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Propostas didático-metodológicas do 
ensino-aprendizagem dos conteúdos 
da Língua Portuguesa
Apresentação
O ensino de leitura e escrita na escola não se resume somente aos primeiros anos escolares. Essa é 
uma tarefa que deve ser continuada durante todos os anos do ensino fundamental e do ensino 
médio. Práticas como o desenvolvimento dos conteúdos programáticos por meio do uso de textos 
de vários gêneros e tipos é uma das mais indicadas atualmente. Você sabe como desenvolver as 
atividades de língua portuguesa a partir de textos? De que maneira se pode, ao mesmo tempo, 
trabalhar o ensino da língua e incentivar a leitura? Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá 
aspectos sobre a importância de se trabalhar a língua falada, a leitura e a escrita contextualizadas e 
interligadas.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer a importância da oralidade, da leitura e da escrita dentro e fora da sala de aula.•
Definir a leitura e a produção de textos como peças-chave no ensino de língua.•
Discutir estratégias e métodos para o desenvolvimento do conteúdo programático com o 
auxílio de textos.
•
Desafio
Considerando o ensino-aprendizagem da escrita e da leitura como um processo integrado, ou seja, 
não é possível dissociar as duas modalidades da língua, o texto se apresenta como uma ferramenta 
eficiente tanto para o ensino da leitura quanto da própria escrita.
Imagine que você é professora de língua portuguesa em uma escola de ensino médio e vem 
trabalhando os conteúdos conceituais com os alunos por meio da interpretação de textos e de 
exercícios de fixação, porém, notou que os alunos vêm apresentando uma grande dificuldade com a 
escrita. Você percebe que a maioria da sua turma de 1a série tem dificuldades em distinguir as 
diferenças entre a fala e a escrita, resultando em produções de texto em que a escrita se aproxima 
demais da fala, inclusive com problemas de pontuação, concisão e com o uso de gírias, abreviações 
e construções inadequadas.
Em uma atividade de produção de texto, você se depara com a seguinte construção feita por um 
aluno: "A minha mãe pidiu que eu isse na farmacia pra comprá o remédio dela mas quando cheguei 
lá vi que não tinha levado o dinheru. Minha mãe ficou injuriada e mi disse um monte de palavrão 
dai eu voltei lá e comprei."
Diante desse exemplo e pensando em melhorar a habilidade de escrita dos alunos, que tipo de 
atividade e metodologia poderiam ser utilizados para sanar as deficiências?
Infográfico
O infográfico apresenta exemplos de atividades de leitura e escrita e seus respectivos objetivos. 
Confira!
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Conteúdo do livro
A aprendizagem da leitura e da escrita é um processo que pode ser intermediado pelos vários tipos 
e gêneros de texto. O texto constitui um material de grande relevância no contexto da sala de aula, 
seja ele literário, jornalístico, técnico, seja de outro gênero. Sabemos que, para que o aluno seja 
capaz de escrever corretamente, é preciso que tenha contato com a leitura, que é um dos pilares 
sobre os quais se ergue a argumentação escrita. Para aprofundar os seus conhecimentos sobre o 
assunto, faça a leitura do capítulo iniciando em O papel da oralidade, da leitura e da escrita dentro e 
fora da sala de aula e seguindo até Aprendendo língua portuguesa com e por meio do texto.
Boa leitura!
METODOLOGIA
DO ENSINO DA
LINGUAGEM
Letícia Finkenauer
Michaela Carvalho da Silva
Propostas didático -
-metodológicas do 
ensino-aprendizagem 
dos conteúdos da 
língua portuguesa
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 n Reconhecer a importância da oralidade, da leitura e da escrita dentro 
e fora da sala de aula.
 n Defi nir a leitura e a produção de textos como peças-chave no ensino 
de língua.
 n Discutir estratégias e métodos para o desenvolvimento do conteúdo 
programático com o auxílio de textos.
Introdução
O ensino de leitura e escrita na escola não se resume somente aos pri-
meiros anos escolares. Essa é uma tarefa que deve ser continuada durante 
todos os anos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Práticas como 
o desenvolvimento dos conteúdos programáticos por meio do uso de 
textos de vários gêneros e tipos são algumas das mais indicadas atual-
mente. Você sabe como desenvolver as atividades de língua portuguesa 
a partir de textos? De que maneira se pode, ao mesmo tempo, trabalhar 
o ensino da língua e incentivar a leitura?
Neste texto, você verá a importância de se trabalhar a língua falada, 
a leitura e a escrita contextualizadas e interligadas.
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O papel da oralidade, da leitura e da escrita 
dentro e fora da sala de aula
Primeiramente, é importante que você faça uma breve refl exão sobre a função 
e a importância da oralidade, da leitura e da escrita no contexto geral da 
sociedade.
A fala e a escrita são modalidades de uso da mesma língua, contudo apre-
sentam características próprias. É fundamental você perceber as diferenças 
entre fala e escrita para entender como esse conhecimento implica no processo 
de ensino e aprendizagem. 
De forma geral, não é pertinente a comparação entre a língua falada e a escrita, 
não existindo uma melhor ou pior do que a outra. Enquanto a língua falada carrega 
marcas da individualidade do falante, a escrita é baseada nas regras da norma 
culta e se propõe a ser mais formal, tendendo a padronizar as manifestações.
São modalidades diferentes e cada uma se destina a um determinado 
objetivo de uso. Tanto a oralidade quanto a escrita são fundamentais. São 
duas maneiras de as pessoas organizarem os seus discursos, praticarem as 
suas interações no dia a dia, sem que uma seja mais importante que a outra. 
Cada uma tem o seu lugar, são práticas discursivas que não concorrem, não 
competem entre si.
Lembre-se de que as crianças iniciam o contato com a língua falada logo após o 
nascimento. Elas vão acumulando informações sobre o funcionamento dela até co-
meçarem a produzir os primeiros sons, que se transformam em palavras completas 
e, mais tarde, em proposições. A fala é uma realidade cotidiana e a criança inicia a 
sua produção muito antes de aprender a escrever. Em função disso, a oralidade é 
peça-chave na comunicação infantil, uma vez que ainda é a principal forma pela qual 
a criança se expressa.
Além da função de comunicação, a língua falada desempenha o papel de 
promotora de identificação social, sendo, por isso, fundamental a valorização 
das variações linguísticas. Essa função permite ao indivíduo desenvolver 
o sentimento de pertencimento, se identificando como parte integrante de 
determinado grupo social. No entanto, é importante você ter em mente que as 
manifestações da língua falada são próprias dessa modalidade. Não é possível 
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transpô-las para a língua escrita sem fazer as respectivas modificações, ou 
seja, sem mostrar ao aluno que a fala pode se apresentar de uma determinada 
maneira, mas a escrita deve obedecer a regras e normas diferentes.
Já a língua escrita se configura em uma modalidade com a qual a criança 
vai estabelecendo contato desde cedo, seja por meio da televisão, de brinque-
dos pedagógicos ou de livros e materiais infantis escritos. Com a entrada na 
escola e o início do processo de alfabetização, a criança começa a perceber 
uma crescente importância dessa modalidade no seu contexto diário. Isso 
pode se apresentar por meio da leitura de revistas em quadrinhos, do rótulo 
de algum alimento ou de orientações de jogos eletrônicos.
Você deve ter percebido que, com o advento de inúmeras tecnologias, como o com-
putador, o videogame e os celulares, as crianças vêm iniciando o seu contato com 
a língua escrita cada vez mais cedo. Isso confere à escolao papel fundamental da 
alfabetização, mas não mais o de iniciar a criança no contato com as letras e os números.
O texto como instrumento de trabalho
A escola é considerada uma das entidades mais infl uentes na formação de 
uma pessoa. Nela e, implicitamente, nos livros que utiliza é possível criar 
condições para o desenvolvimento da capacidade de uso efi caz da linguagem, 
de modo a satisfazer as necessidades de relacionamento no ambiente social 
em que se vive.
Apesar disso, você deve saber que a participação da família no processo de 
aquisição da leitura e da escrita (e, posteriormente, na formação do aluno leitor) é 
importantíssima. De acordo com Teberosky e Colomer (2003, negritos do autor),
Ambos os conhecimentos (os elaborados pela criança e aqueles transmiti-
dos pelos adultos e assimilados pela criança) parecem estar influenciados 
pelas condições do ambiente, desenvolvendo-se melhor se o ambiente 
alfabetizador é rico em materiais escritos e em interações e práticas de 
leitura. (...) Nas famílias onde ocorre o que denominamos práticas de 
leitura, os adultos contribuem para o desenvolvimento do conhecimento 
sobre a escrita e sobre a linguagem escrita.
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Em outras palavras, se o ambiente é propício e incentivador da leitura e 
da escrita, o aluno terá mais subsídios para uma alfabetização mais eficiente 
e para o desenvolvimento do hábito e do gosto pela leitura. Muitas vezes, 
somente o ambiente escolar e o trabalho desenvolvido pelos professores não 
são suficientes para que o aluno desperte seu interesse pela leitura e desenvolva 
sua habilidade da escrita. O exemplo aprendido em casa é fundamental para 
que ele internalize a importância e a função da língua escrita na sua vida 
escolar, acadêmica e cotidiana.
Dessa forma, para Santomauro (2009), 
As situações didáticas essenciais para o Ensino Fundamental passaram a 
ser: ler e ouvir a leitura do docente, escrever, produzir textos oralmente 
para um educador escriba (quando o aluno ainda não compreende o 
sistema) e fazer atividades para desenvolver a linguagem oral, além de 
enfrentar situações de análise e reflexão sobre a língua e a sistematização 
de suas características e normas.
É importante você lembrar que o processo de aquisição da escrita e da 
leitura é contínuo, passando pela fase inicial de alfabetização e prosseguindo 
no decorrer de todos os anos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. 
Com a aquisição de conhecimentos básicos, a criança vai adquirindo outros 
mais complexos e desenvolvendo a habilidade de argumentação. Nesse ponto 
é que a leitura se faz de extrema importância, pois, por meio dela, o aluno 
poderá consolidar conhecimentos já adquiridos, adquirir outros e aprender a 
organizar as ideias para transportá-las para o texto escrito.
A leitura de histórias em voz alta para as crianças pequenas auxilia no desenvolvimento 
do vocabulário, na compreensão de conceitos e no conhecimento da linguagem 
escrita dos livros. Para Teberosky e Colomer (2003), “As leituras em voz alta para crianças 
pequenas, nas quais elas escutam, olham, perguntam e respondem, são um meio 
para que entendam as funções e a estrutura da linguagem escrita e podem vir a ser, 
também, uma ponte entre a linguagem oral e a linguagem escrita.”.
Já com as crianças maiores e com os adolescentes, é interessante explorar os materiais 
impressos do tipo urbano e doméstico, como jornais, revistas, panfletos, rótulos de 
produtos, bulas de remédios, entre outros.
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A falta do hábito de leitura entre a maioria dos alunos do terceiro e quarto ciclos do 
Ensino Fundamental e do Ensino Médio ainda é o fator que mais contribui para a 
dificuldade para produzir textos escritos.
Aprendendo língua portuguesa com e por meio 
do texto
Você conhecerá aqui alguns tópicos sobre os conteúdos programáticos de 
língua portuguesa para os Ensino Fundamental e Médio. Também se fami-
liarizará com questões práticas sobre como inserir o texto no cotidiano da 
sala de aula.
Inserir o trabalho com os tipos e gêneros textuais na rotina de atividades 
do ensino de língua portuguesa pode ser muito prazeroso e trazer ótimos 
resultados. Com essa estratégia, é possível aproximar os conteúdos estudados 
em sala de aula da vida cotidiana do aluno, fazendo com que esses conteúdos 
ganhem sentido e tornando a sala de aula um espaço de troca de vivências, 
experiências e de formação de opiniões.
Veja alguns tópicos e definições sobre os conteúdos que podem ser desen-
volvidos com base nos textos.
A definição de gênero textual remete à sua inserção na vida social dos 
indivíduos (cotidiana, científica, escolar, religiosa, jornalística, entre outras). 
O gênero textual tem a sua constituição baseada em situações comunicativas 
que apresentam atribuições de funções que se cumprem na vida cotidiana. É 
a carta pessoal, a receita culinária, o inquérito policial, a biografia, a resenha 
e o memorando, entre outras. 
Os fatores determinantes do gênero textual estão situados além dos aspectos linguís-
ticos, sendo eles o estilo, o conteúdo, o canal, a composição e a função. Podem ser 
compostos por mais de um tipo textual, como em um contrato de locação imobiliária, 
que traz a descrição do imóvel e a exposição das cláusulas do contrato.
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Para o trabalho em sala de aula, é possível se utilizar dos vários gêneros 
textuais para a identificação da finalidade da comunicação. Para que serve 
uma carta? Qual é a sua finalidade comunicativa? Qual é a sua estrutura? 
Qual é a finalidade comunicativa de uma resenha de livro? Que tipo de 
linguagem ela deve apresentar? A finalidade pela qual fazemos uma comu-
nicação deve ser sempre clara para o aluno, assim como o público para o 
qual ele escreve as suas produções. O texto será lido por quem? O que quero 
ou preciso comunicar?
A tipologia textual tem como base textos com sequências linguísticas 
(enunciados) que se apresentam no interior de um gênero textual. São a narra-
ção, a argumentação, a exposição, a descrição e a injunção, entre outros. Seus 
fatores determinantes são aspectos de natureza linguística, como a ortografia, 
a concordância, a regência, a acentuação e a pontuação, entre outras.
Uma das práticas mais indicadas para o desenvolvimento dos conteúdos de língua 
portuguesa consiste em trabalhar os conteúdos formais (considerando os Ensino 
Fundamental e Médio) utilizando os gêneros textuais como estratégia de prática 
pedagógica. A essa estratégia é possível acrescentar o trabalho com aspectos 
linguísticos do texto e questões relacionadas à gramaticalidade, à coesão e à coe-
rência textual.
Uma das estratégias que pode ser utilizada é a retextualização, ou seja, a 
transformação de um texto oral em um texto escrito. A retextualização com-
preende aspectos linguísticos, textuais e discursivos, sendo eles: a idealização 
(eliminação, completude e regularização), a reformulação (acréscimo, subs-
tituição e reordenação) e a adaptação (tratamento da sequência dos termos). 
Compreende também aspectos cognitivos, ou seja, a compreensão (inferência, 
inversão e generalização). Ela ainda pode ser utilizada para desenvolver conteúdos 
conceituais, como pontuação, objetividade, concisão, regência e concordância.
As atividades envolvendo os conteúdos conceituais podem partir do próprio 
texto. Esse texto pode ser escolhido pelo professor e apresentado aos alunos. 
Pode ser de algum autor consagrado ou consistir nas produções dos próprios 
alunos. É possível explorar, durante a correção em grupo de textos previamente 
produzidos pelos alunos, conteúdos como pontuação, acentuação, ortografia, 
sintaxe, regência e concordância. Dessa forma, ao mesmo tempo em que se 
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discute com os alunos os conteúdos obrigatórios, fica claro que também eles 
podem ser autores.
Para um trabalho com os anos mais avançados, é possível escolher 
leituras com a participação dos alunos. Essas leituras precisam ser ade-
quadas à faixa etária, ao nível cognitivo e aos conteúdos abordados para 
serem lidas fora do ambiente escolar, mas com o acompanhamento em 
sala de aula. Os adolescentes podem ser incentivados a fazer a leitura em 
casa e você pode oferecer a eles um tempo hábil para o cumprimento da 
tarefa. Mas é interessante que a leitura seja acompanhada em sala de aula 
por meio de discussões sobre o tema. Após o término dessa leitura, você 
deve proceder a uma atividade de síntese. Nela, pode propor atividades de 
discussão sobre o assunto, resumos ou resenhas, criação de história em 
quadrinhos ou releitura da obra, assim como atividades de exploração dos 
conteúdos obrigatórios.
Você deve saber, porém, que qualquer que seja o tipo de atividade ou de 
texto escolhido, é importante explorar ao máximo o material. Isso deve ser 
sempre feito de acordo com o nível cognitivo dos alunos, não se limitando 
àquele trazido pelo livro didático. O livro didático se constitui em um excelente 
instrumento de trabalho, mas não deve ser a fonte única de conhecimento. 
Existem muitos outros textos à disposição em outras fontes que podem servir 
como material para ser explorado em sala de aula.
Metodologia do ensino da linguagem144
Metodologia_do_ensino_U4_C04.indd 144 07/03/2017 14:12:20
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros 
Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental: língua por-
tuguesa. Brasília, DF, 1998. Disponível em: . Acesso em: 31 jan. 2017.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâ-
metros Curriculares Nacionais: Ensino Médio: linguagens, códigos e suas tecnologias. 
Brasília, DF, 2000. Disponível em: . Acesso em: 31 jan. 2017. 
SANTOMAURO, B. O que ensinar em Língua Portuguesa. São Paulo: Nova Escola, 2009. 
Disponível em: . Acesso em: 30 jan. 2017.
TEBEROSKY, A.; COLOMER, T. Aprender a ler e a escrever: uma proposta construtivista. 
Porto Alegre: Artmed, 2003.
Leituras recomendadas
COLOMER, T.; CAMPS, A. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Porto Alegre: Artmed, 2002.
ROSÁRIO, R. P. C. Metodologia do ensino da língua portuguesa. [S.l.]: Artigos.com, 2016. 
Disponível em: . Acesso em: 30 jan. 2017.
Metodologia do ensino da linguagem145
Metodologia_do_ensino_U4_C04.indd 146 07/03/2017 14:12:20
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Dica do professor
O vídeo apresenta sugestões de como utilizar os vários tipos e gêneros de textos em atividades de 
sala de aula. Confira!
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/f9ce1f0d30cfc4d346765aab2c8ba046
Exercícios
1) Assinale a alternativa CORRETA no que se refere à importância da oralidade, da escrita e da 
leitura na sala de aula: 
A) A fala e a escrita são modalidades de uso da mesma língua, contudo apresentam 
características próprias.
B) A língua escrita carrega marcas da individualidade do sujeito e a falada é baseada nas regras 
da norma culta e se propõe a ser mais formal, tendendo a padronizar as manifestações.
C) A língua escrita tem maior importância na sociedade do que a falada.
D) A língua desempenha um único papel social: o da comunicação.
E) As manifestações da língua falada são idênticas às da escrita, não sendo necessário fazer 
alterações no caso de transposição de uma para a outra modalidade.
2) Observe a frase: " _____________ tem a sua constituição baseada em situações comunicativas 
que apresentam atribuições de funções que se cumprem na vida cotidiana. ____________ tem 
como base textos com sequências linguísticas (enunciados) que se apresentam no interior de 
um gênero textual". Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas:
A) A tipologia textual - O gênero textual.
B) O gênero textual - A tipologia textual.
C) O gênero textual - O gênero textual.
D) A tipologia textual - A tipologia textual.
E) O gênero textual - A finalidade comunicativa.
3) Assinale a alternativa que contém a correspondência CORRETA: 
A) Receita culinária - tipo textual.
B) Descrição - gênero textual.
C) Narração - tipo textual.
D) Certidão de nascimento - tipo textual.
E) Exposição - gênero textual.
4) Assinale a alternativa CORRETA em relação ao trabalho com leitura e escrita: 
A) Os textos produzidos pelos alunos não constituem material a ser explorado no trabalho de 
conteúdos conceituais.
B) As atividades envolvendo os conteúdos conceituais devem ser trabalhadas separadas do 
texto.
C) O trabalho dos conteúdos conceituais não deve se confundir com o trabalho dos gêneros 
textuais.
D) A retextualização pode ser utilizada para desenvolver conteúdos conceituais como 
pontuação, objetividade, concisão, regência e concordância.
E) As atividades de leitura devem ser feitas em casa, não havendo a necessidade da participação 
ou acompanhamento do professor durante o processo de leitura.
5) Assinale a alternativa que apresenta uma sugestão de atividade adequada e indicada de 
leitura e escrita: 
A) Leitura silenciosa de livros em aula.
B) Desenvolvimento de conteúdos conceituais por meio de exercícios de fixação.
C) Os textos apresentados pelo livro didático são sempre adequados e suficientes para o 
trabalho em sala de aula.
D) Não é necessário fazer atividades de síntese após ou durante o processo de leitura. O aluno 
deve somente fazer a leitura individual e tirar as suas próprias conclusões.
E) Transposição de textos orais para a escrita.
Na prática
Romeu e Julieta, de Shakespeare, é um clássico da literatura mundial e se baseia em uma história de 
amor que se passa em Verona, na Itália. Você é professora de língua portuguesa e está trabalhando 
esse romance com alunos do 8º ano. Depois de ler a obra adaptada em sala de aula, você 
perguntou ao grupo que tipo de texto era aquele e qual a sua finalidade comunicativa.
Com isso, convidaria os alunos a produzirem, em grupos, releituras da história lida. Depois, você 
faria uma mesa-redonda em que cada um exporia a sua história e elegeria a mais criativa.
A releitura da obra deveria ser escrita em um novo contexto:
a) Contando uma história de amor inspirada no clássico cujo tempo e espaço se dá em uma capital 
de algum estado brasileiro nos dias atuais.
b) Os personagens seriam pessoas comuns, inspiradas em conhecidos dos alunos.
A partir dessa releitura, você avaliou conteúdos como coerência e coesão textual, gênero e 
tipologia e, também, pontuação, ortografia e morfologia. O texto mais criativo foi o de Eduardo. 
Escute a leitura que ele fez para a turma.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/fa523c159ab9e44f5549c0c1a8ac676c
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Práticas de Leitura no Ensino Fundamental - Parte 1.
Veja o vídeo no link a seguir.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Práticas de Leitura no Ensino Fundamental - Parte 2.
Veja o vídeo no link a seguir.
Aponte acâmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
A produção de textos na sala de aula.
Veja o vídeo no link a seguir.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
O que ensinar em Língua Portuguesa.
Leia mais no link a seguir.
https://www.youtube.com/embed/WBv86YMKYvw?ecver=1
https://www.youtube.com/embed/HCaMDsJ8mrc?ecver=1
https://www.youtube.com/embed/abpOv00mBW4?ecver=1
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://novaescola.org.br/conteudo/303/o-que-ensinar-em-lingua-portuguesa

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