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AFYA CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL Aluno: Componente Curricular: Estágio em Atenção Ambulatorial e Hospitalar em Ginecologia e Obstetrícia e Saúde Coletiva Professor (es): Período: 202402 Turma: Data: 26/08/2024 Prova N2 de GO 2024.2 Rotação I RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA PROVA 13102 - CADERNO 001 1ª QUESTÃO Enunciado: (BANCO AFYA) Uma gestante de 35 anos, G4P2A1, com 32 semanas de gestação, chega a emergência de uma maternidade com queixa de sangramento vaginal súbito e intenso, após ter apresentado queda no banheiro. Ela relata dor abdominal severa e contínua. No exame físico, paciente encontra-se estável hemodinamicamente, o útero está tenso e doloroso à palpação, BCF audível, 105 bpm, sem atividade uterina. Ao toque sangramento moderado, escurecido, com toque com colo fechado. Assinale o diagnóstico mais provável e qual conduta a ser adotada. Alternativas: (alternativa A) Placenta prévia; internação para vigilância e avaliação de vitalidade fetal. (alternativa B) Vasa prévia; internação para vigilância e avaliação com ultrassonografia. (alternativa C) (CORRETA) Descolamento prematuro de placenta; realização de cesariana de urgência. (alternativa D) Rotura uterina; encaminhar para laparotomia exploradora de urgência. 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 1 de 40 Resposta comentada: Resposta Correta: Descolamento prematuro de placenta. O quadro relatado pelo caso clínico apresentado no enunciado da questão é compatível com o diagnóstico de descolamento prematuro placentário (DPP). A avaliação fetal evidencia bradicardia fetal, sinal sugestivo de sofrimento fetal, sem evidência de sinais de trabalho de parto ou parto iminente. Nesse caso, o parto cesáreo deve ser preferido. Justificativa: Alternativa (Incorreta): A placenta prévia geralmente se apresenta com sangramento vaginal indolor e sem contrações, ao contrário do quadro clínico descrito, que inclui dor intensa e útero hipertônico. Alternativa (Correta): O descolamento prematuro de placenta é caracterizado por dor abdominal severa, sangramento vaginal, útero hipertônico e sensível, frequentemente associado a coágulos e sofrimento fetal. Alternativa (Incorreta): Na rotura uterina, a dor intensa inicialmente pode ser seguida por alívio da dor após a ruptura e perda da palpação das partes fetais, geralmente em um contexto de parto em andamento. Alternativa (Incorreta): A vasa prévia tipicamente causa sangramento vaginal indolor associado à ruptura das membranas, e o sofrimento fetal é comum, mas não se apresenta com dor abdominal intensa ou útero hipertônico. Referência: CUNNINGHAM F G. Obstetrícia de Williams. Grupo A, 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de gestação de alto risco, 2022. 2ª QUESTÃO Enunciado: (BANCO AFYA) Uma gestante de 28 anos, G2 P1N, apresenta-se ao consultório com queixa de prurido vulvar, corrimento vaginal esbranquiçado e dispareunia. Ela relata que os sintomas começaram há duas semanas. No exame especular, observa-se corrimento espesso, grumoso e aderente às paredes vaginais. O pH vaginal é de 4,0. Com base nesses achados, qual é o diagnóstico mais provável e qual seria o tratamento mais adequado para essa paciente? 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 2 de 40 Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Candidíase vulvovaginal; prescrever clotrimazol via vaginal por 7 dias. (alternativa B) Vaginite atrófica; prescrever creme vaginal de estrogênio por 21 dias. (alternativa C) Vaginose bacteriana; prescrever metronidazol por via oral por 7 dias. (alternativa D) Tricomoníase; prescrever metronidazol por via oral em dose única. Resposta comentada: Resposta Correta: Candidíase vulvovaginal; prescrever creme vaginal de clotrimazol por 7 dias. Justificativa: Alternativa (Correta): Candidíase vulvovaginal é caracterizada por prurido vulvar, corrimento vaginal espesso, e pH vaginal normal (4,0). O tratamento com creme vaginal de clotrimazol por 7 dias é adequado, especialmente em gestantes, para minimizar a exposição sistêmica. Alternativa (Incorreta): Tricomoníase geralmente apresenta corrimento vaginal amarelo- esverdeado, espumoso, e pH vaginal mais alto (>4,5). Metronidazol é o tratamento de escolha, mas a descrição do corrimento e pH não são consistentes com tricomoníase. Alternativa (Incorreta): Vaginose bacteriana se caracteriza por corrimento vaginal fino e cinza, odor fétido e pH vaginal elevado (>4,5). O metronidazol é o tratamento indicado, mas o caso descrito não se encaixa com essa condição. Alternativa (Incorreta): A vaginite atrófica é mais comum em mulheres pós-menopáusicas e se caracteriza por secura vaginal, prurido, e pH vaginal elevado. A prescrição de estrogênio vaginal não é apropriada para a paciente descrita. Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de gestação de alto risco. 2022. 3ª QUESTÃO Enunciado: (UNISL PORTO VELHO) Uma gestante de 10 semanas procura atendimento ambulatorial com especialista por apresentar sangramento vaginal vermelho escuro em pequena quantidade após relação sexual. Realiza exame de ultrassonografia transvaginal que evidencia saco gestacional normoimplantando, com embrião com vitalidade preservada e sem evidências de descolamento ovular ou outras alterações. Nega presença de cólicas ou desconfortos. Ao exame físico, não apresenta dor à palpação abdominal, e o colo do útero está fechado. Qual das seguintes condutas é a mais indicada para o manejo inicial desse caso: 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 3 de 40 Alternativas: (alternativa A) Indicar o uso de progesterona e repouso no leito até a 20a semana de gestação. (alternativa B) (CORRETA) Nenhuma medicação, apenas observação e acompanhamento ultrassonográfico. (alternativa C) Iniciar uso de progesterona para dar suporte à gestação e controle do sangramento. (alternativa D) Indicar o uso de antiespasmódico e manter acompanhamento ultrassonográfico. 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 4 de 40 Resposta comentada: Resposta Correta: Nenhuma medicação, apenas observação e acompanhamento ultrassonográfico. Justificativa: A resposta mais adequada para este caso é a observação clínica associada ao acompanhamento ultrassonográfico. Esta conduta é recomendada porque, no cenário descrito, a paciente apresenta sangramento vaginal sem outros sinais ou sintomas de complicações, como dor abdominal, descolamento ovular ou colo uterino aberto. Além disso, a ultrassonografia transvaginal não mostrou alterações, e a paciente não relata cólicas, o que indica uma ameaça de aborto com bom prognóstico. Neste contexto, a observação é essencial para monitorar a evolução do quadro clínico da gestante e o acompanhamento ultrassonográfico permite monitorar a viabilidade da gestação e identificar precocemente qualquer alteração, como a presença de descolamento ovular ou ausência de atividade cardíaca. Portanto, esta resposta é a mais apropriada, pois adota uma abordagem baseada em evidências, evitando intervenções desnecessárias e potenciais riscos associados ao uso de medicações sem indicação clara no contexto apresentado. Justificativa das Alternativas Incorretas: Iniciar uso de progesterona para dar suporte à gestação e controle do sangramento: Justificativa: Embora a progesterona seja utilizada em casos específicos de ameaça de aborto, como em pacientes com histórico de abortos recorrentes, a evidência de sua eficácia em todos os casos de sangramento durante o primeiro trimestre é controversa. Neste caso, onde não há descolamento ovular ou outros sinais de risco elevado, o uso de progesterona não é justificado. Indicar o uso de antiespasmódico e manter acompanhamento ultrassonográfico: Justificativa: A paciente não apresenta cólicas ou desconfortos abdominais, então a indicaçãorecomendações da Diretrizes Brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero (INCA, 2016) é Alternativas: (alternativa A) realizar um novo exame citopatológico após um ano. (alternativa B) (CORRETA) colposcopia com abordagem da lesão conforme achados. (alternativa C) tratar a leucorréia e repetir a citopatologia logo após. (alternativa D) realizar um novo exame citopatológico após seis meses. Resposta comentada: As mulheres que apresentarem laudo citopatológico de HSIL deverão ser encaminhadas à unidade de referência para realização de colposcopia. A repetição da citologia é inaceitável como conduta inicial. A lesão será abordada, conforme os achados da colposcopia, preferencialmente com exérese da lesão. (Na presença de achados anormais maiores, JEC visível (ZT tipos 1 ou 2), lesão restrita ao colo e ausente suspeita de invasão ou doença glandular, deverá ser realizado o “Ver e Tratar”, ou seja, a excisão tipo 1 ou 2, de acordo com o tipo da ZT (conforme Tópicos Complementares – Tipos de excisão) Em locais em que não esteja garantida a qualidade da citologia ou quando o colposcopista não se sentir seguro quanto à relevância dos achados, a biópsia é aceitável. Alternativas incorretas: A paciente não possui cervicites ou vaginites. Essas seriam tratadas, caso existissem, previamente à realização da colposcopia e não a fim de repetir a citologia. É inaceitável a repetição de citologia em pacientes com diagnóstico de lesão de alto grau. Estas devem ser imediatamente encaminhadas à colposcopia para investigação de lesões subclínicas. Referência Bibliográfica: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA). Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. INCA, 2016. 30ª QUESTÃO 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 38 de 40 Enunciado: (BANCO AFYA) Uma gestante de 30 anos, G1P0, com 34 semanas de gestação, chega ao pronto-socorro com queixas de cefaleia intensa, escotomas e edema em membros inferiores. Sua pressão arterial é de 160/100 mmHg. No exame físico, observa-se hiperreflexia, e o exame de urina revela proteinúria significativa. Qual é o diagnóstico mais provável e quais são as diferenças principais entre essa condição e as demais doenças hipertensivas que podem ocorrer na gestante? Alternativas: (alternativa A) Eclâmpsia; caracterizada por hipertensão, proteinúria e convulsões, diferindo da pré-eclâmpsia que não apresenta escotomas e da hipertensão gestacional, que apresenta apenas hipertensão sem proteinúria. (alternativa B) Hipertensão gestacional; caracterizada por hipertensão e edema, com proteinúria, diferentemente da pré-eclâmpsia que não apresenta proteinúria e da eclâmpsia que apresenta convulsões. (alternativa C) Pré-eclâmpsia superposta; caracterizada por hipertensão crônica que evolui com proteinúria e convulsões durante a gestação, diferentemente da eclâmpsia que não ocorre com sobreposição a hipertensão crônica. (alternativa D) (CORRETA) Pré-eclâmpsia; caracterizada por hipertensão, proteinúria e edema, sem convulsões, diferentemente da eclâmpsia, que apresenta convulsões, e da hipertensão gestacional, que não apresenta proteinúria. 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 39 de 40 Resposta comentada: Resposta Correta: Pré-eclâmpsia; caracterizada por hipertensão, proteinúria e edema, sem convulsões, diferentemente da eclâmpsia, que apresenta convulsões, e da hipertensão gestacional, que não apresenta proteinúria. Justificativa: Alternativa (Correta): A pré-eclâmpsia é caracterizada por hipertensão e proteinúria após 20 semanas de gestação, frequentemente associada a sintomas como cefaleia, escotomas e edema. A eclâmpsia é a progressão da pré-eclâmpsia para um quadro de convulsões. A hipertensão gestacional é diagnosticada quando há hipertensão sem proteinúria após 20 semanas de gestação. Alternativa (Incorreta): A eclâmpsia envolve convulsões, mas a paciente descrita não apresenta convulsões, o que faz com que o diagnóstico de pré-eclâmpsia seja mais apropriado. Alternativa (Incorreta): A hipertensão gestacional não inclui proteinúria, que é um marcador importante de pré-eclâmpsia, como no caso apresentado. Alternativa (Incorreta): A pré-eclâmpsia superposta ocorre em mulheres com hipertensão crônica pré-existente, que desenvolvem proteinúria ou complicações adicionais durante a gestação, mas não se encaixa no quadro descrito, visto que é uma mulher jovem e não há referência a hipertensão prévia. Referência: CUNNINGHAM F G. Obstetrícia de Williams. Grupo A, 2021. 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 40 de 40de antiespasmódicos não é necessária. Prescrever uma medicação sem indicação clínica clara pode expor a paciente a riscos desnecessários e não está alinhado com as melhores práticas de manejo. Indicar o uso de progesterona e repouso no leito até a 20ª semana de gestação: Justificativa: O uso prolongado de progesterona e o repouso no leito até a 20ª semana não são indicados rotineiramente para todas as pacientes com ameaça de aborto. Além disso, repouso no leito prolongado pode ter efeitos adversos, como o aumento do risco de trombose venosa profunda. A prática de prescrever progesterona indiscriminadamente e repouso prolongado não é sustentada por evidências robustas e não é recomendada neste caso, onde não há sinais de alto risco. REFERÊNCIAS BEREK, Jonathan S.; BEREK, Deborah L. Berek & Novak Tratado de Ginecologia. São Paulo: Grupo GEN, 2016. E-book. ISBN 9788527738392. FILHO, Jorge R. Obstetrícia Fundamental. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2024. E-book. ISBN 9788527740173. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527740173/. Acesso em: 10 jun. 2024. 4ª QUESTÃO 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 5 de 40 Enunciado: (BANCO AFYA) Uma mulher de 40 anos, G3P3, foi diagnosticada com lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL) no exame de Papanicolau. O teste de HPV realizado em conjunto identificou a presença do subtipo 18. Após colposcopia, a biópsia confirmou a presença de neoplasia intraepitelial cervical grau 3 (NIC 3) com zona de transformação tipo I. Assinale a alternativa que apresenta o próximo passo mais apropriado no manejo dessa paciente, de acordo com as Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero do INCA (2015). Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Realizar exérese da zona de transformação (EZT) e prevenir a progressão para câncer invasivo. (alternativa B) Recomendar histerectomia total imediata para prevenir qualquer risco de progressão para câncer. (alternativa C) Aguardar 6 meses e repetir a colposcopia com biópsia para avaliar a progressão da lesão. (alternativa D) Prescrever terapia antiviral sistêmica para erradicar a infecção pelo HPV de alto risco detectado. Resposta comentada: De acordo com as Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero do INCA (2015) a conduta adequada na detecção de neoplasia intraepitelial III (NIC III) a conduta adequada seria realização de exérese da zona de transformação (EZT) por cirurgia de alta frequência (CAF). O tratamento das lesões subclínicas causadas pelos HPVs de alto risco correspondem a uma das principais medidas da prevenção do câncer de colo uterino. Justificativa: Alternativa Incorreta: Aguardar 6 meses pode permitir a progressão da lesão para um estágio mais avançado; o manejo ativo é necessário. Alternativa Incorreta: Não existe terapia antiviral sistêmica específica para o tratamento de infecções por HPV; o manejo envolve remoção das lesões neoplásicas. Alternativa Incorreta: A histerectomia pode ser uma opção em casos selecionados, mas a exérese de zona de transformação (EZT) é o tratamento inicial recomendado para lesões de alto grau, por se tratar de um procedimento ambulatorial com menor risco de complicações, ser menos invasivo, além de altas chances de cura. Referência: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (INCA). Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. INCA, 2016. 5ª QUESTÃO 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 6 de 40 Enunciado: ( AFYA ITABUNA) G2P1NA0. IG: 40sem +4dias, admitida na maternidade de referência 9horas da manhã. Ruptura prematura membranas desde as 7:30h, líquido amniótico claro, no momento da admissão paciente estava com 4cm de dilatação BCF de 148bpm e contrações rítmicas 3 contrações em 10 min de 20 segundos cada uma, feto alto (-3Delee). Paciente foi avaliada às 11h, apresentando dilatação de 6cm, feto no plano 0 Delee, BCF: 152bpm, contrações de 2 em 10 min com duração de 30 segundos. As 12 e as 13h paciente é novamente avaliada mantendo 6cm, plano 0 Delee, BCF: 147bpm, contrações espassadas de 1 em 10 min de 15 segundos. Segundo os dados da paciente acima qual é o diagnóstico a melhor conduta respectivamente: Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Distocia funcional, iniciar Ocitocina. (alternativa B) Expulsivo prolongado, uso de fórceps. (alternativa C) Fase de latência, iniciar indução e antibióticoterapia. (alternativa D) Vício pélvico, Parto Cesáreo. 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 7 de 40 Resposta comentada: Comentário: Estamos frente a fase ativa de trabalho de parto. A dilatação parou. Existe parada secundária da dilatação. Existem 2 causas para essa situação: distocia funcional ( falta de contração) e desproporção cefalo , sempre deve ter contrações efetivas. Segundo o exame físico, a paciente apresenta contrações até que, apartir das 11h elas começam a diminuir. O tratamento consiste no uso de ocitocina. 1. Incorreta. Fase de latência até 4 cm de dilatação , devemos fazer a escala de Bishop para saber qual medicação devemos usar (Misoprostol ou ocitocina). Antibioticoterapia deve ser iniciada após 18h de bolsa rota. 2. Incorreta. Vicio pélvico ou distocia óssea, causas de desproporção cefalopelvica, sendo preciso contrações efeitivas. O tratamento é o parto cesáreo. 3. Correta. Existe parada secundária da dilatação por falta de contração, deve iniciar. 4. Incorreta. Período expulsivo prolongado acontece quando o tempo com dilatação completa e feto no plano +3 Delee por mais de 2h na multiparta ou 3-4h na primiparas, tratamento com fórceps ( vaco extrator ou fórceps de alívio). Referência: Protocolos Febrasgo. Partograma. 6ª QUESTÃO Enunciado: (UNINOVAFAPI) Uma mulher de 35 anos, G2P2, apresenta-se ao consultório com queixa de sangramento uterino anormal há 6 meses. Ela relata ciclos menstruais irregulares, com episódios de sangramento intenso e prolongado, intercalados com períodos de amenorreia. O exame físico é normal e os sinais vitais estão estáveis. A paciente não apresenta histórico de doenças crônicas ou uso de medicamentos que possam justificar o quadro. A respeito do sangramento uterino anormal (SUA), analise as asserções a seguir: Asserção 1: A ultrassonografia pélvica transvaginal é a primeira linha de imagem indicada para avaliação do sangramento uterino anormal, nessa paciente. PORQUE Asserção 2: A ultrassonografia transvaginal permite a avaliação detalhada da morfologia uterina e anexial, identificando possíveis causas estruturais do sangramento. 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 8 de 40 Alternativas: (alternativa A) As duas asserções estão corretas, e a segunda não justifica a primeira. (alternativa B) A primeira asserção está incorreta e a segunda está correta. (alternativa C) A primeira asserção está correta e a segunda está incorreta. (alternativa D) (CORRETA) As duas asserções estão corretas, e a segunda justifica a primeira. Resposta comentada: A ultrassonografia pélvica transvaginal é, de fato, a primeira linha de imagem recomendada na avaliação do sangramento uterino anormal devido à sua acessibilidade, segurança e eficácia em fornecer informações detalhadas sobre a morfologia uterina e anexial. A segunda asserção justifica a primeira, pois a capacidade da ultrassonografia transvaginal de avaliar a estrutura interna do útero e anexos (como pólipos, miomas ou espessamento endometrial) ajuda a identificar causas estruturais que podem ser responsáveis pelo sangramento. Referência Bibliográfica: PRÁTICA CLÍNICA EM GINECOLOGIA. 1. ed. São Paulo: Manole, 2020. (ISBN: 978-85-204- 5445-8). 7ª QUESTÃO Enunciado: ( AFYA PARAÍBA) Ana, 28 anos, G1P1N, comparece ao pronto-socorro com dor pélvica intensa há 5 dias, febre (38,5°C) e secreção vaginal purulenta. Relata também náuseas e vômitos nas últimas 24 horas. No exame físico, apresenta dorà palpação dos anexos bilaterais, sendo o lado direito mais doloroso, com presença de massa palpável na região anexial direita. O ultrassom transvaginal revela uma coleção anecoica de 6 cm na região anexial direita, sugestiva de abscesso tubo-ovariano. Acerca do exposto, considerando o diagnóstico mais provável, assinale a alternativa que apresenta o melhor manejo inicial para essa paciente. 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 9 de 40 Alternativas: (alternativa A) Antibioticoterapia oral com clindamicina VO a cada 6 horas e amoxicilina VO a cada 8 horas, com monitoramento ambulatorial rigoroso. (alternativa B) Seguimento ambulatorial com prescrição de antibioticoterapia via oral com uso de Ceftriaxone e metronidazol, complementar exame com ressonância magnética. (alternativa C) (CORRETA) Internação hospitalar, com prescrição de antibioticoterapia com Ceftriaxone, metronidazol e doxiciclina e drenagem cirúrgica do abscesso se não houver resposta. (alternativa D) Seguimento ambulatorial com prescrição de antibioticoterapia via oral com uso de ceftriaxone, doxiciclina e metronidazol, além de repetir a ultrrasonografia em 1 semana. Resposta comentada: Ana apresenta um quadro de doença inflamatória pélvica (DIP) complicada por abscesso tubo- ovariano, o que é uma emergência ginecológica devido ao risco elevado de sepse e outras complicações graves. O tratamento inicial deve ser hospitalar, com antibioticoterapia intravenosa de amplo espectro que cobre os principais patógenos envolvidos, incluindo bactérias gram- negativas, gram-positivas e anaeróbios. A combinação de ceftriaxona, doxiciclina e metronidazol é apropriada: - Ceftriaxona: Eficaz contra Neisseria gonorrhoeae e outros gram-negativos. - Doxiciclina: Cobre Chlamydia trachomatis e outras bactérias. - Metronidazol: Essencial para a cobertura de anaeróbios. Além disso, se não houver resposta clínica ao tratamento antibiótico em 48-72 horas, a drenagem cirúrgica do abscesso pode ser necessária para prevenir a ruptura e a disseminação da infecção. O tratamento ambulatorial ou apenas oral é inadequado devido à gravidade do quadro clínico e ao risco de complicações fatais, como a sepse. O tratamento ambulatorial aplica-se a mulheres que apresentam quadro clínico leve e exame abdominal e ginecológico sem sinais de pelviperitonite. Bibliografia: 1. Rezende, J., & Montenegro, C. A. (2022). Obstetrícia Fundamental (15ª ed.). Guanabara Koogan. 2. Zugaib, M., & Francisco, R. P. V. (2023). Obstetrícia: Zugaib (4ª ed.). Manole. 3.Tratado de Ginecologia da FEBRASGO (2020). Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Elsevier. 8ª QUESTÃO 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 10 de 40 Enunciado: (BANCO AFYA) Uma mulher de 35 anos, G3P3, procura orientação sobre métodos contraceptivos de longa duração. Ela deseja um método que seja eficaz e tenha baixo risco de efeitos adversos, e também não deseja utilizar métodos hormonais devido a uma história de cefaleia recorrente. Durante a consulta, você deve explicar as diferenças entre o Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre, o Sistema Intrauterino (SIU) hormonal e outros métodos contraceptivos de longa duração (LARC), levando em consideração as características e eficácia de cada um. Qual das seguintes opções melhor descreve essas diferenças? Alternativas: (alternativa A) Os métodos LARC incluem apenas o implante subdérmico, que não contém hormônios, e o DIU de cobre, que é hormonal. (alternativa B) (CORRETA) O DIU de cobre é não hormonal, altamente eficaz, e pode aumentar o fluxo menstrual; o SIU hormonal reduz o fluxo menstrual, mas contém hormônios. (alternativa C) O SIU hormonal e o DIU de cobre têm a mesma duração de eficácia e ambos contêm progesterona. (alternativa D) O DIU de cobre e o SIU hormonal têm eficácia semelhante, mas o SIU é contraindicado em mulheres com hipertensão. Resposta comentada: Resposta Correta: O DIU de cobre é não hormonal, altamente eficaz, e pode aumentar o fluxo menstrual; o SIU hormonal reduz o fluxo menstrual, mas contém hormônios. Justificativa: Alternativa (Correta): O DIU de cobre é um método contraceptivo não hormonal que pode aumentar o fluxo menstrual. O SIU hormonal, por outro lado, é eficaz na redução do fluxo menstrual, mas contém hormônios, o que pode não ser ideal para pacientes com contraindicações ao uso hormonal. Alternativa (Incorreta): Embora ambos os métodos sejam eficazes, o SIU hormonal pode ser utilizado em mulheres com hipertensão, dependendo do controle da condição, e não é automaticamente contraindicado. Alternativa (Incorreta): Os métodos LARC incluem o DIU de cobre, o SIU hormonal e o implante subdérmico, mas o implante subdérmico contém hormônios, ao contrário do DIU de cobre. Alternativa (Incorreta): O SIU hormonal e o DIU de cobre têm durações de eficácia diferentes, e o DIU de cobre não contém hormônios. Referência: WORLD HEALTH ORGANIZATION. Medical eligibility criteria for contraceptive use. 5th Edition. WHO Press, 2015. 9ª QUESTÃO 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 11 de 40 Enunciado: (BANCO AFYA) Gestante, 36 anos, G2P1N, de 12 semanas comparece à consulta de pré-natal de rotina trazendo consigo resultado de ultrassom morfológico do primeiro trimestre. O exame revelou uma translucência nucal (TN) de 3,5 mm e hipoplasia de osso nasal fetal. Diante desse achado, quais exames complementares e avaliações adicionais são indicados para o rastreamento de cromossomopatias? Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Realização de biópsia de vilo corial e exame de cariótipo fetal. (alternativa B) Solicitar teste de tolerância à glicose e doppler de artérias umbilicais. (alternativa C) Realizar cordocentese para avaliar o doppler de artérias uterinas. (alternativa D) Repetir o exame em um mês para nova avaliação da translucência nucal. Resposta comentada: O aumento da espessura da TN está associado a aneuploidias e defeitos cardíacos. A ausência/hipoplasia do ON pode ser encontrada em 60% dos fetos com trissomia do 21 e em 50% dos fetos com trissomia do 18 e 13. A conduta correta seria prosseguir com a investigação através de exames invasivos, que pela idade gestacional mencionada, o ideal seria realizar biópsia de vilo corial para realização de exame de cariótipo fetal para confirmar o diagnóstico de cromossomopatias. Justificativa: Alternativa (Incorreta): Embora a cordocentese possa ser útil mais tarde na gestação, esta deve ser realizada por via transabdominal >18 semanas de gestação. Além disso, odoppler de artérias uterinas não é indicado para rastreamento de cromossomopatias e não depende da cordocentese para sua realização. Alternativa Incorreta: A simples repetição do ultrassom não é suficiente para o rastreamento de cromossomopatias e pode atrasar o diagnóstico. Alternativa Incorreta: O teste de tolerância à glicose é indicado para rastreamento de diabetes gestacional, não sendo relevante no contexto de rastreamento de cromossomopatias. Referência: CUNNINGHAM F G. Obstetrícia de Williams. Grupo A, 2021. 10ª QUESTÃO 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 12 de 40 Enunciado: (BANCO AFYA) Uma mulher de 28 anos procura o consultório com queixas de úlcera genital dolorosa e múltiplas lesões vesiculares na região vulvar. Ela relata história de relações sexuais desprotegidas recentemente. Qual das seguintes infecções sexualmente transmissíveis (IST) é a mais provável, e qual deve ser o próximo passo no manejo dessa paciente? Alternativas: (alternativa A) Cancro mole; iniciar tratamento com azitromicina e solicitar cultura da lesão. (alternativa B) (CORRETA) Herpes genital; prescrever aciclovir e solicitar cultura viral se necessário. (alternativa C) Linfogranuloma venéreo; prescrever doxiciclina e solicitar biópsia do linfonodo. (alternativa D) Sífilis; prescrever penicilina benzatina e solicitar VDRL. Resposta comentada: Resposta Correta:Herpes genital; prescrever aciclovir e solicitar cultura viral se necessário. Justificativa: Alternativa (Correta): Herpes genital é caracterizado por úlceras dolorosas e lesões vesiculares, sendo o aciclovir o tratamento de escolha. A cultura viral pode ser utilizada para confirmação do diagnóstico, se necessário. Alternativa (Incorreta): A sífilis geralmente se apresenta com uma úlcera indolor (cancro duro) e não está associada a lesões vesiculares múltiplas. Alternativa (Incorreta): Cancro mole se apresenta com úlceras dolorosas, mas geralmente não está associado a lesões vesiculares. Alternativa (Incorreta): Linfogranuloma venéreo costuma apresentar-se com linfadenopatia inguinal dolorosa e ulcerações, mas não é comum encontrar múltiplas lesões vesiculares. Referência: Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022. 11ª QUESTÃO 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 13 de 40 Enunciado: (FMIT) Uma paciente de 29 anos, diagnosticada com endometriose, com endometrioma de ovário à esquerda, apresenta dor pélvica crônica e dificuldades para conceber, que já vem tentando há 3 anos. No ambulatório, você está discutindo o plano de tratamento mais adequado para ela. Com base nas opções terapêuticas disponíveis para endometriose, qual é a abordagem mais indicada considerando o controle da dor e a preservação da fertilidade? Alternativas: (alternativa A) Uso de contraceptivos orais combinados, em uso contínuo. (alternativa B) (CORRETA) Cirurgia laparoscópica para remoção dos endometriomas. (alternativa C) Prescrição de análogos do GnRH por 6 meses. (alternativa D) Cirurgia laparoscópica para remoção do ovário acometido. 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 14 de 40 Resposta comentada: Alternativa correta: Realização de cirurgia laparoscópica para remoção das lesões endometrióticas, seguido de terapia hormonal com progestágenos. Justificativa: A cirurgia laparoscópica é uma abordagem recomendada para pacientes com endometriose que têm sintomas graves e/ou dificuldades para conceber, pois permite a remoção direta das lesões endometrióticas. Após a cirurgia, a terapia hormonal com progestágenos pode ser usada para ajudar a prevenir a recorrência dos sintomas e manter o controle da endometriose. Esta abordagem é adequada para pacientes que desejam preservar a fertilidade e obter alívio dos sintomas (BEREK; BEREK, 2016). Alternativas erradas: ERRADA: Cirurgia laparoscópica para remoção do ovário acometido. Justificativa: Apesar de ser eventualmente necessária a ooforectomia, a ooforoplastia ou retirada do endometrioma com preservação do máximo de tecido ovariano é o maior objetivo da cirurgia com a finalidade de preservação da fertilidade (BEREK; BEREK, 2016). ERRADA: Prescrição de análogos do GnRH por 6 meses, sem terapia adicional. Justificativa: Análogos do GnRH podem ser usados para tratar endometriose ao induzir uma menopausa química, reduzindo os níveis de estrogênio. No entanto, o uso prolongado pode levar a efeitos colaterais significativos, como perda óssea. Além disso, a terapia com análogos do GnRH geralmente é combinada com terapias adicionais, como estrogênios ou progestágenos, para mitigar efeitos adversos e melhorar o controle da doença (BEREK; BEREK, 2016). ERRADA: Uso de contraceptivos orais combinados como única forma de tratamento para controle da dor. Justificativa: Embora os contraceptivos orais combinados possam ser eficazes no controle da dor em alguns casos de endometriose, eles não tratam a endometriose de maneira tão eficaz quanto a cirurgia ou a combinação de terapias hormonais. Em casos mais graves ou quando há dificuldades para conceber, a cirurgia e tratamentos hormonais mais específicos são frequentemente preferidos para um manejo mais eficaz (BEREK; BEREK, 2016). Referência BEREK, Jonathan S.; BEREK, Deborah L. Berek & Novak Tratado de Ginecologia. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2016. E-book. ISBN 9788527738392. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527738392/. Acesso em: 10 jun. 2024. 12ª QUESTÃO Enunciado: (BANCO AFYA) Uma mulher de 25 anos, G0P0, saudável, sem comorbidades e sem histórico familiar significativo, procura orientação para iniciar o uso de anticoncepcionais. Possui vida sexual ativa, com parceiro fixo, mas relata que não tem interesse em engravidar nos próximos 3 anos e prefere um método que não exija atenção diária. Considerando as diretrizes de medicina baseada em evidências, assinale abaixo qual dos seguintes métodos anticoncepcionais seria o mais indicado para essa paciente. 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 15 de 40 Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Implante subdérmico de etonogestrel. (alternativa B) Pílula anticoncepcional oral combinada. (alternativa C) Preservativo masculino ou feminino. (alternativa D) Método do calendário (Tabelinha). Resposta comentada: Resposta Correta: Implante subdérmico de etonogestrel. Justificativa: Alternativa (Incorreta): Embora eficaz, a pílula anticoncepcional oral combinada requer atenção diária para uso correto, o que pode não ser ideal para a paciente. Alternativa (Correta): O implante subdérmico de etonogestrel é altamente eficaz e proporciona contracepção de longa duração (até 3 anos), sem a necessidade de atenção diária, sendo uma excelente opção para a paciente. Alternativa (Incorreta): O preservativo masculino é um método de barreira eficaz, mas exige uso correto a cada relação, o que pode não atender à preferência da paciente por um método de longa duração. Alternativa (Incorreta): O método do calendário é menos confiável e depende de monitoramento rigoroso, o que não atende à necessidade de eficácia e baixa manutenção descrita pela paciente. Referência: WORLD HEALTH ORGANIZATION. Medical eligibility criteria for contraceptive use. 5th Edition. WHO Press, 2015. 13ª QUESTÃO Enunciado: (BANCO AFYA) Uma gestante de 35 anos, G3P2, com 39 semanas de gestação, é submetida a uma cardiotocografia (CTG) durante uma consulta de pré-natal. O traçado da CTG mostra uma linha de base de 160 bpm, ausência de variabilidade, e presença de desacelerações variáveis prolongadas, além disso, o útero apresenta tônus normal e contrações fracas com intervalos de 10 a 15 minutos. Considerando os achados, qual é a interpretação mais provável e qual deve ser a conduta terapêutica baseada em evidências? 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 16 de 40 Alternativas: (alternativa A) A CTG apresenta padrões normais, com desacelerações compatíveis com a contração uterina irregular; agendar o parto para 40 semanas. (alternativa B) A CTG é tem um traçado padrão para o início de trabalho de parto; recomendar repouso e repetir o exame em 24 horas. (alternativa C) A CTG sugere taquicardia fetal; internar a paciente para monitoramento contínuo e avaliar a necessidade de indução do parto. (alternativa D) (CORRETA) A CTG é indicativa de sofrimento fetal agudo; realizar cesariana de emergência para prevenir complicações materno-fetais. Resposta comentada: Resposta Correta: A CTG é indicativa de sofrimento fetal agudo; realizar cesariana de emergência para prevenir complicações materno-fetais. Justificativa: Alternativa (Incorreta): A ausência de variabilidade e as desacelerações variáveis prolongadas são sinais de sofrimento fetal, e não podem ser considerados tranquilizadores. Repetir o exame em 24 horas pode atrasar a intervenção necessária. Alternativa (Incorreta): Embora a taquicardia fetal possaser um sinal de sofrimento, a ausência de variabilidade e as desacelerações prolongadas indicam uma situação de emergência que requer intervenção imediata, mas a indução do parto pode reduzir o fluxo placentário aumentando o sofrimento fetal. Alternativa (Correta): A ausência de variabilidade com desacelerações prolongadas é um padrão sugestivo de sofrimento fetal agudo. Neste cenário, a cesariana de emergência é indicada para prevenir complicações graves, como hipoxia fetal. Alternativa (Incorreta): A CTG não apresenta padrões normais; pelo contrário, os achados indicam a necessidade de uma intervenção imediata para proteger o bem-estar fetal. Referência: CUNNINGHAM F G. Obstetrícia de Williams. Grupo A, 2021. 14ª QUESTÃO Enunciado: (BANCO AFYA) Uma gestante de 30 anos, G3P2, apresenta-se ao consultório com queixa de corrimento vaginal espumoso, amarelo-esverdeado, e prurido vulvar intenso. Ela relata início dos sintomas há cerca de uma semana. O exame especular confirma a presença do corrimento, e o pH vaginal é de 5,5. Considerando a suspeita clínica e os princípios da medicina baseada em evidências, qual é o diagnóstico mais provável e qual a estratégia terapêutica mais adequada para esta paciente? 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 17 de 40 Alternativas: (alternativa A) Vaginite atrófica; prescrever creme vaginal de estrogênio por 2 semanas e recomendar hidratação local. (alternativa B) (CORRETA) Tricomoníase; prescrever metronidazol por via oral em dose única, com orientação sobre a abstinência sexual durante o tratamento e a necessidade de tratar o parceiro. (alternativa C) Candidíase vulvovaginal; prescrever fluconazol por via oral e orientar sobre a higiene íntima. (alternativa D) Vaginose bacteriana; prescrever clindamicina por via tópica e orientar sobre a importância do uso de preservativos. Resposta comentada: Resposta Correta: Tricomoníase; prescrever metronidazol por via oral em dose única, com orientação sobre a abstinência sexual durante o tratamento e a necessidade de tratar o parceiro. Justificativa: Alternativa (Incorreta): A candidíase vulvovaginal geralmente se apresenta com corrimento esbranquiçado e prurido vulvar, mas o pH vaginal costuma ser normal (ao redor de 4,0). O fluconazol oral é contra-indicado na gestação, devendo ser substituído por tratamentos tópicos. Alternativa (Correta): A tricomoníase é caracterizada por corrimento vaginal espumoso, amarelo- esverdeado, e pH vaginal elevado. O tratamento com metronidazol por via oral é recomendado, mesmo na gestação, com a necessidade de tratar o parceiro sexual para evitar reinfecção. Alternativa (Incorreta): Vaginose bacteriana é marcada por corrimento fino, cinza, com odor fétido e pH elevado, mas a descrição do corrimento espumoso e amarelo-esverdeado é mais típica de tricomoníase. Alternativa (Incorreta): A vaginite atrófica é mais comum em mulheres na pós-menopausa, com sintomas de secura vaginal e prurido, e não está associada ao corrimento espumoso e amarelo- esverdeado. Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). 2020. 15ª QUESTÃO 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 18 de 40 Enunciado: (BANCO AFYA) Uma primigesta, de 26 anos de idade, com 24 semanas de gestação comparece à Unidade Básica de Saúde para consulta de pré-natal de rotina. Ela iniciou o pré-natal com 12 semanas e os exames de primeiro trimestre não demonstraram alterações. Seu tipo sanguíneo é AB negativo. A ultrassonografia realizada com 20 semanas confirmou a idade gestacional e não evidenciou alterações fetais. Ela está assintomática e não apresentou nenhuma intercorrência significativa até o momento e não possui histórico de doenças pregressas relevantes. Durante a anamnese, a paciente informa que está seguindo uma dieta equilibrada e tem praticado exercícios físicos leves regularmente. No exame físico, a gestante apresenta-se em bom estado geral, peso, pressão arterial, batimentos cardíacos fetais e altura uterina estão dentro da normalidade. Considerando as recomendações do Ministério da Saúde, assinale qual exame complementar deverá ser solicitado pelo médico assistente nesta consulta. Alternativas: (alternativa A) Hemograma. (alternativa B) (CORRETA) Coombs indireto. (alternativa C) Urocultura. (alternativa D) Ultrassom obstétrico. 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 19 de 40 Resposta comentada: De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, em gestações de baixo risco a paciente já realizou um exame de ultrassonografia no 2º trimestre, como não foi detectado alterações e a paciente não apresenta nenhum sinal clínico preocupante não há indicação de repeti-lo neste momento. De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, em gestações de baixo risco o Coombs indireto a partir da 24ª semana, caso seja negativo deve ser repetido de 4 em 4 semanas. De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, em gestações de baixo risco o hemograma para avaliação da hemoglobina e hematócrito deve ser solicitado na 1ª consulta e repetido no 3º trimestre. De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, em gestações de baixo risco a urocultura deve ser solicitada na 1ª consulta e repetida no 3º trimestre. De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, em gestações de baixo risco o teste rápido de sífilis deve ser realizado na 1ª consulta e repetido no 3º trimestre. Referência: Brasil. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres / Ministério da Saúde, Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 16ª QUESTÃO Enunciado: (IESVAP) Uma mulher de 27 anos, sexualmente ativa, procura atendimento em uma Unidade Básica de Saúde relatando úlceras dolorosas na região genital, acompanhadas de linfadenopatia inguinal dolorosa. Ela relata que os sintomas começaram há cerca de uma semana, após uma relação sexual desprotegida. Ao exame físico, foram observadas múltiplas lesões ulceradas, dolorosas, com bordas irregulares e base necrótica. A paciente não apresenta outros sintomas sistêmicos e nunca teve uma condição semelhante antes. Com base no quadro clínico apresentado, qual é o diagnóstico provável, e qual seria o exame complementar indicado para confirmar esse diagnóstico? Alternativas: (alternativa A) Donovanose; confirmação por biópsia com coloração de Giemsa. (alternativa B) (CORRETA) Cancro Mole (Cancróide); confirmação por cultura ou PCR para Haemophilus ducreyi. (alternativa C) Sífilis Primária; confirmação por teste rápido de sífilis (VDRL/FTA-ABS). (alternativa D) Herpes Genital; confirmação por PCR para HSV (vírus do herpes simples). 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 20 de 40 Resposta comentada: A alternativa Cancro Mole (Cancróide); confirmação por cultura ou PCR para Haemophilus ducreyi é a mais apropriada, pois o quadro clínico descrito, que inclui úlceras genitais dolorosas com base necrótica e linfadenopatia inguinal dolorosa, é característico do cancro mole, também conhecido como cancróide, causado pela bactéria Haemophilus ducreyi. A dor associada às úlceras e a natureza das lesões ajudam a diferenciar o cancro mole de outras ISTs com manifestações ulcerativas. A confirmação diagnóstica é geralmente feita por cultura ou PCR para Haemophilus ducreyi, especialmente em locais onde o diagnóstico laboratorial é disponível. Por que não as outras alternativas? Herpes Genital; confirmação por PCR para HSV: Embora o herpes genital também possa causar úlceras dolorosas, as lesões típicas do herpes são geralmente vesiculares antes de ulcerarem, e as bordas das úlceras não são irregulares como no cancro mole. Além disso, a linfadenopatia no herpes genital é menos frequentemente dolorosa. Sífilis Primária; confirmação por teste rápido de sífilis (VDRL/FTA-ABS): Asífilis primária geralmente apresenta uma única úlcera indolor, chamada de cancro duro, com bordas lisas e base limpa, diferindo do cancro mole que apresenta múltiplas úlceras dolorosas e necróticas. Donovanose; confirmação por biópsia com coloração de Giemsa: Donovanose (granuloma inguinal) é caracterizada por úlceras indolores e sangrantes, geralmente de crescimento lento, o que não condiz com o quadro de úlceras dolorosas descrito na questão. Conclusão: A alternativa é a mais indicada porque o quadro clínico é típico do cancro mole (cancróide), uma IST ulcerativa que requer diagnóstico e tratamento rápidos para evitar complicações. O conhecimento das características clínicas específicas e dos exames complementares apropriados é essencial para um diagnóstico diferencial preciso e para a implementação de um plano de manejo eficaz, garantindo a melhor abordagem terapêutica para a paciente. Referência bibliográfica: CURRENT ginecologia e obstetrícia [recurso eletrônico] : diagnóstico e tratamento / Alan H. DeCherney ... [et al.] ; [tradução: Maria da Graça Figueiró da Silva Toledo, Maria Regina Lucena Borges-Osório, Patricia Lydie Joséphine Voeux ; revisão técnica: Felipe Fagundes Bassols ... et al.]. – 11. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2014. 17ª QUESTÃO 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 21 de 40 Enunciado: (BANCO AFYA) Uma mulher de 32 anos, G2P2, apresenta febre alta, dor abdominal intensa e secreção vaginal fétida 7 dias após um parto cesáreo. Ela foi tratada com antibióticos orais para uma possível infecção urinária há 3 dias, mas os sintomas persistiram e se intensificaram. Sinais Vitais: TAX 38ºC, FC 101 bpm, FR 18 irpm, PA 110x60 mmHg Ao exame apresenta-se corada, com abdome doloroso à palpação profunda, sem sinais de peritonite. Ferida operatória limpa e sem sinais flogísticos. Ao toque vaginal colo doloroso à mobilização, útero 3 cm abaixo da cicatriz umbilical, sendo visualizada saída de secreção purulenta. Mamas flácidas e lactantes, bilateralmente. Assinale a alternativa com o diagnóstico mais provável e qual deve ser o próximo passo no manejo dessa paciente. Alternativas: (alternativa A) Abscesso mamário; iniciar antibioticoterapia venosa, extração manual do leite materno e uso de compressas mornas em ambas as mamas. (alternativa B) Infecção de ferida operatória; iniciar antibioticoterapia venosa e programar realização de ultrassonografia de parede abdominal para avaliar drenagem. (alternativa C) Abscesso de parede abdominal; solicitar tomografia computadorizada de abdome e pelve e indicar abordagem com drenagem cirúrgica. (alternativa D) (CORRETA) Endometrite puerperal; iniciar antibióticos de amplo espectro intravenosos e considerar curetagem uterina se não houver melhora clínica. 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 22 de 40 Resposta comentada: O quadro clínico descrito no enunciado corresponde ao diagnóstico de endometrite puerperal. Nesse caso, a conduta adequada seria iniciar antibióticos de amplo espectro intravenosos e considerar curetagem uterina se não houver melhora clínica. Justificativa: Alternativa (Incorreta): Embora a Infecção de ferida operatória possa ocorrer no puerpério, o quadro clínico descrito, com febre, dor abdominal e secreção vaginal fétida, é mais consistente com endometrite. Na presença de infecção de ferida operatória haveria saída de secreção purulenta pela ferida operatória e presença de sinais flogísticos. Alternativa (Correta): Endometrite é uma complicação comum após cesárea, especialmente em pacientes que não respondem ao tratamento inicial. O manejo adequado inclui o início imediato de antibióticos intravenosos de amplo espectro. Se não houver melhora clínica, pode ser necessário realizar uma curetagem uterina para remover qualquer tecido infectado remanescente. Alternativa (Incorreta): Um abscesso de parede abdominal pode causar dor e febre, mas geralmente está localizado na incisão cirúrgica e não está associado a secreção vaginal fétida. Alternativa (Incorreta): O abscesso mamário se apresenta com dor e inflamação nas mamas, presença de sinais flogísticos e área de flutuação, e não com dor abdominal e secreção vaginal fétida. Referência: CUNNINGHAM F G. Obstetrícia de Williams. Grupo A, 2021. 18ª QUESTÃO Enunciado: (FMIT) Paciente de 26 anos, sexo feminino, dá entrada no ambulatório de ginecologia com queixa de surgimento de lesões verrucosas em introito vaginal. Nega prurido local, nega ardência e demais queixas. A paciente refere medo de lesão oncológica no colo do útero, pois leu na rede social que tal verruga poderia ser causada pelo papilomavírus humano (HPV). Ao exame físico, presença de duas lesões de aproximadamente 2cm na vulva, compatíveis com condiloma acuminado. De acordo com o caso clínico apresentado pela paciente, assinale a alternativa correta: 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 23 de 40 Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) As lesões verrucosas são comumente causadas pelo HPV de baixo risco oncogênico. Deste modo, a paciente deve manter a rotina ginecológica usual para a idade. (alternativa B) A paciente, por possuir provavelmente o HPV de baixo risco oncogênico (tipos 16 e 18), está imune a infecção por outros subtipos de HPV de alto risco. (alternativa C) A paciente deve possuir HPV de baixo risco, provavelmente devido efeito pós vacinal. As lesões são comumente encontradas em pacientes vacinadas. (alternativa D) A paciente deve se preocupar com o fato de provavelmente possuir o HPV de alto risco oncogênico, sendo encaminhada para colposcopia. 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 24 de 40 Resposta comentada: Vamos analisar cada alternativa: As lesões verrucosas são comumente causadas pelo HPV de baixo risco oncogênico. Deste modo, a paciente deve manter a rotina ginecológica usual para a idade. CORRETA Comentário: Essa é a alternativa correta. As lesões verrucosas como condilomas acuminados são, de fato, causadas principalmente por HPV de baixo risco oncogênico (tipos 6 e 11). A paciente deve continuar com a rotina ginecológica normal, que inclui o exame preventivo de Papanicolau, para monitorar qualquer alteração, mas não há necessidade de pânico. A paciente deve se preocupar com o fato de provavelmente possuir o HPV de alto risco oncogênico, sendo encaminhada para colposcopia. INCORRETA Comentário: O HPV de alto risco oncogênico (como os tipos 16 e 18) está associado ao desenvolvimento de lesões pré-cancerígenas e câncer de colo do útero. No entanto, as lesões verrucosas (condilomas acuminados) geralmente são causadas por subtipos de HPV de baixo risco oncogênico, como os tipos 6 e 11. Apesar de a paciente ter lesões verrucosas, isso não significa necessariamente que ela tenha o HPV de alto risco. Ainda assim, o acompanhamento regular e, se necessário, exames como a colposcopia são importantes para avaliar o risco. A paciente, por possuir provavelmente o HPV de baixo risco oncogênico (tipos 16 e 18), está imune a infecção por outros subtipos de HPV de alto risco. INCORRETA Comentário: Essa alternativa contém um erro, pois o HPV de baixo risco oncogênico não inclui os tipos 16 e 18, que são, na verdade, de alto risco. Além disso, a infecção por um subtipo de HPV não confere imunidade contra outros subtipos. Portanto, essa afirmação está incorreta. A paciente deve possuir HPV de baixo risco, provavelmente devido efeito pós vacinal. As lesões são comumente encontradas em pacientes vacinadas. INCORRETA Comentário: Embora a vacina contra o HPV cubra os tipos mais comuns de alto risco (16 e 18) e de baixo risco (6 e 11), a presença de condilomas acuminados (lesões verrucosas) geralmente indica infecção por HPV de baixo risco, como os tipos 6 e 11. A vacina pode reduzir o risco, mas não impede completamente a infecção por esses subtipos. No entanto, dizer que essas lesões são "comumente encontradas" em pacientes vacinadas pode ser enganoso,pois a vacina visa justamente prevenir tais lesões. REFERÊNCIA: BEREK, J. S. (ed.). Berek e Novak: tratado de ginecologia. 15. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. 19ª QUESTÃO 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 25 de 40 Enunciado: (IESVAP) Paciente do sexo feminino, 32 anos, comparece a consulta ginecológica referindo aparecimento de lesões ulceradas em região íntima. Refere que as úlceras ardem ao contato com água e durante a micção e com sensação de “ferroada” no local. Refere ainda mal estar inespecífico com sensação febril. Nega comorbidades. Possui vida sexual ativa e como método contraceptivo apresenta laqueadura tubária. Nega episódios similares anteriores. Exame físico: Bom estado geral, TAX 36,8C, FC: 98, PA: 110/60. Exame ginecológico: presença de úlceras múltiplas, de fundo limpo, com eritema local em região perineal. Diante do caso clínico, assinale a provável hipótese diagnóstica Alternativas: (alternativa A) Cancro mole. (alternativa B) Papilomavírus humano. (alternativa C) Donovanose. (alternativa D) (CORRETA) Herpes simples vírus. 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 26 de 40 Resposta comentada: O quadro clínico do enunciado é sugestivo de primoinfecção herpética. A primoinfecção herpética tem um período de incubação médio de seis dias. Em geral, representa uma manifestação mais severa, caracterizada pelo surgimento de lesões eritemato-papulosas de um a três milímetros de diâmetro, que rapidamente evoluem para vesículas sobre base eritematosa, muito dolorosas e de localização variável na região genital. O conteúdo dessas vesículas é geralmente citrino, raramente turvo. O quadro local na primoinfecção costuma ser bastante sintomático e, na maioria das vezes, é acompanhado de manifestações gerais, podendo cursar com febre, mal estar, mialgia e disúria, com ou sem retenção urinária. Em especial, nas mulheres, pode simular quadro de infeção urinária baixa. A linfadenomegalia inguinal dolorosa bilateral está presente em 50% dos casos. Alternativas incorretas: - Papilomavírus humano: suas lesões são polimórficas; quando pontiagudas, denominam-se condiloma acuminado. Variam de um a vários milímetros, podendo atingir alguns centímetros. Costumam ser únicas ou múltiplas, achatadas ou papulosas, mas sempre papilomatosas. Por essa razão, a superfície apresenta-se fosca, aveludada ou semelhante à da couve-flor. Apresentam-se da cor da pele, eritematosas ou hiperpigmentadas. Em geral são assintomáticas. - Cancro mole - as lesões são dolorosas, geralmente múltiplas e devidas à autoinoculação. A borda é irregular, apresentando contornos eritemato-edematosos e fundo heterogêneo, recoberto por exsudato necrótico, amarelado, com odor fétido, que, quando removido, revela tecido de granulação com sangramento fácil. - Donovanose: o quadro clínico inicia-se com ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada, com fundo granuloso, de aspecto vermelho vivo e de sangramento fácil. A ulceração evolui lenta e progressivamente, podendo tornar-se vegetante ou úlcerovegetante. As lesões costumam ser múltiplas, sendo frequente a configuração em “espelho” nas bordas cutâneas e/ou mucosas. Referência bibliográfica: BEREK, Jonathan S.; BEREK, Deborah L. Berek & Novak Tratado de Ginecologia. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2016. E-book. ISBN 9788527738392. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527738392/. Acesso em: 15 ago. 2024. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST. Brasília, 2022. 20ª QUESTÃO Enunciado: (BANCO AFYA) Paciente primigesta, 38 semanas de gestação sem intercorrências, chegou a maternidade já em período expulsivo de um feto vivo em apresentação pélvica. O obstetra de plantão realizou uma manobra com sucesso para facilitar a extração das escápulas e a seguir se deparou com o encarceramento da cabeça derradeira. Qual manobra dentre as citadas abaixo é a melhor opção para esse caso? 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 27 de 40 Alternativas: (alternativa A) Manobra de Pinard (alternativa B) Manobra de Pajot (alternativa C) (CORRETA) Manobra de Mauriceau (alternativa D) Manobra de Deventer-Miler Resposta comentada: No parto pélvico vaginal, as principais manobras são: para o auxílio ao desprendimento da pelve fetal são: a tração inferior bidigital na prega inguinal e a manobra de Pinard; para o desprendimento do tronco fetal: as de Rojas, Deventer-Miler e Pajot; para o desprendimento da cabeça derradeira, as de Mauriceau, Bracht, Champetier de Ribes e Praga . Portanto a resposta correta é a manobra de Mauriceau. ALVES,A.L.L. et al; FEBRASGO POSITION STATEMENT; Assistência ao parto pélvico. Número 1, 2024. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/images/pec/FPS20240001_Portugus.pdf . Acesso em 08 maio 2024. 21ª QUESTÃO Enunciado: (BANCO AFYA) Uma mulher de 45 anos, G3P3, apresenta-se ao consultório com queixas de menstruações irregulares e abundantes nos últimos 6 meses, além de episódios de sangramento intermenstrual. O exame físico é normal, sem achados significativos ao toque vaginal. Qual é o próximo passo mais apropriado no diagnóstico dessa paciente? Alternativas: (alternativa A) Orientar a paciente a monitorar os ciclos menstruais e prescrever anti-inflamatórios não esteroidais. (alternativa B) Realizar biópsia endometrial para descartar hiperplasia ou malignidade. (alternativa C) (CORRETA) Solicitar ultrassonografia transvaginal para avaliar alterações endometriais. (alternativa D) Prescrever anticoncepcionais orais combinados e agendar retorno em 6 meses. 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 28 de 40 Resposta comentada: Resposta Correta: Solicitar ultrassonografia transvaginal para avaliar a presença de miomas ou outras alterações endometriais. Justificativa: Alternativa (Correta): A ultrassonografia transvaginal é o exame de imagem inicial recomendado para avaliar a causa de sangramento uterino anormal, permitindo a identificação de miomas, pólipos, espessamento endometrial ou outras alterações. Alternativa (Incorreta): Embora os anticoncepcionais orais possam ser usados para regular o ciclo menstrual, é necessário investigar a causa do sangramento antes de iniciar o tratamento. Alternativa (Incorreta): A biópsia endometrial é indicada em casos de suspeita de hiperplasia ou malignidade, especialmente em mulheres com fatores de risco, mas a ultrassonografia transvaginal é o primeiro passo no diagnóstico. Alternativa (Incorreta): Monitorar os ciclos sem realizar uma investigação inicial pode atrasar o diagnóstico de uma condição potencialmente grave. Referência: CUNNINGHAM F G. Obstetrícia de Williams. Grupo A, 2021. 22ª QUESTÃO Enunciado: (UNIGRANRIO CAXIAS) Uma gestante de 37 anos, com idade gestacional calculada pela última menstruação de 9 semanas, comparece à unidade básica de saúde com queixa de náuseas e vômitos incoercíveis e um episódio de sangramento vaginal há 3 dias com eliminação de coágulos e vesículas. Nega episódios de dor. Ao exame apresenta pressão arterial de 150x100 mmHG, fundo de útero palpável a 4 com acima da sínfise púbica e os batimentos cardiofetais estão ausentes. Os exames que poderão esclarecer o diagnóstico e a principal hipótese são Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) beta HCG e ultrassonografia – mola hidatiforme. (alternativa B) beta HCG e ultrassonografia – abortamento inevitável. (alternativa C) ultrassonografia – descolamento prematuro placentário. (alternativa D) ultrassonografia e beta HCG – gravidez ectópica rota. 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 29 de 40 Resposta comentada: Ao exame físico da mola hidatiforme, é comum encontrar útero aumentado para a idade gestacional, assim entendido quando sua altura excede em 4 cm o tamanho esperado. A avaliação da pressão arterial pode diagnosticar pré-eclâmpsiaprecoce, antes da 20ª semana de gravidez, que acomete cerca de 10% das pacientes. A mola hidatiforme é facilmente visualizada à US, quando se observa eco endometrial hiperecoico, preenchido por imagens hipo-anecogênicas, irregulares, centrais ou margeando o miométrio, na ausência de embrião-feto. É frequente a identificação de útero aumentado para a idade gestacional e policistose de ovários (múltiplos cistos simples, de 4 a 8 cm, anecogênicos, geralmente bilaterais). As vesículas, até a oitava semana de gestação, apresentam tamanho inferior a 2 mm, podendo alcançar de 10 mm a vários centímetros, próximo a 18ª semana. Uma dosagem quantitativa do β-hCG é importante na hipótese diagnóstica de MH, uma vez que seus níveis estarão mais elevados Justificativa para as demais alternativas erradas: - Descolamento prematuro placentário: quadro de síndrome hemorrágica de 2º ou 3º trimestre da gestação. Cursaria com gestação avançado e presença de demais sintomas como sangramento vermelho vivo e hipertonia uterina. - Gravidez ectópica rota: No exame físico geral, destacam-se sinais que caracterizam estado hipovolêmico como palidez cutâneo-mucosa sem perda sanguínea visível, taquicardia e hipotensão arterial. Podem-se evidenciar reação peritoneal, descompressão brusca dolorosa e diminuição de ruídos hidroaéreos intestinais. No exame dos genitais internos, há abaulamento do fundo de saco posterior com intensa dor. Quadro clínico divergente do relatado. - Abortamento incompleto: diagnóstico diferencial para hemorragia de primeiro trimestre, porém cursaria com FU reduzido e possivelmente intrapélvico pela IG citada, colo entreaberto e presença de material amorfo no canal vaginal. Referências: Tratado de obstetrícia Febrasgo / editores Cesar Eduardo Fernandes,Marcos Felipe Silva de Sá; coordenação Corintio Mariani Neto...[etal.]. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.p 741-746. MINISTERIO DA SAÚDE. Manual de Gestação de Alto Risco. 2022 23ª QUESTÃO Enunciado: (BANCO AFYA) Uma paciente de 30 anos, G0P0, consulta com queixas de dor pélvica crônica, dispareunia e ciclos menstruais extremamente dolorosos. Ela relata que os sintomas têm se intensificado nos últimos dois anos. O exame físico revela dor à palpação do fundo de saco vaginal posterior e uma massa fixa em topografia do anexo esquerdo. Considerando a principal hipótese diagnóstica, assinale a alternativa que representa o próximo passo na investigação do quadro clínico e confirmação diagnóstica. 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 30 de 40 Alternativas: (alternativa A) Prescrever antibióticos de largo espectro. (alternativa B) (CORRETA) Solicitar ressonância magnética da pelve. (alternativa C) Bloqueio hormonal com contraceptivos orais combinados. (alternativa D) Solicitar dosagem de CA-125. Resposta comentada: Trata-se de um caso clínico sugestivo do diagnóstico de endometriose profunda. Para prosseguir com a investigação, o ideal seria realizar ressonância magnética da pelve. Justificativa: Alternativa Correta): A ressonância magnética pode ajudar no diagnóstico de endometriose profunda, sendo o melhor exame complementar não invasivo a ser realizado para confirmação diagnóstica. Alternativa Incorreta: Embora o tratamento hormonal possa aliviar os sintomas, o diagnóstico definitivo é essencial para guiar o tratamento adequado, especialmente em casos refratários. Alternativa Incorreta: Apenas prescrever antibióticos não é apropriado, apesar da DIP ser um diagnóstico diferencial, o quadro clínico sugere endometriose. Além disso existe a massa anexial que pode corresponder um endometrioma. Alternativa Incorreta: A dosagem de CA-125 pode ser útil como marcador em algumas condições, incluindo a endometriose. Contudo, devido à sua baixa especificidade e sensibilidade para o diagnóstico inicial de endometriose, não é o exame de escolha para confirmação diagnóstica. Referência: HOFFMAN, Barbara L.; SCHORGE, John O.; HALVORSON, Lisa M.; et al. Ginecologia de Williams. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2014. E-book. ISBN 9788580553116. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580553116/. Acesso em: 10 jun. 2024 24ª QUESTÃO Enunciado: (BANCO AFYA) Durante uma consulta ginecológica, uma mulher de 28 anos, fumante e com histórico de enxaquecas com aura, busca orientação sobre métodos anticoncepcionais. Ela tem uma relação estável e não deseja engravidar nos próximos anos. A paciente está preocupada com a segurança e os efeitos colaterais dos métodos disponíveis. Considerando o perfil clínico e os fatores de risco da paciente, assinale a alternativa que apresenta o método anticoncepcional mais seguro e recomendado. 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 31 de 40 Alternativas: (alternativa A) Pílula anticoncepcional combinada oral. (alternativa B) Anel vaginal (alternativa C) Adesivo contraceptivo transdérmico. (alternativa D) (CORRETA) Dispositivo intrauterino (DIU) de cobre Resposta comentada: De acordo com os critérios de elegibilidade de contraceptivos da OMS (2015) classifica os métodos em quatro categorias: 1- Condição para a qual não há restrição de uso do método contraceptivo. 2- Uma condição em que as vantagens de usar o método geralmente superam os riscos teóricos ou comprovados. 3- Uma condição em que os riscos teóricos ou comprovados geralmente superam as vantagens de usar o método. 4- Uma condição que representa um risco de saúde inaceitável se o método contraceptivo for usado. No caso clínico em questão o fato de a paciente fumar (tendo menos de 35 anos) torna o uso de contraceptivos combinados (estrogênio + progesterona) categoria 2, porém a presença de enxaqueca com aura classificaria o uso de contraceptivos combinados categoria 4. Dentre os métodos citados, o único que poderia ser utilizado seria o DIU de cobre (Categoria 1), uma vez que todos os demais métodos citados (Pílula anticoncepcional combinada oral, adesivo transdérmico e anel vaginal) são métodos com contraceptivos combinados, sendo eles categoria 4, acordo com os critérios de elegibilidade da OMS. Referências: WORLD HEALTH ORGANIZATION. Medical eligibility criteria for contraceptive use. 5th Edition. WHO Press, 2015. Disponível em: https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/181468/9789241549158_eng.pdf. 25ª QUESTÃO 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 32 de 40 Enunciado: (UNIFIPMOC) Paciente, 32 anos, GII PII A0, grupo sanguíneo A Fator Rh negativo, teve parto normal, sem complicações, há 24 h. O marido tem grupo sanguíneo B, Rh positivo. Ao exame: PA: 110 mmHg. FC 84 bpm, hipocorada 1+/4+, útero contraído abaixo da cicatriz umbilical, lóquios fisiológicos e mamas flácidas e com colostro bilateralmente. Assinale a conduta adequada a ser realizada anteriormente à alta médica segura dessa paciente em questão. Alternativas: (alternativa A) Solicitar coombs indireto e hemograma. (alternativa B) (CORRETA) Investigar fator Rh do recém nascido. (alternativa C) Solicitar hemograma completo. (alternativa D) Prescrever imunoglobulina anti- Rh. Resposta comentada: A alta segura dessa paciente exige o conhecimento do fator Rh do recém nascido pois se for positivo, indicará a pesquisa da sensibilização materna com vistas à profilaxia anti-Rh. Nao há necessidade de hemograma porque não há indícios de anemia aguda. A prescrição da Hemoglobina anti Rh só será necessária caso o RN for Rh positivo. O Coombs Indireto só deverá ser solicitado se o RN for Rh positivo ou previamente solicitado em acompanhamento pré natal. Referências: FILHO, Jorge R. Obstetrícia Fundamental. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2024. Ebook. ISBN 9788527740173. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527740173/. Acesso em: 10 jun. 2024. 26ª QUESTÃO 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 33 de 40 Enunciado: (BANCO AFYA) Uma mulher de 32 anos é admitida no hospital com dorpélvica intensa, febre alta e leucocitose. A paciente foi tratada recentemente para doença inflamatória pélvica (DIP) com antibióticos orais por 7 dias, mas os sintomas pioraram. A ultrassonografia transvaginal revela a presença de um abscesso tubo-ovárico de 7 cm. Considerando o quadro clínico apresentado assinale a alternativa que apresente os agentes etiológicos mais comuns associados à doença inflamatória pélvica complicada, e quais são os critérios diagnósticos que indicam a necessidade de internação hospitalar para este caso. Alternativas: (alternativa A) Agentes etiológicos: Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae; critérios diagnósticos: abscesso tuboovariano, falha no tratamento com antibióticos orais. (alternativa B) (CORRETA) Agentes etiológicos: Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae; critérios diagnósticos: abscesso tuboovariano, falha no tratamento com antibióticos orais. (alternativa C) Agentes etiológicos: Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes; critérios diagnósticos: ausência de febre, infecção superficial, melhora com terapia antifúngica. (alternativa D) Agentes etiológicos: Candida albicans e Trichomonas vaginalis; critérios diagnósticos: corrimento vaginal, disúria, ausência de massa pélvica. 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 34 de 40 Resposta comentada: Resposta Correta: Agentes etiológicos: Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae; critérios diagnósticos: abscesso tuboovariano e falha no tratamento com antibióticos orais. Justificativa: Os agentes etiológicos mais comuns na DIP são Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae, ambos frequentemente associados a infecções que podem evoluir para complicações graves, como abscesso tubo-ovárico. O tratamento ambulatorial aplica-se a mulheres que apresentam quadro clínico leve e exame abdominal e ginecológico sem sinais de pelviperitonite. Os critérios para tratamento hospitalar de DIP são: › Abscesso tubo-ovariano › Gravidez › Ausência de resposta clínica após 72h do início do tratamento com antibioticoterapia oral › Intolerância a antibióticos orais ou dificuldade de seguimento ambulatorial › Estado geral grave, com náuseas, vômitos e febre › Dificuldade na exclusão de emergência cirúrgica (ex.: apendicite, gravidez ectópica) Infecções por Candida ou Trichomonas e bactérias como Staphylococcus e Streptococcus são menos frequentemente associadas a DIP complicada e não refletem o cenário descrito. Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Brasília: Ministério da Saúde, 2022. 27ª QUESTÃO Enunciado: (ITPAC PORTO NACIONAL) Uma gestante de 29 anos, com 39 semanas de gestação, G2P1n, foi internada em trabalho de parto. Na admissão, AFU 37 cm, BCF 140 bpm, colo uterino com 7 cm de dilatação, 80 % de apagamento, centralizado, amolecido, apresentação cefálica, bolsa íntegra, plano -1 de DeLee e dinâmica uterina 5/40"/"10'. 4 horas depois, queixou vontade de evacuar e perda de liquido, na reavaliação, estava com 10 cm de dilatação, bolsa rota com líquido claro, plano +5 de DeLee, BCF 138 bpm e dinâmica uterina 5/60"/10 '. Considerando as diretrizes do Ministério da Saúde, a paciente 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 35 de 40 Alternativas: (alternativa A) atingiu o primeiro período do trabalho de parto, devendo ser orientada a deambular e realizar exercícios verticalizados. (alternativa B) evoluiu para o terceiro período do parto, sendo necessária a aplicação de ocitocina endovenosa e aplicação de fórceps. (alternativa C) atingiu o segundo período do parto e recomenda-se a realização de puxos orientados em posição vertical se possível. (alternativa D) (CORRETA) atingiu o segundo período do parto, devendo adotar a posição mais confortável e receber manobra de proteção perineal. Resposta comentada: A paciente evoluiu para o segundo período do parto, que se inicia com a dilatação completa (10 cm) e termina com a expulsão do feto. Neste período, a recomendação mais atual do Ministério da Saúde é que ela adote a posição que lhe for mais confortável e que, preferencialmente, receba a manobra de proteção perineal (Hitgen) para diminuir a chance de lacerações. Puxos orientados devem ser evitados. Alternativas Incorretas: Incorreta - evoluiu para o terceiro período do parto, sendo necessária a aplicação de ocitocina endovenosa e aplicação de fórceps. Terceiro período de parto é compreende o período de tempo desde o nascimento do bebê até a expulsão da placenta e membranas. Não há indicação de ocitocina pois a dinâmica uterina se encontra adequada e nem indicação de fórceps uma vez que o trabalho de parto está evoluindo adequadamente. Incorreta - atingiu o primeiro período do trabalho de parto, devendo ser orientada a deambular e realizar exercícios verticalizados. Primeiro período de parto compreende a fase latente ou ativa, até atingir a dilatação total, quando inicia-se o segundo período. Incorreta - atingiu o segundo período do parto e recomenda-se a realização de puxos orientados em posição vertical se possível. A mulher deve adotar a posição de sua preferência e que se sinta mais a vontade. Puxos orientados devem ser evitados. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: Mistério da Saúde, DIRETRIZ NACIONAL DE ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL, 2022. 28ª QUESTÃO 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 36 de 40 Enunciado: (BANCO AFYA) Uma gestante de 34 anos, G2P1, com 38 semanas de gestação, apresenta diminuição da movimentação fetal percebida nas últimas 24 horas. A cardiotocografia realizada mostra uma linha de base de 110 bpm, ausência de acelerações e presença de desacelerações tardias. A ultrassonografia obstétrica revela um índice de líquido amniótico de 5 cm e perfil biofísico fetal de 4/8. Com base nos achados de avaliação da vitalidade fetal assinale a conduta mais apropriada para a paciente citada. Alternativas: (alternativa A) Prescrever repouso domiciliar e agendar nova ultrassonografia em uma semana. (alternativa B) Tranquilizar a paciente quanto ao exame e repetir a cardiotocografia em 48 horas. (alternativa C) Realizar amniocentese para avaliar a maturidade pulmonar fetal antes de decidir sobre o parto. (alternativa D) (CORRETA) Internação com monitoramento fetal contínuo e considerar interrupção da gestação. Resposta comentada: Resposta Correta: Internar a paciente para monitoramento contínuo e considerar a indução do parto ou cesariana de emergência. Justificativa: Alternativa (Incorreta): A presença de desacelerações tardias e um perfil biofísico fetal baixo são sinais de comprometimento da vitalidade fetal que requerem ação imediata, não apenas observação. Alternativa (Correta): O comprometimento da vitalidade fetal indicado pela cardiotocografia e ultrassonografia justifica a internação imediata para monitoramento e possivelmente interrução da gestação com cesariana de emergência. Alternativa (Incorreta): O repouso domiciliar e adiamento da nova avaliação são inadequados diante dos sinais de sofrimento fetal agudo. Alternativa (Incorreta): A amniocentese para avaliar a maturidade pulmonar não é indicada neste cenário de emergência onde há sinais de comprometimento agudo da vitalidade fetal. Referência: CUNNINGHAM F G. Obstetrícia de Williams. Grupo A, 2021. 29ª QUESTÃO 000131.020011.245241.6f62c5.96782c.8825eb.817081.ea225 Pgina 37 de 40 Enunciado: (ITPAC PORTO NACIONAL) Uma mulher de 30 anos vem à consulta trazendo resultado de citopatológico do colo uterino de rotina. Ela não possui comorbidades e está sem queixas. G1P1N. Faz uso de anticoncepcional oral há dois anos. Ao exame especular, apresenta leucorreia em pouca quantidade, leitosa, sem odor, bolhas ou grumos, colo com uma pequena área de hiperemia central. O resultado do exame foi Lesão intraepitelial de Alto Grau (HSIL). A conduta mais adequada a essa paciente de acordo com as