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A atuação do psicólogo nas áreas de saúde e educação: a importância do indivíduo como parte da comunidade Prof.ª Juliana Cintra Seção 3.1 As cores da sala de aula são diferentes das que você vê neste modelo? Tudo bem! Clique em Design -> Variantes (seta para baixo) -> escolha o esquema de cores que funcione para você! Fique à vontade para alterar qualquer sentença “Você vai..." e "Eu vou..." para garantir que elas estejam alinhadas com seus procedimentos e regras de sala de aula! 1 O psicólogo poderá se envolver em ações menos tradicionais das áreas da educação e da saúde, no âmbito da Psicologia Comunitária. Com base na preocupação da escola com a violência doméstica sofrida por Felipe, você pensou também em trabalhar com os demais adolescentes alguns temas dentro do projeto de educação não formal e de educação para a saúde de que eles participam. Sendo assim, quais temas você poderá propor? Além disso, muitos pais obrigam os adolescentes a participarem dos grupos, mesmo que eles não queiram. Então, como a Psicologia poderá atuar em um cenário que compulsoriamente introduz crianças e adolescentes em projetos de educação não formal, mobilizados pelo imperativo social de que eles precisam se ocupar? E, por fim, como elaborar um documento que aborde a situação particular de Felipe sem ferir a ética e o sigilo profissional? Aqui iremos : Identificar como a Psicologia pode atuar em projetos de educação não formal. - Compreender como a Psicologia se inclui no processo de educação para saúde. - Identificar quais os benefícios para os sujeitos e para a comunidade que contam com ações que extrapolem o formato tradicional de educação formal. - Reconhecer os elementos relevantes para elaborar relatório/laudo psicológico. O psicólogo é fundamental para a implantação, o desenvolvimento e a sustentação de projetos criativos que ultrapassem modelos seculares instituídos, por compreender o ser humano de forma rica e plural Como descrito no código de ética profissional, o psicólogo deve atuar considerando pessoas e grupos de forma ampla, respeitando diferenças e enfrentando violações de direitos. A Resolução CFP n. 007/2003 institui o Manual de Elaboração de Documentos inscritos produzidos pelo psicólogo1. Entre as modalidades de documento estão: declaração, atestado, relatório/laudo e parecer. Segundo o Manual de Elaboração de Documentos, o relatório (que também pode ser nomeado como laudo) é um documento que descreve situações ou condições psicológicas, compreendendo a história das pessoas, o contexto social em que estão inseridas, as questões políticas (pois atravessam nosso cotidiano) e culturais (você já aprendeu sobre a influência da comunidade na constituição das pessoas). Esse documento poderá ser solicitado a todos os psicólogos, independentemente de sua área de atuação, por outros profissionais, pelo sistema judiciário, pela escola, enfim, por diversas instituições. É um documento que requer elaboração delicada, visto que é necessário emiti-lo e ao mesmo tempo deve-se cumprir o sigilo profissional. Então, como faremos isso? Como escrever algo sobre um indivíduo ou grupo e simultaneamente manter o sigilo sobre eles? Parecem duas ações contraditórias, não? Segundo a resolução, você deve embasar a escrita desse documento (e de todos os outros) em dados colhidos e analisados (mediante entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos, observação, exame psíquico e/ou intervenção verbal), mantendo sempre um referencial teórico e cientificamente aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia. Para Eidelwein (2005, p. 65), a educação pode ser trabalhada em diversos contextos, “desde escolas, hospitais, comunidades, empresas, até projetos sociais”. Nesse sentido, os três modelos de educação se diferenciam em seus objetivos. Portanto, como afirmam Delors (1996) e Escot (1999 apud LARANJEIRA; TEIXEIRA, 2008, p. 24) A “educação formal está comumente associada ao poder público e implica frequência obrigatória, expedição de diploma, entre outros regulamentos” A educação não formal (ENF) está relacionada “às atividades pedagógicas estruturadas e desenvolvidas nos meios não escolares, de maneira que favoreça a participação da coletividade, no qual a formação dá-se na ação e na perspectiva comunitária” A educação informal, por sua vez, “designa as atividades realizadas sob diferentes contextos (trabalho, casa, rua, etc.) sem que a primeira finalidade seja a aprendizagem”. A educação pode ser expressa e transmitida de diversas formas. Quando falamos de educação formal, essa concepção está associada à instituição escolar, à frequência obrigatória, à emissão de diploma. A educação não formal, por sua vez, trata de atividades também pedagógicas mas realizadas para além da escola, proporcionando a participação da comunidade, do coletivo, com foco na formação a partir de uma perspectiva social. Por fim, a educação informal é a aquisição de conhecimento mediante ações cotidianas (a partir da mídia, da cultura, da igreja, das relações sociais, por exemplo) que não têm o objetivo intencional e planejado de promover o aprendizado. A Psicologia, enquanto área das ciências humanas que se enlaça com as ciências da saúde, possui lugar importante na conscientização para a produção de conhecimentos em saúde mental, por exemplo. O psicólogo que atua em comunidades poderá desenvolver ações para promoção e proteção de saúde na comunidade, quer seja com os usuários, quer seja com outros profissionais de equipamentos do território. Com esse exercício, conseguimos identificar o quanto os sujeitos impactam a constituição e/ou a manutenção da comunidade e passamos a enxergar a relação íntima e dialética de um sobre o outro. OBRIGADA! BONS ESTUDOS. image1.png