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1 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – G14 – ALUNO BARBOSA EVOLUÇÃO DO DIREITO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE NO BRASIL ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- OBS: Excepcionalmente, irá ser aplicado as pessoas entre 18 a 21 anos. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Fase da absoluta indiferença Fase da mera imputação criminal ou direito penal diferenciado Fase Tutelar: Código Mello Mattos e Código de Menores Fase da Proteção Integral SEGUNDO O ECA Criança 12 anos incompletos Adolescente 12 a 18 anos TIPOS DE DOUTRINAS Situação Irregular crianças e adolescentes apenas são objetos de direito Proteção Integral Crianças e adolescentes gozam dos mesmos direitos dos adultos COMPETÊNCIA LEGISLATIVA: CONCORRENTE União Norma Geral Estado Norma Específica Município Interesse Local É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão 2 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – G14 – ALUNO BARBOSA ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- PARTES DO ECA Geral Princípios Fundamentais Prevenções Especial Política de atendimento Medidas Conselho Tutelar Acesso Jurisdicional Crimes e infrações administrativas DIREITOS FUNDAMENTAIS PREVISTOS NO ECA Vida Existência Integridade Saúde Se estende a Gestante Cultura, Esporte e Lazer Dignidade Liberdade Direito de Ir e vir Convivência Familiar e Comunitária 3 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – G14 – ALUNO BARBOSA ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- D IR EI TO A L IB ER D A D E Ir, vir e estar nos Lograouros públicos e espaço comunitários Opinião e expressão Crença e cultos religiosos Brincar, praticar esporte e divertir-se Participar da vida familiar e comunitária sem discriminação Participar da vida política Buscar refúgio, auxílio ou orientação INFILTRAÇÃO DE AGENTES NA INTERNET P/ INVESTIGAR CRIMES CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE Depende de autorização judicial Inicia-se Requerimento do MP Representação do Delegado de Policia Prazo 90 dias (+ até 720 dias) 4 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – G14 – ALUNO BARBOSA OBS: prática de ato infracional por criança será aplicada, taxativamente, medidas de proteção, não lhe sendo cabíveis as medidas socioeducativas. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Não se fala de eleição, mas sim processo de escolha. TIPOS DE MEDIDAS DE PROTEÇÃO DO ECA Encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabildiade Orientação, apoio e acompanhamento temporário Matrícula e frequência obrigatória em estabelecimento de Ensino Fundamental Inclusão em programa comunitário ou Oficial de auxílio a família, a criança e ao Adolescente Requisição de tratamento médico, Psicológico ou Psiquiátrico Inclusão em programa de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatra e toxicómanos Acolhimento institucional Acolhimento familiar Colocação em família substitutiva CONSELHO TUTELAR Nº mínimo 01 CT em cada município Composição 05 Membros 04 anos (+04) Característica Permanente Autonômo Não Jurisdicional REQUISITOS PARA SER CONSELHEIRO TUTELAR Maior de 21 anos Residir no município de atuação Reconhecida idoneidade moral 5 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – G14 – ALUNO BARBOSA ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO TUTELAR Atender crianças e adolescentes e aplicar medidas de proteção. Atender e aconselhar os pais ou responsável e aplicar medidas pertinentes previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente. Promover a execução de suas decisões, podendo requisitar serviços públicos e entrar na Justiça quando alguém, injustificadamente, descumprir suas decisões. Levar ao conhecimento do Ministério Público fatos que o Estatuto tenha como infração administrativa ou penal. Encaminhar à Justiça os casos que a ela são pertinentes. Tomar providências para que sejam cumpridas as medidas socioeducativas aplicadas pela Justiça a adolescentes infratores. Expedir notificações em casos de sua competência. Requisitar certidões de nascimento e de óbito de crianças e adolescentes, quando necessário. Assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentaria para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente. Entrar na Justiça, em nome das pessoas e das famílias, para que estas se defendam de programas de rádio e televisão que contrariem princípios constitucionais bem como de propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente. Levar ao Ministério Público casos que demandam ações judiciais de perda ou suspensão do pátrio poder. Fiscalizar as entidades governamentais e não-governamentais que executem programas de proteção e socioeducativos. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Havendo repartição policial especializada para atendimento de adolescente e em se tratando de ato infracional praticado em coautoria com maior, prevalecerá a atribuição da repartição especializada, que, após as providências necessárias e conforme o caso, encaminhará o adulto à repartição policial própria. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- OBS: Nas demais hipóteses de flagrante, a lavratura do auto poderá ser substituída por boletim de ocorrência circunstanciada. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ATO INFRACIONAL Crime Contravenção APREENSÃO DE ADOLESCENTE Prisão em Flagrante Encaminhado a Autoridade Policial Ordem Judicial Encaminhado a Autoridade judiciária ATO INFRACIONAL Prisão em Flagrante Mediante violência ou grave ameaça Lavrar auto de apreensão, ouvido as testemunhas e o adolestence Apreender o produto e o instrumento da infração Requisitar exames ou perícias Ordem Judicial ATO INFRACIONAL Prisão em Flagrante Sem violência ou grave ameaça Será lavrado B.O Circunstanciado 6 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – G14 – ALUNO BARBOSA Adolescente apreendido em Flagrante de Ato de Infracional Adolescente apreendido em Flagrante de Ato de Infracional de elevada gravidade e repercussão social ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- A criança, no caso de cometimento de ato infracional, poderá ser submetida a medidas de proteção, cabendo ao Conselho Tutelar à aplicação. O adolescente pode ser submetido a uma medida de proteção ou a uma medida socioeducativa, porém em procedimento perante o Poder Judiciário e com amplo direito de defesa. O prazo máximo e improrrogável para a conclusão do procedimento, estando o adolescente internado provisoriamente, será de 45 dias. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Praticado Ato Infracional Adolescente será liberado pela Autoriadade policial após o comparecimento dos pais ou responsável Apresentação do Adolescente ao MP no mesmo dia, ou sendo impossível, no 1º dia útil imediato praticado Ato Infracional Adolescente sob internação p/ garantia de sua Segurança e manunteção de ordem pública Encaminhará, desde logo, o adolescente ao MP Sendo impossível a apresentação imediata ao MP, apresentará a Entidade de Atendimento Entidade de atendimento apresentará em 24h o Adolescente ao MP MP promoverá: 1) Arquivamento 2) Remissão 3) Representação MEDIDAS DO MP Promover o arquivamento dos autos Conceder a Remissão (Perdão) Representar a autoridade Judiciária p/ aplicação de Medida sócio- educativa DIFERENCIANDO Adolescente (12 a 18 anos) Medidas de Proteção Medidas Sócio Educativa Criança (- 12 anos) Medidas de Proteção 7 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – G14 – ALUNO BARBOSA ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a 03 anos. Atingido tal limite o adolescente deverá ser liberado, colocado em regime de semiliberdade ou de liberdade assistida. A liberação será compulsória aos 21 anos de idade. Em nenhum caso haverá incomunicabilidade. TIPOS DE MEDIDAS SÓCIO- EDUCATIVA Advertência Admoestação verbal Reduzida a termo e assinada Obrigação de reparar o dano Prestação de serviço a comunidade Até 06 meses 08h semanais Liberdade assistida Medida de Média extremidade Trabalho e estudo durante o dia e recolhimento a noite Semi-liberdade Desde o início ou como forma de transição p/ o meio aberto Realização de atividades externas, independente da autorização judicial Internação por tempo indeterminado Principio da Brevidade, Excepcional e Respeito Ato infracional mediante grave ameaça ou violência Ou reinteração de outras infrações graves PRINCÍPIO DA INTERNAÇÃO Brevidade Observar o menor tempo possível Prazo máximo 03 anos Reavaliando a cada 06 meses Excepcionalidade Só será aplicada a internação se não haver outra medida adequeada Respeito Nenhum abuso ou outro tratamento cruel ou degradante 8 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – G14 – ALUNO BARBOSA ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- CRIMES PREVISTO NO ECA Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de manter registro das atividades desenvolvidas, bem como de fornecer à parturiente ou a seu responsável, por ocasião da alta médica, declaração de nascimento, onde constem as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato. Crime Próprio Exige qualificação especial do sujeito ativo Crime Omissivo Omissão Própria Sujeito Ativo Encarregado de serviço ou dirigente de estabelecimento Sujeito Passivo Gestante ou parturiente Elemento Subjetivo Dolo e a Culpa Consumação Ocorre com a mera omissão Tentativa Não é admitida Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de identificar corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto, bem como deixar de proceder aos exames referidos nesta lei. Crime Próprio Exige qualificação especial do sujeito ativo Crime Omissivo Omissão Própria Sujeito Ativo Médico, enfermeiro ou dirigente. Sujeito Passivo Gestante ou parturiente Elemento Subjetivo Dolo e a Culpa Consumação Ocorre com a mera omissão Tentativa Não é admitida Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente. Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem observância das formalidades legais Crime Comum Que pode ter como sujeito ativo qualquer pessoa Sujeito Ativo Qualquer pessoa Sujeito Passivo Criança e/ou adolescente Elemento Subjetivo Dolo Consumação Ocorre com a privação de liberdade Tentativa É admitida Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada. Crime Próprio Exige qualificação especial do sujeito ativo Crime Omissivo Omissão Própria Sujeito Ativo Autoridade Policial Sujeito Passivo Criança e/ou adolescente Elemento Subjetivo Dolo Consumação Ocorre com a mera omissão Tentativa Não admite Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento Crime Próprio Exige qualificação especial do sujeito ativo Crime Comissivo - NÃO SERÁ APLICADA MEDIDA P/ AUTORIDADE JUDICIÁRIA SE: Estar provado a inexistência do fato Não haver prova da existência do fato Não constituir o fato Ato Infracional Não existir prova de ter o adolescente concorrido p/ o Ato Infracional 9 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – G14 – ALUNO BARBOSA Sujeito Ativo Que tem autoridade, guarda ou vigilância sobre a criança e/ou adolescente Sujeito Passivo Criança e/ou adolescente Elemento Subjetivo Dolo Consumação Ocorre com o vexame ou o constrangimento Tentativa É admitida Material Crime Material Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar a imediata liberação de criança ou adolescente, tão logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão Crime Próprio Exige qualificação especial do sujeito ativo Crime Omissivo Omissão Própria Sujeito Ativo Juiz do Juizado da Infância e Juventude ou pela Autoridade Policial Sujeito Passivo Criança e/ou adolescente Elemento Subjetivo Dolo Consumação Com a omissão do agente Tentativa Não admite Material Crime Material Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado nesta Lei em benefício de adolescente privado de liberdade. Crime Próprio Exige qualificação especial do sujeito ativo Crime Omissivo Omissão Própria Sujeito Ativo Encarregada do cumprimento do prazo. Sujeito Passivo Adolescente Elemento Subjetivo Dolo Consumação Com a omissão do agente Tentativa Não admite Formal Crime formal Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade judiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do Ministério Público no exercício de função prevista nesta Lei. Crime Comum Podendo ser praticado por qualquer pessoa Crime Omissivo Omissão Própria Sujeito Ativo Qualquer pessoa Sujeito Passivo O Estado Elemento Subjetivo Dolo Consumação Práticas de condutas de impedir ou embaraçar Formal/Material Material: no verbo impedir, Formal: no verbo embaraçar. Tentativa Não admite Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto. Crime Comum Podendoser praticado por qualquer pessoa Sujeito Ativo Qualquer pessoa Sujeito Passivo Criança e/ou adolescente Crime Comissivo - Consumação Subtração da vítima, mesmo que ela não chegue a ser colocada em família substituta. Tentativa Admite Formal e Doloso Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa. Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem oferece ou efetiva a paga ou recompensa. Crime Próprio Exige qualificação especial do sujeito ativo Crime Comissivo - Sujeito Ativo Pais, Tutor e o Guardião. Sujeito Passivo Criança e/ou adolescente. Consumação Simples promessa ou com a efetiva entrega do menor de idade. Tentativa É admitida Formal/Material Formal: promessa, Material: entrega. 10 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – G14 – ALUNO BARBOSA Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro. Crime Comum Podendo ser praticado por qualquer pessoa Crime Comissivo Sujeito Ativo Qualquer pessoa Sujeito Passivo Criança e/ou adolescente Elemento subjetivo Dolo Consumação Crime formal Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente. Crime Comum Podendo ser praticado por qualquer pessoa Sujeito Ativo Qualquer pessoa Sujeito Passivo Criança e/ou adolescente Formal Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. Crime Comum Podendo ser praticado por qualquer pessoa Formal Doloso Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. Crime Comum Podendo ser praticado por qualquer pessoa Formal Doloso