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MARIA AMANDA RUFINO RESUMO HABILIDADES MÉDICAS (teórica). SISTEMA RESPIRATÓRIO → Sempre o primeiro passo é a anamnese. - Segundo passos como: 1. Idade: Pois existem malformações congênitas ligadas ao sistema respiratório, por exemplo, a bronquiolite surge nos primeiros meses de vida e pneumonias normalmente são mais graves em idosos. 2. Sexo: DPOC (Doença pulmonar obstrutuva crônica é mais comuns em homens, devido ao uso de cigarro). 3. Cor da pele: Pois a tuberculose é mais comum em negros. 4. Procedência, profissão e ocupação: Trabalhadores de fábricas de carvão são mais suscetíveis, por exemplo. 5. Antecedentes pessoais e familiares 6. Doenças preexistentes, medicações em uso e imunização de pacientes portadores de HIV 7. Hábitos de vida → O tórax tem linhas torácicas que auxiliam na localização de exames: ➔ ÂNGULO DE CHARPY: É o ângulo formado entre a borda inferior das duas costelas e a borda do osso esterno que é chamada de processo xifóide. - É um exame físico usado para diagnosticar alterações no tórax. - Faz parte da INSPEÇÃO. Se der = 90° é normolíneo. Maior que 90°: brevilíneo Menor que 90°: longilíneo. INSPEÇÃO -É dividido em observação estática e dinâmica Na estática: Observa-se a forma do tórax, se há presença de abaulamentos e baqueteamento digital (indica hipoxemia). BAQUETEAMENTO DIGITAL: Consiste em posicionar as unhas do polegar ou indicador juntas e ver se há uma pequena janela/abertura entre elas. Na dinâmica: É analisado o tipo e o ritmo respiratório, frequência da respiração, amplitude dos movimentos respiratórios e expansibilidade dos pulmões. ESTÁTICA (FOCAR) → Forma do tórax: - É observado com o paciente deitado e sentado. NORMAL GLOBOSO INFUNDIBULIFORME CARINIFORME CIFÓTICO CIFOESCOLIÓTICO (que além da cifose, tem o desvio da coluna para o lado). - O globoso pode ser chamado de Tonel. - O infundibuliforme pode ser chamado de pectus excavatum) - O Cariniforme pode ser chamado de Pectus carinatum que se assemelha ao tórax de pombo. → Biotipo: Normolíneo, longilíneo e brevilíneo → Pele: Coloração, grau de hidratação e lesões MARIA AMANDA RUFINO → Mamas: Forma, volume, posição do mamilo, nódulos e secreções. → Nódulos: Presença de nódulos visíveis. → Musculatura: Hipertrofia, atrofia e simetria. → Circulação colateral, pulsações, abaulamentos e retrações (observar). → Deformidades localizadas. DINÂMICA (FOCAR) → Tipo respiratório: Respiração torácica, diafragmática e toraco diafragmática. → Ritmo respiratório: -Normal: Amplitude e frequência -Dispneia (sensação de falta de ar)= Aumento da frequência e amplitude. - platipneia (que é o nome dado a sensação de dispneia, que surge ou se agrava quando o paciente está em pé, e ocorre em pacientes com pericardite e hipovolemia) - ortopnéia (dificuldade respiratória que ocorre quando a pessoa está deitada), - trepopneia (é a dispneia que ocorre quando a pessoa está em decúbito lateral, mas não aparece no decúbito lateral contralateral, e está associado a doenças como derrame pleural unilateral e doença parenquimatosa unilateral). - Cheyne-stokes: Nessa respiração, o ciclo de ventilação aumenta gradativamente de amplitude e logo depois reduz gradativamente até um período de apneia. - Biot: É quando a respiração de amplitude e frequência é variável com períodos de apneia - Kussmaul: Inspirações profundas seguidas de pausas. - Suspirosa: Ritmo ventilatório normal interrompido por suspiros → Amplitude: Respiração superficial ou profunda. → Frequência: Eupnéia (respiração normal) , Taquipneia (aumento da frequência respiratória), bradipneia (redução da frequência respiratória), apneia (ausência de respiração). → Expansibilidade → Tiragem intercostal que corresponde ao movimento de retração da musculatura entre as costelas durante a inspiração, enquanto a parte superior do tórax e abdômen se expandem. PALPAÇÃO - Deve ser avaliado: → Sensibilidade da parede do tórax se é superficial ou profunda. → Linfonodos, temperatura e elasticidade → Tonicidade muscular, expansibilidade. → Frêmito tóraco-vocal, se há aumento, diminuição ou desaparecimento. → Avaliar estruturas como: mamas, pulsações visíveis, abaulamentos, nódulos e edema. FRÊMITO TORÁCICO: É uma sensação vibratória que se percebe ao palpar o tórax de um paciente. - Quando a vibração é produzida enquanto ele fala, é chamado frêmito toracovocal - Quando ocorre no momento em que ele respira é chamado de frêmito pleural / frêmito brônquico. MARIA AMANDA RUFINO - Patologias que reduzem os frêmitos= Pneumotórax e derrame pleural - Que aumentam o frêmito= Patologias do parênquima pulmonar. EXPANSIBILIDADE ➢ MANOBRA DE RUAULT- avalia a expansibilidade nos ápices do pulmão -PERCUSSÃO: É o momento em que se faz a identificação dos sons dos órgãos (Claro pulmonar, timpânico, submaciço e maciço). → CLARO PULMONAR (presença de ar): É o som normal do pulmão. → TIMPÂNICO (oco): É o som característico de estruturas “ocas” como o estômago devido a presença de gás. - Esse som pode ser encontrado nos pulmões em casos de pneumotórax. → SUBMACIÇO (líquido): Ocorre quando há líquido em alguma área. No pulmão, esse som é característico quando há derrames pleurais. → MACIÇO (em regiões sólidas): É característico de regiões sólidas, como o fígado, coração. - Na percussão, deve atentar para edema, obesidade e hipertrofia pulmonar. AUSCULTA - Faz a identificação dos sons (Traqueal, Brônquica murmúrio vesicular) com o auxílio da paciente falando “33”. → Sons anormais: -Descontínuos: Estertores finos (líquido nos alvéolos)= Surge no final da inspiração, sons agudos e audíveis na região inferior do pulmão Estertores grossos (sinais de mucos e bolhas nos brônquios)= São sons mais acentuados que podem ser identificados em todas as regiões do tórax, audíveis desde o início da inspiração até o final da expiração. -Contínuos: Roncos: (dificuldade da passagem de ar/ estreitamento dos brônquios) → Sons graves e de baixa frequência, presente na expiração e inspiração, mas intensos na expiração. Sibilos: (constrição do ar-estreitamento das vias respiratórias/ bloqueio) → São sons altos/ semelhantes a assobios, que ocorrem durante a respiração. Estridor: É um som ofegante durante a inalação, resultante de uma obstrução parcial da garganta/ laringe ou traqueia. → Sons vocais: - Aumentada: Broncofonia (ressonância vocal, em que ausculta-se a voz sem nitidez, egofonia e pectorilóquia (em que ausculta a voz nitidamente). ABDÔMEN → Os pontos de referência são: Rebordos costais, ângulo de Charpy, cicatriz umbilical, cristas ilíacas, ligamento inguinal e sínfise púbica. → Estrutura do Abdômen: - É composto por músculos, sendo: 2 oblíquos (interno/externo), reto abdominal e transverso. MARIA AMANDA RUFINO - A diástase abdominal ocorre quando há separação dos feixes do músculo reto abdominal. → Divisão: 4 e 9 quadrantes. ➢ INSPEÇÃO ABD - É avaliado a: - Forma e volume - Cicatriz umbilical - Abaulamentos ou retrações localizadas. - Veias superficiais (movimento ou pulsações) - Cicatrizes na parede abdominal. - Pelos, marcas, manchas ou lesões. →TIPOS DE ABDÔMEN Plano: Normal, que tem características simétricas. Globoso: Abdômen aumentado (pode ser devido a gravidez, ascite..). Avental: É observado em obesidade de grau elevado (acúmulo de tecido gorduroso). Escavado: Parede abdominal retraída, característico de magreza extrema Pendular: Característico de flacidez. Ventre de batráquio: Que é característico de ascite de regressão.. → HÉRNIA: São protusões que aparecem na parede abdominal que é originada pelo extravasamento de um órgão ou víscera, podendo ser caracterizada como encarcerada ou estrangulada (condição + grave). - Dentre as manobras, a manobra de valsalva permite avaliar herniações, onde é solicitado que o paciente assopre em uma das mãos fechadas, o que aumenta a pressão intra abdominal, permitindo avaliar. → SINAL DE GREY-TURNER -É uma mancha roxa/vermelha que aparece na pele quando pequenos vasos se rompem e liberam sangue. Essa mancha aparece na regiãodos flancos e pode ser indicativo de: 1. Pancreatite aguda 2. Trauma abdominal 3. Gravidez ectópica 4. Ruptura aneurisma de aorta abdominal → SINAL DE CULLEN - É um sinal de equimoses azuis-pretas na região periumbilical devido à hemorragia retroperitoneal. Pode ser indicativo de: 1. Pancreatite aguda 2. Ruptura gravidez ectópica. MARIA AMANDA RUFINO ➢ AUSCULTA ABD - A ausculta é a segunda parte do exame físico (deve ser realizada antes da percussão e palpação) - Essa parte da ausculta fornece informações sobre a motilidade intestinal. ➢ PERCUSSÃO ABD - Avalia a quantidade e distribuição de gases no abdômen, avaliando os sons (Timpânico/ hipertimpânico/ maciço/ submaciço). ➢ HEPATOMETRIA - Serve para medir o tamanho do fígado - Começa com a percussão na região do pulmão ( som claro pulmonar) e desce até o fígado (som maciço), depois percussão abaixo do fígado, na região do intestino grosso e sobre até o limite inferior do fígado, medindo assim, o seu tamanho. → SINAL DE JOBERT - Indicativo de pneumoperitônio - No fígado, ocorre o desaparecimento da macicez e o aparecimento do hipertimpanismo. → ESPAÇO DE TRAUBE: - Localizado no hipocôndrio esquerdo - Normalmente produz som timpânico devido a presença de ar no estômago → A perda desse som, pode indicar esplenomegalia (aumento do baço) → SINAL DE TORRES-HOMEM - Caracteriza-se pela sensação dolorosa provocada pela percussão do fígado. - Realizado quando há suspeita de abscesso hepático. - Deve ser percutido toda parte hepática da linha mediana até a linha axilar anterior. →SINAL DE PIPAROTE - É indicativo para ascite - Fazer uma percussão no abdômen do paciente e notar a propagação de uma onda do líquido acumulado. - Pede para o paciente colocar a mão no meio do umbigo, de forma que a palma fique na lateral, e com uma mão sua, posicionada na extremidade contralateral ao que fará o movimento do piparote (peteleco). → MACICEZ MÓVEL/ SEMI CÍRCULO DE SKODA - Ocorre em casos de ascite de médio volume - Quando o paciente está em decúbito dorsal, o líquido se acumula na região lateral do abdômen, o que dá um som timpânico nessa região, confirmando a ascite. - É pedido ao paciente para ficar em decúbito lateral direito e esquerdo, enquanto se percute a região lateral e central do abdômen. ➢ PALPAÇÃO ABD → Deve avaliar: - Sensibilidade - Localização e irradiação da dor - Reconhecer os pontos dolorosos. - A resistência da parede abdominal → A palpação sempre deve ser iniciada da região do abdômen mais distante possível da que está o local da dor. → Ela tem 4 etapas que precisam ser concluídas uma após a outra: 1. Palpação superficial 2. Palpação profunda 3. Palpação do fígado 4. Palpação do baço e outros órgãos. → Os principais pontos dolorosos são: Gástrico, Cístico, Apendicular, Esplênicos e Ureterais. → Na palpação profunda, pode encontrar consistências: cística, borrachosa, duraoupetréia. → SINAL DE MURPHY - Serve para identificar colecistite aguda (inflamação da vesícula biliar). - É colocado a mão sobre o hipocôndrio direito do paciente, abaixo do rebordo costal na linha hemiclavicular. - Ao comprimir o ponto cístico (entre a linha hemiclavicular direita e o rebordo costal), pode para o paciente inspirar profundamente, com isso o diafragma abaixa o fígado, fazendo com que a vesícula biliar encoste no dedo que está fazendo a compressão - O paciente interrompe a inspiração devido a forte MARIA AMANDA RUFINO dor, e com isso sinal positivo para colecistite aguda. → SINAL DE LEMOS-TORRES - Fazer percussão em toda parte do fígado do hipocôndrio direito, flanco direito e epigástrio, para analisar o som presente e a dor. Se houver alteração, sinal de lemos-torres positivo. - Nessa palpação profunda do fígado, deve ser analisada a borda (fina/arredondada), a superfície (lisa/nodular), consistência (diminuída/normal/aumentada) e sensibilidade (indolor/dolorosa). → SINAL DE BLUMBERG - Diagnosticar apendicite aguda. - É feita uma pressão progressiva no PONTO DE MCBURNEY (traça uma linha da fossa ilíaca direita até o umbigo, o ⅓ da linha é o ponto). - Depois dessa compressão no ponto de Mcburney é feita uma descompressão brusca e o paciente vai sentir dor ao descomprimir. → SINAL DE ROVSING - É um sinal para apendicite. - Avaliar a motilidade do intestino grosso. -Fecha a mão e pressionando sobre o quadrante inferior esquerdo do abdômen até o quadrante inferior direito, o que vai resultar em dor, pois o gás comprime o apêndice, sendo assim sinal positivo para apendicite. → TESTE DE PSOAS - Sinal positivo para apendicite aguda - Colocar o paciente em decúbito lateral esquerdo e realizar uma hiperextensão da perna direita, o que vai gerar dor à hiperextensão passiva. → SINAL DO OBTURADOR - Colocar o paciente em decúbito dorsal, fazendo uma flexão da perna sobre a coxa e da coxa sobre a pelve e finalizar fazendo uma rotação interna da coxa, e a dor vai ser produzida por essa rotação interna → SINAL DE COURVOISIER-TERRIER - Sinal que define a presença de icterícia e de uma vesícula biliar distendida sem a presença de dor - Indicativo de CÂNCER PANCREÁTICO - É um sinal usado para distinguir o câncer pancreático da colecistite aguda ou coledocolitíase. PALPAÇÃO DO BAÇO → POSIÇÃO DE SCHUSTER: Paciente em decúbito lateral direito com a perna direita estendida e flexão na coxa esquerda sob ângulo de 90°, e o braço elevado sobre a cabeça. → SINAL DE GIORDANO - Diagnóstica pielonefrite ou litíase renal - É realizada uma percussão com a mão em forma de punhal nas costas do paciente e a outra em baixo, entre a 11/12 costela. → SINAL DE CARNETT - A dor abdominal (abdômen agudo) aumenta ou não se altera com o estiramento da musculatura da parede abdominal. - Na contração abdominal a dor aumenta sugerindo uma dor visceral. MARIA AMANDA RUFINO 5 tipos de abdome agudo : Inflamatório (dor difusa e progressiva), perfurativo (dor forte e contínua), obstrutivo (Cólica, visceral e progressiva), hemorrágico (Dor leve e difusa) e vascular (dor súbita e intensa). RCP → URGÊNCIA x EMERGÊNCIA - URGÊNCIA: Situação que exige atendimento rápido, porém não demonstra risco de morte. - EMERGÊNCIA: Exige atendimento imediato, e que oferece risco iminente de morte. Ex: Parada cardíaca. → Parada cardiorrespiratória (PCR): É uma parada súbita da atividade do coração e do pulmão, e como consequência, o resto do organismo sofre com falta de nutrientes e oxigênio. - O PCR é mais frequente por um ritmo do coração anormal que é chamado de fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso (ritmos CHOCÁVEIS). - O tempo para o reconhecimento é importante, pois o organismo depende do fluxo de sangue aos órgãos. → MORTE SÚBITA: que ocorre até 1 hora do início dos sintomas. → O primeiro passo para se começar uma RCP é a avaliação da cena, analisar se há riscos. → PASSOS PARA RCP: (C A B) 1. Checar responsividade 2. Checar respiração (ouvir, ver e sentir). 3. Chamar por ajuda (SAMU e DEA) - Se for 1 reanimador: Deixa a vítima, chama o SAMU e volta a reanimar. - Se for 2: Um começa a reanimação e o outro chama o SAMU OBS: Deve ser feito o posicionamento correto da vítima (deitada de costas em superfície dura), para evitar dano à coluna. 4. Checar pulso (5-10s) 5. Iniciar compressão torácica. 6. Abrir vias aéreas (levantando o queixo ou mandíbula). 7. Boa ventilação deve ser feita (2 ventilações/ 30 compressões) 8. Desfibrilação → Deve ser iniciado 30 compressões para 2 ventilações. -Frequência de 100-120 por minutos - Incursões de 5 cm → A cada 5 ciclos, checa-se o pulso. → LESÃO CEREBRAL PÓS PARADA: (o atendimento deve ser iniciado em 3 min) - 10 seg: Perda de consciência - 4 min: Acabam as reservas de glicose. - 6 min: Depleção severa de ATP e começa dano celular. - 16 min: Morte cerebral completa. → RITMOS CHOCÁVEIS: Fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso. → RITMOS NÃO CHOCÁVEIS: Atividade elétrica sem pulso e assistolia → Após o uso do DEA continuar as massagens e checar pulso após 2 min. APARELHO CARDIOVASCULAR → Localização do coração: Na basedo hemitórax esquerdo, anterior ao tronco pulmonar. → Átrios: -Direito: Recebe sangue pobre em O² das veias cavas. - Esquerdo: Recebe sangue rico em O² das veias pulmonares → Camadas: -Endocárdio: Camada interna do coração, de aspecto liso. - Miocárdio: Camada mediana, que tem como principal componente as fibras musculares cardíacas → Esse tecido recebe irrigação das coronárias (descendente anterior e circunflexa). - Pericárdio (parietal e visceral): Camada mais externa, que contém o líquido pericárdico, que tem a função de reduzir o atrito entre as camadas do pericárdio seroso, de acordo com o movimento do coração. ➔ No exame físico inclui a inspeção, palpação e ausculta (NÃO TEM PERCUSSÃO) → Inspeção e palpação simultaneamente: - Analisar abaulamentos (Tangencial/frontal) - Análise do ICTUS CORDIS (choque da ponta do coração)→ é uma pulsação visível do ápice do coração contra a parede do tórax. ● Está localizado entre o 5/6° espaço intercostal esquerdo. ● É avaliado intensidade, frequência e ritmo. ● Para avaliar se a movimentação do ictus é normal ou patológica, deve-se colocar o paciente em decúbito lateral (de lado) que terá uma visão ampliada da movimentação do ictus. MARIA AMANDA RUFINO → De 1 á 2 cm de variação é considerado normal. ● O deslocamento do Ictus, pode ser: Estenose aórtica, Insuficiência aórtica, mitral, hipertensão arterial, miocardiopatia. - Análise dos batimentos ou movimentos visíveis - Palpação das bulhas e pesquisa de frêmito cardiovascular → FÚRCULA ESTERNAL: Pulsação do arco da aorta. → FRÊMITO CARDIOVASCULAR: - Sensação tátil= Vibração produzida no coração ou nos vasos. ● Ao auscultar o coração deve ser avaliado: Bulhas cardíacas, ritmo, frequência, ritmos tríplices, cliques ou estriados, ruídos, atritos ou sopros. BULHAS CARDÍACAS (FOCAR) → B1 (primeira bulha)→ “TUM”: Fechamento das valvas atrioventriculares (mitral e tricúspide), caracterizada pelo início da sístole e tem duração um maior que a 2 bulha. → B2 (segunda bolha)→ “TÁ”: Fechamento das valvas semilunares (aórtica e pulmonar), caracterizada pelo início da diástole. Durante a expiração, as 2 valvas fecham dando origem ao som. → B3 “TUM TRA” (depois da B2): Fase de enchimento rápido ventricular, relacionada com a sobrecarga de volume. → B4 “TRA TUM” (antes da B1): Fase de contração atrial, relacionada com a sobrecarga de pressão. - Depois de reconhecer a B1 e B2 deve determinar o ritmo e a frequência cardíaca → Se tiver 2 bulhas: ritmo binário (dois tempos)→ Se tiver 3 : ritmo tríplice (três tempos) TESTE DE ALLEN - Tem como finalidade avaliar a circulação sanguínea da mão. - Deve pressionar as artérias e pedir que o paciente abra e feche a mão até a palma da mão ficar pálida, depois deve liberar a uma das artérias e avaliar a circulação. QUEIMADURAS → CAUSAS: Agentes físicos/químicos/radiação/eletricidade. → MECANISMOS DO TRAUMA: - ↓ fluxo sanguíneo no local; aumenta a formação de trombos. - ↓ Débito cardíaco; aumenta a ventilação pulmonar devido ao maior consumo de O², aumentando 3x o metabolismo. - Inflamação; Hemólise (destruição células vermelhas por conta do calor); ↓ Albumina (com isso, a água escapa dos vasos e fica no espaço intersticial, o que acaba sobrecarregando os rins, produzindo, assim, edemas). → A identificação e o diagnóstico (anamnese) é importante, deve ser questionado: idade, peso, MARIA AMANDA RUFINO horário da queimadura, agente etiológico, antecedentes patológicos, medicações em uso e histórico social. - Deve ser avaliado: Profundidade e extensão da superfície queimada pois a gravidade das lesões depende= Tempo de exposição, temperatura, espessura da pele do local atingido, uso ou não de vestimenta no local da queimadura. CLASSIFICAR A QUEIMADURA (focar) → 1 GRAU: - Não sangra, geralmente é seca e causa dor. - Não passa da Epiderme - De caráter rosa e toda inervada. → 2 GRAU: - Atinge a derme - É úmida e há presença de flictenas (bolhas) - É dolorosa, vermelha e tem uma cura mais lenta, podendo ser formada cicatrizes. → 3 GRAU: - Atinge todas as camadas da pele - Pouca ou nenhuma dor por conta da destruição das terminações nervosas. - Úmida, cor branca/amarela/marrom. - Não cicatriza espontaneamente, necessita de enxerto. CÁLCULO DA SUPERFÍCIE CORPORAL QUEIMADA → Regra da palma da mão: A palma corresponde a 1% (utilizada para pequena extensão) → Regra dos 9 (WALLACE): Atribui o valor 9 para cada área do corpo, na somatória final= 100% -Pequeno queimado: menor que 10% -Médio: 10-25% -Grande: maior que 26%. SANGRAMENTOS - Se o sangramento for intenso e descontrolado é chamado de hemorragia→ O principal risco de hemorragia é o Choque hipovolêmico (corpo fica sem sangue suficiente nos vasos) →CLASSIFICAÇÃO: - Origem: ● Hemorragia externa: Sangramento exterior ao corpo. ● Hemorragia interna: Se dá nas camadas mais profundas com músculos ou órgãos internos. VASO LESIONADO: ● Hemorragia arterial: A artéria é rompida e o sangramento ocorre em jatos, vermelho vivo e rápido. ● Hemorragia venosa: Team a coloração vermelha escura, um fluxo contínuo e mais lento do que a arterial. ● Hemorragia capilar: É um sangramento lento e com menos volume de sangue. - Nos sinais indiretos, inclui: Pulso rápido e fraco, pele pálida, fria e úmida, fraqueza, tontura, confusão mental, sede e respiração acelerada. - Deitar o paciente em decúbito dorsal, facilita a circulação sanguínea entre o coração e o cérebro. - Deve comprimir o sangramento até que a hemorragia estanque (min 10 min) e se a gaze ficar encharcada, deve ser colocada outra por cima e não retirar. → Não se retira objeto que está no local da hemorragia, Não se lava ferida e não deve ser oferecido água ou comida para pessoa. SANGRAMENTO NASAL (epistaxe) - O certo é inclinar o paciente levemente para frente e pressionar a narina por 5-10 min → solução de adrenalina causa vasoconstrição e ajuda a conter o sangramento.