Æ PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM (ART. 313 DO CP) ............................................................................11
 Æ INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMA DE INFORMAÇÕES (ART. 313-A DO CP) ..................................12
 Æ CONCUSSÃO E EXCESSO DE EXAÇÃO (ART. 316 DO CP) ....................................................................................12
 Æ CORRUPÇÃO PASSIVA (ART. 317 DO CP) ...............................................................................................................12
 Æ CORRUPÇÃO PASSIVA (ART. 317 DO CP) ...............................................................................................................12
 Æ PREVARICAÇÃO (ARTS. 319 E 319-A DO CP) ..........................................................................................................13
 Æ ADVOCACIA ADMINISTRATIVA (ART. 321 DO CP) ................................................................................................13
 Æ VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL (ART. 325 DO CP) .........................................................................................13
 Æ DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL (ART. 328 
A 337-A DO CP) ...........................................................................................................................................................13
 Æ DOS CRIMES EM LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS (ARTS. 337-E A 337-P DO CP) ................14
 Æ DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA (ARTS. 338 A 359 DO CP) ........................................14
 Æ DOS CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS (ARTS. 359-A A 359-H DO CP) .............................................15
 Æ LEGISLAÇÃO PENAL E PROCESSUAL PENAL ESPECIAL - LEI Nº 7.716/1989 - CRIMES DE PRECONCEITO 
DE RAÇA OU COR .......................................................................................................................................................15
 Æ LEI Nº 13.869/2019 - LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE (ANTIGA LEI Nº 4.898/1965) ......................................17
 Æ GABARITO ...................................................................................................................................................................20
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NOÇÕES DE DIREITO 
PENAL
 Æ DIREITO PENAL - LEI PENAL (CONCEITO, 
CLASSIFICAÇÃO, CARACTERÍSTICAS, 
INTERPRETAÇÃO)
1. (FGV — 2022) Norma penal em branco é aquela que contem-
pla uma sanção, mas apresenta hipótese fática imprecisa ou 
incompleta. Para a devida aferição do preceito primário, requer 
o socorro de outra norma.
Sobre a norma penal em branco, é correto afirmar que:
a) a complementação pode ser geral, extensível ao todo do 
preceito primário;
b) a complementação pode ser geral, extensível ao todo do 
preceito secundário;
c) o objeto da complementação deve estar relacionado à atua-
lização do núcleo verbal;
d) a definição do núcleo essencial do delito é tarefa que cabe 
apenas ao legislador;
e) o início da descrição da conduta proibida, como a previsão 
do núcleo típico, pode ser complementado.
2. (FGV — 2022) A incompletude da ordem jurídica torna indis-
pensável a aplicação analógica, pela qual o sistema jurídico 
estende toda sua força reguladora a situações não previstas, 
buscando uma solução que lhe seja imanente. Sobre o tema, é 
correto afirmar que:
a) normas penais não incriminadoras gerais podem ser alvo 
do emprego do argumento analógico
b) normas penais não incriminadoras podem ser interpreta-
das em prejuízo do réu;
c) normas penais que definem o injusto culpável são passíveis 
de aplicação analógica;
d) normas penais que estabelecem as consequências jurídicas 
do injusto culpável são passíveis de aplicação analógica;
e) normas penais não incriminadoras excepcionais podem 
ser alvo do emprego do argumento analógico.
3. (FGV — 2021) Quanto à interpretação da norma penal incrimi-
nadora, fica vedada a realização de:
a) interpretação declarativa;
b) interpretação restritiva;
c) interpretação analógica;
d) interpretação extensiva;
e) analogia in malam partem.
 Æ CONFLITOS DE LEIS PENAIS NO TEMPO (ARTS. 
1º E 2º DO CP)
4. (FGV — 2022) Sobre o chamado “direito penal transitório”, 
houve quebra do princípio da continuidade normativo-típica, 
com a consequente abolitio criminis por meio da revogação de 
um tipo penal no caso de:
a) apropriação indébita previdenciária;
b) crimes contra a honra praticados por meio da imprensa;
c) rapto violento ou mediante fraude;
d) crimes contra a propriedade industrial;
e) roubo majorado pelo emprego de arma branca.
5. (FGV — 2022) Mônica foi condenada a 8 (oito) anos de reclusão, 
em regime inicialmente fechado, tendo a sentença condenatória 
transitado em julgado em 2020, quando se iniciou o cumprimen-
to da pena em estabelecimento prisional. Em 2022, a legislação 
penal sofreu modificação, reduzindo a pena máxima do delito 
cometido por Mônica para 5 (cinco) anos de reclusão.
Nesse caso, competirádo, não acobertando hipótese de valor acima do correto;
b) o tipo penal pune a conduta de cobrança de tributo acima 
do valor correto, não acobertando uso de meio vexatório;
c) o elemento subjetivo do crime é o dolo específico, consis-
tente na vontade de empregar meio gravoso na cobrança;
d) o tipo exige, além dos normais requisitos do dolo com rela-
ção aos elementos de fato, o saber que a exação é indevida;
e) a dúvida escusável diante da complexidade de determinada 
lei tributária não afeta a configuração do delito.
76. (FGV — 2022) João, servidor público da Secretaria de Fazen-
da do Estado Alfa, no exercício da função, de forma dolosa, livre 
e consciente, exigiu tributo que sabia indevido.
De acordo com o Código Penal, João, em tese, praticou crime de
a) concussão, cuja pena é de reclusão de dois a dez anos e 
multa.
b) excesso de exação, cuja pena é de reclusão de três a oito 
anos e multa.
c) emprego irregular de rendas públicas, cuja pena é de reclu-
são de um a quatro anos e multa.
d) peculato, cuja pena é de reclusão de dois a dez anos e multa.
e) corrupção ativa, cuja pena é de detenção de três a oito anos 
e multa.
77. (FGV — 2021) José, servidor público ocupante de cargo efetivo da 
Câmara Municipal de Beta, com vontade livre e consciente, exigiu, 
para si, diretamente, no exercício da função, vantagem indevida 
consistente em 30 mil reais do sócio- administrador da empresa 
Alfa, contratada por aquela Casa Legislativa, para não relatar fato 
desabonador da conduta da citada sociedade empresária.
Assim agindo, José está incurso no crime:
a) material de corrupção passiva, punível com pena de reclu-
são de quatro a dez anos, e multa;
b) formal de concussão, punível com pena de reclusão de dois 
a doze anos, e multa;
c) material de prevaricação, punível com pena de reclusão de 
dois a oito anos, e multa;
d) formal de corrupção ativa, punível com pena de reclusão de 
quatro a doze anos, e multa;
e) material de advocacia administrativa, punível com pena de 
reclusão de quatro a dez anos, e multa.
 Æ CORRUPÇÃO PASSIVA (ART. 317 DO CP)
78. (FGV — 2024) Sobre o crime de corrupção passiva, analise as 
afirmativas a seguir.
I. Quem trabalha com carteira assinada em uma sociedade 
empresária privada conveniada para execução de serviços típi-
cos de administração pública responde por corrupção passiva 
caso receba vantagens indevidas para a prática de atos relacio-
nado às suas funções.
II. O médico não concursado, que presta serviços pelo SUS, res-
ponde por corrupção passiva se receber vantagens indevidas 
para acelerar o atendimento de um paciente.
III. A relação da conduta com um ato de ofício é elemento do 
tipo na corrupção ativa, mas não da corrupção passiva em seu 
tipo fundamental.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
 Æ CORRUPÇÃO PASSIVA (ART. 317 DO CP)
79. (FGV — 2023) Atenção: o texto a seguir refere-se à próxima 
questão;
Fernando estacionou seu automóvel em local proibido do logra-
douro público, razão pela qual Marcos, guarda municipal da Pre-
feitura da cidade Alfa, se aproximou para lavrar o auto de infração, 
multá-lo e rebocar o veículo. Com o objetivo de fazer com que o 
agente público se omitisse e não praticasse o seu ato de ofício, Fer-
nando ofereceu a Marcos a quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais).
Leve em consideração o caso concreto e, com base no Código 
Penal, responda ao que se pede na próxima questão.
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Caso receba o valor, mas, mesmo assim, pratique o ato de ofício, 
então Marcos
a) terá cometido o crime de condescendência criminosa.
b) não terá cometido qualquer crime, pois não deixou de agir e 
praticou o ato de ofício, qual seja, lavrar o auto de infração, 
multar Fernando e rebocar o seu veículo.
c) terá cometido o crime de descaminho.
d) terá cometido o crime de corrupção ativa, pois recebeu van-
tagem indevida no exercício da função pública.
e) terá cometido o crime de corrupção passiva, pois recebeu 
vantagem indevida no exercício da função pública.
80. (FGV — 2020) João, oficial de justiça, solicita o pagamento de 
dois mil reais para não cumprir rapidamente um mandado de 
citação, o que acaba ocorrendo.
Nessa situação, João sujeita-se às penas previstas para o crime de:
a) concussão;
b) corrupção passiva simples;
c) prevaricação;
d) corrupção passiva com aumento de pena;
e) tráfico de influência.
 Æ PREVARICAÇÃO (ARTS. 319 E 319-A DO CP)
81. (FGV — 2023) Eriberto, oficial de justiça, recebe mandado 
judicial de despejo, a ser cumprido imediatamente. Ao chegar 
à residência para cumprir o mandado, ele percebe que a loca-
tária é uma senhora muito idosa e inválida, que ali reside com 
sua única filha, desempregada, a qual lhe pede, aos prantos, 
que lhes dê um prazo para deixarem o imóvel. Eriberto, muito 
comovido com a situação, concede-lhes, por iniciativa própria, 
um prazo de trinta dias para deixarem a casa.
Diante do caso narrado, o crime cometido por Eriberto é de:
a) condescendência criminosa;
b) desobediência;
c) desacato;
d) prevaricação;
e) improbidade.
82. (FGV — 2022) Rafael, delegado de polícia, deixou de dar 
andamento a inquérito no qual sua vizinha, Bianca, estava sen-
do investigada pela prática de crime, porque sempre achou 
Bianca uma mulher linda e sedutora.
Nesse caso, pode-se afirmar que Rafael
a) praticou peculato.
b) não cometeu crime.
c) praticou corrupção passiva.
d) agiu sob o amparo de excludente de ilicitude.
e) praticou prevaricação.
 Æ ADVOCACIA ADMINISTRATIVA (ART. 321 DO 
CP)
83. (FGV — 2024) Arnaldo é fiscal da receita do Estado de São 
Paulo e passou a patrocinar os interesses de Francisco, seu 
amigo, perante a Administração Pública. Foi constatado que os 
interesses de Francisco são ilegítimos.
Nesse caso, a conduta de Arnaldo configura
a) advocacia administrativa.
b) prevaricação.
c) corrupção passiva privilegiada.
d) exploração de prestígio.
e) favorecimento pessoal.
84. (FGV — 2024) Matheus, servidor público no âmbito do Muni-
cípio Alfa, agindo com dolo, patrocinou, indiretamente, inte-
resse privado, de natureza ilegítima, perante a Administração 
Pública, valendo-se da qualidade de agente público. Registre-
-se que a conduta de Matheus não teve qualquer relação com 
matéria tributária.
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, é 
correto afirmar que Matheus responderá pelo crime de
a) advocacia administrativa, na modalidade qualificada.
b) corrupção ativa, na modalidade qualificada.
c) peculato, na modalidade qualificada.
d) advocacia administrativa simples.
e) corrupção ativa simples.
85. (FGV — 2022) Matusalém, funcionário do INSS, aborda pes-
soas na fila da perícia da autarquia e oferece seus préstimos 
particulares, mediante uma retribuição pecuniária, para iniciar 
processos administrativos com o objetivo de conseguir para os 
particulares benefícios previdenciários na agência onde traba-
lha, recebendo, inclusive, poderes dos particulares, por meio de 
procurações, para dar andamento aos mencionados processos.
Nesse caso, é correto afirmar que a conduta de Matusalém
a) é atípica em virtude do relevante valor moral de ajudar os 
necessitados.
b) configura crime de usurpação de função pública.
c) configura crime de falsidade ideológica.
d) configura crime de corrupção ativa.
e) configura crime de advocacia administrativa.
 Æ VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL (ART. 325 
DO CP)
86. (FGV — 2024) Filisteu, funcionário público, forneceu a Pau-
lo, empresário, a relação dos contribuintes e seus respectivos 
dados pessoais constantes do banco de dados da Administração 
Pública para que este enviasse mensagens de marketing e brin-
des de sua empresa.
A utilização efetiva dos dados repassados não chegou a ocorrer 
e Filisteu não cobrou ou recebeu qualquer vantagem para for-
necer os dados.
Diante de tal situação hipotética, em relação à conduta de Filis-
teu, pode-se afirmar corretamenteque
a) o fato é atípico, pois não houve uso efetivo das informações 
e nem recebimento de vantagem pessoal.
b) Filisteu cometeu o crime de favorecimento pessoal.
c) Filisteu cometeu o crime de condescendência criminosa.
d) Filisteu cometeu o crime de violação de sigilo funcional.
e) Filisteu cometeu o crime de advocacia administrativa.
 Æ DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR 
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL (ART. 
328 A 337-A DO CP)
87. (FGV — 2024) Mário, proprietário de uma pequena loja no 
município Alfa, adquiriu, com dolo e em proveito próprio, no 
exercício de atividade comercial, mercadoria de procedência 
estrangeira desacompanhada de documentação legal.
14
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, é 
correto afirmar que Mário responderá pelo crime de:
a) excesso de exação;
b) tergiversação;
c) contrabando;
d) descaminho;
e) peculato.
88. (FGV — 2022) João dos Santos é empresário e suprimiu con-
tribuição previdenciária, ao omitir receitas auferidas e demais 
fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias nos 
documentos comerciais e tributários da sua empresa.
É correto afirmar que essa conduta caracteriza crime de
a) apropriação indébita previdenciária.
b) sonegação de contribuição previdenciária.
c) crime contra a ordem tributária.
d) descaminho.
e) falsificação de documento público.
89. (FGV — 2022) Assinale a opção que se subsume ao tipo penal 
da corrupção ativa (Art. 333 do CP).
a) Instigar funcionário público a apropriar-se de bem cuja 
posse lhe foi confiada em razão do cargo.
b) Solicitar a médico de hospital público que ateste uma enfer-
midade inexistente.
c) Prometer vantagem indevida a funcionário público para que 
retarde ato de ofício, ainda que aquele recuse a proposta.
d) Determinar a funcionário público subordinado que aplique 
recursos públicos em finalidade diversa da prevista.
e) Solicitar a funcionário público que revele informação sigi-
losa da qual tem conhecimento em razão de seu cargo.
 Æ DOS CRIMES EM LICITAÇÕES E CONTRATOS 
ADMINISTRATIVOS (ARTS. 337-E A 337-P DO CP)
90. (FGV — 2023) Acerca dos crimes em licitações e contra-
tos administrativos, inseridos no Código Penal pela Lei nº 
14.133/2021 (Nova Lei de Licitações e Contratos Administrati-
vos), assinale a afirmativa correta.
a) O crime de frustração do caráter competitivo de licitação 
consiste em patrocinar, direta ou indiretamente, interes-
se privado perante a Administração Pública, dando causa 
à instauração de licitação ou à celebração de contrato cuja 
invalidação vier a ser decretada pelo Poder Judiciário.
b) O crime de perturbação de processo licitatório consiste 
em afastar ou tentar afastar licitante por meio de violên-
cia, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem de 
qualquer tipo.
c) O crime de afastamento de licitante consiste em impedir, 
perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de pro-
cesso licitatório.
d) O crime de contratação direta ilegal consiste em admitir, 
possibilitar ou dar causa à contratação direta fora das hipó-
teses previstas em lei.
e) O crime de fraude em licitação ou contrato consiste em admi-
tir empresa ou profissional declarado inidôneo à licitação.
91. (FGV — 2023) O Ministério Público ofereceu denúncia em 
face de João, empresário, ao argumento de que o denunciado 
fraudou o caráter competitivo de processo licitatório realizado 
pelo Estado de Sergipe, com o intuito de obter, para si, vanta-
gem decorrente da adjudicação do objeto da licitação.
No curso da relação processual, o acusado João comprovou 
que não logrou obter qualquer vantagem em razão da fraude 
empregada. Ademais, demonstrou-se, em juízo, que o Esta-
do de Sergipe não arcou com qualquer prejuízo, ao verificar e 
sanar as vicissitudes existentes em tempo hábil.
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal e o 
entendimento dominante do Superior Tribunal de Justiça, João 
responderá pelo crime de frustração do caráter competitivo de 
licitação, na modalidade:
a) tentada, por se tratar de crime material, estando sujeito às 
penas de reclusão e de multa, sendo certo que a última não 
poderá ser inferior a 1% do valor do contrato licitado;
b) consumada, por se tratar de crime formal, estando sujeito 
às penas de reclusão e de multa, sendo certo que a última 
não poderá ser inferior a 2% do valor do contrato licitado;
c) tentada, por se tratar de crime formal, estando sujeito às 
penas de reclusão e de multa, sendo certo que a última não 
poderá ser inferior a 1% do valor do contrato licitado;
d) consumada, por se tratar de crime material, estando sujeito 
às penas de reclusão e de multa, sendo certo que a última 
não poderá ser inferior a 1% do valor do contrato licitado;
e) tentada, por se tratar de crime formal, estando sujeito às 
penas de detenção e de multa, sendo certo que a última não 
poderá ser inferior a 2% do valor do contrato licitado.
92. (FGV — 2021) Caio e Tício são sócios e únicos diretores 
responsáveis por uma empresa de construção. Desejosos de 
participar de uma licitação para a construção de uma escola 
pública e movidos pelo interesse de executar uma obra impe-
cável, apresentam uma proposta 15% mais barata do que os 
valores normalmente contratados com o setor público para 
obras semelhantes. Contudo, considerando que o edital exigia 
que a empresa contratada não tivesse sido declarada inidônea – 
requisito que a empresa de Caio e Tício não possuía – os sócios 
decidem forjar um documento simulando que a declaração de 
inidoneidade de sua empresa fora anulada judicialmente. Ao 
final do processo licitatório, a empresa de Caio e Tício é selecio-
nada e a obra é executada pelo valor previsto. Seis meses depois 
de entregue a obra, contudo, a falsificação é descoberta.
Nesse caso, a responsabilidade penal de Caio e Tício correspon-
de a:
a) crime de inserção de dados falsos em sistema de informa-
ções (Art. 313-A, do Código Penal);
b) crime de contratação inidônea (Art. 337-M, do Código 
Penal);
c) crime de corrupção (Art. 317, do Código Penal);
d) crime de fraude em licitação ou contrato (Art. 337-L, do 
Código Penal);
e) nenhum crime, pois a obra foi realizada e não houve prejuí-
zo à Administração Pública.
 Æ DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA 
JUSTIÇA (ARTS. 338 A 359 DO CP)
93. (FGV — 2024) Caio, após matar o seu desafeto, mediante 
disparos de arma de fogo, inovou, artificiosamente, o local do 
crime, de forma a simular a ocorrência de uma troca de tiros em 
legítima defesa, com o fim de induzir a erro o juiz de um futuro 
processo penal e eventual perito.
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, é 
correto afirmar que Caio, além do homicídio, responderá pelo 
crime de:
a) exercício arbitrário das próprias razões;
b) coação no curso do processo;
c) favorecimento pessoal;
d) favorecimento real;
e) fraude processual.
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94. (FGV — 2023) Maia, ao ser despedida por sua empregadora 
Asterope, ajuizou uma ação trabalhista em face dela e requereu 
o pagamento de horas extras e de adicional de insalubridade. 
Celeno foi nomeada como perita do juízo para verificar a exis-
tência de insalubridade e Alcíone depôs como testemunha da 
ré na audiência de instrução. Considerando o disposto no Códi-
go Penal, analise as afirmativas a seguir.
I. Se Alcíone sabe que Maia realizava horas extras, mas nega 
conscientemente a verdade em seu depoimento na audiência 
de instrução, configura-se o crime de falso testemunho, punido 
com a pena de reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
II. Se Alcíone se retrata na ação trabalhista antes da sentença, o 
fato deixa de ser punível.
III. Se Asterope oferece dinheiro para que Celeno afirme falsa-
mente no laudo pericial que Maia não trabalhava em condições 
insalubres, configura-se crime punido com reclusão, de três a 
quatro anos, e multa.
IV. Se Celeno aceita o suborno de Asterope e afirma falsamente 
no laudo pericial entregue no processo que Maia não trabalhava 
emcondições insalubres, configura-se o crime de falsa perícia, 
com causa de aumento de pena de um sexto a um terço.
Está correto o que se afirma em:
a) somente I e II;
b) somente II e IV;
c) somente I, II e III;
d) somente I, III e IV;
e) I, II, III e IV.
95. (FGV — 2022) Quanto ao delito de coação no curso do proces-
so, assinale a afirmativa correta.
a) Trata-se de crime comum, desprovido de especial fim de 
agir.
b) Trata-se de crime material, de perigo concreto à adequada 
prestação de resolução de conflitos.
c) Para a configuração do crime é necessário que a pessoa inti-
midada atue no processo.
d) É irrelevante para a configuração do crime se a ameaça deri-
va de um motivo justo.
e) O delito, por ser formal, não admite a forma tentada na sua 
execução.
 Æ DOS CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS 
(ARTS. 359-A A 359-H DO CP)
96. (FGV — 2023) Sobre os crimes em espécie, diante das situações 
hipotéticas apresentadas a seguir, assinale a afirmativa correta.
a) Mário fez declaração falsa sobre fatos, para eximir-se parcial-
mente do pagamento do tributo devido, razão pela qual deve 
responder por crime tributário, desde que efetuado o lança-
mento definitivo do tributo suprimido.
b) Moisés, servidor público, valeu-se de interposta pessoa para 
patrocinar o interesse ilegítimo de seu amigo Marcelo, a pedi-
do deste, perante o órgão público em que trabalha. Nesse caso, 
Moisés e Marcelo incidem no mesmo tipo penal.
c) Moacir, ordenador de despesas, após inscrever em restos a 
pagar montante superior ao permitido em lei, no exercício 
financeiro subsequente, deixou de promover o cancelamento 
respectivo. Assim, deve responder por crime único.
d) Márcio, no exercício da função pública, emitiu certidão com 
informações em desacordo com a realidade, alterando a ver-
dade sobre fato juridicamente relevante, devendo responder 
pela falsidade material.
e) Marcos, servidor público comissionado, nos 180 primeiros 
dias do mandato do Chefe do Poder Executivo, executou ato 
que acarretou aumento de despesa total com pessoal, deven-
do ser responsabilizado por crime contra as finanças públicas.
97. (FGV — 2023) Quanto aos Crimes contra as Finanças Públi-
cas, previstos no capitulo v do Título XI (Crimes contra a 
Administração Pública) do vigente Código Penal, avalie se as 
seguintes afirmativas a seguir são falsas (F) ou verdadeiras (V):
I. Pratica crime o agente público que, sem prévia autorização 
legislativa, ordena, autoriza ou realiza operação de crédito, sen-
do o fato atípico se o valor total for inferior a 100 (cem) salários 
mínimos.
II. Pratica crime o agente público que ordena ou autoriza a 
assunção de obrigação cuja despesa não possa ser paga no 
mesmo exercício financeiro, sendo o fato atípico se ocorrer nos 
dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou da 
legislatura.
III. Pratica crime o agente público que deixar de ordenar, de 
autorizar ou de promover o cancelamento do montante de res-
tos a pagar inscrito em valor inferior ao permitido em lei.
As afirmativas são, respectivamente,
a) V - V - V.
b) V - V - F.
c) V - F - V.
d) F - V - V.
e) F - F - F.
98. (FGV — 2021) Mévio é prefeito de um pequeno município, 
sempre muito preocupado com o bem-estar dos cidadãos de 
sua cidade. Diante da proximidade do final de seu segundo 
mandato – faltando seis meses para terminar – e decidido a 
não disputar nenhum cargo eletivo, Mévio resolve tomar uma 
medida impopular, mas extremamente necessária: a constru-
ção de uma rede de esgoto sanitário no bairro mais pobre do 
município. Mévio sabia que a despesa total da obra não poderia 
ser paga no mesmo exercício financeiro e que as parcelas res-
tantes não possuíam contrapartida suficiente de disponibilida-
de de caixa, mas, mesmo assim, ordenou a despesa, pois sabia 
que tal medida jamais seria tomada por outro político, uma vez 
que não reverteria em votos nem apoio político.
Nesse caso, é correto afirmar que Mévio:
a) praticou crimes contra as finanças públicas (Capítulo IV do 
Título XI do Código Penal);
b) praticou crimes contra a administração pública em geral 
(Capítulo I do Título XI do Código Penal);
c) praticou crimes contra a administração da justiça (Capítulo 
III do Título XI do Código Penal);
d) praticou crimes contra a administração pública estrangeira 
(Capítulo II-A do Título XI do Código Penal);
e) não praticou nenhum crime.
 Æ LEGISLAÇÃO PENAL E PROCESSUAL PENAL 
ESPECIAL - LEI Nº 7.716/1989 - CRIMES DE 
PRECONCEITO DE RAÇA OU COR
99. (FGV — 2024) Acerca da Lei nº 14.532/2023, que alterou a lei 
de crimes raciais(Lei nº 7.716/89), é correto afirmar que
a) o crime de injúria racial não se equipara ao crime de racis-
mo, o qual possui tipificação específica e acarreta a sua 
imprescritibilidade.
b) houve a previsão de causa de aumento quando o crime de 
racismo ocorre em contexto ou com intuito de descontra-
ção, diversão ou recreação, configurando o denominado 
racismo recreativo.
c) quando o crime de injúria racial ou por origem da pessoa 
for cometido por funcionário público no exercício de suas 
funções ou a pretexto de exercê-las, a pena é diminuída, em 
razão de sua fé pública.
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d) o plenário do STF julgou reconhecendo a possibilidade de 
aplicação acordo de não persecução penal (ANPP) em cri-
mes raciais, nas hipóteses de presença dos requisitos para 
oferta desta medida despenalizadora.
e) na hipótese de o crime de racismo ser cometido por inter-
médio dos meios de comunicação social ou postagem em 
redes sociais ou na internet, a apuração será impossível, 
tendo em vista o direito a intimidade.
100. (FGV — 2024) Acerca do tema liberdade religiosa, pesquisa 
divulgada recentemente pela Rede Nacional de Religiões Afro-
-Brasileiras e Saúde (Renafro) e pela entidade Ilê Omolu Oxum 
aponta que 91,7% de pais e mães de santo brasileiros já ouvi-
ram algum tipo de preconceito por conta da religião por elas 
escolhida.
A esse respeito, é correto afirmar que
a) a Lei nº 14.532/2023 prevê que, na hipótese de o crime de 
racismo ser praticado em contexto de atividade religio-
sa, a pessoa será isenta de pena, em razão da liberdade de 
opinião.
b) o preâmbulo da Constituição da República de 1988, que pos-
sui natureza jurídica de lei ordinária, afirma que o país, que 
é Estado laico, está “sob a proteção de Deus”.
c) o conceito de intolerância religiosa é idêntico ao de racismo 
religioso, pois ambos delimitam as situações de violência e 
preconceito vivenciados por pessoas que professam reli-
giões cristãs.
d) a Constituição da República de 1988 afirma que é inviolável 
a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o 
livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da 
lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
e) o crescente número de casos de depredação de terreiros de 
matriz africana decorre da ausência de regulamentação do 
funcionamento destes locais de culto, que produzem muito 
barulho e desrespeitam as normas urbanísticas.
101. (FGV — 2024) A Lei nº 7.716/1989 apresenta diversas moda-
lidades de racismo.
Sobre esta temática, assinale a afirmativa correta.
a) Racismo recreativo, quando ocorrerem em contexto ou 
com intuito de descontração, diversão ou recreação.
b) Injúria racial, que não se equipara ao crime de racismo.
c) Racismo reverso, praticada por pessoas negras contra pes-
soas brancas.
d) Racismo ambiental, que ocorre em locais destinados a 
práticas esportivas, artísticas ou culturais destinadas ao 
público.
e) Racismo não existe, pois vivemos uma democracia racial no 
Brasil.
102. (FGV — 2023) Acerca dos crimes de preconceito de raça ou 
de cor, previstos na Lei nº 7.716/89, é correto afirmar que
a) se o crime de induzir preconceito de raça for cometido 
pelos meios de comunicação social, uma medida possível 
de combate ao preconceito é a interdição das respectivas 
mensagens na rede mundial de computadores.
b) serão punidos, na forma da Lei nº 7.716/89, os crimes resul-
tantes de discriminação ou preconceito deraça, cor ou 
etnia. Os crimes resultantes de preconceito de religião ou 
procedência nacional não são abarcados pela referida lei.
c) constitui efeito automático da condenação a perda do cargo 
ou função pública, para o servidor público, e a suspensão 
do funcionamento do estabelecimento particular por prazo 
não superior a três meses.
d) a conduta de veicular símbolos que utilizem a cruz suástica, 
para fins de divulgação do nazismo, não constitui crime, em 
razão do direito fundamental à liberdade de expressão.
103. (FGV — 2023) A lei que tipifica o crime de racismo é a lei 
7716/89.
O ato é classificado como crime inafiançável e imprescritível e 
sujeito à reclusão, com pena máxima de 5 anos. (com base na 
Lei nº 7716/89, recentemente modificada pela Lei nº 14.532/23).
A Constituição Federal também traz uma previsão a respeito 
do crime de racismo, em seu Art. 5º, inciso XLII, e afirma que a 
prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescrití-
vel, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
Sobre a prática do racismo, assinale a afirmativa incorreta.
a) Racismo é todo o ato ou comportamento que revele precon-
ceito ou discriminação em razão de raça, cor da pele, etnia, 
origem ou procedência nacional.
b) Racismo recreativo é aquela conduta praticada com intuito 
de descontração, diversão ou recreação e por esse motivo 
não é punido pelo ordenamento jurídico nacional.
c) O racismo não se limita à previsão legal, ele vai muito além, 
consistindo em um conjunto de hábitos, comportamentos e 
práticas, que de forma direta e indireta, afirmam a superio-
ridade de determinados grupos étnicos sobre outros.
d) Como um desdobramento do racismo estrutural, o cha-
mado racismo religioso também é uma realidade. Ocorre, 
majoritariamente, por meio de condutas discriminatórias e 
preconceituosas contra religiões, territórios sagrados, tra-
dições e culturas, principalmente a afro-brasileira. É uma 
forma de desacreditar uma crença religiosa, considerando-
-a de menor importância do que outras.
e) A Convenção lnteramericana contra o Racismo, a Discrimi-
nação Racial e Formas Correlatas de Intolerância recebeu 
status de emenda constitucional no nosso país.
104. (FGV — 2023) Nos termos da Lei n° 7.716/89, com relação 
aos delitos resultantes de preconceito de raça ou de cor, é cor-
reto afirmar que
a) a suspensão do funcionamento do estabelecimento parti-
cular envolvido na prática delitiva por prazo não superior 
a 6 (seis) meses constitui um dos efeitos automáticos da 
condenação.
b) configura crime o impedimento, por motivo de preconceito 
de raça ou cor, do acesso de alguém devidamente habilitado 
a qualquer cargo superior, desde que integrante da Admi-
nistração Pública Direta, exceto quando envolvida promo-
ção funcional.
c) aquele que, em anúncios ou qualquer outra forma de recru-
tamento de trabalhadores, exigir aspectos de aparência 
próprios de raça ou etnia para emprego cujas atividades 
não justifiquem essas exigências está sujeito à pena de 
prestação de serviços à comunidade, exceto em atividades 
de promoção da igualdade racial.
d) a fabricação ou comercialização de ornamentos que uti-
lizem a cruz suástica para fins de divulgação do nazismo 
configura delito punível com a pena de detenção, salvo 
quando configurar exercício das liberdades constitucionais 
de expressão do pensamento ou manifestação artística.
e) os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor pra-
ticados com intuito de descontração, diversão ou recreação 
terão a pena aumentada de 1/3 (um terço) até a metade.
105. (FGV — 2022) Uma página das redes sociais, promotora da 
ideologia nacional socialista, está publicando anúncios para 
comercializar distintivos da cruz suástica, a fim de serem colo-
cados em peças de vestuário, mochilas, automóveis, objetos de 
uso pessoal etc.
Acerca dessa situação, assinale a afirmativa correta.
a) Tal conduta é punível com pena de detenção.
b) O juiz, ainda antes do inquérito policial, poderá determinar 
a busca e apreensão do material comercializado.
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c) Embora tal comercialização seja proibida, em razão da 
liberdade de expressão, a publicação na rede social não 
pode ser retirada do ar.
d) A cessação da publicação somente pode ser requerida pelo 
Ministério Público, titular da ação penal.
e) O material apreendido pode ser destruído após a prolação 
da sentença penal condenatória de 1º grau.
106. (FGV — 2022) Sobre os crimes de racismo previstos na Lei 
nº 7.716/1989, assinale a afirmativa correta.
a) Inexiste mandado constitucional expresso para a criminali-
zação do racismo.
b) Somente a publicação feita em meios impressos é circuns-
tância qualificadora do crime de incitação ao racismo.
c) O texto da Lei nº 7.716/1989 já criminaliza a homotransfobia, 
sendo desnecessária lei específica para essa finalidade.
d) A fabricação de ornamento com a cruz suástica é um fato 
típico se houver o propósito de divulgação de ideais nazistas.
e) O delito de injúria racial não é previsto na Lei nº 7.716/1989 e, 
por isso, não é classificado com um crime de racismo.
107. (FGV — 2022) Beatriz é funcionária de órgão da Administra-
ção Pública Indireta há 20 anos e possui gabaritada qualifica-
ção profissional. Há 5 anos, sua promoção funcional foi obstada, 
sob o fundamento de que negros não alcançariam esse avanço 
na carreira.
Nesse caso, podemos afirmar que houve
a) crime previsto no parágrafo único do art. 3º, da Lei nº 
7.716/89, que define os crimes resultantes de preconceito de 
raça ou de cor.
b) contravenção penal.
c) houve a extinção de punibilidade, já que o crime está 
prescrito.
d) fato atípico.
e) houve a decadência do direito de representação.
 Æ LEI Nº 13.869/2019 - LEI DE ABUSO DE 
AUTORIDADE (ANTIGA LEI Nº 4.898/1965)
108. (FGV — 2024) Acerca do crime de abuso de autoridade, ana-
lise as seguintes disposições:
I. Pode ser sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qual-
quer agente público, servidor ou não, da administração dire-
ta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território, 
exceto membros dos Tribunais de Contas.
II. Para fins de caracterização do crime de abuso de autorida-
de, é considerado agente público aquele que exerce, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, 
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidu-
ra ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou 
entidade da administração direta, indireta ou fundacional de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, 
dos Municípios e de Território.
III. Os crimes de abuso de autoridade estão sujeitos à ação penal 
pública incondicionada, sendo, contudo, admitido o ajuiza-
mento de ação penal privada se a denúncia não for ajuizada no 
prazo de 6 (seis) meses.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III, apenas.
e) I, II e III.
109. (FGV — 2024) De acordo com a Lei de Abuso de Autoridade 
(Lei nº 13.869/2019), assinale a opção que indica uma das penas 
restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade 
previstas nessa Lei.
a) Cassação dos direitos políticos.
b) Multa no valor de até 20 (vinte) salários mínimos.
c) Suspensão dos direitos políticos por até 8 (oito) anos.
d) Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públi-
cas, com prazo máximo de 5 (cinco) anos.
e) Suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, 
pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a perda dos venci-
mentos e das vantagens.
110. (FGV — 2023) Luís e Oscar são servidores públicos do Estado 
de Santa Catarina. Luís é namorado de Lúcia, por quem Oscar é, 
sigilosamente, apaixonado. Ocupando cargo de chefia no órgão 
público, Oscar descobre que há um processo administrativo 
de interesse de Luís. Visando prejudicar Luís, Oscar presta-lhe 
informações falsas sobre o procedimento administrativo em 
curso.
Nessecaso, é certo que a conduta de Oscar pode ser enquadra-
da em
a) abuso de autoridade.
b) peculato.
c) falsidade ideológica.
d) prevaricação.
e) advocacia administrativa.
111. (FGV — 2023) Foi noticiado pela imprensa que um membro 
do Tribunal de Contas do Estado Alfa teria requerido vista de 
determinado processo e vinha demorando, de maneira dema-
siada e injustificada, para analisá-lo e, consequentemente, 
devolvê-lo. Ao fim da reportagem, foi informado que o objetivo 
do requerimento de vista era o de retardar o julgamento, obrar 
que configuraria crime de abuso de autoridade.
À luz da sistemática instituída pela Lei nº 13.869/2019, é corre-
to afirmar que a conduta atribuída ao membro do Tribunal de 
Contas do Estado Alfa:
a) configura crime, considerando o atuar doloso e o enqua-
dramento na tipologia legal;
b) não configura crime, considerando que o referido diploma 
normativo não é aplicado à atividade do Tribunal de Contas;
c) somente configura crime se for demonstrada a finalidade 
específica de se praticar o núcleo do tipo com o objetivo de 
obter vantagem patrimonial indevida;
d) somente configura crime se for demonstrada a presença do 
dolo ou, alternativamente, da culpa, elemento normativo do 
tipo fundado na infração a um dever jurídico funcional;
e) somente configura crime se for demonstrada a finalidade 
específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo 
ou terceiro, ou por mero capricho ou satisfação pessoal.
112. (FGV — 2023) Joel é servidor da guarda municipal do Muni-
cípio Delta e no exercício de suas atribuições praticou ato tipi-
ficado como crime de abuso de autoridade. Em razão disso, foi 
instaurado o respectivo processo administrativo disciplinar, 
após o que foi recebida a denúncia pelo aludido crime pelos 
mesmos fatos. O processo administrativo seguiu tramitando 
e culminou na aplicação da pena de demissão. Após a aplica-
ção da penalidade administrativo-disciplinar, o juízo criminal 
absolveu Joel por reconhecer que ele estava em legítima defesa.
Diante dessa situação hipotética, à luz do disposto na Lei nº 
13.869/2019, é correto afirmar que:
a) o recebimento da denúncia em face de Joel deveria ter sus-
pendido o processo administrativo disciplinar até decisão 
final de mérito acerca do delito;
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b) o processo administrativo não deveria ter sido instaurado 
antes do pronunciamento do juízo criminal acerca dos fatos 
imputados a Joel;
c) a sentença penal que absolveu Joel não pode repercutir na 
esfera administrativo-disciplinar, na medida em que não 
reconheceu a inexistência de autoria;
d) o reconhecimento criminal de que Joel estava em legítima 
defesa faz coisa julgada no âmbito administrativo-disciplinar;
e) a penalidade de demissão deve ser cassada, considerando 
que toda sentença absolutória penal repercute na esfera 
administrativo-disciplinar, ainda que o fundamento seja a 
ausência de provas.
113. (FGV — 2023) Acerca dos crimes de abuso de autoridade, 
previstos na Lei nº 13.869/2019, é correto afirmar que:
a) os crimes de abuso de autoridade, além do dolo, exigem a 
presença de elemento subjetivo especial, isto é, a finalidade 
específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo 
ou a terceiro, ou, ainda, a atuação por mero capricho ou 
satisfação pessoal;
b) aquele que exerce função pública transitoriamente ou sem 
remuneração não é considerado autoridade pública, de 
modo que não pode figurar como sujeito ativo nos crimes 
de abuso de autoridade;
c) nos crimes de abuso de autoridade, a queixa subsidiária 
pode ser oferecida pelo ofendido, ainda que ausente qual-
quer inércia por parte do Ministério Público;
d) os crimes de abuso de autoridade são de ação penal pública 
condicionada a representação da vítima, ou, quando inca-
paz, de seu representante legal;
e) os particulares jamais poderão concorrer para os crimes de 
abuso de autoridade, pois estes são privativos de agentes 
públicos.
114. (FGV — 2023) Jeremias, Policial Militar, efetuou a prisão em 
flagrante de Paulo, que furtava alguns objetos de uma loja quan-
do a guarnição estava passando pela rua. Durante a captura, Jere-
mias não se identificou, cobrindo o seu nome na farda. Durante 
o interrogatório na Delegacia de Polícia, Martha, Delegada de 
Polícia, se identificou como uma escrivã, com o intuito de gerar a 
empatia de Paulo, influenciando-o a confessar o crime.
De acordo com a Lei nº 13.869/19 (Lei do Abuso de Autoridade),
a) Jeremias e Martha cometeram crimes previstos na Lei de 
Abuso de Autoridade.
b) embora Martha tenha cometido crime previsto na Lei de 
Abuso de Autoridade, Jeremias agiu conforme a lei, pois 
não tem obrigação de se identificar quando da prisão em 
flagrante de alguém.
c) embora Jeremias tenha cometido crime previsto na Lei de 
Abuso de Autoridade, Martha agiu conforme a lei, pois não 
deixou de se identificar ao preso quando do seu interroga-
tório, mas apenas atribuiu a si cargo falso com o intuito de 
obter a verdade dos fatos.
d) tanto Jeremias quanto Martha agiram em conformidade 
com a lei, não tendo cometido quaisquer crimes.
e) somente Martha cometeu crime, pois a Lei de Abuso de 
Autoridades não se aplica aos Policiais Militares.
115. (FGV — 2023) Mariah, guarda municipal do município Alfa, 
está em patrulhamento de rotina com a sua colega de farda quan-
do visualiza, através do portão de uma residência, uma senhora 
passando mal e caindo ao solo desfalecida. Imediatamente, pula o 
portão que divide o quintal da casa do logradouro público, invade a 
residência, e traz a senhora para ser socorrida do lado de fora pela 
ambulância que já havia sido chamada por sua colega.
Nessa situação hipotética, e levando em consideração a Consti-
tuição da República de 1988 e a Lei nº 13.869/19 (Lei do Abuso de 
Autoridade), Mariah
a) cometeu crime previsto na Lei de Abuso de Autoridade, na 
medida em que invadiu imóvel alheio à revelia da vontade 
do ocupante sem determinação judicial e fora das condições 
estabelecidas em lei.
b) cometeu crime previsto na Lei de Abuso de Autoridade, visto 
que a lei e a Constituição de República somente excepcionam 
o ingresso no imóvel alheio em caso de haver fundados indí-
cios que indiquem a sua necessidade em razão de situação de 
flagrante delito ou de desastre.
c) não cometeu qualquer crime, pois o ingresso no imóvel alheio 
ocorreu com o estrito fim de prestar socorro a sua ocupante.
d) em um primeiro momento, não cometeu qualquer crime; 
contudo, após ter salvado a ocupante do imóvel, deveria ter se 
dirigido à autoridade judiciária competente a fim de ratificar a 
sua conduta.
e) cometeu crime previsto na Lei de Abuso de Autoridade, pois só 
poderia ter invadido a residência caso a senhora tivesse grita-
do por ajuda.
116. (FGV — 2023) Maciel teve sua prisão temporária prolongada 
sem motivo justo e excepcionalíssimo, por decisão de Xavier, 
diretor da unidade prisional em que Maciel estava custodiado.
Esgotado o prazo legal para que ele fosse posto em liberdade, 
Xavier ignorou dolosamente o alvará de soltura por 5 (cinco) 
dias, com o objetivo de prejudicar Maciel, seu inimigo declarado.
Sobre o procedimento de Xavier, assinale a afirmativa correta.
a) Ele praticou o crime de corrupção passiva privilegiada.
b) Ele praticou o crime de abuso de autoridade.
c) Ele praticou o crime de desobediência.
d) Não praticou crime algum, tendo em vista que o alvará de 
soltura foi cumprido.
117. (FGV — 2023) Acerca dos crimes de abuso de autoridade 
definidos na Lei n° 13.869/2019, é correto afirmar que
a) a eventual divergência na interpretação de lei ou na ava-
liação de fatos e provas configura abuso de autoridade na 
modalidade culposa.
b) o membro de Poder Legislativo não pode ser sujeito ativo do 
crime de abuso de autoridade.
c) a punição por conduta culposa é inadmissível nos tipos 
penais descritos como abuso de autoridade.
d) os crimes de abuso de autoridade estão sujeitos à ação 
penal pública condicionada à representação, sendo desca-
bida a ação penal privadasubsidiária.
e) a perda do cargo, mandato ou função pública é aplicável 
automaticamente como efeito da condenação, mesmo ao 
não reincidente em crimes de abuso de autoridade.
118. (FGV — 2022) Antônio, servidor público federal, no exercício 
da função e de forma livre e consciente, constrangeu a depor, 
sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de profissão, devia 
guardar segredo e resguardar sigilo. Com base na Lei de Abuso de 
Autoridade, Antônio respondeu à ação penal na qualidade de réu 
primário e foi condenado à pena privativa de liberdade e multa.
No caso em tela, de acordo com a Lei nº 13.869/2019, é efeito da 
condenação:
a) a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função 
pública, pelo período de oito anos;
b) a suspensão dos direitos políticos, pelo período de oito anos;
c) a perda do cargo público e a inabilitação para o exercício de 
cargo, mandato ou função pública, de forma perpétua;
d) tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo 
crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na 
sentença o valor mínimo para reparação dos danos causados 
pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos;
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e) reparar os danos materiais e morais eventualmente sofridos 
pela vítima, que terá legitimidade concorrente com o Minis-
tério Público para promover a ação penal e a correlata ação 
civil indenizatória.
119. (FGV — 2022) Assinale a afirmativa verdadeira, no tocan-
te ao tipo penal de abuso de autoridade previsto na Lei nº 
13.869/2019.
a) Trata-se de crime de ação penal pública condicionada.
b) Agentes públicos da administração pública indireta não 
podem figurar como sujeito ativo do delito.
c) A Lei nº 13.869/2019 não admite a aplicação de penas restri-
tivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade.
d) Dentre os possíveis sujeitos ativos encontram-se membros 
das Forças Armadas, do Poder Legislativo, do Poder Execu-
tivo, do Poder Judiciário, bem como dos tribunais de contas.
e) O ato de identificar-se falsamente ao preso por ocasião de 
sua captura não constitui hipótese de abuso de autoridade 
nos moldes da Lei nº 13.869/2019.
120. (FGV — 2022) Configura hipótese de delito de abuso de 
autoridade:
a) a busca domiciliar iniciada durante o dia que se estenda 
para depois das 21h;
b) proceder à obtenção de prova, em procedimento de investi-
gação, apenas aparentemente lícita;
c) proceder à obtenção de prova, em procedimento de fiscali-
zação, apenas aparentemente lícita;
d) a investigação preliminar de fato ou o recebimento de notí-
cia de fato de natureza criminal;
e) estender injustificadamente a investigação, procrastinan-
do-a em prejuízo do investigado.
121. (FGV — 2022) José foi contratado como estagiário, por 
processo seletivo simplificado, para atuar numa Delegacia de 
Polícia. Após ter acesso aos autos de certo inquérito policial, 
divulgou trecho de gravação indevidamente, sem relação com 
qualquer prova que se pretendia produzir, expondo a intimida-
de e a vida privada do investigado.
Sobre o caso apresentado, analise as afirmativas a seguir.
I. José, em razão de ser estagiário, não pode ser sujeito ativo dos 
crimes previstos na Lei de Abuso de Autoridade.
II. José praticou crime previsto na Lei de Abuso de Autoridade, 
mas, por haver violação de intimidade do investigado, a ação 
penal será pública condicionada à representação do ofendido.
III. As penas previstas na Lei de Abuso de Autoridade podem ser 
aplicadas a José independentemente das sanções de natureza 
civil ou administrativa cabíveis.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e II, apenas.
122. (FGV — 2022) Relativamente aos crimes previstos na Lei de 
Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019), é correto afirmar que:
a) constitui crime de abuso de autoridade o cumprimento de 
mandado de busca domiciliar após as 21h;
b) constitui efeito da condenação a inabilitação para o exer-
cício de cargo, mandato ou função pública pelo período de 
seis anos;
c) a ação penal será pública condicionada à representação do 
ofendido ou de quem legalmente o represente;
d) a suspensão condicional da pena é vedada nos crimes de 
abuso de autoridade;
e) constitui crime de abuso de autoridade o responsável pelas 
investigações divulgar a atribuição de culpa, após concluí-
das as apurações e formalizada a acusação.
123. (FGV — 2022) Com o objetivo de direcionar os servidores 
nas relações com os usuários do serviço público, João, presiden-
te da autarquia federal Alfa, constituiu um grupo de discussão 
para que fossem elaboradas algumas diretrizes informativas 
em relação à configuração dos crimes de abuso de autoridade 
previstos na Lei nº 13.869/2019, de modo a evitar a sua prática.
Após algumas reuniões, o grupo concluiu que:
I. o especial fim de agir deve estar presente para o enquadra-
mento de qualquer conduta na tipologia legal;
II. o elemento normativo da culpa é admitido em caráter excep-
cional, exigindo que o especial conhecimento da ilicitude 
decorra de dever funcional expresso;
III. a divergência na avaliação de fato impede a configuração da 
infração penal; e
IV. o exercício temporário de função pública, junto a qualquer 
estrutura estatal de poder, em razão de determinação legal, 
afasta a figura do sujeito ativo do crime.
À luz dos balizamentos estabelecidos pela Lei nº 13.869/2019, 
em relação às conclusões do grupo de discussão, está correto 
o que se afirma em
a) I, II, III e IV.
b) I, III e IV, apenas.
c) I, II e IV, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II e IV, apenas.
124. (FGV — 2022) Armando, Juiz de direito, está respondendo a 
processo por crime previsto no art. 9º da Lei nº 13.869/2019, por 
suspeita de ter decretado a prisão de Gustavo em desconfor-
midade com a lei. A defesa alega extinção de punibilidade, pela 
decadência, visto que Gustavo não apresentou a representação 
no prazo devido.
Nesse caso, pode-se afirmar que
a) houve a extinção de punibilidade pela decadência, uma 
vez que a representação não foi apresentada no prazo de 6 
meses.
b) houve a extinção de punibilidade pela decadência, uma 
vez que a representação não foi apresentada no prazo de 3 
meses.
c) não há que se falar em extinção de punibilidade pela deca-
dência, visto que os crimes previstos na Lei 13.869/2019 são 
de ação penal pública incondicionada.
d) houve a extinção de punibilidade, uma vez que a queixa-cri-
me não foi apresentada no prazo de 6 meses.
e) houve a extinção de punibilidade, uma vez que a queixa-cri-
me não foi apresentada no prazo de 3 meses.
125. (FGV — 2021) Constitui delito de abuso de autoridade cum-
prir mandado de busca e apreensão domiciliar:
a) fora do período de luminosidade solar;
b) após as 18h ou antes das 6h;
c) após as 20h ou antes das 8h;
d) após as 21h ou antes das 5h;
e) fora do horário de expediente forense.
20
 Æ GABARITO 
1 D 46 D
2 A 47 E
3 E 48 C
4 E 49 C
5 D 50 E
6 E 51 D
7 D 52 E
8 D 53 A
9 C 54 C
10 C 55 A
11 A 56 E
12 A 57 D
13 E 58 E
14 B 59 A
15 D 60 B
16 C 61 A
17 D 62 D
18 B 63 B
19 B 64 C
20 C 65 A
21 E 66 B
22 C 67 D
23 E 68 D
24 A 69 A
25 A 70 A
26 C 71 A
27 E 72 D
28 B 73 B
29 A 74 B
30 C 75 D
31 C 76 B
32 C 77 B
33 A 78 E
34 C 79 E
35 D 80 D
36 A 81 D
37 E 82 E
38 C 83 A
39 C 84 A
40 B 85 E
41 C 86 D
42 C 87 D
43 D 88 B
44 B 89 C
45 B 90 D
91 B 109 E
92 B 110 D
93 E 111 E
94 E 112 D
95 D 113 A
96 C 114 A
97 E 115 C
98 A 116 B
99 B 117 C
100 D 118 D
101 A 119 D
102 A 120 E
103 B 121 C
104 E 122 A
105 B 123 D
106 D 124 C
107 A 125 D
108 C
ANOTAÇÕESao Juiz da execução
a) cientificar o Ministério Público e a defesa da condenada 
acerca do advento da nova lei mais benéfica, a fim de que seja 
ajuizada ação de revisão criminal perante o juízo de origem.
b) informar ao juízo de origem sobre o advento da nova lei mais 
benéfica, a fim de que proceda à alteração da sentença.
c) a aplicação de lei posterior que, de qualquer modo, favoreça 
a condenada, desde que ainda não tenha ocorrido o trânsito 
em julgado da sentença condenatória.
d) a aplicação de lei posterior que, de qualquer modo, favoreça a 
condenada.
e) a aplicação de lei posterior que, de qualquer modo, favore-
ça a condenada, desde que o crime pelo qual foi condenada 
não seja hediondo com resultado morte, hipótese em que os 
autos devem ser remetidos ao juízo de origem.
6. (FGV — 2022) A respeito das normas e princípios que regem a 
aplicação da lei penal no tempo e no espaço, é correto afirmar que:
a) admite-se sejam as normas penais incriminadoras criadas 
por lei, medida provisória ou decreto legislativo;
b) considera-se praticado o crime no momento de seu resul-
tado, ainda que outro seja o momento da ação ou omissão;
c) aplica-se a lei penal incriminadora mais gravosa a fatos 
anteriores já decididos por sentença condenatória transita-
da em julgado;
d) aplicam-se as regras gerais do Código Penal aos crimes pre-
vistos em lei especial, se esta dispuser de maneira diversa;
e) aplica-se a lei penal temporária, embora decorrido o perío-
do de sua duração, aos fatos praticados durante a sua 
vigência.
2
 Æ LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA (ART. 3º 
DO CP)
7. (FGV — 2023) 1º cenário: em 01/04/2023, em razão de circuns-
tâncias extraordinárias e de forma fundamentada, foi editada, 
pelo Congresso Nacional, uma lei penal excepcional. 2º cenário: 
em 01/04/2023, em razão de circunstâncias pontuais e de forma 
fundamentada, foi editada, pelo Congresso Nacional, uma lei 
penal temporária.
Nesses cenários, à luz das disposições do Código Penal, é cor-
reto afirmar que os fatos praticados durante a vigência da lei 
penal excepcional:
a) somente serão por ela regidos enquanto perdurarem as 
circunstâncias que ensejaram a edição da norma. Por outro 
lado, os fatos praticados durante a vigência da lei penal 
temporária serão por ela regidos, mesmo após o transcurso 
do período de duração da legislação, salvo se a nova legisla-
ção for mais benéfica ao acusado;
b) serão por ela regidos, ainda que cessadas as circunstâncias 
que ensejaram a edição da norma, salvo se a nova legislação 
for mais benéfica ao acusado. Por outro lado, os fatos prati-
cados durante a vigência da lei penal temporária somente 
serão por ela regidos no período de duração da legislação;
c) somente serão por ela regidos enquanto perdurarem as 
circunstâncias que ensejaram a edição da norma. Por outro 
lado, os fatos praticados durante a vigência da lei penal 
temporária serão por ela regidos, mesmo após o transcurso 
do período de duração da legislação;
d) serão por ela regidos, ainda que cessadas as circunstâncias 
que ensejaram a edição da norma. No mesmo sentido, os 
fatos praticados durante a vigência da lei penal temporária 
serão por ela regidos, mesmo após o transcurso do período 
de duração da legislação;
e) serão por ela regidos, ainda que cessadas as circunstân-
cias que ensejaram a edição da norma. Por outro lado, os 
fatos praticados durante a vigência da lei penal temporária 
somente serão por ela regidos no período de duração da 
legislação.
8. (FGV — 2022) Quanto à aplicação da lei penal no tempo, é cor-
reto afirmar que:
a) a lei penal em branco tem em comum com a lei excepcional 
o regime específico da ultratividade gravosa;
b) a lei penal em branco tem em comum com a lei excepcional 
a impossibilidade de revogação por lei posterior;
c) quando o complemento da lei penal em branco não tem 
natureza penal, a norma não se submete às regras que dis-
ciplinam a sucessão de leis penais no tempo;
d) quando o complemento da lei penal em branco objetiva 
assegurar efeito regulador, a norma não se submete ao cri-
tério da ultratividade;
e) em relação à norma penal em branco, o “fator tempo” com-
ponente do tipo penal incriminador é tido como dispensá-
vel para garantir sua real eficácia.
9. (FGV — 2022) De acordo com as normas e os princípios que 
regem a aplicação da lei penal no tempo e no espaço, é correto 
afirmar que:
a) as normas penais incriminadoras podem ser criadas por 
lei, convenção ou decreto legislativo;
b) considera-se praticado o crime no momento de seu resul-
tado, ainda que outro seja o momento da ação ou omissão;
c) a lei temporária, embora decorrido o período de sua dura-
ção, aplica-se aos fatos praticados durante a sua vigência;
d) as regras gerais do Código Penal aplicam-se aos crimes pre-
vistos em lei especial, mesmo que esta disponha de manei-
ra diversa;
e) a lei penal posterior mais benéfica aplica-se aos fatos ante-
riores, desde que não decididos por sentença condenatória 
transitada em julgado.
 Æ TEMPO DO CRIME (ART. 4º DO CP)
10. (FGV — 2024) No ano de 2020, durante a pandemia de Covid 
19, após uma briga por prioridade na vacinação, Caio disparou 
três tiros com sua arma de fogo na direção de Tício, que foi atin-
gido e levado ao hospital por transeuntes; entretanto, após ficar 
em coma induzido por 30 dias, Tício veio a falecer em decor-
rência dos ferimentos causados por Caio. No dia da briga, Caio 
tinha 17 anos, 11 meses e 26 dias de idade, enquanto Tício tinha 
69 anos, 11 meses e 26 dias de idade.
Com base nos dados narrados, pode-se afirmar corretamente 
que
a) Caio tornou-se inimputável posteriormente e pode ser res-
ponsabilizado criminalmente, pois o Código Penal adota a 
teoria do resultado quanto ao tempo do crime.
b) Caio praticou o crime de homicídio extemporâneo, pois o 
Código Penal adota a teoria da ubiquidade quanto ao tempo 
do crime.
c) Caio é considerado inimputável quanto ao fato narrado, 
pois a legislação adota a teoria da atividade relativamente 
ao tempo do crime.
d) Caio tornou-se imputável posteriormente e pode ser res-
ponsabilizado pelo crime de homicídio, uma vez que o Códi-
go Penal adota a teoria da ultra-atividade quanto ao tempo 
do crime.
e) Caio é considerado retroativamente imputável, uma vez 
que o resultado consumou-se quando o mesmo já havia 
atingido a maioridade penal.
11. (FGV — 2023) Josué, cidadão brasileiro com 17 (dezessete) 
anos e 29 (vinte e nove) dias de idade, disparou arma de fogo 
contra Jacó; como consequência, Jacó foi atingido e faleceu no 
hospital 30 (trinta) dias depois.
Sobre o tempo do crime, o vigente Código Penal adota a teoria
a) da atividade.
b) do resultado.
c) do nexo causal.
d) da ubiquidade.
e) atemporal.
12. (FGV — 2021) Quanto ao “tempo do crime”, o Código Penal 
brasileiro adota a teoria:
a) da atividade;
b) do resultado;
c) da ubiquidade;
d) da consumação;
e) do efeito.
 Æ CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS 
(ART. 12 DO CP)
13. (FGV — 2022) Nos crimes de ação múltipla ou conteúdo 
variado, a prática, pelo agente, de mais de um núcleo da mesma 
norma penal incriminadora no mesmo contexto fático implica 
crime único em razão do princípio da:
a) especialidade;
b) subsidiariedade;
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c) consunção;
d) absorção;
e) alternatividade.
14. (FGV — 2022) Dentro dos critérios de solução do conflito 
aparente de normas, é correto afirmar que o princípio da:
a) subsidiariedade é presidido por mera análise lógica res-
peitante aos elementos constitutivos dos tipos penais 
decorrentes;
b) subsidiariedade estabelece que a incidência da norma prin-
cipal, que tem uma sanção mais grave, afasta a incidência 
da norma subsidiária;
c) subsidiariedade é presidido por mera análise lógica refe-
rente a em que medida haveria uma relação de gênero e 
espécie essencialmente formal;
d) especialidade tem uma estrutura lógica de interferência, 
exigindo um juízo de valor do fato em relação às normas;
e) especialidade tem uma estruturalógica de interferên-
cia, não de subordinação, exigindo uma verificação em 
concreto.
 Æ LUGAR DO CRIME (ART. 6 DO CP)
15. (FGV — 2023) Para fins de incidência da lei brasileira, o Códi-
go Penal regulamenta o tempo e o lugar do crime.
De acordo com o referido diploma normativo, assinale a afir-
mativa correta.
a) A lei brasileira é aplicável aos crimes ocorridos a bordo de 
embarcações e aeronaves públicas estrangeiras, quando 
atracadas em porto ou em pouso em solo nacional.
b) Para fins de aplicação da lei penal no tempo e no espaço, 
considera-se praticado o crime no lugar e no momento da 
ação e do resultado.
c) A lei temporária é aplicada ao fato praticado durante sua 
vigência, embora decorrido o período de sua duração, exce-
to se cessadas as circunstâncias que a determinaram.
d) As embarcações brasileiras, de natureza pública ou privada, 
que estejam em alto-mar ou em mar territorial brasileiro, 
são consideradas extensão do território nacional.
e) O atentado à vida do presidente da República é o caso de 
extraterritorialidade condicionada da lei penal brasileira, 
devendo o autor do fato ingressar em território nacional.
16. (FGV — 2023) São teorias adotadas no Código Penal em rela-
ção ao tempo e ao lugar do crime, respectivamente:
a) da atividade e da territorialidade;
b) da anterioridade e da territorialidade;
c) da atividade e da ubiquidade;
d) da temporariedade e da ubiquidade;
e) da alteridade e mista.
17. (FGV — 2023) Acerca de aplicação da lei penal, nos termos do 
vigente Código Penal, avalie as afirmativas a seguir.
I. Por força do princípio da especialidade, as regras gerais do 
Código Penal aplicam-se aos fatos incriminados por lei espe-
cial, ainda que está disponha de modo diverso.
II. Por força do princípio da soberania, aplica-se a lei brasileira ao 
crime cometido no território nacional, com prevalência absoluta 
sobre convenções tratados e regras de direito internacional.
III. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a 
ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se pro-
duziu ou deveria produzir-se o resultado.
Está correto o que se afirmar em
a) I, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III, apenas.
e) I, II e III.
 Æ PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE (ART. 5º DO 
CP)
18. (FGV — 2023) Suponha que, no interior de uma aeronave pri-
vada brasileira a serviço do governo brasileiro, foi cometido um 
delito de furto quando tal aeronave estava localizada em aero-
porto de país estrangeiro.
Nesse caso, de acordo com o Código Penal brasileiro, é correto 
afirmar que
a) pelo princípio da territorialidade, deverá ser aplicada ape-
nas a lei penal estrangeira, uma vez que se trata de aerona-
ve privada, ainda que a serviço do governo brasileiro, que se 
encontrava em território estrangeiro no momento em que o 
delito foi cometido.
b) poderá ser aplicada a lei penal brasileira, por serem consi-
deradas como extensão do território nacional as aeronaves 
brasileiras, ainda que privadas, a serviço do governo brasi-
leiro, onde quer que se encontrem.
c) pelo princípio da extraterritorialidade da lei penal brasilei-
ra, esta poderá ser aplicada ao delito cometido no interior 
de aeronave privada brasileira a serviço do governo brasi-
leiro, desde que haja requerimento do Ministro da Justiça às 
autoridades estrangeiras do país onde o delito foi cometido.
d) pelo princípio da extraterritorialidade da lei penal brasilei-
ra, esta poderá ser aplicada ao delito cometido no interior 
de aeronave privada brasileira a serviço do governo brasi-
leiro, desde que haja requerimento do Ministro das Rela-
ções Exteriores às autoridades estrangeiras do país onde o 
delito foi cometido.
19. (FGV — 2022) Dionísio, durante a realização do carnaval de 
rua no Rio de Janeiro, é flagrado subtraindo um aparelho celular 
de pessoa embriagada. Ao ser submetido à revista, são encon-
trados seis outros aparelhos de telefonia móvel. Conduzido à 
Delegacia de Polícia, se identifica como agente consular grego, 
informação que é verificada e confirmada.
Diante desse quadro, em termos de responsabilidade penal, 
Dionísio:
a) não responderá por crime, por ter imunidade diplomática;
b) responderá de acordo com a lei penal brasileira;
c) não responderá por crime, por ter imunidade total;
d) responderá de acordo com a lei penal grega;
e) não responderá por crime, por ter imunidade funcional.
 Æ PRINCÍPIO DA EXTRATERRITORIALIDADE (ART. 
7º DO CP)
20. (FGV — 2024) Pierre, cidadão estrangeiro, praticou o delito 
de estupro em face da brasileira Marina, maior e capaz. O cri-
me foi praticado em Estado estrangeiro, onde há incriminação 
da conduta, tal como ocorre no Brasil. Passado algum tempo, 
como o autor do fato e a vítima retornaram ao Brasil, o Ministé-
rio Público ajuizou ação penal pública incondicionada em face 
de Pierre, como incurso nas penas do delito de estupro.
Sobre o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
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a) Há o preenchimento das condições de aplicação da lei penal 
brasileira ao fato ocorrido no exterior; porém, a ação penal 
depende de representação da vítima.
b) Há o preenchimento integral das condições de aplicação da 
lei penal brasileira ao fato ocorrido no exterior, sendo viável 
a responsabilização do autor do fato.
c) Não há o preenchimento das condições de aplicação da 
lei penal brasileira, pois ausente requisição do Ministro da 
Justiça.
d) Não há o preenchimento das condições de aplicação da lei 
penal brasileira, pois o autor do fato é estrangeiro, e a nacio-
nalidade da vítima é indiferente à extraterritorialidade da 
lei penal brasileira.
e) A aplicação da lei penal brasileira ao fato independe de qual-
quer condição, por se tratar de crime praticado mediante 
violência.
21. (FGV — 2024) Segundo a vigente legislação, os crimes con-
tra o patrimônio da União Federal ficam sujeitos à lei brasileira, 
ainda que cometidos no estrangeiro.
Essa norma é fundamentada no
a) Princípio da atividade.
b) Princípio de taxatividade.
c) Princípio da ultratividade.
d) Princípio da excepcionalidade.
e) Princípio da extraterritorialidade.
22. (FGV — 2023) Caio caminha pelas ruas de um Estado estran-
geiro quando é surpreendido por Tício, brasileiro, que lhe des-
fere diversas ofensas, incluindo uma “cusparada” no rosto. O 
delito de injúria real é fato típico e ilícito em ambos os países.
A respeito do caso relatado, é correto afirmar que
a) se Caio também for brasileiro, caberá a aplicação da lei bra-
sileira aos fatos ocorridos no exterior. A ação penal será 
pública incondicionada, por se tratar de injúria real.
b) a lei brasileira é aplicável ao caso, desde que Tício retorne ao 
Brasil, independentemente de ter havido, ou não, persecu-
ção penal na origem.
c) ainda que Tício retorne ao Brasil, a lei brasileira não é apli-
cável ao caso, por se tratar de extraterritorialidade condi-
cionada da lei penal brasileira.
d) se o fato tivesse ocorrido no Brasil, envolvendo estrangei-
ros, o Brasil não poderia reconhecer a aplicação da lei penal 
estrangeira ao fato ocorrido em território nacional.
e) a hipótese é de extraterritorialidade condicionada, bastan-
do que Tício retorne ao Brasil e que Caio ajuíze a compe-
tente queixa-crime para que haja a aplicação da lei penal 
brasileira.
 Æ IMPUTABILIDADE PENAL (ARTS. 26 A 28 DO CP)
23. (FGV — 2023) Mévio foi vítima de crime de roubo com restri-
ção de liberdade, tendo sido amarrado. Antes de liberá-lo, Caio, 
o roubador, fez com que Mévio ingerisse bebida alcoólica à for-
ça, a fim de reduzir a sua capacidade de resistência. Contudo, 
ainda que completamente embriagado e sem capacidade de 
discernimento sobre o caráter ilícito do fato, após ser liberado e 
estar a caminho de casa, Mévio resolveu voltar ao local em que 
Caio se encontrava e o espancou até ocasionar sua morte.
Diante dessa situação, é correto afirmar que Mévio:
a) deverá responder pelo crime de lesão corporal qualificado 
pelo resultado morte, em razão do dolo com que praticou as 
lesões corporaise da culpa quanto ao resultado morte;
b) deverá responder pelo crime de homicídio doloso, uma vez 
que o resultado morte era previsível, havendo, ao menos, 
dolo eventual;
c) não deverá responder por nenhum crime, ante a exclusão 
da tipicidade;
d) não deverá responder por nenhum crime, ante a exclusão 
da ilicitude;
e) não deverá responder por nenhum crime, ante a exclusão 
da culpabilidade.
24. (FGV — 2023) Marcelo decide sair para beber com os seus 
amigos. Depois de algumas horas ingerindo bebidas alcóolicas 
voluntariamente, deixa o bar e, no caminho de casa, resolve 
matar uma pessoa em situação de rua com a qual tinha desen-
tendimento anterior. Durante o processo, a Defesa de Marce-
lo alega que ele não tinha condição de responder pelos seus 
atos (ausência de culpabilidade), pois estava completamente 
embriagado.
Tendo como base o caso concreto, a tese da Defesa de Marcelo
a) não está correta, pois a embriaguez, voluntária ou culposa, 
pelo álcool ou substância de efeitos análogos não exclui a 
imputabilidade penal.
b) não está correta, pois a embriaguez proveniente de caso 
fortuito ou força maior não isenta de pena, ainda que ele 
fosse, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente inca-
paz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
-se de acordo com esse entendimento.
c) está correta, pois a embriaguez pelo álcool ou substância de 
efeitos análogos, mesmo voluntária, exclui a imputabilida-
de penal.
d) não está correta, pois apenas a embriaguez voluntária 
decorrente do uso de entorpecentes (drogas) exclui a impu-
tabilidade penal.
e) está correta, de modo que Marcelo não responderá pelo 
crime na medida em que tinha desentendimento anterior 
com a vítima, o que justifica a sua conduta.
25. (FGV — 2020) Ramon foi denunciado pela prática de um cri-
me de estupro simples, sendo constatado ao longo da instru-
ção, por meio de exame de insanidade mental, que, na data dos 
fatos, ele era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito 
do fato em razão de desenvolvimento mental incompleto.
Confirmada a autoria e a materialidade, no momento das alega-
ções finais, caberá ao promotor de justiça buscar:
a) o reconhecimento da autoria e materialidade, sendo, 
porém, o agente isento de pena, de modo que caberá aplica-
ção de medida de segurança em razão da inimputabilidade 
de Ramon;
b) a absolvição própria do agente, não sendo aplicada qual-
quer pena privativa de liberdade ou medida de segurança, 
diante da inimputabilidade do agente;
c) a absolvição imprópria de Ramon, aplicando-se pena pri-
vativa de liberdade, com causa de diminuição de pena em 
razão da inimputabilidade;
d) a condenação do réu, reduzindo-se a pena aplicada, porém, 
em um a dois terços em razão da semi-imputabilidade do 
agente;
e) a absolvição imprópria de Ramon, aplicando-se medida de 
segurança, diante da semi-imputabilidade do agente.
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 Æ CONCURSO DE PESSOAS (ARTS. 29 A 31 DO CP)
26. (FGV — 2024) Acerca do concurso de agentes, analise as afir-
mativas a seguir.
I. O Código Penal vigente adota a teoria monista estrita quanto 
ao concurso de agentes.
II. A cooperação dolosamente distinta implica no fato de que, 
embora um dos agentes tenha almejado praticar infração penal 
menos grave do que o resultado pretendido e concretizado 
pelos demais agentes, todos os concorrentes responderão soli-
dariamente pelo fato concretizado, ainda que mais grave.
III. A participação do agente na infração penal pode ocorrer 
desde a fase da cogitação até a consumação, porém, a relevân-
cia penal da conduta do partícipe é condicionada, salvo dispo-
sição em contrário, ao ingresso do autor na fase da execução.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II e III, apenas.
27. (FGV — 2022) Determinado fiscal de trânsito, por imprudên-
cia, autoriza um motorista a passar o sinal vermelho e este vem 
a atropelar um pedestre.
Nessa hipótese o fiscal de trânsito responderá:
a) em coautoria com o motorista, pela mesma conduta;
b) por participação, por instigação, com o motorista;
c) por participação, por auxílio, com o motorista;
d) por participação, por induzimento, com o motorista;
e) como autor, independentemente da responsabilidade 
alheia.
28. (FGV — 2022) Fuminho é o líder de uma organização cri-
minosa. Após ter sido informado da traição de um membro 
do grupo, Fuminho determina a um subordinado direto que 
providencie a execução do traidor. Na mesma noite, a ordem 
é transmitida a Chico Bala, integrante do nível mais baixo da 
organização, que executa o dissidente, conforme determinado 
por Fuminho.
Considerados os postulados da teoria do domínio do fato, assi-
nale a afirmativa correta sobre o homicídio.
a) Fuminho é o único autor do crime.
b) Fuminho cometeu o crime em autoria mediata.
c) Chico Bala é partícipe no crime.
d) Chico Bala é o único autor do crime.
e) Fuminho é partícipe por instigação.
 Æ PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE: ESPÉCIES, 
REGIMES E PROGRESSÃO (ARTS. 32 A 42 E 53 
DO CP)
29. (FGV — 2024) Caio e João, policiais militares, realizavam poli-
ciamento ostensivo, ocasião em que, observando as formalida-
des legais, abordaram Tício, mas nada de ilícito foi arrecadado 
com o agente. Em conversa com os policiais, Tício afirmou que 
está cumprindo pena, em uma colônia agrícola, em razão de um 
crime perpetrado no passado.
Considerando as disposições do Código Penal, Tício está cum-
prindo pena no regime:
a) semiaberto, sendo certo que o trabalho externo é admissível;
b) semiaberto, sendo certo que o trabalho externo é proibido;
c) fechado, sendo certo que o trabalho externo é admissível;
d) aberto, sendo certo que o trabalho externo é admissível;
e) aberto, sendo certo que o trabalho externo é proibido.
30. (FGV — 2024) No Brasil, o gênero “infrações penais” é sub-
dividido em duas espécies: os crimes ou delitos (expressões 
sinônimas) e as contravenções penais. Uma diferença entre tais 
categorias é baseada na consequência punitiva da lesão causa-
da ao ordenamento jurídico.
Destarte, nos termos da legislação vigente, em relação às con-
travenções, assinale a afirmativa correta.
a) É aplicável apenas a pena de multa.
b) São aplicáveis as penas de reclusão e detenção.
c) São aplicáveis as penas de prisão simples e multa, alternati-
va ou cumulativamente.
d) São aplicáveis as penas de detenção e multa.
e) São aplicáveis as penas de reclusão e multa.
31. (FGV — 2024) A casa de albergado é destinada ao cumpri-
mento das penas
a) restritivas de direitos, em regime aberto.
b) privativas de liberdade de detenção, em regime semiaberto.
c) privativas de liberdade de reclusão ou detenção, em regime 
aberto.
d) restritivas de direitos, em regime misto.
e) privativas de liberdade de reclusão, em regime disciplinar 
diferenciado.
32. (FGV — 2022) Em relação ao tema “detração” (Art. 42 do CP), 
é correto afirmar que:
a) não é possível a detração da medida de segurança do tempo 
de prisão provisória no Brasil ou no estrangeiro;
b) detração engloba intervalos compulsórios e voluntários de 
recolhimento domiciliar;
c) o período de recolhimento domiciliar fiscalizado por moni-
toramento eletrônico deve ser detraído;
d) o período de medida cautelar de recolhimento domiciliar 
noturno sem fiscalização eletrônica não pode ser detraído.
 Æ DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS (ARTS. 43 
A 48 E 54 A 57 DO CP)
33. (FGV — 2022) Sobre a aplicação das penas no Direito Penal, 
assinale a afirmativa correta.
a) Rafael, policial civil, foi condenado a uma pena de 2 anos de 
detenção por ter invadido, à revelia dos ocupantes, imóvel 
habitado, sem autorização judicial. Neste caso, Rafael pode 
ter a pena privativa de liberdade substituída pela suspensão 
do cargo público pelo prazo de um a seis meses.
b) Rodrigo, policial militar e em serviço, praticou o delito de 
corrupção passiva. Neste caso, se aplicada pena inferior a 
quatro anos, Rodrigo pode se beneficiar da substituiçãopor 
restritiva de direitos prevista no Art. 44 do Código Penal.
c) Rodolfo foi condenado a uma pena de 12 anos de reclusão 
por um determinado crime e, na mesma sentença, a uma 
pena de 1 ano de detenção por outro fato. Neste caso, caberá 
a substituição da pena de detenção por restritiva de direi-
tos, a ser executada após a pena privativa de liberdade.
d) Rogério, empresário, foi condenado pela supressão frau-
dulenta de ICMS apurado no valor total de dois milhões de 
reais. Neste caso, pode ser fixada pena de prestação pecu-
niária equivalente ao valor do tributo suprimido, em substi-
tuição à pena privativa de liberdade.
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e) Renato, ocupando função de confiança, solicitou vantagem 
indevida para deixar de praticar ato de ofício, o qual efe-
tivamente não se realizou. Por incidirem duas causas de 
aumento de um terço, a pena deverá ser aumentada de 2/3.
34. (FGV — 2019) Lúcio, reincidente em razão de condenação 
definitiva anterior pela prática de crime de uso de documen-
to falso, foi denunciado pela suposta prática de dois crimes de 
furto simples tentados, em concurso formal. Encerrada a ins-
trução, após confissão do réu em interrogatório, e estando o 
processo com o juiz para a sentença, Lúcio procura o Defensor 
Público para esclarecimentos acerca do processo dosimétrico 
e da forma como será executada a pena no caso de procedên-
cia da pretensão punitiva, esclarecendo que os fatos ocorreram 
dois anos antes e que, atualmente, encontra-se casado, com 
filho bebê e trabalhando com carteira assinada.
Considerando apenas as informações expostas, na oportunida-
de, deverá ser esclarecido por sua defesa técnica que:
a) o aumento da pena em razão do concurso formal de crimes 
deve ocorrer antes da redução realizada pela tentativa, e a 
definição do quantum a ser majorado em razão dessa causa 
de aumento deve ter por base as circunstâncias judiciais do 
Art. 59 do Código Penal;
b) a aplicação da pena privativa de liberdade e de multa, em 
não havendo desígnios autônomos, no concurso formal de 
crimes, de acordo com as previsões do Código Penal, se dará 
com base no princípio da exasperação;
c) a sua condição de tecnicamente reincidente, por si só, não 
impede de forma absoluta a substituição da pena privativa 
de liberdade por pena restritiva de direitos;
d) a presença de uma circunstância agravante e de uma causa 
de diminuição da pena faz com que o juiz deva compensá-
-las na segunda fase do processo dosimétrico;
e) a reincidência, como circunstância agravante preponde-
rante, não poderá ser compensada com eventual confissão.
 Æ DA PENA DE MULTA (ARTS. 49 A 52 E 58 DO CP)
35. (FGV — 2022) Antônio foi condenado em definitivo pela prá-
tica de diversos crimes em concurso material. Além da privação 
da liberdade, também foi condenado, cumulativamente, à pena 
de multa e à obrigação de ressarcir os danos causados às víti-
mas das práticas criminosas.
Em caso de falecimento de Antônio, com base no texto consti-
tucional, é correto afirmar que,
a) à exceção das penas privativas de liberdade, todas as demais 
podem ser estendidas aos sucessores de Antônio até o limi-
te do valor do patrimônio transferido.
b) pelo princípio da intransmissibilidade da pena, nenhuma 
das obrigações ou penas decorrentes da prática criminosa 
pode ser transferida aos sucessores de Antônio.
c) apenas a pena de multa e obrigações de cunho patrimonial 
podem ser estendidas aos sucessores de Antônio até o limi-
te do valor do patrimônio transferido.
d) a obrigação de reparar os danos causados às vítimas pode 
ser estendida aos sucessores de Antônio e contra eles exe-
cutada até o limite do valor do patrimônio transferido.
 Æ DA APLICAÇÃO DA PENA (ARTS. 59 A 68 DO CP)
36. (FGV — 2023) Dario, usuário eventual de cocaína, preten-
dendo cometer um crime, faz uso da droga, para ficar mais 
“ligado”. Na sequência, já com a capacidade de autodetermina-
ção reduzida, e usando um simulacro de arma de fogo, rende 
Elisa, exigindo dela que lhe faça um Pix no valor de R$ 2.000,00. 
Ao lhe passar os dados para a operação, contudo, Dario se con-
funde, fornecendo-lhe a chave Pix errada, vindo a transferência 
a ser feita para a conta bancária de um terceiro.
Diante do caso narrado, é correto afirmar que Dario cometeu 
crime de extorsão:
a) com a pena agravada;
b) na forma tentada;
c) com a incidência de causa de aumento de pena;
d) devendo as penas ser diminuídas, tendo em vista que ele 
estava com a capacidade de autodeterminação reduzida, 
em consequência do consumo de droga;
e) na forma tentada, devendo a pena privativa de liberdade ser 
substituída por medida de segurança, pois ele estava com a 
capacidade de autodeterminação reduzida, em consequên-
cia do consumo de droga.
37. (FGV — 2023) Em um processo criminal no qual o réu res-
ponde por crime de estelionato, praticado contra idoso, do qual 
resultou prejuízo de R$ 1.500,00, restam demonstradas a auto-
ria e a materialidade delitiva, apurando-se ainda que, depois do 
recebimento da denúncia, o réu ressarciu o lesado do prejuízo 
decorrente do crime.
Diante do caso narrado, o juiz deve:
a) absolver o réu, reconhecendo a falta de justa causa;
b) absolver o réu, reconhecendo a incidência do princípio da 
bagatela;
c) condenar o réu, reconhecendo a incidência de circunstân-
cia judicial favorável ao réu (consequências do crime) e de 
causa de aumento de pena (crime cometido contra idoso);
d) condenar o réu, reconhecendo a incidência de circunstân-
cia agravante (crime praticado contra maior de 60 anos) e de 
causa de diminuição de pena (arrependimento posterior);
e) condenar o réu, reconhecendo a incidência de circunstân-
cia atenuante (ter o agente, antes do julgamento, reparado o 
dano) e de causa de aumento de pena (crime cometido con-
tra idoso).
 Æ DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA E DA 
REABILITAÇÃO (ARTS. 93 A 99 DO CP)
38. (FGV — 2023) Marx foi condenado à pena de reclusão de 
quatro anos pela prática de corrupção passiva, bem como foi 
decretada a perda de seu cargo público. Sua pena foi extinta em 
outubro de 2020. Em seguida, Marx se mudou para a Áustria, 
local de residência de seus pais. Em novembro de 2022, retor-
nou ao Brasil com a pretensão de realizar novo concurso públi-
co, o que o motivou a requerer a sua reabilitação.
Diante desses fatos, é correto afirmar que:
a) a reabilitação poderá, também, atingir os efeitos da conde-
nação relativos à perda do cargo público, sendo possível a 
reintegração de Marx na situação anterior;
b) a reabilitação deverá ser indeferida, uma vez que para ser 
requerida é necessário o decurso de cinco anos do dia em 
que foi extinta a pena, o que não ocorreu;
c) o fato de Marx ter se mudado para a Áustria o impede de ter 
a reabilitação deferida em novembro de 2022, em razão da 
ausência de domicílio no Brasil;
d) poderá haver deferimento da reabilitação na hipótese de 
Marx ter ressarcido o dano causado pelo crime e desde que 
tenha dado, durante o período de dois anos, demonstra-
ção efetiva e constante de bom comportamento público e 
privado;
e) a reabilitação eventualmente deferida poderá ser revogada 
caso Marx seja condenado, por decisão definitiva, à pena 
privativa de liberdade ou de multa.
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39. (FGV — 2023) Acerca das medidas de segurança previstas na 
legislação brasileira, analise as seguintes afirmativas a seguir:
I. Em relação à medida de segurança de internação, o trânsito 
em julgado da decisão absolutória imprópria é indispensável à 
sua execução e o cumprimento se dará junto à unidade de tra-
tamento ambulatorial;
II. É possível submeter o agente Inimputável a tratamento 
ambulatorial, se o fato típico e antijurídico praticado for punível 
com pena de detenção;
III. A reforma do Código Penal operada pelo Pacote Anticrime 
(Lei n° 13.964/19) implantou o sistema vicariante, no qual a pena 
privativa de liberdade pode ser aplicada em conjunto com as 
medidas de segurança, a depender da avaliação das circuns-
tâncias judiciais.
Estácorreto o que se afirma em
a) III, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II, apenas.
d) I, apenas.
e) I, II e III.
40. (FGV — 2021) Quando alguém for considerado inimputável, 
não cumprirá pena se delinquir, mas serão aplicadas as medi-
das de segurança previstas na lei penal.
A interrupção dessas medidas será feita:
a) quando houver cura aparente;
b) quando cessar sua periculosidade;
c) depois de um ano de aplicação das medidas;
d) quando o surto do transtorno mental durar mais de um ano;
e) quando o agente tiver cumprido o tempo correspondente a 
1/6 da pena a que deveria ser condenado se fosse imputável.
 Æ CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
(ARTS. 107 E 120 DO CP)
41. (FGV — 2024) Wallace, presidente da República, editou um 
decreto com o objetivo de extinguir a punibilidade de todos os 
condenados pela prática do crime de estelionato que, após o 
início do cumprimento da pena, tenham sido acometidos por 
paraplegia, comprovada por laudo médico oficial ou, na sua fal-
ta, por médico designado pelo juízo da execução, observados os 
demais requisitos previstos em lei.
Considerando as disposições do Código Penal, a punibilidade 
dos condenados que se encontram na situação supramencio-
nada será extinta em razão do(a):
a) perdão judicial;
b) perempção;
c) indulto;
d) anistia;
e) graça.
42. (FGV — 2023) A expressão abolitio criminis corresponde à 
extinção
a) da punibilidade em razão do pagamento da indenização 
decorrente do crime.
b) nominal do crime, ainda que haja manutenção alhures da 
estrutura típica.
c) da punibilidade pela retroatividade de lei descriminalizadora.
d) da punibilidade em razão da entrada em vigor de lei mitiga-
dora da sanção penal aplicável ao apenado.
e) da punibilidade por força de decreto emanado do Presiden-
te da República.
 Æ DA PRESCRIÇÃO (ARTS. 108 A 119 DO CP)
43. (FGV — 2022) Determinado agente foi imputado pela prática 
de crime de roubo, na forma simples. No curso da instrução, a 
partir do surgimento de novas provas, foi realizado o aditamento 
à denúncia, com inclusão de dois novos coautores, com a carac-
terização de concurso de agentes entre estes e o agente original.
O recebimento do aditamento à denúncia
a) sempre constitui marco interruptivo da pretensão punitiva 
e produz efeitos relativos a todos os acusados.
b) sempre constitui marco interruptivo da pretensão punitiva, 
mas não produz efeitos relativos ao réu original.
c) constitui, ressalvados os casos de cumprimento de pena 
e reincidência, marco interruptivo da pretensão punitiva, 
mas não produz efeitos relativos ao réu original.
d) constitui, ressalvados os casos de cumprimento de pena e 
reincidência, marco interruptivo da pretensão punitiva e 
produz efeitos relativos a todos os acusados.
e) não produz efeitos no marco interruptivo da pretensão 
punitiva, posto já operados com a imputação original, a 
inclusão superveniente de novos imputados.
44. (FGV — 2022) Em relação à prescrição como causa de extin-
ção da punibilidade, é correto afirmar que:
a) os prazos prescricionais previstos para as penas privativas 
de liberdade não se aplicam às penas restritivas de direito;
b) o prazo prescricional começa a correr, antes de a sentença 
transitar em julgado, nos crimes permanentes, do dia em 
que cessou a permanência;
c) os prazos prescricionais se reduzem de 1/3 se o criminoso 
era, ao tempo do crime, maior de 70 anos;
d) o curso do prazo prescricional se interrompe pelo ofereci-
mento da denúncia;
e) a prescrição da pena de multa ocorrerá em três anos quan-
do a multa for a única pena cominada ou aplicada.
 Æ FUNCIONÁRIO PÚBLICO PARA FINS PENAIS 
(ART. 327 DO CP)
45. (FGV — 2022) De acordo com o Art. 327, §2º, do Código Penal, 
“A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos 
crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em 
comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão 
da administração direta, sociedade de economia mista, empre-
sa pública ou fundação instituída pelo poder público”.
Na hipótese dos agentes que se enquadram na situação do Art. 
327, §1º, do Código Penal (“Equipara-se a funcionário público 
quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, 
e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada 
ou conveniada para a execução de atividade típica da Adminis-
tração Pública”), a mencionada causa de aumento de pena:
a) não deve incidir, pois os próprios elementos do tipo não 
podem ser utilizados para majoração da pena;
b) deve incidir, desde que o agente tenha praticado o fato no 
exercício do cargo;
c) não deve incidir, pois a majoração da pena fica reservada 
para quem é ocupante de cargo efetivo;
d) deve incidir, desde que o agente permaneça no exercício do 
cargo quando do julgamento;
e) não deve incidir, pois a majoração da pena destina-se a 
quem já ocupava cargo distinto daquele em comissão.
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46. (FGV — 2022) Em relação à possibilidade de imputação de 
um crime funcional a uma pessoa que não ostente a posição de 
funcionário público, é correto afirmar que:
a) não é possível a imputação, pois não se comunicam as cir-
cunstâncias e as condições de caráter pessoal;
b) é possível a imputação de um crime funcional próprio a um 
particular que tenha contribuído para a prática delitiva;
c) é possível a imputação de um crime funcional impróprio a 
um particular que tenha contribuído para a prática delitiva;
d) é possível a imputação de um crime funcional próprio ou 
impróprio a um particular que tenha contribuído para a 
prática delitiva;
e) não é possível a imputação, pois a condição de funcionário 
público é elementar subjetiva que não se comunica.
47. (FGV — 2022) O artigo 327 do Código Penal traz o conceito 
penal de funcionário público, especificando em seu parágrafo 
único o conceito de funcionário público por equiparação.
Sobre esse tema, é correto afirmar que:
a) o desenvolvimento de ação criminosa envolvendo interesse 
de entidade paraestatal é suficiente para atrair a incidência 
do conceito de funcionário público por equiparação;
b) empregado de empresa privada, concessionária de serviço 
público, que subtraia para proveito próprio valores desti-
nados à realização de serviços particulares, responde por 
peculato furto;
c) o diretor de uma Santa Casa de Misericórdia, ente respon-
sável por prestação de serviço na área de saúde, que se 
aproprie de valores públicos, responderá por apropriação 
indébita;
d) há equiparação quando o trabalhador de empresa presta-
dora de serviços contratada executa atividade típica para a 
Administração Pública;
e) não há equiparação quando o trabalhador de empresa 
prestadora de serviços conveniada exerce atividade atípica 
da Administração Pública.
 Æ PECULATO (ART. 312 DO CP)
48. (FGV — 2024) Um determinado juiz atuante em Vara Crimi-
nal determinou a busca e apreensão de automóvel particular 
blindado, sendo este pertencente a réu acusado em caso de 
corrupção que resultou em vultoso desvio de recursos públicos.
O magistrado, como vinha recebendo ameaças de morte, resol-
veu unilateralmente se apropriar de tal bem e passou a utilizar 
o veículo somente para seus deslocamentos ao trabalho. Con-
tudo, após se remover para uma Vara Cível, o juiz passou a tam-
bém utilizar o veículo para ir aos jogos de futebol do seu clube 
preferido.
Diante da situação narrada, é correto afirmar que o juiz praticou 
o crime de
a) excesso de exação.
b) corrupção passiva.
c) peculato.
d) usurpação de função pública.
49. (FGV — 2024) Tício, agente público de direito, é o respon-
sável pela área de informática da Administração Pública Alfa, 
tendo a posse, em razão do cargo, de diversos equipamentos 
de alta tecnologia, avaliados em milhares de reais. Em razão da 
responsabilidade inerente à função exercida, Tício é rotineira-
mente orientado, pelos superiores hierárquicos e no âmbito de 
cursos de aprimoramento, sobre os deveres de segurança que 
deve observar na repartição pública.
Nada obstante, em um determinado dia, João, um novo colega,pediu para conversar e se apresentar a Tício em seu gabinete. O 
pedido foi prontamente aceito, sendo certo que Tício, de forma 
negligente, deixou de adotar todos os procedimentos de segu-
rança previstos e que eram do seu conhecimento. Nesse con-
texto, já no interior do gabinete, João, dolosamente e sem que o 
primeiro percebesse, subtraiu um notebook da Administração 
Pública, colocando-o em sua mochila.
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, é 
correto afirmar que Tício
a) responderá por peculato mediante erro de outrem, sendo 
certo que eventual reparação do dano causado por parte de 
Tício, antes da prolação de sentença, dará ensejo à redução 
da pena pela metade.
b) responderá por peculato culposo, sendo certo que even-
tual reparação do dano causado por parte de Tício, antes da 
prolação de sentença, dará ensejo à redução da pena pela 
metade.
c) responderá por peculato culposo, sendo certo que eventual 
reparação do dano causado por parte de Tício, antes da pro-
lação de sentença, dará ensejo à extinção de punibilidade.
d) não responderá por qualquer crime, porquanto o Código 
Penal não tipifica o crime de peculato mediante erro de 
outrem.
e) não responderá por qualquer crime, porquanto o Código 
Penal não tipifica o crime de peculato culposo.
50. (FGV — 2024) João, agente público, se apropriou, em provei-
to próprio e atuando com vontade e consciência, de um com-
putador portátil, pertencente ao município Alfa, de que tinha a 
posse em razão da função pública desempenhada, avaliado em 
três mil reais.
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, é 
correto afirmar que João:
a) não responderá por qualquer crime, pois o peculato não é 
criminalizado na modalidade culposa;
b) não responderá por qualquer crime, em razão do reduzido 
valor do bem apropriado;
c) responderá pelo crime de corrupção passiva;
d) responderá pelo crime de peculato culposo;
e) responderá pelo crime de peculato doloso.
51. (FGV — 2024) Luiz, servidor público federal, se apropriou, 
em proveito próprio e agindo dolosamente, de um compu-
tador portátil público de que tinha a posse em razão do cargo 
ocupado. Nos dois dias subsequentes, o referido agente público 
repetiu a conduta perpetrada, apropriando-se de outros com-
putadores portáteis públicos de que também tinha a posse, nas 
mesmas condições de tempo, lugar e maneira de execução.
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, 
Luiz responderá pelos crimes de:
a) corrupção passiva, em continuidade delitiva;
b) corrupção passiva, em concurso material;
c) corrupção ativa, em concurso material;
d) peculato, em continuidade delitiva;
e) peculato, em concurso material.
52. (FGV — 2024) Wagner, policial, se apropriou, em proveito pró-
prio e agindo dolosamente, de joias avaliadas em R$ 10.000,00 
(dez mil reais) que foram apreendidas em uma operação reali-
zada pela instituição a que pertence. Registre-se que o policial 
estava na posse dos bens móveis em razão do cargo ocupado.
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, 
Wagner responderá pelo crime de:
a) peculato mediante erro de outrem;
b) corrupção passiva;
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c) peculato culposo;
d) corrupção ativa;
e) peculato.
53. (FGV — 2024) Marcela, empregada celetista de sociedade 
empresária terceirizada de determinado órgão público, sub-
traiu uma valiosa obra de arte pertencente à repartição pública, 
valendo-se do acesso facilitado pelo seu vínculo empregatício.
Entretanto, após a subtração da peça, que pretendia revender, 
percebeu que seria descoberta, pois havia câmeras de seguran-
ça que registraram toda a ação. Marcela soube que as autorida-
des competentes já haviam sido acionadas para que se iniciasse 
a persecução penal e, por isso, decidiu restituir a peça, o que foi 
feito antes mesmo do recebimento da denúncia.
Sobre os fatos, assinale a afirmativa correta.
a) Marcela pode ter a pena reduzida pelo arrependimento 
posterior, ante a integral restituição antes do recebimento 
da denúncia.
b) Ocorreu uma tentativa inidônea, pois as câmeras de vigi-
lância tornariam impossível a consumação da subtração.
c) Marcela não é funcionária pública, devendo ser responsabi-
lizada por furto qualificado pelo abuso de confiança.
d) Marcela pode ser beneficiada pela exclusão da tipicidade do 
arrependimento eficaz, afastando-se a sua responsabilida-
de penal pelo fato.
e) Há extinção da punibilidade do delito de peculato pela resti-
tuição integral da coisa antes da sentença.
54. (FGV — 2024) João Silva, Auditor de Finanças e Controle 
do Tesouro do Estado Alfa, com vontade livre e consciente, no 
exercício da função pública, desviou dinheiro público de que 
tinha posse em razão do cargo, em proveito de seu irmão José.
Assim agindo, João Silva praticou crime de
a) emprego ilegal de verbas ou rendas públicas.
b) concussão.
c) peculato.
d) corrupção ativa.
e) prevaricação.
55. (FGV — 2024) Jonas, ocupante de um cargo em comissão no 
âmbito de uma empresa pública, agindo com dolo, apropriou-
-se, em proveito próprio, de determinado computador portá-
til de alta complexidade, pertencente à estatal, de que tinha a 
posse em razão do cargo ocupado. Registre-se que o bem móvel 
apropriado foi avaliado em R$ 100.000,00 (cem mil reais).
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, é 
correto afirmar que Jonas responderá pelo crime de
a) peculato, com a incidência de uma causa de aumento de 
pena, pois o autor é ocupante de cargo em comissão em 
empresa pública.
b) corrupção passiva, com a incidência de uma causa de aumen-
to de pena, em razão do elevado valor do bem apropriado.
c) corrupção passiva qualificada, pois o autor é ocupante de 
cargo em comissão em empresa pública.
d) peculato qualificado, em razão do elevado valor do bem 
apropriado.
e) corrupção ativa qualificada, em razão do elevado valor do 
bem apropriado.
56. (FGV — 2024) Caio, agente público no Estado Alfa, apropriou-
-se, dolosamente e em proveito próprio, de um automóvel públi-
co de que tinha a posse em razão do cargo ocupado. O referido 
servidor assim agiu com o objetivo de vender o bem móvel no 
mercado paralelo, angariando fundos para deixar o país.
Nesse cenário, considerando as disposições do Código Penal, é 
correto afirmar que Caio responderá pelo crime de
a) exercício arbitrário das próprias razões.
b) condescendência criminosa.
c) advocacia administrativa.
d) excesso de exação.
e) peculato.
57. (FGV — 2024) Maria, funcionária pública, propõe a João, pro-
fissional liberal, ação conjunta visando à subtração de bem per-
tencente ao órgão público em que trabalha, aproveitando-se da 
ausência de vigilância no estabelecimento. Sobre a situação, é 
correto afirmar que:
a) Maria responderá pelo crime de peculato-furto e João, pelo 
crime de furto, pois o peculato-furto é um crime funcional 
próprio;
b) Maria responderá pelo crime de peculato-furto e João não 
responderá por nenhum delito, por não ser funcionário 
público;
c) segundo posição do Superior Tribunal de Justiça, a depen-
der do valor do bem subtraído por Maria e João, é possível 
aplicar o princípio da insignificância;
d) João responderá por peculato-furto, pois ciente da condição 
funcional de Maria;
e) Maria e João responderão pelo delito de furto, pois o pecula-
to só admite as formas de apropriação ou desvio.
58. (FGV — 2024) Miguel, funcionário público, combina com 
Mário, desempregado, a subtração de bens do Município, valen-
do-se o primeiro, sem a ciência de Mário, das oportunidades 
proporcionadas pelo cargo que ocupa. Acerca dessa situação 
hipotética, é correto afirmar que
a) Miguel cometeu o crime de apropriação indébita.
b) Miguel praticou o crime de peculato.
c) Miguel praticou o crime de descaminho.
d) Mário praticou o crime de concussão.
e) Mário cometeu o crime de associação criminosa.
59. (FGV — 2023) João é servidor público do Estado de Santa 
Catarina. Vendo que sua repartição conta comcomputadores 
modernos, muito valiosos no mercado, acerta com José, seu 
amigo, que usualmente pratica roubos e furtos (o qual se sabe 
já ter sido condenado, com pena extinta há um ano pelo seu 
cumprimento), a subtração dos referidos computadores para 
posterior revenda.
No dia combinado, João, valendo-se do acesso facilitado à 
repartição pública, ingressa no local, permite a entrada de José, 
e ambos subtraem, para si, cerca de 10 computadores portáteis.
Considerando a situação narrada, sobre o concurso de pessoas, 
assinale a afirmativa correta.
a) João e José deverão responder por peculato, ainda que ape-
nas João seja servidor público, pois esta circunstância é ele-
mentar do tipo.
b) A circunstância de João ser servidor público é personalís-
sima, não podendo atingir José, que responderá por crime 
patrimonial comum.
c) De acordo com a teoria do domínio do fato, apenas João 
poderia ser considerado autor, pois é o único com acesso à 
repartição pública.
d) A reincidência de José, por repercutir na reprovação do 
ilícito, é uma circunstância objetiva, que se comunica aos 
demais coautores.
e) De acordo com a teoria monista, ainda que José não soubes-
se do fato de João ser servidor público, deveria responder 
por peculato.
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60. (FGV — 2023) Débora, arquiteta e sem vínculo permanen-
te com a Administração Pública, atuando como perita judicial, 
recebe honorários, mas não realiza o trabalho pericial. Intima-
da pelo juiz da causa para devolver a quantia, não o faz.
A conduta de Débora se amolda ao crime de:
a) apropriação indébita (Art. 168 do CP);
b) peculato (Art. 312 do CP);
c) estelionato (Art. 171 do CP);
d) advocacia administrativa (Art. 321 do CP);
e) falsa perícia (Art. 342 do CP).
61. (FGV — 2023) João, guarda municipal, se aproveita da sua 
condição de funcionário público e do fácil acesso aos bens da 
Prefeitura que o cargo lhe proporciona para subtrair, sem vio-
lência ou grave ameaça, dois computadores do ente público.
De acordo com o Código Penal, João praticou o crime de
a) peculato.
b) furto.
c) roubo.
d) corrupção passiva.
e) concussão.
62. (FGV — 2022) Semprônio, conhecido autor de delitos patri-
moniais, convence Marcondes, estagiário do Ministério Públi-
co do Estado da Bahia, a valer-se da facilidade proporcionada 
pela função pública exercida e permitir o seu acesso à sede da 
instituição. Semprônio e Marcondes ingressam em sala-cofre 
contendo telefones celulares e valores em espécie apreendidos 
por força de operação do Ministério Público deflagrada no dia 
anterior, utilizando-se do crachá do estagiário, subtraindo em 
seguida o material sob custódia da instituição.
Com base no exposto, é correto afirmar que:
a) Marcondes não pode ser considerado como funcionário 
público para fins penais;
b) o delito de peculato é próprio, razão pela qual apenas Mar-
condes responderá pela infração, enquanto Semprônio 
deverá responder somente por furto;
c) Semprônio e Marcondes responderão por peculato, uma 
vez que é irrelevante a condição de funcionário público para 
caracterização do delito;
d) Marcondes e Semprônio responderão pelo delito de pecula-
to, uma vez que a condição de funcionário público do agen-
te corresponde a circunstância inerente ao tipo penal, que 
se comunica ao extraneus;
e) Semprônio e Marcondes responderão por furto, uma vez 
que a tipificação pelo delito de peculato tem como objeto 
material apenas os bens de titularidade pública.
63. (FGV — 2022) Em relação ao crime de peculato-desvio, é cor-
reto afirmar que
a) o agente atua no sentido de inverter a posse da coisa, agin-
do como se fosse dono.
b) o mero proveito econômico não é suficiente para tipificar o 
crime.
c) se consuma no momento em que o agente manifesta a 
intenção de desviar a coisa.
d) a obtenção de proveito próprio é requisito para a consuma-
ção do crime.
e) a obtenção de proveito alheio é requisito para a consuma-
ção do crime.
64. (FGV — 2022) Sem ter acesso direto ao valor em espécie, 
determinado prefeito desvia grande soma de recursos público 
de empresas públicas municipais, utilizando o valor para cus-
tear sua campanha de reeleição.
Considerando que as empresas públicas gozam de autonomia 
administrativa e financeira, é correto afirmar que o prefeito
a) praticou corrupção ativa.
b) praticou corrupção passiva.
c) praticou peculato-desvio.
d) praticou apropriação indébita.
e) não praticou crime.
65. (FGV — 2022) João e Paulo são empregados do setor finan-
ceiro de uma empresa pública sobre cuja conta bancária Paulo 
tem poder de gestão.
Para aliviar os problemas financeiros de Paulo, João sugere que 
ele saque, da conta bancária da empresa, R$ 8.000,00 (oito mil 
reais) que não estão contabilizados, de modo que dificilmente 
alguém notaria a falta desse resíduo financeiro. Paulo agradece 
a ideia do colega, saca o dinheiro e paga a alguns credores.
Com base no caso descrito, assinale a afirmativa correta.
a) João é partícipe do crime de peculato cometido por Paulo.
b) João e Paulo cometeram o delito de apropriação indébita.
c) Paulo não pode ser autor do crime de peculato, pois não é 
classificado como funcionário público para fins penais.
d) João cometeu o delito de corrupção ativa ao instigar um 
funcionário público a obter vantagem indevida.
e) Paulo será isento de pena se, antes do trânsito em julgado 
da condenação, restituir à empresa pública todo o valor 
sacado.
66. (FGV — 2021) Desejando apropriar-se de dinheiro público, 
Caio, funcionário concursado da Prefeitura de Manaus, elabora 
o seguinte plano criminoso: (1) valendo-se de seu cargo e fun-
ção na secretaria de fazenda daquele município, Caio cadas-
tra a conta-corrente da empresa de seu cunhado Tício como 
sendo uma das contas de uma das empresas que vencera uma 
licitação para execução de serviços à prefeitura; (2) ao realizar 
a autorização para pagamento dessa empresa, Caio destina 
apenas 95% dos valores à conta-corrente da empresa regular-
mente contratada e 5% para a conta-corrente da empresa de 
seu cunhado; (3) Tício, por sua vez, saca os valores, dividindo-os 
com Caio na proporção de 50% para cada um; (4) Mévio, também 
funcionário concursado da prefeitura e trabalhando na mesma 
secretaria, cuja responsabilidade é conferir os pagamentos 
autorizados por Caio antes da liberação, deixa, por negligência, 
de fazer a conferência, de modo que o desvio ocorre.
A responsabilidade penal de Caio, Tício e Mévio, respectiva-
mente, se configura como:
a) peculato doloso, estelionato qualificado, peculato culposo;
b) peculato doloso, peculato doloso, peculato culposo;
c) peculato culposo, peculato doloso, nenhum crime;
d) peculato doloso, peculato doloso, nenhum crime;
e) estelionato qualificado, estelionato qualificado, nenhum 
crime.
67. (FGV — 2021) Lucas, funcionário público estadual que atua 
em unidade policial, durante o exercício de suas funções, escu-
tou uma gritaria do lado de fora da Delegacia, razão pela qual 
foi rapidamente ao local para verificar o que ocorria, acabando 
por esquecer o cofre da unidade, onde eram guardados bens 
púlicos de relevante valor, aberto. Frederico, também funcioná-
rio público que atuava na mesma unidade, aproveitando-se do 
descuido de Lucas, subtraiu, do interior do cofre, um aparelho 
de gravação, avaliado em R$2.000,00.
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Na noite daquele mesmo dia, Lucas percebeu o ocorrido e, preo-
cupado, reparou o prejuízo ao erário. Com base apenas nos fatos 
expostos, é correto afirmar que a conduta de Lucas, em tese,
a) não tipifica crime contra a Administração Pública, diante da 
ausência de dolo.
b) tipifica o crime de peculato culposo, e, em caso de condena-
ção, poderá incidir a causa de redução de pena pela repara-
ção do dano.
c) tipifica o crime de peculato culposo, podendo incidir a ate-
nuante da reparação do dano.
d) tipifica o crime de peculato culposo, restando extinta a sua 
punibilidade pela reparação do dano.
e) tipifica crime de peculato doloso, em razãoda contribuição 
material para o crime praticado por Frederico.
68. (FGV — 2021) No interior de serventia extrajudicial, Joana 
buscava obter determinada certidão. Enquanto aguardava o fun-
cionário, verificou que, do lado de dentro do balcão, havia um 
compartimento com moedas que eram utilizadas para facilitar 
a entrega de troco aos clientes. Diante da facilidade da situação, 
aproveitou para subtrair R$ 60,00 em moedas, valor que seria 
utilizado para comprar um presente de aniversário para sua 
filha.
Ocorre que a conduta de Joana foi registrada pelas câmeras de 
segurança, chegando os fatos ao conhecimento da autoridade 
policial. Foi constatado, ainda, que Joana era primária, sem qual-
quer envolvimento pretérito com o aparato policial ou judicial.
Considerando apenas as informações expostas, a conduta pra-
ticada por Joana se adequaria, abstratamente, ao delito de:
a) peculato, sendo inaplicável o princípio da insignificância 
em razão da natureza de crime contra a Administração 
Pública;
b) peculato, podendo ser aplicado o princípio da insignificân-
cia, que afastaria a tipicidade da conduta;
c) peculato, podendo ser aplicado o princípio da insignificân-
cia, que afastaria a culpabilidade da agente;
d) furto, podendo ser aplicado o princípio da insignificância, 
que afastaria a tipicidade da conduta;
e) furto, podendo ser aplicado o princípio da insignificância, 
que afastaria a culpabilidade da agente.
69. (FGV — 2021) O funcionário público que, embora não tendo 
a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para 
que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se 
de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário, 
pratica
a) peculato.
b) corrupção passiva.
c) prevaricação.
d) condescendência criminosa.
e) descaminho.
70. (FGV — 2019) Determinado vereador faz uso de sua secre-
tária parlamentar, paga pelo Erário Público, para tratar, entre 
outras atividades vinculadas ao seu cargo e função, dos seus 
interesses particulares.
Neste caso, pratica
a) fato penalmente atípico.
b) crime de corrupção passiva.
c) crime de corrupção ativa.
d) crime de peculato.
e) fato penalmente imune.
71. (FGV — 2019) Rogério, funcionário público municipal, no exer-
cício de cargo em comissão, por ser pessoa de confiança dentro 
da estrutura da Administração Pública Direta, subtraiu, fora do 
horário de serviço, o laptop da repartição em que trabalhava.
Para tanto, ele contou com a ajuda do primo João, que não tinha 
qualquer vínculo com o Poder Público, mas que, certamente, 
tinha conhecimento do cargo que Rogério exercia e da facilida-
de que teriam em razão do acesso ao local dos fatos.
Ocorre que a conduta dos primos foi registrada pelas câmeras 
de segurança, sendo as imagens encaminhadas para a autori-
dade policial.
Com base apenas nas informações narradas, é correto afirmar 
que a conduta de Rogério configura crime de
a) peculato, sendo aplicável a ele causa de aumento de pena, 
em razão do cargo em comissão que exercia, responden-
do João também pelo crime contra Administração Pública, 
apesar de este ser classificado como próprio.
b) peculato simples, sem qualquer causa de aumento, já que o 
exercício de função de confiança é inerente à definição de 
funcionário público, respondendo João também pelo crime 
contra a Administração Pública, apesar da natureza própria 
do delito.
c) peculato simples, sem qualquer causa de aumento, já que o 
exercício de função de confiança é inerente à definição de 
funcionário público, respondendo João pelo crime de furto, 
diante da natureza própria do delito.
d) peculato, sendo aplicável a ele causa de aumento de pena 
em razão do cargo em comissão que exercia, respondendo 
João, porém, pelo crime de furto, diante da natureza própria 
do delito.
e) furto qualificado pelo concurso de agentes, assim como 
João, já que os fatos ocorreram fora do horário de serviço.
 Æ PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM (ART. 
313 DO CP)
72. (FGV — 2024) Acerca dos crimes contra a administração 
pública, assinale a afirmativa correta.
a) O peculato culposo ocorre quando, por negligência, impru-
dência ou imperícia, o servidor público se apropria de bem 
de que teve a posse em razão de sua função.
b) O crime de peculato exige a apropriação, para si ou para 
outrem, de bem público, o reemprego do bem ou valor em 
finalidade pública diversa configura fato atípico, ainda que 
o agente obtenha, com essa conduta, alguma vantagem.
c) No peculato doloso, a reparação integral do dano até a sen-
tença extingue a punibilidade, se lhe é posterior, reduz de 
metade a pena imposta.
d) O agente que, mediante erro de outrem, se apropria de 
dinheiro ou utilidade que tenha recebido no exercício do 
cargo, responde por peculato mediante erro de outrem.
e) Ao delito de peculato é aplicável o princípio da insignificân-
cia, desde que presentes os requisitos, tais como mínima 
ofensividade da conduta e reduzido grau de reprovabilidade 
do comportamento.
73. (FGV — 2020) Ao receber a intimação para efetuar paga-
mento decorrente de condenação judicial, o réu, pessoa de 
baixa instrução, entrega o valor pertinente ao oficial de justiça 
Roberto, que o utiliza para o pagamento de uma dívida própria.
Sobre a conduta praticada por Roberto, é correto afirmar que:
a) o fato é atípico porque o Código Penal não pune o chamado 
peculato de uso;
b) foi cometido o crime de peculato mediante erro de outrem, 
já que o oficial de justiça não colaborou para o erro do sujei-
to passivo;
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c) Roberto deve responder pelo crime de peculato na modali-
dade apropriação, definido no art. 312 do Código Penal;
d) Roberto cometeu o crime de corrupção passiva porque 
recebeu vantagem indevida em razão do cargo;
e) não há crime devido ao exercício regular de um direito.
 Æ INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMA DE 
INFORMAÇÕES (ART. 313-A DO CP)
74. (FGV — 2019) João, servidor público ocupante de cargo efe-
tivo de Analista de Sistemas, no exercício da função e na quali-
dade de funcionário autorizado, inseriu dados falsos e alterou 
indevidamente dados corretos em sistema informatizado da 
Administração Pública estadual. João promoveu as citadas alte-
rações em banco de dados que compila informações estatísti-
cas sobre segurança pública, com objetivo de maquiar índices 
de criminalidade na região do Batalhão de Polícia Militar onde 
seu irmão é Comandante e com o fim de obter vantagem inde-
vida para si, consistente no pagamento de oitenta mil reais.
Ao receber o inquérito policial que apurou os fatos descritos 
contendo farta justa causa, o Promotor de Justiça deve ofere-
cer denúncia em face de João, pela prática do crime, previsto no 
Código Penal:
a) de inserção de dados falsos em sistema de informações, 
desde que se comprove que o agente efetivamente recebeu 
vantagem indevida;
b) de inserção de dados falsos em sistema de informações, 
independentemente da comprovação de ter o agente efeti-
vamente recebido o valor da vantagem indevida;
c) contra a administração pública de corrupção passiva, inde-
pendentemente da comprovação de ter o agente efetiva-
mente recebido o valor da vantagem indevida;
d) contra a administração pública de corrupção passiva, desde 
que se comprove que o agente efetivamente recebeu o valor 
da vantagem indevida;
e) contra a administração pública de peculato, desde que se 
comprove que o agente efetivamente recebeu o valor da 
vantagem indevida.
 Æ CONCUSSÃO E EXCESSO DE EXAÇÃO (ART. 316 
DO CP)
75. (FGV — 2022) O registrador titular do Ofício de Registro de 
Imóveis de determinada cidade, durante os meses de maio a 
junho do ano de 2021, cobrou, em cinco registros de imóveis, 
emolumentos que sabia indevidos, num total de R$ 30.000,00, 
ao aplicar procedimento diverso do estabelecido na Lei Com-
plementar estadual que regula o tema, quando em um dos 
lados negociais existiam duas ou mais pessoas.
Sobre o delito de excesso de exação, é correto afirmar que:
a) o tipo penal pune a conduta de cobrança de tributo não devi-

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