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UNVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA BACHARELADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO RODRIGO CORREIA LIMA DA SILVA GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS AVA2 RIO DE JANEIRO 2024 RODRIGO CORREIA LIMA DA SILVA Planejamento Estratégico de Gestão de Pessoas Estudo de caso: Empresa Spartaccus AVA 2 Trabalho avaliativo referente a disciplina: Gestão Estratégica de Pessoas ORIENTADOR: Prof. MARCIO SANTOS SOUZA RIO DE JANEIRO-RJ 2024 Gestão Estratégica de Pessoas na Empresa Spartaccus 1. Introdução A Spartaccus é uma pequena empresa familiar que atua no ramo de construção civil. Recentemente, a empresa conquistou um grande contrato para construir 110 escolas municipais, o que exige uma reestruturação na gestão de pessoas. José Augusto, engenheiro e dono da empresa, reconhece que não conseguirá lidar com as demandas sozinho, principalmente no que diz respeito à gestão de novos colaboradores. Com um perfil mais centralizador, ele enfrenta desafios de relacionamento com suas filhas, que são arquitetas e trabalham de forma irregular, além de seu genro, que atua externamente. Diante deste cenário, surge a necessidade de um planejamento estratégico de gestão de pessoas para garantir o sucesso do novo projeto e preparar a empresa para o futuro. Como consultor de RH, tenho o desafio de estruturar a empresa e propor ações que possibilitem uma gestão eficiente das pessoas e minimizando os riscos inerentes ao crescimento. 2. Subsistemas de RH Propostos Para organizar a empresa Spartaccus e garantir que ela esteja pronta para atender às exigências do novo contrato, proponho focar nos seguintes subsistemas de RH: 2.1 Recrutamento e seleção O primeiro passo essencial é estabelecer um processo estruturado de recrutamento e seleção para contratar os novos colaboradores necessários: 2 mestres de obras, 1 eletricista e 3 encanadores. A recomendação é realizar uma análise detalhada das funções, competências e perfis ideais para cada cargo. O recrutamento deverá ser feito de maneira criteriosa, buscando profissionais com experiência comprovada na área de construção civil, preferencialmente com vivência em projetos de grande porte. O processo de seleção deve incluir entrevistas baseadas em competências técnicas e comportamentais, testes práticos e uma avaliação de compatibilidade com os valores e cultura da empresa. Além disso, deve-se explorar diferentes fontes de recrutamento, como anúncios em plataformas de emprego especializadas no setor de construção e a indicação de profissionais já conhecidos na área. A contratação de colaboradores bem qualificados desde o início garantirá maior eficiência e qualidade no andamento das obras. 2.2 Treinamento e Desenvolvimento Após a contratação, o subsistema de treinamento e desenvolvimento será fundamental para preparar os novos colaboradores para atender às exigências do contrato. Sugiro a realização de programas de capacitação focados em normas de segurança no trabalho, gestão de qualidade e cumprimento de prazos, fundamentais para o sucesso das obras. No caso das filhas de José Augusto, arquitetas da empresa, também será importante desenvolver um programa específico de desenvolvimento de liderança e gestão de projetos. Isso irá aumentar o comprometimento delas com a empresa e ajudá-las a se tornarem mais ativas no gerenciamento das atividades. Além disso, pode-se trabalhar a questão da comunicação entre a família, com foco em resolver conflitos e alinhar expectativas de maneira eficaz, evitando desentendimentos que possam prejudicar o andamento das obras. 3. Fatores de Riscos e Ações de Mitigação O planejamento estratégico de gestão de pessoas deve considerar os riscos que podem impactar o andamento das obras e o clima organizacional. Identifiquei dois fatores principais de risco e proponho as seguintes ações para mitigá-los: 3.1 Risco de Conflitos na Liderança O relacionamento conflituoso entre José Augusto e suas filhas, bem como o estilo autoritário do dono da empresa, podem prejudicar a harmonia no ambiente de trabalho e o desempenho dos projetos. Para minimizar esse risco, é essencial criar canais formais de comunicação, como a implementação de reuniões periódicas entre a direção e os colaboradores, com foco em alinhar as responsabilidades e expectativas de cada parte. Essas reuniões devem incentivar a transparência e o diálogo aberto, permitindo que todos compartilhem suas visões e contribuam para o sucesso do projeto. Além disso, a formalização de uma estrutura organizacional clara, com descrição de cargos, horários de trabalho e metas bem definidas, ajudará a evitar conflitos e garantir que cada pessoa saiba exatamente qual é o seu papel dentro da empresa. 3.2 Risco de Resistência à Mudança A baixa participação das filhas de José Augusto nas atividades da empresa, devido a flexibilidade de horários, também representa um risco para o desempenho da Spartaccus. Como destacado por Souza (2015), qualquer processo de mudança, dentro de uma organização gera um certo grau de desconforto e instabilidade, mesmo que os colaboradores entendam, de maneira racional que essas mudanças são naturais e necessárias. Essa resistência geralmente está ligada a características pessoais enraizadas, que nem sempre podem ser facilmente modificadas pelos gestores. Diante disso, uma das melhores estratégias para lidar com esse risco é deixar claros não apenas os objetivos das mudanças, mas também os benefícios que os colaboradores terão ao adotá-las. Para mitigar essa resistência, recomendo que a liderança envolva os colaboradores no processo de mudança, explicando como essas novas diretrizes contribuirão para o crescimento tanto da empresa quanto de cada indivíduo. Além disso, a implementação de workshops ou treinamentos sobre gestão de mudanças pode ajudar os colaboradores a desenvolverem uma mentalidade mais adaptável e a reduzir o medo ou a ansiedade em relação ao desconhecido. A criação de um ambiente de confiança e suporte é essencial para garantir que todos os envolvidos estejam engajados e comprometidos com o sucesso do projeto. 4.Conclusão O sucesso da Spartaccus no contrato de construção das 110 escolas depende de uma gestão estratégica de pessoas bem estruturada. Por meio da implementação de processos de recrutamento e seleção eficientes, da capacitação dos colaboradores e da mitigação de riscos relacionados ao conflito de liderança e ao comprometimento, a empresa poderá se preparar para o futuro e garantir o bom andamento das obras. A gestão de pessoas não é apenas uma questão de preencher vagas, mas de construir uma equipe alinhada com os objetivos da empresa e capacitada para entregar resultados consistentes. REFERÊNCIAS: SOUZA, Márcio Santos. Gestão estratégica de pessoas [livro eletrônico]. 2. ed. Rio de Janeiro: UVA, 2015. Roteiro de Estudo, Unidade 1 a 4.