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<p>ACESSE AQUI ESTE</p><p>MATERIAL DIGITAL!</p><p>LÍVIA PENA FERREIRA</p><p>GESTÃO</p><p>DE SERVIÇOS</p><p>FARMACÊUTICOS</p><p>Coordenador(a) de Conteúdo</p><p>Liliani Carolini Thiesen</p><p>Projeto Gráfico e Capa</p><p>Arthur Cantareli Silva</p><p>Editoração</p><p>Isabella Santos Magalhães</p><p>Design Educacional</p><p>Kátia Salvato</p><p>Revisão Textual</p><p>Barbara Maurer Curi</p><p>Thalise Barbosa Rodrigues Cardoso</p><p>Ilustração</p><p>Eduardo Aparecido Alves</p><p>Wellington Vainer</p><p>Fotos</p><p>Shutterstock e Envato</p><p>Impresso por:</p><p>Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722.</p><p>Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).</p><p>Núcleo de Educação a Distância. FERREIRA, Lívia Pena .</p><p>Gestão De Serviços Farmacêuticos / Lívia Pena Ferreira -</p><p>Florianópolis, SC: Arqué, 2024.</p><p>204 p.</p><p>ISBN papel 978-65-6137-583-2</p><p>ISBN digital 978-65-6137-580-1</p><p>1. Gestão 2. Serviços 3. Farmacêuticos 4. EaD. I. Título.</p><p>CDD - 362.1782</p><p>EXPEDIENTE</p><p>FICHA CATALOGRÁFICA</p><p>N964</p><p>03506790</p><p>RECURSOS DE IMERSÃO</p><p>Utilizado para temas, assuntos ou con-</p><p>ceitos avançados, levando ao aprofun-</p><p>damento do que está sendo trabalhado</p><p>naquele momento do texto.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>Uma dose extra de</p><p>conhecimento é sempre</p><p>bem-vinda. Aqui você</p><p>terá indicações de filmes</p><p>que se conectam com o</p><p>tema do conteúdo.</p><p>INDICAÇÃO DE FILME</p><p>Uma dose extra de</p><p>conhecimento é sempre</p><p>bem-vinda. Aqui você</p><p>terá indicações de livros</p><p>que agregarão muito na</p><p>sua vida profissional.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>Utilizado para desmistificar pontos</p><p>que possam gerar confusão sobre o</p><p>tema. Após o texto trazer a explicação,</p><p>essa interlocução pode trazer pontos</p><p>adicionais que contribuam para que</p><p>o estudante não fique com dúvidas</p><p>sobre o tema.</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>Este item corresponde a uma proposta</p><p>de reflexão que pode ser apresentada por</p><p>meio de uma frase, um trecho breve ou</p><p>uma pergunta.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Utilizado para aprofundar o</p><p>conhecimento em conteúdos</p><p>relevantes utilizando uma lingua-</p><p>gem audiovisual.</p><p>EM FOCO</p><p>Utilizado para agregar um con-</p><p>teúdo externo.</p><p>EU INDICO</p><p>Professores especialistas e con-</p><p>vidados, ampliando as discus-</p><p>sões sobre os temas por meio de</p><p>fantásticos podcasts.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>PRODUTOS AUDIOVISUAIS</p><p>Os elementos abaixo possuem recursos</p><p>audiovisuais. Recursos de mídia dispo-</p><p>níveis no conteúdo digital do ambiente</p><p>virtual de aprendizagem.</p><p>4</p><p>135U N I D A D E 3</p><p>BOAS PRÁTICAS FARMACÊUTICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .136</p><p>FARMACOECONOMIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .160</p><p>GESTÃO DE RESÍDUOS DE SAÚDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .182</p><p>7U N I D A D E 1</p><p>QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8</p><p>NOÇÕES DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26</p><p>PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO FARMACÊUTICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44</p><p>65U N I D A D E 2</p><p>GESTÃO FARMACÊUTICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66</p><p>EMPREENDEDORISMO E MARKETING FARMACÊUTICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .92</p><p>FIDELIZAÇÃO E SATISFAÇÃO DO CLIENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .114</p><p>5</p><p>SUMÁRIO</p><p>UNIDADE 1</p><p>MINHAS METAS</p><p>QUALIDADE NOS SERVIÇOS</p><p>DE SAÚDE</p><p>Compreender os princípios e fundamentos que norteiam a qualidade em diversos con-</p><p>textos, incluindo serviços de saúde.</p><p>Reconhecer quais são os fatores que compõem a qualidade nos serviços de saúde.</p><p>Desenvolver habilidades de mensuração da qualidade e alcançar seus objetivos.</p><p>Aprimorar a capacidade de avaliação, estabelecimento de metas e implementação de</p><p>estratégias.</p><p>Entender qual a finalidade do sistema brasileiro de certificação.</p><p>Adquirir conhecimento sobre os princípios e processos envolvidos na acreditação para</p><p>elevação dos padrões de qualidade e segurança nos serviços de saúde.</p><p>Identificar obstáculos e as questões específicas que o sistema de saúde brasileiro enfrenta</p><p>na melhoria da qualidade, bem como as possíveis soluções e estratégias para superá-los.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 1</p><p>8</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Já percebeu que tudo o que nos cerca exige um padrão de qualidade para se</p><p>destacar? Aposto que você já se sentiu frustrado com uma peça de roupa que</p><p>não atendeu às expectativas ou com o serviço de um restaurante que foi insufi-</p><p>ciente devido ao atendimento desatencioso de uma garçonete. Agora, imagine</p><p>a importância dessa busca por qualidade em um contexto tão crucial como</p><p>os serviços de saúde. Ao longo do tempo, ocorreram vários erros graves em</p><p>serviços de saúde que poderiam ter sido evitados se a qualidade no atendimento</p><p>tivesse sido uma prioridade.</p><p>Erros como a troca de prontuários de pacientes, confusões na administração</p><p>de medicamentos e um atendimento desprovido de empatia e humanização são</p><p>apenas alguns dos exemplos que destacam a urgência de enfatizar a qualidade</p><p>nos serviços de saúde. Essas falhas não apenas comprometem a segurança e o</p><p>bem-estar dos pacientes, mas também prejudicam a confiança no sistema de</p><p>saúde como um todo.</p><p>Portanto, é crucial que os serviços de saúde mantenham um compromis-</p><p>so constante com a qualidade, estabelecendo protocolos rígidos de segurança,</p><p>promovendo uma capacitação contínua dos profissionais de saúde e garantindo</p><p>um atendimento centrado no paciente. A busca pela qualidade não deve ser ne-</p><p>gligenciada, especialmente quando se trata da saúde e da segurança das pessoas.</p><p>Consegue visualizar a problemática da situação e a importância da busca</p><p>constante da qualidade? Vamos nessa caminhada pela excelência.</p><p>Gostaria de convidá-lo a acessar o nosso podcast educativo, no qual vamos apren-</p><p>der sobre qualidade no serviço de saúde. É uma ótima maneira de complemen-</p><p>tar seus estudos e expandir seu conhecimento. Não perca a oportunidade de se</p><p>manter atualizado e aprender de forma descontraída. Acesse o podcast agora e</p><p>aproveite! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual</p><p>de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>CONCEITOS GERAIS DE QUALIDADE</p><p>A qualidade é um trabalho contínuo e crescente que, aplicados no dia a dia,</p><p>permite à empresa se superar em atendimento e profissionalismo, tornando-se</p><p>referência em seus setores. Para atingir esse patamar, é fundamental um com-</p><p>promisso contínuo com o aprimoramento, estabelecendo assim padrões de ex-</p><p>celência nos serviços de saúde.</p><p>Por que se deve buscar a qualidade?</p><p>■ Para se obter ter bons resultados.</p><p>■ Para a organização e a padronização de processos.</p><p>■ Para melhoria da qualidade do trabalho e dos serviços prestados.</p><p>■ Para redução de custos.</p><p>■ Para redução de desperdício.</p><p>■ Para diminuição de riscos.</p><p>A prestação de um atendimento de qualidade não se limita apenas a atender</p><p>às expectativas do cliente, mas também a cumprir as normas de segurança e as</p><p>práticas de organização do serviço. Isso contribui para estabelecer um nível de</p><p>confiabilidade que vai além da simples satisfação do cliente.</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Com o passar do tempo, os métodos de produção evoluíram, culminando na</p><p>Revolução Industrial, em que o trabalho artesanal foi gradualmente substituído</p><p>por processos mecânicos de produção em massa. Vamos explorar a história da</p><p>qualidade e como ela teve origem. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo</p><p>digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>1</p><p>1</p><p>De acordo com Crosby (1986), a qualidade se trata da conformidade com as es-</p><p>pecificações. Tal definição está voltada inteiramente ao cliente, enfatizando que</p><p>a qualidade é</p><p>importância e urgência. Tarefas importan-</p><p>tes são aquelas que necessitam ser feitas em tempo oportuno, e urgentes estão</p><p>diretamente ligadas ao curto prazo.</p><p>O planejamento estratégico hospitalar é uma forma de formalizar os pro-</p><p>cessos, organizar as rotinas que necessitam ser implantadas, ajudar na contex-</p><p>tualização das pendências, fortalecer o vínculo dos colaboradores e fomentar o</p><p>espírito de equipe.</p><p>Além disso, quando bem coordenado, esse planejamento traz muitas lições</p><p>e aprendizados para quem elaborou, executou e acompanhou, com ganhos no</p><p>amadurecimento profissional e pessoal dos funcionários.</p><p>Quando bem executado, possibilita uma ideia de pertencimento dos funcio-</p><p>nários que estão conscientes de seu trabalho, o que evita uma cultura organiza-</p><p>cional negativa, uma vez que todos estão engajados em melhorias.</p><p>Em se tratando de instituição hospitalar, o planejamento estratégico hospita-</p><p>lar procura também reduzir os custos desnecessários, otimizar os processos de</p><p>gestão e primordialmente oferecer uma assistência à saúde de qualidade.</p><p>PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA ASSISTÊNCIA</p><p>FARMACÊUTICA</p><p>O termo Assistência Farmacêutica envolve atividades de caráter abrangente,</p><p>multiprofissional e intersetorial, que situam seu objeto de trabalho, a organização</p><p>das ações e serviços relacionados ao medicamento em suas diversas dimensões,</p><p>com ênfase na relação com o paciente e a comunidade na visão da promoção da</p><p>saúde (MARIN et al., 2003). A reorientação da Assistência Farmacêutica está</p><p>fundamentada na descentralização da gestão, na promoção do uso racional dos</p><p>medicamentos, na otimização e eficácia do sistema de distribuição no setor pú-</p><p>blico e no desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a redução nos preços</p><p>dos produtos (BRASIL, 2012).</p><p>Os investimentos na qualificação da assistência farmacêutica adquiriram</p><p>grande destaque nas políticas de saúde pública nos últimos anos, pois se apre-</p><p>sentaram como uma alternativa à redução de custos no Sistema Único de Saúde.</p><p>UNIASSELVI</p><p>5</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>O medicamento é o principal recurso terapêutico utilizado, e o mau gerencia-</p><p>mento de todos os processos, que vão desde o planejamento de sua aquisição a</p><p>sua dispensação, é a principal causa dos poucos resultados alcançados com o</p><p>aumento dos investimentos nessa área. Para o Ministério da Saúde, enquanto</p><p>os gastos totais com saúde aumentaram em 9,6 %, aqueles com medicamentos</p><p>tiveram incremento de 123,9% no período de 2002 a 2006 (VIEIRA, 2010).</p><p>Em um sistema de saúde baseado nos princípios do SUS (universalidade,</p><p>equidade e integralidade), cabe ao farmacêutico responsável técnico, enquanto</p><p>responsável pela gestão da política de assistência farmacêutica no município, pau-</p><p>tar suas ações em um planejamento dinâmico com características que permitam</p><p>mudar a realidade de forma efetiva. O Planejamento Estratégico tem essas carac-</p><p>terísticas, ele possibilita decidir e atuar de forma efetiva, alterar metas e objetivos</p><p>no curso da implantação e administrar conflitos, permitindo a convergência de</p><p>interesses em prol de um objetivo comum, e propõe transformar o plano em</p><p>realidade (SILVA; NIERO; MAZZALI, 2009).</p><p>O Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (CESAF) destina-</p><p>-se à garantia do acesso equitativo a medicamentos e insumos, para prevenção,</p><p>diagnóstico, tratamento e controle de doenças e agravos de perfil endêmico,</p><p>com importância epidemiológica, impacto socioeconômico ou que acometem</p><p>populações vulneráveis, contemplados em programas estratégicos de saúde do</p><p>SUS (BRASIL, 2012).</p><p>O CESAF disponibiliza medicamentos para pessoas acometidas por tuber-</p><p>culose, hanseníase, malária, leishmaniose, doença de chagas, cólera, esquistos-</p><p>somose, leishmaniose, filariose, meningite, tracoma, micoses sistêmicas e ou-</p><p>tras doenças decorrentes e perpetuadoras da pobreza. São garantidos, ainda,</p><p>medicamentos para influenza, doenças hematológicas, tabagismo e deficiências</p><p>nutricionais, além de vacinas, soros e imunoglobulinas.</p><p>Os medicamentos e insumos são financiados e adquiridos pelo Ministério da</p><p>Saúde (MS), sendo distribuídos aos estados e Distrito Federal. Cabem a eles o re-</p><p>cebimento, armazenamento e a distribuição aos municípios. O Sistema Nacional</p><p>de Gestão da Assistência Farmacêutica (HÓRUS) e outros sistemas próprios são</p><p>utilizados na logística e gestão, contribuindo com as ações e serviços de Assis-</p><p>tência Farmacêutica. Os medicamentos e insumos do CESAF estão relacionados</p><p>nos anexos II e IV da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename).</p><p>5</p><p>1</p><p>A gestão no nível federal desse componente é realizada pela Coordenação</p><p>Geral de Assistência Farmacêutica e Medicamentos Estratégicos (CGAFME).</p><p>Ministério</p><p>da Saúde</p><p>• Protocolos de tratamento</p><p>• Planejamento e programação</p><p>• Financiamento e Aquisição centralizada</p><p>• Distribuição aos estados</p><p>Secretarias</p><p>Estaduais</p><p>de Saúde</p><p>• Armazenamento�</p><p>• Distribuição às Regionais ou Municípios</p><p>• Programação</p><p>Secretarias</p><p>Municipais</p><p>de Saúde</p><p>• Armazenamento</p><p>• Distribuição às Unidades de Saúde</p><p>• Programação</p><p>• Dispensação</p><p>Figura 2 - Competência de cada instituição acerca dos medicamentos estratégicos</p><p>Fonte: https://farmaciacidada.es.gov.br/Media/farmaciacidada/Componente-Estrategico/grafico-cesaf.jpg.</p><p>Acesso em: 8 dez. 2023.</p><p>Descrição da Imagem: a figura mostra as competências de cada instituição com relação aos medicamentos. Do</p><p>lado direito na parte superior há um círculo e dentro está escrito “Ministério da saúde”, do lado esquerdo dele</p><p>há um quadro e dentro está escrito “Protocolos de tratamento; Planejamento e programação; Financiamento e</p><p>Aquisição centralizada; Distribuição aos estados”. Do lado direito superior há outro círculo, dentro dele está escrito</p><p>“Secretarias Municipais de Saúde”; do lado direito dele há um quadro, dentro dele está escrito “Armazenamento;</p><p>Distribuição às Unidades de Saúde; Programação; Dispensação”. Na parte inferior, centralizado há outro círculo,</p><p>dentro dele está escrito “Secretarias Estaduais de Saúde”, do lado direito há um quadro e dentro está escrito</p><p>“Armazenamento; Distribuição às Regionais ou Municípios; Programação”. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>Em cada área de atuação, o planejamento deverá ser inserido e readequado à</p><p>necessidade de cada um para retirar o melhor proveito. O planejamento estraté-</p><p>gico é fundamental para desenvolver uma visão de médio e longo prazo e, assim,</p><p>conquistar os objetivos do negócio.</p><p>Apesar de à primeira vista ser uma tarefa sem aplicabilidade, planejar é o</p><p>que permite que a empresa se organize, tornando os processos mais eficientes e</p><p>obtendo um diferencial no mercado.</p><p>Confira a aula referente a este tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo</p><p>digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>EM FOCO</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>Após este estudo, você conseguiu ver a importância de um planejamento es-</p><p>tratégico? Com um bom planejamento estratégico, pode-se alcançar as metas</p><p>estipuladas, como sucesso financeiro e profissional. O planejamento estratégico</p><p>funciona como alicerce para todas as ações que uma empresa realizará ao longo</p><p>de um período para chegar no que foi almejado. Este, ajuda a administrar tem-</p><p>po, recursos e energia para a estratégia de negócio, focando no que realmente</p><p>importa a longo prazo, ou seja, aquilo que vai ser mais benéfico à empresa. O</p><p>planejamento estratégico auxilia na compreensão das mudanças do ambien-</p><p>te externo e interno, pois ajuda a reconhecer problemas que podem surgir ao</p><p>longo do caminho e a identificar oportunidades de melhoria para a empresa.</p><p>Portanto, mesmo que o mercado esteja em constante transformação, isso não</p><p>invalida a necessidade de ter um plano que direcione os esforços organizacionais.</p><p>Antes de qualquer projeto, ou implementação de um negócio, ou um cres-</p><p>cimento em sua profissão, desempenhe tudo o que aprendeu aqui e utilize ao</p><p>máximo das ferramentas apresentadas.</p><p>5</p><p>8</p><p>1. Uma meta SMART é aquela que é definida com base em uma série de critérios: deve ser</p><p>específica, mensurável, atribuível, realista e temporal. A estratégia serve para auxiliar as</p><p>empresas a determinarem objetivos de maneira mais inteligente.</p><p>Fonte: RESULTADOS DIGITAIS. Metas SMART: entenda o que são e aprenda a definir as suas. 2022. Dis-</p><p>ponível em: https://resultadosdigitais.com.br/vendas/metas-smart. Acesso em: 8 dez. 2023.</p><p>A construção de metas inteligentes é feita através de uma ferramenta chamada S.M.A.R.T.</p><p>– acrônimo de Specific (específico), Meansurable (mensurável), Agreed (aceitável), Realistic</p><p>(relevante), Timed (preciso).</p><p>Um evento, após ter estabelecida sua natureza e objetivo, precisa ser desmembrado em</p><p>passos administráveis, a fim de garantir sua plena realização. Sobre quando a ferramenta</p><p>SMART pode garantir a eficácia de um evento, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. As metas e os objetivos traçados representam a real demanda dos participantes do</p><p>evento, garantindo a sua satisfação e contribuindo para a manutenção da imagem da</p><p>organização.</p><p>II. A escolha dos envolvidos na execução das etapas do evento corresponde a competên-</p><p>cias técnicas necessárias a sua conclusão efetiva.</p><p>III. O planejamento e as ações derivadas deste representam as necessidades da organiza-</p><p>ção e daqueles que se beneficiarão dos resultados traçados.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>5</p><p>9</p><p>2. No âmbito do SUS, o farmacêutico está inserido no processo de cuidado ao paciente,</p><p>envolvendo desde a pesquisa, desenvolvimento e produção de medicamentos, seleção,</p><p>programação, compra, distribuição e garantia de qualidade até o acompanhamento e a</p><p>avaliação dos resultados, tendo sempre como objetivo principal a melhoria da qualidade</p><p>de vida da população.</p><p>Fonte: SERGIPE. Farmacêuticos têm papel essencial para o bom funcionamento do SUS. Sergipe, 2019.</p><p>Disponível em: https://saude.se.gov.br/farmaceuticos-tem-papel-essencial-para-o-bom-funcionamen-</p><p>to-do-sus/#:~:text=Ele%20responde%20pela%20dispensa%C3%A7%C3%A3o%20dos,ao%20ciclo%20</p><p>da%20assist%C3%AAncia%20farmac%C3%AAutica. Acesso em: 8 dez. 2023.</p><p>O planejamento estratégico está inserido na assistência farmacêutica. Sobre isso, analise</p><p>as afirmativas a seguir:</p><p>I. Organizar e estruturar as atividades do ciclo da assistência farmacêutica, identificando</p><p>os principais problemas e formulando ações para intervenção.</p><p>II. Identificar os pontos fortes do Plano (para reforçá-los) e os pontos fracos (para corrigi-los),</p><p>organizando os vários processos de trabalho, tornando-os mais eficientes.</p><p>III. Realizar estudos sobre a utilização, monitoramento e avaliação de medicamentos.</p><p>IV. Realizar a atenção farmacêutica, retirando dúvidas e explicando o modo de uso.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) II e IV, apenas.</p><p>c) III e IV, apenas.</p><p>d) I, II e III, apenas.</p><p>e) I, II, III e IV.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>3. O objetivo da matriz SWOT é orientar a direção dos negócios, ao identificar as forças, fra-</p><p>quezas, oportunidades e ameaças da empresa.</p><p>Tanto o ambiente interno quanto o externo são devidamente analisados na matriz SWOT. A</p><p>matriz SWOT é uma das ferramentas de gestão mais conhecidas para quem quer avaliar o</p><p>desempenho do próprio negócio e, consequentemente, vender mais. O processo de vendas</p><p>pode ser alavancado com a matriz SWOT, que está ligada ao planejamento estratégico e à</p><p>definição das metas de venda.</p><p>Fonte: PAULILLO, G. Matriz SWOT: o que é e como usar na análise estratégica da empresa? Agendor,</p><p>c2023. Disponível em: https://www.agendor.com.br/blog/matriz-swot-como-fazer. Acesso em: 8 dez. 2023.</p><p>Com base nas informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta</p><p>entre elas:</p><p>I - A matriz SWOT (FOFA) constitui uma das ferramentas gerenciais utilizadas no planeja-</p><p>mento estratégico para a análise de cenário sobre o ambiente interno e externo de uma</p><p>Organização.</p><p>PORQUE</p><p>II - Sua estrutura possibilita a construção de um inventário dos quatro aspectos que a in-</p><p>fluenciam, de forma positiva ou negativa: Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças.</p><p>Assinale a alternativa correta:</p><p>a) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.</p><p>b) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.</p><p>c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa.</p><p>d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.</p><p>e) As asserções I e II são falsas.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BECKER, K. A. W. Planejamento estratégico: Indaial: Uniasselvi, 2016.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica. Brasília,</p><p>DF: MS, c2023. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sectics/daf/ce-</p><p>saf. Acesso em: 5 dez. 2023.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 1 .214, de 13 de junho de 2012. Institui o Programa</p><p>Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde</p><p>(QUALIFAR-SUS). Brasília, DF: MS, 13 jun. 2023.</p><p>BRASIL. Resolução RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas Farma-</p><p>cêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de</p><p>produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras provi-</p><p>dências. Brasília, DF: Anvisa, 18 ago. 2009.</p><p>CAUDURO, C. Farmácia Hospitalar: o que é, definição, importância e planejamento. Farmácia</p><p>Hospitalar, 2022. Disponível em: https://farmaciahospitalar.com.br/farmacia-hospitalar-defini-</p><p>cao. Acesso em: 5 dez. 2023.</p><p>DRUCKER, P. F. Prática de administração de empresas. Rio de Janeiro: Fundo de cultura, 1962.</p><p>FENILI, R. Planejamento e desenvolvimento organizacional hospitalar. Indaial: Uniasselvi,</p><p>2014.</p><p>KOTLER, P. Administração de marketing. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.</p><p>MARIN, N. et al. Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Brasília, DF: OPAS/OMS,</p><p>2003.</p><p>RESULTADOS DIGITAIS. Metas SMART: entenda o que são e aprenda a definir as suas. 2022. Dis-</p><p>ponível em: https://resultadosdigitais.com.br/vendas/metas-smart/. Acesso em: 12 nov. 2023.</p><p>SILVA, S. V.; NIERO, J. C. C.; MAZZALI, L. O planejamento estratégico no setor público: a contri-</p><p>buição de Carlos Matus. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, 22., 2009, São Paulo. Anais [...].</p><p>São Paulo: USP, 2009.</p><p>VIEIRA, F. S. Assistência farmacêutica no sistema público de saúde no Brasil. Revista Pan-ame-</p><p>ricana de Saúde Pública, Washington, v. 27, n. 2, p. 149-156, 2010.</p><p>1</p><p>1</p><p>1. Opção E. Todas as afirmativas estão corretas.</p><p>2. Opção E. Todas as afirmativas estão corretas.</p><p>3. Opção A. As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>1</p><p>UNIDADE 2</p><p>MINHAS METAS</p><p>GESTÃO FARMACÊUTICA</p><p>Adquirir conhecimento sobre práticas de gestão administrativa e de pessoas, compreen-</p><p>dendo estratégias eficazes para liderança e desenvolvimento de equipes.</p><p>Familiarizar-se com os diversos tipos de empresas, compreendendo as características</p><p>e estruturas específicas de cada modalidade, desde pequenos negócios até grandes</p><p>corporações.</p><p>Conhecer os tributos empresariais, compreendendo obrigações fiscais, responsabilidades</p><p>e estratégias para otimização tributária.</p><p>Ter noção sobre custos, compras e lucro.</p><p>Entender a relevância da precificação de produtos.</p><p>Obter conhecimento sobre o conceito de ponto de equilíbrio.</p><p>Desenvolver habilidades para avaliar a situação econômica da empresa.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 4</p><p>1</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Quando pensamos em um farmacêutico, é comum que a imagem desse profis-</p><p>sional em frente à bancada de um laboratório ou organizando as medicações em</p><p>hospitais e farmácias venha à nossa mente, certo? Contudo, as possibilidades</p><p>de carreira desse profissional são muito mais amplas do que isso. Uma das mais</p><p>promissoras e aquecidas da atualidade tem a ver com o campo da gestão.</p><p>Para que os medicamentos não faltem e cheguem de forma rápida à popu-</p><p>lação, existem diversos processos de administração</p><p>e logística envolvidos. Os</p><p>gestores farmacêuticos são os profissionais mais capacitados para orientar e re-</p><p>gular esses processos.</p><p>Por isso, a gestão farmacêutica é hoje considerada uma das especializações</p><p>mais valorizadas dentro da carreira farmacêutica.</p><p>Vamos aprender mais sobre a área dessa atuação?</p><p>Vamos aprender quais os principais desafios que um profissional farmacêutico</p><p>pode ter em frente à gestão. Vamos lá? Recursos de mídia disponíveis no conteú-</p><p>do digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Antes de entrar no assunto, vamos entender sobre a importância da Gestão</p><p>Farmacêutica no sucesso profissional e empresarial. É importante que o profissional</p><p>tenha uma visão ampla, englobando muitos campos de conhecimento. Por</p><p>isso, é essencial que esses profissionais se interessem por demandas de cunho</p><p>administrativo e gerencial – isso, claro, sem deixar de lado seu compromisso com</p><p>a saúde. Vamos ver um pouco mais sobre isso? Recursos de mídia disponíveis no</p><p>conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>CONCEITO DE GESTÃO</p><p>O farmacêutico possui grandes conhecimentos técnicos, mas se tratando de ges-</p><p>tão possui grandes dificuldades. Dessa maneira, começa a ter sérias dificuldades</p><p>para sobreviver e competir num mercado extremamente agressivo, em que a pre-</p><p>dominância é de proprietários leigos, com destaque para as grandes corporações</p><p>que ganham em escala e têm uma gestão altamente profissional. Nesse sentido,</p><p>é fundamental e urgente que todos os farmacêuticos saibam as ferramentas de</p><p>gestão, caso contrário, estarão fadados ao fracasso (SOUZA JUNIOR, 2018).</p><p>Sem renunciar à atenção farmacêutica, a qual é um diferencial competitivo</p><p>importante, o farmacêutico que apresenta uma gestão eficaz pode prosperar e,</p><p>assim, obter mais lucro.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>O que você entende por lucro? Como fazer para obter lucro para o seu negócio?</p><p>Ultimamente, o mercado farmacêutico tem passado por grandes transformações</p><p>que estão levando as farmácias e drogarias independentes a enfrentarem grandes</p><p>dificuldades, e, assim, repensarem a sua unidade de negócio e, consequente-</p><p>mente, a sua forma de gestão. As farmácias que atuavam exclusivamente com a</p><p>manipulação de medicamentos estão começando a comercializar produtos de</p><p>higiene pessoal, perfumarias e medicamentos industrializados. Nas drogarias,</p><p>a concorrência é ainda maior, com predominância no crescimento das grandes</p><p>redes, levando as drogarias independentes, que estão fortemente calcadas na ven-</p><p>da de medicamentos, a sérios problemas financeiros (SOUZA JUNIOR, 2018).</p><p>1</p><p>8</p><p>Um cenário como esse, em que há grandes oportunidades, mas há, também,</p><p>muitos riscos, exige do gestor de farmácia ou drogaria uma administração eficaz,</p><p>usando ferramentas de gestão profissional, sem, no entanto, abrir mão de ser um</p><p>estabelecimento de saúde. Assim, entendemos que devemos levar aos nossos</p><p>colegas farmacêuticos algumas dessas ferramentas para que possam sobreviver</p><p>no mercado de extrema competição (SOUZA JUNIOR, 2018).</p><p>GESTÃO ADMINISTRATIVA E DE PESSOAS</p><p>A gestão está inserida na administração. Por isso, tem como finalidade a garantia</p><p>que todos os processos sejam executados conforme o planejado. Sendo assim,</p><p>consegue-se evitar maiores desvios do percurso chegando ao objetivo. Por isso a</p><p>importância da gestão pelos farmacêuticos, porque ela proporciona o gerencia-</p><p>mento de pessoas e de processos com respeito às diretrizes e normas da empresa.</p><p>Em suma, a gestão deve estar alinhada ao aspecto político-administrativo de</p><p>uma equipe ou empresa, ou seja, preocupa-se com as relações pessoais e proces-</p><p>suais como um todo.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>O investimento em equipes tem o potencial de fazer com que profissionais tra-</p><p>balhem mais satisfeitos e engajados, impactando positivamente nas metas de</p><p>negócio da companhia. No entanto, isso não significa meras ações, como for-</p><p>necer lanches, salas de descanso e de jogos, mas, sim, trabalhar em prol de um</p><p>propósito muito maior.</p><p>É aí que entra a gestão de pessoas, prática indispensável para conseguir crescer</p><p>empresas de forma consistente, aproveitar os talentos, direcionar o trabalho da</p><p>área de Recursos Humanos e garantir melhores resultados (ANJOS, 2021).</p><p>Apesar de serem similares, administração e gestão têm significados diferentes.</p><p>Gestão é a metodologia utilizada para se alcançar determinado objetivo dentro</p><p>da empresa. A gestão pode utilizar vários métodos para atingir um objetivo, ou</p><p>seja, a gestão usa os recursos da administração da empresa em prol do atingi-</p><p>mento das metas. Dessa forma, os gestores são aqueles que articulam, gesticu-</p><p>lam e apontam onde os produtos devem ser colocados, por exemplo: “Coloque</p><p>naquela prateleira ali!”.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>Gestão de Pessoas</p><p>A obra parte dos novos desafios da gestão de pessoas e di-</p><p>reciona a atenção do leitor para seis ações que, inerentemen-</p><p>te, se conectam em rede: agregar, recompensar, desenvolver,</p><p>monitorar, manter e, por fim, aplicar às pessoas. Juntos, esses</p><p>tópicos constituem a base estrutural do livro e a base da gestão</p><p>de qualquer equipe dentro de uma organização.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>A gestão de pessoas é a área responsável por administrar o capital humano das</p><p>empresas. Essa gestão utiliza técnicas de recursos humanos para conciliar os</p><p>objetivos dos colaboradores com as metas da organização.</p><p>1</p><p>1</p><p>Para isso, é necessário que os envolvidos na gestão estejam em sintonia com</p><p>as equipes e identifiquem os perfis mais adequados à cultura para focar em ações</p><p>de engajamento, desenvolvimento e motivação – ações que devem estar alinhadas</p><p>com o planejamento estratégico da empresa (MACEDO et al., 2003).</p><p>Os objetivos da gestão estratégica de pessoas envolvem:</p><p>■ Apoiar a organização no alcance de suas metas, desenvolvendo e im-</p><p>plementando ações dos recursos humanos integradas com a estratégia</p><p>de negócios.</p><p>■ Contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de alto desempenho.</p><p>■ Garantir que a organização tenha as pessoas talentosas, qualificadas e</p><p>engajadas que precisa.</p><p>■ Criar uma relação de emprego positiva entre a gerência e os funcionários</p><p>e um clima de confiança mútua.</p><p>■ Incentivar a aplicação de uma abordagem ética à gestão de pessoas.</p><p>Para uma administração eficiente, é necessário diagnosticar as necessidades dos</p><p>colaboradores e da organização, bem como tomar medidas com o objetivo de</p><p>garantir a evolução e o crescimento interno da empresa. Para isso, é necessário</p><p>embasar seu trabalho nos pilares da gestão de pessoas, que possibilitam uma</p><p>atuação ainda mais estratégica e eficaz (MACEDO et al., 2003). Veja quais são:</p><p>■ Motivação.</p><p>■ Comunicação Interna.</p><p>■ Trabalho em Equipe.</p><p>■ Gestão de Competências.</p><p>■ Treinamento e Desenvolvimento.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>MOTIVAÇÃO:</p><p>essa é a base para os outros pilares e para que a gestão do capital humano tenha os</p><p>resultados esperados, pois pessoas motivadas são mais produtivas, absorvem com fa-</p><p>cilidade novas tarefas e mantêm o clima interno em harmonia (GUIMARÃES, 2023).</p><p>COMUNICAÇÃO:</p><p>ter uma comunicação clara infelizmente ainda é uma deficiência em algumas empre-</p><p>sas. No entanto, esse é um pilar essencial para a organização, por isso, deve ser um</p><p>objetivo para a gestão de pessoas. Um gestor deve se comunicar de forma segura e</p><p>transparente, eliminando qualquer ruído que possa atrapalhar os processos e as rela-</p><p>ções (MACEDO et al., 2003).</p><p>TRABALHO EM EQUIPE:</p><p>a cooperação é uma palavra de ordem nas empresas que se destacam no mercado. É</p><p>preciso evitar ter uma visão focada apenas na competição para criar um ambiente mais</p><p>colaborativo, o que é mais saudável para o clima organizacional. Todos os profissionais são</p><p>desenvolvidos juntos e colaboram mutuamente para o crescimento pessoal e empresarial.</p><p>GESTÃO EM COMPETÊNCIAS:</p><p>sempre é necessário investir na capacitação dos profissionais da empresa, sendo um</p><p>aspecto que tem</p><p>sido cada vez mais exigido do RH, afinal, é uma forma clara de valori-</p><p>zação do capital humano.</p><p>TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO:</p><p>equipes de alta performance estão constantemente participando de treinamentos, in-</p><p>vestir em treinamentos é necessário para a evolução das equipes, de forma que seu</p><p>desempenho seja compatível com os objetivos da organização.</p><p>1</p><p>1</p><p>TIPOS DE EMPRESA</p><p>Para uma melhor atuação pela parte do gestor, devemos entender quais tipos de</p><p>empresa se encaixam melhor nas suas ambições de mercado. As empresas podem</p><p>ser classificadas de diversas formas, sendo as mais comuns a sua forma jurídi-</p><p>ca, a propriedade do seu capital, a sua dimensão e ainda o setor a que pertence</p><p>(SOUZA JUNIOR, 2018):</p><p>■ Pelo número de funcionários.</p><p>■ Microempresa: de 0 a 9 empregados.</p><p>■ Pequena: de 10 a 99 empregados.</p><p>■ Média: de 100 a 500 empregados.</p><p>■ Grande: acima de 500 empregados.</p><p>Pelo Setor Econômico</p><p>Quando a empresa é classificada pelo seu objetivo, passa a receber a denominação:</p><p>■ Setor primário: correspondente às empresas ligadas ao setor de agropecuária.</p><p>■ Setor secundário: correspondente às empresas ligadas ao setor industrial.</p><p>■ Setor terciário: correspondente às empresas do setor de serviços.</p><p>Pelo Fim</p><p>Classificação que leva em consideração a destinação do lucro da empresa:</p><p>■ Fim lucrativo: são empresas que exploram uma atividade com objetivo</p><p>de lucro.</p><p>■ Fim não lucrativo: são empresas cujo objetivo é social. Os lucros são</p><p>revertidos para os custos da atividade. Como exemplo tem-se as ONGs.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>Pela Legislação</p><p>Microempreendedor individual é a pessoa que trabalha por conta própria e</p><p>que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um microempreendedor</p><p>individual, é necessário faturar no máximo até R$ 60.000,00 por ano e não ter</p><p>participação em outra empresa como sócio ou titular. O MEI também pode ter</p><p>um empregado contratado que receba o salário-mínimo ou o piso da categoria</p><p>(SOUZA JUNIOR, 2018).</p><p>A Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008, criou condições espe-</p><p>ciais para que o trabalhador conhecido como informal possa se tornar um MEI</p><p>legalizado. Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro</p><p>Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária,</p><p>o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais. Além disso, o MEI será</p><p>enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais (Imposto de</p><p>Renda e afins) (O QUE..., 2015).</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>1</p><p>4</p><p>Empresário Individual</p><p>O empresário individual (anteriormente chamado de firma individual) é aquele</p><p>que exerce em nome próprio uma atividade empresarial. É a pessoa física (natu-</p><p>ral) titular da empresa. O patrimônio da pessoa natural e o do empresário indivi-</p><p>dual são os mesmos, logo, o titular responderá de forma ilimitada pelas dívidas. É</p><p>importante salientar que o empresário individual pode obter diversos benefícios</p><p>ao se registrar como Microempreendedor Individual (MEI) (QUAIS..., 2020).</p><p>Sociedade limitada</p><p>Sociedade limitada é aquela que realiza atividade empresarial, formada por dois</p><p>ou mais sócios que contribuem com moeda ou bens avaliáveis em dinheiro para</p><p>formação do capital social. A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor do</p><p>capital social, porém respondem solidariamente pela integralização da totalidade</p><p>do capital, ou seja, cada sócio tem obrigação com a sua parte no capital social, no</p><p>entanto, poderá ser chamado a integralizar as quotas dos sócios que deixaram de</p><p>integralizá-las (QUAIS..., 2020).</p><p>“ Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita</p><p>ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela</p><p>integralização do capital social (COELHO, 2012, p. 437).</p><p>SOCIEDADE ANÔNIMA</p><p>A sociedade anônima, que recebe o nome de companhia, é pessoa jurídica de</p><p>direito privado formada por dois ou mais acionistas, de natureza eminentemente</p><p>empresarial, independentemente da atividade econômica desenvolvida por ela</p><p>(BRASIL, 1976), em que o capital social é dividido em ações de igual valor nomi-</p><p>nal, que são de livre negociabilidade, limitando-se a responsabilidade do acionis-</p><p>ta ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas. A companhia poderá</p><p>ser classificada em aberta ou fechada. O art. 4º da Lei das Sociedades Anônimas</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>as distingue: “Para os efeitos desta lei, a companhia é aberta ou fechada conforme</p><p>os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no</p><p>mercado de valores mobiliários” (BRASIL, 1976, on-line).</p><p>COOPERATIVAS:</p><p>a cooperativa é uma sociedade de pessoas, com forma e natureza jurídica própria, e,</p><p>independentemente de seu objeto, a Lei (BRASIL, 2002) a classifica como sociedade</p><p>simples, não sujeita à falência. É constituída para prestar serviços em proveito dos</p><p>associados, sem finalidade lucrativa (BRASIL, 1971).</p><p>GRUPO DE SOCIEDADES:</p><p>é aquele constituído formalmente por convenção aprovada pelas sociedades que o</p><p>compõem, com controle titularizado por uma sociedade brasileira, as quais forma-</p><p>lizam uma relação interempresarial por meio de convenção expressa, combinando</p><p>esforços na participação em atividades ou empreendimentos de interesse das socie-</p><p>dades integrantes (BRASIL, 1976).</p><p>SOCIEDADE EM NOME COLETIVO:</p><p>é onde todos os sócios devem ser pessoas físicas e respondem de maneira igual pelas</p><p>obrigações sociais, entretanto, poderão, entre si, definir suas obrigações, mas não</p><p>terão qualquer eficácia perante credores.</p><p>SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES:</p><p>sociedade em comandita simples é aquela constituída por sócios que possuem res-</p><p>ponsabilidade ilimitada e solidária pelas obrigações sociais e sócios que respondem</p><p>apenas pela integralização de suas respectivas cotas, sendo estes denominados de</p><p>comanditários e aqueles de comanditados.</p><p>SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES:</p><p>é aquela em que o capital social é dividido em ações, sendo que os acionistas res-</p><p>pondem apenas pelo valor da qual adquiriu, tendo os diretores responsabilidades em</p><p>razão das obrigações sociais.</p><p>1</p><p>1</p><p>REGIME TRIBUTÁRIO</p><p>O regime de tributação é um sistema que estabelece a cobrança de impostos de</p><p>cada CNPJ, de acordo com o montante da arrecadação. Além disso, ele também</p><p>vai depender de vários outros fatores inerentes ao negócio, como o porte, o tipo</p><p>de atividade exercida, o faturamento etc. No Brasil, são três os tipos de regime</p><p>tributário mais adotados: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional</p><p>(QUAIS..., 2020).</p><p>O Lucro Real é um regime tributário no Brasil aplicável a empresas que não</p><p>se enquadram no Simples Nacional e que não optam pelo Lucro Presumido.</p><p>Nesse regime, a tributação incide sobre o lucro líquido apurado contabilmente</p><p>pela empresa, considerando todas as receitas e despesas, de acordo com as nor-</p><p>mas contábeis e fiscais.</p><p>Ao contrário do Lucro Presumido, em que a tributação é baseada em uma</p><p>margem de lucro presumida, no Lucro Real, a empresa apura seu resultado contá-</p><p>bil, e, sobre esse lucro efetivo, são calculados o Imposto de Renda Pessoa Jurídica</p><p>(IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).</p><p>O Lucro Real exige uma contabilidade mais detalhada e o recolhimento dos</p><p>tributos de forma mais próxima à realidade econômica da empresa. Esse regime</p><p>é mais complexo, mas pode ser mais vantajoso para empresas com margens de</p><p>lucro menores ou que possuam prejuízo fiscal a ser compensado. A opção pelo</p><p>Lucro Real deve ser feita de forma anual, e uma vez escolhido, a empresa deve</p><p>seguir esse regime por todo o ano-calendário.</p><p>O Lucro Presumido é um regime tributário no Brasil aplicável a empresas</p><p>que não se enquadram no Simples Nacional e que não optam pelo Lucro Real.</p><p>Nesse regime, o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social</p><p>sobre o Lucro Líquido (CSLL) são calculados com base em uma margem de lucro</p><p>presumida pela Receita Federal.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Para abertura, registro e legalização da sociedade empresária limitada,</p><p>o que é</p><p>necessário fazer?</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>Ao contrário do Lucro Real, em que os tributos incidem sobre o lucro efetivo</p><p>apurado, no Lucro Presumido, a tributação é realizada sobre um percentual do</p><p>faturamento bruto, presumindo-se que uma determinada margem de lucro tenha</p><p>sido obtida. As alíquotas são fixas e variam de acordo com a atividade da empresa.</p><p>Empresas que se enquadram no Lucro Presumido podem ter uma tributação</p><p>mais simplificada em comparação com o Lucro Real, sendo uma opção interes-</p><p>sante para algumas organizações, especialmente aquelas com margens de lucro</p><p>mais elevadas em relação ao faturamento bruto.</p><p>O Simples Nacional é um regime tributário simplificado para micro e pe-</p><p>quenas empresas no Brasil. Esse sistema unifica o recolhimento de diversos im-</p><p>postos em uma única guia, facilitando a gestão fiscal e tributária para empresas</p><p>de menor porte. O Simples Nacional abrange impostos como ICMS, ISS, PIS,</p><p>Cofins, entre outros, proporcionando simplificação e redução da carga tributária</p><p>para as empresas enquadradas nesse regime. O acesso a esse regime é condi-</p><p>cionado ao faturamento anual da empresa, sendo uma opção vantajosa para</p><p>negócios de pequeno porte.</p><p>Para a empresa iniciar suas atividades e emitir notas fiscais, é muito impor-</p><p>tante entender sobre os principais impostos pagos e, dessa forma, manter a re-</p><p>gularidade fiscal.</p><p>■ Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ): o IRPJ é um impos-</p><p>to federal calculado sobre o lucro das empresas, tendo este um CNPJ</p><p>ativo. Os valores cobrados dependerão da atividade da empresa.</p><p>■ Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL): a Contri-</p><p>buição Social Sobre o Lucro é uma contribuição federal e representa</p><p>1,44% do preço de venda para os optantes do lucro presumido ou</p><p>arbitrado. Para as empresas sob regime de lucro real, a contribuição</p><p>social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda (LAIR),</p><p>com uma alíquota de 12%.</p><p>■ Programa de Integração Sociale Programa de Formação do</p><p>Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP): o PIS é uma</p><p>contribuição social federal com incidência na indústria, comércio</p><p>e serviços. As empresas comerciais estão sujeitas à contribuição para</p><p>1</p><p>8</p><p>o PIS na modalidade faturamento, sendo o valor da contribuição</p><p>obtido mediante a aplicação da alíquota de 0,65% sobre a receita</p><p>bruta mensal.</p><p>■ Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Co-</p><p>fins): o Cofins é uma contribuição federal, cobrada sobre o total do</p><p>faturamento nas mesmas condições do PIS, com alíquota de 3%,</p><p>dos quais 1% pode ser compensado no pagamento da CSSL. Incide</p><p>sobre a atividade industrial, comercial e de serviços.</p><p>■ Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Servi-</p><p>ços (ICMS): o ICMS é um imposto estadual cobrado sobre a circula-</p><p>ção de mercadorias e serviços de transporte interestadual, intermu-</p><p>nicipal e de comunicações, nas fases de produção e comercialização</p><p>da mercadoria, além dos serviços especificados na legislação.</p><p>■ Imposto Sobre Serviços (ISS): o ISS é um imposto municipal e inci-</p><p>de sobre a prestação de serviços, independentemente da sua natureza.</p><p>A apuração correta dos impostos e tributos a serem pagos é muito importante</p><p>para evitar pagamentos desnecessários. Do mesmo modo, deve-se atentar para</p><p>não pagar um valor menor do que o devido para o Fisco, evitando possíveis</p><p>multas no futuro (QUAIS..., 2020).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>PRECIFICAÇÃO</p><p>Todos os produtos adquiridos por uma farmácia ou drogaria, além de sua res-</p><p>pectiva conferência, conforme normas sanitárias e comerciais, deverão ser ca-</p><p>dastrados de forma correta, levando em conta os aspectos legais para não haver</p><p>sonegação de impostos, bem como não os pagar em duplicidade. Para isso, há</p><p>a necessidade de conhecer a legislação específica e pessoas bem treinadas para</p><p>tal tarefa. As margens sugeridas a seguir podem mudar conforme a necessidade</p><p>ou conforme a política de preços de cada estabelecimento. Numa farmácia ou</p><p>drogaria, é muito importante saber precificar, sendo que algumas margens são</p><p>definidas pelo governo no caderno de preços da Associação Brasileira do Co-</p><p>mércio Farmacêutico (ABCFARMA) (SOUZA JUNIOR, 2018).</p><p>A precificação deve ser coerente com os custos, oferecer valor agregado ao</p><p>cliente, seguir padrões de mercado e considerar a percepção de valor do con-</p><p>sumidor. Além disso, deve levar em consideração os diferenciais e benefícios</p><p>dos produtos ou serviços em questão para valorizar esse preço. Questões que</p><p>envolvem os pontos de vendas e os custos de distribuição também precisam</p><p>agregar um custo-benefício (SOUZA JUNIOR, 2018). Os objetivos da precifi-</p><p>cação de produtos são:</p><p>■ Maximizar o lucro das vendas.</p><p>■ Garantir competitividade no mercado.</p><p>■ Diferenciar o produto de outros similares.</p><p>■ Fortalecer o posicionamento da marca.</p><p>GESTÃO DE CUSTOS</p><p>Os gestores estão diante de um novo cenário de ordem econômica e social, que</p><p>impactam de forma incisiva na gestão. Os negócios têm agora outra configuração,</p><p>estão mais competitivos e com ganhos cada vez mais modestos. Hoje, a gestão dos</p><p>negócios requer mais dedicação e muita técnica. Aferir lucro é exigência maior de</p><p>qualquer atividade econômica, pois impacta nas demais funções da organização,</p><p>já que o lucro permite solidificar o seu patrimônio. No entanto, o lucro não se re-</p><p>sume a uma simples verificação da diferença entre preço e custo, receita e despesa,</p><p>8</p><p>1</p><p>o lucro é uma a consequência da soma das ações gerenciais como um todo: qua-</p><p>lidade, produtividade, planejamento, controle, entre outros (FERREIRA, 2007).</p><p>O impacto da concorrência provocou uma reflexão na estrutura e geren-</p><p>ciamento dos custos, considerando que contabilidade de custos das empresas</p><p>empregava técnicas que forneciam ao gestor somente as informações básicas dos</p><p>custos que, de posse delas, tomavam as decisões de investimentos e comerciali-</p><p>zação, técnicas cujo critério centrava no rateio dos custos fixos pela mão de obra</p><p>direta ou horas/máquina, por exemplo, ignorando fatores como contribuição,</p><p>variedade, complexidade e mudança (FERREIRA, 2007).</p><p>Para Ferreira (2007), o preço de venda era definido pela seguinte equação:</p><p>■ Custo + Lucro = preço de venda.</p><p>■ Custo: obtido pelo empresário.</p><p>■ Lucro: estabelecido pelo empresário.</p><p>■ Preço: resultante.</p><p>A concorrência, consequente da abertura de mercado, provocou uma mudança</p><p>substancial na concepção tradicional de custos. A empresa percebe então que</p><p>seu poder em determinar o preço de seus produtos e serviços migram para as</p><p>mãos do cliente, quando este passa a ser definido pelo mercado (FERREIRA, 2017).</p><p>APROFUNDANDO</p><p>O lucro de determinante passa a determinado nesta nova equação, fazendo com</p><p>que o gerenciamento eficaz dos custos se torne uma meta estratégica da organi-</p><p>zação, tendo como premissa o conhecimento, a análise e a otimização de seus</p><p>custos, na necessidade de competir neste mercado globalizado com produtos</p><p>e serviços cada vez mais competitivos. Essa nova realidade, segundo Ferreira</p><p>(2007), pode ser representada na seguinte equação:</p><p>■ Preço - Custo = lucro.</p><p>■ Preço: definido pelo mercado.</p><p>■ Custo: gerenciado pelo empresário.</p><p>■ Lucro: resultado.</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>CUSTO</p><p>Existem vários e diferentes conceitos sobre custo. Gestores que compreendem</p><p>esses conceitos e termos são capazes de melhor utilizarem as informações e evi-</p><p>tarem informações equivocadas de custos. Procuramos, dentro dessa grande</p><p>gama de conceitos, algumas definições de fácil compreensão e entendimento</p><p>e que sintetizam a essência e a importância desse assunto (FERREIRA, 2007):</p><p>■ Custo é recurso utilizado para atingir um objetivo específico.</p><p>■ Custo é o valor expresso em moeda corrente (R$) de atividades e materiais</p><p>efetivamente consumidos e aplicados na fabricação e comercialização</p><p>dos produtos.</p><p>■ Custo é a remuneração dos recursos financeiros, humanos e materiais</p><p>consumidos na fabricação e comercialização da venda.</p><p>■ Custo é o preço pelo qual se</p><p>obtém um bem.</p><p>O principal objetivo de conhecer e dominar o custo é aumentar a competitivi-</p><p>dade da empresa através de uma metodologia que determine os custos dos itens</p><p>comercializados, sua rentabilidade e sua viabilidade comercial e econômica.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>O que fazer para encontrar o equilíbrio entre concorrência, lucratividade e</p><p>rentabilidade?</p><p>8</p><p>1</p><p>Graves são as consequências, para a empresa, da ausência de informações sobre</p><p>os seus custos. Dentro delas podemos enumerar (FERREIRA, 2007):</p><p>■ Desconhecimento do lucro por produto fabricado.</p><p>■ Venda de produtos que podem não estar gerando o lucro necessário.</p><p>■ Aplicação do capital de giro através da fabricação para estoques de pro-</p><p>duto pouco rentável.</p><p>■ Um esforço de venda orientado para produtos menos lucrativos.</p><p>■ Desconhecimento dos custos das atividades da empresa.</p><p>■ Falta de informação necessária para incentivar ou fixar ações para redu-</p><p>ção de custo.</p><p>■ Menor lucro e menor rentabilidade.</p><p>■ Ameaças à estabilidade econômica, financeira e consequente crescimento</p><p>da empresa.</p><p>Os custos são todos os gastos relacionados especificamente à produção da mer-</p><p>cadoria ou prestação do serviço. Eles estão classificados em custos diretos e in-</p><p>diretos e em custos fixos e variáveis. Os custos fixos e variáveis, como os próprios</p><p>nomes dão a entender, referem-se à alteração que eles podem sofrer. Quando</p><p>um custo é frequente e ocorre todo mês, é chamado de custo fixo. Já quando ele</p><p>existe esporadicamente, oscilando devido à quantidade vendida, estamos falando</p><p>do custo variável.</p><p>Os custos diretos e indiretos, por sua vez, têm relação com a facilidade ou a dificul-</p><p>dade na atribuição de valor. Se definir o custo de determinado produto é mais fácil,</p><p>ele é considerado um custo direto. No entanto, se há maior dificuldade em atribuir</p><p>esse valor, ele é considerado um custo indireto (FERNANDES, 2018).</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>Custos fixos são aqueles cujos valores são os mesmos valores qualquer que seja o</p><p>faturamento da farmácia/drogaria. É o caso, por exemplo, do aluguel da farmácia,</p><p>custo da mão de obra (CMO), luz, água, telefone, pró-labore, taxas diversas etc.</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 4</p><p>PONTO DE EQUILÍBRIO E TOMADA DE DECISÕES</p><p>O Ponto de Equilíbrio, conhecido também como Ponto de Ruptura, é a conjun-</p><p>ção dos custos totais com as receitas totais. Desse modo, os custos e as despesas</p><p>fixas seriam totalmente absorvidos e, a partir daí, a empresa inicia seu retorno</p><p>do investimento com a obtenção de lucro. Segundo Ferreira (2007), o Ponto de</p><p>Equilíbrio, ou Break Even Point, aponta a necessidade mínima de faturamento</p><p>que a empresa precisa alcançar para fazer face às suas despesas operacionais.</p><p>Para Martins (1995, p. 257), o Ponto de Equilíbrio indica a capacidade mínima</p><p>que a empresa deve operar para não ter prejuízo. É, portanto, a relação entre o</p><p>volume de vendas e a lucratividade, determinando o nível de vendas necessário</p><p>para cobrir os custos operacionais. Ou ainda, é o ponto em que a empresa se</p><p>equilibra, servindo também para mostrar a magnitude dos lucros ou perdas da</p><p>empresa se as vendas ultrapassarem ou caírem para um nível abaixo desse ponto.</p><p>Podemos analisar o Ponto do Equilíbrio sobre três aspectos: ponto de equi-</p><p>líbrio financeiro, contábil e econômico.</p><p>■ Ponto de equilíbrio financeiro avalia a necessidade mínima de fatura-</p><p>mento da empresa sem considerar a depreciação, visto que a depreciação</p><p>não representa uma saída de caixa.</p><p>■ Ponto de equilíbrio contábil avalia a necessidade mínima de fatura-</p><p>mento da empresa, considerando a depreciação do imobilizado.</p><p>■ Ponto de equilíbrio econômico avalia a necessidade mínima de fatura-</p><p>mento da empresa, considerando a depreciação mais a remuneração do</p><p>capital dos sócios ou acionistas.</p><p>Todo esse conhecimento serve ao gestor para seguir o caminho correto, toman-</p><p>do decisões pertinentes ao seu negócio. Mesmo com serviço terceirizado, com</p><p>contratações de profissionais especializados, é necessário ter conhecimento para</p><p>gerenciar um negócio e acompanhar suas atualizações.</p><p>8</p><p>4</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>Após todo o estudo, é crucial que você, estudante, perceba que a gestão é fun-</p><p>damental para todo perfil de negócio, independentemente se for da área da</p><p>saúde, educação ou comunicação, por exemplo. Na farmácia, não é diferente.</p><p>Com o avanço das legislações do setor farmacêutico, com os diversos processos</p><p>que envolvem a comercialização e distribuição de medicamentos e com o aumen-</p><p>to dos cuidados relacionados à qualidade dos produtos, a gestão farmacêutica é</p><p>um campo de estudos fundamental.</p><p>É ela que regula a cadeia de suprimentos e toda a logística e qualidade da</p><p>produção das indústrias farmacêutica, farmoquímica e cosmética. Seu objetivo</p><p>é garantir que os medicamentos cheguem à população de forma rápida e eficaz,</p><p>evitando a escassez e promovendo o bem-estar das pessoas. É por isso que a</p><p>gestão farmacêutica vem se consolidando como uma área estratégica para quem</p><p>é formado em Farmácia.</p><p>Logo, você, especializado na área, encontra oportunidades em farmácias de</p><p>diferentes portes, nas redes farmacológicas de clínicas e hospitais, em laborató-</p><p>rios, nas distribuidoras e, até mesmo, no setor governamental.</p><p>UNIASSELVI</p><p>8</p><p>5</p><p>1. Equipes de alta performance estão constantemente participando de treinamentos. Investir</p><p>em treinamentos é necessário para a evolução das equipes, de forma que seu desempenho</p><p>seja compatível com os objetivos da organização.</p><p>Assinale a alternativa correta sobre o conceito do treinamento de pessoal:</p><p>a) Trata-se de uma ação planejada pela organização, um processo focado na aquisição/</p><p>modificação de comportamentos, voltado para melhorar o desempenho no trabalho.</p><p>b) Diz respeito àquelas ações educacionais de curta duração disponibilizadas pela</p><p>organização a seus trabalhadores em forma de manuais de procedimentos e/ou de</p><p>checklists de procedimentos aplicáveis a situações de trabalho.</p><p>c) Possui como sinônimo o conceito de educação aberta ou educação ao longo da vida,</p><p>operacionalizada por meio de cursos sucessivos oferecidos in company a trabalhadores</p><p>que necessitem se qualificar para cargos gerenciais.</p><p>d) Trata-se de ações pedagógicas ofertadas pela organização aos seus trabalhadores visan-</p><p>do ao desenvolvimento de novas habilidades, sendo realizadas sempre fora do horário</p><p>de trabalho e também do ambiente organizacional.</p><p>e) Resume iniciativas desenvolvidas unilateralmente por trabalhadores em busca de seu</p><p>aperfeiçoamento profissional, podendo ou não serem tomadas de comum acordo com</p><p>a organização.</p><p>2. Sociedade em comandita simples é aquela constituída por sócios que possuem respon-</p><p>sabilidade ilimitada e solidária pelas obrigações sociais e sócios que respondem apenas</p><p>pela integralização de suas respectivas cotas, sendo estes denominados de comanditários</p><p>e aqueles de comanditados.</p><p>A sociedade em comandita simples permite existir dois tipos de sócios que são os coman-</p><p>ditados e os comanditários. Segundo o Código Civil:</p><p>I. Os comanditados, pessoas físicas ou jurídicas, são responsáveis solidária e ilimitadamen-</p><p>te pelas obrigações sociais</p><p>II. Os comanditários são obrigados somente pelo valor de sua quota.</p><p>III. O contrato deve discriminar os comanditados e os comanditários.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>8</p><p>1</p><p>3. O Ponto de Equilíbrio, conhecido também como Ponto de Ruptura, é a conjunção dos</p><p>custos totais com as receitas totais. Desse modo, os custos e as despesas fixas seriam</p><p>totalmente absorvidos, e, a partir daí, a empresa inicia seu retorno do investimento com a</p><p>obtenção de lucro.</p><p>Com base nas informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta</p><p>entre elas:</p><p>I. No ponto de equilíbrio, o lucro da empresa é zero, ou seja, é quando os produtos vendidos</p><p>pagam todos os custos e despesas fixas e variáveis.</p><p>PORQUE</p><p>II. Ponto de equilíbrio é um índice muito simples</p><p>e fácil de calcular, que informa ao</p><p>empresário o faturamento mínimo necessário para cobrir todos os gastos do negócio</p><p>em um determinado período.</p><p>A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:</p><p>a) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.</p><p>b) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.</p><p>c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.</p><p>d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.</p><p>e) As asserções I e II são falsas.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>8</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ANJOS, T. dos. Gestão de pessoas: descubra tudo sobre. Marqponto, dez. 2021. Disponível em:</p><p>https://marqponto.com.br/blog/gestao-de-pessoas/. Acesso em: 22 mar. 2024.</p><p>BRASIL. Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008. Altera a Lei Complementar nº</p><p>123, de 14 de dezembro de 2006, altera as Leis nº 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.213, de 24 de</p><p>julho de 1991, 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, 8.029, de 12 de abril de 1990, e dá</p><p>outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2008. Disponível em: https://www.</p><p>planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp128.htm. Acesso em: 22 mar. 2024.</p><p>BRASIL. Lei nº 10 .406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília, DF: Presidên-</p><p>cia da República, 2002. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2002/lei-</p><p>-10406-10-janeiro-2002-432893-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em: 22 mar. 2024.</p><p>BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Bra-</p><p>sília, DF: Presidência da República, 1976. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/</p><p>leis/l6404consol.htm. Acesso em: 22 mar. 2024.</p><p>BRASIL. Lei nº 5 .764, de 16 de dezembro de 1971. Define a Política Nacional de Cooperativis-</p><p>mo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas, e dá outras providências. Brasília,</p><p>DF: Presidência da República, 1971. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/</p><p>l5764.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%205.764%2C%20DE%2016,cooperativas%2C%20e%20d%-</p><p>C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias. Acesso em: 22 mar. 2024.</p><p>COELHO, F. U. Curso de Direito Comercial: direito de empresa. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. 2 v.</p><p>FERNANDES, D. P. Quanto custa para produzir o seu produto ou serviço? Entenda tudo sobre</p><p>custos diretos, indiretos, fixos e variáveis. Treasy, 2018. Disponível em: https://www.treasy.com.</p><p>br/blog/custos-diretos-indiretos-fixos-e-variaveis/. Acesso em: 22 mar. 2024.</p><p>FERREIRA, J. A. Custos Industriais. São Paulo: Editora STS, 2007.</p><p>GUIMARÃES, B. Gestão de Pessoas: o que é, principais processos, objetivos e seus pilares. Gupy,</p><p>dez. 2023. Disponível em: https://www.gupy.io/blog/gestao-de-pessoas. Acesso em: 22 mar.</p><p>2024.</p><p>MACEDO, I. de I. de et al. Aspectos Comportamentais da Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro:</p><p>Editora FGV, 2003.</p><p>8</p><p>8</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>MARTINS, E. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 1995.</p><p>O QUE é necessário para me registrar como MEI? Meu sucesso, jan. 2015. Disponível em: https://</p><p>meusucesso.com/artigos/empreendedorismo/offseto-que-e-necessario-para-me-registrar-</p><p>-como-mei-401/. Acesso em: 22 mar. 2024.</p><p>QUAIS naturezas jurídicas a Contabilizei abre empresas? Contabilizei, 2020. Disponível em: ht-</p><p>tps://suporte.contabilizei.com.br/hc/pt-br/articles/212235423-Quais-naturezas-jur%C3%ADdi-</p><p>cas-a-Contabilizei-abre-empresas. Acesso em: 22 mar. 2024.</p><p>SOUZA JUNIOR, P. M. de. Gestão em Farmácia. Itajaí: Associação dos Farmacêuticos Proprietá-</p><p>rios de Farmácias do Brasil, 2018.</p><p>8</p><p>9</p><p>1. Alternativa A.</p><p>2. Alternativa D.</p><p>3. Alternativa A.</p><p>GABARITO</p><p>9</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>9</p><p>1</p><p>MINHAS METAS</p><p>EMPREENDEDORISMO E</p><p>MARKETING FARMACÊUTICO</p><p>Ampliar a compreensão sobre empreendedorismo, elucidando seu significado e</p><p>explorando as razões que fundamentam sua aplicação.</p><p>Compreender como tornar-se um empreendedor de excelência, identificando as</p><p>habilidades e competências necessárias.</p><p>Empregar a pesquisa de mercado como uma ferramenta estratégica para impulsionar</p><p>a inovação.</p><p>Utilizar a abordagem da assistência farmacêutica como um recurso estratégico para</p><p>promover o empreendedorismo no setor farmacêutico.</p><p>Compreender marketing farmacêutico, familiarizando-se com terminologias específicas</p><p>e aprendendo a aplicá-lo no cotidiano.</p><p>Conhecer as legislações e normativas brasileiras vigentes que regulamentam o marketing.</p><p>Analisar as estratégias empregadas pela indústria farmacêutica na promoção de</p><p>seus produtos.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 5</p><p>9</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Já ponderou sobre seus planos após a conclusão do curso superior? Muitos optam</p><p>por empreender, mas surge a questão: como identificar oportunidades, desen-</p><p>volver ideias e compreender as necessidades do mercado? Este tema abordará</p><p>exatamente esses aspectos, ensinando como empreender e utilizar o marketing</p><p>de maneira estratégica para conduzir seu negócio ao sucesso.</p><p>À medida que você se aproxima da conclusão do curso superior, surge a</p><p>empolgante perspectiva de iniciar sua própria jornada empreendedora. Neste</p><p>contexto, exploraremos a dinâmica das startups e estratégias inovadoras,</p><p>orientando-o na identificação de oportunidades e no desenvolvimento de ideias</p><p>disruptivas, capazes de atender às demandas do mercado em constante evolução.</p><p>No âmbito do empreendedorismo sustentável e ecológico, oferecemos uma</p><p>visão única sobre como moldar seu futuro. Este tema aborda a identificação de</p><p>oportunidades alinhadas com práticas ambientais responsáveis, incentivando</p><p>a criação de ideias de negócios que não apenas prosperem no mercado, mas</p><p>também promovam a sustentabilidade. Aprenderemos a utilizar estratégias de</p><p>marketing para destacar a responsabilidade ambiental, diferenciando seu em-</p><p>preendimento e contribuindo para um impacto positivo.</p><p>De uma maneira leve e informativa, você está convidado para ouvir nosso podcast</p><p>que trata sobre o marketing da indústria farmacêutica. Recursos de mídia disponí-</p><p>veis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Antes de entrarmos no tema, você conhecerá um pouco mais da história do</p><p>marketing, quem o criou e como foi sua evolução até agora. Apresentaremos aqui</p><p>também os acontecimentos históricos que mudaram a forma de fazer o marketing.</p><p>Vamos lá? Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual</p><p>de aprendizagem.</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>NOÇÕES BÁSICAS DE EMPREENDEDORISMO</p><p>O empreendedorismo pode ser caracterizado como um procedimento no qual</p><p>se consegue algo criativo e inovador, tendo como principal objetivo a criação e</p><p>aumento da riqueza, valor para indivíduos e para a sociedade de maneira geral,</p><p>relacionando-se à capacidade das pessoas em enxergar a chance de criação de</p><p>alguma coisa nova, como também o reconhecimento de uma oportunidade para</p><p>ampliar um novo mercado. O conhecimento da formação e gestão de empresas</p><p>floresceu no último século, com foco na gestão e estratégia de gestão (MEN-</p><p>DONÇA; VALDISSER, 2019).</p><p>O empreendedorismo tornou-se assim uma atividade que contribui para</p><p>o desenvolvimento do país de várias formas, isto é, a veia empreendedora das</p><p>pessoas que querem desenvolver projetos, abrir empresas, gerar renda para si e</p><p>seus funcionários (MENDONÇA; VALDISSER, 2019). Empreendedor é aquele</p><p>que imagina, desenvolve e realiza visões. É, literalmente, aquele que faz acontecer.</p><p>O empreendedorismo é uma atividade essencial para o desenvolvimento</p><p>do país. Empreendedores são agentes de inovação, criando negócios que ge-</p><p>ram empregos, melhoram a qualidade de vida e impulsionam o crescimento</p><p>econômico. Eles também promovem a transformação social, diversificação de</p><p>negócios e inspiram talentos, contribuindo para um futuro próspero e sustentá-</p><p>vel. O interesse pelo ramo de empreendedorismo é cada vez mais crescente no</p><p>meio econômico, isso porque muitos empreendedores, após terem identificado</p><p>alguma oportunidade de negócios,</p><p>constituem novas empresas, buscando a in-</p><p>dependência profissional e a satisfação pessoal. Os autores Brancher, Oliveira e</p><p>Roncon (2012) frisam a significativa contribuição dos empreendedores para a</p><p>economia, devido à capacidade de gerar empregos, disponibilizar novos produtos</p><p>e estabelecer redes de pequenos negócios; afirmam que o empreendedorismo é</p><p>um tema que tem despertado cada vez mais o interesse de pesquisadores e tem</p><p>ganhado destaque na literatura, refletindo um número crescente de publicações.</p><p>9</p><p>4</p><p>Atualmente, para manter-se no mercado e aumentar a competitividade é</p><p>necessário inovar-se. Como consequência da ausência de empreendedorismo,</p><p>vê-se na maioria das vezes um alto índice de desemprego decorrente da alta mor-</p><p>talidade das empresas. Sem outra solução, os ex-funcionários começam a abrir</p><p>sua própria empresa, na maioria das vezes, sem aprendizado, conhecimento e</p><p>fazendo uso do que resta das economias pessoais (DORNELAS, 2005).</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Outra questão que deve ser percebida e adotada para que os empreendedores</p><p>tenham sucesso é a implementação da gestão do conhecimento, que está ligado</p><p>à capacidade que a empresa possui de combinar várias fontes de conhecimento</p><p>organizacional desenvolvendo capacidade e competência para inovar e se tornar</p><p>mais competitiva. Segundo Stewart (2002) “o conhecimento é a própria razão</p><p>de ser da empresa”. Não há como falar em gestão do conhecimento sem falar</p><p>também de habilidades e competências; no contexto deste artigo, habilidade é a</p><p>capacidade para se fazer alguma coisa, mas que para realizar necessita de ação.</p><p>O empreendedor necessita agir, para garantir a sobrevivência de seu negócio. A</p><p>competência se manifesta pelos resultados conseguidos. Nesse contexto, inicial-</p><p>mente, há necessidade de enfoque na questão das habilidades</p><p>e ou características empreendedoras que devem ser desen-</p><p>volvidas para alcançar esse objetivo.</p><p>PASSOS PARA COMEÇAR A EMPREENDER</p><p>Embarcar na jornada empreendedora é uma experiência em-</p><p>polgante, repleta de desafios e oportunidades únicas. Para</p><p>converter suas ideias em ações e forjar seu próprio caminho</p><p>no mundo dos negócios, é essencial cultivar ideias robustas,</p><p>elaborar um planejamento estratégico sólido, dedicar tempo a estudos pertinen-</p><p>tes, estabelecer parcerias estratégicas e, acima de tudo, agir prontamente para</p><p>transformar seus sonhos em realidade. Nessa trajetória dinâmica, cada passo é</p><p>crucial na construção do seu sucesso empresarial, como veremos a seguir:</p><p>É notável a aspiração do brasileiro pelo empreendedorismo: a maioria prefere</p><p>ter um negócio próprio a ser empregado ou funcionário de terceiros. E mais, em-</p><p>preender é considerado um meio de alcançar mais prazer, autonomia e realização.</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>9</p><p>1</p><p>IDEIAS:</p><p>é necessário no mundo do empreendedorismo ser criativo e aceitar novas ideias para</p><p>soluções de problemas ou para melhorias da empresa. O importante aqui é não julgar</p><p>as ideias apresentadas e construir com estas novas perspectivas almejadas.</p><p>PLANEJAMENTO:</p><p>para montar um negócio de sucesso, é necessário ter um planejamento. Ter as suas ideias</p><p>colocadas em prática e notar se estas podem ser implantadas no seu negócio. É no pla-</p><p>nejamento que metas e prazos devem ser estipulados, quais valores serão investidos e</p><p>quanto tempo de retorno é esperado do investimento .É importante saber qual objetivo, de</p><p>que maneira será alcançado este objetivo e quanto tempo será gasto para isso.</p><p>ESTUDE:</p><p>aqui é feito a pesquisa de mercado. A Pesquisa de Mercado é uma ferramenta impor-</p><p>tante para que se obtenha informações valiosas sobre o mercado em que atua ou pre-</p><p>tende atuar. Quanto maior o conhecimento sobre o mercado, clientes, fornecedores,</p><p>concorrentes, melhor será o desempenho do negócio.</p><p>BUSQUE PARCERIAS:</p><p>ninguém consegue atingir o sucesso sozinho, para que o negócio seja bem-sucedido, é</p><p>necessário parceiros que acreditem no seu produto/serviço. Um bom exemplo disso são as</p><p>plataformas digitais onde poderá ser disponibilizado seu produto/serviço para ser vendido.</p><p>NÃO PERCA TEMPO:</p><p>seja por medo, por falta de conhecimento ou pouco dinheiro, se amedrontam e não</p><p>seguem em frente com seu empreendimento. Obviamente, é importante não deixar de</p><p>planejar e saber se poderá arcar com seu negócio. No entanto, empreender também é</p><p>confiar em si e confiar que o projeto de negócio dará certo.</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Ao começar um negócio novo, muitos empreendedores têm feito a opção pela</p><p>incubadora de empresas e startups. A incubadora de empresas é um ambiente</p><p>planejado e protegido que serve para desenvolver os empreendimentos que de-</p><p>sejam investir em novos projetos.</p><p>Por isso, a incubadora oferece apoios gerencial e técnico com serviços de</p><p>recepção, internet, telefone, secretaria, salas de reunião, ou seja, a estrutura ne-</p><p>cessária para que se possa desenvolver o negócio.</p><p>Além disso, a incubadora possibilita parcerias e oportunidades para que você,</p><p>como empreendedor, realize seu sonhado projeto empresa.</p><p>Uma startup é uma empresa jovem e inovadora, focada em criar um modelo</p><p>de negócio escalável, oferecendo soluções para desafios específicos. Embora</p><p>muitas vezes ligada ao setor digital e tecnológico, pode representar qualquer</p><p>empreendimento inovador. São características de uma startup: inovação,</p><p>escalabilidade, incerteza, cultura empreendedora, flexibilidade, velocidade e</p><p>financiamento externo.</p><p>Uma das características mais importantes de uma startup é sua capacidade de</p><p>escalar rapidamente. Uma startup também costuma ter custos de operação que</p><p>crescem proporcionalmente a uma taxa mais lenta do que sua receita, à medida</p><p>que a empresa ganha escala.</p><p>EMPREENDEDORISMO FARMACÊUTICO</p><p>A respeito das habilidades que o empreendedor do ramo farmacêutico precisa</p><p>possuir, mencionamos o profissional Graduado em Farmácia, que é proprietário</p><p>e que está à frente da Gerência de um laboratório, de uma farmácia ou qualquer</p><p>outra instituição do ramo farmacêutico.</p><p>Entende-se que para o empreendedor da área de farmácia seja imprescindí-</p><p>vel desenvolver a habilidade chamada de conhecimento do ramo, pois o setor</p><p>não pode admitir erros técnicos. No contexto deste trabalho, entende-se que o</p><p>empreendedor deve apresentar conhecimentos técnicos, ou, conhecimento do</p><p>ramo, a respeito do seu negócio.</p><p>9</p><p>8</p><p>No caso da venda de medicamentos, o empreendedor da área de farmácia deve</p><p>conhecer a fórmula de composição do medicamento, e para que enfermidade</p><p>ele é indicado, se pode ou não ser vendido sem prescrição médica. Deve ainda</p><p>saber tomar os cuidados necessários com os medicamentos, sem descuidar da</p><p>observância das normas sanitárias relativas ao ambiente e às condições de arma-</p><p>zenamento, deve-se atentar para os prazos de validade e as características ma-</p><p>croscópicas dos produtos, buscando identificar possíveis variações que indiquem</p><p>evidente alteração ou degradação do produto (CRF-SP, 2015). No caso da venda</p><p>de medicamentos, os farmacêuticos devem prestar toda assistência farmacêutica</p><p>necessária. As funções da Assistência Farmacêutica estão incluídas no ciclo da</p><p>Assistência Farmacêutica, que é composto pelas seguintes etapas:</p><p>■ Seleção.</p><p>■ Programação.</p><p>■ Aquisição.</p><p>■ Armazenamento.</p><p>■ Distribuição.</p><p>■ Dispensação e uso.</p><p>ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA</p><p>As atividades relacionadas ao manejo do medicamento são o que configuram a</p><p>Assistência Farmacêutica. Normalmente, propõem-se a apoiar as ações de saúde</p><p>demandadas por uma comunidade. Elas envolvem:</p><p>A leitura da resolução RDC nº 96, de 17 de dezembro de 2008, que dispõe sobre a</p><p>propaganda, publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo seja a divul-</p><p>gação ou promoção comercial de medicamentos. Recursos de mídia disponíveis</p><p>no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>EU INDICO</p><p>UNIASSELVI</p><p>9</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>■ O abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas</p><p>etapas constitutivas.</p><p>■ A conservação e controle de qualidade, segurança</p><p>e a eficácia terapêutica</p><p>dos medicamentos.</p><p>■ O acompanhamento e a avaliação da utilização, obtenção e a difusão de</p><p>informação sobre medicamentos.</p><p>■ A educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da co-</p><p>munidade para assegurar o uso racional de medicamentos.</p><p>Etapas da Assistência Farmacêutica:</p><p>SELEÇÃO:</p><p>é o 1º passo para a efetiva implantação de uma política de medicamentos essenciais.</p><p>Baseada em critérios de eficácia, segurança e custos.</p><p>PROGRAMAÇÃO:</p><p>é a estimativa das quantidades necessárias por um período, para atendimento das</p><p>necessidades do mercado, através da análise de quanto é consumido.</p><p>AQUISIÇÃO:</p><p>conseguir que sejam efetivamente comprados os produtos desejados, com a qualida-</p><p>de necessária, pelos melhores preços e com a agilidade que o sistema requer.</p><p>ARMAZENAGEM:</p><p>garantir a manutenção dos atributos especiais dos medicamentos (eficácia segurança</p><p>e qualidade), em todas as etapas: produção e comercialização; armazenamento e</p><p>transporte; distribuição até o consumo.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>HABILIDADES NECESSÁRIAS AO FARMACÊUTICO</p><p>Para Wood Junior e Picarelli Filho (2004), as habilidades são determinadas de</p><p>acordo com a realidade de cada organização. Relacionamento interpessoal é uma</p><p>habilidade que está relacionada aos conceitos de empreendedorismo e entende-</p><p>-se como a comunicação que o empreendedor deve desenvolver com a rede de</p><p>contatos, no caso, fornecedores e clientes.</p><p>É incumbência do farmacêutico garantir uma recepção acolhedora e uma</p><p>abordagem adequada aos usuários, utilizando as técnicas e procedimentos</p><p>apropriados estabelecidos para essa finalidade (CRF-SP, 2015).</p><p>Planejamento e organização é uma habilidade empreendedora que se re-</p><p>fere aos aspectos legais (registros na Junta Comercial, Receita Federal, Secretaria</p><p>da Fazenda, Prefeitura do Município, INSS, Ministério da Saúde, Conselho Re-</p><p>gional de Farmácia, obtenção dos Alvarás da Vigilância Sanitária e da ANVISA,</p><p>além da definição de um Responsável técnico habilitado – Farmacêutico) para</p><p>o funcionamento de uma farmácia.</p><p>DISTRIBUIÇÃO:</p><p>consiste no fornecimento de medicamentos às unidades de saúde, em quantidade,</p><p>qualidade e tempo oportuno. A distribuição de medicamentos deve garantir rapidez e</p><p>segurança na entrega, eficiência no controle e informação.</p><p>DISPENSAÇÃO:</p><p>deve assegurar que o medicamento, de boa qualidade, seja entregue ao paciente cer-</p><p>to, na dose prescrita, na quantidade adequada, que sejam fornecidas as informações</p><p>suficientes para o uso correto e conservação de forma a preservar a qualidade do</p><p>produto. A dispensação de medicamentos deve ser vista como uma ação de saúde.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>E o empreendedor do ramo farmacêutico deve ainda observar os objetos que</p><p>serão necessários para o funcionamento de uma farmácia, como: material de</p><p>expediente, definição de pessoal, serviços de terceiros, infraestrutura tais como</p><p>energia elétrica, telefone, internet, despesas jurídicas, com gráfica e outras.</p><p>Ainda temos a habilidade buscando metas e objetivos, o farmacêutico em-</p><p>preendedor deve trazer os bons resultados de seu negócio, além de seguir os</p><p>procedimentos corretos para aumentar a qualidade das ações dentro do negócio.</p><p>NOÇÕES SOBRE MARKETING</p><p>Marketing é a ciência e a arte de explorar, criar e entregar valor para satisfazer</p><p>às necessidades de um mercado-alvo com lucro. O marketing identifica neces-</p><p>sidades e desejos não realizados. Ele define, mede e quantifica o tamanho do</p><p>mercado identificado e o potencial de lucro. Ele aponta quais os segmentos que a</p><p>empresa é capaz de servir melhor e que projeta e promove os produtos e serviços</p><p>adequados (KOTLER, 2000).</p><p>Marketing 4 .0</p><p>Este livro comprova mais uma vez porque Philip Kotler é consi-</p><p>derado o pai do marketing moderno. Agora, junto com Herma-</p><p>wan Kartajaya e Iwan Setiawan, Kotler examina as importantes</p><p>transformações na passagem do marketing tradicional para o</p><p>digital (4.0). Eles mostram não só como a conectividade alterou</p><p>de forma radical o modo como vivemos, mas como entender</p><p>os caminhos do consumidor na era digital e adotar um conjunto</p><p>novo de métricas e práticas de marketing.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>Ou seja, o Marketing é uma série de estratégias, técnicas e práticas que tem o</p><p>principal objetivo de agregar valor às determinadas marcas ou produtos, a fim</p><p>de atribuir uma maior importância delas para um determinado público-alvo:</p><p>os consumidores.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Os 4Ps (promoção, preço, praça e produto) influenciam na maneira como</p><p>as estratégias devem ser montadas e também atuam na forma como o mercado</p><p>responde aos investimentos.</p><p>Para alcançar os interesses da empresa, o Marketing segue algumas orientações:</p><p>■ Orientação para produção: na orientação para produção, a concep-</p><p>ção é que os consumidores preferem produtos baratos e fáceis de serem</p><p>encontrados, pois eles não estão interessados em refinamentos, mas sim</p><p>no próprio produto.</p><p>■ Orientação para o produto: nesse caso, acredita-se no poder da qua-</p><p>lidade e do desempenho do produto ou serviço que é comercializado.</p><p>■ Orientação para venda: essa orientação para marketing defende que os</p><p>consumidores não compram em quantidades suficientes. Diante disso, as</p><p>empresas se esforçam, com promoções e estratégias de venda, de modo</p><p>que a resistência natural delas seja quebrada e, com isso, a empresa con-</p><p>siga gerar sempre mais e mais compras.</p><p>O marketing estuda o mercado em que se pretende trabalhar, isso se faz através</p><p>da análise SWOT, que aprendemos no planejamento estratégico.</p><p>Como será segmentado o mercado? Por sexo, raça, religião, classe social, faixa</p><p>etária, região geográfica? Para fundamentar o plano, tente obter dados que o au-</p><p>xiliem a dimensionar o mercado.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Atualmente, os tipos de mercado de atuação são classificados de acordo com o</p><p>contexto em qual está inserida. As estruturas de mercado dependem fundamen-</p><p>talmente do tamanho do mercado, do tipo de produto ou serviço disponibilizado</p><p>e da presença ou ausência de barreiras à entrada de novos concorrentes. São</p><p>classificados como:</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>Marketing Indireto:</p><p>onde a marca ou produto de determinada</p><p>empresa aparece subliminarmente</p><p>estampada em algum lugar. Exemplo: marcas</p><p>estampadas em camisetas de jogadores e</p><p>personagens de filmes utilizando as marcas.</p><p>Marketing sazonal:</p><p>algumas oportunidades de marketing</p><p>surgem apenas em determinadas épocas do</p><p>ano. Normalmente, em feriados tradicionais.</p><p>Marketing em relações públicas:</p><p>é um processo de longo prazo de construção</p><p>e manutenção de relações positivas entre a</p><p>empresa e seus ambientes mais próximos.</p><p>Exemplo: a Apple lançando o Iphone.</p><p>Marketing de Fidelização:</p><p>transforma os clientes em evangelistas</p><p>da marca, criando profundo laço com os</p><p>consumidores. Times de futebol, grupos</p><p>de vinho são grandes exemplos de boas</p><p>aplicações em Marketing de Fidelização.</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>Marketing Promocional:</p><p>aquele que oferece vantagens e incentivos</p><p>para os potenciais consumidores em troca</p><p>de um potencial comprador reconhecer que</p><p>uma marca é membro de uma categoria de</p><p>produtos. Ex: cupons de desconto.</p><p>Marketing de Guerrilha:</p><p>marketing com muito impacto, que em pouco</p><p>tempo tem a possibilidade de trazer clientes</p><p>e se utiliza de soluções criativas.</p><p>Marketing de exclusividade:</p><p>geralmente, são ações ligadas a produtos</p><p>do mercado de luxo, mas nem sempre são</p><p>restritas a este nicho. Produtos de tiragem</p><p>limitada ou versões exclusivas.</p><p>MARKETING FARMACÊUTICO</p><p>Para nortear decisões e ações da farmácia, o consumidor deve ser o centro de</p><p>todo o processo, além da compreensão do papel estratégico das farmácias na</p><p>disponibilização integrada de produtos e serviços à promoção, prevenção, cura</p><p>e reabilitação de saúde.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>No entanto, para que sejam possíveis os níveis de lucratividade e retorno</p><p>sobre o investimento no competitivo setor farmacêutico, é necessário, por parte</p><p>dos profissionais, o desenvolvimento de novas</p><p>competências, habilidades e</p><p>flexibilidade. Assim, o planejamento de marketing se apresenta como importante</p><p>ferramenta para se estabelecer decisões administrativas e gerenciais de curto,</p><p>médio e longo prazos, visando à busca da fidelização dos clientes e à conquista</p><p>de novos, através do cumprimento da missão da prática farmacêutica na cadeia</p><p>de distribuição de medicamentos (COMFAR, 2008).</p><p>O marketing pressupõe que clientes com necessidades e poder aquisitivo dife-</p><p>rentes tendem a realizar compras, levando em consideração o bom atendimento,</p><p>o benefício e o preço e a logística que a empresa fornece.</p><p>Todo estabelecimento farmacêutico, por menor que seja, deve ter o seu pla-</p><p>nejamento estratégico para médio e longo prazos, levando em conta a sua missão</p><p>e os objetivos da organização. Cada estabelecimento farmacêutico deve preparar</p><p>seus planos funcionais, incluindo o de marketing.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>O processo de gestão de marketing está diretamente relacionado a três pontos</p><p>principais:</p><p>■ Capacidade de estoque de produtos, diversidade de serviços, tendo um</p><p>mix (em quantidades e variedades) que atenda às necessidades e/ou de-</p><p>sejos do cliente.</p><p>■ Capacidade de distribuição, velocidade de entregar produtos ou serviços.</p><p>■ Capacidade de atendimento com pessoas em quantidade e com compe-</p><p>tências suficientes para um atendimento diferenciado (COMFAR, 2008).</p><p>O marketing para atingir seus objetivos leva em consideração a análise das opor-</p><p>tunidades de mercado, isso se faz através de instrumentos de marketing, o mais</p><p>utilizado é o 4 Ps.</p><p>Entre as diversas formas de classificar os instrumentos de marketing, a mais co-</p><p>nhecida foi proposta por McCarthy (1997) e denominada 4Ps:</p><p>• Produto.</p><p>• Preço.</p><p>• Praça (a localização do estabelecimento).</p><p>• Promoção (a forma de comunicar seus produtos e serviços).</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>DECISÕES SOBRE PRODUTOS, LOCALIZAÇÃO, LAYOUT E</p><p>COMUNICAÇÃO</p><p>No dinâmico universo empresarial, as decisões estratégicas desempenham um</p><p>papel fundamental no sucesso e na sustentabilidade de um empreendimento.</p><p>Ao compreender a importância dessas decisões, os gestores têm a capacidade</p><p>de otimizar recursos, promover experiências positivas aos clientes e posicionar</p><p>a empresa de maneira competitiva no mercado. Vamos adentrar nesse panora-</p><p>ma estratégico para compreender as nuances que envolvem cada uma dessas</p><p>decisões essenciais:</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 5</p><p>DECISÕES SOBRE PRODUTOS:</p><p>as decisões sobre quais produtos e linhas comercializar deve estar alicerçada na</p><p>análise do potencial destes em maximizar as vendas, no volume de estoque ideal, nos</p><p>níveis de giro, no capital de giro necessário, no layout, no tamanho da loja e na possi-</p><p>bilidade de se explorar a sinergia entre os produtos através do gerenciamento de ca-</p><p>tegorias, entre outras. O objetivo da precificação não deve ser o de somente recuperar</p><p>custos, mas, sim, o de refletir o valor dos produtos e serviços na mente do consumidor.</p><p>DECISÕES SOBRE LOCALIZAÇÃO:</p><p>a determinação do local do negócio deve ser baseada em observações e na utilização</p><p>de métodos e sistemas de levantamento que permitam a previsão do potencial de</p><p>vendas e da atratividade do ponto ou região, e não apenas por critérios subjetivos,</p><p>como entusiasmo por um ponto desocupado, baixo valor do aluguel ou outras oportu-</p><p>nidades em termos imobiliários.</p><p>DECISÕES SOBRE LAYOUT:</p><p>o projeto de layout deve considerar, além da utilização racional de espaços, a maxi-</p><p>mização das operações e conveniências para os clientes, de forma a contribuir com</p><p>uma experiência positiva de compra, com lucratividade e retorno do investimento da</p><p>área ocupada.</p><p>DECISÕES SOBRE COMUNICAÇÃO:</p><p>para que seja possível informar ao público-alvo o que a empresa tem a oferecer em</p><p>termos de produtos, serviços, preços e localização, é necessário ao estabelecimento</p><p>ter formas de comunicação coerentes com o perfil de quem irá receber estas mensa-</p><p>gens e de acordo com o posicionamento estratégico da empresa.</p><p>Finalizando, empreendedorismo e marketing trabalham em conjunto para o</p><p>sucesso do negócio. Ambos com ações satisfatórias, eles favorecem a construção</p><p>de uma marca forte, melhoram o relacionamento e engajamento com os clientes</p><p>e criam produtos e serviços de valor para o mercado.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>Quando você se propor a abrir um negócio, é importante que você aplique os</p><p>temas de empreendedorismo e marketing repassados, isso para obter sucesso</p><p>no seu empreendimento. Perceba: quando o empreendedorismo e marketing</p><p>são aplicados de uma maneira correta, eles podem transformar o seu empreen-</p><p>dimento em um negócio próspero.</p><p>Estudante, se o seu objetivo é ter um negócio próprio, você precisa exercer as</p><p>habilidades de um empreendedor de sucesso com criatividade, resiliência e poder</p><p>de liderança. O marketing é um instrumento de grande valia, pois cria valor ao</p><p>produto e expõe ele ao mercado.</p><p>Boa sorte em sua empreitada! Que você aplique tudo o que aprendeu!</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>1. Ao começar um novo negócio, muitos empreendedores têm feito a opção pela incubadora</p><p>de empresas e startups. A incubadora de empresas é um ambiente planejado e protegido,</p><p>que serve para desenvolver os empreendimentos que desejam investir em novos projetos.</p><p>Por isso, a incubadora oferece apoios gerencial e técnico, com serviços de recepção, inter-</p><p>net, telefone, secretaria, salas de reunião, ou seja, a estrutura necessária para que se possa</p><p>desenvolver o negócio. Além disso, a incubadora possibilita parcerias e oportunidades</p><p>para que você, como empreendedor, realize seu sonhado projeto ou empresa. Por meio</p><p>da incubadora, o empresário tem um serviço de assessoria voltado às áreas de gerência,</p><p>contabilidade, jurídica, gestão financeira, apuração, controle de custo e exportação.</p><p>Com relação às incubadoras de empresa, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) São criadas para dar suporte exclusivamente a empresas de base tecnológica.</p><p>b) O surgimento das incubadoras está relacionado à preocupação com a criação de novas</p><p>empresas, e o tema da inovação é um assunto individual de cada empresa.</p><p>c) O movimento de incubação nasceu no Brasil, pouco depois do início da industrialização</p><p>tardia, por volta de 1950.</p><p>d) O objetivo de uma incubadora é abrigar as empresas, de forma que as pequenas em-</p><p>presas se tornem grandes, sem sofrer a pressão da concorrência.</p><p>e) Existe uma relação direta entre incubadoras e empreendedorismo.</p><p>2. O empreendedorismo é a competência de criar um negócio do zero e gerenciar essa em-</p><p>presa de forma a gerar retorno positivo (valor). Muita gente associa a habilidade de em-</p><p>preender com a geração de lucro, pura e simples, mas essa não é uma verdade absoluta.</p><p>Empreendedorismo não é apenas abrir empresa, mas uma solução para muitas das dores</p><p>de consumidores e da sociedade como um todo. Boa parte das angústias contemporâ-</p><p>neas estão relacionadas ao trabalho ou ao dinheiro. Além disso, ao empreender, você tem</p><p>a possibilidade de realizar o seu sonho: ganhar a vida fazendo o que gosta. Seja qual for o</p><p>seu hobby, acredite, é possível transformá-lo em um negócio (Fia Business School, 2021).</p><p>Fonte: https://fia.com.br/blog/empreendedorismo/. Acesso em: 22 mar. 2024.</p><p>Acerca do empreendedorismo, analise as sentenças a seguir:</p><p>I. Um sujeito que inicia uma nova empresa pode ser considerado um empreendedor.</p><p>II. O empreendedor é aquele que inicia um novo negócio, tomando os riscos associados</p><p>ao insucesso e os retornos obtidos com o sucesso.</p><p>III. Para ser considerado empreendedor, necessita-se abrir uma nova empresa.</p><p>IV. O empreendedorismo social não pode vir acompanhado de fins lucrativos.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I e II, apenas.</p><p>b) II e III, apenas.</p><p>c) III e IV, apenas.</p><p>d) I, II e III, apenas.</p><p>e) II, III e IV, apenas.</p><p>3. A ação empreendedora permite deslocar o foco da figura do empreendedor como</p><p>agente solitário de transformação de recursos em atividades produtivas, apresentando</p><p>características especiais e diferenciadas em relação a outros agentes</p><p>tangível, gerenciável e pode ser medida. Crosby além disso enfatiza</p><p>que, para atingir a excelência na qualidade, haverá a necessidade da formação de</p><p>uma equipe de melhoria, fazer com que dê certo a primeira vez, especificando</p><p>muito bem todos os processos e avaliação dos custos de qualidade.</p><p>A qualidade tem duas dimensões; a primeira é o perfil do produto que atende</p><p>às necessidades do cliente; a segunda é a ausência de defeitos (JURAN, 2010).</p><p>A qualidade pode ser avaliada depois que o serviço foi repassado ao cliente</p><p>(através de considerações e reclamações), antes do serviço ser repassado ao</p><p>cliente (retrabalhos, refugos). Para a qualidade ser eficiente, é necessário que</p><p>haja inspeções, testes e auditorias, para que através dos processos de prevenção</p><p>e controle seja possível evitar erros.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Neste caso, confiabilidade de um processo e serviço de saúde quer dizer o quê?</p><p>Figura 1 – Philip Crosby / Fonte: https://upload.wikime-</p><p>dia.org/wikipedia/commons/9/92/PHILIP_CROSBY.jpg.</p><p>Acesso em: 24 nov. 2023.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem apresenta uma foto-</p><p>grafia de Philip Crosby em preto e branco com cabelo</p><p>curto, bigode, sorrindo. Ele veste um terno, camisa</p><p>branca e gravata. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>Qualidade é conseguir traduzir as futuras necessidades dos usuários em carac-</p><p>terísticas mensuráveis, de modo que o produto possa ser projetado para garantir</p><p>a sua satisfação, no preço que ele está disposto a pagar (MEZOMO, 2001). A</p><p>intenção é obter maiores ganhos e com menores prejuízos para os pacientes,</p><p>sendo que deve ser analisado o que é possível atingir, considerando os recursos</p><p>disponíveis e os valores aplicados.</p><p>“Qualidade é um conjunto de propriedades de um produto ou serviço, que</p><p>o tornam condizentes com a missão de uma organização, comprometida com o</p><p>pleno atendimento das necessidades de seus clientes” (MEZOMO, 2001).</p><p>Gestão de Qualidade em Saúde</p><p>Autor: Jussara Luongo</p><p>Editora: Rideel</p><p>Ano: 2011</p><p>O livro Gestão de Qualidade em Saúde apresenta múltiplos as-</p><p>pectos históricos, conceituais e instrumentais acerca de temas</p><p>que abordam a qualidade e a avaliação da gestão hospitalar.</p><p>Apresenta, ainda, as principais ferramentas e os processos de</p><p>qualificação, acreditação e implementação do processo ava-</p><p>liativo, bem como indicadores de qualidade e auditoria e os</p><p>aspectos ético-legais na área de saúde. É uma obra direciona-</p><p>da aos profissionais da saúde, sobretudo aos enfermeiros que</p><p>atuam ou desejam atuar na gestão de qualidade, a fim de con-</p><p>tribuir para o reconhecimento da instituição, por parte de clien-</p><p>tes, pacientes e de todo o mercado. Gestão de qualidade em</p><p>saúde apresenta, ainda, casos práticos, critérios de acreditação</p><p>e modelos de protocolos baseados na prática dos principais</p><p>hospitais do país. De fato, um livro de referência a todo estu-</p><p>dante ou profissional comprometido e responsável pelo bom</p><p>atendimento de seus pacientes.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>1</p><p>1</p><p>COMPONENTES DA QUALIDADE</p><p>Na prática, a aplicação do conceito de qualidade nos cuidados de saúde refere-se</p><p>a um conjunto de atributos desejáveis. Segundo Donabedian (1990), esses atribu-</p><p>tos, chamados de pilares da qualidade, incluem: eficácia, efetividade, eficiência,</p><p>otimização, aceitabilidade, legitimidade e equidade (PORTELA, 2000, p. 265).</p><p>As ações e os serviços de saúde devem estar em concordância com aquilo</p><p>que é esperado pelos clientes/pacientes, ou seja, é a aceitabilidade que garante</p><p>a plena satisfação dos clientes. A aceitabilidade depende da consideração de</p><p>alguns elementos:</p><p>■ Acessibilidade.</p><p>■ Custo.</p><p>■ Oportunidade.</p><p>■ Comodidade.</p><p>■ Resultado.</p><p>Mensuração de Qualidade</p><p>A qualidade precisa ser constantemente avaliada, devendo medir o grau de sa-</p><p>tisfação dos clientes/pacientes e a eficácia dos processos; ter o foco voltado para</p><p>os resultados; seguir o caminho estratégico que a organização tem que seguir e</p><p>ser capaz de identificar os aspectos relacionados com os resultados, podendo</p><p>apontar ou não a necessidade de mudanças.</p><p>Os principais tipos de indicadores voltados para a saúde são: mortalidade,</p><p>morbidade, expectativa de vida, condições ambientais, condições dos serviços</p><p>de saúde e condições socioeconômicas.</p><p>Quer se aprofundar nos indicadores de saúde no Brasil? Explore as informações</p><p>disponíveis nos Indicadores e Dados Básicos - Brasil - 2008, além de conferir o</p><p>livro ‘Indicadores Básicos para a Saúde no Brasil: Conceitos e Aplicações›. Não</p><p>perca a oportunidade de ampliar seus conhecimentos! Recursos de mídia dispo-</p><p>níveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>EU INDICO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>Ferramentas de Qualidade</p><p>As ferramentas da qualidade são utilizadas para facilitar o processo de</p><p>organização de coleta de dados para futuras análises. Utilizadas para monitorar</p><p>o grau de conformidade de produtos e serviços, prever falhas e identificar quais</p><p>processos que estão adequados e quais não estão adequados, identificar erros e</p><p>fazer com que diminuam as variabilidades.</p><p>Carra De</p><p>Controle Histograma Diagrama</p><p>de Pareto</p><p>Diagrama de</p><p>Dispersão</p><p>Fluxograma Diagrama</p><p>de Ishikawa</p><p>Folha de</p><p>Verificação</p><p>Figura 2 – Ferramentas de qualidade</p><p>Fonte: https://certificacaoiso.com.br/as-sete-ferramentas-da-qualidade/. Acesso em: 24 nov. 2023.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem exibe sete representações gráficas das ferramentas da qualidade. Na seção</p><p>superior, o primeiro desenho à esquerda apresenta uma linha em zigue-zague ascendente e quatro pontos, acima</p><p>do desenho está escrito “Carta de controle”. O segundo desenho consiste em sete colunas de tamanhos variados,</p><p>acima do desenho está escrito “Histograma”. Ao lado há o desenho de um gráfico, as linhas verticais e a horizontal</p><p>são tracejadas, dentro há cinco colunas decrescentes do lado esquerdo para o direito, da coluna maior do lado</p><p>esquerdo sai uma linha exponencial para a direita, acima está escrito “Diagrama de Pareto”. O último desenho é</p><p>um quadrado com pontos formando quatro linhas, acima está escrito “Diagrama de Dispersão”. Na parte inferior,</p><p>o primeiro desenho à esquerda mostra um quadrado com três linhas indicando quadrados menores, abaixo está</p><p>escrito “Fluxograma”. O segundo desenho é de uma escama de peixe, o rabo e a cabeça têm formato triangular, e</p><p>o corpo é uma linha reta central e dela saem três traços para cima e três para baixo formando as espinhas, abaixo</p><p>está escrito “Diagrama de Ishikawa”. O último desenho é uma folha de papel com linhas e um círculo contendo</p><p>um V, abaixo está escrito “Folha de verificação”. Fim da descrição.</p><p>1</p><p>4</p><p>Vamos aprofundar a descrição das ferramentas apresentadas na Figura 2, propor-</p><p>cionando uma compreensão mais abrangente de suas funcionalidades individuais:</p><p>FLUXOGRAMA</p><p>Esta ferramenta apresenta a capacidade de simplificar processos complexos, identifi-</p><p>car ineficiências e fornecer uma representação visual clara das etapas e decisões. Ele</p><p>é amplamente utilizado para melhorar a compreensão, padronizar procedimentos e</p><p>facilitar a tomada de decisões em áreas do conhecimento (FERRAMENTAS, 2023).</p><p>DIAGRAMA ISHIKAWA (ESPINHA DE PEIXE)</p><p>O diagrama de Ishikawa, também conhecido como “espinha de peixe” ou “diagrama de</p><p>causa e efeito”, é essencial para identificar e analisar as causas raiz de um problema.</p><p>Ele ajuda a equipe a compreender as relações entre os fatores que são relevantes</p><p>para um problema, possibilitando a tomada de medidas corretivas, eficazes e a me-</p><p>lhoria contínua em processos e produtos. É extremamente utilizado em qualidade e</p><p>gestão (FERRAMENTAS, 2023).</p><p>FOLHAS DE VERIFICAÇÃO</p><p>É uma lista de itens preestabelecidos que serão marcados a partir do momento que</p><p>forem realizados ou avaliados (FERRAMENTAS, 2023).</p><p>DIAGRAMA DE PARETO</p><p>É um recurso gráfico utilizado para estabelecer uma ordenação (da maior para a</p><p>menor, por exemplo) nas causas de um determinado problema ou não conformidade</p><p>(FERRAMENTAS, 2023).</p><p>HISTOGRAMA</p><p>São ferramentas demonstradas em gráfico de barras,</p><p>que, porventura,</p><p>não tenham tido sucesso na criação, condução ou sustentabilidade de empreendimentos</p><p>por eles conduzidos.</p><p>Com base nas informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta</p><p>entre elas:</p><p>I. O empreendedorismo pode ser entendido como uma prática que está para além da</p><p>abertura de determinado negócio.</p><p>PORQUE</p><p>II. O empreendedor pode tomar decisões e contribuir para o desenvolvimento de pessoas,</p><p>tecnologias e processos, ações que, no ambiente corporativo, permitem ao profissional</p><p>empreendedor atuar ativamente em um contexto de mudanças na organização.</p><p>A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:</p><p>a) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.</p><p>b) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.</p><p>c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.</p><p>d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.</p><p>e) As asserções I e II são falsas.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRANCHER, I. B.; OLIVEIRA, E. M.; RONCON, A. Comportamento empreendedor: estudo biblio-</p><p>métrico da produção nacional e a influência de referencial teórico internacional. InternexT: Re-</p><p>vista Eletrônica de Negócios Internacionais da ESPM, v. 7, n. 1, p. 166-193, 2012.</p><p>COMFAR. Marketing em Farmácia e Drogarias. In: Comissão de farmácia do CFF, [s.l.], Ano I, n.</p><p>8, mar./abr. 2008. Disponível em: https://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/4/encar-</p><p>te_pgs_centrais.pdf. Acesso em: 26 mar. 2024.</p><p>CRF-SP. Manual de Orientação ao Farmacêutico: Lei nº 13.021/2014 e Valorização Profissio-</p><p>nal. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. São Paulo: Conselho Regional de</p><p>Farmácia do Estado de São Paulo, 2015. Disponível em: https://www.crfsp.org.br/documentos/</p><p>materiaistecnicos/Lei_n_13.0212014_e_Valorizacao_Profissional.pdf. Acesso em: 26 mar. 2024.</p><p>DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 2. ed. Rio de Janei-</p><p>ro: Elsevier, 2005. [7ª reimpressão].</p><p>KOTLER, P. Princípios de marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2000.</p><p>MCCARTHY, E. J. Marketing básico: uma visão gerencial. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.</p><p>MENDONÇA, L. de L.; VALDISSER, C. R. Visão empreendedora: análise de uma história de suces-</p><p>so de uma empresa do ramo de estética de Monte Carmelo. GETEC, [s.l.], v. 8, n. 20, p. 95-119,</p><p>2019.</p><p>STEWART. T. A. A Riqueza do Conhecimento. O Capital Intelectual e a Organização do Século</p><p>XXI. Campus: Rio de Janeiro, 2002.</p><p>WOOD JUNIOR, T.; PICARELLI FILHO,V. Remuneração estratégica: a nova vantagem competiti-</p><p>va. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>1. Alternativa E.</p><p>2. Alternativa A.</p><p>3. Alternativa A.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>MINHAS METAS</p><p>FIDELIZAÇÃO E SATISFAÇÃO</p><p>DO CLIENTE</p><p>Entender a definição do cliente e identificar seus objetivos e desejos para estabelecer</p><p>uma conexão significativa e eficaz.</p><p>Possuir conhecimento sólido sobre o produto que está sendo comercializado.</p><p>Conhecer o processo de aquisição, desde a etapa inicial até o pós-venda.</p><p>Desenvolver a habilidade de atender às necessidades do cliente para estabelecer</p><p>relações comerciais bem-sucedidas.</p><p>Compreender a excelência em serviços, construindo relações duradouras e positivas</p><p>para fidelizar clientes.</p><p>Utilizar a gestão de relacionamento com o cliente para maximizar a fidelização.</p><p>Realizar o estudo do comportamento do consumidor, retirando informações para auxiliar</p><p>na venda do seu produto.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 6</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Após o aprendizado do Tema 5, que abordou empreendedorismo e marketing,</p><p>explorando estratégias que tornam um negócio lucrativo, surge a indagação:</p><p>como efetivamente satisfazer e fidelizar o cliente?</p><p>Em um mercado cada vez mais competitivo, as empresas precisam constante-</p><p>mente atender às necessidades e expectativas do cliente, garantindo sua fidelidade</p><p>e evitando a perda para a concorrência.</p><p>Nesse momento, nos aprofundaremos no relacionamento com o cliente, vi-</p><p>sando aos benefícios mútuos e à realização dos objetivos de ambas as partes.</p><p>Você está convidado para ouvir o nosso podcast sobre as dificuldades que podem</p><p>acontecer na fidelização de clientes. De maneira tranquila e informal, podendo</p><p>ouvir a qualquer hora do seu dia. Vamos lá? Recursos de mídia disponíveis no</p><p>conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Sabe o que diferencia uma empresa de muito sucesso de um negócio bem-</p><p>sucedido? Se você pensou em clientes satisfeitos, acertou! Um bom produto e</p><p>preços atrativos são importantes, mas se o seu negócio não se preocupar com a</p><p>satisfação do cliente, ele estará fadado ao fracasso. Neste vídeo aprenderemos a</p><p>importância da satisfação dos clientes para que seu negócio seja de sucesso!</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>O MOTIVO DE APRENDER SATISFAÇÃO</p><p>E FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES</p><p>Em um mercado competitivo, os clientes são disputados constantemente por</p><p>diversas empresas. Os métodos utilizados para conquistá-los estão crescendo ao</p><p>longo do tempo, por consequências mais exigentes. Portanto, é fundamental que</p><p>as empresas cumpram com suas obrigações para a plena satisfação do cliente,</p><p>para que ele se torne um cliente fidelizado, sendo um investimento a longo prazo.</p><p>Os clientes são aqueles cujas expectativas atendidas são excedidas, permane-</p><p>cem leais por mais tempo, são menos sensíveis a preços e falam favoravelmente</p><p>sobre a empresa (KOTLER, 1994).</p><p>De acordo com Kotler (2000), o cliente pode ser definido como uma pessoa</p><p>ou organização que desempenha um papel no processo de troca ou transação</p><p>no mercado com uma empresa e organização. Para Kotler e Armstrong (1999),</p><p>clientes são maximizadores de valor, dentro de sua capacidade de pesquisar, do</p><p>seu nível de conhecimento, modalidade e renda. Eles estabelecem expectativas</p><p>de valor, comparam o valor real que recebem ao consumir um produto ao va-</p><p>lor esperado, e isso acaba influenciando no seu nível de satisfação e recompra.</p><p>“Clientes são pessoas que compram bens e serviços para seu próprio uso ou para</p><p>presentear outras pessoas” (CHURCHILL; PETER, 2000, p. 4).</p><p>Para Vavra (1993), a percepção de qualidade é o que mais satisfaz um cliente,</p><p>e o processo de percepção de um cliente sobre a qualidade é mais subjetiva do</p><p>que um processo de controle de qualidade. Contudo, a percepção do cliente é a</p><p>realidade do mercado com o qual a empresa deve lidar. A satisfação dos clientes</p><p>se tornou uma variável que precisa ser avaliada continuamente.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>VALOR PERCEBIDO PELO CLIENTE</p><p>O valor percebido pelo cliente é a diferença entre a avaliação que o cliente po-</p><p>tencial faz de todos os benefícios e custos relativos a um produto e as alternativas</p><p>percebidas. O custo total para um cliente é o conjunto de custos que os consumi-</p><p>dores esperam ter para avaliar, obter, utilizar e descartar um produto, incluindo</p><p>os custos monetário, de tempo, de energia física e psicológica.</p><p>O benefício total para o cliente é o conjunto de benefícios econômicos,</p><p>funcionais e psicológicos que os clientes esperam em função de produto,</p><p>pessoal e imagem.</p><p>Figura 1 – Benefícios da satisfação do cliente / Fonte: O autor.</p><p>Descrição da Imagem: a figura menciona os benefícios adquiridos pela satisfação do cliente. No círculo central está</p><p>escrito “satisfação do cliente”. Desse círculo saem seis setas, indicando, no sentido horário, as escritas: isola os clien-</p><p>tes da concorrência; encoraja a clientela constante e a fidelidade; amplia/promove o boca a boca positivo: reduz os</p><p>custos de atração de novos clientes; reduz os custos de falhas; e pode criar vantagem sustentável. Fim da descrição.</p><p>SATISFAÇÃO</p><p>DO CLIENTE</p><p>Pode criar</p><p>vantagem</p><p>sustentável</p><p>Amplia/ promove</p><p>o boca boca</p><p>positivo</p><p>Encoraja clientela</p><p>constante e</p><p>a fidelidade</p><p>Reduz os custos</p><p>de falhas</p><p>Isola os clientes</p><p>da concorrência</p><p>Reduz os custos</p><p>de atração de</p><p>novos clientes</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>VALOR PARA O</p><p>CLIENTE</p><p>Conjunto de</p><p>benefícios que</p><p>os clientes</p><p>recebem de um</p><p>determinado</p><p>produto</p><p>Conjunto de</p><p>custos em que</p><p>os clientes</p><p>incorrem para</p><p>avaliar, obter,</p><p>utilizar e</p><p>descartar o</p><p>produto</p><p>Valor entregue</p><p>ao cliente</p><p>Valor total</p><p>para o cliente</p><p>Valor</p><p>do produto</p><p>Valor dos</p><p>serviços</p><p>Valor do</p><p>pessoal</p><p>Valor da</p><p>imagem</p><p>Custo total</p><p>para o cliente</p><p>Custo</p><p>monetário</p><p>Custo</p><p>do tempo</p><p>Custo de</p><p>energia física</p><p>Custo</p><p>psíquico</p><p>Figura 2 – Valor entregue para o cliente / Fonte: Kotler (2000, p. 316-317).</p><p>Descrição da Imagem: a figura mostra o valor percebido pelo cliente. Na parte superior da figura, centralizado,</p><p>está escrito “valor para o cliente”; logo a seguir, em um retângulo, está escrito “valor entregue ao cliente”. Está</p><p>dividido em duas colunas: na coluna do lado esquerdo há cinco retângulos, e dentro de cada um está escrito, de</p><p>cima para baixo: valor total para o cliente; valor do produto; valor dos serviços; valor do pessoal e valor da imagem.</p><p>Ao lado da primeira coluna do lado esquerdo está escrito: conjunto de benefícios que os clientes recebem de um</p><p>determinado produto. Na segunda, do lado direito, também há cinco retângulos, e dentro de cada um está escrito,</p><p>de cima para baixo: custo total para o cliente; custo monetário; custo do tempo; custo de energia física e custo</p><p>psíquico. Ao lado dessa coluna está escrito “conjunto de custos em que os clientes incorrem para avaliar, obter,</p><p>utilizar e descartar o produto”. Fim da descrição.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>A escolha do cliente envolve diversos elementos, desde necessidades individuais</p><p>até influências externas, como publicidade e reputação da marca. A conveniência</p><p>também é um fator decisivo, e compreender esse processo é essencial para</p><p>adaptar estratégias de marketing e satisfazer os clientes. Você sabe como os</p><p>clientes fazem essas escolhas?</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>O cliente procura maximizar o valor, dentro dos limites impostos pelos custos</p><p>envolvidos na sua procura e pelas limitações de conhecimento, mobilidade e</p><p>renda. Eles estimam qual oferta entregará maior valor percebido.</p><p>Para isso, a empresa precisa tomar algumas atitudes para chegar à satisfação</p><p>do cliente. Algumas das atitudes que devem seguir:</p><p>■ Identificar os atributos e benefícios valorizados pelos clientes.</p><p>■ Avaliar a importância dos diferentes atributos e benefícios.</p><p>■ Desempenho da empresa x concorrentes nos diferentes valores para os</p><p>clientes.</p><p>■ Como os clientes avaliam os benefícios.</p><p>■ Monitorar os valores para o cliente ao longo do tempo.</p><p>O cliente busca, acima de tudo, qualidade e um preço justo pelo serviço ou pro-</p><p>duto adquirido. Qualidade é a totalidade dos atributos e características de um</p><p>produto que afetam a sua capacidade de satisfazer</p><p>necessidades declaradas ou implícitas. Qualidade é</p><p>a adequação ao uso. É a conformidade às exigências.</p><p>Níveis mais elevados de qualidade resultam em</p><p>níveis mais elevados de satisfação de clientes, o que</p><p>justifica preços mais altos e, frequentemente, propicia</p><p>custos menores. Em síntese, qualidade direciona para a valorização do cliente,</p><p>através da satisfação com os produtos ou serviço prestados pelas empresas. No</p><p>entanto, ao utilizar a qualidade no atendimento, a empresa terá conhecimento</p><p>sobre o que os consumidores necessitam, sendo que tanto os produtos quanto os</p><p>serviços constituem todas as características desejáveis por eles.</p><p>Segundo Kotler (2000, p. 79), “qualidade é a totalidade dos atributos e carac-</p><p>terísticas de um produto ou serviço que afetam sua capacidade de satisfazer as</p><p>necessidades declaradas ou implícitas”. Buscar qualidade ao atender, juntamente</p><p>com os conhecimentos técnicos, é um diferencial que pode elevar a empresa ou</p><p>o empreendimento ao sucesso. O atendimento pode ser considerado um ponto</p><p>forte para quem oferece serviço e produtos em um mercado tão disputado.</p><p>Para Kotler (1999), as empresas estão em um mercado competitivo, e para que</p><p>elas retenham clientes e superem a concorrência precisam realizar um melhor</p><p>trabalho de atendimento e satisfação das necessidades dos clientes. A principal</p><p>Qualidade é a</p><p>adequação ao uso .</p><p>É a conformidade às</p><p>exigências .</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>função do atendente é representar a organização junto aos clientes, fornecendo</p><p>informações, esclarecendo dúvidas e solucionando problemas. Enfim, é indis-</p><p>pensável um tratamento que gere satisfação, segurança e tranquilidade ao cliente.</p><p>O preço é um dos principais requisitos que o consumidor procura. De acordo com</p><p>Las Casas (2000), o preço ajuda a dar valor às coisas e representa uma troca pelo</p><p>esforço feito pela empresa vendedora, além de representar o retorno dos investi-</p><p>mentos feitos no negócio. Uma boa estipulação de preços poderá levar uma em-</p><p>presa ao crescimento e à lucratividade. Uma má estipulação de preço levará uma</p><p>empresa à falência. Os preços estão sujeitos à lei de oferta e procura. Quando a</p><p>oferta é maior que a procura, o preço tende a cair; e quando a procura é maior que</p><p>a oferta, o preço tende a subir.</p><p>O preço é o único elemento do composto de marketing que produz receitas para a</p><p>organização, os outros representam custos; além de ser um dos elementos mais fle-</p><p>xíveis e, ao mesmo tempo, o principal problema de muitos profissionais de marketing.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>PROCESSO DE COMPRA E PÓS COMPRA</p><p>Conforme Kotler e Armstrong (1999), o processo de decisão de compra se divi-</p><p>de em cinco estágios: reconhecimento da necessidade, busca por informações,</p><p>avaliação das alternativas, decisão de compra e comportamento pós-compra. O</p><p>processo de compra começa muito antes da compra e</p><p>continua depois dela. Os consumidores passam pelos</p><p>cinco estágios no processo de compra, mas nas com-</p><p>pras rotineiras alguns estágios acabam sendo pulados</p><p>pelos consumidores, omitidos ou trocados.</p><p>Reconhecimento da necessidade: segundo</p><p>Kotler e Armstrong (1999), o processo de compra se</p><p>inicia com o reconhecimento da necessidade. O comprador reconhece o problema</p><p>ou uma necessidade, ele percebe seu estado real e algum estado de desejo. Entre-</p><p>tanto, a necessidade pode resultar de estímulos internos ou por estímulos externos.</p><p>O processo de</p><p>compra começa</p><p>muito antes da</p><p>compra e continua</p><p>depois dela</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Para Churchill e Peter (2000), o processo pelo qual os consumidores com-</p><p>pram produtos e serviços começa com o reconhecimento de uma necessidade.</p><p>Este reconhecimento pode vir de uma sensação interna, como desejo, fome</p><p>ou cansaço; ou pode vir também de estímulos externos, como um convite ou</p><p>anúncio no rádio.</p><p>Busca por informações: para Kotler e Armstrong (1999), um consumidor</p><p>estimulado pode ou não buscar informações adicionais sobre o que deseja. Se o</p><p>seu impulso for forte o bastante com relação ao produto que satisfaz sua necessi-</p><p>dade e estiver à mão, provavelmente ele irá adquiri-lo. Caso contrário, guardará</p><p>sua necessidade na sua memória ou realizará uma busca de informações rela-</p><p>cionadas a essa necessidade.</p><p>Kotler e Armstrong (1999, p. 109) complementam: “o número de buscas</p><p>que ele realiza irá depender da intensidade do seu impulso, da quantidade de</p><p>informações com que iniciar essas buscas, da facilidade de obtenção de mais</p><p>informações, do valor e da satisfação que obterá com as buscas”.</p><p>O consumidor obtém informações sobre o produto ou serviço através de inte-</p><p>rações cotidianas com terceiros, como família e amigos, fontes comerciais e até</p><p>mesmo ao utilizar o produto ou serviço.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Avaliação das alternativas: de acordo com Gianesi e Corrêa (1994), a avaliação</p><p>pelo consumidor das diversas alternativas de fornecimento é feita a partir de</p><p>um conjunto de critérios que pode variar dependendo do produto ou serviço. A</p><p>avaliação de serviços é bem mais difícil do que a avaliação de produtos, princi-</p><p>palmente pelo caráter intangível dos serviços.</p><p>Para Kotler e Armstrong (1999), os consumidores não usam apenas um sim-</p><p>ples processo de avaliação nas situações de compra, mas vários meios de avaliar</p><p>determinado produto antes de efetuar a compra. Os consumidores</p><p>veem o pro-</p><p>duto como um grupo de atributos, e cada consumidor dará uma importância</p><p>diferente a cada um desses atributos, dando maior atenção àqueles relacionados</p><p>de acordo com suas necessidades e desejos.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>Decisão da compra: de acordo Kotler e Armstrong (1999), o consumidor</p><p>classifica as marcas e estabelece sua intenção de compra. A decisão de compra</p><p>será direcionada para sua marca preferida, mas a atitude dos outros e as situações</p><p>inesperadas são dois fatores que podem surgir com o intuito de interferir entre</p><p>a intenção e a decisão de compra. Na mesma linha do pensamento de Kotler e</p><p>Armstrong (1999), Gianesi e Corrêa (1994) afirmam que, após a avaliação das</p><p>alternativas, se forma uma intenção de compra, que pode ser alterada por dois</p><p>fatores. O primeiro se refere ao comportamento das outras pessoas em face da</p><p>intenção de compra do consumidor; e o segundo fator se refere a situações não</p><p>previstas, às quais o consumidor esteja sujeito antes de efetuar a compra.</p><p>Pós-compras: de acordo com Kotler e Armstrong (1999), o consumidor fi-</p><p>cará satisfeito ou insatisfeito com a compra se ele busca analisar suas expectativas</p><p>com o desempenho do produto. Se o produto não atender as suas expectativas,</p><p>o consumidor fica desapontado; se satisfizer as expectativas, ele fica satisfeito; e,</p><p>se vai além de suas expectativas, ele fica encantado. Um consumidor satisfeito</p><p>fala, em média, com três pessoas sobre a sua boa experiência com o produto, e</p><p>o consumidor insatisfeito reclama do produto com onze. Portanto, custa mais</p><p>atrair novos clientes do que manter os já existentes.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>FIDELIZAÇÃO DO CLIENTE</p><p>Diante da atual realidade econômica e social, na qual existe uma infinidade de</p><p>organizações que fabricam os mais diferentes produtos e oferecem uma vasta</p><p>gama de serviços, constatou-se que para manter uma boa participação de mer-</p><p>cado, garantir seu espaço frente aos concorrentes, conquistar e reter clientes, é</p><p>essencial exercer estratégias de fidelização de clientes. Isso porque clientes fiéis</p><p>não apenas consomem produtos e serviços da marca com alta frequência, mas</p><p>também exercem um importante papel: o de defensores da marca. Quando têm</p><p>uma relação estreita com uma marca de produtos ou serviços, divulgam para</p><p>seus familiares e amigos. Essa propaganda boca a boca é de grande eficiência,</p><p>pois os consumidores prezam muito a opinião daqueles que estão à sua volta e</p><p>que formam seus grupos de referência.</p><p>As estratégias para o pós-compra envolvem diversos canais de comunicação com</p><p>o cliente, principalmente pelos meios eletrônicos – pois são mais rápidos e faci-</p><p>litam a interpretação dos resultados. As principais redes sociais, e-mails e men-</p><p>sagens instantâneas estão entre as mais utilizadas pelos compradores, otimizan-</p><p>do uma pesquisa com perguntas rápidas, objetivas e direcionadas ao pós-venda.</p><p>Algumas empresas investem em pesquisas personalizadas quando averiguam a</p><p>satisfação do cliente por um produto ou serviço específico, e não somente pelo</p><p>atendimento na loja física ou virtual.</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>Fidelização do Cliente</p><p>Escrito por Justin Sachs, o livro fornece as melhores ferramen-</p><p>tas, estratégias e princípios dos melhores profissionais de ne-</p><p>gócios estratégicos do mundo. São sistemas e práticas que</p><p>empreendedores e líderes de empresas reais utilizam diaria-</p><p>mente nos seus negócios, para aumentar a fidelização do clien-</p><p>te e o valor do tempo de vida geral dele.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>Sob o ponto de vista de Barlow (1992), fidelização é uma estratégia que identifica,</p><p>mantém e aumenta o rendimento dos melhores clientes em uma relação de valor</p><p>agregado, interativo e centrado no longo prazo. As estratégias de fidelização estão</p><p>extremamente relacionadas com as estratégias de Marketing de Relacionamento.</p><p>Um cliente fiel automaticamente terá um relacionamento com a marca a qual</p><p>escolheu ser fiel. No entanto, é necessário relembrar que, segundo Ward e Dagger</p><p>(2007), nem todos os consumidores querem desenvolver relacionamentos com</p><p>todos os fornecedores de serviços.</p><p>Até pouco tempo atrás, muitas organizações tinham como principal foco</p><p>conquistar seus clientes. Contudo, perceberam que, atualmente, é muito mais</p><p>importante reter os clientes, para depois criar estratégias de conquista de novos</p><p>clientes em potencial. Desse modo, começaram a criar relacionamentos mais for-</p><p>tes e duradouros com os clientes considerados de maior valor para a organização.</p><p>O marketing de relacionamento surgiu como uma solução para que as organiza-</p><p>ções pudessem novamente estreitar as relações com seus consumidores, mos-</p><p>trando-lhes que estão orientadas para a plena satisfação de suas necessidades.</p><p>Segundo Gummesson (2002 apud Pereira; Bastos, 2007, p. 4):</p><p>Marketing de relacionamento é o marketing baseado em</p><p>interações dentro da rede de relacionamentos. [...] Relacio-</p><p>namentos exigem que pelo menos duas pessoas estejam</p><p>em contato. O relacionamento fundamental do marketing é</p><p>aquele entre um cliente e um fornecedor.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>No segmento de farmácias e drogarias, tornou-se muito comum, entre os players</p><p>do mercado, utilizar como estratégia de relacionamento e fidelização os chama-</p><p>dos “cartões de fidelidade”. Neles o cliente, por meio de um cadastro, recebe um</p><p>cartão que proporciona descontos em medicamentos, acúmulo de pontos que</p><p>podem ser trocados por brindes ou ofertas exclusivas, criadas de acordo com o</p><p>perfil de consumo do cliente.</p><p>Todas as formas de contato tornam-se importantes, pois o cliente criará em</p><p>sua mente uma imagem de marca a cada contato que tiver com a farmácia ou</p><p>drogaria que escolher. Em busca de um estudo mais apurado, o artigo de Pereira</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>e Bastos (2007) tem como principal foco, dentro desse segmento, os Programas</p><p>de Relacionamento que são realizados em Farmácias e Drogarias.</p><p>CRM (CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT)</p><p>Segundo Kotler e Armstrong (2006), a Gestão de Relacionamento com o Cliente</p><p>(CRM) envolve a adequada gestão das informações detalhadas dos clientes indi-</p><p>viduais e a administração dos “pontos de contato”, visando maximizar a fidelidade.</p><p>Para Hughes (1998 apud Pereira; Bastos, 2007, p. 5):</p><p>“ O database marketing tem por objetivo principal criar consumi-</p><p>dores felizes e leais. É construído sobre a teoria de que se – além de</p><p>oferecer um produto de qualidade a um preço razoável – você puder</p><p>encontrar um modo de oferecer reconhecimento, serviço persona-</p><p>lizado, atenção, diversidade e informação a seus clientes, você criará</p><p>um laço de fidelidade que os trará de volta à sua empresa por toda</p><p>a vida. O database marketing, portanto, é um modo de oferecer um</p><p>serviço que se concentra no consumidor, não no produto.</p><p>As estratégias do CRM são aplicadas por meio do uso de um “software” do tipo</p><p>banco de dados, que acumula informações relacionadas ao comportamento de</p><p>consumo do cliente, indicando dados como local, horário, frequência, valor médio</p><p>despendido; além de todos os dados pessoais, como sexo, faixa etária, renda mé-</p><p>dia mensal, entre outros. A partir da análise dessas informações, é possível cruzar</p><p>os dados obtidos e criar um perfil de consumo de seus clientes, de acordo com</p><p>seus hábitos e frequência.</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>Nesse contexto, o CRM pode ser compreendido como uma ferramenta que</p><p>valoriza a satisfação das necessidades do cliente, pois, respaldado na tecnologia,</p><p>desenvolve suas ações com base na gestão da relação existente entre a organi-</p><p>zação e seus clientes, direcionando-se para além da gestão usual dos produtos</p><p>e serviços da organização.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>Segundo Newel (2000), o segredo do CRM é ouvir e aprender, e não dizer e</p><p>vender. O CRM trata de dar poder ao cliente, encantá-lo e deixar que ele sinta</p><p>como se sua interação com a marca estivesse sob seu controle.</p><p>COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR</p><p>O estudo do comportamento do consumidor é um tema-chave de sustentação</p><p>de toda a atividade de marketing</p><p>que tenha o intuito de desenvolver, promover</p><p>e vender produtos.</p><p>Segundo Kotler e Keller (2006), os clientes de hoje possuem ferramentas</p><p>para verificar os argumentos das empresas e buscar as melhores alternativas.</p><p>Acreditamos que avaliam qual oferta proporciona maior valor.</p><p>Os clientes procuram sempre maximizar o valor, dentro dos limites impostos</p><p>pelos custos envolvidos na procura e pelas limitações de conhecimento, mobi-</p><p>lidade e renda. Eles formam uma expectativa de valor e agem com base nela. A</p><p>probabilidade de satisfação e repetição da compra depende de a oferta atender</p><p>ou não a essa expectativa de valor.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>A partir dessa afirmação, é possível inferir que os consumidores de hoje são</p><p>muito bem-informados, tendo acesso a um maior número de ferramentas de</p><p>informação para verificar qual oferta estabelece a melhor relação “custo/bene-</p><p>fício”. O consumidor chega ao ponto de venda dotado de um poder de decisão</p><p>ainda maior, na medida em que está informado e sabe com maior exatidão quais</p><p>expectativas pode ter em relação àquele produto ou serviço. O seu poder de</p><p>barganha é alto, pois ele sabe até mesmo a faixa de preço que o bem deve custar,</p><p>estando apto a negociar descontos com o vendedor.</p><p>Assim, cabe às organizações atenderem de maneira eficiente às expectativas</p><p>que foram geradas pelo consumidor, oferecendo um produto ou serviço cujo</p><p>desempenho esteja à altura do valor que lhe foi atribuído.</p><p>No momento atual, cabe às organizações uma maior atenção, procurando não</p><p>apenas fidelizar seus consumidores, mas também ter uma postura fiel perante</p><p>eles, mostrando que a fidelidade é uma troca e não um sentimento unilateral em</p><p>que apenas um dos lados é favorecido.</p><p>Existem tipos de clientes habituais atendidos no mercado, são eles:</p><p>Prospect: cliente que possua a intenção de comprar da sua empresa.</p><p>Shopper: visita seu estabelecimento pelo menos uma vez.</p><p>Cliente eventual: compra sem fidelidade, com um ou mais produtos em situações</p><p>de necessidade ou necessidade ocasional.</p><p>Cliente regular: próximo da fidelidade, compra determinado produto periodicamente.</p><p>Defensor: seja por satisfação ou insatisfação, divulga a marca da empresa e sua</p><p>experiência com o produto para terceiros.</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>A satisfação e fidelização do cliente são importantes para identificar os fatores que</p><p>realmente estão sendo significativos para os clientes: quais fatores que os levam</p><p>a se fidelizar, quais fatores requerem melhorias e atenção, assim como quais não</p><p>têm tanta influência sobre sua satisfação, propiciando assim mecanismos para</p><p>que os gestores atuem para melhorar sua vantagem competitiva diante dos con-</p><p>correntes, por meio de ações corretivas e incentivadoras.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 6</p><p>A busca pela satisfação e fidelização do cliente beneficia tanto a empresa</p><p>quanto o cliente, tornando o negócio cada vez mais atraente aos olhos dos novos</p><p>consumidores, enquanto os atuais clientes têm seu bem-estar valorizado.</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>Neste tema, falamos da importância da satisfação e fidelização do cliente e</p><p>como isso pode ser benéfico para ambos os lados, tanto para a empresa quan-</p><p>to para o cliente. Na sua caminhada profissional, independente do setor que</p><p>seguir, proporcionar uma experiência positiva ao cliente e manter com este</p><p>uma relação de confiança é essencial para que seu negócio seja bem-sucedido</p><p>e ganhe competitividade. Você sabia que reter cliente é muito mais barato do</p><p>que conquistar novos clientes?</p><p>Desejo que você possa colocar tudo o que aprendeu em prática, e que possa</p><p>entender que atender à satisfação do cliente pode fazer com que o cliente se torne</p><p>fiel ao seu produto/serviço, propagando de maneira positiva o seu negócio.</p><p>Conhecimento você já possui! Coloque em prática tudo que aprendeu e boa</p><p>sorte nessa nova jornada!</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>1. Fidelização é uma estratégia que identifica, mantém e aumenta o rendimento dos melhores</p><p>clientes em uma relação de valor agregado, interativo e centrado no longo prazo. As estra-</p><p>tégias de fidelização estão extremamente relacionadas com as estratégias de Marketing de</p><p>Relacionamento. Um cliente fiel automaticamente terá um relacionamento com a marca</p><p>a qual escolheu ser fiel. No entanto, é necessário relembrar que, segundo Ward e Dagger</p><p>(2007), nem todos os consumidores querem desenvolver relacionamentos com todos os</p><p>fornecedores de serviços.</p><p>Com base nos princípios de fidelização, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. Caracteriza-se o processo de adoção quando o consumidor conhece, pela primeira vez,</p><p>um produto inovador e resolve fazer uso total e regular desse produto.</p><p>II. É irrelevante descobrir o motivo de um produto disponível no mercado há algum tempo</p><p>ser desconhecido dos consumidores.</p><p>III. É indiferente para o fabricante o fato de o cliente consumir ou ignorar produto lançado</p><p>em uma promoção.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>2. O marketing de relacionamento surgiu como uma solução para que as organizações pu-</p><p>dessem novamente estreitar as relações com seus consumidores, mostrando-lhes que</p><p>estão orientadas para a plena satisfação de suas necessidades.</p><p>Segundo Gummesson (2002 apud Pereira; Bastos, 2007, p. 4), “Marketing de relacionamento</p><p>é o marketing baseado em interações dentro da rede de relacionamentos. [...] Os relacio-</p><p>namentos exigem que pelo menos duas pessoas estejam em contato. O relacionamento</p><p>fundamental do marketing é aquele entre um cliente e um fornecedor”.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>Sobre o marketing de relacionamento, assinale a alternativa correta:</p><p>a) As estratégias de marketing de relacionamento são eficazes para a fidelização do cliente</p><p>em todas as situações de venda.</p><p>b) De acordo com a concepção de marketing de relacionamento, é necessário conhecer</p><p>as necessidades dos clientes e monitorar suas demandas, para que sejam satisfeitas</p><p>pela empresa.</p><p>c) A melhor estratégia de marketing de relacionamento para a fidelização de um consu-</p><p>midor é propor-lhe descontos, visto que o aspecto financeiro é determinante para a sua</p><p>satisfação na compra.</p><p>d) No relacionamento com clientes-chave, a estratégia de marketing mais eficaz é estar</p><p>em permanente contato telefônico com eles.</p><p>e) O marketing de relacionamento é considerado uma estratégia ineficaz.</p><p>3. O Customer Relationship Management (CRM) armazena informações de clientes atuais</p><p>e potenciais – nome, endereço, número de telefone etc. – e suas atividades e pontos de</p><p>contato com a empresa, incluindo visitas a sites, ligações telefônicas, e-mails, entre outras</p><p>interações.</p><p>Entretanto, o software de CRM não é apenas uma lista de contatos elaborada: ele reúne e</p><p>integra dados valiosos para preparar e atualizar suas equipes com informações pessoais dos</p><p>clientes, histórico e preferência de compras.</p><p>Sobre o Customer Relationship Management (CRM), analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. É considerado um processo de negócio, que vai além de ser apenas uma tecnologia ou</p><p>estratégia.</p><p>II. Trata-se de uma ferramenta e uma filosofia de monitoramento e perpetuação de rela-</p><p>cionamento entre empresa e clientes.</p><p>III. Funciona a partir de um sistema específico, e é considerado um banco de dados.</p><p>IV. O CRM é considerado um sistema eficaz para fidelização de clientes.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I e IV, apenas.</p><p>b) II e III, apenas.</p><p>c) III e IV, apenas.</p><p>d) I, II e IV, apenas.</p><p>e) II, III e IV, apenas.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BARLOW, R. Relationship Marketing – The ultimate in costumer services, Retail Control, 1992.</p><p>CHURCHILL, G. A.; PETER, J. P. Marketing: criando valor para o cliente. 2. ed. São Paulo: Saraiva,</p><p>2000.</p><p>GIANESI, I. G. N.; CORRÊA, H. L. Administração estratégica de serviços: operações para a satis-</p><p>fação do cliente. São Paulo: Atlas, 1994.</p><p>GUMMESSON, E. Marketing de relacionamento total. São Paulo: Artmed, 2002.</p><p>HUGHES, A. M. Database marketing estratégico. São Paulo: Makron Books, 1998.</p><p>KOTLER, P. Administração de marketing: a</p><p>edição do novo milênio. São Paulo: Prentice Hall,</p><p>2000.</p><p>KOTLER, P. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 4.</p><p>ed. São Paulo: Atlas, 1994.</p><p>KOTLER, P.; ARMSTROMNG, G. Princípios de marketing. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999.</p><p>KOTLER, P.; KELLER, K. Administração de marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.</p><p>LAS CASAS, A. L. Marketing de serviços. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.</p><p>NEWELL, F. Lealdade .com: CRM – o gerenciamento das relações com o consumidor na era do</p><p>marketing pela internet. São Paulo: Makron Books, 2000.</p><p>PEREIRA, P. F. P.; BASTOS, F. C. Um estudo sobre a fidelização de clientes a partir de estratégias</p><p>de marketing de relacionamento no segmento de farmácias e drogarias. In: SIMPÓSIO DE EXCE-</p><p>LÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA, 4., 2007, Resende. Anais [...]. Resende: SEGeT, 2007. p. 1-15.</p><p>Disponível em: https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos09/229_Artigo_Seget_utima_ver-</p><p>sao.pdf. Acesso em: 27 mar. 2024.</p><p>VAVRA, T. G. Marketing de relacionamento: aftermarketing. São Paulo: Atlas,1993.</p><p>WARD, T.; DAGGER, T. The complexity of Relationship Marketing for Service Customers. Brisba-</p><p>ne: Journal of Services Marketing, 2007.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>1. Alternativa A.</p><p>I, apenas. Caracteriza-se o processo de adoção quando o consumidor conhece, pela pri-</p><p>meira vez, um produto inovador e resolve fazer uso total e regular desse produto. As demais</p><p>afirmativas estão incorretas.</p><p>2. Alternativa B.</p><p>De acordo com a concepção de marketing de relacionamento, é necessário conhecer as ne-</p><p>cessidades dos clientes e monitorar suas demandas, para que sejam satisfeitas pela empresa.</p><p>3. Alternativa D.</p><p>O CRM é considerado um processo de negócio, que vai além de ser apenas uma tecnologia</p><p>ou estratégia. Trata-se de uma ferramenta e uma filosofia de monitoramento e perpetuação</p><p>de relacionamento entre empresa e clientes. Além disso, é considerado um sistema eficaz</p><p>para fidelização de clientes.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>UNIDADE 3</p><p>MINHAS METAS</p><p>BOAS PRÁTICAS FARMACÊUTICAS</p><p>Adquirir conhecimento sobre as boas práticas farmacêuticas e compreender sua relevância.</p><p>Explorar em detalhes a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 44, de 17 de agosto</p><p>de 2009.</p><p>Compreender quais serviços farmacêuticos podem ser realizados e como podem ser</p><p>executados.</p><p>Conhecer a obrigatoriedade da presença do farmacêutico durante o horário de</p><p>funcionamento dos estabelecimentos e entender suas atribuições.</p><p>Reconhecer quais documentos são necessários para o funcionamento adequado da</p><p>farmácia e da drogaria.</p><p>Entender quais produtos podem ou não ser comercializados em um estabelecimento</p><p>farmacêutico.</p><p>Adquirir conhecimento sobre o Regulamento Técnico referente a substâncias e medica-</p><p>mentos sujeitos a controle especial.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 7</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Quando desempenhamos qualquer função, é essencial seguir as regras e ter um</p><p>entendimento claro do que é permitido ou não. Além disso, é fundamental com-</p><p>preender as atividades realizadas pela empresa e como os procedimentos devem</p><p>ser executados em conformidade com as normas do local de trabalho. No entan-</p><p>to, lembrar de tantos detalhes e saber o que pode ser feito é desafiador.</p><p>É exatamente por isso que vamos explorar um manual que nos auxilia na</p><p>abordagem das práticas farmacêuticas: as Boas Práticas Farmacêuticas. Esse ma-</p><p>nual serve como um guia abrangente que define os padrões e protocolos neces-</p><p>sários para garantir a qualidade, segurança e eficácia dos serviços farmacêuticos.</p><p>Ao compreender e aplicar as Boas Práticas Farmacêuticas, podemos assegurar</p><p>que nossas atividades estejam alinhadas com os mais altos padrões profissionais</p><p>e regulatórios, contribuindo para a saúde e bem-estar dos pacientes.</p><p>Convido você a ouvir nosso podcast sobre a RDC 301, de agosto de 2019, que</p><p>dispõe a respeito das Boas práticas de Fabricação de Medicamentos e o impacto</p><p>sobre as indústrias farmacêuticas. Vamos lá? Recursos de mídia disponíveis no</p><p>conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi a responsável pela criação da</p><p>RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009, que apresenta as boas práticas farmacêuticas.</p><p>Vamos aprender um pouco sobre essa agência de suma importância para os</p><p>serviços de saúde do país!</p><p>Organização do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária em serviços de saúde</p><p>e interesse para saúde. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do</p><p>ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>MANUAL DE BOAS PRÁTICAS FARMACÊUTICAS</p><p>O Manual de Boas Práticas Farmacêuticas (MBPF) é um documento que reflete a</p><p>política da empresa, sua missão, visão e valores; estabelece os critérios e as normas</p><p>que devem ser observados a fim de nortear os seus procedimentos, processos,</p><p>serviços e atividades, do ponto de vista técnico e sanitário. O MBPF descreve</p><p>rotinas, atividades e procedimentos que os estabelecimentos devem adotar para</p><p>garantir que seus serviços e produtos tenham a segurança e a qualidade necessária</p><p>e que atendam à legislação em vigor. No MBPF, há descrição das funções de cada</p><p>cargo existente, de forma que exista uma divisão e atribuição de responsabilidades.</p><p>Ressalta-se que as atribuições do farmacêutico são aquelas estabelecidas pelos</p><p>Conselhos Federal e Regional de Farmácia, observada a legislação sanitária vi-</p><p>gente. Cabe esclarecer que não existe um modelo pronto ou padrão para o MBPF.</p><p>Tal documento é único para cada estabelecimento, uma vez que é confeccionado</p><p>com base na sua política, atividades e processos, devendo reproduzir fielmente</p><p>sua rotina e realidade, bem como deverá ser revisado e atualizado periodicamen-</p><p>te sempre que houver alterações na estrutura física ou operacional ou sempre</p><p>que houver alterações de normas que regulamentam a sua atividade fim, sendo</p><p>competência e responsabilidade do farmacêutico sua elaboração, revisão e apro-</p><p>vação. Os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs), por sua vez, descrevem</p><p>detalhadamente, passo a passo, a forma como os colaboradores deverão executar</p><p>cada uma das atividades que são necessárias para o adequado funcionamento</p><p>da empresa e cumprimento das atividades que ela realiza (SÃO PAULO, 2001).</p><p>Segundo Brasil (2009), boas práticas é o conjunto de técnicas e medidas que</p><p>visam assegurar a manutenção da qualidade e segurança dos produtos disponi-</p><p>bilizados e serviços prestados em farmácias e drogarias, com o fim de contribuir</p><p>para o uso racional desses produtos e a melhoria de vida dos usuários.</p><p>A Lei nº 13.021, de agosto de 2014, confirmou que os estabelecimentos farma-</p><p>cêuticos, sejam eles drogarias ou farmácias, são unidades destinadas à prestação</p><p>de assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e</p><p>coletiva. O principal propósito da farmácia é a dispensação de medicamentos em</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>condições que possam minimizar os riscos associados ao seu uso e que permitam</p><p>a avaliação dos resultados clínicos dos medicamentos, com o intuito de reduzir</p><p>a elevada morbimortalidade associada a esses produtos.</p><p>A morbimortalidade associada aos medicamentos provoca grandes danos sociais</p><p>e econômicos na sociedade, por isso a necessidade da farmácia e drogaria serem</p><p>consideradas como um estabelecimento de saúde.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>Ao reconhecer a responsabilidade das farmácias e drogarias em relação à saúde</p><p>da população, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) criou a RDC</p><p>nº 44, de agosto de 2009, a qual dispõe sobre as boas práticas farmacêuticas.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>RDC Nº 44, DE AGOSTO DE 2009</p><p>A RDC nº 44/2009 estabelece os critérios e condições mínimas das Boas Práti-</p><p>cas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação</p><p>e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em</p><p>farmácias e drogarias.</p><p>A intenção da Anvisa, ao criar esta</p><p>RDC, é:</p><p>■ Atualizar e tornar mais claras as regras para o comércio de medicamentos</p><p>e produtos em farmácias e drogarias, assim como a prestação de serviços</p><p>exercida por esses estabelecimentos.</p><p>■ Promover o uso racional de medicamentos e resgatar o direito de infor-</p><p>mação ao cidadão por profissionais habilitados e qualificados.</p><p>■ Reduzir a automedicação e o uso abusivo de medicamentos.</p><p>No Brasil, surgem muitas discussões sobre o papel das farmácias como estabe-</p><p>lecimentos comerciais ou de saúde. Para ser considerado um estabelecimento</p><p>de saúde, além das condições estruturais, a postura e a atuação profissional das</p><p>pessoas que lá atuam e os serviços que são prestados devem caracterizá-lo como</p><p>tal (ROVERS et al., 2003).</p><p>É importante ressaltar que o paciente possui direito à atenção farmacêutica e que</p><p>as informações fornecidas pelos profissionais farmacêuticos sobre o uso adequa-</p><p>do dos medicamentos durante esse serviço assistencial trarão benefícios signifi-</p><p>cativos aos usuários.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>A Resolução nº 44 de 2009 constituiu um marco no Brasil para o estabelecimento</p><p>no que se refere às Boas Práticas Farmacêuticas em drogarias e farmácias, criando</p><p>critérios mínimos para o desenvolvimento de um conjunto de técnicas e medidas</p><p>que assegurem a qualidade e a segurança dos produtos e serviços prestados por</p><p>farmácias e drogarias. Esses critérios envolvem desde questões sanitárias, como</p><p>documentação, que deve estar disponível ao público, passando por infraestrutura</p><p>física, recursos humanos, condições dos produtos comercializados e dos serviços</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>farmacêuticos que podem ser ofertados à população (BRASIL, 2009). Atente-se</p><p>que em cada localidade há mudanças das regulamentações, por isso a necessidade</p><p>de estar em contato com a Vigilância Sanitária local.</p><p>Toda farmácia comercial precisa atender pré-requisitos para iniciar suas ativi-</p><p>dades, conforme as Resoluções RDC nº 44/2009 e RDC nº 67/2007 da Anvisa. Mi-</p><p>nimamente, as farmácias e drogarias devem possuir as seguintes documentações:</p><p>■ Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela AN-</p><p>VISA, contendo todas as atividades exercidas pela empresa, inclusive os</p><p>serviços farmacêuticos.</p><p>■ Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo órgão competente estadual</p><p>ou municipal da Vigilância Sanitária, segundo legislação vigente, con-</p><p>tendo todas as atividades exercidas pela empresa, inclusive os serviços</p><p>farmacêuticos.</p><p>■ Certidão de Regularidade técnica emitida pelo Conselho Regional de</p><p>Farmácia (CRF).</p><p>■ Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, conforme a legislação vigente e</p><p>as especificidades de cada estabelecimento.</p><p>■ Manual de Boas Práticas de Manipulação (se farmácia com manipulação)</p><p>no caso de farmácias que manipulam substâncias sujeitas ao controle</p><p>especial (Portaria 344, 12 de maio de 1998) da Autorização Especial de</p><p>Funcionamento (AE) expedida pela Anvisa.</p><p>PRESENÇA DO FARMACÊUTICO</p><p>Uma das principais determinações da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC)</p><p>44/2009 é a obrigatoriedade da presença do farmacêutico durante todo o fun-</p><p>cionamento da drogaria ou farmácia. As drogarias não se destinam apenas a for-</p><p>necer medicamentos, ainda que seja essa a sua atribuição principal (CORRER;</p><p>OTUKI, 2013), são consideradas locais adequados e acessíveis para o forneci-</p><p>mento de cuidados em atenção primária e orientação aos usuários e pacientes.</p><p>Por meio das atividades nelas desenvolvidas, os farmacêuticos podem tornar-</p><p>-se uma ligação entre comunidade, atendimento médico e outros recursos em</p><p>saúde, com potencial para contribuir significativamente como parte da equipe</p><p>voltada à atenção primária.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>Assim, o papel do farmacêutico vem passando por um processo de reorienta-</p><p>ção no Brasil, uma vez que a medicalização crescente, o aumento das reações</p><p>adversas, associado ao risco de morbimortalidade pela utilização incorreta de</p><p>medicamentos, a não adesão ao tratamento e a elevação dos custos para o siste-</p><p>ma de saúde trouxeram uma preocupação com relação à forma de aceitação dos</p><p>medicamentos pela sociedade, e mostraram a necessidade de que o farmacêutico</p><p>assume seu papel junto ao paciente/usuário, para que este não tenha sua quali-</p><p>dade de vida comprometida por um problema evitável, decorrente da utilização</p><p>de medicamentos (VIEIRA; SILVA, 2004).</p><p>A presença do farmacêutico é indispensável, uma vez que a maioria dos medica-</p><p>mentos são prescritos, dispensados ou utilizados de forma inadequada. Por esse</p><p>motivo, as farmácias e drogarias devem seguir normas para promover a saúde, ga-</p><p>rantir o abastecimento de medicamentos e produtos para a saúde, promover o auto-</p><p>cuidado do paciente e aprimorar a prescrição e o uso adequado dos medicamentos.</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>A presença do farmacêutico consiste na dispensação correta dos medicamentos.</p><p>Segundo o Conselho Federal de Farmácia (Brasil), consiste no ato do farma-</p><p>cêutico de orientação e fornecimento ao usuário de medicamentos, insumos</p><p>farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não.</p><p>No ato da dispensação, o farmacêutico deve se atentar a alguns elementos</p><p>importantes. São eles:</p><p>■ ênfase no cumprimento da posologia;</p><p>■ influência dos alimentos;</p><p>■ interação com outros medicamentos;</p><p>■ reconhecimento de reações adversas potenciais;</p><p>■ condições de conservação dos produtos.</p><p>A presença desse profissional é essencial para que os pacientes tenham acesso a</p><p>informações sobre medicamentos e somente esse profissional pode executar os</p><p>serviços farmacêuticos dentro de farmácias ou drogarias, uma vez que possui</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>conhecimento técnico científico que assegura a eficácia e a segurança do uso do</p><p>medicamento, conforme relatado por Monteiro, Lacerda e Natal (2021).</p><p>Ademais, vários estudos mostraram que as intervenções realizadas por farma-</p><p>cêuticos no ato da dispensação e a implantação de serviços de Atenção Farmacêu-</p><p>tica, bem como os serviços clínicos, como o acompanhamento farmacoterapêu-</p><p>tico, melhoram a qualidade de tratamento dos pacientes, com a identificação de</p><p>possíveis eventos adversos, maior adesão à terapêutica e respeito às prescrições</p><p>por parte do paciente (RIBEIRO et al., 2015; MELO; CASTRO, 2017; TAVARES</p><p>et al., 2021). Além disso, esses fatores contribuem para garantir a fidelização dos</p><p>clientes ativos, aliando cuidado com geração de lucros ao empresariado (MATIAS;</p><p>MIRANDA, 2018).</p><p>RDC 44/2009</p><p>Autora: Tatiana Ferrara Barros.</p><p>A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio da</p><p>RDC 44/2009, aprofunda as boas práticas farmacêuticas para</p><p>o controle sanitário do funcionamento, dispensação e comer-</p><p>cialização de produtos e prestação de serviços em farmácias.</p><p>O livro apresenta um roteiro prático que facilita a consulta e</p><p>oferece o passo a passo de como implementar as novas regras.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES</p><p>As farmácias e drogarias devem implementar Procedimentos Operacionais Pa-</p><p>drão (POPs) de acordo com o Manual de Boas Práticas (BRASIL, 2009). Esses</p><p>POPs devem abranger, no mínimo:</p><p>I - manutenção das condições higiênicas e sanitárias adequadas a cada am-</p><p>biente da farmácia ou drogaria;</p><p>II - aquisição, recebimento e armazenamento dos produtos de comerciali-</p><p>zação permitida;</p><p>III - exposição e organização dos produtos para comercialização;</p><p>IV - dispensação de medicamentos;</p><p>1</p><p>4</p><p>4</p><p>V - destino dos produtos com prazos de validade vencidos;</p><p>VI - destinação dos produtos próximos ao vencimento;</p><p>VII - prestação de serviços farmacêuticos permitidos, quando houver;</p><p>VIII - utilização de materiais descartáveis e sua destinação após o uso.</p><p>Procedimento Operacional Padrão (POP) é um documento que uniformiza pro-</p><p>cessos e assegura qualidade consistente a produtos e serviços. Ele é um docu-</p><p>mento que registra o passo a passo de uma operação ou processo, garantindo</p><p>que qualquer funcionário da empresa consiga realizá-lo. É um roteiro padroni-</p><p>zado, com o objetivo de evitar problemas de execução e garantir a qualidade</p><p>de</p><p>produtos e serviços.</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>DA COMERCIALIZAÇÃO E DISPENSAÇÃO DE PRODUTOS</p><p>A aquisição de matérias-primas, medicamentos e produtos farmacêuticos pelas</p><p>farmácias e/ou drogarias só é permitida se eles estiverem regularizados junto à</p><p>Anvisa, de acordo com a legislação vigente.</p><p>■ As farmácias e as drogarias devem estabelecer, documentar e implemen-</p><p>tar critérios para garantir a origem e qualidade dos produtos adquiridos.</p><p>■ A aquisição de produtos deve ser feita por meio de distribuidores legal-</p><p>mente autorizados e licenciados conforme legislação sanitária.</p><p>■ O nome, o número do lote e o fabricante dos produtos adquiridos devem</p><p>estar discriminados na nota fiscal de compra e serem conferidos no mo-</p><p>mento do recebimento.</p><p>DO AMBIENTE DESTINADO AOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS</p><p>O ambiente destinado aos serviços farmacêuticos deve ser diverso daquele des-</p><p>tinado à dispensação e à circulação de pessoas em geral, devendo o estabeleci-</p><p>mento dispor de espaço específico para esse fim.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>Os estabelecimentos poderão oferecer os seguintes serviços:</p><p>I - Atenção farmacêutica:</p><p>■ parâmetros fisiológicos: pressão arterial e temperatura corporal;</p><p>■ parâmetro bioquímico: glicemia capilar (autoteste);</p><p>■ administração de medicamentos: injetáveis, inalatórios, vacinas; ve-</p><p>dada a administração de medicamentos de uso exclusivo hospitalar.</p><p>■ atenção farmacêutica domiciliar: deve possuir dois farmacêuticos.</p><p>II - Perfuração de lóbulo auricular: colocação de brinco. Usando aparelho</p><p>específico para esse fim e que utilize o brinco como material perfurante.</p><p>III - Aplicação de vacinas.</p><p>A Anvisa instituiu a RDC nº 197, de 26 de dezembro de 2017, que dispõe sobre</p><p>os requisitos mínimos para o funcionamento dos serviços de vacinação humana.</p><p>Leia a RDC Anvisa nº 197, de 26 de dezembro de 2017, que dispõe sobre os re-</p><p>quisitos mínimos para o funcionamento dos serviços de vacinação humana no</p><p>link. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de</p><p>aprendizagem.</p><p>EU INDICO</p><p>Após a realização dos serviços farmacêuticos, deve ser entregue ao usuário a</p><p>Declaração de Serviço Farmacêutico. A Declaração de Serviço Farmacêutico</p><p>deve ser elaborada em papel com identificação do estabelecimento, contendo</p><p>nome, endereço, telefone e CNPJ, assim como a identificação do usuário ou de</p><p>seu responsável legal, quando for o caso. Além dos dados do estabelecimento,</p><p>a Declaração de Serviço Farmacêutico deve conter determinadas informações,</p><p>conforme o serviço farmacêutico prestado.</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>DA COMERCIALIZAÇÃO E DISPENSAÇÃO DE PRODUTOS</p><p>Além dos medicamentos, o comércio e a dispensação de determinados correlatos</p><p>podem ser estendidos às farmácias e drogarias em todo o território nacional, de</p><p>acordo com a relação, requisitos e condições estabelecidos na legislação sanitária</p><p>específica. Nesse sentido, a Instrução Normativa nº 9, de 17 de agosto de 2009,</p><p>delineia os produtos que podem ser comercializados, incluindo medicamentos,</p><p>plantas medicinais, drogas vegetais, cosméticos, perfumes, produtos de</p><p>higiene pessoal e produtos médicos utilizados por leigos, como termômetros,</p><p>glicosímetros, nebulizadores, entre outros.</p><p>Leia a Instrução Normativa nº 9, de 17 de agosto de 2009. Recursos de mídia dis-</p><p>poníveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>EU INDICO</p><p>RECEITAS ILEGÍVEIS</p><p>A prescrição médica, quando ilegível, causa transtornos aos pacientes, dificul-</p><p>tando a compreensão da prescrição e podendo resultar em outras consequên-</p><p>cias, como erros na dispensação e na administração dos medicamentos. Quando</p><p>um medicamento é utilizado por engano, a pessoa pode enfrentar efeitos colate-</p><p>rais indesejados, agravamento da condição de saúde ou até mesmo intoxicação</p><p>medicamentosa (CFF, 2023).</p><p>A legibilidade das receitas é obrigatória desde 1973, prevista na Lei Federal</p><p>nº 5.991, em seu 35º artigo, que diz: só será aviada a receita que estiver escrita de</p><p>modo legível. Além de infringir a uma Lei Federal, ao escrever de forma ilegível,</p><p>o profissional também está ferindo o Código de Ética Médica. O capítulo III,</p><p>artigo 11, veda ao médico “receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou</p><p>ilegível”. Em resumo, letra ilegível em receita médica pode e deve gerar punição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>DECRETO Nº 20.931, DE 11 DE JANEIRO DE 1932.</p><p>DO EXERCÍCIO DA MEDICINA.</p><p>Art. 15 São deveres dos médicos:</p><p>b) Escrever as receitas por extenso, legivelmente, em vernáculo, indicando nelas o</p><p>uso interno ou externo dos medicamentos, o nome e a residência do doente, bem</p><p>como a própria residência ou consultório.</p><p>c) ratificar em suas receitas a posologia dos medicamentos, sempre que esta for</p><p>anormal, eximindo assim o farmacêutico de responsabilidade no seu aviamento.</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>1</p><p>4</p><p>8</p><p>AVALIAÇÃO FARMACÊUTICA DA RECEITA</p><p>A farmácia ou drogaria somente poderá aviar ou dispensar quando todos os itens</p><p>da receita e da respectiva notificação de receita estiverem devidamente preenchi-</p><p>dos. De acordo com a Lei Federal nº 5991, de 17 de dezembro de 1973, do artigo</p><p>41: “Quando a dosagem do medicamento prescrito ultrapassar os limites farmaco-</p><p>lógicos ou a prescrição apresentar incompatibilidades, o responsável técnico pelo</p><p>estabelecimento solicitará confirmação expressa ao profissional que a prescreveu”.</p><p>O farmacêutico tem a obrigação de avaliar a receita quanto à/ao:</p><p>■ Legibilidade e ausência de rasuras e emendas.</p><p>■ Identificação do usuário.</p><p>■ Identificação do medicamento: concentração, dosagem, FF, quantidade;</p><p>modo de usar ou posologia.</p><p>■ Duração do tratamento.</p><p>■ Local e data da emissão da receita.</p><p>■ Assinatura e identificação do prescritor com n° de registro no CRM.</p><p>Não podem ser dispensados medicamentos cujas receitas estiverem ilegíveis ou</p><p>que possam induzir a erro ou confusão. Caso haja dúvida, o farmacêutico de-</p><p>verá entrar em contato com o prescritor para esclarecimentos. O farmacêutico</p><p>deve entrar em contato com o profissional prescritor para esclarecer eventuais</p><p>problemas ou dúvidas que tenha detectado no momento da avaliação da receita.</p><p>PORTARIA Nº 344, DE 12 DE MAIO DE 1998.</p><p>A Portaria SVS/MS nº 344/1998 é a legislação que estabelece os critérios sobre</p><p>a prescrição e dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial. Ela</p><p>engloba definições relacionadas a substâncias e medicamentos abrangidos pela</p><p>portaria, além de obrigações legais que abrangem aspectos como comercializa-</p><p>ção, autorização, produção, prescrição e dispensação. A portaria também inclui</p><p>uma lista classificada por substâncias de cada fármaco e suas exigências.</p><p>Para a comercialização de medicamentos, são necessárias algumas licenças</p><p>e documentos, entre eles:</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>4</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>■ Licença de Funcionamento: permissão concedida pelo</p><p>órgão de saúde competente dos Estados, Municípios e</p><p>Distrito Federal, para o funcionamento de estabeleci-</p><p>mento vinculado à empresa que desenvolva qualquer</p><p>das atividades enunciadas no artigo 2º deste Regula-</p><p>mento Técnico. Art. 2º.</p><p>■ Livro de Registro Específico: livro destinado à anota-</p><p>ção, em ordem cronológica, de estoques, de entradas</p><p>(por aquisição ou produção), de saídas (por venda, pro-</p><p>cessamento, uso) e de perdas de medicamentos sujeitos</p><p>ao controle especial. Substituído pelo Sistema Nacio-</p><p>nal de Gerenciamento de Produtos Controlados.</p><p>■ Livro de Receituário Geral: livro destinado ao regis-</p><p>tro de todas as preparações magistrais manipuladas</p><p>em farmácias.</p><p>■ Substância Proscrita: substância cujo uso está proi-</p><p>bido no Brasil.</p><p>Para uma compreensão mais completa, é essencial entender</p><p>alguns conceitos:</p><p>■ Droga: substância ou matéria-prima que tenha finali-</p><p>dade medicamentosa ou sanitária.</p><p>■ Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente</p><p>obtido ou elaborado, com finalidade profilática, cura-</p><p>tiva, paliativa ou para fins de diagnóstico.</p><p>■ Entorpecente: substância que pode determinar depen-</p><p>dência física ou psíquica relacionada como tal, nas</p><p>listas</p><p>aprovadas pela Convenção Única sobre Entorpecentes,</p><p>reproduzidas nos anexos deste Regulamento Técnico.</p><p>■ Psicotrópico: substância que pode determinar de-</p><p>pendência física ou psíquica e relacionada, como tal,</p><p>nas listas aprovadas pela Convenção sobre Substâncias</p><p>Psicotrópicas, reproduzidas nos anexos deste Regula-</p><p>mento Técnico.</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>Conforme Portaria 344/1998:</p><p>■ Notificação de Receita:</p><p>- Documento padronizado destinado à notificação da prescrição de me-</p><p>dicamentos:</p><p>a) entorpecentes (cor amarela);</p><p>b) psicotrópicos (cor azul);</p><p>c) retinoides de uso sistêmico e imunossupressores (cor branca).</p><p>A notificação concernente aos dois primeiros grupos (a e b) deverá ser firmada</p><p>por profissional devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina, no</p><p>Conselho Regional de Medicina Veterinária ou no Conselho Regional de Odon-</p><p>tologia; a concernente ao terceiro grupo (c), exclusivamente por profissional</p><p>devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina.</p><p>■ Receita:</p><p>- Prescrição escrita de medicamento, contendo orientação de uso para o pa-</p><p>ciente, efetuada por profissional legalmente habilitado, quer seja de formulação</p><p>magistral ou de produto industrializado.</p><p>A notificação de receita é o documento que, acompanhado de receita, auto-</p><p>riza a dispensação de medicamentos à base de substâncias constantes das listas</p><p>A1, A2, A3, B1, B2, C2 e C3.</p><p>Deve estar totalmente preenchida de forma legível, sem emenda ou rasura, e</p><p>será retida pela farmácia ou drogaria, que preencherá os campos do comprador</p><p>O SNGPC, Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados, é um</p><p>banco de dados eletrônico que registra informações sobre medicamentos con-</p><p>trolados pelo governo, visando controlar sua venda e estoque. Ele monitora as</p><p>movimentações de entrada e saída de medicamentos em farmácias e drogarias</p><p>privadas do país, incluindo entorpecentes, psicotrópicos e antimicrobianos. Esta-</p><p>belecimentos autorizados pelo Ministério da Saúde para comercializar esses pro-</p><p>dutos precisam estar cadastrados no SNGPC, seguindo regras governamentais.</p><p>Entre 2007 e 2008, o SNGPC substitui a escrituração tradicional por uma eletrôni-</p><p>ca, transmitindo os dados para a Anvisa.</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 7</p><p>e dispensador no ato da dispensação, a receita que a acompanha será devolvida</p><p>ao paciente devidamente carimbada, para comprovação do aviamento ou dis-</p><p>pensação. A quantidade em algarismos arábicos e por extenso, sem emenda ou</p><p>rasura, a farmácia ou drogaria somente poderá dispensar quando todos os itens</p><p>da Notificação de Receita estiverem devidamente preenchidos. Será retida pela</p><p>farmácia ou drogaria, é personalizada e intransferível, devendo conter somente</p><p>uma substância das listas.</p><p>Para maior entendimento dos tipos receituários, acesse o seguinte site: https://www.</p><p>vs.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/2023/08/DISPENSACAO-DE-MEDICA-</p><p>MENTOS-PSICOTROPICOS-Tipos-de-receituarios-e-modelos-oficiais-2023.pdf.</p><p>EU INDICO</p><p>Ao concluir, podemos observar que o Manual de Boas Práticas Farmacêuticas</p><p>tem como principal objetivo estabelecer os requisitos básicos para a realização</p><p>dos serviços dentro da farmácia, buscando padronizar os produtos oferecidos e</p><p>o atendimento da empresa.</p><p>De maneira resumida, o MBPF assegura a qualidade dos medicamentos e dos</p><p>serviços prestados dentro da farmácia, e os medicamentos vendidos nas drogarias</p><p>precisam estar de acordo com critérios estabelecidos pela vigilância sanitária.</p><p>As medicações controladas precisam da conferência do SNGPC – Siste-</p><p>ma Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados, e as compras desses</p><p>medicamentos só são válidas se forem realizadas por empresas certificadas pela</p><p>Anvisa (LOPES, 2023). Com isso dito, o Manual de Boas Práticas Farmacêuti-</p><p>cas garante o funcionamento padronizado dos processos, além de descrever as</p><p>atividades e objetivos delas.</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>Ao finalizar este tema, reconhecemos a importância de possuir um manual que</p><p>oriente sobre as regras e procedimentos a serem seguidos. É para esse propósito</p><p>que existe o Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, um guia para garantir que</p><p>os processos sejam conduzidos adequadamente e que o estabelecimento esteja</p><p>em conformidade com as leis estabelecidas pela Anvisa. Além disso, ele promove</p><p>a padronização dos procedimentos e regras, garantindo que todos os estabeleci-</p><p>mentos farmacêuticos sigam as mesmas diretrizes.</p><p>Ao começar a exercer sua função como profissional farmacêutico, você enfren-</p><p>tará o desafio da implementação do Manual de Boas Práticas. Esteja sempre atento</p><p>às leis e regulamentos mencionados aqui, pois eles são frequentemente atualizados.</p><p>Desejamos sucesso em sua jornada e que todo o conhecimento adquirido</p><p>seja aplicado para oferecer serviços farmacêuticos de qualidade.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>1. Do Ambiente Destinado aos Serviços Farmacêuticos:</p><p>Art. 15. O ambiente destinado aos serviços farmacêuticos deve ser diverso daquele destinado</p><p>à dispensação e à circulação de pessoas em geral, devendo o estabelecimento dispor de</p><p>espaço específico para esse fim. §1º O ambiente para prestação dos serviços que deman-</p><p>dam atendimento individualizado deve garantir a privacidade e o conforto dos usuários,</p><p>possuindo dimensões, mobiliário e infraestrutura compatíveis com as atividades e serviços</p><p>a serem oferecidos. §2º O ambiente deve ser provido de lavatório contendo água corrente</p><p>e dispor de toalha de uso individual e descartável, sabonete líquido, gel bactericida e lixeira</p><p>com pedal e tampa.</p><p>No Brasil, os requisitos técnicos relacionados à infraestrutura física necessária para o funcio-</p><p>namento de farmácias e drogarias estão descritos na RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009</p><p>em sua atualização – a RDC nº 41, de 26 de julho de 2012.</p><p>Sobre o exposto, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. O ambiente destinado aos serviços farmacêuticos pode ser o mesmo daquele destinado</p><p>à dispensação e à circulação de pessoas em geral.</p><p>II. As farmácias e as drogarias localizadas no interior de galerias de shoppings e super-</p><p>mercados podem compartilhar as áreas comuns desses estabelecimentos destinados</p><p>para sanitário, depósito de material de limpeza e local para guarda dos pertences dos</p><p>funcionários.</p><p>III. As condições de ventilação e iluminação de todos os ambientes da farmácia ou da dro-</p><p>garia devem ser compatíveis com as atividades desenvolvidas em cada ambiente.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>5</p><p>4</p><p>2. São requisitos mínimos para o funcionamento de estabelecimentos que oferecem vaci-</p><p>nação:</p><p>• Licenciamento e inscrição do serviço no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde</p><p>(CNES).</p><p>• Afixação do Calendário Nacional de Vacinação, com a indicação das vacinas disponibili-</p><p>zadas.</p><p>• Responsável técnico.</p><p>• Profissional legalmente habilitado para a atividade de vacinação.</p><p>• Capacitação permanente dos profissionais.</p><p>• Instalações físicas adequadas, com observação da RDC 50/2002 e mais alguns itens obri-</p><p>gatórios, a exemplo do equipamento de refrigeração exclusivo para a guarda e conservação</p><p>de vacinas, com termômetro de momento com máxima e mínima.</p><p>Sobre a RDC 197/2017 que estabelece regras para o serviço de vacinação, qual alternativa</p><p>apresenta corretamente uma dessas regras?</p><p>a) Presença de um farmacêutico responsável técnico, legalmente habilitado, formalmente</p><p>designado para manter as rotinas e os procedimentos do serviço.</p><p>b) Equipamento de refrigeração para guarda e conservação de vacinas e medicamentos</p><p>termolábeis, em caso de farmácias e drogarias, com termômetro de momento com</p><p>máxima e mínima.</p><p>c) A prescrição médica é facultativa para administração de vacinas em estabelecimentos</p><p>privados.</p><p>d) Profissionais envolvidos nos processos de vacinação devem ser periodicamente ca-</p><p>pacitados pelo serviço, incluindo processo para investigação e notificação de eventos</p><p>adversos pós-vacinação e erros de vacinação.</p><p>e) A dispensação</p><p>e a administração das vacinas podem ser realizadas em estabelecimentos</p><p>diferentes.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>5</p><p>5</p><p>3. Deve estar totalmente preenchida de forma legível, sem emenda ou rasura, e será retida pela</p><p>farmácia ou drogaria, que preencherá os campos do comprador e dispensador no ato da</p><p>dispensação, a receita que a acompanha será devolvida ao paciente devidamente carimba-</p><p>da, para comprovação do aviamento ou dispensação. A quantidade em algarismos arábicos</p><p>e por extenso, sem emenda ou rasura, a farmácia ou a drogaria somente poderá dispensar</p><p>quando todos os itens da Notificação de Receita estiverem devidamente preenchidos.</p><p>Com base nas informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta</p><p>entre elas:</p><p>I. O farmacêutico é responsável por analisar as prescrições e decidirá se pode aviar ou</p><p>dispensar os medicamentos.</p><p>PORQUE</p><p>II. Os medicamentos serão vendidos se todos os itens da receita e da Notificação de Receita</p><p>estiverem devidamente preenchidos.</p><p>A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:</p><p>a) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.</p><p>b) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.</p><p>c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.</p><p>d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.</p><p>e) As asserções I e II são falsas.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC nº 44, de 17 de</p><p>agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcio-</p><p>namento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farma-</p><p>cêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. Brasília, DF: Diário Oficial da União,</p><p>2009.</p><p>BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n° 197, de 26 de dezembro</p><p>de 2017. Dispõe sobre os requisitos mínimos para o funcionamento dos serviços de vacinação</p><p>humana. Brasília, DF: Diário Oficial da República, 2017. Disponível em: https://sbim.org.br/legis-</p><p>lacao/867-rdc-anvisa-n-197-26-de-dezembro-de-2017. Acesso em: 26 mar. 2024.</p><p>BRASIL. Lei nº 13 .021, de 8 de agosto de 2014. Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das ati-</p><p>vidades farmacêutica. Brasília, DF: Diário Oficial da República, 2014. Disponível em: http://www.</p><p>planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011- 2014/2014/lei/l13021.htm. Acesso em: 1 jan. 2024.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regu-</p><p>lamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos</p><p>de estabelecimentos assistenciais de saúde. Brasília, DF: Diário Oficial da República Federa-</p><p>tiva do Brasil, 2002. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/</p><p>rdc0050_21_02_2002.html. Acesso em: 26 mar. 2024.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 344, de 12 de maio</p><p>de 1998. Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a contro-</p><p>le especial. Brasília, DF: Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 1998. Disponível em:</p><p>http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/1998/prt0 2_05_1998_rep.html. Acesso em: 5</p><p>jan. 2024.</p><p>BRASIL. Lei nº 5991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle sanitário do comércio</p><p>de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e das outras providências. Bra-</p><p>sília, DF: Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 1973.</p><p>CFF. Uma letra ilegível pode ser fatal: CFF lança campanha em prol da prescrição corre-</p><p>ta de medicamentos. CFF, 2023. Disponível em: https://site.cff.org.br/noticia/noticias-do-</p><p>-cff/05/05/2023/uma-letra-ilegivel-pode-ser-fatal-cff-lanca-campanha-em-prol-da-prescri-</p><p>cao-correta-de-medicamentos. Acesso em: 26 mar. 2024.</p><p>CORRER, C. J.; OTUKI, M. F. A prática farmacêutica na farmácia comunitária. Porto Alegre: Art-</p><p>med, 2013.</p><p>LOPES, F. Manual de Boas Práticas Farmacêuticas: descubra sua importância. Farmarcas, 2023.</p><p>Disponível: https://www.farmarcas.com.br/manual-de-boas-praticas-farmaceuticas-descubra-</p><p>-sua-importancia/. Acesso em: 26 mar. 2024.</p><p>1</p><p>5</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>MATIAS, A. S.; MIRANDA, T. A. S. Implantação do serviço de atenção farmacêutica em uma far-</p><p>mácia comunitária: um estudo exploratório na cidade de São José do Belmonte – PE. Rev . Mult .</p><p>Psic., [s. l.], v. 12, n. 41, p. 850-858, 2018.</p><p>MELO, D. O. D.; CASTRO, L. L. C. D. Pharmacist’s contribution to the promotion of access and ratio-</p><p>nal use of essential medicines in SUS. Ciência e saúde coletiva, [s. l.], v. 22, n. 1, p. 235-245, 2017.</p><p>MONTEIRO, E. R.; LACERDA, J. T. de; NATAL, S. Avaliação da gestão municipal na promoção do</p><p>uso racional de medicamento sem municípios de médio e grande porte de Santa Catarina, Bra-</p><p>sil. Caderno de Saúde Pública, São Paulo, v. 37, n. 5, p. 1-21, set. 2021.</p><p>RIBEIRO, V. F. et al. Realização de intervenções farmacêuticas por meio de uma experiência em</p><p>farmácia clínica. Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde, São Paulo, v.</p><p>6, n. 4, p. 18-22, out./dez. 2015.</p><p>ROVERS, J. P. et al. A practical guide to pharmaceutical care. 2. ed. Washington: American Phar-</p><p>maceutical Association, 2003.</p><p>SÃO PAULO. Orientação Farmacêutica. Manual de Boas Práticas e POPs – Farmácias e Droga-</p><p>rias. São Paulo: CRF-SP, 2001. Disponível em: https://www.crfsp.org.br/documentos/fiscaliza-</p><p>cao/N%C3%A3o%20verificado%20MBP%20e%20POPs%20-%20farm%C3%A1cias%20e%20dro-</p><p>garias.pdf. Acesso em: 26 mar. 2024.</p><p>TAVARES, M. L. D. et al. Diagnóstico situacional da consulta farmacêutica na rede básica de</p><p>saúde do Município de Belém, Estado do Pará, Brasil. Research, Society and Development, [s.</p><p>l.], v. 10, n. 1, p. 1-16, 2021.</p><p>VIEIRA, E. M; SILVA, L. R. Conhecimento dos farmacêuticos sobre legislação sanitária e regula-</p><p>mentação da profissão. Revista de Saúde Pública, [s. l.], v. 38, n. 3, p. 429-437, 2004.</p><p>1</p><p>5</p><p>8</p><p>1. Alternativa D.</p><p>2. Alternativa D.</p><p>3. Alternativa A.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>5</p><p>9</p><p>MINHAS METAS</p><p>FARMACOECONOMIA</p><p>Entender a importância de ser feita uma avaliação em saúde.</p><p>Ter o entendimento dos tipos de avaliação em saúde e onde é melhor aplicado.</p><p>Aprender sobre farmacoeconomia e sua aplicabilidade na profissão.</p><p>Saber a definição de custos, quais seus tipos e a importância do seu entendimento.</p><p>Identificar para quem é dirigida a farmacoeconomia e como é útil na otimização de</p><p>recursos.</p><p>Familiarizar-se com os estudos farmacoeconômicos nos diversos setores farmacêuticos.</p><p>Ter o entendimento quando o recurso é escasso, e como melhor aproveitá-lo.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 8</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Estudante, ao longo de sua trajetória profissional, será evidente a importância</p><p>da análise criteriosa do custo-efetividade e do custo-benefício em suas escolhas,</p><p>especialmente no contexto do setor farmacêutico. A habilidade de maximizar</p><p>lucros, minimizar prejuízos e, crucialmente, manter um compromisso prioritário</p><p>com a saúde, será tema central em nossos estudos.</p><p>Neste tema, exploraremos a maneira de aprimorar a gestão da distribuição</p><p>de recursos e serviços na área da saúde. Destacaremos a relevância de conciliar</p><p>eficiência financeira com a salvaguarda dos princípios fundamentais, como se-</p><p>gurança, eficácia e qualidade, nas diversas terapias médicas disponíveis.</p><p>Este conhecimento não apenas contribuirá para o seu sucesso profissional,</p><p>mas também para a promoção de práticas que beneficiem a sociedade como um</p><p>todo. Estamos ansiosos para embarcar nessa jornada de aprendizado conjunto.</p><p>Escute nosso podcast a respeito da aplicação da farmacoeconomia na área hos-</p><p>pitalar, como impacta as despesas do hospital e atuação imprescindível do farma-</p><p>cêutico. Você aprenderá de maneira tranquila e informal através do nosso podcast,</p><p>te espero lá! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente vir-</p><p>tual de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>São inúmeros os critérios que podem ser considerados quando se trata</p><p>de avaliação.</p><p>Neste vídeo, serão mostrados os mais utilizados na área da saúde. Recursos de</p><p>mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>AVALIAÇÃO ECONÔMICA EM SAÚDE</p><p>Os sistemas e serviços de saúde são influenciados por um conjunto de fatores, des-</p><p>tacando-se o envelhecimento da população, o aumento da carga de doença devido</p><p>principalmente às enfermidades crônicas e à maior oferta de tecnologias, as quais</p><p>têm exigido cada vez mais recursos financeiros para adquiri-las, comprometen-</p><p>do a sustentabilidade do orçamento da saúde. Neste cenário, intervenções para</p><p>prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e controle de doenças e agravos</p><p>competem entre si por recursos escassos (SILVA; SILVA; PEREIRA, 2016).</p><p>Em economia, trabalha-se com a noção de custo de oportunidade, em que</p><p>há usos alternativos para os recursos limitados. Esse conceito pressupõe que,</p><p>ao se optar por uma intervenção equivocada - aquela que não gere benefícios</p><p>adicionais -, perde-se a oportunidade de usar a mesma quantia de dinheiro para</p><p>investir em alternativas que poderiam trazer mais ganhos para a população (SIL-</p><p>VA; SILVA; PEREIRA, 2016).</p><p>A avaliação econômica em saúde teve início na década de 1960, como ferramenta</p><p>para auxiliar o processo de tomada de decisão e possibilitar maior retorno aos</p><p>investimentos (GOLD; RUSSEL,1996).</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>A avaliação econômica é um procedimento no qual os custos de programas, alter-</p><p>nativas ou opções são confrontados com suas consequências, seja em termos de</p><p>melhoria da saúde ou de economia de recursos. Também conhecida como estudo</p><p>de rentabilidade, essa prática abrange uma variedade de técnicas, como análise</p><p>de custo-efetividade, análise de custo-benefício e análise de custo-utilidade. Ela</p><p>pode ser definida como uma análise comparativa das estratégias em termos de</p><p>custos e resultados em saúde (DRUMMOND et al., 2005).</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>A definição evidencia duas características principais destes estudos. A pri-</p><p>meira é a ênfase em comparações, pois, para que haja escolha, devem-se confron-</p><p>tar pelo menos duas intervenções que tenham a mesma finalidade. A segunda</p><p>característica diz respeito à relação entre custos e desfechos em saúde, sendo</p><p>que para cada relação investigada se devem sistematizar informações relevantes</p><p>ao longo de determinado período de tempo, referido como horizonte temporal</p><p>(SILVA; SILVA; PEREIRA, 2016).</p><p>Para a avaliação econômica auxiliar na tomada de decisão, deve-se informar</p><p>a perspectiva adotada na análise, a qual indica quem tem a prerrogativa de sele-</p><p>cionar alguma das estratégias em investigação. As três perspectivas mais comuns</p><p>referem-se ao prestador de serviços (hospital, clínica), ao sistema de saúde (pú-</p><p>blico ou privado) e à sociedade. Nesta última, inclui-se ampla gama de agentes,</p><p>tais como os pacientes, a previdência e a assistência social. A opção por alguma</p><p>das três perspectivas influencia a identificação, a mensuração e a valoração dos</p><p>custos (SILVA; SILVA; PEREIRA, 2016).</p><p>O Quadro 1 mostra quando existem duas opções em alternativas em saúde</p><p>ou somente uma, e quando é realizada a análise de recursos e efeitos e as conse-</p><p>quências de quando não é feito adequadamente.</p><p>CARACTERÍSTICAS DAS</p><p>AVALIAÇÕES EM SAÚDE</p><p>TANTO OS CUSTOS (RECURSOS) QUANTO AS</p><p>CONSEQUÊNCIAS (EFEITOS) SÃO EXAMINADOS?</p><p>Não Sim</p><p>Existe uma</p><p>comparação</p><p>de duas ou</p><p>mais alter-</p><p>nativas?</p><p>NÃO</p><p>ANÁLISE DOS</p><p>RESULTADOS</p><p>ANÁLISE DOS</p><p>CUSTOS</p><p>Descrição de</p><p>custo e efeito</p><p>Estudo descri-</p><p>tivo dos efeitos</p><p>Estudo descri-</p><p>tivo de custo</p><p>SIM</p><p>Avaliação de</p><p>eficácia ou</p><p>efetividade</p><p>Análise de</p><p>custo</p><p>Avaliação</p><p>econômica</p><p>completa</p><p>Quadro 1 – Características das avaliações em saúde / Fonte: Silva, Silva e Pereira (2016).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>A identificação clara de alternativas relevantes torna-se desafiadora sem uma</p><p>análise sistemática. Os pontos de vista em relação a um problema podem variar</p><p>consideravelmente, dependendo do ator envolvido. A ausência de esforço para</p><p>mensurar intensifica a incerteza em torno da ordem de magnitude, podendo</p><p>atingir níveis críticos.</p><p>TIPOS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA EM SAÚDE</p><p>De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2009), geralmente são definidos</p><p>quatro tipos de avaliação econômica em cuidados de saúde:</p><p>■ Análise de Custo-Minimização.</p><p>■ Análise de Custo-Efetividade.</p><p>■ Análise de Custo-Utilidade.</p><p>■ Análise de Custo-Benefício.</p><p>Análise de custo-efetividade: é a mais comum de todas as avaliações econô-</p><p>micas em saúde. Diz respeito à comparação de custos e benefícios clínicos em</p><p>saúde, sendo estes últimos medidos em unidades naturais na saúde – anos de</p><p>vida ganhos, eventos clínicos evitados. A decisão sobre quanto de efetividade</p><p>adicional justifica o incremento de custo é tomada pela sociedade ou pelo decisor,</p><p>e depende de valores sociais e da disponibilidade de recursos (BRASIL, 2009).</p><p>Análise de custo-utilidade: é a análise que estabelece a comparação de</p><p>custos e benefícios para a saúde, sendo os benefícios medidos em termos de</p><p>utilidade, frequentemente como anos de vida ajustados por qualidade (QALY –</p><p>quality-adjusted life years). Os resultados podem ser comparados entre doenças,</p><p>estados de saúde ou tecnologias diferentes, já que se considera QALY uma me-</p><p>dida universal – determinada no lugar –, sendo útil para estabelecer prioridades</p><p>de alocação de recursos. Alguns autores consideram a análise de custo-utilidade</p><p>como um tipo de análise de custo-efetividade (BRASIL, 2009).</p><p>Por que a avaliação econômica é importante?</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>Análise de custo-benefício: é a comparação de custos e benefícios, ambos</p><p>medidos em termos monetários. Essa análise não é muito utilizada no campo</p><p>sanitário, pela dificuldade de se medir a vida humana em termos monetários.</p><p>Utiliza o método do capital humano para determinar os custos agregados de uma</p><p>vida humana. Esse método se baseia na produção. A análise esbarra, no entanto,</p><p>no obstáculo de se mensurar resultados quanto à saúde e vidas humanas em</p><p>termos monetários (BRASIL, 2009).</p><p>Análise de custo-minimização: é a análise que compara apenas os custos</p><p>de duas ou mais tecnologias, partindo do pressuposto que as opções sob com-</p><p>paração têm igual eficácia ou efetividade. Para realização deste tipo de análise,</p><p>é indispensável a apresentação de evidência científica comparada que suporte</p><p>a premissa de eficácia equivalente. É a mais simples das avaliações econômicas</p><p>(BRASIL, 2009).</p><p>AVALIAÇÕES</p><p>EM SAÚDE</p><p>Custo-</p><p>efetividade</p><p>Custo-</p><p>benefício</p><p>Custo-</p><p>minimização</p><p>Custo-</p><p>utilidade</p><p>Figura 1 – Avaliações em saúde / Fonte: o autor.</p><p>Descrição da Imagem: Na figura central, um círculo exibe a inscrição “avaliações em saúde”. A partir desse círculo</p><p>central, quatro retângulos irradiam para fora, cada um indicando uma abordagem específica: custo-efetividade,</p><p>custo-benefício, custo-minimização e custo-utilidade. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>Ainda existe o quinto parâmetro analisado, que é a Análise do Impacto Orça-</p><p>mentário. É a avaliação das consequências financeiras advindas da adoção de</p><p>nova tecnologia de saúde, em cenário de saúde com recursos finitos. Trata-se de</p><p>análise da factibilidade de incorporação da tecnologia na realidade do sistema</p><p>de saúde (ARAÚJO; ROCHA, 2007). Necessita, para sua elaboração, de dados</p><p>epidemiológicos sobre prevalência e incidência da doença ou agravo em questão</p><p>e é complemento às análises de custo-efetividade, custo-utilidade e custo-mini-</p><p>mização. Considera-se também os custos da tecnologia avaliada, recursos asso-</p><p>ciados às opções terapêuticas em uso no sistema e realocações de recursos para</p><p>os casos em que a inclusão de nova tecnologia possa resultar em economias ao</p><p>sistema de saúde (SILVA, 2012).</p><p>As avaliações econômicas, quando utilizadas para a tomada de decisão, devem</p><p>considerar o chamado custo de oportunidade. É o valor ou benefício da melhor</p><p>opção perdida, quando</p><p>demonstrando uma distribuição</p><p>da frequência. No histograma, a base de cada uma das barras representa uma classe e</p><p>a altura representa a quantidade ou frequência absoluta com que o valor de cada clas-</p><p>se ocorre. Ao mesmo tempo, ele pode ser utilizado como um indicador de dispersão de</p><p>processos. Quando você precisa apresentar ou tirar conclusões de um grande conjunto</p><p>de dados e está trabalhando com conceitos envolvendo frequências, sejam absolutas</p><p>ou relativas, o histograma é o melhor caminho a se tomar (FERRAMENTAS, 2023).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>Ainda existem ferramentas estratégicas de qualidade (utilizadas para o desen-</p><p>volvimento de ideias, determinação de prioridades, estabelecimento de cami-</p><p>nhos, classificação de dados, entendimento de processos e investigação de causas</p><p>dos problemas), são estes: brainstorming, diagrama de causa e efeito e fluxograma.</p><p>DIAGRAMA DE DISPERSÃO</p><p>O diagrama de dispersão é importante para visualizar a relação entre duas variáveis,</p><p>identificando tendências, padrões e correlações. Ele é usado para análises estatísticas</p><p>permitindo entender a influência de uma variável sobre outra e tomar ações afetadas</p><p>(FERRAMENTAS, 2023).</p><p>CARTA DE CONTROLE</p><p>São amplamente utilizados em processos em que a variabilidade precisa ser contro-</p><p>lada, pois permitem monitorar e manter a estabilidade dos processos. Elas destacam</p><p>variações anormais, porém quando as instruções são feitas para manter a consistência</p><p>e a conformidade com os padrões, resultando em produtos e serviços mais confiáveis</p><p>e de alta qualidade.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>O que é brainstorm? Qual sua importância?</p><p>Existem também as ferramentas estatísticas de qualidade utilizadas na busca</p><p>das informações básicas para a tomada de decisões, através da mensuração do</p><p>perfil do desempenho e da apresentação, de maneira variada, de seus dados. São</p><p>estes: gráfico sequencial de controle e gráfico de Pareto.</p><p>Como perceber se uma análise de dados está tendo um bom resultado se não</p><p>fizer um gráfico para uma análise mais acurada.</p><p>Outra ferramenta de extrema importância é o ciclo pdca/sdca, uma ferra-</p><p>menta gerencial, composta de quatro fases de ações sucessivas, utilizada tanto</p><p>para implantar e manter quanto para melhorar a qualidade organizacional. P</p><p>(Plan) é a etapa do planejamento = definição de metas e das ações necessárias</p><p>1</p><p>1</p><p>para atingir essas metas. D (Do) é a etapa da execução = são colocadas em prática</p><p>as medidas planejadas na fase anterior. São necessárias a educação e treinamento</p><p>do pessoal e a coleta dos dados que serão utilizados na próxima etapa. C (Check)</p><p>é a etapa de verificação dos resultados = avaliação da efetividade das ações exe-</p><p>cutadas. A (Act) é a etapa de atuação no processo = são feitas as ações corretivas</p><p>caso as metas determinadas não tenham sido alcançadas. Em seguida, retorna-se</p><p>à primeira fase, de planejamento, e assim o ciclo é girado.</p><p>-Ação corretiva no</p><p>insucesso</p><p>-Padronizar e treinar</p><p>no sucesso</p><p>-Localizar problemas</p><p>-Estabelecer planos</p><p>de ação</p><p>-Verificar atingimento</p><p>de meta</p><p>-Acompanhar indicadores</p><p>-Execução do plano</p><p>-Colocar plano em</p><p>prática</p><p>Agir</p><p>Chegar</p><p>Planejar</p><p>Fazer</p><p>Action Plan</p><p>DoCheck</p><p>CICLO PDCA</p><p>Figura 3 – Ciclo PDCA</p><p>Fonte: https://medium.com/@CrysFaby/ciclo-pdca-f0d37bc260e2. Acesso em: 24 nov. 2023.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem apresenta uma representação visual do ciclo PDCA que destaca um círculo</p><p>central dividido em quatro segmentos triangulares. Cada segmento triangular explora o significado e o propósito</p><p>associado a cada fase do ciclo, proporcionando uma visão clara e intuitiva do processo. Na parte superior do lado</p><p>direito no primeiro triângulo está escrito Plan - Planejar, dele sai um quadrado com as seguintes informações:</p><p>localizar problemas; estabelecer planos de ação. Abaixo no segundo triângulo está escrito Do - Fazer, dele sai um</p><p>quadrado com as seguintes informações: execução do plano; colocar plano em prática. Do lado inferior esquerdo</p><p>no terceiro triângulo está escrito Check – Checar, dele sai um quadrado com as seguintes informações: verificar</p><p>atingimento de meta; acompanhar indicadores. No quarto e último triângulo na parte superior esquerda está</p><p>escrito Action – Agir, dele sai um quadrado com as seguintes informações: ação corretiva no insucesso; padronizar</p><p>e treinar no sucesso. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>ACREDITAÇÃO EM SAÚDE</p><p>Acreditação é o reconhecimento formal, concedido por um organismo autoriza-</p><p>do, de que uma entidade tem competência técnica para realizar serviços específi-</p><p>cos. É um sistema de avaliação e certificação da qualidade de serviços de saúde,</p><p>voluntário e periódico. Tem um caráter eminentemente educativo, voltado</p><p>para a melhoria contínua, sem finalidade de fiscalização ou controle oficial. O</p><p>organismo de Acreditação do Sistema Brasileiro de Certificação (SBC) é o In-</p><p>metro, cabendo às entidades por ele credenciadas a condução das atividades de</p><p>certificação de conformidade e de treinamento de pessoas.</p><p>O processo de avaliação deve ser desenvolvido através de uma equipe mul-</p><p>tidisciplinar. Isso possibilita uma análise mais global, pois o processo de acre-</p><p>ditação demanda que as avaliações sejam feitas em</p><p>todos os setores. Um processo de acreditação pode</p><p>ser realizado em toda organização voltada para a</p><p>prestação de serviços de saúde, que tenha interesse</p><p>no processo. Com a Acreditação Hospitalar, a or-</p><p>ganização da saúde tem a possibilidade de entender</p><p>clara e profundamente a situação do desempenho de todos os seus processos</p><p>institucionais. Isso inclui todas as atividades administrativas, mas também</p><p>as ações e serviços específicos de cuidado direcionado ao cliente. A partir do</p><p>conhecimento de seu desempenho e do desenvolvimento de um modelo de</p><p>educação continuada, com base</p><p>nos manuais relacionados, a or-</p><p>ganização pode elaborar um pla-</p><p>no de ações voltado para a busca</p><p>da melhoria de sua qualidade. A</p><p>partir daí, a organização solicita</p><p>a certificação e recebe os repre-</p><p>sentantes da Instituições Acredi-</p><p>tadoras Credenciadas (IAC), que</p><p>irão fazer as análises da estrutura,</p><p>dos processos e dos resultados.</p><p>Acreditação</p><p>demanda que as</p><p>avaliações sejam</p><p>feitas em todos os</p><p>setores</p><p>1</p><p>8</p><p>ORGANIZAÇÃO NACIONAL DE ACREDITAÇÃO (ONA)</p><p>No Brasil, a ONA é, desde 2001, a instituição</p><p>responsável por desenvolver os padrões de</p><p>avaliação e por revisar periodicamente seus</p><p>manuais, incluindo o Manual Brasileiro de</p><p>Acreditação Hospitalar. O processo de acre-</p><p>ditação é voluntário, ou seja, é a organização,</p><p>serviço ou programa da saúde que manifesta o</p><p>interesse em ser avaliado. As instituições acreditadoras creden-</p><p>ciadas (IACs) ficam com a responsabilidade de efetuar o processo de acreditação</p><p>nas organizações hospitalares.</p><p>O processo de acreditação possui grande relevância, porque se constitui num</p><p>instrumento fortemente capaz de promover a melhoria contínua da qualidade</p><p>em saúde em todo o país.</p><p>A acreditação ONA destaca-se como a única no país a oferecer certifica-</p><p>ções em diversos níveis, proporcionando uma avaliação abrangente da melhoria</p><p>contínua na gestão e nos processos das organizações de saúde. As organizações</p><p>podem alcançar a Acreditação ONA em três distintos níveis:</p><p>NÍVEL 1 - ACREDITADO</p><p>A organização de saúde cumpre ou supera, em 70% ou mais, os padrões de qualidade</p><p>e segurança definidos pela ONA. São avaliadas todas as áreas de atividades da institui-</p><p>ção, incluindo aspectos estruturais e assistenciais. Certificado por dois anos.</p><p>NÍVEL 2 - ACREDITADO PLENO</p><p>A organização precisa atender a dois critérios:</p><p>1) cumprir ou superar, em 80% ou mais, os padrões de qualidade e segurança;</p><p>2) cumprir ou superar, em 70% ou mais, os padrões ONA de gestão integrada, com</p><p>processos ocorrendo de maneira fluida e plena comunicação entre as atividades.</p><p>Certificado válido por dois anos.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 1</p><p>ISO 9000</p><p>A ISO 9000 é a norma que regulamenta os fundamentos e o vocabulário do Siste-</p><p>ma de Gestão da Qualidade,</p><p>se toma a decisão por outra opção (SMITH, 2009). Os cus-</p><p>tos associados às oportunidades perdidas referem-se a recursos que são utilizados</p><p>em outra tecnologia e não de forma que produza o maior valor possível. Outro</p><p>conceito importante para se entender as análises econômicas em saúde é o de</p><p>razão de custo-efetividade (ou utilidade) incremental, que caracteriza o aumento</p><p>no custo resultante da obtenção de uma unidade adicional de benefício para a</p><p>saúde. Nada mais é do que o desfecho das análises de custo-efetividade ou utili-</p><p>dade, o qual irá subsidiar de fato a tomada de decisão em saúde (BRASIL, 2009).</p><p>Vários países têm elaborado orientações de boas práticas em avaliação econômi-</p><p>ca, com vistas a dispor de recomendações que se ajustem às especificidades de</p><p>cada sistema de saúde. Desde 2008, o Brasil possui as suas Diretrizes Metodológi-</p><p>cas para Estudos de Avaliação Econômica em Saúde (BRASIL, 2014).</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>FARMACOECONOMIA</p><p>A farmacoeconomia é a aplicação da economia ao estudo dos medicamentos com</p><p>a otimização da utilização de recursos financeiros sem prejuízo à qualidade do</p><p>tratamento. Em outras palavras, é a descrição, a análise e a comparação dos custos</p><p>e das consequências de terapias medicamentosas para os pacientes, os sistemas</p><p>de saúde e a sociedade, com o objetivo de conciliar as necessidades terapêuticas</p><p>com as possibilidades de custeio (SECOLI et al., 2005).</p><p>É uma ferramenta que ajuda a selecionar as opções mais eficientes e que</p><p>auxilia na distribuição de recursos para a saúde de uma forma mais justa e</p><p>equilibrada. Além disso, contribui para o uso racional de medicamentos por</p><p>meio da incorporação do custo a questões sobre segurança, eficácia e qualidade</p><p>dos diferentes tratamentos médicos, buscando uma melhor relação entre custos</p><p>e resultados (ALVES et al., 2011).</p><p>Introdução à Farmacoeconomia</p><p>Introdução à Farmacoeconomia por Karen Rascati. No atual</p><p>contexto da saúde, em que se buscam cada vez mais os me-</p><p>lhores resultados com os menores custos, o conhecimento</p><p>e a compreensão da farmacoeconomia são fundamentais.</p><p>A linguagem clara e a abordagem completa sobre o tema tor-</p><p>nam este livro essencial a todos aqueles envolvidos na avalia-</p><p>ção econômica e na tomada de decisão nesse campo.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>A farmacoeconomia representa um valioso instrumento de apoio para tomada</p><p>de decisões, que envolvem avaliação e direcionamento de investimentos basea-</p><p>dos numa distribuição mais racional de recursos, permitindo aos profissionais</p><p>conciliar necessidades terapêuticas com possibilidades de custeio individual, das</p><p>empresas provedoras de serviços ou de sistemas de saúde. Isto tem permitido</p><p>incorporar um novo critério - o econômico - na escolha de alternativas terapêu-</p><p>ticas (SECOLI et al., 2005).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>Farmacoeconomia é uma ferramenta que auxi-</p><p>lia na identificação de produtos e serviços farma-</p><p>cêuticos, cujas características possam conciliar as</p><p>necessidades terapêuticas com as possibilidades de</p><p>custeio. A farmacoeconomia utiliza instrumentos de</p><p>análise econômica para examinar os resultados ou o</p><p>impacto dos diversos tratamentos alternativos e in-</p><p>tervenções relacionadas com os cuidados em saúde</p><p>(SECOLI et al.,2005).</p><p>“ A farmacoeconomia foi definida</p><p>como sendo a descrição e a análise</p><p>dos custos da terapia farmacêutica</p><p>para os sistemas de assistência à saú-</p><p>de e para sociedade. Ela identifica,</p><p>mede e compara os custos e conse-</p><p>quências de produtos e serviços far-</p><p>macêuticos (RASCATI, 2010).</p><p>A farmacoeconomia é dominada por um simples</p><p>conceito teórico: o de custo-efetividade. O concei-</p><p>to de custo efetividade implica que nós desejamos</p><p>alcançar algum objetivo predeterminado ao menor</p><p>custo, ou, alternativamente, nós desejamos maximi-</p><p>zar os benefícios para os pacientes gerados por uma</p><p>dada quantidade limitada de recursos. Para alcançar</p><p>isto, nós usamos os instrumentos de avaliação eco-</p><p>nômica para selecionar (escolher) as opções mais</p><p>eficientes entre todas as alternativas disponíveis</p><p>para maximizar o benefício da população atendida</p><p>(SECOLI et al.,2005). Para chegar na escolha ideal</p><p>econômica, a alternativa escolhida sempre será</p><p>aquela mais eficiente e que gaste menos recurso, sem</p><p>estar prejudicando o tratamento do paciente, como</p><p>mostrado na Figura 2.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>CUSTO DOS MEDICAMENTOS</p><p>É comum ouvir que é crucial aprimorar a prescrição médica. Alguns sugerem</p><p>a implementação de diretrizes, protocolos ou formulários específicos para cada</p><p>condição médica, visando aprimorar os cuidados de saúde.</p><p>No entanto, subjacente a esta intenção está uma outra: reduzir os custos com</p><p>os medicamentos. Tal como acontece com outras áreas da produção e do comér-</p><p>cio, são os fornecedores de bens quem mais se têm preocupado em demonstrar</p><p>as vantagens econômicas dos seus produtos (CAVALLINI; BISSON, 2002).</p><p>O objetivo da investigação em farmacoeconomia é o de identificar, medir</p><p>e comparar:</p><p>■ Custos (os recursos consumidos).</p><p>■ Resultados (efetividade, qualidade de vida, utilidade, eficácia, segu-</p><p>rança, morbilidade, mortalidade) da utilização dos medicamentos</p><p>(CAVALLINI; BISSON, 2002).</p><p>MAIS</p><p>CARO</p><p>MENOS</p><p>EFICIENTE</p><p>MAIS</p><p>EFICIENTE</p><p>MAIS</p><p>BARATO</p><p>O IDEAL :MAIS BARATO</p><p>E MAIS EFICAZ</p><p>Figura 2 – Avaliação econômica ideal / Fonte: o autor.</p><p>Descrição da Imagem: Quatro setas convergem para formar quatro quadrantes. Na parte superior está escrito</p><p>“mais caro”, na esquerda “menos eficiente”, na direita “mais eficiente” e na parte inferior “mais barato”. No quarto</p><p>quadrante inferior, um retângulo exibe a inscrição “o ideal: mais barato e mais eficaz”. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>O primeiro elemento de um estudo de farmacoeconomia é o custo, sempre um</p><p>dado complexo, que engloba elementos mensuráveis, tanto qualitativa quanto</p><p>quantitativamente, mas que também nem sempre apresenta clara tangibilidade,</p><p>como em aspectos relacionados à qualidade de vida (GUIMARÃES et al., 2007).</p><p>Conforme Tonon, Tomo e Secoli (2008), o custo representa o valor de todos os</p><p>insumos (trabalho, materiais, dispositivos, medicamentos, entre outros) utiliza-</p><p>dos na produção ou distribuição de bens ou serviços e envolve todos os recur-</p><p>sos relevantes na aplicação do tratamento. São classificados em custos diretos,</p><p>indiretos e intangíveis.</p><p>É necessária uma descrição, a mais completa possível, dos recursos econômicos</p><p>utilizados, os quais devem ser compatíveis com a perspectiva adotada. Há três</p><p>tipos de custos em avaliação econômica: diretos, indiretos e intangíveis, como</p><p>podemos observar na Figura 3.</p><p>Custos</p><p>intangíveis</p><p>Categoria</p><p>de custos</p><p>Custos Diretos</p><p>São os recursos consumidos</p><p>diretamente no tratamento</p><p>ou na intervenção. Podem</p><p>ser médicos ou não médicos.</p><p>Custos indiretos</p><p>Estão relacionados</p><p>das perdas para a</p><p>sociedade resultantes</p><p>ou seu tratamento</p><p>(impacta na produção).</p><p>Custo médicos</p><p>hospitalizações</p><p>medicamentos</p><p>etc…</p><p>Custos não</p><p>médicos</p><p>Transporte do</p><p>paciente etc…</p><p>Figura 3 – Categoria de custos / Fonte: o autor.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Por que avaliar e medir custos em saúde? A justificativa fundamental da avalia-</p><p>ção econômica é que os recursos são limitados em relação aos seus benefícios</p><p>potenciais. Assim, se se deseja maximizar o bem-estar social, é necessário ter-se</p><p>em conta todos os efeitos daquelas decisões que afetam direta ou indiretamente</p><p>a alocação de recursos. As análises do tipo custo da doença são importantes para</p><p>criar um conjunto de informações necessárias tanto à decisão sobre prioridades</p><p>de investimento em saúde quanto para verificar o impacto da implantação de</p><p>ações e programas no setor da saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).</p><p>Os custos diretos são aqueles diretamente relacionados aos serviços de</p><p>saúde que implicam em dispêndios imediatos, sendo de identificação imediata</p><p>(SECOLI et al.,2005). Contemplam produtos e serviços desenvolvidos para pre-</p><p>venir, detectar e/ou tratar uma doença, entre eles, os medicamentos, envolvendo</p><p>todo gasto relacionado com a aquisição, transporte,</p><p>administração e descarte</p><p>destes (SECOLI et al., 2005).</p><p>Como exemplo desse tipo de custo, um antibiótico, que é administrado por</p><p>via endovenosa, onde os custos diretos são referentes à sua compra, ao armaze-</p><p>namento em locais adequados, aos custos dos materiais para administrá-lo, ao</p><p>trabalho dos profissionais para preparar e administrar o medicamento etc. Assim,</p><p>antibióticos cuja posologia requeira várias administrações durante o dia possuem</p><p>custos diretos aumentados em relação a outros que embora tenham maior preço,</p><p>possuem menor frequência diária de administração (RODRIGUEZ, 2004).</p><p>Os custos indiretos são relativos às mudanças da capacidade produtiva do</p><p>indivíduo e familiares decorrentes do processo de adoecimento ou de mortalidade</p><p>precoce. Representam, por exemplo, os custos dos dias de trabalho perdidos,</p><p>incapacidade de realizar as atividades profissionais, tempo gasto em viagens para</p><p>receber cuidado médico e morte prematura decorrente da doença (SECOLI et</p><p>al.,2005). Estão relacionados também com as reações adversas ou as condições</p><p>de administração de um medicamento.</p><p>Descrição da Imagem: No retângulo superior, está identificado como “categoria de custos”, de onde partem três</p><p>setas para três retângulos distintos: o primeiro, denominado “custos intangíveis”; o segundo, “custos diretos”, que</p><p>são os recursos consumidos diretamente no tratamento ou na intervenção, podendo ser médicos ou não médicos;</p><p>e o terceiro, “custos indiretos”, relacionados às perdas para a sociedade resultantes ou seu tratamento, impac-</p><p>tando na produção. No retângulo dos “custos diretos”, duas setas se desdobram em dois retângulos: o primeiro,</p><p>denominado “custos médicos”, engloba hospitalizações, medicamentos, entre outros; e o segundo, “custos não</p><p>médicos”, abrange o transporte do paciente, entre outros. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>Como exemplo, determinados medicamentos que são administrados por</p><p>via intravenosa e que obrigatoriamente condicionam que o paciente seja in-</p><p>ternado, apresentam custo maior em relação aos medicamentos intramus-</p><p>culares que podem ser administrados em ambulatório sem afetar a produti-</p><p>vidade do paciente (RODRIGUEZ, 2004).</p><p>Os custos intangíveis são aqueles de difícil mensuração monetária. Embora</p><p>muito importantes para os pacientes, necessitam ainda de significado econô-</p><p>mico. São os custos do sofrimento, da dor, da tristeza, ansiedade, fadiga ou a</p><p>redução da qualidade de vida, devidos a uma doença ou tratamento de uma</p><p>doença (SECOLI et al., 2005).</p><p>A diferença dos custos se mede de diferentes maneiras de acordo com o</p><p>estudo empregado. O que se busca quando há distintas alternativas de trata-</p><p>mento é a obtenção dos maiores efeitos positivos possíveis ao menor custo</p><p>possível (RODRIGUEZ, 2004).</p><p>A QUEM É DIRIGIDA A FARMACOECONOMIA?</p><p>Os estudos farmacoeconômicos têm sido principalmente realizados pela indústria</p><p>farmacêutica. Algumas companhias têm unidades internas de farmacoeconomia,</p><p>mas outras têm relações privilegiadas com departamentos acadêmicos onde pro-</p><p>curam obter maior credibilidade (CAVALLINI; BISSON, 2002).</p><p>A maioria dos estudos econômicos são solicitados pelo marketing das firmas</p><p>farmacêuticas, o qual utiliza os resultados obtidos como uma nova forma de</p><p>promoção, procurando estabelecer vantagens sobre os outros medicamentos já</p><p>comercializados (CAVALLINI; BISSON, 2002).</p><p>Na farmacoeconomia, os grandes colaboradores são aqueles que têm que gerir ou</p><p>colaborar na gestão do orçamento da saúde para a área dos medicamentos, são eles:</p><p>as Comissões de Farmácia e Terapêutica dos Hospitais e o Ministério da Saúde (MS).</p><p>Para o estudo da farmacoeconomia, são feitos vários questionamentos, entre eles:</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>■ Qual a melhor droga para um determinado paciente?</p><p>■ Qual a melhor droga para uma indústria farmacêutica desenvolver ou</p><p>para um país investir?</p><p>■ Quais drogas devem ser incluídas em um protocolo médico?</p><p>■ Qual o custo por qualidade de vida por uma droga?</p><p>■ A qualidade de vida do paciente irá sofrer uma melhora pela adoção de</p><p>uma determinada terapia?</p><p>■ Quais são os resultados para o paciente das várias modalidades de tratamento?</p><p>APLICAÇÃO DOS ESTUDOS FARMACOECONÔMICOS (EFs)</p><p>Na fixação do preço de medicamentos, cada vez mais são incorporados resul-</p><p>tados de EFs, com a finalidade de situar o valor terapêutico do medicamento</p><p>justificando o seu preço no mercado. Esta estratégia é utilizada para negociação</p><p>de preços com as autoridades sanitárias, de forma que um determinado medica-</p><p>mento, quando comparado a outra alternativa, possa apresentar um menor preço</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 8</p><p>dependendo das suas vantagens terapêuticas. Os resultados dos EFs podem servir</p><p>para negociação de preços com ambulatórios, hospitais e setores de assistência</p><p>médica suplementar (SECOLI et al., 2005).</p><p>Os dados oriundos dos EFs têm ampla possibilidade de utilização na</p><p>sociedade e compreendem:</p><p>1. autorização da comercialização de medicamentos;</p><p>2. fixação de preços, financiamento público de medicamentos;</p><p>3. suporte nas decisões sobre investigação e desenvolvimento na indús-</p><p>tria farmacêutica;</p><p>4. definição de estratégias de marketing na indústria farmacêutica;</p><p>5. incorporação de medicamentos em guias farmacoterápicos e suporte na</p><p>tomada de decisões clínicas (SECOLI et al., 2005).</p><p>A indústria farmacêutica é um dos setores da sociedade que mais tem incorporado</p><p>os EFs como suporte nas decisões de investigar e desenvolver novos medicamentos.</p><p>Os EFs ajudam na definição de estratégias de marketing, auxiliam na modificação</p><p>de preços, na inclusão de medicamentos em formulários e recomendações terapêu-</p><p>ticas. Outra finalidade desses EFs é auxiliar as Comissões de farmácia e terapêutica</p><p>existentes nos serviços públicos e hospitais, na decisão de incorporar medicamen-</p><p>tos nos guias farmacoterápicos. Estas comissões são responsáveis pela elaboração</p><p>e manutenção atualizada de guias de medicamentos (SECOLI et al., 2005).</p><p>A aplicação clínica dos EFs pode, também, beneficiar pacientes, profissio-</p><p>nais envolvidos na assistência e a sociedade como um todo, incrementando a</p><p>qualidade da assistência prestada e racionalizando os recursos. O suporte nas</p><p>decisões farmacoterápicas pode ser em relação à inclusão do medicamento no</p><p>guia; à seleção de uma determinada terapia para um paciente; e à normatiza-</p><p>ção da utilização de medicamentos caros, entre outros (SECOLI et al., 2005).</p><p>Os planos de saúde aplicam estudos farmacoeconômicos na prática de geren-</p><p>ciamento da doença, que significa estudar quais as doenças crônicas e opções</p><p>de tratamento que permitam aumentar a sobrevida e reduzir os custos globais.</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>Para terminar, a implementação dos estudos farmacoeconômicos é uma im-</p><p>portante estratégia para a racionalização terapêutica, permitindo avaliar dife-</p><p>rentes variáveis, como o custo, a eficácia, o benefício, a utilidade e a eficiência de</p><p>diferentes tratamentos.</p><p>Torna-se, assim, de suma importância a capacitação de farmacêuticos e a</p><p>formação de equipes multidisciplinares para o desenvolvimento dos estudos</p><p>farmacoeconômicos, permitindo a escolha da análise mais adequada para certo</p><p>tratamento e o cálculo de maneira fidedigna de todos os custos para determi-</p><p>nada doença, conciliando as necessidades terapêuticas com as possibilidades de</p><p>custeio do sistema de saúde.</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>A farmacoeconomia desempenha um papel significativo no futuro ambien-</p><p>te profissional de nossos estudantes, conectando teoria e prática de maneira</p><p>fundamental. Ao considerar o custo como um componente central nos proces-</p><p>sos decisórios, os estudantes estarão preparados para enfrentar os desafios do</p><p>mercado de trabalho, onde a eficiência na alocação de recursos é essencial. Ao</p><p>compreenderem como avaliar os custos em relação aos resultados econômicos</p><p>e considerar outros aspectos importantes, como questões sociais, legais, éticas</p><p>e políticas, os estudantes serão capazes de tomar decisões informadas e éticas</p><p>no ambiente profissional.</p><p>Isso não apenas aumentará sua empregabilidade, mas</p><p>também os capacitará a contribuir de forma significativa para a melhoria dos sis-</p><p>temas de saúde e o uso racional dos recursos. Ao adquirirem habilidades sólidas</p><p>em farmacoeconomia, os estudantes estarão melhor preparados para enfrentar</p><p>os desafios e aproveitar as oportunidades no mercado de trabalho, garantindo</p><p>perspectivas promissoras em suas carreiras profissionais.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>5</p><p>1. Os custos diretos são aqueles diretamente relacionados aos serviços de saúde que impli-</p><p>cam em dispêndios imediatos, sendo de identificação imediata. Contemplam produtos e</p><p>serviços desenvolvidos para prevenir, detectar e/ou tratar uma doença, entre eles, os me-</p><p>dicamentos, envolvendo todo gasto relacionado com a aquisição, transporte, administração</p><p>e descarte destes (SECOLI et al., 2005).</p><p>Fonte: SECOLI, S. R. et al. Farmacoeconomia: perspectiva emergente no processo de tomada de decisão.</p><p>Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, p. 287-296, dez. 2005.</p><p>A respeito da categoria custo médico, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. Compreendem os custos relacionados a hospitalizações, medicamentos, exames, pró-</p><p>teses, honorários etc.</p><p>II. É considerado um custo direto.</p><p>III. Relacionados às perdas para a sociedade, resultantes da doença ou do seu tratamento</p><p>(impacto na produção), ausências no trabalho ou aposentadoria prematura.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>2. Eficiência representa a relação entre os recursos financeiros (custos) e os outcomes utili-</p><p>zados em determinada intervenção. Assim sendo, a farmacoeconomia busca determinar,</p><p>entre alternativas terapêuticas, qual é a mais eficiente, e qual destas produzem os melhores</p><p>outcomes, segundo os recursos investidos.</p><p>Fonte: SECOLI, S. R. et al. Farmacoeconomia: perspectiva emergente no processo de tomada de decisão.</p><p>Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, p. 287-296, dez. 2005.</p><p>Sobre a avaliação econômica em saúde, podemos afirmar que:</p><p>a) A eficiência de um tratamento farmacológico é a relação entre os benefícios alcançados</p><p>com esse tratamento farmacológico na prática clínica e o seu custo (valor monetário).</p><p>b) Os custos diretos referem-se tão somente aos custos médico-hospitalares.</p><p>c) Os custos indiretos referem-se tão somente aos custos não médico-hospitalares como,</p><p>por exemplo, transporte para consultório ou hospital e adaptações no lar.</p><p>d) Os custos intangíveis referem-se tão somente à perda de renda e/ou produtividade</p><p>trazida pela doença ou enfermidade.</p><p>e) A eficácia do tratamento farmacológico consiste na alocação igualitária de recursos</p><p>farmacêuticos destinados aos serviços de saúde.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>3. Nos estudos de microcusteio, todos os componentes de custo são definidos no nível mais</p><p>detalhado a partir de dados individuais do tratamento do paciente, como da revisão do</p><p>prontuário ou da ficha clínica do estudo. Com base nas informações apresentadas, avalie</p><p>as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:</p><p>I. Nos serviços de saúde, o recurso mais preciso para estimativas de custos é representado</p><p>por microcusteio.</p><p>PORQUE</p><p>II. Os custos podem ser medidos diretamente durante um estudo clínico de cada paciente,</p><p>de registros e histórias de pacientes.</p><p>A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:</p><p>a) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.</p><p>b) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.</p><p>c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa.</p><p>d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.</p><p>e) As asserções I e II são falsas.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ALVES, N. D. C. et al. Pharmacoeconomy: an indispensable tool for the rationalization of health</p><p>costs. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, São Paulo, v. 47, n. 2, p. 231-240, jun. 201.</p><p>ARAÚJO, M. B. S.; ROCHA, P. M. Trabalho em equipe: um desafio para a consolidação da estraté-</p><p>gia de saúde da família. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.12, n. 2, p. 455-64, jan. 2007.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Depar-</p><p>tamento de Ciência e Tecnologia. Diretrizes metodológicas: diretriz de avaliação econômica. 2.</p><p>ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 2.009, de 13 de setembro de 2012. Aprova o Regimento</p><p>Interno da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CO-</p><p>NITEC). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 14 set. 2012. Seção 1, p. 65.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Depar-</p><p>tamento de Ciência e Tecnologia. Diretrizes metodológicas: estudos de avaliação econômica</p><p>de tecnologias em saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 150 p. (Série A. Normas e Manuais</p><p>Técnicos).</p><p>CAVALLINI, M. E.; BISSON, M. P. Farmácia Hospitalar: um enfoque em Sistemas de Saúde. São</p><p>Paulo: Manole, 2002.</p><p>DRUMMOND, M. F. et al. Methods for the economic evaluation of health care programmes. 3.</p><p>ed. New York: Oxford University Press, 2005.</p><p>GOLD M, S. J.; RUSSEL, L. W. M. Cost-effectiveness in health and medicine. New York: Oxford</p><p>University Press, 1996.</p><p>GUIMARÃES, H. P. et al. Estudos de farmacoeconomia e análises econômicas: conceitos básicos.</p><p>Revista Brasileira de Hipertensão, Rio de Janeiro, v. 14, n. 4, p. 265-268, out./dez. 2007.</p><p>RASCATI, K. L. Introdução à farmacoeconomia. Porto Alegre: Artmed, 2010.</p><p>RODRIGUEZ, C. Farmacoeconomía aplicada a la antibióticoterapia. Acta Farm . Bonaerense,</p><p>Buenos Aires, v. 23, n. 2, p. 226-230, jan. 2004.</p><p>SECOLI, S. R. et al. Farmacoeconomia: perspectiva emergente no processo de tomada de deci-</p><p>são. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, p. 287-296, dez. 2005.</p><p>1</p><p>1</p><p>8</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>SILVA, A. L. F. A. da. et al. Diretriz para análises de impacto orçamentário de tecnologias em saú-</p><p>de no Brasil. Cad . Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 28, n. 7, p. 1223-1238, jul. 2012.</p><p>SILVA, E. N. da.; SILVA, M. T.; PEREIRA, M. G. Estudos de avaliação econômica em saúde: definição</p><p>e aplicabilidade aos sistemas e serviços de saúde. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília,</p><p>v. 25, n.1, jan./mar. 2016.</p><p>SMITH, M. D. Custo em saúde, qualidade e desfechos: o livro de termos da ISPOR. São Paulo:</p><p>Associação Brasileira de Farmacoeconomia e Pesquisa de Desfechos, 2009.</p><p>TONON, L. M.; TOMO, T. T.; SECOLI, S. R. Farmacoeconomia: análise de uma perspectiva inova-</p><p>dora na prática clínica da enfermaria. Texto e Contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 17, n. 1, p.</p><p>177-182, jan./mar. 2008.</p><p>1</p><p>1</p><p>9</p><p>1. Alternativa correta letra C.</p><p>2. Alternativa correta letra A.</p><p>3. Alternativa correta letra A.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>MINHAS METAS</p><p>GESTÃO DE RESÍDUOS DE SAÚDE</p><p>Saber do que se trata e como implantar o plano de gerenciamento de resíduos de</p><p>serviços de saúde.</p><p>Ter entendimento dos objetivos do PGRSS e como os alcançar.</p><p>Implantar as legislações brasileiras pertinentes.</p><p>Compreender de quem é a responsabilidade e quais atitudes adequadas em relação</p><p>ao PGRSS.</p><p>Planejar todo o manejo do PGRSS, desde sua segregação até seu destino final.</p><p>Diferenciar os diferentes tipos de resíduos e como os diferenciar e os descartar da</p><p>maneira correta.</p><p>Assimilar como é o descarte de medicamentos e sua importância.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 9</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Com o crescimento e o envelhecimento da população, isso vem influenciando</p><p>a expansão do setor da saúde por meio da construção e ampliação de unidades</p><p>hospitalares, ambulatórios, clínicas e unidades básicas de saúde. Esta demanda</p><p>crescente pelos serviços da saúde vem apresentando, como consequência, a gera-</p><p>ção dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS). E você, estudante do curso superior</p><p>de Farmácia, deverá ter o conhecimento de como fazer o descarte deste material,</p><p>já que este pode causar</p><p>riscos tanto às pessoas quanto ao ambiente.</p><p>Os resíduos são radioativos? São formados de metais pesados? Causa algum</p><p>impacto ambiental? Parece desafiador, mas com seu empenho e seu entendimen-</p><p>to conseguirá ter domínio sobre este assunto. Vamos lá?</p><p>Quando se fala de resíduos logo vem à cabeça a imagem de montanhas de lixo.</p><p>Os impactos ambientais de uma gestão de resíduos podem trazer grandes proble-</p><p>mas ao ambiente e penalidades à empresa que realiza esta má gestão. Neste po-</p><p>dcast, falaremos dos principais impactos ambientais quando não há uma tratativa</p><p>adequada. Espero você lá! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do</p><p>ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Toda empresa deve elaborar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos</p><p>(PGRS), que é um documento técnico para realizar a gestão de seus resíduos</p><p>sólidos. Vamos aprender a fazer?</p><p>Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) | Passo a passo para</p><p>elaboração. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente</p><p>virtual de aprendizagem.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE</p><p>SAÚDE (PGRSS)</p><p>O descarte inadequado de resíduos tem colocado em risco os recursos naturais</p><p>e compromete a qualidade de vida das atuais e futuras gerações. Os resíduos dos</p><p>serviços de saúde - RSS se inserem nesta problemática e vêm assumindo grande</p><p>importância, nos últimos anos. A crescente geração de resíduos sólidos desen-</p><p>cadeou uma série de problemas relacionados à sua disposição final, exigindo</p><p>esforços do poder público para fornecer uma forma adequada de destinação dos</p><p>resíduos gerados e reduzir os impactos ambientais.</p><p>Os resíduos sólidos podem ser classificados de acordo com sua origem: in-</p><p>dustrial, doméstica, hospitalar, pública, comercial, agrícola, de serviços e varrição</p><p>(ABNT, 2004). Entre estes grupos, destacam-se os resíduos de serviços de saúde</p><p>(RSS), que, apesar de representarem de 1 a 2% do total de resíduos sólidos ge-</p><p>rados, revelam-se como um importante componente na gestão de resíduos, em</p><p>razão da possibilidade de contaminação do ambiente e do risco à saúde pública</p><p>(TAKAYANAGUI, 2005).</p><p>A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC), nº 306/2004, da Agência Na-</p><p>cional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Resolução nº 358/2005, do Conselho</p><p>Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) definem os RSS como todo resíduo</p><p>gerado em qualquer serviço prestador de assistência médica humana ou animal,</p><p>e os classifica em cinco grupos: grupo A - biológicos, grupo B - químicos, grupo</p><p>C - radioativos, grupo D - comuns e grupo E - perfurocortantes (BRASIL, 2004;</p><p>BRASIL, 2005).</p><p>1</p><p>8</p><p>4</p><p>De acordo com a Resolução Conama nº 283, de 25 de julho de 2001, o Plano de</p><p>Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) é:</p><p>“ documento integrante do processo de licenciamento ambiental,</p><p>baseado nos princípios da não geração de resíduos e na minimiza-</p><p>ção da geração de resíduos, aponta e descreve as ações relativas ao</p><p>seu manejo, no âmbito dos estabelecimentos mencionados no art.</p><p>2º desta resolução, contemplando os aspectos referentes à geração,</p><p>segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte,</p><p>tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública</p><p>(BRASIL, 2001).</p><p>OBJETIVOS DA PGRSS</p><p>O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) tem</p><p>como principais objetivos minimizar riscos à saúde pública e ao meio ambiente,</p><p>garantindo a segurança dos profissionais de saúde e da comunidade. Além disso,</p><p>busca atender à legislação vigente, promover a sustentabilidade e a responsabi-</p><p>lidade socioambiental, e educar e conscientizar os profissionais e colaboradores</p><p>sobre a correta manipulação e descarte dos resíduos. Por meio da implementa-</p><p>ção eficaz do PGRSS, é possível alcançar um ambiente mais seguro, saudável e</p><p>sustentável para todos.</p><p>De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, realizada pelo</p><p>IBGE, são coletadas, diariamente, 228.413 toneladas de resíduos no Brasil. Em ge-</p><p>ral, estima-se que 1% corresponda aos resíduos de serviços de saúde, totalizando,</p><p>aproximadamente, 2.300 toneladas diárias. Ainda segundo dados do IBGE, 74% dos</p><p>municípios brasileiros depositam “lixo hospitalar” a céu aberto, 57% separam os</p><p>dejetos nos hospitais, e apenas 14% das prefeituras tratam, adequadamente, os</p><p>resíduos de serviços de saúde (IBGE, 2002 apud GARCIA; RAMOS, 2004, p. 745).</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>De acordo com o Conama (2005), serviços de saúde são:</p><p>“ a) Aqueles provenientes de qualquer unidade que execute atividades</p><p>de natureza médico-assistencial humana ou animal;</p><p>b) Aqueles provenientes de centros de pesquisa, desenvolvimento</p><p>ou experimentação na área de farmacologia e saúde;</p><p>c) Medicamentos e imunoterápicos vencidos ou deteriorados;</p><p>d) Aqueles provenientes de necrotérios, funerárias e serviços de</p><p>medicina legal;</p><p>e) Aqueles provenientes de barreiras sanitárias.</p><p>O PGRSS tem como objetivo, também: capacitar os profissionais quanto ao</p><p>manejo dos resíduos líquidos perigosos; minimizar a quantidade de resíduos</p><p>líquidos gerados e contribuir para a minimização dos riscos ambientais e me-</p><p>lhoria da biossegurança dos Profissionais, por meio da implantação do Plano de</p><p>Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde.</p><p>LEGISLAÇÕES NO BRASIL</p><p>No Brasil, órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa e</p><p>o Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama têm assumido o papel de</p><p>orientar, definir regras e regular a conduta dos diferentes agentes, no que se refere</p><p>à geração e ao manejo dos resíduos de serviços de saúde, com o objetivo de</p><p>preservar a saúde e o meio ambiente, garantindo a sua sustentabilidade. A RDC</p><p>Anvisa nº 306 de 7 de dezembro 2004 e a Resolução Conama nº 358 de 29 de</p><p>abril de 2005 definem a conduta dos diferentes responsáveis pelos RSS.</p><p>A RDC nº 306/2004 determina que todos os serviços de saúde devem ela-</p><p>borar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS),</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Falando sobre serviços de saúde, você saberia me informar quais são eles?</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>que se constitui em um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e im-</p><p>plementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com</p><p>o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos</p><p>gerados um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos</p><p>trabalhadores, à preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio</p><p>ambiente (BRASIL, 2004).</p><p>Diante das legislações estabelecidas no Brasil, sabe-se que é de responsabili-</p><p>dade dos estabelecimentos de saúde providenciar ações que promovam o correto</p><p>gerenciamento. Tais empresas devem requerer às empresas prestadoras de ser-</p><p>viços terceirização na apresentação de licença ambiental para o tratamento ou a</p><p>disposição final de seus resíduos e do documento emitido pelo órgão responsável</p><p>pela limpeza urbana para a coleta e o transporte deles. Isto é, na maioria das vezes,</p><p>terceirizam-se algumas empresas com licença ambiental que façam o descarte</p><p>correto do lixo hospitalar (CUSSIOL, 2008).</p><p>Faça a leitura da RDC Anvisa nº 306 de 7 de dezembro 2004 para melhor enten-</p><p>dimento, por meio do link. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do</p><p>ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>EU INDICO</p><p>RESPONSABILIDADE</p><p>A elaboração, a implantação e o desenvolvimento do PGRSS devem envolver os</p><p>setores de higienização e limpeza, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar</p><p>ou as Comissões de Biossegurança e os Serviços de Engenharia de Segurança e</p><p>Medicina no Trabalho – SESMT, por meio de seus responsáveis.</p><p>O percentual de resíduos sólidos gerados no estabelecimento de serviço de</p><p>saúde é de responsabilidade das diferentes atividades desenvolvidas, dependen-</p><p>do, portanto, da quantidade de serviços ofertados, do grau de complexidade da</p><p>atenção prestada, da proporção entre pacientes externos e internos, do tamanho</p><p>do estabelecimento e do número de profissionais atuantes, não sendo fácil, então,</p><p>estabelecer relações simples que permitam estimar a quantidade de resíduos</p><p>sólidos gerados (MONREAL, 1992).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>Neste contexto, o farmacêutico, enquanto profissional, deve incentivar o uso</p><p>racional de medicamentos como também orientar sobre o seu descarte correto,</p><p>assim este assunto pode passar por diversas variáveis relevantes ao consumo</p><p>e ao descarte consciente. Deve-se envolver ações que orientem o setor pro-</p><p>dutivo farmacêutico, a dispensação em condições adequadas e o combate ao</p><p>uso indiscriminado (CASTRO; MALO, 2006).</p><p>1</p><p>8</p><p>8</p><p>Neste contexto, inserem-se os estabelecimentos que deverão possuir o PGRSS:</p><p>■ Laboratórios de produtos para saúde.</p><p>■ Necrotérios, funerárias.</p><p>■ Serviços de medicina legal.</p><p>■ Drogarias e farmácias.</p><p>■ Centros de controle de zoonoses.</p><p>■ Distribuidores de produtos farmacêuticos.</p><p>■ Unidades móveis de atendimento à saúde.</p><p>■ Serviços de acupuntura e de tatuagem, entre outros similares.</p><p>A Biossegurança está ligada sempre à segurança, genericamente, pode ser con-</p><p>siderada como ações que contribuem para a segurança das pessoas e das ati-</p><p>vidades realizadas por elas. Sua estrutura deve ser composta por componentes</p><p>ocupacionais (infraestrutura laboratorial), normativos (ações reguladoras internas</p><p>e externas que estabelecem os parâmetros para o desenvolvimento das ativida-</p><p>des), educacionais (política de valorização de recursos humanos e agregação de</p><p>valores éticos, filosóficos e técnicos), sociais (ações voltadas para otimização e hu-</p><p>manização dos processos de trabalho), organizacionais (relacionado à cultura e ao</p><p>clima organizacional) e tecnológicos (TEIXEIRA; VALLE, 2010).</p><p>APROFUNDANDO</p><p>Modelo Prático para Elaboração do Plano de Gerenciamento</p><p>de Resíduos de Saúde</p><p>Este livro, Modelo Prático para Elaboração do Plano de Geren-</p><p>ciamento de Resíduos de Saúde (PGRSS), conforme Resolução</p><p>Anvisa RDC 222/18”, de Cristiano Oliveira, é uma ferramenta in-</p><p>dispensável para alunos e profissionais da saúde. Ele oferece</p><p>um guia prático e abrangente para desenvolver um PGRSS em</p><p>conformidade com as regulamentações da Anvisa, garantindo</p><p>a segurança dos profissionais e pacientes bem como a preser-</p><p>vação do meio ambiente.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>8</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>CLASSIFICAÇÃO DOS RSS</p><p>As normativas RDC Anvisa n° 306 (BRASIL, 2004)</p><p>e a Resolução Conama n° 358 (BRASIL, 2005) es-</p><p>tabelecem diretrizes para o gerenciamento de Re-</p><p>síduos de Serviços de Saúde (RSS), classificando-os</p><p>em diferentes grupos de risco. Esta classificação é</p><p>fundamental, pois determina as medidas de mane-</p><p>jo apropriadas para cada tipo de resíduo. Os grupos</p><p>são definidos da seguinte forma:</p><p>■ Grupo A: Resíduos com risco biológico.</p><p>■ Grupo B: Resíduos com risco químico.</p><p>■ Grupo C: Resíduos radioativos.</p><p>■ Grupo D: Resíduos comuns.</p><p>■ Grupo E: Resíduos perfurocortantes (BRA-</p><p>SIL, 2004; BRASIL, 2005).</p><p>Esta categorização é essencial para garantir a se-</p><p>gurança dos profissionais de saúde, a proteção do</p><p>meio ambiente e a prevenção de acidentes durante</p><p>a manipulação e o descarte dos resíduos.</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>Devem ser</p><p>descartados em</p><p>lixeiras revestidas</p><p>com sacos</p><p>brancos; abaixo</p><p>há o desenho de</p><p>dois sacos de lixo</p><p>e uma lixeira</p><p>retangular e</p><p>grande no meio.</p><p>Resíduos</p><p>potencialmente</p><p>infectantes</p><p>(sondas, curativos,</p><p>luvas de</p><p>procedimentos,</p><p>bolsa de colostomia)</p><p>Devem ser</p><p>descartados em</p><p>galões coletores</p><p>específicos;</p><p>abaixo há o</p><p>desenho de um</p><p>galão grande.�</p><p>Resíduos</p><p>químicos</p><p>(reveladores,</p><p>fixadores de raio x,</p><p>prata)</p><p>Devem ser</p><p>descartados em</p><p>caixas blindadas;</p><p>abaixo há o</p><p>desenho de um</p><p>latão redondo</p><p>com tampa e o</p><p>símbolo da</p><p>radiação.�</p><p>Resíduos</p><p>radioativos</p><p>(cobalto, lítio)</p><p>Devem ser</p><p>descartados em</p><p>lixeiras revestidas</p><p>com sacos</p><p>pretos, abaixo há</p><p>o desenho de um</p><p>saco.</p><p>Resíduos</p><p>comuns</p><p>(fraldas, frascos e</p><p>garrafas pets vazias,</p><p>marmitex, copos,</p><p>papel toalha)</p><p>Devem ser</p><p>descartados em</p><p>coletor</p><p>específico, abaixo</p><p>há o desenho de</p><p>uma caixa</p><p>pequena,</p><p>retangular.</p><p>Resíduos</p><p>perfurocortantes</p><p>(agulhas, lâminas de</p><p>bisturi, frascos e</p><p>ampolas de</p><p>medicamentos)</p><p>A B C D E</p><p>Figura 1– Classificação dos RSS</p><p>Fonte: https://licenciarambiental.com.br/plano-de-gerenciamento-dos-residuos-de-servico-de-saude/.</p><p>Acesso em: 3 abr. 2024.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem apresenta desenhos representando a classificação dos RSS. Todos os desenhos</p><p>têm a mesma estrutura. Começa por uma vogal, abaixo há um quadrado com escrita, dele sai uma seta para baixo</p><p>indicando outro quadrado com escrita e dele sai uma seta indicando um desenho. Da esquerda para a direita, são:</p><p>A, Resíduos potencialmente infectantes (sondas, curativos, luvas de procedimentos, bolsa de colostomia); Devem</p><p>ser descartados em lixeiras revestidas com sacos brancos; abaixo, há o desenho de dois sacos de lixo e uma lixeira</p><p>retangular e grande no meio. B, Resíduos químicos (reveladores, fixadores de raio x, prata); Devem ser descarta-</p><p>dos em galões coletores específicos; abaixo há o desenho de um galão grande. C, Resíduos radioativos (cobalto,</p><p>lítio); Devem ser descartados em caixas blindadas; abaixo, há o desenho de um latão redondo com tampa e o</p><p>símbolo da radiação. D, Resíduos comuns (fraldas, frascos e garrafas pets vazias, marmitex, copos, papel toalha);</p><p>Devem ser descartados em lixeiras revestidas com sacos pretos, abaixo, há o desenho de um saco. E, Resíduos</p><p>perfurocortantes (agulhas, lâminas de bisturi, frascos e ampolas de medicamentos); Devem ser descartados em</p><p>coletor específico, abaixo, há o desenho de uma caixa pequena, retangular. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>Para a eliminação de perfurocortantes, é utilizado o descarpack, que é um dis-</p><p>positivo que permite a recolha segura de agulhas e seringas utilizadas em proce-</p><p>dimentos médicos. Ela evita que as agulhas e as seringas sejam descartadas nos</p><p>lixos comuns, onde podem representar um risco para a saúde pública.</p><p>MANEJO DOS RSS</p><p>O manejo dos resíduos de serviços de saúde é o conjunto de ações voltadas ao ge-</p><p>renciamento dos resíduos gerados. Deve focar os aspectos intra e extra-estabele-</p><p>cimento, indo desde a geração até a disposição final, como mostrado na Figura 2.</p><p>Na cadeia de produção de resíduos, as empresas que produzem o tipo de</p><p>lixo relacionado a serviços de saúde são responsáveis pelo seu descarte, desde</p><p>a geração até a disposição final, e este processo é chamado de logística reversa.</p><p>Assim, percebe-se que uma parcela dos estabelecimentos farmacêuticos também</p><p>não atende a este requisito, uma vez que afirmam não conhecer o destino de seus</p><p>resíduos, como no caso de os medicamentos vencidos (CUSSIOL, 2008).</p><p>Manejo Segregação Acondicionamento Identificação</p><p>Armazenamento</p><p>externo</p><p>Tratamento</p><p>Coleta e transporte</p><p>externo</p><p>Disposição</p><p>final</p><p>Transporte</p><p>externo</p><p>Transporte</p><p>interno</p><p>Figura 2 – Etapas do PGRSS / Fonte: o autor.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem exibe um fluxograma detalhando as etapas do Plano de Gerenciamento de</p><p>Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS). O fluxo é representado por dez retângulos alinhados, cada um indicando</p><p>uma etapa específica com setas direcionais para o próximo passo. As etapas são as seguintes: Manejo, Segre-</p><p>gação, Acondicionamento, Identificação, Transporte interno, Transporte externo, Tratamento, Armazenamento</p><p>externo, Coleta e transporte externo e Disposição final. Esta representação visual facilita a compreensão do</p><p>processo de gerenciamento dos resíduos de saúde, garantindo sua correta manipulação e o descarte adequado.</p><p>Fim da descrição.</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>Diante das legislações estabelecidas no Brasil, sabe-se que é de responsabilidade</p><p>dos estabelecimentos de saúde providenciar ações que promovam o correto ge-</p><p>renciamento. Tais empresas devem requerer às empresas prestadoras de serviços</p><p>terceirização na apresentação de licença ambiental para o tratamento ou a dispo-</p><p>sição final de seus resíduos</p><p>e do documento emitido pelo órgão responsável pela</p><p>limpeza urbana para a coleta e o transporte deles. Isto é, na maioria das vezes,</p><p>terceirizam-se algumas empresas com licença ambiental que façam o descarte</p><p>correto do lixo dos serviços de saúde (CUSSIOL, 2008).</p><p>Para garantir um gerenciamento eficaz dos Resíduos de Serviços de Saúde</p><p>(RSS), é fundamental seguir uma série de etapas bem definidas. Entre elas, des-</p><p>tacam-se a segregação, o tratamento, o acondicionamento e a identificação. Essas</p><p>etapas desempenham papéis cruciais na manipulação adequada dos resíduos,</p><p>visando à proteção da saúde pública e do meio ambiente. Vamos entender melhor</p><p>cada uma delas:</p><p>■ Segregação: esta etapa consiste na separação e na classificação dos resí-</p><p>duos conforme sua natureza e seu risco, sendo realizada no próprio local</p><p>de geração pelos profissionais responsáveis. Trata-se de um procedimento</p><p>essencial para um gerenciamento adequado dos resíduos.</p><p>■ Tratamento: o tratamento dos RSS envolve a aplicação de métodos, téc-</p><p>nicas ou processos que visam modificar as características dos resíduos,</p><p>reduzindo ou eliminando os riscos de contaminação e os danos ao meio</p><p>ambiente. Exemplos incluem descontaminação por autoclavagem e tra-</p><p>tamento térmico por incineração.</p><p>■ Acondicionamento: esta etapa visa garantir o isolamento dos resíduos</p><p>do meio externo, evitando contaminações e mantendo os vetores afasta-</p><p>dos. Além disso, o acondicionamento adequado facilita o gerenciamento,</p><p>o transporte e o tratamento dos resíduos, utilizando cores, símbolos e</p><p>inscrições para identificar a classe de cada tipo de resíduo.</p><p>■ Identificação: o uso de rótulos e identificação adequadas é fundamen-</p><p>tal para garantir a segurança e a rastreabilidade dos RSS. Esta prática</p><p>abrange a identificação dos recipientes de acondicionamento, veículos</p><p>de transporte e áreas destinadas aos resíduos, contribuindo para um ge-</p><p>renciamento mais eficiente.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>Compreender e aplicar corretamente estas etapas é essencial para garantir a se-</p><p>gurança dos profissionais de saúde, dos pacientes e do meio ambiente, além de</p><p>estar em conformidade com as normativas vigentes.</p><p>A identificação deve obedecer aos seguintes critérios:</p><p>GRUPO A</p><p>É identificado, no mínimo, pelo símbolo de</p><p>risco biológico, com rótulo de fundo branco,</p><p>desenho e contornos pretos, acrescido da</p><p>expressão RESÍDUO INFECTANTE.</p><p>GRUPO A</p><p>RESÍDUO</p><p>INFECTANTE</p><p>GRUPO B</p><p>O grupo B é identificado, por meio de símbolo</p><p>e frase de risco associado à periculosidade</p><p>do resíduo químico.</p><p>GRUPO B</p><p>RESÍDUO</p><p>INFECTANTE</p><p>GRUPO C</p><p>O grupo C é representado pelo símbolo</p><p>internacional de presença de radiação</p><p>ionizante (trifólio de cor magenta ou púrpura)</p><p>em rótulo de fundo amarelo, acrescido da</p><p>expressão MATERIAL RADIOATIVO, REJEITO</p><p>RADIOATIVO ou RADIOATIVO.</p><p>GRUPO C</p><p>RESÍDUO</p><p>RADIOATIVO</p><p>1</p><p>9</p><p>4</p><p>Com a implantação do PGRSS, é espera-</p><p>do que a quantidade de resíduos comuns</p><p>contaminados (por resíduos dos grupos</p><p>A, B), devido à falha na segregação, di-</p><p>minua. Esta diminuição funciona como</p><p>um indicador importante para o moni-</p><p>toramento do plano.</p><p>A coleta e o transporte interno</p><p>consistem na retirada e translado dos</p><p>resíduos dos pontos de geração até o lo-</p><p>cal destinado ao armazenamento tem-</p><p>porário ou externo, com a finalidade de</p><p>apresentação para a coleta.</p><p>GRUPO D</p><p>Os resíduos comuns não são coletados pela</p><p>empresa, ficando a cargo do setor público a</p><p>coleta deles.</p><p>RESÍDUO</p><p>COMUM</p><p>GRUPO E</p><p>É identificado pelo símbolo de risco biológico,</p><p>com rótulo de fundo branco, desenho e</p><p>contorno pretos, acrescido da inscrição</p><p>RESÍDUO PERFUROCORTANTE.</p><p>GRUPO E</p><p>RESÍDUO</p><p>PERFUROCORTANTE</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>O armazenamento externo consiste na guarda dos recipientes de resíduos até</p><p>a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo e com acesso</p><p>facilitado para os veículos coletores.</p><p>A coleta externa consiste na remoção do RSS do abrigo até a unidade de</p><p>disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições</p><p>de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores e do meio ambiente.</p><p>A disposição final consiste na disposição de resíduos no solo, previamente</p><p>preparado para os receber, obedecendo aos critérios técnicos de construção e</p><p>operação, com licenciamento ambiental. São eles:</p><p>■ Aterro sanitário.</p><p>■ Aterro de resíduos perigosos.</p><p>■ Valas sépticas.</p><p>■ Aterro controlado.</p><p>■ Lixão ou vazadouro.</p><p>Para garantir o manuseio seguro dos resíduos sólidos, é essencial proteger as</p><p>áreas do corpo expostas ao contato com estes agentes. Para tanto, os funcionários</p><p>devem utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Além disso, outras</p><p>medidas de segurança são necessárias, como a comprovação de vacinação contra</p><p>tétano e hepatite B, realização de teste tuberculínico anual e treinamento contí-</p><p>nuo (CAMARGO, 2001).</p><p>Conforme estabelecido pela RDC Nº 44, de 17 de agosto de 2009, os seguintes</p><p>EPIs devem ser utilizados pelos profissionais, durante suas atividades de limpeza</p><p>e manejo de resíduos: avental de algodão, máscara de carvão ativado e máscara ci-</p><p>rúrgica, botas de PVC (curtas e longas), luvas de PVC grossas e longas, óculos de</p><p>Outra dificuldade está relacionada ao manuseio dos resíduos dentro do estabele-</p><p>cimento antes de a coleta vir recolher, pois os profissionais que lidam diretamente</p><p>não têm conhecimento de legislação que rege os RSS. Por isso a importância de</p><p>os estabelecimentos de saúde investirem na formação dos seus profissionais para</p><p>que consigam saber os procedimentos corretos para minimizar a sua geração e</p><p>evitar problemas de contaminação (GONZÁLEZ, 2007 apud LIMA, 2021, p. 25).</p><p>APROFUNDANDO</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>proteção de acrílico, calça comprida e sapato fechado. Além disso, é fundamental</p><p>manter uma perfeita higiene pessoal, incluindo banho diário, cabelos limpos e</p><p>presos, unhas aparadas e evitar o uso de adornos (BRASIL, 2009).</p><p>Estas medidas visam proteger a saúde e a integridade física dos profissio-</p><p>nais, garantindo um ambiente de trabalho seguro e em conformidade com as</p><p>normativas vigentes.</p><p>DESCARTE DE MEDICAMENTO</p><p>Em relação ao gerenciamento e à destinação final dos medicamentos, no Brasil,</p><p>ainda não se tem legislação específica em vigor. O assunto é abordado pela RDC</p><p>nº 306 (BRASIL, 2004), que dispõe sobre o Regulamento Técnico para o geren-</p><p>ciamento de resíduos de serviços de saúde, e pela Resolução nº 358 (BRASIL,</p><p>2005), dispondo sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos servi-</p><p>ços de saúde e dá outras providências. De acordo com a legislação brasileira, os</p><p>serviços de saúde são os responsá-</p><p>veis pelo correto gerenciamen-</p><p>to de todos os resíduos dos</p><p>serviços de saúde (RSS) por</p><p>eles gerados, devendo atender</p><p>às normas e às exigências legais,</p><p>desde o momento de sua geração</p><p>até a sua destinação final; consi-</p><p>dera que a segregação dos RSS, no</p><p>momento e no local de sua gera-</p><p>ção, permite reduzir o volume de</p><p>resíduos perigosos e a incidência</p><p>de acidentes ocupacionais entre</p><p>outros benefícios à saúde pública</p><p>e ao meio ambiente.</p><p>Esta norma abrange os seguin-</p><p>tes estabelecimentos relacionados,</p><p>especificamente, a medicamentos:</p><p>drogarias e farmácias, inclusive, as</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 9</p><p>de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde e,</p><p>também, distribuidores de produtos farmacêuticos.</p><p>Há alguns estabelecimentos que disponibilizam o coletor de medicamentos</p><p>para medicamentos vencidos e em desuso.</p><p>Finalizando, montar uma proposta de Plano de Gerenciamento de Resíduos</p><p>de Serviços de Saúde (PGRSS) é de responsabilidade do farmacêutico responsável</p><p>técnico. Ademais, as ações mediadoras para o gerenciamento de resíduos vão</p><p>além da simples contratação de uma empresa para gerenciar, cabendo, também,</p><p>à gestão de estoque reduzir a quantidade de lixo produzido.</p><p>É preciso conhecer a realidade do local onde está situada a drogaria para</p><p>enquadrar as particularidades do estabelecimento. Estas adaptações</p><p>devem ser</p><p>realizadas para possibilitar a rápida elaboração e a implantação do PGRSS.</p><p>Ademais, o PGRSS é um documento essencial que descreve as ações, princi-</p><p>palmente, relativas ao manejo de resíduos e ao seu destino. Todos os itens cons-</p><p>tantes do PGRSS devem ser colocados em prática, e a participação da Vigilância</p><p>Sanitária local deve ser não só diante da fiscalização como também no monito-</p><p>ramento e nas ações educativas.</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>O trabalho do manejo com resíduos de saúde será algo muito presente no exer-</p><p>cício de sua função, independentemente do setor de sua escolha. O PGRSS é um</p><p>produto a ser desenvolvido por você, estudante, normalmente, como finalização</p><p>da etapa formativa. Portanto, é importante compreender que, apesar das pos-</p><p>síveis dificuldades iniciais para definir um plano de gerenciamento adequado,</p><p>ainda assim, é um processo que gera muita satisfação e é exigido por lei.</p><p>Nesse sentido, deve-se destacar a necessidade de um trabalho integrado entre</p><p>gestão, gerenciamento e operacionalização na determinação de metas e objetivos,</p><p>implementação de programas periódicos de treinamentos, além de monitora-</p><p>mento contínuo das etapas que compõem o manejo de RSS.</p><p>Desejo a você uma caminhada cheia de sucesso, conhecimento já possui só</p><p>colocar em prática!</p><p>1</p><p>9</p><p>8</p><p>1. A Lei nº 12.305 (BRASIL, 2010), que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS),</p><p>é bastante atual e contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao</p><p>país no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decor-</p><p>rentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos.</p><p>Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de</p><p>hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da</p><p>reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser</p><p>reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que</p><p>não pode ser reciclado ou reutilizado). A coleta, o tratamento e a disposição final adequada</p><p>dos resíduos sólidos têm importância fundamental na vertente do saneamento ambiental.</p><p>Sobre a relação entre resíduos sólidos e saneamento básico ambiental na legislação brasi-</p><p>leira, assinale a alternativa correta.</p><p>a) O saneamento ambiental é o conjunto de ações socioeconômicas que têm por objetivo</p><p>alcançar a salubridade ambiental, por meio, exclusivamente, do abastecimento de água</p><p>potável e do tratamento de esgoto sanitário.</p><p>b) Nas legislações brasileiras sobre saneamento básico, o gerenciamento dos resíduos</p><p>sólidos urbanos não é mencionado.</p><p>c) O Plano Municipal de Saneamento Básico é um documento técnico destinado a orga-</p><p>nizar o saneamento básico em determinado município, prevendo, para isso, inclusive, o</p><p>gerenciamento adequado dos resíduos sólidos.</p><p>d) Nas legislações brasileiras sobre saneamento básico, o gerenciamento dos resíduos</p><p>sólidos urbanos é visto de forma superficial, não trazendo definições e classificações</p><p>do lixo urbano.</p><p>e) O farmacêutico não possui obrigatoriedade na formulação do PGRSS.</p><p>2. A coleta de resíduos consiste em um processo fundamental para a preservação do meio</p><p>ambiente e para uma atuação mais sustentável por parte de empresas e instituições. Os</p><p>processos produtivos de empresas são capazes de gerar uma grande quantidade de resí-</p><p>duos, os quais devem receber a destinação correta para que o empreendimento esteja em</p><p>dia com as diretrizes estabelecidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Para</p><p>cumprir as normas previstas no documento, é importante que a organização esteja atenta</p><p>aos diversos aspectos envolvidos no gerenciamento do seu lixo, que passa por diversas</p><p>etapas, incluindo sua coleta (BLOG ALTO TIETÊ, 2024).</p><p>Sobre a coleta e o processamento de lixos e resíduos, analise as seguintes afirmativas:</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>9</p><p>9</p><p>I. Coleta e transporte externos: remoção dos resíduos de serviços de saúde do abrigo</p><p>externo até a unidade de tratamento ou disposição final.</p><p>II. Acondicionamento: ato de embalar os resíduos segregados em sacos ou recipientes</p><p>que evitem vazamentos, que sejam resistentes e que sejam adequados ao conteúdo</p><p>acondicionado.</p><p>III. Compostagem: processo químico que acelera a decomposição do material não orgânico,</p><p>tendo como produto a reciclagem.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>3. A identificação deve estar aposta nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta</p><p>interna e externa, nos recipientes de transporte interno e externo, e nos locais de armaze-</p><p>namento, em local de fácil visualização, de forma indelével, utilizando- se símbolos, cores</p><p>e frases, atendendo aos parâmetros referenciados na norma NBR 7.500 da ABNT, além de</p><p>outras exigências relacionadas à identificação de conteúdo e ao risco específico de cada</p><p>grupo de resíduos (BRASIL, 2004).</p><p>Com base nas informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta</p><p>entre elas:</p><p>I. A identificação dos sacos de armazenamento e dos recipientes de transporte poderá ser</p><p>feita por adesivos.</p><p>PORQUE</p><p>II. A resistência destes processos normais de manuseio dos sacos e recipientes deve ser</p><p>garantida.</p><p>A respeito destas asserções, assinale a alternativa correta:</p><p>a) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.</p><p>b) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.</p><p>c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.</p><p>d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.</p><p>e) As asserções I e II são falsas.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10 .004: Resíduos sólidos - Clas-</p><p>sificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.</p><p>BLOG ALTO TIETÊ. Como funciona o processo da coleta de resíduos? Blog Alto Tietê, 2024.</p><p>Disponível em: https://grupoaltotiete.com.br/2022/11/04/processo-da-coleta-de-residuos/.</p><p>Acesso em: 3 abr. 2024.</p><p>LEG15WEB. Resolução Conama nº 283, de 25 de julho de 2001. Dispõe sobre o tratamento e</p><p>a destinação final dos resíduos dos serviços de saúde. Leg15web, 2024. Disponível em: https://</p><p>www.legisweb.com.br/legislacao/?id=97496#:~:text=Disp%C3%B5e%20sobre%20o%20trata-</p><p>mento%20e,2005%2C%20DOU%2004.05.2005. Acesso em: 3 abr. 2024.</p><p>BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução da Diretoria Colegiada</p><p>nº 306, de 7 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento</p><p>de Resíduos de Serviços de Saúde. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2004.</p><p>BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Resolução nº 358, de 29 de abril de</p><p>2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá</p><p>outras providências. Brasília, DF: Diário Oficial da União, Brasília, 2005.</p><p>BRASIL. RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para</p><p>o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da</p><p>prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. Brasí-</p><p>lia, DF: Diário Oficial da União, 2009.</p><p>BRASIL. Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ministério do Meio Ambiente, 2010. Disponível</p><p>em: https://antigo.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos/politica-nacional-de-</p><p>-residuos-solidos.html#:~:text=A%20Lei%20n%C2%BA%2012.305%2F10,manejo%20inadequa-</p><p>do%20dos%20res%C3%ADduos%20s%C3%B3lidos. Acesso em: 3 abr. 2024.</p><p>CAMARGO D. Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde – PGRSS. Biológico,</p><p>n. 63, p. 51-22, 2001.</p><p>CASTRO A.; MALO, M. SUS: Ressignificando a Promoção da Saúde. São Paulo: HUCITEC: OPAS,</p><p>2006.</p><p>CUSSIOL, N. Manual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Belo Horizonte: [s.</p><p>n.], 2008.</p><p>GARCIA, L. P.; RAMOS, B. G. Z. Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde: uma questão</p><p>de biossegurança. Cad . Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n. 3, p.</p><p>744-752, maio/jun., 2004.</p><p>LIMA, W. S. Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde em uma Drogaria. 2021. 33 f.</p><p>Monografia (Bacharel em Farmácia) - Centro Universitário AGES, Paripiranga, 2021.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>MONREAL, J. Consideraciones sobre el manejo de residuos de hospitales en América Latina. In:</p><p>Consideraciones sobre el manejo de residuos de hospitales en América Latina, [S. l.]: [s. n.],</p><p>1992.</p><p>TEIXEIRA. P.; VALLE. S. Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar. Rio de Janeiro: Editora</p><p>Fiocruz, 2010.</p><p>TAKAYANAGUI, A. M. M. Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. In: PHILIPPI JÚNIOR,</p><p>A. (Ed.). Saneamento, saúde e ambiente: fundamentos para um desenvolvimento sustentável.</p><p>Barueri: Manole, 2005.</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>1. Alternativa C.</p><p>2. Alternativa C.</p><p>3. Alternativa A.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>1</p><p>1</p><p>4</p><p>portanto, ela não é capaz de orientar ou certificar o</p><p>sistema, mas mostrar à organização qual o seu objetivo e os termos que devem ser</p><p>aplicados, bem como suas vantagens para a gestão da qualidade. O documento</p><p>possui os conceitos principais utilizados no sistema.</p><p>NÍVEL 3 - ACREDITADO COM EXCELÊNCIA</p><p>A organização precisa atender a três critérios:</p><p>1) cumprir ou superar, em 90% ou mais, os padrões de qualidade e segurança;</p><p>2) cumprir ou superar, em 80% ou mais, os padrões de gestão integrada;</p><p>3) cumprir ou superar, em 70% ou mais, os padrões ONA de Excelência em Gestão,</p><p>demonstrando uma cultura organizacional de melhoria contínua com maturidade</p><p>institucional.</p><p>Para obter uma compreensão mais profunda sobre a ISO 9000 e sua evolução,</p><p>recomendamos a leitura do artigo científico intitulado “A qualidade e a evolução</p><p>das normas da série ISO 9000”. Mergulhe nesse importante conteúdo. Recursos</p><p>de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>EU INDICO</p><p>DESAFIOS DA QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE BRASIL</p><p>O Brasil, por ser um país de terceiro mundo, possui grandes problemas estruturais,</p><p>grande parte gerado pela má gestão dos gestores do serviço de saúde. Os gran-</p><p>des desafios que o país deve enfrentar é a gestão ineficiente que contribui para a</p><p>desigualdade de oferta de serviços. Outro fator limitante é a verba escassa, sendo</p><p>30% da verba que os outros países gastam. Na particularidade do serviço público,</p><p>são referidos problemas como longas filas, superlotação e falta de leitos, um dos</p><p>grandes problemas relatados pelos usuários do sistema. O Brasil tem um caminho</p><p>a ser percorrido, faltando o básico para que as melhorias sejam impulsionadas.</p><p>1</p><p>1</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>Ao final deste capítulo aprendemos a importância do controle de qualidade, que</p><p>tem como objetivo analisar os indicadores, chegar nos seus objetivos e corrigir</p><p>desvios. Para isso, usamos de ferramentas robustas, gráficos e instituições de</p><p>acreditação para que o serviço chegue ao cliente com total excelência.</p><p>Sendo os usuários mais conscientes e exigentes com relação aos serviços de</p><p>saúde prestados, não toleram mais serem prejudicados por decisões ou erros</p><p>grotescos. Por isso, os serviços de saúde têm a necessidade de sempre melhorar e</p><p>evitar riscos potenciais. Você como profissional será avaliado e qualificado como</p><p>tal, isso será possível pela qualidade dos seus estudos e opções. O mercado de</p><p>trabalho sempre está à procura de qualidade e ter isso se torna um diferencial</p><p>diante da concorrência tão acirrada.</p><p>E você consegue ver a importância da qualidade nos serviços de saúde</p><p>sendo estes públicos ou privados? A busca pela excelência em qualquer setor</p><p>pode fazer com que nos tornemos pessoas mais evoluídas. Vamos buscar essa</p><p>qualidade no dia a dia?</p><p>Confira a aula referente a este tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo</p><p>digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>EM FOCO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>1. O atendimento da qualidade não é somente atender às exigências do cliente, mas também</p><p>estar de acordo com as exigências de segurança e a organização do serviço, criando uma</p><p>confiabilidade. Sobre os modelos que estão centrados na qualidade no atendimento ao</p><p>usuário, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. Ênfase na essência da atenção à saúde, como desfechos clínicos e satisfação do paciente</p><p>e sua família.</p><p>II. Uso de tecnologias para prover acesso oportuno a informações de saúde aos pacientes</p><p>e comunidades.</p><p>III. Promoção de maior eficiência aos prestadores de serviços de saúde.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) III, apenas.</p><p>c) I e II, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) I, II e III.</p><p>2. Acreditação é o reconhecimento formal, concedido por um organismo autorizado, de que</p><p>uma entidade tem competência técnica para realizar serviços específicos. É um sistema</p><p>de avaliação e certificação da qualidade de serviços de saúde, voluntário e periódico. Tem</p><p>um caráter eminentemente educativo, voltado para a melhoria contínua, sem finalidade de</p><p>fiscalização ou controle oficial. O organismo de Acreditação do SBC é o Inmetro, cabendo às</p><p>entidades por ele credenciadas a condução das atividades de certificação de conformidade</p><p>e de treinamento de pessoas.</p><p>Nesse sentido, há um programa que estabelece as exigências para uma boa qualificação</p><p>técnico assistencial, que se preocupa com infraestrutura e processos organizacionais que</p><p>atendem aos profissionais de saúde, demais membros da equipe de saúde e clientes/pa-</p><p>cientes. A qual tipo de programa o exposto se refere?</p><p>a) Acreditação.</p><p>b) Programa de gestão hospitalar.</p><p>c) Avaliação de desempenho.</p><p>d) Programa de identificação.</p><p>e) Certificação de qualidade.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>3. O ciclo PDCA/SDCA é uma ferramenta gerencial, composta de quatro fases de ações</p><p>sucessivas, sendo utilizado tanto para implantar e manter quanto para melhorar a quali-</p><p>dade organizacional. P (Plan) é a etapa do planejamento = definição de metas e das ações</p><p>necessárias para atingir essas metas. D (Do) é a etapa da execução = são colocadas em</p><p>prática as medidas planejadas na fase anterior. São necessárias a educação e treinamento</p><p>do pessoal e a coleta dos dados que serão utilizados na próxima etapa. C (Check) é a etapa</p><p>de verificação dos resultados = avaliação da efetividade das ações executadas. A (Act) é a</p><p>etapa de atuação no processo = são feitas as ações corretivas caso as metas determinadas</p><p>não tenham sido alcançadas.</p><p>Sobre o PDCA, uma de suas fases fala de metas e de como atingi-las, além do estabeleci-</p><p>mento de padrões. Sobre a fase descrita, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) Do.</p><p>b) Action.</p><p>c) Check.</p><p>d) Feedback.</p><p>e) Plan.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>CROSBY, P. B. Qualidade é investimento. 7 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986.</p><p>DONABEDIAN, A. The seven pillars of quality. Arch Pathol Lab Med., v. 114, n. 11, p. 1115-1118, nov.</p><p>1990.</p><p>FERRAMENTAS da Qualidade. c2023. Página inicial. Disponível em: https://ferramentasdaquali-</p><p>dade.org/. Acesso em: 24 nov. 2023.</p><p>JURAN, J. M. A qualidade desde o projeto: novos passos para o planejamento da qualidade em</p><p>produtos e serviços. São Paulo: Pioneira, 2010.</p><p>MEZOMO, J. C. Gestão da Qualidade na Saúde: princípios básicos.19. ed. São Paulo: Manole,</p><p>2001.</p><p>ONA . Organização Nacional de Acreditação. c2023. Página inicial. Disponível em: https://www.</p><p>ona.org.br/Inicial. Acesso em: 24 nov. 2023.</p><p>PORTELA, M. C. Avaliação da qualidade em saúde. In: ROZENFELD, S. (org.). Fundamentos da</p><p>Vigilância Sanitária. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2000. p. 259-269. Disponível em: https://</p><p>books.scielo.org/id/d63fk/pdf/rozenfeld-9788575413258-15.pdf. Acesso em: 24 nov. 2023.</p><p>1</p><p>4</p><p>1. Opção C. Só essas duas seguem focadas no usuário.</p><p>2. Opção A. Programa que atende aos requisitos.</p><p>3. Opção A.</p><p>GABARITO</p><p>1</p><p>5</p><p>MINHAS METAS</p><p>NOÇÕES DE ECONOMIA E</p><p>ADMINISTRAÇÃO</p><p>Entender a importância das organizações.</p><p>Compreender como são constituídas e formadas as empresas.</p><p>Saber a definição de administração e os princípios da administração.</p><p>Descobrir como é o perfil de um administrador de sucesso e o perfil de liderança.</p><p>Aprender quais objetivos da economia.</p><p>Saber sobre mercado e estrutura do mercado, entendimento de demanda e</p><p>concorrência.</p><p>Ter um entendimento específico de economia empresarial.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 2</p><p>1</p><p>1</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Na atual conjuntura em que vivemos, é essencial que saibamos o essencial de</p><p>administração e economia. Qualquer atividade que temos que fazer precisa par-</p><p>tir de um planejamento. Seja para viajar, para acordar no horário, para casar,</p><p>ter filhos, fazer um curso de graduação, o planejamento é a primeira função da</p><p>administração, e sem ela não é possível atingir nossos objetivos. Já a economia</p><p>influencia nossas escolhas diárias, desde o preço que pagamos por bens e serviços</p><p>até oportunidades de trabalho.</p><p>Por isso, esses dois fundamentos andam de mãos dadas, pois administrar</p><p>bem a economia pessoal e empresarial garantirá um grande sucesso e evitará</p><p>possíveis</p><p>prejuízos. Então, estudante, como está a administração sobre suas fi-</p><p>nanças? Você faz o estudo do mercado antes de comprar um bem ou pagar por</p><p>um serviço essencial?</p><p>Vamos embarcar nesse assunto e ver qual administração da economia em</p><p>serviços farmacêuticos é essencial para ser um diferencial no mercado.</p><p>Olá, estudante! Que tal ouvirmos um pouco sobre economia e administração? De</p><p>uma forma leve e informativa, tem como finalidade enriquecer seu conhecimento.</p><p>Vamos lá? Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual</p><p>de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Vamos saber um pouco da origem da administração e seus passos até os dias</p><p>atuais. Neste vídeo será falado um pouco sobre administração e economia, dois</p><p>pontos essenciais na vida pessoal e profissional. Veremos quais as qualificações</p><p>de um bom administrador e quais entendimentos de economia devemos ter para</p><p>ser um diferencial nos negócios. Vamos embarcar juntos nessa jornada? Recursos</p><p>de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>NOÇÕES SOBRE ADMINISTRAÇÃO</p><p>A administração se trata da organização de qualquer setor profissional ou pes-</p><p>soal de maneira organizada e racional. É o processo de planejar, organizar, di-</p><p>rigir e controlar o trabalho de uma organização ou setor de sua vida particular,</p><p>usando todos os recursos disponíveis para alcançar objetivos estabelecidos.</p><p>Administrar diz respeito ao desempenho da organização como um todo, em</p><p>um determinado contexto.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>O que é um bom desempenho para você?</p><p>Existem algumas funções básicas que a administração realiza:</p><p>1) PREVER</p><p>Envolve a avaliação do futuro e aprovisionamento em função dele.</p><p>2) PLANEJAR</p><p>Estabelece os objetivos da empresa, especificando a forma como serão alcançados.</p><p>Parte de um plano de ações para atingir as metas traçadas.</p><p>3) COMANDAR</p><p>Significa liderar, orientar e motivar subordinados a realizar tarefas essenciais. Seu</p><p>objetivo é alcançar o rendimento máximo dos funcionários. Pressupõe que as relações</p><p>hierárquicas estejam claramente definidas, assim como o grau de participação e a</p><p>colaboração de cada um para a realização dos objetivos definidos.</p><p>1</p><p>8</p><p>4) ORGANIZAR:</p><p>É a forma de coordenar todos os recursos da empresa, sejam humanos, financeiros ou</p><p>materiais, alocando-os da melhor forma segundo o planejamento estabelecido.</p><p>5) CONTROLAR</p><p>É estabelecer padrões e medidas de desempenho que permitam assegurar que</p><p>as atitudes empregadas são as mais compatíveis com o que a empresa espera. O</p><p>objetivo é localizar as fraquezas e erros para corrigi-los no presente e preveni-los no</p><p>futuro, estabelecer padrões e medidas de desempenho; executar ações corretivas; e</p><p>comparar com padrões estabelecidos.</p><p>6) COORDENAR</p><p>Ligar, unir, harmonizar todas as atividades, facilitando seu trabalho e seu sucesso.</p><p>Ela sincroniza coisas e ações em suas proporções certas e adapta os meios aos fins</p><p>(BARTEL, 2014).</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>AS ORGANIZAÇÕES</p><p>As organizações são instituições que compõem a</p><p>sociedade moderna. Elas podem ser: organizações</p><p>lucrativas (as empresas) ou organizações não lu-</p><p>crativas (exército, igreja, serviços públicos, entidades</p><p>filantrópicas etc.). Qualquer organização é composta</p><p>de duas ou mais pessoas, que interagem entre si, através de relações recíprocas,</p><p>para atingir objetivos comuns. Quando falamos de um negócio como uma dro-</p><p>garia, hospital, ou qualquer outra empresa, falamos de organização.</p><p>“ Organização é o agrupamento de pessoas que se reuniram de forma</p><p>estruturada e deliberada e em associação, traçando metas para al-</p><p>cançarem objetivos planejados e comuns a todos os seus membros</p><p>(LACOMBE; HEILBORN, 2003, on-line).</p><p>As organizações permitem uma melhor divisão do trabalho e de suas especiali-</p><p>zações. Proporcionam maior conhecimento dos aspectos do trabalho. A especia-</p><p>lização do trabalho pode levar a uma situação de economia de escala. Ao agrupar</p><p>as atividades semelhantes, pode resultar em economias originadas de produção</p><p>em escala maior. Então, qual seria o objetivo da administração? Proporcionar</p><p>eficiência e eficácia às empresas. A eficiência refere-se aos meios: métodos, pro-</p><p>cessos, regras e regulamentos sobre como as coisas devem ser feitas na empresa,</p><p>a fim de que os recursos sejam adequadamente utilizados. A eficácia refere-se</p><p>aos fins: objetivos e resultados a serem alcançados pela empresa.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Qual a diferença entre eficiência e eficácia?</p><p>As organizações</p><p>são instituições</p><p>que compõem a</p><p>sociedade moderna</p><p>1</p><p>1</p><p>Princípios Gerais da Administração</p><p>A Administração não é uma ciência exata. Ela não pode basear-se em leis rígidas.</p><p>Ela precisa basear-se em princípios gerais e flexíveis capazes de serem aplicados</p><p>a situações diferentes. Os princípios são condições ou normas dentro das quais</p><p>o trabalho administrativo deve ser aplicado e desenvolvido. Os mais importantes</p><p>princípios gerais de administração são os seguintes:</p><p>EFICÁCIA</p><p>Fazer as coisas certas</p><p>Atingir o objetivo</p><p>Conseguir pintar uma casa,</p><p>não importa quanto tempo</p><p>levou; o resultado chegou.</p><p>EFICIÊNCIA</p><p>Fazer certo as coisas</p><p>Fazer mais com menos</p><p>(Produtividade)</p><p>Pintar com a menor</p><p>quantidade de tinta, menos</p><p>tempo e menos sujeira.</p><p>Figura 1 – Diferença entre eficácia e eficiência</p><p>Fonte: https://br.pinterest.com/pin/623607879643853652/. Acesso em: 27 nov. 2023.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem apresenta um quadro dividido em dois lados. Do lado esquerdo está escrito:</p><p>Eficácia: fazer as coisas certas; atingir o objetivo. Conseguir pintar uma casa, não importa quanto tempo levou; o</p><p>resultado chegou. Do lado direito está escrito: Eficiência: fazer certo as coisas; fazer mais com menos (produtivi-</p><p>dade). Pintar com a menor quantidade de tinta, menos tempo e menos sujeira. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>O ADMINISTRADOR</p><p>Quando falamos de um administrador ou gerente, falamos da pessoa responsável</p><p>em solucionar problemas, dimensionar recursos, desenvolver estratégias, analisar</p><p>situações e tomar decisões. Por isso o conhecimento da administração é indis-</p><p>pensável, mas depende da personalidade e do modo de agir do administrador,</p><p>ou seja, de suas habilidades.</p><p>PRINCÍPIO DA DIVISÃO DO TRABALHO E DA ESPECIALIZAÇÃO</p><p>Todo o trabalho deve ser dividido a fim de permitir a especialização das pessoas em</p><p>alguma atividade.</p><p>PRINCÍPIO DA AUTORIDADE E RESPONSABILIDADE</p><p>Deve haver uma linha de autoridade e responsabilidade claramente definida, conheci-</p><p>da e reconhecida por todos.</p><p>PRINCÍPIO DA HIERARQUIA OU CADEIA ESCALAR</p><p>Quanto maior a empresa, maior o número de níveis hierárquicos.</p><p>PRINCÍPIO DA UNIDADE DE COMANDO</p><p>Cada pessoa deve subordinar-se a um e somente a um único superior.</p><p>PRINCÍPIO DA AMPLITUDE ADMINISTRATIVA</p><p>Refere-se à quantidade de funcionários que um chefe deve ter.</p><p>PRINCÍPIO DA DEFINIÇÃO</p><p>Definição prévia por escrito da autoridade e da responsabilidade, deveres, relações ou</p><p>órgãos, bem como devem ser devidamente comunicados (COUTINHO, 2021).</p><p>1</p><p>1</p><p>“ É o elemento dinâmico e vital de toda e qualquer organização. Sem</p><p>a sua liderança, os recursos de produção permanecem recursos e</p><p>nunca se tornam produção. Sobretudo numa economia competiti-</p><p>va, são o calibre e a qualidade da atuação dos administradores, que</p><p>determinam o sucesso, ou mesmo a sobrevivência, de uma empresa.</p><p>O calibre e a qualidade da atuação de seus administradores consti-</p><p>tuem a única vantagem efetiva de uma organização dentro de uma</p><p>economia competitiva (DRUCKER, 2002).</p><p>Competências gerenciais</p><p>Segundo Maximiano (2004), competências são as qualificações que uma pessoa</p><p>deve ter para ocupar um cargo e desempenhá-lo eficazmente. As competências</p><p>específicas, que são necessárias para ocupar um cargo de gerente, dependem do</p><p>nível hierárquico, das tarefas do gerente, do tipo de organização e de outros fatores.</p><p>PAPÉIS GERENCIAIS</p><p>INTERPESSOAIS</p><p>Abrangem as relações</p><p>interpessoais</p><p>dentro e fora da organização, nesse</p><p>papel os gerentes são representados</p><p>como símbolo, líder ou ligação.</p><p>INFORMAÇÃO</p><p>Estão relacionados com a obtenção e</p><p>transmissão de informações, de dentro</p><p>para fora da organização e vice-versa. Os</p><p>gerentes são disseminadores ou porta-voz.</p><p>DECISÃO</p><p>Envolvem a solução de problemas e a</p><p>tomada de decisões, relacionadas com</p><p>novos empreendimentos, distúrbios,</p><p>alocação de recursos.</p><p>Figura 2 – Papéis gerenciais</p><p>Fonte: https://www.portal-administracao.com/2014/05/henry-mintzberg-e-os-papeis-gerenciais.html#.</p><p>Wf9XNbqG49Y.pinterest. Acesso em: 27 nov. 2023.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>NOÇÕES DE ECONOMIA</p><p>Economia é a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem</p><p>utilizar recursos produtivos escassos, na produção de bens e serviços, de modo</p><p>a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, com a finalidade de</p><p>satisfazer as necessidades humanas.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem apresenta um quadro com as seguintes informações: no centro da imagem</p><p>da parte superior está escrito: papéis gerenciais. Abaixo está escrito: interpessoais: abrangem as relações in-</p><p>terpessoais dentro e fora da organização; nesse papel, os gerentes são representados como símbolo, líder ou</p><p>ligação. Abaixo está escrito: informação: estão relacionados com a obtenção e a transmissão de informações, de</p><p>dentro para fora da organização e vice-versa. Os gerentes são disseminadores ou porta-voz. Por fim, no último</p><p>tópico, está escrito: decisão: envolve a solução de problemas e a tomada de decisões, relacionadas com novos</p><p>empreendimentos, distúrbios, alocação de recursos. Fim da descrição.</p><p>Livro: Noções de Economia</p><p>Autores: André M. Cunha e Carlos Águedo N. Paiva</p><p>Ano: 2014</p><p>Este é um livro de Introdução à Economia. Mas ele não pre-</p><p>tende ser apenas mais um livro de Introdução a esta polêmica</p><p>ciência. É útil a todos aqueles profissionais brasileiros que pre-</p><p>cisam entender Economia, mas que não têm tempo para (ou</p><p>interesse em) se tornarem Economistas. É um livro para que</p><p>todos possam entender os princípios e como retirar o melhor</p><p>proveito da economia.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>Como o entendimento da economia pode ajudar nos problemas econômicos?</p><p>Como evitar a escassez da sociedade?</p><p>PENSANDO JUNTOS</p><p>A escassez significa a situação em que os recursos são insuficientes para aten-</p><p>der aos desejos ou necessidades da população. Escassez é diferente de pobreza.</p><p>A pobreza significa que algumas necessidades básicas, tais como alimentação,</p><p>1</p><p>4</p><p>vestuário e habitação, não foram atendidas, quer se-</p><p>jam em sua totalidade ou mesmo parcialmente. É</p><p>também um termo que descreve uma diferença entre</p><p>a quantidade demandada de um produto ou serviço e o quanto é fornecido no</p><p>mercado. Especificamente, a escassez ocorre quando há excesso de demanda e,</p><p>portanto, é o oposto de um excedente (STRELOW, 2017).</p><p>Escassez é o problema econômico fundamental de se ter desejos humanos</p><p>praticamente infinitos em um mundo de recursos limitados. Ele postula que</p><p>a sociedade tem meios de produção e recursos insuficientes para atender aos</p><p>desejos e às necessidades de todos os seres humanos.</p><p>Escassez é diferente</p><p>de pobreza</p><p>Figura 3 – Pirâmide de Maslow / Fonte: https://psicoeduca.com.br/psicologia/desenvolvimento-humano/</p><p>9-hierarquia-de-necessidades-de-maslow. Acesso em: 27 nov. 2023.</p><p>Descrição da Imagem: a imagem apresenta o desenho de uma pirâmide dividida em cinco pilares. Na base da</p><p>pirâmide do lado direito está escrito “Básicas”. Do lado esquerdo há o desenho de um homem dormindo e comidas</p><p>(frango, água)”. Acima está escrito “Segurança”. Do lado direito e do lado esquerdo há o desenho de um homem</p><p>deitado lendo um livro e sobre seus joelhos há uma casa. Acima está escrito “Sociais”. Do lado direito e do lado</p><p>esquerdo há o desenho de duas pessoas se abraçando. Acima está escrito do lado direito “Autoestima”. Do lado</p><p>esquerdo há o desenho de um homem beijando um espelho. Por fim, no ápice, está escrito “Autorrealização”. Do</p><p>lado direito e do lado esquerdo há o desenho de um homem, sorrindo, com os dois braços levantados, na mão</p><p>esquerda ele segura um saco com dinheiro e na direita um troféu. Fim da descrição.</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>MERCADO</p><p>A economia acontece nos mercados. Mercados são espaços físicos e virtuais entre</p><p>ofertas e demandas, onde através da concorrência há trocas entre bens e serviços.</p><p>No mercado, para ficar cada vez mais igualitário, é necessário que haja uma con-</p><p>corrência saudável, onde o consumidor fará a opção pelo que melhor te atende.</p><p>Abraham Harold Maslow (1908-1970), foi um importante psicólogo americano</p><p>que muito contribuiu para diversos pensamentos dentro das psicologias. Dentre</p><p>as obras de Maslow destaca-se a hierarquia de necessidades, ou, como é mais</p><p>conhecida, pirâmide de Maslow, que nada mais é que: para alcançar “perfeita sa-</p><p>tisfação pessoal” devemos satisfazer as necessidades mais básicas, de nível mais</p><p>baixo, antes de poder realizar necessidades de nível superior e então conquistar a</p><p>autorrealização (GABRIEL, 2023).</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>O que é economia de mercado?</p><p>O sistema econômico está baseado no capitalismo, em que o principal objetivo</p><p>das atividades é a geração de lucro e o acúmulo de riquezas. Portanto, percebe-se</p><p>que na economia de mercado toda a economia está centrada no setor terciário da</p><p>economia, ou seja, no comércio. Além disso, é comum nesse modelo a difusão</p><p>do processo de terceirização da economia, que consiste na ampliação do setor</p><p>de prestação de serviços.</p><p>1</p><p>1</p><p>Neste sistema é onde aparece a teoria da oferta e demanda, em que se explica os</p><p>preços e as quantidades dos bens negociados numa economia de mercado e suas</p><p>respectivas variações. Quanto mais alto for o preço de um produto, menos pes-</p><p>soas estarão dispostas ou poderão comprá-lo. Quando o preço de um bem sobe,</p><p>o poder de compra geral diminui (efeito renda) e os consumidores mudam para</p><p>bens mais baratos (efeito substituição). Oferta é a relação entre o preço de um bem</p><p>e a quantidade que os fornecedores colocam à venda para cada preço desse bem.</p><p>Num mercado de trabalho competitivo, por exemplo, a quantidade de tra-</p><p>balho empregada e o preço do trabalho (o salário) são modelados pela demanda</p><p>por trabalho (pelas firmas) e pela oferta de trabalho (pelos potenciais traba-</p><p>lhadores). A economia do trabalho estuda as interações entre trabalhadores</p><p>e empregadores através desses mercados, para explicar os níveis de salários e</p><p>outros rendimentos do trabalho, o desenvolvimento de competências e capital</p><p>humano, e o (des)emprego.</p><p>ECONOMIA EMPRESARIAL</p><p>Na economia empresarial, é necessário ter uma visão geral do país e tratar</p><p>os fatores macro e microeconômicos para chegar nas análises corretas para a</p><p>empresa. Ela pode ser pública ou privada, principalmente para empresas do se-</p><p>tor da saúde. Afinal, como saber quais medicamentos são mais em conta e quais</p><p>são melhores? A contratação de farmacêuticos para 44 horas ou 22 horas para o</p><p>ambiente hospitalar é necessária? Para aplicação de insulina, é melhor comprar</p><p>seringa simples ou canetas de aplicação?</p><p>O capitalismo é um sistema em que predomina a propriedade privada e a busca</p><p>constante pelo lucro e pela acumulação de capital, que se manifesta na forma de</p><p>bens e dinheiro. Apesar de ser considerado um sistema econômico, o capitalismo</p><p>estende-se aos campos políticos, sociais, culturais, éticos e muitos outros.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>UNIASSELVI</p><p>1</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 2</p><p>Além disso, o estudo se faz necessário sobre custos e não perder dinheiro sem</p><p>um motivo plausível. Não somente para o lucro de uma empresa privada como</p><p>para o sucesso da atuação de empresas e instituições públicas.</p><p>Neste tema, exploramos aspectos cruciais para a compreensão do universo</p><p>das organizações e da administração. Abordamos desde a importância das orga-</p><p>nizações até a definição de administração e seus princípios. Exploramos o perfil</p><p>do administrador</p><p>de sucesso, características de liderança e objetivos econômicos.</p><p>Ao compreender como as empresas são constituídas e formadas, assim como</p><p>adquirir conhecimentos sobre o mercado, sua estrutura, demanda e concorrên-</p><p>cia, ampliamos nossa visão sobre a economia empresarial.</p><p>Confira a aula referente a este tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo</p><p>digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>EM FOCO</p><p>NOVOS DESAFIOS</p><p>Depois dessa leitura fascinante, todos os conceitos de administração e economia,</p><p>que antes você via como desnecessário, agora farão parte do seu dia a dia. Mesmo</p><p>sendo um agente de saúde, é necessário que saibamos como saber gerir um negó-</p><p>cio sabendo o custo/benefício de cada aquisição ou passo a ser tomado. Vamos</p><p>pensar a respeito de uma farmácia pública com poucos recursos, é necessário</p><p>ter sabedoria nas escolhas dos remédios mais utilizados, não deixando faltar os</p><p>remédios mais utilizados pela população. Além disso, a escolha tem que ser feita</p><p>no mais barato sem perder sua qualidade.</p><p>Consegue ver a importância de ser um bom administrador e saber de economia?</p><p>Com esse conhecimento, já consegue aplicar nas suas finanças pessoais? Desafio</p><p>você a saber administrar melhor suas finanças e estar inserido nesse conhecimento.</p><p>Espero que essa jornada tenha proporcionado uma base sólida para com-</p><p>preender a complexidade do mundo dos negócios. Fique à vontade para explorar</p><p>mais a fundo cada um desses tópicos e continue sua jornada rumo ao conheci-</p><p>mento aprofundado em administração e economia empresarial.</p><p>1</p><p>8</p><p>1. É importante proporcionar eficiência e eficácia às empresas. A eficiência refere-se aos</p><p>meios: métodos, processos, regras e regulamentos sobre como as coisas devem ser feitas</p><p>na empresa, a fim de que os recursos sejam adequadamente utilizados. A eficácia refere-se</p><p>aos fins: objetivos e resultados a serem alcançados pela empresa. Sobre esses dois termos,</p><p>analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. Eficácia indica que a organização tem capacidade de realizar resultados positivos. Quanto</p><p>mais alto o grau de realização dos objetivos, mais a organização é eficaz.</p><p>II. Uma empresa para ser eficiente pode usar recursos além do necessário, desde que tenha</p><p>a capacidade de realizar bons resultados.</p><p>III. Eficiência se refere ao alto grau de produtividade na utilização dos recursos, ausência</p><p>de desperdícios e uso econômico de recursos.</p><p>IV. Empresas eficazes usam menos recursos para produzir mais, independentemente do</p><p>grau de realização dos objetivos.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) II e IV, apenas.</p><p>c) I e III, apenas.</p><p>d) I, II e III, apenas.</p><p>e) I, II, III e IV.</p><p>2. Quando falamos de um administrador ou gerente, falamos da pessoa responsável em</p><p>solucionar problemas, dimensionar recursos, desenvolver estratégias, analisar situações e</p><p>tomar decisões. Por isso o conhecimento da administração é indispensável, mas depende</p><p>da personalidade e do modo de agir do administrador, ou seja, de suas habilidades. Consi-</p><p>derando que a liderança não é apenas uma maneira de cada líder viver seus sonhos, mas</p><p>é a habilidade de compartilhá-lo com outras pessoas, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. A essência da liderança é ter seguidores. Em outras palavras, o que faz um indivíduo</p><p>ser líder é a disposição de outras pessoas para segui-lo. Em geral, as pessoas tendem a</p><p>seguir alguém que lhes ofereça meios para a realização de seus desejos e necessidades.</p><p>II. O líder possui defeitos e qualidades que ele mesmo deve conhecer. Isso implica olhar</p><p>primeiro para dentro de si mesmo. A crença mais difundida hoje em dia é a de que a</p><p>maioria das pessoas pode tornar-se líder.</p><p>III. O líder tem o poder de criar uma visão apaixonante e transmiti-la a seus liderados, que</p><p>o seguirão e, em determinadas situações, pagarão todos os preços necessários.</p><p>IV. Liderança é algo que se aprende, se constrói. É algo comovente, emocionante e “do-</p><p>minante”. A liderança transforma, transpira emoção e faz reverter aquilo que a princípio</p><p>está “perdido”. A liderança é, simplesmente, a base para o sucesso organizacional.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1</p><p>9</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) II e IV, apenas.</p><p>c) III e IV, apenas.</p><p>d) I, II e III, apenas.</p><p>e) I, II, III e IV.</p><p>3. A economia acontece nos mercados. Mercados são espaços físicos e virtuais entre ofertas</p><p>e demandas, nos quais através da concorrência há trocas entre bens e serviços. No merca-</p><p>do, para ficar cada vez mais igualitário, é necessário que haja uma concorrência saudável,</p><p>em que o consumidor fará a opção pelo que melhor atende. Sobre conceitos básicos da</p><p>economia, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. Bens de consumo são aqueles que satisfazem diretamente as necessidades dos indiví-</p><p>duos.</p><p>II. Mercado refere-se à demanda qualificada para determinado produto ou serviço num</p><p>período determinado.</p><p>III. Bens livres são aqueles cuja quantidade é limitada e são apropriáveis.</p><p>IV. Agentes econômicos são pessoas de natureza física ou jurídica que, por meio de suas</p><p>ações, contribuem para o funcionamento do sistema econômico.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>a) I e IV, apenas.</p><p>b) II e III, apenas.</p><p>c) III e IV, apenas.</p><p>d) I, II e III, apenas.</p><p>e) II, III e IV, apenas.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>4</p><p>1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BARTEL, G. Fundamentos e teoria organizacional. Indaial: Uniasselvi, 2014.</p><p>COUTINHO, T. Os 14 princípios fundamentais de Fayol para o sucesso das empresas! VOITTO,</p><p>2021. Disponível em: https://www.voitto.com.br/blog/artigo/principios-de-fayol. Acesso em: 27</p><p>nov. 2023.</p><p>DRUCKER, P. F. Introdução à administração. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002.</p><p>GABRIEL, M. Hierarquia de Necessidades de Maslow. PsicoEduca, 2016. Disponível em: https://</p><p>psicoeduca.com.br/psicologia/desenvolvimento-humano/9-hierarquia-de-necessidades-de-</p><p>-maslow. Acesso em: 27 nov. 2023.</p><p>HENRY Mintzberg e os papéis gerenciais. Portal Administração, 2014. Disponível em: https://</p><p>www.portal-administracao.com/2014/05/henry-mintzberg-e-os-papeis-gerenciais.html#.</p><p>Wf9XNbqG49Y.pinterest. Acesso em: 27 nov. 2023.</p><p>LACOMBE, F. J.; HEILBORN, G. L. J. Administração: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva,</p><p>2003.</p><p>MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. 6. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2004.</p><p>STRELOW; D. R. Economia. Indaial: UNIASSELVI, 2017.</p><p>4</p><p>1</p><p>1. Opção C. Uma empresa não pode usar recursos além do necessário e nem de menos.</p><p>2. Opção E.</p><p>3. Opção A.</p><p>GABARITO</p><p>4</p><p>1</p><p>MINHAS ANOTAÇÕES</p><p>4</p><p>1</p><p>MINHAS METAS</p><p>PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO</p><p>FARMACÊUTICO</p><p>Compreender os conceitos fundamentais do planejamento estratégico.</p><p>Desenvolver um planejamento estratégico adaptado às especificidades de uma farmácia.</p><p>Aplicar os princípios do planejamento estratégico em farmácias e drogarias, consi-</p><p>derando aspectos como gestão de estoque, atendimento ao cliente e integração de</p><p>serviços farmacêuticos.</p><p>Reconhecer o papel da assistência farmacêutica no contexto do planejamento estratégico.</p><p>Analisar o ambiente hospitalar, identificar os desafios específicos e implementar estraté-</p><p>gias eficazes para otimizar os serviços farmacêuticos.</p><p>Dominar ferramentas estratégicas e fundamentar decisões.</p><p>Adquirir conhecimento sobre as estratégias competitivas adotadas no setor farmacêutico.</p><p>T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 3</p><p>4</p><p>4</p><p>INICIE SUA JORNADA</p><p>Você já percebeu que para tudo na vida, antes de ser feito, é necessário um pla-</p><p>nejamento? Seja para você pegar um ônibus para ir à faculdade, ou como você</p><p>estudará para as provas finais para ser aprovado: tudo envolve um planejamento</p><p>junto com estratégias para chegar à meta que você mesmo estipulou.</p><p>Agora, imagine a importância de termos um planejamento quando é a res-</p><p>peito de uma farmácia, de um hospital ou da própria assistência farmacêutica.</p><p>Será que sem planejamento o seu negócio ou seu emprego terá sucesso?</p><p>Com certeza, não! Nessa aprendizagem, falaremos sobre os principais plane-</p><p>jamentos estratégicos na implantação de negócios e a sua própria atuação pro-</p><p>fissional, auxiliando para que você atinja suas metas e expectativas</p><p>idealizadas</p><p>no setor farmacêutico.</p><p>Estudante, convido você a escutar o nosso podcast sobre planejamento estratégi-</p><p>co voltado ao setor de farmacêutico. De maneira didática e leve, você pode ouvir</p><p>sobre as melhores táticas com relação à implantação do planejamento no setor de</p><p>drogarias, hospitais e laboratórios. Aproveite a flexibilidade do aprendizado! Ouça</p><p>enquanto se desloca para o trabalho ou relaxa em casa, multiplicando suas expe-</p><p>riências e acumulando conhecimento. Vamos lá, o conhecimento está ao seu al-</p><p>cance e a qualquer momento! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital</p><p>do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>PLAY NO CONHECIMENTO</p><p>VAMOS RECORDAR?</p><p>Antes de focarmos no setor farmacêutico, vamos aprender um pouco sobre o</p><p>planejamento estratégico de uma maneira generalizada dentro de uma empresa. Um</p><p>planejamento dentro de uma empresa é essencial para ter sucesso, mas não é uma</p><p>tarefa fácil, é preciso estar atento aos detalhes e saber em qual lugar se quer chegar.</p><p>Veja o vídeo e comece nessa jornada de conhecimento sobre as principais</p><p>ferramentas de um planejamento de sucesso. Recursos de mídia disponíveis no</p><p>conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>5</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>DESENVOLVA SEU POTENCIAL</p><p>A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO</p><p>Planejamento estratégico é o processo administrativo de desenvolver e manter</p><p>uma adaptação estratégica entre a organização e suas oportunidades de mudança</p><p>mercadológica. Este processo é realizado com o desenvolvimento de uma missão</p><p>clara da empresa, objetivo e metas, estratégia de crescimento, e planejamento do</p><p>portfólio do produto. Dessa forma, Kotler (2000, p. 71) afirma que “o propósito</p><p>do planejamento estratégico é moldar e remoldar os negócios e produtos da</p><p>empresa com objetivo de crescimento e lucro”.</p><p>O planejamento introduz ordem e método nas atividades e transforma em</p><p>rotinas disciplinadas a ação administrativa. Ele dirige e reduz o custo operacional,</p><p>diminui o desperdício e a improvisação, permitindo a conclusão do trabalho no</p><p>tempo previsto e o aproveitamento eficaz dos recursos. Eleva a moral do grupo</p><p>e melhora a qualidade de produtos e serviços.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Como um bom planejamento pode fazer a diferença na sua profissão?</p><p>Planejamento é um processo desenvolvido para o alcance de uma situação futura</p><p>desejada, de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração</p><p>de esforços e recursos pela empresa. Já estratégia é uma palavra que deriva do</p><p>grego strategos, que significa general no comando das tropas. Uma tropa sem</p><p>general é um grupo perdido, sem norte, sem saber o que fazer, para onde ir, onde</p><p>concentrar suas forças e pode acabar perdendo a batalha ou, no mínimo, terminar</p><p>com muitos mortos e feridos.</p><p>O termo estratégia aos poucos foi evoluindo, passando a incluir habilidades</p><p>gerenciais, além das militares, e transferindo esta ideia para o meio corporati-</p><p>vo. Chega-se a um resultado bem parecido. Uma empresa que não traça metas</p><p>a curto, médio e longo prazo, que não define para onde vão os investimentos</p><p>4</p><p>1</p><p>e como será sua atuação no mercado está fadada a fechar cedo ou passar por</p><p>momentos bastante difíceis.</p><p>O planejamento estratégico dita as estratégias de ataque e de ação; é pratica-</p><p>mente um exercício obrigatório para que as empresas tracem suas metas e traba-</p><p>lhem, a fim de que as sejam atingidas e até mesmo superadas. A ação reduz o risco</p><p>de decisões equivocadas que possam comprometer a saúde financeira da empresa.</p><p>Recordando a diferença entre eficiência e eficácia: a eficiência é a capacidade de</p><p>minimizar o uso de recursos para alcançar os objetivos da organização: “fazer as</p><p>coisas de maneira certa”. A eficácia, por sua vez, consiste em determinar os objeti-</p><p>vos adequados: “fazer as coisas certas”.</p><p>APROFUNDANDO</p><p>O planejamento estratégico para melhor ser utilizado e aplicado pode ser estraté-</p><p>gico, tático ou operacional. Estes se diferenciam com relação ao tempo de curto,</p><p>médio e longo prazo.</p><p>■ Planejamento estratégico (longo prazo)</p><p>É no planejamento estratégico que devem estar espelhados os principais objetivos,</p><p>metas e decisões de longo prazo. Geralmente, neste tipo, se define o futuro da</p><p>empresa entre 2 e 10 anos, e pode incluir pontos como: expansão, definição sobre</p><p>aquisição de novos equipamentos, planos para buscar investidores, desenvolvi-</p><p>mento de novos produtos, entre outros.</p><p>■ Planejamento tático ou gerencial (médio prazo)</p><p>O que fazer amanhã para ajudar o futuro que quero construir. O planejamento</p><p>tático ou gerencial funciona como um suporte e apoia os planos estratégicos de</p><p>alto nível, sendo dividido em várias partes práticas, como: planejamento tático</p><p>de marketing, de vendas, de RH, financeiro etc. O planejamento tático se propõe</p><p>a elaborar um plano de ataque a médio prazo (até 2 anos).</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>■ Planejamento operacional (curto prazo)</p><p>O que fazer hoje para ajudar o futuro que quero construir. Esse tipo de plane-</p><p>jamento garante o andamento saudável na rotina diária da empresa. Isto é, é a</p><p>gestão de processos organizacionais que garante que as metas e os objetivos defi-</p><p>nidos no planejamento estratégico estejam em pleno funcionamento no dia a dia.</p><p>COMO IMPLANTAR UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO</p><p>Para elaborar seu planejamento estratégico, a empresa deve entender com clareza</p><p>as suas forças e suas habilidades, dentro do contexto de seu setor, a fim de criar van-</p><p>tagens competitivas e converter em sucesso as oportunidades existentes. O alvo do</p><p>planejamento estratégico é configurar e reconfigurar as atividades da organização</p><p>e seus produtos/serviços de forma que eles combinem resultados e perpetuação.</p><p>“ “O planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às impli-</p><p>cações futuras de decisões presentes” (DRUCKER, 1962, p. 131).</p><p>4</p><p>8</p><p>Antes de começar o planejamento estratégico, deve-se responder às três ques-</p><p>tões básicas:</p><p>1. Onde estou?</p><p>2. Para onde quero ir?</p><p>3. Como chegar lá?</p><p>Logo em seguida serão mostradas as etapas do planejamento estratégico:</p><p>1 - Declaração de Missão e Visão</p><p>Aqui é estabelecido por qual motivo a empresa existe no mercado, saber em</p><p>qual lugar a empresa chegará daqui a alguns anos e quais são os princípios que a</p><p>empresa não abre mão de seguir (BECKER, 2016).</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Quais as missões das empresas? Por exemplo, a missão do Walt Disney é deixar</p><p>as pessoas felizes. Quais as missões das empresas mais conhecidas no mundo?</p><p>1 e 1 - Análise do ambiente externo e interno</p><p>Conhecer as forças e fraquezas da empresa (variáveis internas e controláveis);</p><p>identificar e classificar as oportunidades e ameaças (variáveis externas e não con-</p><p>troláveis), avaliando os possíveis choques externos e seus impactos na empresa;</p><p>identificar a correlação entre os pontos fortes e fracos com as oportunidades e</p><p>ameaças (BECKER, 2016).</p><p>4 - Situação atual</p><p>É uma ferramenta essencial para que as empresas possam se adaptar às constantes</p><p>mudanças do mercado e alcançar seus objetivos de forma eficiente e sustentável.</p><p>É uma abordagem que busca analisar as situações concretas nas quais as organi-</p><p>UNIASSELVI</p><p>4</p><p>9</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>zações estão inseridas, levando em consideração os diferentes atores, interesses</p><p>e recursos envolvidos (BECKER, 2016).</p><p>5 - Objetivos e metas</p><p>Objetivo é o conceito geral de onde quer chegar e meta é o número ou índice que</p><p>deve ser atingido; estabelecer objetivos e metas claras, mensuráveis e alcançáveis</p><p>para a empresa e para cada departamento ou equipe. Uma forma de fazer isso é</p><p>por meio das metas SMART.</p><p>Uma meta SMART é aquela que é definida com base em uma série de critérios,</p><p>a saber: ela deve ser específica, mensurável, atribuível, realista e temporal. A es-</p><p>tratégia foi pensada para auxiliar as empresas e corporações a determinarem seus</p><p>objetivos e os meios de alcançá-los de maneira inteligente. Trata-se de um acrô-</p><p>nimo da palavra inglesa smart (inteligente) (RESULTADOS DIGITAIS, 2022).</p><p>1 - Estratégia</p><p>Agora é o momento de traçar estratégias. Para isso, aqui é utilizada uma ferramen-</p><p>ta chamada análise SWOT. Uma análise SWOT ajuda a identificar pontos fortes,</p><p>pontos fracos, oportunidades e ameaças de dado projeto ou do seu plano de ne-</p><p>gócios geral. Trata-se de uma ferramenta que pode ajudar a sua equipe a planejar</p><p>de modo estratégico e ficar à frente das tendências de mercado (BECKER, 2016).</p><p>Veremos como é feita a análise SWOT e o que significam os termos inclusos:</p><p>FORÇAS</p><p>As forças, no contexto da SWOT, se referem às iniciativas internas que estão com um</p><p>bom desempenho. Elas podem ser comparadas a outras iniciativas ou a uma vanta-</p><p>gem competitiva externa. Examinar essas áreas ajuda a entender melhor o que está</p><p>funcionando bem para usar essas técnicas bem-sucedidas — portanto, as suas forças</p><p>— em outras áreas que possam precisar de auxílio, como para aumentar a eficiência</p><p>da equipe (BECKER, 2016).</p><p>5</p><p>1</p><p>1- Feedback</p><p>Dentro das organizações, o feedback é uma forma direta de gestores e colegas</p><p>de trabalho compartilharem com um colaborador suas impressões profissionais</p><p>sobre o trabalho executado e a performance dele na organização, bem como</p><p>permitir a esse colaborador saber do que se espera dele e ouvi-lo sobre como</p><p>ele percebe o seu próprio trabalho. É fundamental entender que o feedback nas</p><p>empresas não é uma avaliação subjetiva; ao contrário disso, esse momento pre-</p><p>cisa ser dinâmico e estar sempre amparado por dados e argumentos sólidos que</p><p>validem o retorno que o funcionário está recebendo pelo seu trabalho, bem como</p><p>sobre a percepção do líder sobre suas entregas (BECKER, 2016).</p><p>FRAQUEZAS</p><p>Na SWOT, as fraquezas se referem às iniciativas internas que estão com desempenho</p><p>abaixo do esperado. É uma boa ideia analisar primeiro as forças, para que você possa</p><p>criar um parâmetro do que é um desempenho bom ou mau. Identificar as fraquezas</p><p>internas é um bom ponto de partida para melhorar esses projetos (BECKER, 2016).</p><p>OPORTUNIDADES</p><p>Na SWOT, as oportunidades são o resultado das suas forças e fraquezas existentes</p><p>somadas a quaisquer iniciativas externas que colocarão a sua empresa em uma me-</p><p>lhor posição competitiva. Elas podem ser qualquer coisa, como fraquezas que você</p><p>gostaria de melhorar ou áreas que não foram identificadas nas duas primeiras fases da</p><p>sua análise (BECKER, 2016).</p><p>AMEAÇAS</p><p>As ameaças, na SWOT, se referem às áreas que podem causar problemas. Elas são</p><p>diferentes das fraquezas, pois as ameaças são externas e costumam estar fora do seu</p><p>controle. Podem ser qualquer coisa, desde uma pandemia a uma mudança no cenário</p><p>competitivo (BECKER, 2016).</p><p>UNIASSELVI</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM UMA DROGARIA</p><p>Todas as ferramentas já listadas são utilizadas em uma drogaria. Além disso, é</p><p>necessário planejar, em primeiro lugar, em qual lugar a farmácia ficará (a escolha</p><p>do ponto é fundamental) e se terá estacionamento. Uma drogaria precisa, além</p><p>da estrutura (feita pela Anvisa), documentos necessários para a abertura, como</p><p>documentos registrados.</p><p>Planejamento Estratégico</p><p>O livro apresenta uma visão atual e operativa sobre a adminis-</p><p>tração estratégica e propõe uma metodologia coerente para</p><p>o desenvolvimento de processos de planejamento estratégico.</p><p>Oferece informações e instrumental técnico para que os lei-</p><p>tores possam desenvolver tanto as suas habilidades teóricas</p><p>como práticas no campo do planejamento empresarial. Cada</p><p>uma das etapas do planejamento estratégico é apresentada</p><p>de forma clara e objetiva, proporcionando uma ampla visão a</p><p>respeito de sua operacionalização. Com uma proposta de des-</p><p>dobramento do planejamento estratégico em planos de ação,</p><p>fundamentais para a transformação das estratégias em resul-</p><p>tados, traz recomendações sobre a aplicação do planejamento</p><p>estratégico em diferentes contextos empresariais. Ao final, o</p><p>Apêndice apresenta um exemplo real de plano emergencial.</p><p>Livro-texto para as disciplinas Planejamento Estratégico, Estra-</p><p>tégia Empresarial, Planejamento Empresarial, Gestão Estraté-</p><p>gica de Empresas, Gestão Estratégica de Negócios e Adminis-</p><p>tração Estratégica dos cursos de graduação e pós-graduação</p><p>em Administração. Recomendado para profissionais da área de</p><p>Administração, em especial para gerentes e consultores que</p><p>atuam em planejamento e organização de empresas, e para</p><p>programas de desenvolvimento profissional.</p><p>INDICAÇÃO DE LIVRO</p><p>5</p><p>1</p><p>Enquanto a drogaria compreende somente o comércio de medicamentos, insu-</p><p>mos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais, a farmácia também</p><p>realiza a manipulação de medicamentos, precisando de um laboratório adequado</p><p>para preparar as fórmulas receitadas pelos profissionais de saúde.</p><p>Conhecer o mercado em que atua, o quanto de dinheiro envolvido e quanto tem-</p><p>po de retorno você espera do negócio é essencial para que este seja bem-sucedido.</p><p>Além disso, deve-se selecionar os códigos CNAE durante o processo de sua</p><p>farmácia, pois é por meio desses códigos que o governo estabelece as atividades</p><p>das empresas. Eles servem para definir quais são as atividades que a empresa</p><p>pode exercer, o seu regime tributário e obrigações burocráticas. Para escolher o</p><p>código ideal, é preciso falar com um contador.</p><p>Além disso, é preciso ter um registro AFE obtido da Vigilância Sanitária, ter</p><p>cadastro na prefeitura e registro no CRF.</p><p>VOCÊ SABE RESPONDER?</p><p>Qual a diferença entre uma farmácia e uma drogaria?</p><p>De acordo com a RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009, os documentos necessários</p><p>para abrir uma farmácia são:</p><p>• CNPJ.</p><p>• Cópias autenticadas do RG e CPF.</p><p>• Certificado de regularidade do CRF.</p><p>• Folha espelho do IRPF.</p><p>• IPTU do imóvel.</p><p>• Cópia do Contrato de Locação ou Compra e Venda.</p><p>• Alvará de funcionamento.</p><p>• Cadastro na prefeitura.</p><p>• Documentos específicos de cada cidade.</p><p>ZOOM NO CONHECIMENTO</p><p>UNIASSELVI</p><p>5</p><p>1</p><p>TEMA DE APRENDIZAGEM 3</p><p>PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO HOSPITALAR</p><p>Contudo, para um planejamento eficaz, é crucial possuir um entendimento</p><p>abrangente de todas as atividades hospitalares. Isso engloba compreender a in-</p><p>tegração dessas atividades, identificar pontos de gargalo, avaliar a força de tra-</p><p>balho, analisar perspectivas externas e abordar outras questões relevantes. Este</p><p>conhecimento holístico serve como alicerce para tomadas de decisão estratégicas</p><p>e eficientes no contexto hospitalar (FENILI, 2014).</p><p>Nesse sentido, é aconselhável entender a classificação do hospital quanto</p><p>ao tipo de atendimento, complexidade e serviços disponíveis. Depois de feito o</p><p>diagnóstico, no qual é feita a apuração de atividades, saber rotinas e números de</p><p>colaboradores, faz-se a análise SWOT.</p><p>A partir daqui, deve-se fazer o perfil epidemiológico, no qual saberemos quais</p><p>medicamentos são mais utilizados.</p><p>Farmácia</p><p>Hospitalar</p><p>• Guarda</p><p>• Conservação</p><p>• Compras</p><p>• Recebimento</p><p>• Inventários</p><p>• Contagens Cíclicas</p><p>1</p><p>• Devolução</p><p>• Estoques</p><p>Satélites</p><p>6</p><p>2</p><p>• Unitarização</p><p>• Dispensação</p><p>4</p><p>5</p><p>Controle de</p><p>Estoque</p><p>Farmácia Clínica</p><p>3</p><p>Figura 1 - Funções da farmácia hospitalar / Fonte: https://farmaciahospitalar.com.br/wp-content/uploads/</p><p>2022/12/318967843_1206220829972710_7849673114576248737_n.png. Acesso em: 8 dez. 2023.</p><p>Descrição da Imagem: a figura apresenta um esquema do tipo mapa mental, contendo as atividades realizadas</p><p>dentro de uma farmácia hospitalar. No centro, destaca-se um círculo com a inscrição “Farmácia Hospitalar”. Ao redor</p><p>desse círculo central estão dispostos retângulos, cada um contendo informações específicas. Os elementos des-</p><p>tacados nos retângulos incluem: “Guarda/Conservação”, “Unitarização”, “Dispensação”, “Inventários”, “Contagens</p><p>Cíclicas”, “Farmácia Clínica”, “Estoques Satélites”, “Devolução”, “Controle de Estoque”, “Recebimento” e “Compras”.</p><p>Essa representação visual fornece uma visão abrangente das diversas atividades e processos que compõem as</p><p>operações de uma farmácia hospitalar. Fim da descrição.</p><p>5</p><p>4</p><p>Após uma análise FOFA e definição da missão, visão e valores é hora de organizar</p><p>as atividades conforme a ordem de</p>

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