Prévia do material em texto
CEFALEIAS Ana Clara e Renata – Cidade Nova 1 Ideias iniciais Prevalência Primária x Secundária 2 In approximately 20% of patients, the headaches are secondary to an organic disease process. Headaches are classified as primary or secondary. Primary head- aches are syndromes unto themselves rather than signs of other diseases. Although potentially disabling, they are reliably not life-threatening. Secondary headaches are symptoms of other ill- nesses. Unlike primary headaches, secondary headaches are poten- tially dangerous. In the Brazilian primary care study, 39 percent of patients presenting with headache had a headache that was due to a systemic disorder (most commonly fever, acute hypertension, and sinusitis), and 5 percent had a headache that was due to a neurologic disorder (most commonly posttraumatic headache, headaches secondary to cervical spine disease, and expansive intracranial processes) [3]. 2 Início da consulta Joana, 40 anos, mulher cis negra, hipertensa, vem em consulta reclamando de dor de cabeça. Comparece pois antes aconteciam 2-3 vezes ao ano, mas a frequência aumentou, ocorrem 3-4 vezes ao mês agora. “Já não aguenta mais”. 3 Como vocês conduziriam? Como explorar a experiência com a dor? 4 revelar o verdadeiro motivo da visita Sentimentos e medos acerca da causa - saber não ser uma doença grave Expectativas – o que você acha que precisa ser feito? Ideias – o que você acha que está acontecendo? Como essa dor está te afetando? 4 Escuta empática – pistas verbais e não verbais Perguntas abertas – você poderia descrever a sua dor de cabeça? Paciente está deprimido ou sofre de ansiedade? Problemas atuais, síndromes dolorosas, tendência a somatização 5 Como explorar a experiência com a dor? 5 6 Na vida em geral: “[A enxaqueca] arruinou minha vida de muitas maneiras... Não consigo fazer tantas coisas como gostaria” Na saúde emocional: “Acabo me isolando, as pessoas não entendem, acham que estou fingindo” Na função cognitiva: “Não consigo pensar direito quando estou com essa dor de cabeça” 6 Entrevista Centrada no médico/doença x Centrada na pessoa 7 Entrevista centrada no médico/doença Entrevista centrada na pessoa Paciente: Eu estou com dor de cabeça. Médico: Há quanto tempo? Paciente: Uns 3 meses. Médico: Muito forte? Paciente: Mais ou menos. Médico: Em que lugar da cabeça? Paciente: Aqui (aponta a têmpora esquerda). Médico: O tempo todo? Paciente: Não, de vez em quando. Médico: Quanto tempo duram as crises? Paciente: Até tomar remédio. Médico: Quantas vezes no dia? Paciente: Uma vez. Médico: Que remédio você toma? Paciente: Dipirona. Médico: E melhora? Paciente: Um pouco. Médico: Piora com barulho ou claridade? Paciente: Sim. Médico: Dá ânsia de vômito? Paciente: Sim. Médico: Atrapalha suas atividades habituais? Paciente: Sim. Médico: Mais alguma coisa? Paciente: Acho que é só isso. (Exame físico sem particularidades.) Médico: O senhor deve tomar estes comprimidos para evitar que tenha crises. Paciente: (...) Médico: E estes aqui caso tenha crises mesmo com o outro remédio. Paciente: (...) Médico: E deve voltar caso tenha algum sinal de alerta ou não melhore. Paciente: Ok. Médico: Como vai? Paciente: Estou com dor de cabeça. Médico: (...) Paciente: É uma dor que não é muito forte, que dá do lado da cabeça, é enjoada, tem me incomodado um bocado... Médico: Mais alguma coisa? Paciente: Não... Médico: O que você acha que está acontecendo? Paciente: Não sei bem... acho que pode ter algo errado dentro da minha cabeça. A dor é bem forte, e eu tenho andado meio nervoso... Médico: Tem andado meio nervoso? Paciente: É, tenho tido uns problemas com o meu filho... Médico: Como é que é isso? Paciente: Ele é adolescente... e estamos tendo dificuldade com a comunicação... Médico: Você acha que isso pode ter a ver com sua dor de cabeça? Paciente: Não sei, pode ser... Médico: Quando começou a dor de cabeça? Paciente: Faz uns 3 meses. Médico: Aconteceu alguma coisa diferente com seu filho nesses 3 meses? Paciente: Acho que é mais ou menos quando ouvi da direção da escola que ele tem faltado às aulas... eu não sabia... Médico: Isso tem preocupado você? Paciente: Sabe como é, pai se preocupa... principalmente com drogas... Médico: Esta é uma preocupação muito importante. Sugiro que o senhor fique bem atento aos comportamentos dele... Paciente: Isso eu tenho feito. Não tem mais nada para fazer? Médico: Acho que agora não... Se você quiser, podemos marcar uma consulta, eu converso com ele... Paciente: Isso seria ótimo. Médico: E quanto à dor de cabeça? Tem sensação de ânsia? Paciente: Bem pouco... Médico: Fica ruim com barulho ou claridade? Paciente: Sim... Médico: Melhora com alguma coisa? Paciente: Com dipirona. Médico: O que você acha que precisa ser feito? Paciente: Se o senhor acha que não é nada grave, eu poderia continuar tomando a dipirona, e ver se meu filho vem na consulta... Médico: Acho que é um bom plano, mas se a dor piorar, se aparecerem novos sintomas, o senhor volta antes, ok? Paciente: Combinado. 2 voluntários pra interpretar os textos 7 O que diferencia as duas consultas? 8 Entrevista centrada no médico/doença Entrevista centrada na pessoa Paciente: Eu estou com dor de cabeça. Médico: Há quanto tempo? Paciente: Uns 3 meses. Médico: Muito forte? Paciente: Mais ou menos. Médico: Em que lugar da cabeça? Paciente: Aqui (aponta a têmpora esquerda). Médico: O tempo todo? Paciente: Não, de vez em quando. Médico: Quanto tempo duram as crises? Paciente: Até tomar remédio. Médico: Quantas vezes no dia? Paciente: Uma vez. Médico: Que remédio você toma? Paciente: Dipirona. Médico: E melhora? Paciente: Um pouco. Médico: Piora com barulho ou claridade? Paciente: Sim. Médico: Dá ânsia de vômito? Paciente: Sim. Médico: Atrapalha suas atividades habituais? Paciente: Sim. Médico: Mais alguma coisa? Paciente: Acho que é só isso. (Exame físico sem particularidades.) Médico: O senhor deve tomar estes comprimidos para evitar que tenha crises. Paciente: (...) Médico: E estes aqui caso tenha crises mesmo com o outro remédio. Paciente: (...) Médico: E deve voltar caso tenha algum sinal de alerta ou não melhore. Paciente: Ok. Médico: Como vai? Paciente: Estou com dor de cabeça. Médico: (...) Paciente: É uma dor que não é muito forte, que dá do lado da cabeça, é enjoada, tem me incomodado um bocado... Médico: Mais alguma coisa? Paciente: Não... Médico: O que você acha que está acontecendo? Paciente: Não sei bem... acho que pode ter algo errado dentro da minha cabeça. A dor é bem forte, e eu tenho andado meio nervoso... Médico: Tem andado meio nervoso? Paciente: É, tenho tido uns problemas com o meu filho... Médico: Como é que é isso? Paciente: Ele é adolescente... e estamos tendo dificuldade com a comunicação... Médico: Você acha que isso pode ter a ver com sua dor de cabeça? Paciente: Não sei, pode ser... Médico: Quando começou a dor de cabeça? Paciente: Faz uns 3 meses. Médico: Aconteceu alguma coisa diferente com seu filho nesses 3 meses? Paciente: Acho que é mais ou menos quando ouvi da direção da escola que ele tem faltado às aulas... eu não sabia... Médico: Isso tem preocupado você? Paciente: Sabe como é, pai se preocupa... principalmente com drogas... Médico: Esta é uma preocupação muito importante. Sugiro que o senhor fique bem atento aos comportamentos dele... Paciente: Isso eu tenho feito. Não tem mais nada para fazer? Médico: Acho que agora não... Se você quiser, podemos marcar uma consulta, eu converso com ele... Paciente: Isso seria ótimo. Médico: E quanto à dor de cabeça? Tem sensação de ânsia? Paciente: Bem pouco... Médico: Fica ruim com barulho ou claridade? Paciente: Sim... Médico: Melhora com alguma coisa? Paciente: Com dipirona. Médico:O que você acha que precisa ser feito? Paciente: Se o senhor acha que não é nada grave, eu poderia continuar tomando a dipirona, e ver se meu filho vem na consulta... Médico: Acho que é um bom plano, mas se a dor piorar, se aparecerem novos sintomas, o senhor volta antes, ok? Paciente: Combinado. 2 voluntários pra interpretar os textos 8 História Localização Duração: data de início, contínua ou episódica, duração do episódio, frequência e modo de início Características/intensidade da dor: aperto/pressão ou latejante, e intensidade Sintomas associados: Pródromos. Piora com luz, barulho ou cheiros. Náusea ou vômito, congestão nasal, lacrimejamento, sintomas visuais, perda de força, parestesia, febre, etc Fatores desencadeantes: estresse, privação de sono, jejum, substâncias, período menstrual, tipos de alimentos ou outros, fatores agravantes e de alívio Tratamentos realizados 9 Unilateral vs bilateral Radiating from neck? Facila pain? Sinus region pain? Temporal region pain? Pain when combing hair? Medication use Overuse of analgesia SSRI and SNRI use and sudden cessation Long acting nitrates Combined oral contraceptive pill Calcium channel blockers Steroids Phosphdiesterase inhibitors – e.g. sildenafil (viagra) 9 Diário da cefaleia 10 Anote os fatores desencadeantes da dor de cabeça que você identificou e o remédio usado na crise Tem um modelo no drive. Só para casos de dúvidas, para melhor melhor caracterizar a cefaleia e avaliação de tto. Sem grande utilidade na prática diária 10 Exame físico Direcionado PA e temperatura Inspeção e palpação cervical e cranial Movimentação do pescoço Oroscopia, otoscopia Exame neurológico: teste de força e sensibilidade em mmii, marcha, coordenação, pares (3 e 5) Estado mental 11 In most patients, a full neurological examination would be redundant and would only reduce the time available for listening to the patient. Apart from certain routines, the physical examination—its kind and extent—will be determined by the physician’s hypothesis after completing the interview and history (tipo pct com quadro típico de resfriado e cefaleia...) A hypothesis of sinusitis will direct the physician’s attention to the nose and sinuses; a headache of recent and sudden onset to the body temperature and a test for neck rigidity; a history of neurological symptoms to the appropriate neurological examination; and malaise accompanying the headaches to a search for infection. On the other hand, a patient with tight-band headache who breaks down and cries may have little or no physical examination at all OCULOMOTOR E TRIGEMIO 11 Pontos gatilho associados? 12 Trapézio e ECM 12 Cefaléias Primárias TENSÃO MIGRÂNEA SALVAS Localização Bilateral Uni ou bilateral Orbitária Duração 30 minutos a dias 4 a 72 horas 15-180 minutos Intensidade Leve a moderada Moderada a forte Forte a muito forte Náusea, fotofobia e fonofobia Não Presentes ou não Não* Pulsátil/ latejante Não Sim - 13 *hiperemia conjuntival, lacrimejamento, congestão nasal, rinorreia, sudorese na fronte e na face, miose, ptose e edema palpebral TTHs are more variable in duration, more constant, less severe, more often bilateral, and less often associated with nausea. There is still, therefore, a case to be made for regarding recurring benign headaches as a continuum until the evidence justifies two discrete categories Hiperemia conjuntival, lacrimejamento, congestão e/ou rinorreia, sudorese, miose e/ou ptose REFLETIR SOBRE COLOCAR MULHERES, TENSAO E MIGRANEA MAIS FQT 13 Cefaleias Primárias Critérios diagnósticos explícitos para cada problema. Esses critérios diagnósticos são úteis para os clínicos porque tem exatamente o que é preciso obter dos pacientes durante o histórico. 14 Se você quiser fechar 14 Enxaqueca 15 2 de 3 critérios tem um valor preditivo positivo de 93% A luz incomodou você (muito mais do que quando você não tem dor de cabeça)? Suas dores de cabeça limitaram sua capacidade de trabalhar, estudar ou fazer o que você precisava fazer por pelo menos um dia? Você sentiu náuseas ou enjoo? In one study, the presence of episodic disabling headache correctly identified migraine in 136 of 146 patients (93 percent) with episodic migraine, and 154 of 197 patients (78 percent) with chronic headache with migraine, with a specificity of 63 percent [13]. Only 6 of 343 patients (2 percent) with migraine were not identified by disabling headache. Thus, the majority of patients with severe episodic headaches can be considered to have migraine. 15 F I N Incapacitante Fotofobia Náuseas Cefaleia crônica diária 16 3-4% da população Diminuição substancial da qualidade de vida Mais da metade tem distúrbios do sono e de humor Mais comuns: Migrânea crônica Tensional crônica Cefaleia por uso excessivo de medicamento (>10d por mês)*** Pode resultar em dor crônica que não responde a profilaxia In one study, the presence of episodic disabling headache correctly identified migraine in 136 of 146 patients (93 percent) with episodic migraine, and 154 of 197 patients (78 percent) with chronic headache with migraine, with a specificity of 63 percent [13]. Only 6 of 343 patients (2 percent) with migraine were not identified by disabling headache. Thus, the majority of patients with severe episodic headaches can be considered to have migraine. 16 Cefaleia por uso excessivo de medicamento 17 Dor em >=15d por mês Medicações Paracetamol/dip/AINES >=15 dias por mês por 3 meses Ergot/triptanos/opioides >=10 dias por mês por 3 meses In one study, the presence of episodic disabling headache correctly identified migraine in 136 of 146 patients (93 percent) with episodic migraine, and 154 of 197 patients (78 percent) with chronic headache with migraine, with a specificity of 63 percent [13]. Only 6 of 343 patients (2 percent) with migraine were not identified by disabling headache. Thus, the majority of patients with severe episodic headaches can be considered to have migraine. 17 Cefaleia na infância e adolescência 18 Mais comuns: tensional/migrânea Secundária: raras nessa faixa etária Crianças com migrânea e CCD apresentam escores de qualidade de vida inferiores aos de crianças sem cefaleia e semelhantes aos de crianças e adolescentes com artrite e câncer. Entendimentos comuns de causa de cefaleia em geral não são sustentados por evidência científicas (erros de refração/sinusite crônica) In one study, the presence of episodic disabling headache correctly identified migraine in 136 of 146 patients (93 percent) with episodic migraine, and 154 of 197 patients (78 percent) with chronic headache with migraine, with a specificity of 63 percent [13]. Only 6 of 343 patients (2 percent) with migraine were not identified by disabling headache. Thus, the majority of patients with severe episodic headaches can be considered to have migraine. 18 Cefaleia na infância e adolescência 19 Deixe a criança falar! “No grupo de crianças de 7 a 11 anos estudado, as informações foram obtidas sem dificuldade quando se permitiu à criança que usasse suas próprias palavras, no tempo que fosse necessário. ” Sinais de alarme são semelhante aos de adulto Diferenças: migrânea nas crianças costuma ser bilateral e frontotemporal Manifestações intercríticas (“síndromes periódicas da infância”): VPBI, migrânea abdominal, vômitos cíclicos In one study, the presence of episodic disabling headache correctly identified migraine in 136 of 146 patients (93 percent) with episodic migraine, and 154 of 197 patients (78 percent) with chronic headache with migraine, with a specificity of 63 percent [13]. Only 6 of 343 patients (2 percent) with migraine were not identified by disabling headache. Thus, the majority of patients with severe episodic headaches can be considered to have migraine. 19 Vaga zero? 20 Parte das condutas, começando por aquilo que exige maior celeridade. Quem eu mando de vaga zero? Algum desses vcs mandariam? 20 J., 52 anos, cefaleia holocraniana intensa, padrão novo.Piora ao movimentar o pescoço. Acordou com essa dor hoje de manhã. Presença de pg em ECM e trapézio. P., 29 anos, HPP de cefaleia tensional leve responsiva a analgésico simples, apresentou cefaleia de início súbito e pico máximo em segundos enquanto malhava. “Pior dor de cabeça da vida”, descreve. Sem déficits neurológicos em exame físico. M., 49 anos, diabético, relata febre associada a cefaleia frontal, há 4 dias. “Minha cabeça parece que vai explodir”. Dor piora ao inclinar a cabeça para a frente. Com coriza. Exame físico sem alterações relevantes. Considerar vaga zero Início súbito e pior dor da vida Evolução insidiosa, progressiva, ápice em dias Mal migranoso (migrânea >72h, refratária) TCE recente Suspeita de meningite PVHIV + nova cefaleia ou imagem compatível com toxo Sinais neurológicos focais Padrão novo + hx recente/atual Ca ou discrasias sanguíneas. Padrão novo + > 50a + dor a palpação e edema da a. temporal superficial, mialgias e/ou ↑VHS (arterite de céls gigantes – usar ctc) Crise hipertensiva e confusão mental Suspeita de glaucoma (pupila fixa + midríase média/olho vermelho) 21 Systemic symptoms/signs/ disease; Neurologic symptoms or signs; Onset sudden; Onset (> 50 years); Pattern change Quanto texto. Preciso decorar todos esses sinais de alarme? Não, só saber que existem, ter uma noção e saber onde encontrar a informação praqueles casos de cefaleia mais diferente. ●Headache with orbital or periorbital symptoms – Headache with visual impairment, periorbital pain, or ophthalmoplegia could indicate acute angle closure glaucoma, infection, inflammation, vascular congestion from a cavernous sinus thrombosis or draining arteriovenous malformation, or tumor involving the orbits. ●Headache and possible carbon monoxide exposure – Headache is a nonspecific symptom of carbon monoxide exposure; the intensity varies with the carbon monoxide level [1]. The headache tends to be bilateral and mild at low levels of carbon monoxide, pulsating at levels of 20 to 30 percent, and severe with nausea, vomiting, and blurred vision at levels of 30 to 40 percent. 21 Exame de imagem? Padrão novo Início da cefaleia em > 50 anos Evolução insidiosa e progressiva, com ápice em poucas semanas ou meses Dor que acorda durante o sono Dor desencadeada por esforço ou manobra de Valsalva RNM ou TC sem contraste 22 Padrão novo ou mudança recente no padrão da cefaleia. Ressonancia é mais sensível e não expõe o paciente a radiação. Se disponível, no contexto da APS é preferível. Para avaliar sangramentos e massas em emergência, TC TC sem contraste muitas vezes tem vaga em tela, pode pedir na salinha pra alguém com senha de regulador pra ver. É possível também articular com a Fabi pra fazer no tomógrafo lá de baixo Idiopathic intracranial hypertension, trombose seios venoso, massa intracraniana, CSF leak https://core4-cms.imgix.net/1556810354-0519_CF1_SB1.png 22 Tratamento 23 Tratamento não farmacológico Crises Profilático Tipo tensão ↓ Estresse, higiene do sono, atividade física e parar de fumar Dor leve/moderada: analgésicos ou AINES. Forte: analgesia EV, ergotaminas e triptanos Tricíclico baixa dose ou anticonvulsivante (grau 2) Migrânea Evitar desencadeantes Tricíclico baixa dose, anticonvulsivantes ou betabloqueador (grau 2) Vimos os critérios para fechar o diagnóstico de cefaleia tensional vs migranea. Mas na prática, muitas vezes elas se confundem. Mas precisa mesmo definir com precisão qual das duas é, por exemplo? Se o tto é meio que similar? 23 Tratamento - Abortivo Analgésico: Paracetamol ou dipirona (dor leve/mod) AINE: Ibuprofeno (NNT 14) , diclofenaco ou AAS (dor leve/mod) usar menos de 14 dias/mês Ergóticos: Diidroergotamina (+ paracetamol/dipirona e cafeína): cefaliv, enxak – 1 cmp a cada 30’, até no máx 6 cmp. R$ 18; 12cmp Triptano: Sumatriptano (50 mg/cmp 2/2h, até no máx 200 mg) R$ 28; 2cmp ou Naratriptano* (2,5 mg/cmp, 2ª dose após 4h, máx 2 cmp) R$ 22; 10cmp *Cuidado c/ condições cardiovasculares e combinação a ergotamina/derivados (esperar pelo menos 24h) 24 Ibuprofeno NNT para livre de dor em 2 horas 24 Tratamento - Profilático Indicação: Prejuízo importante na vida, apesar do tratamento abortivo Crises frequentes ( ≥ 1/ semana) Uso excessivo de medicamentos Preferência do paciente Reavaliar em 30 dias: Sem melhora substancial? Trocar de classe 25 25 Tratamento - Profilático Farmacoterapia + Atividade física + Terapia comportamental Tricíclico + terapia de gerenciamento de estresse é preferível à monoterapia na CT (Grau 2B) Iniciar na menor dose e ir ↑ o até efeito terapêutico, dose máx ou intolerância Manter por 3-6 meses e depois ir ↓ Adequar expectativas (50% dos tratados terão redução ≥ 50% após 3 meses de tto) 26 Manter por 3-6 meses e depois ir reduzindo de forma gradual e contínua. Amitriptilina, dose inicial 25mg, para pacientes com cefaleia do tipo tensão crônica é de 50 a 75 mg/dia. Após 6 meses, o tratamento pode ser descontinuado, e uma redução na dose diária de 20 a 25% a cada 2 a 3 dias pode evitar a recidiva da dor 26 Tratamento - Profilático 27 Dose inicial (mg) Dose alvo/dia Tomadas/dia Favorecem uso Amitriptilina (CT/Mi) 10-25 25-75 (max 100-125) 1 (noite) Depressão, ansiedade, insônia, neuropatia Topiramato (CT/Mi) 25 100-200 1-2 (noite) Convulsões, obesidade Ácido valproico (Mi) 250 500-1.500 2-3 Convulsões, alt de humor Propranolol (Mi) 20-40 40-240 2-3 HAS, dç cardiovascular Topiramato: NNT 4 (> 50% de redução em frequência de migrâneas). R$ 25; 60 cmp CT: Cefaleia Tensional; Mi: Migranea Amitriptilina, dose inicial 25mg, para pacientes com cefaleia do tipo tensão crônica é de 50 a 75 mg/dia. Após 6 meses, o tratamento pode ser descontinuado, e uma redução na dose diária de 20 a 25% a cada 2 a 3 dias pode evitar a recidiva da dor Venlafaxina Beta block: atenolol, metoprolol, nadolol, propranolol Atenolol starting at 25 mg daily; dose range 25 to 100 mg once daily 27 Tratamento - Excesso de analgésico Iniciar profilático Parar abruptamente qualquer analgésico por 1 semana Possibilidade de AINE de horário (ex. ibuprofeno 8/8h por 7 dias) Se cefaleia intensa, considere ctc (ex. pred 60 mg/dia por 7 dias) Educação do paciente 28 Qual a experiência de vcs? 28 Técnica de intervenção breve 29 Nunca / quase nunca (0) Às vezes (1) Com frequência (2) Sempre/ quase sempre (3) Você acha que o seu uso do remédio para dor de cabeça está fora de controle? A ideia de deixar de tomar uma dose deixa você ansioso ou irritado? Você se preocupa com o seu uso do remédio para dor de cabeça? Você gostaria de parar? Não seria difícil (0) Bem difícil (1) Muito difícil (2) Impossível (3) O quanto você acha que seria difícil parar ou ficar sem o seu remédio para dor? Questionário de Severidade da Dependência Modificado Positivo se ≥ 5 para mulheres ou ≥ 4 para homens Pag 110 livro ebe 29 30 Feedback sobre a pontuação no teste Explanação rápida sobre a cefaleia induzida por medicamentos Encorajamento para que o paciente decida pela redução da medicação Acordo sobre como o MFC pode apoiar o processo e desenho de um plano concreto Técnica de intervenção breve – cont. Opções de Sisreg a considerar: clínica da dor, homeopatia e acupuntura O primeiro passo não é obrigatório. 30 Acupuntura 31 NNT 3: ↓50% na frequência de cefaleia tensional (em comparação com cuidados de rotina) 1 cun acima da linha de inserção do cabelo e 1.5 cun lateral a linha mediana Cun: largura do polegar do paciented Grau 2B para CT (at least six treatments) de acupuntura 31 Auriculoterapia 32 Sessões semanais por 4-8 semanas Pode ser até a cada 2 dias Sem evidências robustas, recomendações baseadas em livros textos 32 Encaminho p/ Neurologia? Subpav Migrânea: Refratária ao tto profilático: 2 drogas por > 3m Crônica (≥ 15 episódios por > 3 meses) Com aura + sintomas motores (fraqueza muscular) ou do tronco cerebral Prolongada (duração > 1 hora) Cefaleia em salvas Cefaleianão tensional com prejuízo pessoal, alteração em sono com sintomas neurológicos ou refratária a tricíclicos por 3m (sinusopatia e disfunção de ATM) Cefaleia por uso excessivo de analgésicos (dependência de opioides) Cefaleia e alterações em exame de imagem (TC/RNM) 33 Pela subpav. Não tem de neurocirurgia 33 Encaminho? Telessaúde - RS Neurologia Refratária ao manejo profilático (2 classes diferentes p/ migrânea ou com tricíclico p/ tensional, por pelo menos 3 meses) Cefaleias que não sejam migrânea ou tipo tensão Neurocirurgia TC ou RNM com alteração indicativa de cirurgia Lesão com efeito expansivo (tumores, cistos ou malformações) Lesão sugestiva de tumor cerebral Aneurisma cerebral ou outra malformação vascular Hidrocefalia 34 Deixando esse slide só pra mostrar pro eberhart 34 Educação do paciente Alguns gatilhos comuns de dor de cabeça incluem: Estresse Pular refeições ou comer pouco Consumir pouca ou muita cafeína Dormir muito ou pouco Beber álcool Certos alimentos ou bebidas Não beber água suficiente Aprenda técnicas de relaxamento e maneiras saudáveis de controlar o estresse. Faça mudanças no estilo de vida, como parar de fumar e praticar mais atividade física. 35 35 Referências McWhinney's textbook of family medicine. Freeman TR. Oxford University Press; 2016. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Duncan BB et al., Porto Alegre, 2022 Resumo clínico – Cefaleia. Harzheim E et al. TelessaúdeRS/UFRGS, 2016. Disponível em: https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/neurocirurgia_resumo_cefaleia_TSRS.pdf Learning the full impact of migraine through patient voices: A qualitative study. Estave PM et al. Headache. 2021 Uptodate tópicos: Preventive treatment of episodic migraine in adults e evaluation of headache in adults Protocolo de Regulação Ambulatorial — Neurologia. Araújo LG et al. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Saúde, 2023 PROMEF Programa de Atualização em Medicina de Família e Comunidade, Ciclo 11. Augusto DK et al. Porto Alegre, 2016. 36 36 Ei! Contribui pra próxima sessão avaliando essa? 37 37 image1.jpeg image2.png image3.jpeg image4.jpeg image5.jpeg image6.png image7.png image8.png image9.png image10.jpeg image11.png image12.png image13.jpeg image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png