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DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO ESTÔMAGO 1 ESTÔMAGO: PORÇÃO DO TGI CONSTITUÍDA POR UMA BOLSA, LOCALIZADO ENTRE O ESÔFAGO E O INTESTINO. Dividido em 5 partes: CARDIA: região imediatamente adjacente a entrada do esôfago no estômago; FUNDO: parte superior do órgão; CORPO: maior parte do órgão, delimitada pelas regiões cárdica e fúndica e a região antral. E a principal região de secreção de HCl (células parietais) e de pepsinogênio (células principais); ANTRO: região próxima ao esfincter inferior, antes da região pilórica; PILORO: região esfincteriana que separa o estômago do duodeno. ESTÔMAGO MOTORA: armazena e mistura; regula a peristalse e o esvaziamento; reduz partículas alimentares. SECRETORA: água, muco, HCl (célula parietal do FUNDO e CORPO), pepsinogênio/pepsina (célula parietal), lipase e amilase gástrica, fator intrínseco. ENDÓCRINA: gastrina (estimula a secreção de HCl) e somatostatina (inibe a produção de gastrina). ESTÔMAGO PRINCIPAIS FUNÇÕES Secreções gástricas controladas por um duplo mecanismo: reflexo e hormonal. O estômago, em repouso, secreta quantidades pequenas de suco gástrico denominado secreção basal, que aumenta com a presença dos alimentos. Nas doenças do estômago, as alterações estão relacionadas a: SECREÇÃO, MOTILIDADE e SENSIBILIDADE ESTÔMAGO PRINCIPAIS FUNÇÕES Hormônios da digestão Gastrina : estimula a produção de ácido do estômago para dissolver e digerir alguns alimentos. Fundamental para o crescimento da mucosa gástrica e intestinal. Secretina : estimula o pâncreas liberando o suco pancreático que é rico em bicarbonato . Estimula o estômago a produzir pepsina. Também estimula o fígado a produzir bile. CCK : estimula o crescimento celular do pâncreas e a produção de suco pancreático. Provoca o esvaziamento da vesícula biliar. 5 Doenças que acometem o estômago Dispepsia Gastrite ◦ Aguda ◦ Crônica ◦ Atrófica ◦ Hipertrófica Úlcera péptica Câncer 6 Dispepsia 7 Caracterizada pela má digestão azia, náusea, empachamento, mal estar Consequência de distúrbios sistêmicos Doenças cardíacas Hipertensão Doença hepática CUIDADO NUTRICIONAL NA DISPEPSIA OBJETIVOS ◦ Determinar a causa ◦ Não subestimar o desconforto do paciente ◦ Verificar o hábito intestinal RECOMENDAÇÕES - dieta branda (abrandada por cocção ou ação mecânica) - fracionamento, mínimo de 4 refeições (reduz o volume das refeições) - mastigar bem os alimentos e comer devagar - aumentar a ingestão de fibras - evitar os condimentos (irritantes da mucosa) - observar a tolerância individual 8 CUIDADO NUTRICIONAL NA DISPEPSIA OBJETIVOS ◦ Determinar a causa ◦ Não subestimar o desconforto do paciente ◦ Verificar o hábito intestinal RECOMENDAÇÕES - dieta branda (alimentos abrandados por cocção ou ação mecânica) - aumentar o fracionamento (reduzir o volume das refeições para evitar o empachamento, reduz a irritação da mucosa gástrica) - evitar os condimentos (pimenta, molho inglês etc) - retirar os alimentos que relaciona com os sintomas 9 CUIDADO NUTRICIONAL NA DISPEPSIA OBJETIVOS ◦ Determinar a causa ◦ Não subestimar o desconforto do paciente ◦ Verificar o hábito intestinal RECOMENDAÇÕES ◦ Alimentos cozidos. ◦ Pouco condimentados. ◦ Refeições fracionadas e pouca quantidade. 10 GASTRITE 11 Inflamação na mucosa gástrica • Aguda: • estresse, medicamentos, infecções • Crônica: • Atrófica: diminuição da produção de HCl (hipocloridria ou acloridria) • Hipertrófica: aumento de produção de HCl • Inflamatória: presença H. pylori Tipos MECANISMO DE AÇÃO H. pylori Helicobacter pylori : principal agente causal de gastrite crônica e a infecção desempenha um papel na patogênese da úlcera péptica e do carcinoma gástrico. Pacientes com gastrite crônica atrófica multifocal são mais propensos a desenvolver câncer gástrico, enquanto a úlcera duodenal está comumente associada à gastrite não-atrófica predominantemente antral. A associação do H. pylori com a gravidade das doenças podem ser determinadas por fatores de virulência da bactéria, em associação com fatores do hospedeiro e ambientais. GASTRITE AGUDA 13 14 O PACIENTE COM GASTRITE OU ÚLCERA PODE CONSUMIR FRUTAS ÁCIDAS? 15 CIANOCOBALAMINA 16 DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B12 17 Gastrite Aguda ◦ Sintomas ◦ dor em queimação no abdômen ◦ azia ◦ perda do apetite ◦ náuseas e vômitos ◦ sangramento digestivo ◦ evacuação de fezes pretas (melena) ◦ vômitos com sangue (hematêmese). 18 Deficiência de absorção da vit B12 ◦ Fraqueza ◦ Glossite (inflamação ou infecção na língua) ◦ Comissurite labial (“boqueira” ou queilite angular – inflamação canto lábios) ◦ Diarréia ◦ Alterações neurológicas Memória, Orientação e Coerência. CUIDADO NUTRICIONAL NA GASTRITE OBJETIVOS ◦ Promover o descanso do estômago ◦ Eliminar fatores causais relacionados à alimentação ◦ Realizar reeducação alimentar RECOMENDAÇÕES 19 CUIDADO NUTRICIONAL NA GASTRITE OBJETIVOS ◦ Promover o descanso do estômago ◦ Eliminar fatores causais relacionados à alimentação ◦ Realizar reeducação alimentar RECOMENDAÇÕES ◦ Omitir alimentos não tolerados ◦ Jejum de 24 a 48 horas ◦ Reintrodução de alimentos de forma suave ◦ Reduzir o volume das refeições ◦ Aumentar a frequência das refeições ◦ Restringir álcool e alimentos muito gordurosos 20 ÚLCERA - Úlcera gástrica - Úlcera péptica: no duodeno - Causas: H pylori Medicamentos: aspirina, antiinflamatórios Fumo Cafeína 21 Sintomas Dor em queimação (pirose) “Dor de fome” Rítmica: “dói, come, passa” Dor na madrugada Periódica: repetição da queixa em determinadas épocas do ano. Sangramento: melena e hematêmese. CUIDADO NUTRICIONAL NAS ÚLCERAS OBJETIVOS ◦ Reduzir a dor ◦ Evitar distensão abdominal ◦ Modificar hábitos alimentares ◦ Assegurar ingestão adequada de nutrientes ◦ Corrigir anemia RECOMENDAÇÕES 22 CUIDADO NUTRICIONAL NAS ÚLCERAS OBJETIVOS ◦ Reduzir a dor ◦ Evitar distensão abdominal ◦ Modificar hábitos alimentares ◦ Assegurar ingestão adequada de nutrientes ◦ Corrigir anemia RECOMENDAÇÕES ◦ Diminuir o volume das refeições e fracioná-las ◦ Evitar as intolerâncias ◦ Evitar alimentos gordurosos ◦ Evitar: pimenta, cafeína, chá preto e álcool 23 RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS PARA GASTRITE E ÚLCERA GASTRINTESTINAL 24 CARACTERÍSTICA RECOMENDAÇÃO VET Distribuição Calórica Consistência Fracionamento Alimentos com efeito positivo/protetor Alimentos a serem evitados Recomendações RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS PARA GASTRITE E ÚLCERA GASTRINTESTINAL 25 CARACTERÍSTICA RECOMENDAÇÃO Frutas Ácidas Ambiente durante a alimentação Vamos discutir... J.T., executivo, 45 anos, trabalha viajando periodicamente. Mede 1,80 m, pesa 74 kg e recentemente consultou seu médico reclamando de um desconforto gastrointestinal superior. Perdeu 9 kg nestes últimos anos, refere realizar jantar às 23 horas e dor estomacal durante a madrugada. Após exames, verificou-se a presença de uma úlcera duodenal, o paciente tem seguido uma dieta com pouca gordura, o mesmo procurou um nutricionista para discutir a terapia nutricional mais indicada no seu caso, segue alguns questionamentos do paciente: a) A dieta com pouca quantidade de gordura é apropriada para este paciente? Por quê? Se há restrição de gordura, que tipo de lipídeo deve ser restrito e indicado? b) Quais outras sugestões você tem para oferecer a este paciente a respeito de se alimentar tarde da noite? c) Que sugestões você ofereceria ao paciente – em suas viagens – referente a escolha de opções de restaurantes, lanches e café da manhã? 26 Slide 1: DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS DO ESTÔMAGO Slide 2: Slide 3: Slide 4: Slide 5: Hormônios da digestão Slide 6: Doenças que acometem o estômago Slide 7: Dispepsia Slide 8: CUIDADO NUTRICIONAL NA DISPEPSIA Slide 9: CUIDADO NUTRICIONAL NA DISPEPSIA Slide 10: CUIDADO NUTRICIONAL NA DISPEPSIA Slide 11:GASTRITE Slide 12 Slide 13: GASTRITE AGUDA Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17: DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B12 Slide 18: Gastrite Aguda Slide 19: CUIDADO NUTRICIONAL NA GASTRITE Slide 20: CUIDADO NUTRICIONAL NA GASTRITE Slide 21: ÚLCERA Slide 22: CUIDADO NUTRICIONAL NAS ÚLCERAS Slide 23: CUIDADO NUTRICIONAL NAS ÚLCERAS Slide 24: RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS PARA GASTRITE E ÚLCERA GASTRINTESTINAL Slide 25: RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS PARA GASTRITE E ÚLCERA GASTRINTESTINAL Slide 26: Vamos discutir...