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<p>Técnico em administração</p><p>Logística</p><p>Instituto Federal Sul-rio-grandense</p><p>Campus Pelotas – Visconde da Graça</p><p>Suélen dos Santos Garcia</p><p>2013</p><p>Pelotas – RS</p><p>Presidência da República Federativa do Brasil</p><p>Ministério da Educação</p><p>Secretaria de Educação a Distância</p><p>Equipe de elaboração</p><p>Campus Pelotas - Visconde da Graça /CAVG</p><p>Coordenação institucional</p><p>Cinara Ourique do Nascimento/CAVG</p><p>Professora autora</p><p>Suélen dos Santos Garcia</p><p>Projeto gráfico</p><p>Eduardo Meneses</p><p>Fábio Brumana</p><p>Equipe técnica</p><p>Rodrigo da Cruz Casalinho/CAVG</p><p>Diagramação</p><p>Lucas Pereira</p><p>Revisão</p><p>Cristiane Silveira dos Santos /CAVG</p><p>Marchiori Quevedo/CAVG</p><p>Angelita Hentges/CAVG</p><p>Ficha catalográfica</p><p>© Campus Pelotas – Visconde da Graça</p><p>Este caderno foi elaborado em parceria entre o Campus Pelotas - Agrotécnico Vis-</p><p>conde da Graça (CAVG) e o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil – e-Tec Brasil.</p><p>Amigo(a) estudante!</p><p>O Ministério da Educação vem desenvolvendo políticas e programas para ex-</p><p>pansão da educação básica e do ensino superior no país. Um dos caminhos</p><p>encontrados para que essa expansão se efetive com maior rapidez e eficiên-</p><p>cia é a modalidade a distância. No mundo inteiro são milhões os estudantes</p><p>que frequentam cursos a distância. Aqui no Brasil, são mais de 300 mil os</p><p>matriculados em cursos regulares de ensino médio e superior a distância,</p><p>oferecidos por instituições públicas e privadas de ensino.</p><p>Em 2005, o MEC implantou o sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB),</p><p>hoje consolidado como o maior programa nacional de formação de profes-</p><p>sores em nível superior.</p><p>Para expansão e melhoria da educação profissional e fortalecimento do ensi-</p><p>no médio, o MEC está implementando o Programa Escola Técnica Aberta do</p><p>Brasil (e-Tec Brasil). Espera, assim, oferecer aos jovens das periferias dos gran-</p><p>des centros urbano se dos municípios do interior do país oportunidades para</p><p>maior escolaridade, melhores condições de inserção no mundo do trabalho</p><p>e, dessa forma, com elevado potencial para o desenvolvimento produtivo</p><p>regional.</p><p>O e-Tec é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Educação Profissio-</p><p>nale Tecnológica (SETEC), a Secretaria de Educação a Distância (SED) do Mi-</p><p>nistério da Educação, as universidades e escolas técnicas estaduais e federais.</p><p>O programa apóia a oferta de cursos técnicos de nível médio por parte das</p><p>escolas públicas de educação profissional federais, estaduais, municipais e,</p><p>por outro lado,a adequação da infraestrutura de escolas públicas estaduais</p><p>e municipais.</p><p>Do primeiro edital do e-Tec Brasil participaram 430 proponentes de ade-</p><p>quaçãode escolas e 74 instituições de ensino técnico, as quais propuseram</p><p>147 cursos técnicos de nível médio, abrangendo 14 áreas profissionais. O</p><p>resultado desse edital contemplou 193 escolas em 20 unidades federati-</p><p>Apresentação e-Tec Brasil</p><p>vas. A perspectiva do Programa é que sejam ofertadas 10.000 vagas, em</p><p>250 polos, até 2010.</p><p>Assim, a modalidade de Educação a Distância oferece nova interface para a</p><p>mais expressiva expansão da rede federal de educação tecnológica dos últi-</p><p>mos anos: a construção dos novos centros federais (CEFETs), a organização</p><p>dos Institutos Federais de Educação Tecnológica (IFs) e de seus campi.</p><p>O Programa e-Tec Brasil vai sendo desenhado na construção coletiva e parti-</p><p>cipação ativa nas ações de democratização e expansão da educação profis-</p><p>sional no país, valendo-se dos pilares da educação a distância, sustentados</p><p>pela formação continuadade professores e pela utilização dos recursos tec-</p><p>nológicos disponíveis.</p><p>A equipe que coordena o programa e-Tec Brasil lhe deseja sucesso na sua</p><p>formação profissional e na sua caminhada no curso a distância em que está</p><p>matriculado(a).</p><p>Brasília, Ministério da Educação – setembro de 2008.</p><p>Sumário</p><p>Apresentação e-Tec Brasil 3</p><p>Sumário 5</p><p>Indicação de ícones 7</p><p>Palavra da professora autora 9</p><p>Outros – instituição validadora 11</p><p>Apresentação da disciplina 13</p><p>Projeto instrucional 15</p><p>3 Processos da cadeia de abastecimento 17</p><p>3.1 Introdução 17</p><p>3.2 Processo de planejamento 18</p><p>3.3 Processo de suprimentos 22</p><p>3.4 Processo de produção 23</p><p>3.5 Processo de distribuição 25</p><p>3.6 Processo de administração de pedidos 27</p><p>Os ícones funcionam como elementos gráficos utilizados para facilitar a orga-</p><p>nização e a leitura do texto. Veja a função de cada um deles:</p><p>Atenção: Mostra pontos relevantes encontrados no texto.</p><p>Saiba mais: Oferece novas informações que enriquecem o as-</p><p>sunto como “curiosidades” ou notícias recentes relacionadas ao</p><p>tema estudado.</p><p>Glossário: Utilizado para definir um termo, palavra ou expres-</p><p>são utlizada no texto</p><p>Midias integradas: Indica livros, filmes, músicas sites, progra-</p><p>mas de TV, ou qualquer outra fonte de informação relacionada</p><p>ao conteúdo apresentado.</p><p>Pratique: Indica exercícios e/ou Atividades Complementares</p><p>que você deve realizar.</p><p>Resumo: Traz uma síntese das idéias mais importantes apresen-</p><p>ta das no texto/aula.</p><p>Avaliação: Indica Atividades de Avaliação de Aprendizagem da</p><p>aula.</p><p>Indicação de ícones</p><p>Prezados Alunos!</p><p>Sejam bem vindos ao espaço de aprendizagem da disciplina de Logística!</p><p>É com imensa satisfação que iniciamos o trabalho desta disciplina. Os concei-</p><p>tos que iremos trabalhar durante o desenvolvimento do conteúdo irão contri-</p><p>buir para o entendimento da logística como processo estratégico dentro das</p><p>organizações.</p><p>Neste guia, você encontrará as informações necessárias para o desenvolvi-</p><p>mento da disciplina.</p><p>Devemos atentar para o cumprimento dos prazos e, para isso, é importante</p><p>o comprometimento de todos com relação ao tempo que temos disponível</p><p>para leitura e estudo do material didático, bem como para resolução dos</p><p>exercícios de fixação, participação de fóruns de discussão e chat.</p><p>Saliento que, junto com os tutores e toda a equipe, estou à disposição para</p><p>auxiliá-los e, por consequência, construirmos juntos um processo de apren-</p><p>dizado efetivo.</p><p>Desejo a todos um ótimo trabalho!</p><p>Palavra da professora autora</p><p>e-Tec BrasilLogística 9</p><p>Outros – instituição validadora</p><p>e-Tec BrasilLogística 11</p><p>Apresentação da disciplina</p><p>A disciplina de Logística ocorrerá no prazo de quatro semanas. Na primeira</p><p>semana iremos trabalhar os conceitos introdutórios de logística através do</p><p>entendimento da evolução deste processo, da administração de pedidos e</p><p>controle e análise de estoques. Na segunda semana, iniciaremos a aborda-</p><p>gem dos processos da Logística relacionados com o arranjo físico de materiais,</p><p>armazenamento e distribuição física dos mesmos. Na terceira semana, tra-</p><p>balharemos os processos detalhados da cadeia de abastecimento, as práticas</p><p>de negócio em cada processo e a interdependência entre os processos. E fi-</p><p>nalizando, na quarta semana vamos identificar os custos relacionados com</p><p>a logística de uma empresa e a importância da gestão desses custos como</p><p>fator crucial para a sobrevivência da empresa.</p><p>Fique atento para todas as orientações apresentadas neste guia, pois elas</p><p>serão fundamentais para o desenvolvimento da disciplina.</p><p>e-Tec BrasilLogística 13</p><p>Instituição</p><p>Instituto Federal Sul-rio-grandense</p><p>Campus Pelotas – Visconde da Graça</p><p>Nome do curso: Técnico em administração</p><p>Professora autora: Suélen dos Santos Garcia</p><p>Disciplina: Logística</p><p>PROJETO INSTRUCIONAL</p><p>Ementa básica da disciplina: A disciplina aborda a gestão da cadeia de</p><p>abastecimento, e apresenta a relevância dos custos logísticos e da gestão da</p><p>distribuição para as organizações.</p><p>Projeto instrucional</p><p>Semana Aula Objetivos e aprendizagem Recursos</p><p>Carga horária</p><p>(horas)</p><p>1ª</p><p>Unidade 1 – Introdução à logística e cadeia</p><p>de abastecimento</p><p>Atividade 1 – Realização da tarefa:</p><p>questionário</p><p>Atividade 2 – Realização de chat de</p><p>acompanhamento da disciplina</p><p>O aluno deve ser capaz de reconhecer o papel</p><p>da logística nas organizações empresariais,</p><p>formular conceitos, traçar objetivos, distinguir</p><p>impactos, bem como revelar a compreensão</p><p>dos principais elementos e processos da</p><p>logística e cadeia de abastecimento.</p><p>Unidade curricular 1</p><p>Questionário</p><p>(atividade 1)</p><p>Chat (atividade 2)</p><p>Unidade 1 – 9h</p><p>Atividade 1 – 5h</p><p>Atividade 2 – 1h</p><p>2ª</p><p>Unidade 2 – Armazenamento e distribuição</p><p>física de materiais</p><p>Atividade 3 – Realização da tarefa:</p><p>questionário</p><p>Atividade 4 – Realização da tarefa:</p><p>verdadeiro ou falso</p><p>O aluno deve ser capaz de distinguir os</p><p>impactos nas empresas, bem como revelar</p><p>a compreensão dos principais elementos</p><p>e processos da logística e cadeia de</p><p>abastecimento.</p><p>Unidade curricular 2</p><p>Questionário</p><p>(atividade 3)</p><p>Questionário – V ou F</p><p>(atividade 4)</p><p>Unidade 2 – 5h</p><p>Atividade 3 – 5h</p><p>Atividade 4 – 5h</p><p>3ª</p><p>Unidade 3 – Processos da cadeia de</p><p>abastecimento</p><p>Atividade 5 – Realização da tarefa:</p><p>questionário</p><p>Atividade 6 – Realização da tarefa:</p><p>verdadeiro ou falso</p><p>O aluno deve ser capaz de entender</p><p>os processos detalhados da cadeia de</p><p>abastecimento, as práticas de negócio em</p><p>cada processo e a interdependência entre os</p><p>processos.</p><p>Unidade curricular 3</p><p>Questionário</p><p>(atividade 5)</p><p>Questionário – V ou F</p><p>(atividade 6)</p><p>Unidade 3 – 9h</p><p>Atividade 5 – 3h</p><p>Atividade 6 – 3h</p><p>e-Tec BrasilLogística 15</p><p>Semana Aula Objetivos e aprendizagem Recursos</p><p>Carga horária</p><p>(horas)</p><p>4ª</p><p>Unidade 4 – Custos logísticos</p><p>Atividade 7 – Realização da tarefa:</p><p>questionário</p><p>O aluno deverá ser capaz de identificar os</p><p>custos relacionados com a logística de uma</p><p>empresa e a importância da gestão desses</p><p>custos como fator crucial para a sobrevivência</p><p>da empresa.</p><p>Unidade curricular 4</p><p>Questionário</p><p>(atividade 7)</p><p>Unidade 4 – 10h</p><p>Atividade 7 – 5h</p><p>3 Processos da cadeia de</p><p>abastecimento</p><p>Objetivos da aula</p><p>O aluno deve ser capaz de entender os processos detalhados</p><p>da cadeia de abastecimento, as práticas de negócio em cada</p><p>processo e a interdependência entre os processos.</p><p>3.1 Introdução</p><p>Entender os processos que compõem a cadeia de abastecimento integrada e</p><p>de que forma eles afetam o ecossistema organizacional é o primeiro passo a</p><p>ser dado para buscar vantagem competitiva.</p><p>Figura 3.1: Entendendo os processos da cadeia de abast. (BERTAGLIA, 2009)</p><p>Entendendo o</p><p>processo de</p><p>planejamento</p><p>Entendendo o</p><p>processo de</p><p>distribuição</p><p>Entendendo o</p><p>processo de</p><p>suprimentos</p><p>Entendendo o</p><p>processo de</p><p>produção</p><p>Entendendo o</p><p>processo de</p><p>produção</p><p>Entendendo os</p><p>processos da cadeia</p><p>de abastecimento</p><p>e-Tec BrasilLogística 17</p><p>Esses processos divergem de segmento para segmento. A fabricação de au-</p><p>tomóveis e caminhões apresenta grandes diferenças em relação à produção</p><p>de cremes de barbear e condicionadores. Todos possuem suas particularida-</p><p>des, algumas muito especiais. A Avon e a Natura possuem canais de vendas</p><p>distintos da Nívea e da Unilever, embora sejam concorrentes. Enquanto os</p><p>primeiros usam principalmente revendedoras, os segundos fazem a comer-</p><p>cialização por meio de atacadistas e de grandes redes de supermercados.</p><p>Reconhecidamente, as organizações precisam criar novas fórmulas para obter</p><p>sucesso. Adaptações no ecossistema são fundamentais. A tecnologia da infor-</p><p>mação tem afetado todos os segmentos e, de alguma forma, tem contribuído</p><p>de maneira relevante com os processos por meio da disponibilização de infor-</p><p>mações, da automação, da integração e otimização das funções empresariais.</p><p>Os processos internos do ecossistema são direcionados pelos clientes e con-</p><p>sumidores. Comprar, produzir ou distribuir são exemplos de processos e de-</p><p>vem estar orientados para as necessidades dos clientes e alinhados com as</p><p>estratégias da organização.</p><p>As cadeias de abastecimento e de demanda passam a ter cada vez mais impor-</p><p>tância na jornada que seguem até alcançar o consumidor (BERTAGLIA, 2009).</p><p>3.2 Processo de planejamento</p><p>O principal objetivo do planejamento na cadeia de abastecimento integrada</p><p>é propiciar uma visão clara do processo como um todo, avaliando metas e</p><p>restrições em compras, produção e distribuição num horizonte de tempo</p><p>predeterminado.</p><p>Segundo Bertaglia (2009), a elaboração de um planejamento integrado da</p><p>cadeia de abastecimento proporciona benefícios, entre eles a redução de</p><p>custos e dos estoques, aumento da lucratividade, melhor uso da capacidade</p><p>produtiva e melhor utilização dos ativos.</p><p>A cadeia de abastecimento é orientada pelas previsões de vendas, que, por</p><p>sua vez, deve integrar as diversas áreas da organização – marketing, opera-</p><p>ções, vendas e finanças – para que não haja conflitos de interesses.</p><p>Técnico em administraçãoe-Tec Brasil 18</p><p>3.2.1 Planejamento da cadeia de abastecimento</p><p>O planejamento da cadeia de abastecimento é orientado pelas necessidades</p><p>provenientes do plano de negócios da empresa ou plano empresarial. A aná-</p><p>lise de produtos, serviços, mercados, concorrentes, demanda e fornecedores</p><p>são fatores essenciais para obter êxito.</p><p>A demanda é o ponto de partida para a elaboração do plano</p><p>global da cadeia de abastecimento (BERTAGLIA, 2009).</p><p>A identificação das demandas e necessidades é o primeiro</p><p>passo para se iniciar o processo de planejamento.</p><p>Os subprocessos básicos de planejamento da cadeia de abastecimento são:</p><p>Análise de requerimentos do negócio: consiste no processo de análise e</p><p>definição das prioridades de negócio que demandam necessidades de servi-</p><p>ço ou produto na cadeia de abastecimento.</p><p>Análise das necessidades de recursos: uma vez identificadas e estabeleci-</p><p>das as prioridades de demanda, devem ser avaliados todos os elementos que</p><p>se caracterizam como recursos necessários para suportar os requerimentos</p><p>do negócio, considerando-se que realmente agregam valor.</p><p>Equilíbrio dos recursos disponíveis e das necessidades: consiste em</p><p>buscar um equilíbrio entre a demanda de recursos disponíveis na cadeia de</p><p>abastecimento.</p><p>Elaboração de planos: refere-se à definição de ações que serão tomadas</p><p>em um período preestabelecido para que os recursos definidos possam su-</p><p>portar as demandas da cadeia de abastecimento.</p><p>e-Tec BrasilLogística 19</p><p>3.2.2 Planejamento de suprimentos</p><p>O planejamento de suprimentos tem como objetivo definir as ações para a</p><p>obtenção de materiais necessários à satisfação da demanda requerida pela</p><p>cadeia de abastecimento.</p><p>Os subprocessos básicos de planejamento de suprimentos são:</p><p>Análise das necessidades de materiais: corresponde à identificação dos</p><p>materiais necessários usados para agregar valor a um produto ou a um serviço.</p><p>Análise das restrições de suprimentos: corresponde à identificação das</p><p>fontes de suprimento e de sua capacidade para atender à demanda de ma-</p><p>teriais ou serviços.</p><p>Equilíbrio das necessidades de materiais com capacidade de supri-</p><p>mento: corresponde à tarefa de desenvolver atividades voltadas para a ob-</p><p>tenção dos recursos materiais, baseando-se na necessidade de materiais.</p><p>Elaboração do plano de suprimentos: refere-se à definição das ações que</p><p>serão tomadas dentro de um período, com o objetivo de atender às necessi-</p><p>dades de materiais requeridas pela cadeia de abastecimento.</p><p>3.2.3 Planejamento de produção</p><p>O planejamento de produção corresponde ao desenvolvimento das ações</p><p>que orientarão os recursos da produção em relação às necessidades de pro-</p><p>dução especificadas pela demanda.</p><p>As principais atividades na elaboração de um plano de produção são:</p><p>Análise das necessidades de produção: corresponde ao processo de</p><p>identificação de todos os elementos que atuarão como fontes de demanda</p><p>na fabricação de um produto.</p><p>Análise dos recursos de produção: uma vez identificadas e estabelecidas</p><p>as prioridades da demanda, serão avaliados todos os elementos que se carac-</p><p>terizam como recursos necessários para a produção do produto, consideran-</p><p>do aqueles que realmente agreguem valor.</p><p>Técnico em administraçãoe-Tec Brasil 20</p><p>Equilíbrio dos recursos de produção com as necessidades de produção:</p><p>consiste em equilibrar as necessidades de produção com os recursos que deve-</p><p>rão ser providos pela cadeia de abastecimento.</p><p>Elaboração do plano de produção: refere-se à definição de ações</p><p>que</p><p>serão tomadas dentro de um período preestabelecido, de modo que os re-</p><p>cursos definidos possam suportar as demandas de produção.</p><p>O plano de produção irá orientar as atividades no chão de fábrica.</p><p>3.2.4 Planejamento da distribuição</p><p>Esse processo corresponde ao desenvolvimento das ações que orientarão os</p><p>recursos da distribuição em relação às necessidades de distribuição especifi-</p><p>cadas pela demanda.</p><p>As principais atividades no planejamento da distribuição são:</p><p>Análise das necessidades de distribuição: consiste no processo de análi-</p><p>se e definição das prioridades de todas as fontes de demanda que afetam a</p><p>operação de distribuição e entrega de um produto ou serviço.</p><p>Análise dos recursos de distribuição: uma vez identificadas e estabeleci-</p><p>das as prioridades das necessidades de distribuição, serão avaliados todos os</p><p>elementos que as caracterizam como recursos necessários para suportar os</p><p>requerimentos, considerando aqueles que realmente agregam valor.</p><p>Equilíbrio das necessidades e dos recursos de distribuição: consiste</p><p>em equilibrar as necessidades de entrega com os recursos que deverão ser</p><p>providos pela cadeia de abastecimento.</p><p>Elaboração do plano de distribuição: refere-se à definição das ações que</p><p>serão tomadas dentro de um período preestabelecido, de modo que os re-</p><p>cursos de distribuição possam suportar os requerimentos de entrega.</p><p>e-Tec BrasilLogística 21</p><p>3.3 Processo de suprimentos</p><p>Para fabricar produtos é necessário possuir a quantidade certa de materiais.</p><p>Além disso, esses materiais devem ser obtidos com o menor custo possível,</p><p>com uma qualidade superior e devem estar disponíveis no momento em que</p><p>a produção for iniciada.</p><p>O ciclo de compras se inicia quando ocorre uma solicitação proveniente de</p><p>alguma área interna da organização requerendo matérias-primas, produtos,</p><p>equipamentos, peças de reposição, materiais acessórios e outros. Esse ciclo</p><p>se encerra quando a área responsável pela aquisição recebe a notificação de</p><p>que o item comprado foi entregue dentro das especificações estabelecidas e</p><p>que o pagamento já pode ser efetuado (BERTAGLIA, 2009).</p><p>O processo de suprimentos ou compras pode apresentar variações entre os</p><p>tipos de organizações. A seguir são apresentadas as etapas de um fluxo ca-</p><p>racterístico do processo:</p><p>Receber solicitação</p><p>Normalmente, as organizações utilizam a requisição de compras como do-</p><p>cumento interno de solicitação e ele deve incluir: descrição e quantidade do</p><p>item ou material desejado, especificação de qualidade e características, data</p><p>de entrega e nome do requisitante. Quanto mais detalhada for a requisição</p><p>de compras, maior a possibilidade de que o item demandado venha a aten-</p><p>der às necessidades desejadas.</p><p>Seleção do fornecedor</p><p>O processo de seleção de um fornecedor não é simples. Naturalmente, a com-</p><p>plexidade aumenta em função das características do item a ser comprado. A</p><p>aquisição de um pacote de pregos é diferente da aquisição de um computador</p><p>ou de uma matéria-prima que servirá como componente de um produto final.</p><p>Há três características básicas que devem ser consideradas em um processo de</p><p>decisão para selecionar um fornecedor: preço, qualidade e serviço. A análise</p><p>não pode ser pontual, mas deve levar em conta essas características conjun-</p><p>tamente, com base no histórico ou desempenho do fornecedor no mercado.</p><p>Solicitação ou programação de entrega</p><p>Essa atividade corresponde à programação e supervisão das entregas de ma-</p><p>teriais, baseadas em contratos previamente estabelecidos ou em requisições</p><p>de compra.</p><p>Técnico em administraçãoe-Tec Brasil 22</p><p>Monitoramento</p><p>Os passos seguintes à compras são fundamentais no processo. O acompa-</p><p>nhamento do pedido pode ser realizado de muitas maneiras: por meio de</p><p>chamadas telefônicas, visitas in loco, fax, correio eletrônico ou qualquer ou-</p><p>tro tipo de comunicação. Monitorar os pedidos é uma forma de antecipar</p><p>possíveis atrasos na entrega. Com essa informação, a unidade interna da</p><p>organização pode precaver-se contra problemas de última hora.</p><p>Recebimento e análise de materiais</p><p>Consiste no recebimento, verificação de quantidade e qualidade para, poste-</p><p>riormente, se proceder o recebimento do material ou do componente. Caso</p><p>as condições de entrega não estejam dentro das especificações definidas, o</p><p>cliente deverá ser informado da substituição ou do crédito.</p><p>Transferência de materiais</p><p>Consiste na atividade de transferência física do material do local de recebi-</p><p>mento para o lugar de armazenagem do material. Essa ação incorpora outras</p><p>atividades, como embalar o material em unidades diferentes, aplicar selos de</p><p>códigos de barras objetivando sua identificação interna entre outras ativida-</p><p>des pertinentes.</p><p>Efetuar o pagamento</p><p>O ciclo de compras de encerra quando o pagamento do item comprado é</p><p>efetuado. Ainda que muitas empresas não considerem essa rotina no ciclo</p><p>logístico, mas, sim, no financeiro, é de fundamental importância que esse</p><p>passo do processo seja contemplado.</p><p>3.4 Processo de produção</p><p>A função de produção corresponde à transformação de insumos ou compo-</p><p>nentes em produtos finais. Os produtos são bens físicos e/ou serviços gerados</p><p>por uma empresa com a finalidade de obter receita e atingir as expectativas</p><p>de proprietários e investidores.</p><p>O processo de produção pode apresentar muitas variações, dependendo das</p><p>características do bem final. Produzir um creme dental é bastante diferente</p><p>de produzir um caminhão ou refrigerador. A sequencia apresentada a seguir</p><p>mostra um modelo genérico de processo produtivo:</p><p>e-Tec BrasilLogística 23</p><p>Programação da produção</p><p>Com base nos planos elaborados para produtos específicos, suas formulas e</p><p>quantidades, as operações de produção precisam ser programadas de acor-</p><p>do com esse plano de uma forma sequencial, incluindo atividades de início e</p><p>término e outras atividades intermediárias pertinentes ao processo produtivo.</p><p>Transferência de material</p><p>Consiste no transporte físico de materiais de seu local de armazenagem para</p><p>o ponto de consumo. A estrutura de produto irá determinar os materiais</p><p>que deverão ser movimentados para a área de produção. Entre eles estão:</p><p>componentes, ingredientes, matérias-primas, e materiais de embalagem, que</p><p>podem ser transferidos de vários locais, como armazém, tanques, centros de</p><p>trabalho e até do próprio fornecedor.</p><p>Produção e análise de qualidade</p><p>Consiste na atividade de transformar um material ou grupo de materiais em</p><p>um estado de acabamento tal que algum valor agregado se veja representa-</p><p>do. A conformidade com especificações e requerimentos definirá o desem-</p><p>penho do produto.</p><p>Embalagem e acondicionamento do produto</p><p>Essa atividades são realizadas para que o produto seja armazenado ou vendi-</p><p>do aos clientes ou consumidores.</p><p>Armazenagem em local temporário</p><p>Corresponde à transferência de produtos já embalados/acondicionados para</p><p>um local temporário, enquanto a movimentação definitiva para o local des-</p><p>tinado aos produtos acabados ainda não acontece. Produtos fabricados sob</p><p>encomenda podem permanecer em um local temporário e, então, ser des-</p><p>pachados ao cliente.</p><p>Liberação de produto para venda</p><p>Antes que o produto seja liberado para venda ou para entrega ao cliente, a</p><p>documentação ou certificação de análise deve ser elaborada e assinada pelo</p><p>Departamento de Qualidade. Lotes de produtos analisados e não conformes de-</p><p>vem ser bloqueados e colocados em posições predefinidas com avisos referentes</p><p>à sua indisponibilidade para evitar que confusões venham a ocorrer no processo.</p><p>Técnico em administraçãoe-Tec Brasil 24</p><p>3.5 Processo de distribuição</p><p>O processo de distribuição está associado à movimentação física de materiais,</p><p>normalmente de um fornecedor para um cliente. Segundo Bertaglia (2009),</p><p>distribuir é uma função dinâmica e bastante diversa, variando de produto</p><p>para produto, de empresa para empresa. Dessa forma, a distribuição precisa</p><p>ser extremamente flexível para enfrentar as diversas demandas e restrições</p><p>que lhe são impostas, sejam elas físicas ou legais.</p><p>A vantagem competitiva de uma empresa pode estar na forma de distribuir,</p><p>na maneira como faz o produto chegar rapidamente à gôndola, na qualidade</p><p>do seu transporte e na eficiência de entrega de um material a um fabricante.</p><p>3.5.1 Distribuição física</p><p>A distribuição física consiste basicamente em três elementos globais: recebi-</p><p>mento, armazenagem e distribuição.</p><p>Recebimento: esse processo consiste no recebimento do produto físico ou</p><p>material, passando pela inspeção de qualidade para, finalmente. Ser armaze-</p><p>nado em local apropriado.</p><p>Figura 3.2: Exemplo característico de um fluxo de recebimento.</p><p>Solicitar</p><p>produtos</p><p>Armazenar</p><p>produtos</p><p>Receber</p><p>produtos</p><p>Analisar /</p><p>checar</p><p>Descarregar</p><p>veículo</p><p>C</p><p>E</p><p>N</p><p>T</p><p>R</p><p>O</p><p>D</p><p>E</p><p>S</p><p>U</p><p>P</p><p>R</p><p>I</p><p>M</p><p>E</p><p>N</p><p>T</p><p>O</p><p>C</p><p>E</p><p>N</p><p>T</p><p>R</p><p>O</p><p>D</p><p>E</p><p>D</p><p>I</p><p>S</p><p>T</p><p>R</p><p>I</p><p>B</p><p>U</p><p>I</p><p>Ç</p><p>Ã</p><p>O</p><p>Fonte: Bertaglia (20</p><p>09).</p><p>e-Tec BrasilLogística 25</p><p>Armazenagem: o processo de armazenagem ocorre quando algo é guarda-</p><p>do para uso ou transporte futuro. Corresponde a retirar o produto da zona</p><p>de recebimento, que podem ser, por exemplo, docas e plataformas, e trans-</p><p>feri-lo para local apropriado, mantendo-o ali até que seja demandado.</p><p>Figura 3.3: Exemplo simplificado de um fluxo de armazenagem.</p><p>Figura 3.4: Exemplo característico do fluxo de expedição ou despacho.</p><p>Definir local</p><p>interno</p><p>Receber</p><p>pedidos</p><p>Separar</p><p>produtos</p><p>Carregar</p><p>veículo</p><p>Liberar</p><p>veículo</p><p>Transportar</p><p>Entretar</p><p>produto ao</p><p>cliente</p><p>Instalar</p><p>produto</p><p>Controlar</p><p>estoque</p><p>Unitizar</p><p>Consolidar</p><p>pedidos</p><p>Transportar</p><p>Planejar e</p><p>programar</p><p>transporte</p><p>Gerar</p><p>documento de</p><p>transporte</p><p>Estabelecer</p><p>rotas de</p><p>transporte</p><p>Selecionar</p><p>empresas de</p><p>transporte</p><p>Acomodar</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>C</p><p>E</p><p>S</p><p>S</p><p>O</p><p>I</p><p>N</p><p>T</p><p>E</p><p>R</p><p>N</p><p>O</p><p>S</p><p>E</p><p>R</p><p>V</p><p>I</p><p>Ç</p><p>O</p><p>A</p><p>O</p><p>C</p><p>L</p><p>I</p><p>E</p><p>N</p><p>T</p><p>E</p><p>C</p><p>L</p><p>I</p><p>E</p><p>N</p><p>T</p><p>E</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>C</p><p>E</p><p>S</p><p>S</p><p>O</p><p>I</p><p>N</p><p>T</p><p>E</p><p>R</p><p>N</p><p>O</p><p>Fonte: Bertaglia (20</p><p>09).</p><p>Fonte: Bertaglia (20</p><p>09).</p><p>Expedição: corresponde ao processo de separar os itens armazenados em</p><p>um determinado local, movimentando-os para um outro lugar com o objeti-</p><p>vo de atender a uma demanda específica, que pode ser o envio do produto a</p><p>um cliente ou a um terceiro com objetivos de agregar valor ao item.</p><p>Técnico em administraçãoe-Tec Brasil 26</p><p>“O recebimento do pagamento encerra o ciclo logístico de um serviço ou</p><p>produto que se iniciou no momento do pedido”.</p><p>3.6 Processo de administração de pedidos</p><p>Como vimos na Unidade I, questões como “estamos entregando o produto</p><p>certo ao cliente certo, no momento certo?” são fundamentais no relaciona-</p><p>mento e na lucratividade da organização.</p><p>A maneira como o processo de gestão de pedidos é conduzido pode definir</p><p>o valor da empresa, para o cliente, muitas vezes mais do que o próprio pro-</p><p>duto vendido, uma vez que o pedido em muitos segmentos de mercado é o</p><p>mecanismo físico pelo qual se retrata o resultado de uma negociação.</p><p>Vimos também na Unidade I, que os elementos do processo de gestão de</p><p>pedidos podem ser divididos conforme o fluxo a seguir:</p><p>Figura 3.5: Exemplo característico do processo de administração de pedidos.</p><p>Visitar</p><p>clientes</p><p>Coletar</p><p>pedidos</p><p>Reservar</p><p>produtos</p><p>Fornecer</p><p>dados de</p><p>produtos e</p><p>serviços</p><p>Receber e</p><p>validar</p><p>pedidos</p><p>Analisar</p><p>crédito do</p><p>cliente</p><p>D</p><p>I</p><p>S</p><p>T</p><p>R</p><p>I</p><p>B</p><p>U</p><p>I</p><p>Ç</p><p>Ã</p><p>O</p><p>C</p><p>L</p><p>I</p><p>E</p><p>N</p><p>T</p><p>E</p><p>Fonte: Bertaglia (20</p><p>09).</p><p>O processo de administração de pedidos e de clientes pode ser dividido em</p><p>planejamento de vendas, administração de vendas e desenvolvimento, ges-</p><p>tão e manutenção de clientes.</p><p>Planejamento de vendas: consiste em, juntamente com outras áreas, se</p><p>efetuar estimativas de vendas e preparar o plano de operações de vendas</p><p>para ciclos futuros.</p><p>e-Tec BrasilLogística 27</p><p>Administração de vendas: objetiva coletar pedidos junto aos clientes, che-</p><p>car crédito, analisar disponibilidade de produtos, efetuar priorizações de</p><p>clientes e produtos, identificar lucratividade de produtos e de clientes, efetuar</p><p>promoções de produtos e negociações de preço.</p><p>Desenvolvimento, gestão e manutenção de clientes: caracteriza-se pelo</p><p>desenvolvimento de novos clientes e melhorias nas relações de negócio por</p><p>meio de alianças estratégicas, que podem incluir iniciativas tecnológicas com</p><p>trocas eletrônicas de dados e informações, e até um relacionamento mais com-</p><p>plexo, como é o caso do abastecimento contínuo e estoques em consignação.</p><p>3.6.1 O gerenciamento de pedidos como</p><p>vantagem competitiva</p><p>Uma das características usadas no processo de administração de pedidos que</p><p>leva à vantagem competitiva é a oportunidade relacionada à economia de</p><p>tempo, por meio da redução ou eliminação de funções efetuadas dentro do</p><p>ciclo. Por meio da evolução da tecnologia é possível reduzir o tempo do ciclo,</p><p>o que traz vantagens e benefícios importantes para a organização e o cliente.</p><p>A redução de tempo e custos pode ser obtida por meio da redução no ní-</p><p>vel de estoques, redução dos estoques de produtos obsoletos, melhoria nas</p><p>estimativas de vendas, disponibilidade de informação em tempo real, permi-</p><p>tindo, assim, a tomada de decisões de uma maneira mais consistente e ágil</p><p>(BERTAGLIA, 2009).</p><p>Supermercados, concessionárias de automóveis, lojas de eletrônicos e prove-</p><p>dores de serviços sabem o quanto é importante ter a mercadoria certa, no lu-</p><p>gar certo e no tempo certo. Velocidade, flexibilidade, adaptação às mudanças</p><p>e necessidades fazem parte do estilo de vida das pessoas, e o preenchimento</p><p>de suas expectativas é fundamental. Esse fator atinge não somente o ponto</p><p>de venda direta, mas toda a cadeia de abastecimento e suas organizações.</p><p>Os pontos de venda reconhecem que, se um determinado produto não está</p><p>disponível na gôndola ou na loja, o comprador pode ir em busca dele em</p><p>outro local, afetando o proprietário do ponto que perde a sua receita. Por</p><p>outro lado, produtos podem ser substituídos. Uma família que está fazendo</p><p>a sua compra semanal ou mensal em um supermercado Walmart não irá a</p><p>outro supermercado para comprar o sabonete de sua marca, caso não exista</p><p>em estoque. Pode comprar o produto do concorrente.</p><p>Técnico em administraçãoe-Tec Brasil 28</p>

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