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<p>02</p><p>Provas Objetivas e Discursivas</p><p>Comentado</p><p>POLÍCIA CIVIL DO CEARÁ</p><p>SIMULADO COMPLETO</p><p>POLÍCIA E NADA MAIS | WWW.CAVEIRA.COM | @PROJETOCAVEIRA</p><p>“Conhecer a si mesmo</p><p>é o começo de toda a</p><p>sabedoria.”</p><p>Aristóteles</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>GABARITO 2º Simulado - PCCE</p><p>1 2 3 4 5 6 7 8 9 10</p><p>D B C D A E C A B A</p><p>11 12 13 14 15 16 17 18 19 20</p><p>B E D A C B A D C C</p><p>21 22 23 24 25 26 27 28 29 30</p><p>E B D A C B B D B C</p><p>31 32 33 34 35 36 37 38 39 40</p><p>C A D E B D D B C A</p><p>41 42 43 44 45 46 47 48 49 50</p><p>E B A D A D A E B C</p><p>51 52 53 54 55 56 57 58 59 60</p><p>D A D B C B C E E D</p><p>61 62 63 64 65 66 67 68 69 70</p><p>B A B C E A E A E B</p><p>71 72 73 74 75 76 77 78 79 80</p><p>D E C B B B D C A B</p><p>81 82 83 84 85 86 87 88 89 90</p><p>A C B E D E A E C B</p><p>91 92 93 94 95 96 97 98 99 100</p><p>D E B B E C B A D E</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>1</p><p>PROVA DISCURSIVA – PROJETO CAVEIRA</p><p>TEMA 01 – PCCE – DIREITO CONSTITUCIONAL</p><p>Os direitos de nacionalidade são elencados no início do texto constitucional. Sobre a temática,</p><p>informe, em no mínimo 10 e no máximo 15 linhas, a resposta aos questionamentos abaixo:</p><p>a. É possível a extradição de brasileiro naturalizado? Em caso negativo, embase legalmente.</p><p>Em caso positivo, cite as hipóteses.</p><p>b. Dentro da dinâmica constitucional, existem cargos que apenas podem ser ocupados</p><p>brasileiros natos? Em caso negativo, explique. Em caso positivo, cite quais são.</p><p>c. Cite uma hipótese em que o critério ius sanguinis é válido para determinar a nacionalidade</p><p>brasileira.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>2</p><p>TEMA 01 – PCCE – DIREITO CONSTITUCIONAL</p><p>a. É possível a extradição de brasileiro naturalizado? Em caso negativo, embase</p><p>legalmente. Em caso positivo, cite as hipóteses.</p><p>Olá, Caveira! Tudo bem? Mais um simulado a vista. Bom, nesse caso, a resposta correta</p><p>é que a Constituição Federal de 1988 PERMITE que o brasileiro naturalizado seja extraditado.</p><p>Essa é a fala do art. 5º da CF/88, que, em seu inciso LI, aduz: “nenhum brasileiro será</p><p>extraditado, salvo o naturalizado”.</p><p>A extradição é um ato de cooperação internacional que consiste na entrega de uma</p><p>pessoa, investigada, processada ou condenada por um ou mais crimes, ao país que a reclama.</p><p>Ademais, poderá ser solicitada tanto para fins de instrução de investigação ou processo penal</p><p>a que responde a pessoa reclamada (extradição instrutória), quanto para cumprimento de pena</p><p>já imposta (extradição executória). Ressalta-se que o instituto da extradição exige decretação</p><p>de prisão preventiva ou condenação definitiva de pena privativa de liberdade e deve ser</p><p>solicitado pelo Poder Judiciário.1</p><p>Então, para complementar a resposta e torná-la completa, observa-se a segunda parte</p><p>do artigo acima referido, da Constituição Federal de 1988: “nenhum brasileiro será extraditado,</p><p>salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de</p><p>comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei”.</p><p>Percebam que há basicamente 2 possibilidades de o brasileiro nato ser extraditado</p><p>- Prática de crime comum, antes da naturalização; OU</p><p>- Envolvimento em tráfico de drogas, a qualquer tempo.</p><p>Portanto, crimes comuns só podem ensejar a extradição se tiverem sido cometidos antes</p><p>do estrangeiro se naturalizar, essa é a regra.</p><p>Entretanto, a Constituição traz uma exceção de um crime que cometido, a qualquer</p><p>tempo, poderá ensejar a extradição do brasileiro naturalizado: o tráfico ilícito de drogas.2</p><p>b. Dentro da dinâmica constitucional, existem cargos que apenas podem ser ocupados</p><p>brasileiros natos? Em caso negativo, explique. Em caso positivo, cite quais são.</p><p>Sim! A própria CF/88 afirma que existem cargos que são privativos de brasileiros natos.</p><p>Em seu artigo 12, § 3º, dispõe o seguinte rol privativo:</p><p>Art. 12. São brasileiros:</p><p>[...]</p><p>§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:</p><p>I - de Presidente e Vice-Presidente da República;</p><p>II - de Presidente da Câmara dos Deputados;</p><p>III - de Presidente do Senado Federal;</p><p>IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;</p><p>V - da carreira diplomática;</p><p>VI - de oficial das Forças Armadas.</p><p>VII - de Ministro de Estado da Defesa.</p><p>1 Leia mais sobre esse assunto aqui [link].</p><p>2 Leia mais sobre esse assunto aqui [link].</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>3</p><p>Logo, os cargos acima elencados são os privativos de brasileiro nato. No sentido da</p><p>dinâmica da questão, no ano de 2017 houve a proposição da PEC 306/2017, que pretendia</p><p>ampliar o referido rol para incluir na lista de cargos privativos de brasileiros natos o de Senador</p><p>da República, de Governador e Vice-Governador e de Ministro de Relações Exteriores. A</p><p>proposta foi arquivada na mesa diretora após deliberações.3</p><p>c. Cite uma hipótese em que o critério ius sanguinis é válido para determinar a</p><p>nacionalidade brasileira.</p><p>Em primeiro lugar, ius sanguinis é um critério de como se adquirir a nacionalidade</p><p>originária. A nacionalidade primária ou originária é a resultante do nascimento do indivíduo,</p><p>independentemente de sua vontade. Com relação a ius sanguinis, em tradução, a expressão</p><p>quer dizer “direito de sangue”, em que a nacionalidade é determinada pela descendência da</p><p>pessoa.</p><p>Assim, o critério referido na questão considera nacional de um Estado um indivíduo</p><p>baseando-se na filiação, isto é, na nacionalidade de seus genitores, descartando o local do seu</p><p>nascimento.4</p><p>Assim, em regra, leva-se em consideração o nascimento dentro do território brasileiro</p><p>para que um indivíduo seja considerado brasileiro nato; porém, a legislação pátria também</p><p>admite o critério de sangue.</p><p>Nesses termos, a Constituição Federal de 1988 afirma, em seu artigo 12, I, b ,que:</p><p>Art. 12. São brasileiros:</p><p>I - natos:</p><p>b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer</p><p>deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;</p><p>c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam</p><p>registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa</p><p>do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade</p><p>brasileira.</p><p>Assim, tem-se dois critérios viáveis em que a pessoa obtém a naturalidade brasileira</p><p>pelo sangue (mesmo nascida no estrangeiro, é brasileira) - ambas as hipóteses permitidas pela</p><p>Constituição.</p><p>3 Leia mais sobre esse assunto aqui [link].</p><p>4 Leia mais sobre esse assunto aqui [link].</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>4</p><p>EXEMPLO DE REDAÇÃO</p><p>Em primeiro lugar, cumpre ressaltar que, no Brasil, a nacionalidade pode ser originária</p><p>ou adquirida. Quando adquirida, tem-se o brasileiro naturalizado. Com a naturalização, é</p><p>possível a extradição nas seguintes hipóteses: prática de crime comum, antes da</p><p>naturalização, ou, envolvimento em tráfico de drogas, a qualquer tempo.</p><p>Ademais, sim, consoante a legislação brasileira, existem cargos que apenas podem ser</p><p>ocupados brasileiros natos. São estes cargos os de Presidente e Vice-Presidente da</p><p>República; de Presidente da Câmara dos Deputados; de Presidente do Senado Federal; de</p><p>Ministro do Supremo Tribunal Federal; da carreira diplomática; de oficial das Forças Armadas</p><p>e; de Ministro de Estado da Defesa.</p><p>Por fim, ius sanguinis é um critério de como se adquirir a nacionalidade originária. No</p><p>caso do Brasil, a pessoa obtém essa forma de nacionalidade desde que nascida fora do</p><p>território nacional. Logo, será brasileira porque seu genitor ou genitora são brasileiros. Assim,</p><p>uma das hipóteses elencadas pela Constituição Federal de 1988 é que são</p><p>ou</p><p>temporária, embora decorrido o período de sua duração</p><p>ou cessadas as circunstâncias que a determinaram,</p><p>aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.</p><p>---------------------------------------------------------------------------</p><p>Erro dos demais itens:</p><p>Letra A -> Caveiras, a lei penal é fonte formal imediata</p><p>do Direito Penal, pois SÓ ELA pode criar crimes e</p><p>cominar penas.</p><p>Letra B -> Tempo do crime = Teoria da atividade.</p><p>Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da</p><p>ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do</p><p>resultado.</p><p>Letra C -> A novatio legis in pejus (ou lex gravior) é a</p><p>nova lei que, de qualquer modo, prejudica o agente. A</p><p>novatio legis incriminadora e a novatio legis in pejus</p><p>nunca retroagem. Isso é desdobramento lógico do</p><p>princíoio da anterioridade no Direito Penal.</p><p>Letra D -> Neste caso aplica-se as regras previstas na lei</p><p>especial, diante do princípio da especialidade.</p><p>22. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no</p><p>estrangeiro, independentemente de qualquer condição,</p><p>os crimes:</p><p>A) Que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a</p><p>reprimir.</p><p>B) De genocídio, quando o agente for brasileiro ou</p><p>domiciliado no Brasil.</p><p>C) Praticados por brasileiro.</p><p>D) Praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras,</p><p>mercantes ou de propriedade privada, quando em</p><p>território estrangeiro e aí não sejam julgados.</p><p>E) Contra o patrimônio do Presidente da República.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, pela leitura da questão identificamos que ela</p><p>pede um caso de extraterritorialidade incondicionada.</p><p>Dentre as alternativas citadas, a única é a letra B, de</p><p>acordo com o princípio da personalidade ativa. Neste</p><p>caso, o agente é punido de acordo com a lei brasileira,</p><p>independentemente da nacionalidade da vítima e do bem</p><p>jurídico ofendido.</p><p>Obs: a parte final do dispositivo (“domiciliado no BR)</p><p>refere-se ao princípio do domicílio.</p><p>#CÓDIGOPENAL: Extraterritorialidade incondicionada.</p><p>Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos</p><p>no estrangeiro:</p><p>I - os crimes:</p><p>d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou</p><p>domiciliado no Brasil;</p><p>--------------------------------------------------------------------------</p><p>Atenção, no tocante a letra E, o erro estar em dizer que</p><p>é contra o patrimônio do presidente da república, quando</p><p>na verdade é contra a VIDA ou LIBERDADE do</p><p>Presidente da República.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>12</p><p>23. Conforme a Lei penal no Tempo, temos que “ninguém</p><p>pode ser punido por fato que lei posterior deixa de</p><p>considerar crime, cessando em virtude dela a execução</p><p>e os efeitos penais da sentença condenatória. “ Temos,</p><p>portanto, definido o instituto da (o):</p><p>A) Anterioridade da lei penal.</p><p>B) Conflito de leis penais no tempo.</p><p>C) Retroatividade da lei penal.</p><p>D) Abolitio Criminis.</p><p>E) Lei penal Intermediária.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Futuros aprovados, Abolitio criminis é a nova lei que torna</p><p>atípico o fato até então considerado criminoso.</p><p>CP, art. 2º, caput: “Ninguém pode ser punido por fato</p><p>que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em</p><p>virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença</p><p>condenatória”.</p><p>A abolitio criminis depende de dois requisitos:</p><p>A) Revogação formal do tipo penal;</p><p>B) Supressão material do fato criminoso.</p><p>#ATENÇÃO: As vezes, pode ocorrer a revogação formal</p><p>do tipo penal e não ocorrer a supressão material do fato</p><p>criminoso. Nesse caso, NÃO HÁ abolitio criminis, mas</p><p>sim o fenômeno conhecido como continuidade típico</p><p>normativa.</p><p>Por fim, importante ressaltar que a natureza jurídica da</p><p>abolitio criminis é a causa de extinção da punibilidade</p><p>(art. 107, III do CP).</p><p>24. De acordo com o Código Penal, no tocante a teoria</p><p>do crime, assinale a alternativa correta.</p><p>A) Não há crime quando o agente pratica o fato no</p><p>exercício regular de direito.</p><p>B) Entende-se em legítima defesa quem pratica o fato</p><p>para salvar de perigo atual, que não provocou por sua</p><p>vontade, nem podia de outro modo evitar.</p><p>C) É possível a invocação do estado de necessidade</p><p>mesmo para aquele que tinha o dever legal de enfrentar</p><p>o perigo.</p><p>D) É plenamente possível a compensação de culpas</p><p>quando ambos os agentes agiram com imprudência,</p><p>negligência ou imperícia na prática do ilícito.</p><p>E) Considera-se praticado o crime no momento do</p><p>resultado, ainda que outro seja o momento da ação ou</p><p>omissão.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Questão tranquila, caveiras. Trata-se de uma causa de</p><p>exclusão da ilicitude, prevista no art. 23 do Código Penal.</p><p>Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (...)</p><p>III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício</p><p>regular de direito.</p><p>--------------------------------------------------------------------------</p><p>Letra B – Trata-se do Estado de necessidade. Na</p><p>legítima defesa, o agente, usando moderadamente dos</p><p>meios necessários, repele injusta agressão, atual ou</p><p>iminente, a direito seu ou de outrem.</p><p>Letra C – Negativo. Art. 24, § 1º - Não pode alegar</p><p>estado de necessidade quem tinha o dever legal de</p><p>enfrentar o perigo.</p><p>Letra D – Caveiras, o Direito Penal não admite a</p><p>compensação de culpas. A compensação de culpas é</p><p>fenômeno do direito privado, em que pode ocorrer</p><p>diminuição ou exclusão da indenização a ser paga a</p><p>alguém.</p><p>#CUIDADO: Não confundir compensação de culpas com</p><p>a culpa exclusiva da vítima. Se a culpa é exclusiva da</p><p>vítima, o agente não teve culpa e, portanto, não responde</p><p>por nenhum crime culposo.</p><p>25. Os crimes em que o tipo penal descreve a conduta e</p><p>o resultado naturalístico (necessária modificação do</p><p>mundo exterior), sendo indispensável a sua ocorrência</p><p>para haver consumação, são denominados:</p><p>A) De mera conduta.</p><p>B) Formais.</p><p>C) Materiais.</p><p>D) Permanentes.</p><p>E) De perigo.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Os crimes materiais são também denominados de</p><p>crimes causais. São aqueles em que o tipo penal contém</p><p>uma conduta e resultado naturalístico, e exigem a</p><p>produção deste último para a consumação.</p><p>Exemplo: Homicídio. A conduta é matar alguém e o</p><p>resultado naturalístico é a morte da vítima. A</p><p>consumação desse crime depende da morte da vítima.</p><p>Obs: O STF também chama os crimes materiais de</p><p>crimes de resultado.</p><p>Se o crime material fica na esfera da tentativa, não</p><p>haverá resultado naturalístico e, consequentemente, não</p><p>haverá relação de causalidade. Além disso, faltará a</p><p>tipicidade.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>13</p><p>26. No tocante ao concurso de crimes, especificamente</p><p>em relação ao concurso formal perfeito ou próprio, o</p><p>Código Penal acolheu o sistema:</p><p>A) Do cúmulo material.</p><p>B) Da exasperação.</p><p>C) Do Freios e contrapesos.</p><p>D) Da relevância jurídica.</p><p>E) Da identidade física.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Em relação ao concurso formal perfeito ou próprio, o</p><p>Código Penal acolheu o sistema da exasperação.</p><p>Aplica-se a pena de qualquer dos crimes, se idênticos, ou</p><p>então a mais grave, aumentada, em qualquer caso, de</p><p>um sexto até a metade. O critério que norteia o juiz para</p><p>fixar o aumento da pena entre os patamares legalmente</p><p>previstos é, exclusivamente, o número de crimes</p><p>cometidos pelo agente.</p><p>Por outro lado, no que diz respeito ao concurso formal</p><p>impróprio ou imperfeito, o art. 70, caput, 2.ª parte, do</p><p>Código Penal consagrou o sistema do cúmulo material.</p><p>Tal como no concurso material, serão somadas as penas</p><p>de todos os crimes produzidos pelo agente.</p><p>27. Em termos de culpabilidade no direito penal,</p><p>o agente</p><p>que, por doença mental ou desenvolvimento mental</p><p>incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da</p><p>omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter</p><p>ilícito do fato ou de determinar-se; de acordo com esse</p><p>entendimento:</p><p>A) É imputável e isento de pena.</p><p>B) É inimputável e isento de pena.</p><p>C) Age em estado de necessidade o que exclui o crime.</p><p>D) É culpado pelo crime da mesma forma como se fosse</p><p>são</p><p>E) Age em exercido regular de direito o que exclui o</p><p>crime.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, imputabilidade é a capacidade mental, inerente</p><p>ao ser humano de, ao tempo da ação ou omissão,</p><p>entender o caráter ilícito do fato (elemento intelectivo) e</p><p>de determinar-se de acordo com esse entendimento</p><p>(elemento volitivo). Dessa forma, a imputabilidade</p><p>penal depende de dois requisitos: a) Intelectivo: é a</p><p>integridade biopsíquica, consiste na perfeita saúde</p><p>mental que permite ao indivíduo o entendimento do</p><p>caráter ilícito do fato; e b) Volitivo: é o domínio da</p><p>vontade, é dizer, o agente controla e comanda seus</p><p>impulsos relativos à compreensão do caráter ilícito do</p><p>fato, determinando-se de acordo com esse</p><p>entendimento. Esses elementos devem estar</p><p>simultaneamente presentes, pois, na falta de um deles, o</p><p>sujeito será tratado como inimputável.</p><p>De acordo com o art. 26 do Código Penal: “É isento de</p><p>pena o agente que, por doença mental ou</p><p>desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao</p><p>tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de</p><p>entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de</p><p>acordo com esse entendimento.”</p><p>Portanto:</p><p>Inteiramente incapaz = Isento de pena – Inimputável ;</p><p>Não era inteiramente capaz: Redução da pena –</p><p>Imputável.</p><p>28. Considere a seguinte situação: Durante o ano de</p><p>2009, surgiu a gripe suína no Brasil (H1n1). Nessa época,</p><p>houve um jogo de futebol (Ceará x Sport). Neste jogo, o</p><p>Ceará vendeu o mando de jogo para uma empresa que</p><p>levou o jogo para Recife. Muitos torcedores usavam</p><p>máscaras e, de repente, começou uma briga entre as</p><p>torcidas. Os policiais foram separar a briga, mas um deles</p><p>ficou parado e não agiu. Ao acabar o jogo, uma reporte</p><p>foi questionar a atitude do policial e ele alegou que não</p><p>foi apartar a briga para não pegar a gripe suína, pois era</p><p>pai de família e não tinha máscara para se proteger.</p><p>Neste caso narrado, o referido policial, incorreu em:</p><p>A) Erro de proibição direto.</p><p>B) Erro de proibição indireto.</p><p>C) Erro de tipo.</p><p>D) Erro de proibição mandamental.</p><p>E) Erro na execução.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Questão bem interessante, caveiras. Trata-se de um</p><p>típico caso de erro de proibição mandamental. O erro</p><p>de proibição mandamental é o erro que recai sobre o</p><p>dever de agir – omissão penalmente relevante. Neste</p><p>caso, o agente tem o dever de agir para evitar o</p><p>resultado, mas, no caso concreto, equivocadamente, ele</p><p>acredita estar liberado desse dever de agir.</p><p>Seus efeitos são os mesmos do erro de proibição</p><p>direto e indireto:</p><p>-> Se o erro for inevitável, isenta de pena, ou seja, exclui</p><p>a culpabilidade. Neste caso, falta a potencial consciência</p><p>da ilicitude.</p><p>-> Se o erro for evitável, não exclui a culpabilidade e não</p><p>isenta o agente de pena. Entretanto, a pena pode ser</p><p>diminuída de 1/6 a 1/3.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>14</p><p>29. Com relação ao concurso de pessoas, assinale a</p><p>alternativa incorreta, conforme o Código Penal.</p><p>A) Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide</p><p>nas penas a este cominadas, na medida de sua</p><p>culpabilidade.</p><p>B) Se a participação for de menor importância, o agente</p><p>será isento de pena.</p><p>C) Não se comunicam as circunstâncias e as condições</p><p>de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.</p><p>D) Se algum dos concorrentes quis participar de crime</p><p>menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena</p><p>será aumentada até metade, na hipótese de ter sido</p><p>previsível o resultado mais grave.</p><p>E) O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio,</p><p>salvo disposição expressa em contrário, não são</p><p>puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser</p><p>tentado.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Questão letra de lei, trabalhamos em nossos simulados</p><p>teorias, jurisprudências e principalmente: as pegadinhas</p><p>da letra de lei. Muita atenção, caveira.</p><p>De acordo com o art. 29 do CP, temos o seguinte:</p><p>Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime</p><p>incide nas penas a este cominadas, na medida de sua</p><p>culpabilidade.</p><p>§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena</p><p>pode ser diminuída de um sexto a um terço.</p><p>Portanto, o agente não será isento de pena, mas</p><p>poderá ter sua pena diminuída de 1/6 a 1/3.</p><p>30. Marcos, com 18 anos de idade e imputável, estava</p><p>em uma festa, quando pegou um copo do seu amigo, sem</p><p>saber que ali dentro continha bebida alcoólica, passando</p><p>a ingerir a referida bebida por duas vezes, pensando</p><p>tratar-se de drinks sem álcool. Acontece que, Marcos</p><p>ficou completamente embriagado e desferiu socos em</p><p>um desafeto, causando-lhe lesões corporais gravíssimas.</p><p>Na situação hipotética apresentada, a embriaguez foi</p><p>completa e não foi resultado de imprudência, tratando-se,</p><p>portanto de uma embriaguez:</p><p>A) Patológica, com a agravante da embriaguez</p><p>preordenada.</p><p>B) Culposa, excluindo a imputabilidade penal.</p><p>C) Fortuita, excluindo a imputabilidade penal.</p><p>D) Dolosa, mas não exclui a imputabilidade penal.</p><p>E) Força maior, não excluindo a imputabilidade penal.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, trata-se de um típico caso de embriaguez</p><p>completa, ocasionada por caso fortuito. Marcos não</p><p>tinha intenção de ingerir bebida alcoólica e não tinha</p><p>conhecimento da bebida que ingeriu, portanto, será</p><p>isento de pena (Exclusão da imputabilidade). Neste caso,</p><p>a embriaguez decorre de caso fortuito (o sujeito</p><p>desconhece o efeito inebriante da substância que ingere)</p><p>ou força maior (o sujeito é obrigado a ingerir a substância</p><p>inebriante). Quando completa, isenta o agente de pena</p><p>(art. 28, § 1º, do CP); se incompleta, não exclui a</p><p>culpabilidade, mas diminui a pena (art. 28, § 2º, do CP).</p><p>--------------------------------------------------------------------------</p><p>Patológica é a embriaguez doentia, que, conforme o</p><p>caso concreto, pode ser tratada como anomalia psíquica,</p><p>gerando a inimputabilidade do agente ou redução de sua</p><p>pena, nos moldes do art. 26 do CP.</p><p>Embriaguez preordenada: Nessa espécie, o agente</p><p>ingere bebida alcoólica ou consome substância de efeitos</p><p>análogos com a finalidade de cometer um crime.</p><p>Completa ou incompleta, não haverá exclusão da</p><p>imputabilidade, tampouco redução de pena, mas a</p><p>incidência de agravamento da sanção penal</p><p>Embriaguez não acidental (voluntária ou culposa):</p><p>Temos embriaguez voluntária quando o agente ingere a</p><p>substância alcoólica com a intenção de embriagar-se;</p><p>surge a embriaguez culposa quando o agente, por</p><p>negligência ou imprudência, acaba por embriagar-se.</p><p>Pode ser completa (retirando do agente, no momento da</p><p>conduta, a capacidade de entendimento e</p><p>autodeterminação) ou incompleta (diminuindo a</p><p>capacidade de entendimento e autodeterminação).</p><p>31. Considere que Jonas, é tio de Rebeca, de 13 anos de</p><p>idade. Em determinado dia, Jonas resolve matar Rebeca</p><p>e assim o faz. Com base apenas nessas informações, é</p><p>correto afirmar que Jonas irá responder por:</p><p>A) Homicídio Simples.</p><p>B) Tortura.</p><p>C) Homicídio qualificado com aumento de dois terços.</p><p>D) Homicídio qualificado com aumento de um terço a</p><p>metade.</p><p>E) Homicídio Privilegiado.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, trata-se de um homicídio qualificado, praticado</p><p>contra menor de 14 anos. Neste caso a pena será de</p><p>reclusão de 12 a 30 anos. No entanto, como o autor era</p><p>tio da vítima, incorre ainda no aumento de pena de 2/3,</p><p>conforme Art. 121, § 2º-B, inciso II.</p><p>Homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos</p><p>IX - contra menor de 14 (quatorze) anos:</p><p>Pena - reclusão, de doze a trinta anos.</p><p>§ 2º-B. A pena do homicídio contra menor de 14</p><p>(quatorze) anos é aumentada de:</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>15</p><p>II - 2/3 (dois terços) se o autor é ascendente, padrasto</p><p>ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor,</p><p>curador, preceptor ou empregador da vítima ou por</p><p>qualquer outro título tiver autoridade sobre ela.</p><p>32. Considere que dois indivíduos subtraíram uma</p><p>determinada quantidade de explosivos, no intuito de</p><p>futuramente, roubar uma agência bancaria na cidade do</p><p>Crato, localizada no interior do Ceará. Acontece que após</p><p>subtraírem os explosivos, os dois indivíduos foram</p><p>presos em flagrante delito. Neste caso, eles irão</p><p>responder pelo crime de:</p><p>A) Furto qualificado de explosivos, não podendo ser</p><p>considerado crime hediondo.</p><p>B) Furto qualificado mediante emprego de explosivos,</p><p>podendo ser considerado hediondo.</p><p>C) Furto mediante fraude.</p><p>D) Furto privilegiado com aumento de pena por ser</p><p>praticado durante o repouso noturno.</p><p>E) Roubo qualificado com aumento de pena de 1/3 a 2/3</p><p>por se tratar de explosivos.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Letra A (Correta) -> Caveiras, prestem bem atenção. No</p><p>caso narrado, o crime praticado foi o de Furto de</p><p>explosivos, sendo, portanto, qualificado e com pena de</p><p>reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.</p><p>CP, Art. 155, § 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a</p><p>10 (dez) anos e multa, se a subtração for de substâncias</p><p>explosivas ou de acessórios que, conjunta ou</p><p>isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou</p><p>emprego.</p><p>Além disso, o furto de explosivos não é considerado</p><p>hediondo, mas sim o furto praticado mediante emprego</p><p>de explosivos. Veja a diferença:</p><p>CP, Art. 155, § 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a</p><p>10 (dez) anos e multa, se houver emprego de explosivo</p><p>ou de artefato análogo que cause perigo comum.</p><p>Note que o crime que os autores queriam praticar (roubo</p><p>a agência bancária) se quer chegou a ser praticado,</p><p>ficando apenas na fase da cogitação e preparação. Não</p><p>foi praticado atos executórios para esse delito.</p><p>33. Considere que ocorreu um crime de estupro,</p><p>praticado contra uma criança no contexto de violência</p><p>doméstica e familiar, neste caso, como regra, será</p><p>competente para julgar:</p><p>A) A vara comum criminal.</p><p>B) A vara especializada em violência doméstica.</p><p>C) O juizado de pequenas causas.</p><p>D) O juizado ou vara especializada em crimes contra a</p><p>criança e o adolescente</p><p>E) O tribunal do júri.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Após o advento do art. 23 da Lei nº 13.431/2017, nas</p><p>comarcas em que não houver vara especializada em</p><p>crimes contra a criança e o adolescente, compete à vara</p><p>especializada em violência doméstica, onde houver,</p><p>processar e julgar os casos envolvendo estupro de</p><p>vulnerável cometido pelo pai (bem como pelo padrasto,</p><p>companheiro, namorado ou similar) contra a filha (ou</p><p>criança ou adolescente) no ambiente doméstico ou</p><p>familiar.</p><p>De quem é a competência para julgar o crime de estupro</p><p>praticado contra criança e adolescente no contexto de</p><p>violência doméstica e familiar?</p><p>1ª opção: juizado ou vara especializada em crimes</p><p>contra a criança e o adolescente (caput do art. 23 da</p><p>Lei nº 13.431/2017);</p><p>2ª opção: caso não exista a vara especializada em</p><p>crimes contra a criança e o adolescente, esse crime será</p><p>julgado no juizado ou vara especializada em violência</p><p>doméstica, independentemente de considerações acerca</p><p>da idade, do sexo da vítima ou da motivação da violência</p><p>(parágrafo único do art. 23 da Lei nº 13.431/2017);</p><p>3ª opção: nas comarcas em que não houver varas</p><p>especializadas em violência contra crianças e</p><p>adolescentes ou juizados/varas de violência doméstica, a</p><p>competência para julgar será da vara criminal comum.</p><p>STJ. 3ª Seção. EAREsp 2099532/RJ, Rel. Min. Sebastião</p><p>Reis Júnior, julgado em 26/10/2022 (Info 755).</p><p>34. Configura causa de aumento de pena do crime de</p><p>incêndio aquele praticado:</p><p>A) Contra mulher em situação de violência doméstica.</p><p>B) Contra criança, maior de 60 anos, enfermo ou mulher</p><p>grávida.</p><p>C) Mediante concurso de duas ou mais pessoas.</p><p>D) Durante o repouso noturno.</p><p>E) Em casa habitada ou destinada à habitação.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>O incêndio é um crime previsto no título DOS CRIMES</p><p>CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA.</p><p>Assim, trata-se de um crime que traz diversas situações</p><p>em que a pena será aumentada de 1/3. Por fim, é um</p><p>crime que pode ser praticado na modalidade culposa.</p><p>Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a</p><p>integridade física ou o patrimônio de outrem:</p><p>Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.</p><p>§ 1º - As penas aumentam-se de um terço:</p><p>I - se o crime é cometido com intuito de obter vantagem</p><p>pecuniária em proveito próprio ou alheio;</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>16</p><p>II - se o incêndio é: (...)</p><p>a) em casa habitada ou destinada a habitação;</p><p>§ 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de seis</p><p>meses a dois anos.</p><p>35. Assinale a alternativa abaixo que corresponde a um</p><p>crime praticado por funcionário público contra a</p><p>administração em geral.</p><p>A) Desobediência.</p><p>B) Concussão.</p><p>C) Tráfico de Influência.</p><p>D) Corrupção ativa.</p><p>E) Descaminho.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, dentre as alternativas, a única que se trata de</p><p>um crime praticado por funcionário público contra a</p><p>administração em geral é o crime de concussão. Todas</p><p>as demais são crimes praticados por particular contra a</p><p>administração em geral.</p><p>Concussão</p><p>Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou</p><p>indiretamente, ainda que fora da função ou antes de</p><p>assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:</p><p>Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.</p><p>36. De acordo com a Lei nº 8.072/90 (Dispõe sobre os</p><p>crimes hediondos), assinale a alternativa que não</p><p>corresponde a um crime hediondo.</p><p>A) Estupro.</p><p>B) Furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de</p><p>artefato análogo que cause perigo comum.</p><p>C) Epidemia com resultado morte.</p><p>D) Roubo qualificado pelo emprego de explosivo ou de</p><p>artefato análogo que cause perigo comum.</p><p>E) Extorsão mediante sequestro.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, sem muita enrolação e direto ao ponto. A lei de</p><p>crimes hediondos adotou o critério legal para definição de</p><p>crimes hediondos. O legislador, em rol taxativo, define os</p><p>crimes que são considerados hediondos. Logo, o roubo</p><p>qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato</p><p>análogo que cause perigo comum, não está previsto na</p><p>referida lei.</p><p>O roubo será hediondo em três hipóteses, quando:</p><p>Circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima;</p><p>Circunstanciado pelo emprego de arma de fogo ou arma</p><p>de fogo de uso proibido ou restrito;</p><p>Qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte.</p><p>37. Assinale a alternativa que descreve corretamente um</p><p>dos tipos penais classificados como crimes de tortura.</p><p>A) Constranger alguém com emprego de violência ou</p><p>grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental</p><p>em razão de discriminação sexual ou ideológica.</p><p>B) Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem,</p><p>resultando em perda ou inutilização do membro, sentido</p><p>ou função.</p><p>C) Constranger alguém, mediante violência ou grave</p><p>ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer</p><p>outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o</p><p>que a lei permite ou a fazer o que ela não manda.</p><p>D) Submeter pessoa presa ou sujeita a medida de</p><p>segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio</p><p>da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de</p><p>medida legal.</p><p>E) Constranger alguém, mediante violência ou grave</p><p>ameaça, com o intuito de obter para si ou para outrem</p><p>indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se</p><p>faça ou deixar de fazer alguma coisa.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Letra D (Correta) -> Trata-se de da tortura pela tortura,</p><p>prevista no art. 1º, § 1º da Lei nº 9.455/97.</p><p>Art. 1º Constitui crime de tortura:</p><p>I - constranger alguém com emprego de violência ou</p><p>grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:</p><p>a) com o fim de obter informação, declaração ou</p><p>confissão da vítima ou de terceira pessoa;</p><p>b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;</p><p>c) em razão de discriminação racial ou religiosa;</p><p>II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou</p><p>autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça,</p><p>a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de</p><p>aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.</p><p>Pena - reclusão, de dois a oito anos.</p><p>§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa</p><p>presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento</p><p>físico ou mental, por intermédio da prática de ato não</p><p>previsto em lei ou não resultante de medida legal.</p><p>(Gabarito da questão).</p><p>--------------------------------------------------------------------------</p><p>Erro dos demais itens:</p><p>Letra A – A lei não prevê como tortura essa</p><p>discriminação sexual, mas apenas racial ou religiosa.</p><p>Letra B – Lesão corporal gravíssima.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>17</p><p>Letra C – Crime de constrangimento ilegal.</p><p>Letra E – Crime de extorsão.</p><p>38. De acordo com a Lei nº 11.343 (Lei de Drogas), a</p><p>destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de</p><p>prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo</p><p>máximo de:</p><p>A) 15 dias.</p><p>B) 30 dias.</p><p>C) 45 dias</p><p>D) 10 dias.</p><p>E) 5 dias.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, preste bem atenção aos detalhes do</p><p>enunciado. A questão foi clara: Sem a ocorrência de</p><p>prisão em flagrante. E tem diferença professor? Tem</p><p>sim!</p><p>Incineração de drogas apreendidas.</p><p>- Com prisão em flagrante: Art. 50, § 4º A destruição</p><p>das drogas será executada pelo delegado de polícia</p><p>competente no prazo de 15 (quinze) dias na presença</p><p>do Ministério Público e da autoridade sanitária.</p><p>- Sem prisão em flagrante: Art. 50-A. A destruição das</p><p>drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em</p><p>flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de</p><p>30 (trinta) dias contados da data da apreensão,</p><p>guardando-se amostra necessária à realização do laudo</p><p>definitivo.</p><p>39. O Art. 12 da Lei 13869/2019 (Lei abuso de</p><p>autoridade) aponta que deixar, injustificadamente, de</p><p>comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária, no</p><p>prazo legal, incorre em pena de:</p><p>A) Detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.</p><p>B) Detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.</p><p>C) Detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.</p><p>D) Detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.</p><p>E) Detenção, de 5 (cinco) a 8 (oito) anos, e multa.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Se você ainda é aquele aluno que fica inconformado</p><p>come esse tipo de questão, então irá continuar errando.</p><p>Caveiras, se acostumem com todo tipo de terreno, as</p><p>bancas não pegam leve e sempre cobram aquilo que é</p><p>mais difícil do concurseiro acertar.</p><p>A questão poderia ser resolvida com base na lógica:</p><p>Existem 3 penas que são cobradas em toda lei de abuso</p><p>de autoridade. São elas:</p><p>Detenção: 1 a 4 anos (Para crimes mais graves)</p><p>Detenção: 6 meses a 2 anos (a maioria dos crimes na</p><p>lei tem esse preceito secundário)</p><p>Art. 12. Deixar injustificadamente de comunicar prisão</p><p>em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal:</p><p>Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e</p><p>multa.</p><p>Detenção 3 meses a 1 ano: Apenas um crime. Qual?</p><p>Art. 15-A. Submeter a vítima de infração penal ou a</p><p>testemunha de crimes violentos a procedimentos</p><p>desnecessários, repetitivos ou invasivos, que a leve a</p><p>reviver, sem estrita necessidade:</p><p>I - a situação de violência; ou</p><p>II - outras situações potencialmente geradoras de</p><p>sofrimento ou estigmatização:</p><p>Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e</p><p>multa.</p><p>40. De acordo com a Lei 13869/2019 (Lei abuso de</p><p>autoridade), o prazo para a suspensão do exercício de</p><p>cargo, função ou mandado será de:</p><p>A) 1 a 6 meses, com perda das vantagens e vencimentos.</p><p>B) 1 a 5 anos, com perda das vantagens e vencimentos.</p><p>C) 1 a 6 meses, sem perda das vantagens e vencimentos.</p><p>D) 1 a 5 anos, sem perda das vantagens e vencimentos.</p><p>E) 3 a 6 meses, sendo condicionada a reincidência.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, não confunda. Trata-se de uma pena restritiva</p><p>de direito prevista na Lei de abuso de autoridade.</p><p>Art. 5º As penas restritivas de direitos substitutivas das</p><p>privativas de liberdade previstas nesta Lei são:</p><p>I - prestação de serviços à comunidade ou a entidades</p><p>públicas;</p><p>II - suspensão do exercício do cargo, da função ou do</p><p>mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a</p><p>perda dos vencimentos e das vantagens;</p><p>Parágrafo único. As penas restritivas de direitos podem</p><p>ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.</p><p>Professor, eu já vi um prazo de 1 a 5 anos, qual é? Trata-</p><p>se do prazo de inabilitação para cargo, mandato ou</p><p>função pública, sendo um efeito da condenação.</p><p>Art. 4º São efeitos da condenação: (...)</p><p>II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou</p><p>função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos;</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>18</p><p>Obs: Esse efeito é condicionado a reincidência (Não</p><p>é automático)</p><p>Legislação Penal Extravagante</p><p>41. No que concerne às inovações introduzidas pelo</p><p>Pacote Anticrime (Lei n.º 13.964/2019), assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) Para investigação ou instrução criminal, poderá ser</p><p>autorizada pelo juiz de ofício e a requerimento da</p><p>autoridade policial ou do Ministério Público, a captação</p><p>ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou</p><p>acústicos.</p><p>B) O cometimento de falta grave durante a execução da</p><p>pena privativa de liberdade não interrompe o prazo para</p><p>a obtenção da progressão no regime de cumprimento da</p><p>pena, caso em que não há o reinício da contagem.</p><p>C) Aquele que pratica crime hediondo com resultado</p><p>morte, se for reincidente, não poderá progredir de regime</p><p>de cumprimento de pena.</p><p>D) No atual cenário, a ação penal no crime de estelionato</p><p>passa a ser incondicionada apenas de forma</p><p>excepcional, se o delito for praticado contra a</p><p>Administração Pública, direta ou indireta; contra criança</p><p>ou adolescente; contra pessoa com deficiência mental;</p><p>contra idoso ou contra incapaz.</p><p>E) Foi introduzido com o advento do pacote anticrime a</p><p>colaboração premiada que é considerada negócio</p><p>jurídico processual e meio de obtenção de prova.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>A captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos</p><p>ou acústicos não pode ser decretada de ofício pelo juiz</p><p>como dispõe a assertiva, diferentemente da</p><p>interceptação e monitoramento telefônico. Vejamos a</p><p>redação correta:</p><p>Art. 7º A Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996, passa a</p><p>vigorar acrescida dos seguintes arts. 8º-A e 10-A:</p><p>“Art. 8º-A. Para investigação ou instrução criminal,</p><p>poderá ser autorizada pelo juiz, a requerimento da</p><p>autoridade policial ou do</p><p>Ministério Público, a</p><p>captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos</p><p>ou acústicos, quando:</p><p>I - a prova não puder ser feita por outros meios</p><p>disponíveis e igualmente eficazes; e</p><p>II - houver elementos probatórios razoáveis de autoria e</p><p>participação em infrações criminais cujas penas máximas</p><p>sejam superiores a 4 (quatro) anos ou em infrações</p><p>penais conexas.”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>A literalidade da lei vai no sentido oposto ao exposto pela</p><p>assertiva, vejamos:</p><p>“Art. 112 (...)</p><p>§ 6º O cometimento de falta grave durante a execução da</p><p>pena privativa de liberdade interrompe o prazo para a</p><p>obtenção da progressão no regime de cumprimento</p><p>da pena, caso em que o reinício da contagem do</p><p>requisito objetivo terá como base a pena remanescente.</p><p>(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019).”</p><p>Sistematizando:</p><p>1) A prática de falta grave interrompe a contagem do</p><p>prazo para a obtenção do benefício da progressão de</p><p>regime;</p><p>2) Com o advento da Lei n. 12.433, de 29 de junho de</p><p>2011, o cometimento de falta grave não mais enseja a</p><p>perda da totalidade do tempo remido, mas limita-se ao</p><p>patamar de 1/3, cabendo ao juízo das execuções penais</p><p>dimensionar o quantum, segundo os critérios do art. 57</p><p>da LEP;</p><p>3) A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de</p><p>livramento condicional. (Súmula n. 441/STJ);</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>O que se veda é o livramento condicional. Vejamos:</p><p>“VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for</p><p>reincidente em crime hediondo ou equiparado com</p><p>resultado morte, vedado o livramento condicional.”</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>A legislação menciona MAIOR DE 70 ANOS (e não</p><p>idoso).</p><p>O Pacote Anticrime promoveu a mudança da natureza da</p><p>ação penal no tocante ao crime de estelionato.</p><p>Antes da inovação legal, a ação penal era, em regra,</p><p>pública incondicionada, não exigindo representação nem</p><p>para o início das investigações (abertura do IP) nem para</p><p>proposição da ação penal.</p><p>Agora, em regra, a ação penal será pública condicionada</p><p>à representação, salvo nos casos em que a vítima se</p><p>encaixar nas hipóteses dos incisos de I a IV do §5º, em</p><p>que a ação continua a ser pública incondicionada.</p><p>A Lei 13.964, de 24 de dezembro de 2019, denominada</p><p>de Pacote Anticrime, introduziu o parágrafo quinto ao</p><p>artigo 171 do Código Penal, que, portanto, se aplica ao</p><p>estelionato e a todas as modalidades equiparadas (como</p><p>a defraudação de penhor). Traz o dispositivo hipóteses</p><p>em que a ação penal passa a ser pública incondicionada.</p><p>Portanto, a regra agora é que a ação penal pública</p><p>condicionada à representação. A ação penal passa a</p><p>ser incondicionada excepcionalmente, se o delito for</p><p>praticado contra a Administração Pública, direta ou</p><p>indireta; contra criança ou adolescente; contra pessoa</p><p>com deficiência mental; contra maior de 70 (setenta)</p><p>anos de idade ou contra incapaz.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Foi justamente o que ocorreu, a colaboração premiada foi</p><p>introduzida com todas as suas minúcias, e pela</p><p>literalidade de seu artigo é considerada negócio jurídico</p><p>processual e meio de obtenção de prova. Vejamos:</p><p>Da Colaboração Premiada</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>19</p><p>‘Art. 3º-A. O acordo de colaboração premiada é negócio</p><p>jurídico processual e meio de obtenção de prova, que</p><p>pressupõe utilidade e interesse públicos.’</p><p>42. A respeito da Lei n.º 9.807/1999 (Programa de</p><p>Proteção à Testemunha), assinale a alternativa correta.</p><p>A) Os programas de proteção previstos na Lei 9.807/99</p><p>terão a duração máxima de 02 (dois) anos, vedada a</p><p>prorrogação.</p><p>B) Caso o protegido não colabore com as autoridades,</p><p>tendo comportamento incompatível com o programa de</p><p>proteção, poderá ser excluído do programa conforme</p><p>expressa previsão legal.</p><p>C) Em casos excepcionais e considerando as</p><p>características e gravidade da coação ou ameaça,</p><p>poderá o conselho deliberativo encaminhar requerimento</p><p>da pessoa protegida ao juiz competente para registros</p><p>públicos objetivando a alteração de nome do protegido,</p><p>resguardando-se, entretanto, seu sobrenome.</p><p>D) A Lei de proteção a vítimas e testemunhas prevê um</p><p>rol taxativo acerca das medidas de proteção aplicáveis,</p><p>que poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente.</p><p>E) Cada programa de proteção a vítimas ou testemunhas</p><p>será dirigido por um conselho deliberativo em cuja</p><p>composição haverá representantes do Poder Judiciário e</p><p>de órgãos públicos e privados relacionados com a</p><p>segurança pública e a defesa dos direitos humanos</p><p>apenas.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Não é vedada a prorrogação dos programas de proteção,</p><p>mas ocorrerá somente em circunstâncias excepcionais,</p><p>caso perdurem os motivos que autorizaram a admissão</p><p>do protegido ao programa. Vejamos como dispõe o Art.</p><p>11 da referida Lei:</p><p>“Art. 11. A proteção oferecida pelo programa terá a</p><p>duração máxima de dois anos.</p><p>Parágrafo único. Em circunstâncias excepcionais,</p><p>perdurando os motivos que autorizam a admissão, a</p><p>permanência poderá ser prorrogada.”</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>O Art. 10 da Lei de proteção a vítimas e testemunhas</p><p>estabelece as possibilidades de exclusão do programa,</p><p>e, entre elas, está a exclusão em razão de conduta</p><p>incompatível com o programa de proteção. Vejamos:</p><p>“Art. 10. A exclusão da pessoa protegida de programa de</p><p>proteção a vítimas e a testemunhas poderá ocorrer a</p><p>qualquer tempo:</p><p>I - por solicitação do próprio interessado;</p><p>II - por decisão do conselho deliberativo, em</p><p>consequência de:</p><p>a) cessação dos motivos que ensejaram a proteção;</p><p>b) conduta incompatível do protegido.”</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>A Lei prevê a possibilidade de alteração do nome</p><p>COMPLETO, não havendo essa distinção. É o que nos</p><p>traz o art. 9º da Lei 9.807/99:</p><p>“Art. 9° Em casos excepcionais e considerando as</p><p>características e gravidade da coação ou ameaça,</p><p>poderá o conselho deliberativo encaminhar requerimento</p><p>da pessoa protegida ao juiz competente para registros</p><p>públicos objetivando a alteração de nome completo.”</p><p>A alteração do nome também poderá ser estendida às</p><p>pessoas previstas no §1º do Art. 2 da Lei (cônjuge ou</p><p>companheiro, ascendentes, descendentes e</p><p>dependentes que tenham convivência habitual com a</p><p>vítima ou testemunha).</p><p>A alteração do nome, conforme preceitua a Lei, ocorrerá</p><p>após oitiva prévia do Ministério Público e correrá pelo</p><p>procedimento do rito sumaríssimo e em segredo de</p><p>Justiça, ficando facultado ao protegido com o nome</p><p>alterado, após a cessação da ameaça, o retorno do seu</p><p>nome à situação anterior (Art. 9º, § 2 e §5).</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>O rol não é taxativo, pois a própria redação do Art. 7º, que</p><p>prevê as medidas cabíveis, é uma redação ampla e que</p><p>indicar ser o rol apenas exemplificativo:</p><p>“Art. 7º Os programas compreendem, dentre outras (rol</p><p>exemplificativo), as seguintes medidas, aplicáveis isolada</p><p>ou cumulativamente em benefício da pessoa protegida,</p><p>segundo a gravidade e as circunstâncias de cada caso:</p><p>(...)”</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>O Ministério Público também fará parte da composição</p><p>do Conselho Deliberativo. Na Lei 9.807/99, o Ministério</p><p>Público está presente em quase todas as etapas dos</p><p>programas de proteção. Vejamos:</p><p>“Art. 4° Cada programa será dirigido por um conselho</p><p>deliberativo em cuja composição haverá representantes</p><p>do Ministério Público, do Poder Judiciário e de órgãos</p><p>públicos e privados relacionados com a segurança</p><p>pública e a defesa dos direitos humanos.”</p><p>43. A respeito da Lei n.º 9.613/1988 (Lei de lavagem de</p><p>capitais ou ocultação de bens, direitos e valores),</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>A) No crime de lavagem de dinheiro que envolve grande</p><p>quantidade de agentes residentes em diversas unidades</p><p>da federação, a regra de competência do local onde se</p><p>realizaram as operações irregulares</p><p>será afastada para,</p><p>em homenagem aos princípios da razoável duração do</p><p>processo e da celeridade de sua tramitação, dar lugar ao</p><p>foro do domicílio do investigado.</p><p>B) Conforme entendimento da Lei de Lavagem de</p><p>Capitais e da Jurisprudência, em caso de indiciamento de</p><p>servidor público, este será afastado, sem prejuízo de</p><p>remuneração e demais direitos previstos em lei, até que</p><p>o juiz competente autorize, em decisão fundamentada, o</p><p>seu retorno, nos termos da Lei nº 9.613/1998 (lavagem</p><p>de capitais).</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>20</p><p>C) O crime de lavagem de bens, direitos ou valores é</p><p>composto por três fases: a colocação (placement), a</p><p>ocultação (layering) e a integração (integration), devendo</p><p>todas estarem configuradas para o enquadramento da</p><p>conduta na figura criminosa.</p><p>D) A autoridade policial e o Ministério Público terão</p><p>acesso, exclusivamente, aos dados cadastrais do</p><p>investigado que informam qualificação pessoal, filiação e</p><p>endereço, mediante prévia autorização judicial, mantidos</p><p>pela Justiça Eleitoral, pelas empresas telefônicas, pelas</p><p>instituições financeiras, pelos provedores de internet e</p><p>pelas administradoras de cartão de crédito.</p><p>E) Agente absolvido de crime antecedente de tráfico de</p><p>drogas, em razão de o fato não constituir infração penal,</p><p>ainda poderá ser punido pelo crime de branqueamento</p><p>de capitais, uma vez que a absolvição daquele crime</p><p>precedente pela atipicidade não tem o condão de afastar</p><p>a tipicidade do crime de lavagem de dinheiro.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>Em regra, a competência para processar e julgar o crime</p><p>de lavagem de dinheiro é do Juízo do local onde foram</p><p>realizadas as operações irregulares. Entretanto, em um</p><p>caso específico em que mais de 3.000 pessoas eram</p><p>investigadas pelos crimes de lavagem de dinheiro e</p><p>evasão de divisas, o STJ entendeu pela fixação da</p><p>competência no domicílio dos réus, pois assim as provas</p><p>poderiam ser colhidas com maior celeridade.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Mudança de entendimento ocorrida em 2020.</p><p>A assertiva trouxe o exato teor do art. 17-D, vejamos:</p><p>“Art. 17-D. Em caso de indiciamento de servidor público,</p><p>este será afastado, sem prejuízo de remuneração e</p><p>demais direitos previstos em lei, até que o juiz</p><p>competente autorize, em decisão fundamentada, o seu</p><p>retorno.”</p><p>Ocorre que, recentemente, o STF julgou</p><p>inconstitucional o referido dispositivo, entendeu a</p><p>Corte Suprema que: “o afastamento do servidor somente</p><p>se justifica quando ficar demonstrado nos autos que</p><p>existe risco caso ele continue no desempenho de suas</p><p>funções e que o afastamento é medida eficaz e</p><p>proporcional para se tutelar a investigação e a própria</p><p>Administração Pública. Tais circunstâncias precisam ser</p><p>apreciadas pelo Poder Judiciário.” STF. Plenário. ADI</p><p>4911/DF, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min.</p><p>Alexandre de Moraes, julgado em 20/11/2020 (Info 1000).</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Prevalece o entendimento de que basta que o agente</p><p>pratique uma das três fases para configurar o crime de</p><p>lavagem de capitais, logo, não é necessário que ele</p><p>percorra as três fases.</p><p>Sobre as fases da lavagem de dinheiro:</p><p>A primeira fase, também denominada colocação</p><p>(placement), consiste na introdução do recurso ilícito no</p><p>sistema econômico, a fim de ocultar a sua origem.</p><p>Normalmente os criminosos buscam países com normas</p><p>mais permissivas, cuja regulamentação do sistema</p><p>financeiro seja mais branda. A conversão pode ser feita</p><p>por meio de depósitos ou compra de bens negociáveis.</p><p>Na segunda fase, conhecida como ocultação ou</p><p>mascaramento (layering), o criminoso procura dificultar o</p><p>rastreamento e encobrir a origem ilícita dos valores. São</p><p>feitos depósitos fracionados para contas de “laranjas” ou</p><p>movimentações eletrônicas para contas anônimas,</p><p>especialmente para países cuja legislação assegura o</p><p>sigilo das operações, ou ainda utiliza-se de empresas de</p><p>fachada.</p><p>Já na terceira fase, os valores, agora com aparência</p><p>lícita, são reintroduzidos no sistema econômico através</p><p>de investimento imobiliários ou operações de exportação</p><p>ou importação, por exemplo.</p><p>Modernamente há doutrina defendendo a quarta fase da</p><p>lavagem de dinheiro, denominando-a reciclagem, quando</p><p>a pessoa começa a apagar todos os indícios de lavagem</p><p>de dinheiro.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Nesse caso, a autoridade policial e o Ministério Público</p><p>terão acesso aos dados cadastrais independentemente</p><p>de autorização judicial.</p><p>“Art. 17-B. A autoridade policial e o Ministério Público</p><p>terão acesso, exclusivamente, aos dados cadastrais do</p><p>investigado que informam qualificação pessoal, filiação e</p><p>endereço, independentemente de autorização</p><p>judicial, mantidos pela Justiça Eleitoral, pelas empresas</p><p>telefônicas, pelas instituições financeiras, pelos</p><p>provedores de internet e pelas administradoras de cartão</p><p>de crédito.”</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>O crime de lavagem de dinheiro é considerado um crime</p><p>parasitário, derivado ou acessório, pois pressupõe a</p><p>prática de outra infração penal. Para a configuração do</p><p>crime de lavagem de capitais, adota-se a teoria da</p><p>assessoriedade limitada, ou seja, é necessário que a</p><p>conduta do autor da infração penal antecedente seja</p><p>típica e antijurídica.</p><p>Sendo assim, não há que se falar em crime no caso</p><p>exposto, tendo em vista que o autor do crime antecedente</p><p>foi absolvido em razão da atipicidade da sua conduta.</p><p>44. A respeito das alterações previstas no Estatuto do</p><p>Desarmamento (Lei n.º 10.826/2003), assinale a</p><p>alternativa correta à luz dos entendimentos dos tribunais</p><p>superiores.</p><p>A) A simulação de arma de fogo não pode configurar a</p><p>grave ameaça para os fins do crime de estupro.</p><p>B) Superior Tribunal de Justiça decidiu que arma de fogo</p><p>estragada não configura crime de porte ilegal.</p><p>C) O STJ decidiu que a utilização de arma desmuniciada,</p><p>como forma de intimidar a vítima do delito de roubo,</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>21</p><p>caracteriza o emprego de violência, permitindo o</p><p>reconhecimento da majorante de pena.</p><p>D) A apreensão de ínfima quantidade de munição</p><p>desacompanhada da arma de fogo não implica, por si só,</p><p>a atipicidade da conduta.</p><p>E) O transporte de granadas de gás lacrimogêneo</p><p>configura crime de porte de artefato explosivo.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>A simulação de arma de fogo pode sim configurar a</p><p>“grave ameaça”, para os fins do tipo do art. 213 do Código</p><p>Penal.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ)</p><p>decidiu que arma de fogo estragada configura crime de</p><p>porte ilegal, pois perigo abstrato, sendo irrelevante o fato</p><p>de a arma estar desmuniciada ou, até mesmo,</p><p>desmontada ou estragada, porquanto o objeto jurídico</p><p>tutelado n��o é a incolumidade física.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>STJ: Não. O emprego de arma de fogo desmuniciada tem</p><p>o condão de configurar a grave ameaça e tipificar o crime</p><p>de roubo, no entanto não é suficiente para caracterizar a</p><p>majorante do emprego de arma, pela ausência de</p><p>potencialidade lesiva no momento da prática do crime.</p><p>STF: Sim. É irrelevante o fato de estar ou não municiada</p><p>para que se configure a majorante do roubo.</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>A apreensão de ínfima quantidade de munição</p><p>desacompanhada da arma de fogo não implica, por si só,</p><p>a atipicidade da conduta.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Considerando que a granada de gás lacrimogêneo não é</p><p>composta por elementos explosivos nos termos das</p><p>normas vigentes sobre a matéria, o transporte desse</p><p>objeto não se subsume à Lei 10.826/03:</p><p>“1. Explosivo é,</p><p>em sentido amplo, um material extremamente instável,</p><p>que pode se decompor rapidamente, formando produtos</p><p>estáveis. Esse processo é denominado de explosão e é</p><p>acompanhado por uma intensa liberação de energia, que</p><p>pode ser feita sob diversas formas e gera uma</p><p>considerável destruição decorrente da liberação dessa</p><p>energia. 2. Não será considerado explosivo o artefato</p><p>que, embora ativado por explosivo, não projete e nem</p><p>disperse fragmentos perigosos como metal, vidro ou</p><p>plástico quebradiço, não possuindo, portanto,</p><p>considerável potencial de destruição. 3. Para a</p><p>adequação típica do delito em questão, exige-se que o</p><p>objeto material do delito, qual seja, o artefato explosivo,</p><p>seja capaz de gerar alguma destruição, não podendo ser</p><p>tipificado neste crime a posse de granada de gás</p><p>lacrimogêneo/pimenta, porém, não impedindo eventual</p><p>tipificação em outro crime”.</p><p>45. Assinale a alternativa correta no que se refere às</p><p>medidas socioeducativas previstas no Estatuto da</p><p>Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/1990) e na</p><p>jurisprudência correlata.</p><p>A) Se a internação for aplicada sem termo, o prazo</p><p>prescricional da medida será de 4 anos.</p><p>B) O prazo prescricional das medidas socioeducativas</p><p>deve sempre ter como parâmetro o tempo da medida.</p><p>C) As medidas socioeducativas serão aplicadas os</p><p>prazos prescricionais próprios definidos no Estatuto da</p><p>Criança e do Adolescente, e não os prazos do Código</p><p>Penal.</p><p>D) Na definição do prazo prescricional da medida</p><p>socioeducativa, o lapso definido na lei nem sempre será</p><p>reduzido pela metade, a depender da idade que tinha o</p><p>agente quando da prática do ato infracional.</p><p>E) Para contagem do prazo prescricional das medidas</p><p>socioeducativas aplicadas sem termo, deve-se ter como</p><p>parâmetro o tempo da medida.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>Esse é o entendimento do STJ no AgRg no REsp</p><p>1856028/SC. Isso porque, no caso de internação fixada</p><p>sem prazo certo, deve-se levar em consideração a</p><p>duração legal máxima possível, de 3 anos. Nesse</p><p>sentido, considerando-se o lapso prescricional de 8 anos,</p><p>previsto no art. 109, IV, CP, reduzido pela metade (art.</p><p>115, CP), obtém-se o prazo prescricional de 4 anos.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Segundo posicionamento do STJ no AgRg no REsp</p><p>1856028/SC, quando a medida de internação é aplicada</p><p>sem prazo certo, a definição do prazo prescricional não</p><p>terá como parâmetro o tempo da medida, que poderá</p><p>ser efetivamente cumprida até que o adolescente</p><p>complete 21 anos de idade. Sendo assim, nem sempre o</p><p>tempo da medida será o parâmetro para fixação do prazo</p><p>prescricional.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>É preciso destacar que não existem prazos</p><p>prescricionais específicos definidos no ECA para as</p><p>medidas socioeducativas. Nesse sentido, nos termos da</p><p>Súmula 338 do STJ: “A prescrição penal é aplicável nas</p><p>medidas socioeducativas”.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Lembre-se que o ato infracional apenas é praticado por</p><p>crianças e adolescentes, portanto, pessoas menores de</p><p>18 anos (art. 2º, ECA). Ademais, nos termos do art. 115,</p><p>CP, sempre que o criminoso for, à época do crime,</p><p>menor de 21 anos, o prazo prescricional será reduzido de</p><p>metade. Nesse ínterim, todos os atos infracionais</p><p>praticados terão seus lapsos prescricionais reduzidos de</p><p>metade.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>22</p><p>Na verdade, o parâmetro a ser considerada quando se</p><p>tratar de medida socioeducativa aplicada sem termo é a</p><p>duração máxima da internação, que será de 3 anos, nos</p><p>termos do julgado pelo STJ no AgRg no REsp</p><p>1856028/SC.</p><p>46. Acerca dos entendimentos dos Tribunais Superiores,</p><p>e da legislação que versa sobre o Estatuto do</p><p>Desarmamento (Lei n.º 10.826/03), assinale a alternativa</p><p>correta.</p><p>A) Conforme entendimento da Jurisprudência do STJ,</p><p>configura mera irregularidade o porte ilegal de arma de</p><p>fogo (art. 14 da Lei 10.826/2003) ou de arma de fogo de</p><p>uso restrito (art. 16 da Lei 10.826/2003) com registro de</p><p>cautela vencido.</p><p>B) O fato de as armas apreendidas estarem</p><p>desmuniciadas não tipifica o crime de posse ou porte</p><p>ilegal de arma de fogo de uso restrito em razão da total</p><p>ausência de potencial lesivo da conduta.</p><p>C) As armas de fogo apreendidas e que não interessarem</p><p>à persecução penal devem ser encaminhadas à Polícia</p><p>Federal para destruição ou doação ao comando do</p><p>Exército.</p><p>D) Quem favorece a entrada ou saída do território</p><p>nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou</p><p>munição, sem autorização da autoridade competente,</p><p>comete o crime de Tráfico internacional de arma de fogo.</p><p>E) O porte de arma de fogo sem autorização e em</p><p>desacordo com determinação legal ou regulamentar,</p><p>ainda que a arma esteja desmuniciada ou</p><p>comprovadamente inapta a realizar disparos, configura</p><p>delito de porte ilegal de arma de fogo.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>A Corte Especial do STJ decidiu que, uma vez realizado</p><p>o registro da arma, o vencimento da autorização não</p><p>caracteriza ilícito penal, mas mera irregularidade</p><p>administrativa que autoriza a apreensão do artefato e</p><p>aplicação de multa (APn n. 686/AP, Rel. Min. João Otávio</p><p>de Noronha, Corte Especial, DJe de 29/10/2015). Tal</p><p>entendimento, todavia, é restrito ao delito de posse ilegal</p><p>de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº</p><p>10.826/2003), não se aplicando ao crime de porte ilegal</p><p>de arma de fogo (art. 14), muito menos ao delito de porte</p><p>ilegal de arma de fogo de uso restrito (art. 16), cujas</p><p>elementares são diversas e a reprovabilidade mais</p><p>intensa. STJ. 6ª Turma. AgRg no AREsp 885281-ES, Rel.</p><p>Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 28/04/2020</p><p>(Info 671).</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>O fato da arma encontrar-se desmuniciada não torna o</p><p>fato atípico. A posse (art. 12 da Lei nº 10.826/2003) ou o</p><p>porte (art. 14) de arma de fogo configura crime mesmo</p><p>que ela esteja desmuniciada. Trata-se, atualmente, de</p><p>posição pacífica tanto no STF como no STJ.</p><p>Para a jurisprudência, a simples posse ou porte de arma,</p><p>munição ou acessório de uso permitido — sem</p><p>autorização e em desacordo com determinação legal ou</p><p>regulamentar — configura os crimes previstos nos arts.</p><p>12 ou 14 da Lei nº 10.826/2003. Isso porque, por serem</p><p>delitos de perigo abstrato, é irrelevante o fato de a arma</p><p>apreendida estar desacompanhada de munição, já que o</p><p>bem jurídico tutelado é a segurança pública e a paz</p><p>social.</p><p>STJ. 3ª Seção. AgRg nos EAREsp 260.556/SC, Rel. Min.</p><p>Sebastião Reis Júnior, julgado em 26/03/2014.</p><p>STF. 2ª Turma. HC 95073/MS, red. p/ o acórdão Min.</p><p>Teori Zavascki, 19/3/2013 (Info 699).</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Conforme prevê o art. 25 do Estatuto do Desarmamento,</p><p>“Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a</p><p>elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos,</p><p>quando não mais interessarem à persecução penal</p><p>serão encaminhadas pelo juiz competente ao</p><p>Comando do Exército, no prazo de até 48 (quarenta e</p><p>oito) horas, para destruição ou doação aos órgãos de</p><p>segurança pública ou às Forças Armadas, na forma</p><p>do regulamento desta Lei”.</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>A pena do crime de Tráfico internacional de arma de fogo</p><p>foi recentemente alterada pelo Pacote Anticrime.</p><p>Vejamos o disposto na legislação de regência:</p><p>“Tráfico internacional de arma de fogo.</p><p>Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída</p><p>do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo,</p><p>acessório ou munição, sem autorização da autoridade</p><p>competente.</p><p>Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e</p><p>multa.”</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>O erro da questão consiste em mencionar que estará</p><p>configurado o crime ainda que se comprove a sua</p><p>inaptidão. Em verdade, nesse caso, o fato será atípico.</p><p>Para que haja condenação</p><p>pelo crime de posse ou porte</p><p>NÃO é necessário que a arma de fogo tenha sido</p><p>apreendida e periciada. Assim, é irrelevante a realização</p><p>de exame pericial para a comprovação da potencialidade</p><p>lesiva do artefato. Isso porque os crimes previstos no</p><p>arts. 12, 14 e 16 da Lei 10.826/2003 são de mera conduta</p><p>ou de perigo abstrato, cujo objeto jurídico imediato é a</p><p>segurança coletiva.</p><p>No entanto, se a perícia for realizada na arma e o laudo</p><p>constatar que a arma não tem nenhuma condição de</p><p>efetuar disparos não haverá crime. Para o STJ, não está</p><p>caracterizado o crime de porte ilegal de arma de fogo</p><p>quando o instrumento apreendido sequer pode ser</p><p>enquadrado no conceito técnico de arma de fogo, por</p><p>estar quebrado e, de acordo com laudo pericial,</p><p>totalmente inapto para realizar disparos. Assim,</p><p>demonstrada por laudo pericial a total ineficácia da arma</p><p>de fogo e das munições apreendidas, deve ser</p><p>reconhecida a atipicidade da conduta do agente que</p><p>detinha a posse do referido artefato e das aludidas</p><p>munições de uso proibido, sem autorização e em</p><p>desacordo com a determinação legal/regulamentar.</p><p>STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 397473/DF, Rel. Min.</p><p>Marco Aurélio Bellizze, julgado em 19/08/2014 (Info 544).</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>23</p><p>STJ. 6ª Turma. REsp 1451397-MG, Rel. Min. Maria</p><p>Thereza de Assis Moura, julgado em 15/9/2015 (Info</p><p>570).</p><p>47. No que se refere à Lei Maria da Penha (Lei n.°</p><p>11.340/06), bem como do entendimento jurisprudencial</p><p>sobre o tema, assinale a alternativa correta.</p><p>A) A Lei nº 13.882/2019 promoveu alteração na Lei Maria</p><p>da Penha para garantir a matrícula dos dependentes da</p><p>mulher vítima de violência doméstica e familiar em</p><p>instituição de educação básica mais próxima de seu</p><p>domicílio.</p><p>B) Nos processos cíveis regidos pela Lei n. 11.340/06</p><p>(Violência Doméstica e Familiar), é absoluta a</p><p>competência do domicílio ou residência da ofendida.</p><p>C) Recebido o expediente com o pedido da ofendida,</p><p>caberá ao juiz, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,</p><p>decidir sobre as medidas protetivas de urgência.</p><p>D) Conforme o entendimento do Superior Tribunal de</p><p>Justiça, a prática de contravenção penal, no âmbito de</p><p>violência doméstica, constitui-se em motivo hábil e</p><p>idôneo a decretação da prisão preventiva como medida</p><p>de proteção máxima em favor da mulher vítima de</p><p>violência doméstica.</p><p>E) Conforme o entendimento do Superior Tribunal de</p><p>Justiça, a reconciliação entre a vítima e o agressor, no</p><p>âmbito da violência doméstica e familiar contra a mulher</p><p>afeta diretamente na demanda processual, de modo a</p><p>servir de fundamento para se afastar a necessidade de</p><p>fixação do valor mínimo para reparação dos danos</p><p>causados pela infração penal.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>Realmente houve referida mudança, vejamos:</p><p>“Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo</p><p>de outras medidas:</p><p>I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a</p><p>programa oficial ou comunitário de proteção ou de</p><p>atendimento;</p><p>II - determinar a recondução da ofendida e a de seus</p><p>dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento</p><p>do agressor;</p><p>III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem</p><p>prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e</p><p>alimentos;</p><p>IV - determinar a separação de corpos.</p><p>V - determinar a matrícula dos dependentes da</p><p>ofendida em instituição de educação básica mais</p><p>próxima do seu domicílio, ou a transferência deles</p><p>para essa instituição, independentemente da</p><p>existência de vaga. (Incluído pela Lei nº 13.882, de</p><p>2019).”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>A competência nessa situação não é absoluta. Vejamos:</p><p>“Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os</p><p>processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado:</p><p>I - do seu domicílio ou de sua residência;</p><p>II - do lugar do fato em que se baseou a demanda;</p><p>III - do domicílio do agressor.”</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>O prazo previsto é de 48 horas. Vejamos:</p><p>“Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da</p><p>ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e</p><p>oito) horas:</p><p>I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre</p><p>as medidas protetivas de urgência;”</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>A prática de contravenção penal, no âmbito de violência</p><p>doméstica, não é motivo idôneo para justificar a</p><p>prisão preventiva do réu. O inciso III do art. 313 do CPP</p><p>prevê que será admitida a decretação da prisão</p><p>preventiva “se o CRIME envolver violência doméstica e</p><p>familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso,</p><p>enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a</p><p>execução das medidas protetivas de urgência”. Assim, a</p><p>redação do inciso III do art. 313 do CPP fala em CRIME</p><p>(não abarcando contravenção penal). Logo, não há</p><p>previsão legal que autorize a prisão preventiva contra o</p><p>autor de uma contravenção penal. Decretar a prisão</p><p>preventiva nesta hipótese representa ofensa ao princípio</p><p>da legalidade estrita. STJ. 6ª Turma. HC 437535-SP, Rel.</p><p>Min. Maria Thereza de Assis Moura, Rel. Acd. Min.</p><p>Rogerio Schietti Cruz, julgado em 26/06/2018 (Info 632).</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>A posterior reconciliação entre a vítima e o agressor não</p><p>é fundamento suficiente para afastar a necessidade de</p><p>fixação do valor mínimo previsto no art. 387, inciso IV, do</p><p>CPP, seja porque não há previsão legal nesse sentido,</p><p>seja porque compete à própria vítima decidir se irá</p><p>promover a execução ou não do título executivo, sendo</p><p>vedado ao Poder Judiciário omitir-se na aplicação da</p><p>legislação processual penal que determina a fixação do</p><p>valor mínimo em favor da ofendida. CPP/Art. 387. O juiz,</p><p>ao proferir sentença condenatória: (...) IV - fixará valor</p><p>mínimo para reparação dos danos causados pela</p><p>infração, considerando os prejuízos sofridos pelo</p><p>ofendido; STJ. 6ª Turma. REsp 1819504-MS, Rel. Min.</p><p>Laurita Vaz, julgado em 10/09/2019 (Info 657).</p><p>48. Acerca dos crimes contra a economia popular,</p><p>disciplinado pela Lei n.º 1.521/51, assinale a alternativa</p><p>incorreta.</p><p>A) O órgão do Ministério Público, o réu e o seu defensor,</p><p>serão intimados do dia designado para o julgamento.</p><p>Será julgado à revelia o réu solto que deixar de</p><p>comparecer sem justa causa.</p><p>B) Em plenário, constituído o conselho de sentença, o</p><p>Juiz tomará aos jurados o juramento de bem e</p><p>sinceramente decidirem a causa, proferindo o voto a bem</p><p>da verdade e da justiça.</p><p>C) Os juízes recorrerão de ofício sempre que absolverem</p><p>os acusados em processo por crime contra a economia</p><p>popular ou contra a saúde pública, ou quando</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>24</p><p>determinarem o arquivamento dos autos do respectivo</p><p>inquérito policial.</p><p>D) A presidência do Júri caberá ao Juiz do processo,</p><p>salvo quando a Lei de organização judiciária atribuir a</p><p>presidência a outro.</p><p>E) O tempo, destinado à acusação e à defesa será de</p><p>uma hora para cada uma. Havendo mais de um réu, o</p><p>tempo será elevado ao dobro, desde que assim seja</p><p>requerido. No caso da réplica e tréplica o tempo será de</p><p>vinte minutos para cada uma das partes.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>De acordo a Lei n.º 1.521/51, que assevera:</p><p>“Art. 24 O órgão do Ministério Público, o réu e o seu</p><p>defensor, serão intimados do dia designado para o</p><p>julgamento. Será julgado à revelia o réu solto que deixar</p><p>de comparecer sem justa causa.”</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>Conforme o disposto na Lei n.º 1.521/51, que aduz:</p><p>“Art. 26 Em plenário, constituído o conselho de sentença,</p><p>o Juiz tomará aos jurados o juramento de bem e</p><p>sinceramente decidirem a causa, proferindo o voto a bem</p><p>da verdade e da justiça.”</p><p>Alternativa</p><p>C – correta.</p><p>De acordo o disciplinado na Lei n.º 1.521/51, que diz:</p><p>“Art. 7º. Os juízes recorrerão de ofício sempre que</p><p>absolverem os acusados em processo por crime contra a</p><p>economia popular ou contra a saúde pública, ou quando</p><p>determinarem o arquivamento dos autos do respectivo</p><p>inquérito policial.”</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>Nos exatos termos da Lei n.º 1.521/51, a saber:</p><p>“Art. 20. A presidência do Júri caberá ao Juiz do</p><p>processo, salvo quando a Lei de organização judiciária</p><p>atribuir a presidência a outro.”</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Na verdade o texto normativo é claro em informar que</p><p>não haverá réplica nem tréplica. Vejamos:</p><p>“Art. 28. O tempo, destinado à acusação e à defesa será</p><p>de uma hora para cada uma. Havendo mais de um réu, o</p><p>tempo será elevado ao dobro, desde que assim seja</p><p>requerido. Não haverá réplica nem tréplica.”</p><p>49. No tocante ao Estatuto do Idoso (Lei n° 10.741/2003),</p><p>bem como a jurisprudência correlata, assinale a</p><p>alternativa incorreta.</p><p>A) Constitui crime punível com reclusão de seis meses a</p><p>um ano e multa obstar o acesso de alguém a qualquer</p><p>cargo público por motivo de idade.</p><p>B) Funcionário que recebe cartão e senha de idoso e</p><p>transfere quantias para sua conta pessoal configura</p><p>crime do código penal e não do Estatuto do Idoso, por</p><p>falta de previsibilidade legal.</p><p>C) Configura crime punível com detenção de dois meses</p><p>a um ano e multa expor a perigo a integridade e a saúde,</p><p>física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a condições</p><p>desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos</p><p>e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou</p><p>sujeitando-o a trabalho excessivo ou inadequado.</p><p>D) É punível com detenção de seis meses a três anos e</p><p>multa abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde,</p><p>entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não</p><p>prover suas necessidades básicas, quando obrigado por</p><p>lei ou mandado.</p><p>E) Constitui crime discriminar pessoa idosa, impedindo</p><p>ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos</p><p>meios de transporte, ao direito de contratar ou por</p><p>qualquer outro meio ou instrumento necessário ao</p><p>exercício da cidadania, por motivo de idade, punível com</p><p>reclusão de seis meses a um ano e multa.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>Nos exatos termos do previsto no Estatuto do Idoso, a</p><p>saber:</p><p>“Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis)</p><p>meses a 1 (um) ano e multa:</p><p>I – obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público</p><p>por motivo de idade;”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Na verdade responde pelo crime previsto no artigo 102</p><p>do Estatuto do Idoso.</p><p>“Se o funcionário do banco recebe o cartão e a senha da</p><p>idosa para auxiliá-la a sacar um dinheiro do caixa</p><p>eletrônico e, ele, aproveitando a oportunidade, transfere</p><p>quantias para a sua conta pessoal, tal conduta</p><p>configura o crime previsto no art. 102 do Estatuto do</p><p>Idoso.”</p><p>STJ. 6ª Turma. REsp 1.358.865-RS, Rel. Min. Sebastião</p><p>Reis Júnior, julgado em 4/9/2014 (Info 547).</p><p>Vejamos:</p><p>“Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos,</p><p>pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-</p><p>lhes aplicação diversa da de sua finalidade:</p><p>Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.”</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>De acordo ao previsto no Estatuto do Idoso, a saber:</p><p>“Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou</p><p>psíquica, do idoso, submetendo-o a condições</p><p>desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos</p><p>e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou</p><p>sujeitando-o a trabalho excessivo ou inadequado:</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>25</p><p>Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa”</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>Conforme o Estatuto do Idoso, que assevera:</p><p>“Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de</p><p>saúde, entidades de longa permanência, ou congêneres,</p><p>ou não prover suas necessidades básicas, quando</p><p>obrigado por lei ou mandado:</p><p>Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e</p><p>multa.”</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Nos exatos termos do previsto no Estatuto do Idoso, a</p><p>saber:</p><p>“Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou</p><p>dificultando seu acesso a operações bancárias, aos</p><p>meios de transporte, ao direito de contratar ou por</p><p>qualquer outro meio ou instrumento necessário ao</p><p>exercício da cidadania, por motivo de idade:</p><p>Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.”</p><p>50. No tocante ao entendimento legal e jurisprudencial</p><p>acerca da Lei n.º 11.340/06 (Lei Maria da Penha),</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>A) A Lei n. 11.340/06 – Lei Maria da Penha – pode incidir</p><p>na agressão perpetrada pelo irmão contra a irmã na</p><p>hipótese de violência praticada no âmbito familiar, desde</p><p>que presente a coabitação entre autor e vítima, in casu,</p><p>entre os irmãos.</p><p>B) O autor de crime de menor potencial ofensivo contra</p><p>vítima mulher, praticado no âmbito da violência</p><p>doméstica, embora não possa usufruir das medidas</p><p>previstas na lei 9.099/95, poderá ser beneficiado por</p><p>acordo de não persecução penal, nos moldes do art.28-</p><p>A do Código de Processo Penal, caso preencha os</p><p>demais requisitos legais.</p><p>C) Nos casos de violência doméstica contra a mulher,</p><p>praticados no âmbito da lei 11.340/06, é possível a</p><p>fixação de valor mínimo indenizatório a título de dano</p><p>moral, desde que haja pedido expresso da acusação ou</p><p>da parte ofendida, ainda que não especificada a quantia,</p><p>e independentemente da instrução probatória.</p><p>D) Em relação ao sistema protetivo da Lei Maria da</p><p>Penha e o entendimento da Jurisprudência do STJ, uma</p><p>vez praticada contravenção penal, no âmbito da violência</p><p>doméstica contra mulher, é possível a decretação da</p><p>prisão preventiva.</p><p>E) As medidas protetivas de urgência, diante da natureza</p><p>cautelar restritiva de liberdade, estão dispostas em rol</p><p>taxativo e devem respeitar o contraditório prévio à</p><p>decretação.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>O STJ apresenta o entendimento de que a agressão de</p><p>irmão contra irmã, no âmbito da violência doméstica,</p><p>quando presente os demais requisitos exigidos pela lei</p><p>11.340/06, está será aplicável. Contudo, conforme a</p><p>súmula 600 do STJ, não se exige a coabitação entre</p><p>autor e vítima para fins de aplicação da lei 11.340/06.</p><p>A Lei Maria da Penha pode incidir na agressão</p><p>perpetrada pelo irmão contra a irmã na hipótese de</p><p>violência praticada no âmbito familiar (AgRg no AREsp</p><p>1437852/MG, DJe 28/02/2020).</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Inicialmente, cumpre recordamos que no âmbito da lei n.</p><p>11.340/06, não haverá aplicação da lei 9.099/95 e seus</p><p>respectivos dispositivos, por força de disposição</p><p>legal, não admitindo, por conseguinte a transação</p><p>penal e a suspensão condicional do processo.</p><p>Com relação ao acordo de não persecução penal,</p><p>previsto no art. 28-A do Código de Processo Penal, a</p><p>legislação prevê no §2º, IV, a inaplicabilidade nos crimes</p><p>praticados no âmbito da violência doméstica contra a</p><p>mulher.</p><p>Lei 11.340/06: Art. 41. Aos crimes praticados com</p><p>violência doméstica e familiar contra a mulher,</p><p>independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei</p><p>nº 9.099, de 26 de setembro de 1995.</p><p>Código de Processo Penal: Art.28-A. § 2º O disposto no</p><p>caput deste artigo não se aplica nas seguintes</p><p>hipóteses: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) I - se</p><p>for cabível transação penal de competência dos Juizados</p><p>Especiais Criminais, nos termos da lei; (Incluído pela Lei</p><p>nº 13.964, de 2019); II - se o investigado for reincidente</p><p>ou se houver elementos probatórios que indiquem</p><p>conduta criminal habitual, reiterada ou profissional,</p><p>exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas;</p><p>(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019); III - ter sido o</p><p>agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao</p><p>cometimento da infração,</p><p>em acordo de não persecução</p><p>penal, transação penal ou suspensão condicional do</p><p>processo; e (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019); IV -</p><p>nos crimes praticados no âmbito de violência</p><p>doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher</p><p>por razões da condição de sexo feminino, em favor</p><p>do agressor. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019).</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>Trata-se de entendimento firmado pelo Superior Tribunal</p><p>de Justiça no informativo 621: Nos casos de violência</p><p>contra a mulher praticados no âmbito doméstico e</p><p>familiar, é possível a fixação de valor mínimo</p><p>indenizatório a título de dano moral, desde que haja</p><p>pedido expresso da acusação ou da parte ofendida,</p><p>ainda que não especificada a quantia, e</p><p>independentemente de instrução probatória. CPP/Art.</p><p>387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: IV - fixará</p><p>valor mínimo para reparação dos danos causados pela</p><p>infração, considerando os prejuízos sofridos pelo</p><p>ofendido. STJ. 3ª Seção. REsp 1.643.051-MS, Rel. Min.</p><p>Rogerio Schietti Cruz, julgado em 28/02/2018 (recurso</p><p>repetitivo) (Info 621).</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Trata-se de questão que trabalha com a jurisprudência,</p><p>cujo teor segue: A prática de contravenção penal, no</p><p>âmbito de violência doméstica, não é motivo idôneo</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>26</p><p>para justificar a prisão preventiva do réu. O inciso III</p><p>do art. 313 do CPP prevê que será admitida a decretação</p><p>da prisão preventiva “se o CRIME envolver violência</p><p>doméstica e familiar contra a mulher, criança,</p><p>adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência,</p><p>para garantir a execução das medidas protetivas de</p><p>urgência”. Assim, a redação do inciso III do art. 313 do</p><p>CPP fala em CRIME (não abarcando contravenção</p><p>penal). Logo, não há previsão legal que autorize a prisão</p><p>preventiva contra o autor de uma contravenção penal.</p><p>Decretar a prisão preventiva nesta hipótese representa</p><p>ofensa ao princípio da legalidade estrita. STJ. 6ª Turma.</p><p>HC 437.535-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura,</p><p>Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em</p><p>26/06/2018 (Info 632).</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Tratando-se das medidas cautelares aflitivas, prevalece</p><p>na doutrina majoritária e jurisprudência a presença do rol</p><p>taxativo. Notadamente, a questão encontra-se errada em</p><p>sua parte final, ao indicar que é imprescindível o</p><p>contraditório prévio, pois com a alteração da lei</p><p>13.964/19, o art.282,3º, do Código de Processo Penal</p><p>indica ser o contraditório a regra, porém, admite</p><p>excepcionalmente a decretação sem o prévio</p><p>contraditório. Código de Processo Penal. Art.282, 3º</p><p>Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de</p><p>ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de</p><p>medida cautelar, determinará a intimação da parte</p><p>contrária, para se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias,</p><p>acompanhada de cópia do requerimento e das peças</p><p>necessárias, permanecendo os autos em juízo, e os</p><p>casos de urgência ou de perigo deverão ser justificados</p><p>e fundamentados em decisão que contenha elementos</p><p>do caso concreto que justifiquem essa medida</p><p>excepcional. No mesmo sentido é a lei 11.340/06, “Art.</p><p>19, § 1º: As medidas protetivas de urgência poderão ser</p><p>concedidas de imediato, independentemente de</p><p>audiência das partes e de manifestação do Ministério</p><p>Público, devendo este ser prontamente comunicado.”.</p><p>Noções de Direito Processual Penal</p><p>51. Assinale V (verdadeiro) e F (falso), sobre as prisões</p><p>preventivas e em flagrante.</p><p>I. ( ) Com o advento da Lei 13.964/2019, não é possível</p><p>que o juiz decrete de oficio a conversão da prisão em</p><p>flagrante em prisão preventiva.</p><p>II.( ) Somente o Ministério Público, em audiência de</p><p>custódia, poderá requerer a conversão da prisão em</p><p>flagrante em prisão preventiva.</p><p>III.( ) A prisão preventiva que foi declarada de oficio pelo</p><p>juiz, pode ser mantida por se tratar de prisão legal.</p><p>IV. ( ) O vicio causado pela prisão preventiva que foi</p><p>convertida de oficio, é vicio insanável e deve ser a prisão</p><p>relaxada de imediato.</p><p>A sequência correta de preenchimento dos parênteses,</p><p>de cima para baixo, é.</p><p>A) V-V-V-F</p><p>B) F-F-V-F</p><p>C) V-F-V-F</p><p>D) V-F-F-F</p><p>E) F-F-V-V</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, vejamos os argumentos das assertivas:</p><p>I - (V) A alternativa é verdadeira. De acordo com a Lei</p><p>13.964/2019 (pacote anticrime), essa conversão não</p><p>poderá ser feita de oficio, pois a legislação suprimiu a</p><p>palavra de “oficio” que constava nos arts. 282, § 2º, e do</p><p>art. 311, ambos do CPP.</p><p>II - (F) A alternativa é falsa. Essa provocação pode ser</p><p>feita por parte envolvida no processo ou pela autoridade</p><p>policial, do querelante, do assistente, ou do Ministério</p><p>Público, mesmo nas situações em que não ocorre</p><p>audiência de custódia.</p><p>III - (F) A alternativa é falsa. A prisão quando feita de</p><p>oficio pelo juiz, deve ser imediatamente relaxa, pois se</p><p>torna ilegal.</p><p>IV - (F) A alternativa é falsa. O STJ e sua 5° turma decidiu</p><p>que: “O posterior requerimento da autoridade policial pela</p><p>segregação cautelar ou manifestação do Ministério</p><p>Público favorável à prisão preventiva suprem o vício da</p><p>inobservância da formalidade de prévio requerimento”.</p><p>Desta feita, a Alternativa D é a correta.</p><p>52. Sobre provas, assinale a alternativa correta.</p><p>A) Realizada a busca e apreensão, apesar de o relatório</p><p>sobre o resultado da diligência ficar adstrito aos</p><p>elementos relacionados com os fatos sob apuração, deve</p><p>ser assegurado à defesa acesso à íntegra dos dados</p><p>obtidos no cumprimento do mandado judicial.</p><p>B) O ingresso em moradia alheia é permitido,</p><p>independentemente de justa causa, quando se der por</p><p>operação militar.</p><p>C) Para busca e apreensão de documentos específicos,</p><p>é necessário que no mandado esteja especificando as</p><p>provas a serem apreendidas.</p><p>D) Os mandados de busca e apreensão que se dê de</p><p>forma coletiva para entrada em domicílios, como por</p><p>exemplo em complexos de favelas, são constitucionais e</p><p>respondem ao princípio da eficiência processual.</p><p>E) Para que seja respeitada a intimidade e o sigilo das</p><p>investigações se faz necessário o detalhamento dos</p><p>documentos que deverão ser apreendidos.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>Esse é o entendimento do STJ em seu informativo de n°</p><p>692.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>27</p><p>“Realizada a busca e apreensão, apesar de o relatório</p><p>sobre o resultado da diligência ficar adstrito aos</p><p>elementos relacionados com os fatos sob apuração, deve</p><p>ser assegurado à defesa acesso à integra dos dados</p><p>obtidos no cumprimento do mandado judicial.</p><p>STJ. 6ª Turma. RHC 114683/RJ, Rel. Rogério Schietti</p><p>Cruz, julgado em 13/04/2021 (Info 692).”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>A justa causa é exigida sempre pra motivar o ingresso em</p><p>moradia, mesmo que em operação policial, os mandados</p><p>devem ter justa causa.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Segundo informativo do STJ n° 694: “Não existe</p><p>exigência legal de que o mandado de busca e apreensão</p><p>detalhe o tipo de documento a ser apreendido, ainda que</p><p>de natureza sigilosa”.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>A 6° turma do STJ considerou ilegal um mandado de</p><p>busca e apreensão coletivo para a entrada em domicílios</p><p>nas favelas.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>O art. 243 do CPP disciplina os requisitos do mandado</p><p>de busca e apreensão, dentre os quais não se encontra</p><p>o detalhamento do que pode ou não ser arrecadado.</p><p>53. Acerca da aplicação e interpretação da Lei</p><p>Processual Penal, analise as alternativas abaixo e</p><p>assinale a correta.</p><p>A) Ficará sujeito a lei processual brasileira o brasileiro</p><p>que cometer o delito de genocídio em país</p><p>brasileiros natos</p><p>pelo critério “ius sanguinis” os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira,</p><p>desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>1</p><p>PROVA DISCURSIVA – PROJETO CAVEIRA</p><p>TEMA 02 – PCCE – DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>Para a doutrina, o ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da</p><p>Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha, por fim imediato, adquirir,</p><p>resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos</p><p>administrados ou a si própria. Com base nos seus conhecimentos acerca de atos</p><p>administrativos, redija um texto dissertativo, com no mínimo 10 e no máximo 15 linhas, para</p><p>responder aos questionamentos abaixo:</p><p>a. Indique e descreva ao menos dois requisitos (ou elementos) do ato administrativo;</p><p>b. Diferencie motivo e motivação na presente temática;</p><p>c. Aponte e descreva, ao menos, dois atributos do ato administrativo.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>2</p><p>TEMA 02 – PCCE – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE</p><p>a. Indique e descreva ao menos dois requisitos (ou elementos) do ato administrativo;</p><p>Olá, Caveira! Bem-vindo(a) ao seu segundo simulado para a PC-CE.</p><p>Requisitos ou elementos do ato administrativo figuram como elementos de sua</p><p>formação. Quando não há a convergência desses requisitos, a estrutura do ato é defeituosa,</p><p>imperfeita.</p><p>Para que o ato administrativo se aperfeiçoe, reunindo condições de eficácia para a</p><p>produção de efeitos jurídicos válidos, a sua estrutura deverá ser composta por certos</p><p>requisitos: competência; finalidade; forma; motivo; e objeto.1</p><p>A doutrina majoritária possui esse entendimento, utilizado nas provas de concurso, com</p><p>base no art. 2º da Lei de Ação Popular. A referida lei afirma que atos lesivos ao patrimônio são</p><p>nulos quando eivados de incompetência, de vício de forma, de ilegalidade do objeto, da</p><p>ausência de motivos e de desvio de finalidade.2 Ou seja, quer dizer que estará contaminado</p><p>por vício de legalidade o ato praticado sem a observância de qualquer desses pressupostos,</p><p>sujeitando-o, em regra, à anulação.</p><p>Para compreensão dos requisitos, sugerimos a leitura do presente artigo:</p><p>https://revistas.direitosbc.br/index.php/fdsbc/article/view/693/529.</p><p>E, abaixo, um esquema para melhor visualização do tema:</p><p>Fonte: De olho na vaga [link].</p><p>1 São os ensinamentos de Carvalho Filho (2014, pp. 106-121).</p><p>2 Vide mais sobre o assunto aqui: [link].</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>3</p><p>b. Diferencie motivo e motivação na presente temática;</p><p>Em resumo, o motivo é um elemento do ato administrativo, é a situação que autoriza ou</p><p>determina a produção do ato. Por outro lado, a motivação é a expressa declinação do motivo,</p><p>ou seja, a declaração das razões que levaram à edição do ato.</p><p>Como percebido na tabela e resposta do primeiro quesito, o motivo, por ser um elemento</p><p>do ato, o compõe, sob pena de nulidade, seja o ato vinculado ou discricionário. A ausência de</p><p>motivo ou a presença de um motivo ilegítimo é causa de invalidação de todo o ato</p><p>administrativo.</p><p>Por sua vez, a motivação (declaração expressa dos motivos) dos atos administrativos</p><p>nem sempre é exigida. Quando a motivação for obrigatória pela lei, a sua ausência será causa</p><p>de invalidade do ato por vício de forma, e não de motivo. Em síntese, o MOTIVO é a causa</p><p>imediata do ato, aquilo que levou à sua prática. A MOTIVAÇÃO, por outro lado, é a</p><p>demonstração escrita do motivo e está relacionada ao requisito forma.</p><p>Assim, imagine, por exemplo, a penalidade de demissão de servidor público.</p><p>Qual seria o motivo da demissão? O motivo seria a infração por ele praticada.</p><p>Qual seria a motivação da demissão? A motivação seria a descrição da conduta</p><p>praticada pelo servidor que o levou à demissão.3</p><p>c. Aponte e descreva, ao menos, um atributo do ato administrativo.</p><p>Os atributos do ato administrativo são qualidades das normas jurídicas editadas pela</p><p>Administração, desdobramentos da posição de supremacia. Assim, cabe relembrar que o ato</p><p>administrativo nada mais é do que um ato jurídico que concretiza o exercício da função</p><p>administrativa do Estado e, para alcançar a sua finalidade, precisa estar eivado de suas</p><p>prerrogativas. Em outras palavras, são estes atributos que distinguem os atos administrativos</p><p>dos atos privados:</p><p>a) presunção de legitimidade;</p><p>b) imperatividade;</p><p>c)(auto)executoriedade;</p><p>d) tipicidade.</p><p>Cumpre salientar que, na doutrina, existem outros atributos que podem ser apontados</p><p>(como exigibilidade), porém, ainda são controversos dentre alguns doutrinadores. Assim, por</p><p>segurança na resposta, é indicado que sejam mencionados os atributos já pacificados no</p><p>entendimento doutrinário.</p><p>No caso, sugerimos que a descrição completa dos atributos seja estudada nesse link:</p><p>https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/19/edicao-1/atributos-do-ato-administrativo.</p><p>Por outro lado, deixaremos, abaixo, um esquematizado com o resumo da descrição dos</p><p>atributos, bem didático:</p><p>3 Leia mais sobre o assunto aqui: [link].</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>4</p><p>Link para acessar o vídeo: [aqui].</p><p>EXEMPLO DE REDAÇÃO</p><p>Em primeiro lugar, é imperioso dizer que os atos administrativos possuem elementos. A</p><p>competência e a finalidade são exemplos destes elementos. A competência é o poder,</p><p>decorrente da lei, investido para que haja correto desempenho de atribuições. A finalidade, por</p><p>sua vez, diz respeito ao interesse público – ou seja, o que a Administração pretende alcançar</p><p>com o seu ato.</p><p>Dentro da temática, outro ponto importante é diferenciar motivo e motivação do ato</p><p>administrativo. Enquanto o motivo é um dos atributos do ato administrativo (pressupostos de</p><p>fato e de Direito do ato), a motivação é a declaração expressa dos motivos que levaram à</p><p>realização do ato. Por exemplo, o motivo de aplicar multa em determinado local é</p><p>estacionamento proibido (motivo). Porém, ao aplicar uma multa de trânsito, o agente descreve</p><p>no seu boletim que está aplicando a multa porque o carro está parado em estacionamento</p><p>proibido (motivação).</p><p>Por fim, o ato administrativo possui atributos - desdobramentos da posição de</p><p>supremacia. Um desses atributos é a presunção de legitimidade, o qual, pelo viés doutrinário, é</p><p>a presunção, até prova em contrário, da regularidade do exercício da função estatal.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>1</p><p>PROVA DISCURSIVA – PROJETO CAVEIRA</p><p>TEMA 03 – PCCE – DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL</p><p>O Inquérito Policial é um procedimento administrativo preliminar, inquisitivo, presidido pela</p><p>autoridade policial. Sobre a temática, redija um texto dissertativo, com no mínimo 10 e no</p><p>máximo 15 linhas, para responder aos seguintes questionamentos:</p><p>a. Determine o objetivo e a finalidade do Inquérito Policial;</p><p>b. Forneça, ao menos, duas características do Inquérito Policial e as descreva;</p><p>c. Indique as fases de persecução penal e explique em qual delas se encaixa o Inquérito</p><p>Policial.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>2</p><p>TEMA 03 – PCCE – DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL</p><p>a. Determine o objetivo e a finalidade do Inquérito Policial;</p><p>Olá, Caveira! Sim, apesar de parecem similares, os conceitos tratados na questão são</p><p>distintos! Em primeiro lugar, quando se trata de conceitos simples do português, é possível que</p><p>objetivo e finalidade sejam tratados como similares.</p><p>Contudo, para pontos do Direito,</p><p>estrangeiro</p><p>desde que não seja absolvido no estrangeiro.</p><p>B) Aplicar-se-á a lei processual penal após 45 dias da sua</p><p>publicação, permanecendo válidos os atos realizados</p><p>durante a vigência de lei anterior, assim como será</p><p>admitida a sua interpretação extensiva, aplicação</p><p>analógica e o suplemento dos princípios gerais de direito.</p><p>C) A lei processual brasileira será aplicada ao crime</p><p>cometido no território nacional, sempre respeitando a</p><p>impossibilidade de aplicação analógica e a interpretação</p><p>extensiva.</p><p>D) Aplicar-se-á a lei processual penal desde logo,</p><p>permanecendo válidos os atos realizados sob a égide de</p><p>lei anterior vigente, bem como será admitida a sua</p><p>interpretação extensiva, aplicação analógica e o</p><p>suplemento dos princípios gerais de direito.</p><p>E) A lei processual brasileira será aplicada, com prejuízo</p><p>de convenções, tratados e regras de direito internacional,</p><p>ao crime cometido no território nacional e internacional.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Primeiramente, atente-se ao fato da questão trazer</p><p>informações presentes no Código Penal a fim de</p><p>confundi-lo.</p><p>De qualquer forma, a alínea d, do inciso I, do art. 7º, do</p><p>CP, esclarece que a Lei brasileira será aplicada a alguns</p><p>casos, mesmo quando o crime for cometido no</p><p>estrangeiro, entre eles os crimes de genocídio, se o</p><p>agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.</p><p>Ademais, o §1º, do art. 7º, do CP, afirma que o agente</p><p>será punido segundo a Lei brasileira, mesmo que</p><p>absolvido ou condenado no estrangeiro.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Conforme a previsão no art. 2º, do CPP, a lei processual</p><p>penal será aplicada desde logo, sem a ocorrência de</p><p>prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência</p><p>da lei anterior, bem como, consoante a previsão no art.</p><p>3º, do CPP, será admitida a interpretação extensiva, o</p><p>suplemento dos princípios gerais de direito e a aplicação</p><p>analógica.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Mais uma vez houve a mescla de informações dispostas</p><p>no CP e CPP.</p><p>A primeira parte da alternativa está presente no art. 5º,</p><p>do CP, observe: Art. 5º. Aplica-se a lei brasileira, sem</p><p>prejuízo de convenções, tratados e regras de direito</p><p>internacional, ao crime cometido no território nacional.</p><p>Já na segunda parte da alternativa, onde encontramos o</p><p>erro, está presente no art. 3º, do CPP, observe: Art. 3º. A</p><p>lei processual penal admitirá interpretação extensiva e</p><p>aplicação analógica, bem como o suplemento dos</p><p>princípios gerais de direito.</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>A alternativa traz a junção das previsões do art. 2º e art.</p><p>3º do CPP. Vejamos:</p><p>“Art. 2° A lei processual penal aplicar-se-á desde logo,</p><p>sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a</p><p>vigência da lei anterior.</p><p>Art. 3° A lei processual penal admitirá interpretação</p><p>extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento</p><p>dos princípios gerais de direito.”</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>O art. 5º do CP, mostra que a lei brasileira será aplicada</p><p>às infrações cometidas no território nacional, sem</p><p>prejuízo de convenções, tratados e regras de direito</p><p>internacional. Note que a alternativa trouxe informações</p><p>do Código Penal e não do Código de Processo Penal, e</p><p>mesmo assim, de forma errônea.</p><p>54. Dentre as disposições do Código de Processo Penal</p><p>acerca da substituição da prisão preventiva pela prisão</p><p>domiciliar de gestante, assinale a alternativa correta.</p><p>A) Poderá ocorrer somente para mulheres cuja gestação</p><p>esteja acima de 12 semanas, bem como não tenha</p><p>cometido o crime com violência ou grave ameaça.</p><p>B) A substituição da prisão preventiva pela prisão</p><p>domiciliar em relação a gestante ocorrerá desde que esta</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>28</p><p>não tenha cometido o delito com violência ou grave</p><p>ameaça a pessoa.</p><p>C) A substituição da prisão preventiva pela prisão</p><p>domiciliar no tocante à gestante ocorrerá desde que esta</p><p>não tenha cometido o delito com violência ou ameaça</p><p>leve a pessoa.</p><p>D) A substituição da prisão preventiva pela prisão</p><p>domiciliar em relação a gestante ocorrerá desde que esta</p><p>não tenha cometido o delito somente com violência a</p><p>pessoa.</p><p>E) Poderá ocorrer somente para mulheres cuja gestação</p><p>esteja acima de 24 semanas, bem como não tenha</p><p>cometido o crime com violência ou grave ameaça.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>O art. 318, do CPP, dispõe que o juiz poderá substituir a</p><p>prisão preventiva pela domiciliar nos casos em que o</p><p>agente for gestante, conforme o inciso IV do mesmo</p><p>artigo.</p><p>No mesmo interim, o art. 318-A, do CPP, afirma que a</p><p>prisão preventiva imposta à mulher gestante será</p><p>substituída por prisão domiciliar, desde que preenchidos</p><p>os requisitos existentes em seus incisos.</p><p>Logo, não há imposição de tempo de gestação em</p><p>nenhum dos artigos que mencionam a mulher gestante.</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>A presente alternativa traz a letra da lei. Observe:</p><p>“Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher</p><p>gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou</p><p>pessoas com deficiência será substituída por prisão</p><p>domiciliar, desde que:</p><p>I. não tenha cometido crime com violência ou grave</p><p>ameaça a pessoa;”</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>O erro da alternativa está na menção da ameaça leve à</p><p>pessoa.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>O erro da alternativa está ao mencionar que a</p><p>substituição ocorre somente com a violência, excluindo</p><p>a previsão da grave ameaça à pessoa.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Mais uma vez, não há menção nos arts. 318 ou 318-A,</p><p>ambos do CPP, sobre o período mínimo de gestação</p><p>para ocorrer a substituição.</p><p>55. O Policial Juninho, no cumprimento de um mandado</p><p>de busca e apreensão de documentos, ocorrido na parte</p><p>da tarde, e sendo certo que o mandado foi regularmente</p><p>expedido pela Justiça, encontra, no imóvel local da</p><p>diligência, pequena quantidade de cocaína e maconha,</p><p>pertencentes ao investigado. Com base no caso, e diante</p><p>das normas legais e decisões superiores, pode-se</p><p>afirmar que:</p><p>A) Juninho apenas poderá apreender os entorpecentes</p><p>se houver menção expressa no mandado de busca e</p><p>apreensão.</p><p>B) Juninho não pode impor prisão ao investigado.</p><p>C) A apreensão dos entorpecentes poderá constituir</p><p>prova lícita nos autos do processo penal.</p><p>D) Juninho deveria, antes de ingressar no imóvel,</p><p>aguardar a presença de autoridade policial.</p><p>E) Se o investigado se recusar a abrir a porta do imóvel,</p><p>Juninho deverá solicitar autorização judicial para adentrar</p><p>no local.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Estamos diante de um flagrante delito, tendo em vista a</p><p>permanência do crime de porte de drogas. Assim, a</p><p>apreensão destes produtos ocorrerá</p><p>independentemente de menção no mandado de busca</p><p>expedido pelo juiz.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Trata-se de flagrante compulsório (ou obrigatório), na</p><p>forma do art. 302, I, CPP.</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>Insta apresentar a junção dos comentários das duas</p><p>alternativas anteriores, que embasam perfeitamente a</p><p>alternativa em comento como correta.</p><p>Trata-se de flagrante compulsório (ou obrigatório), na</p><p>forma do art. 302, I, CPP. Logo, Estamos diante de um</p><p>flagrante delito, tendo em vista a permanência do crime</p><p>de porte de drogas. Assim, a apreensão destes produtos</p><p>ocorrerá independentemente de menção no mandado de</p><p>busca expedido pelo juiz. Vejamos:</p><p>“Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:</p><p>I - está cometendo a infração penal;</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Não há essa limitação na lei. Vejamos o disposto no</p><p>Código de Processo Penal, a saber:</p><p>“Art. 245. As buscas domiciliares serão executadas de</p><p>dia, salvo se o morador consentir que se realizem à noite,</p><p>e, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão</p><p>e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente,</p><p>intimando-o, em seguida, a abrir a porta.”</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>29</p><p>Não se vislumbra a necessidade de autorização judicial</p><p>para adentrar no local, no caso em comento, senão</p><p>vejamos:</p><p>“Art. 245. (...)</p><p>§ 2° Em caso de desobediência, será arrombada a porta</p><p>e forçada a entrada.</p><p>§ 3° Recalcitrando o morador, será permitido o emprego</p><p>de força contra coisas existentes no interior da casa, para</p><p>o descobrimento do que se procura.”</p><p>56. Após furtar uma farmácia, João foi preso em flagrante</p><p>e encaminhado à Delegacia local. Todavia, antes de</p><p>proceder à lavratura do auto de prisão em flagrante, o</p><p>Delegado notou que o Escrivão não estava presente, pois</p><p>sentiu-se mal e foi conduzido a um hospital. Com base</p><p>no caso, e de acordo com as normas processuais penais,</p><p>analise a alternativa correta.</p><p>A) O Delegado poderá designar outra pessoa para</p><p>realizar a lavratura do auto de prisão em flagrante, desde</p><p>que este terceiro seja cidadão brasileiro e preste</p><p>compromisso legal anteriormente.</p><p>B) Se João foi perseguido após o cometimento do furto,</p><p>sendo capturado após a perseguição, estará configurado</p><p>um flagrante impróprio.</p><p>C) O auto de prisão em flagrante (APF) de João deverá</p><p>ser, imediatamente, encaminhado ao juiz.</p><p>D) A comunicação da prisão à família de João deve</p><p>ocorrer em até 24 horas.</p><p>E) No flagrante facultativo, a autoridade policial pode ou</p><p>não realizar a prisão do acusado.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>É correto afirmar que, diante da ausência do Escrivão, o</p><p>Delegado poderá valer-se de um terceiro para lavrar o</p><p>auto de prisão em flagrante, na forma do art. 305, CPP.</p><p>Todavia, cuidado, pois o artigo afirma que pode ser</p><p>designada qualquer pessoa, e não apenas um cidadão</p><p>brasileiro. Ademais, a única condição imposta pela lei, é</p><p>que o terceiro preste compromisso legal.</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>Para a configuração do flagrante impróprio (art. 302, III,</p><p>CPP): há perseguição quando, avistando-se o agente</p><p>criminoso, se vai ao seu encalço, ou ainda devido a</p><p>informações seguras de que ele se deslocou em</p><p>determinada direção. Ademais, o flagrante impróprio</p><p>também é chamado de flagrante imperfeito, irreal ou</p><p>quase flagrante.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Na verdade, o envio do auto de prisão em flagrante (APF)</p><p>ao juiz competente (e à Defensoria Pública, se o preso</p><p>não informar o nome de um advogado) deve ser feito em</p><p>até 24 horas.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>O erro da alternativa está em afirmar que a comunicação</p><p>é feita em 24 horas, quando na verdade o art. 306, CPP</p><p>determina que a comunicação deve ser feita</p><p>imediatamente.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Na verdade, o flagrante facultativo denota que qualquer</p><p>do povo tem a faculdade de realizar a prisão em flagrante.</p><p>Vejamos:</p><p>“Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades</p><p>policiais e seus agentes deverão prender quem quer que</p><p>seja encontrado em flagrante delito.”</p><p>57. Quanto às jurisprudências superiores afetas ao</p><p>Processo Penal, bem como diante dos princípios</p><p>processuais, assinale a alternativa correta.</p><p>A) Na aplicação de sanção administrativa a preso, a</p><p>realização de audiência de justificação na presença de</p><p>defensor, mantem a imprescindibilidade de abertura do</p><p>processo administrativo disciplinar.</p><p>B) O princípio do duplo grau de jurisdição, explícito em</p><p>nossa Constituição Federal, é aplicado também aos</p><p>feitos de competência originária.</p><p>C) Para as normas de caráter exclusivamente</p><p>processual, haverá aplicação imediata de eventual</p><p>novidade legislativa.</p><p>D) O princípio da publicidade não comporta exceções</p><p>infraconstitucionais.</p><p>E) O princípio processual penal afeto à motivação das</p><p>decisões se aplica ao procedimento do Tribunal de Júri.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Na verdade a audiência de justificação, com a presença</p><p>do defensor, tornará prescindível (dispensável) a</p><p>abertura de PAD. A oitiva do condenado pelo Juízo da</p><p>Execução Penal, em audiência de justificação realizada</p><p>na presença do defensor e do Ministério Público, afasta</p><p>a necessidade de prévio Procedimento Administrativo</p><p>Disciplinar, assim como supre eventual ausência ou</p><p>insuficiência de defesa técnica no PAD instaurado para</p><p>apurar a prática de falta grave durante o cumprimento da</p><p>pena (STF, Plenário. RE 972.598, Info 985).</p><p>Assim, podemos afirmar que o Enunciado 533 da Súmula</p><p>do STJ foi relativizado: para o reconhecimento da</p><p>prática de falta disciplinar no âmbito da execução penal,</p><p>é imprescindível a instauração de procedimento</p><p>administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional,</p><p>assegurado o direito de defesa, a ser realizado por</p><p>advogado constituído ou defensor público nomeado.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>O princípio do duplo grau de jurisdição é implícito!</p><p>Ademais, o STF já afirmou que ele não se aplica aos</p><p>casos de competência originária.</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>30</p><p>Trata-se do Princípio do tempus regit actum. O art. 2º, do</p><p>CPP, afirma que a norma processual possui aplicação</p><p>imediata. Os atos processuais devem ser exercidos na</p><p>forma que a lei determinar ao tempo de sua prática. Não</p><p>importa se a infração penal foi praticada anteriormente à</p><p>entrada em vigor da lei processual.</p><p>Mas atenção, há leis que tratam de direito material e</p><p>processual ao mesmo tempo, isto é, apresentam normas</p><p>penais e processuais penais. Nestes casos, a lei mista só</p><p>é retroativa se a parte penal for mais benéfica.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>O princípio da publicidade nasce do nosso sistema</p><p>acusatório, e o seu fundamento (bem como a</p><p>possibilidade de exceção) está no art. 5º, inciso LX,</p><p>CF/88: "a lei só poderá restringir a publicidade dos atos</p><p>processuais quando a defesa da intimidade ou o</p><p>interesse social o exigirem".</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>As decisões do Júri não precisam ser motivadas, pois</p><p>impera a íntima convicção e não o “convencimento</p><p>motivado” afeto aos juízes em geral.</p><p>58. Marcela, Delegada de polícia, instaurou inquérito</p><p>policial para apurar a prática de crime de tráfico de</p><p>drogas. Sucede que, mesmo após diversas</p><p>investigações, não foi identificado o autor de tal conduta</p><p>delituosa. Sendo assim, a autoridade policial concluiu</p><p>pela ausência de justa causa.</p><p>Considerando-se a lei e a jurisprudência correlata, bem</p><p>como a as inovações legislativas, mesmo que suspensas</p><p>por força de medida cautelar concedida pelo Ministro Luiz</p><p>Fux, é correto afirmar que:</p><p>A) De acordo com a nova dinâmica trazida pelo pacote</p><p>anticrime, se o órgão do Ministério Público requerer o</p><p>arquivamento do inquérito policial, o juiz, no caso de</p><p>considerar improcedentes as razões invocadas, fará</p><p>remessa do inquérito ao Procurador Geral.</p><p>B) Caso fossem constatadas irregularidades ocorridas no</p><p>inquérito policial, por consequência, a ação penal</p><p>também estaria contaminada.</p><p>C) Com base em notícia anônima de comércio de drogas</p><p>ilícitas numa determinada casa, a Delegada poderá</p><p>representar pela expedição de mandado de busca e</p><p>apreensão.</p><p>D) A Delegada não poderia deflagrar tal investigação</p><p>criminal caso fosse baseada em matéria jornalística.</p><p>E) De acordo com a novidade trazida pelo pacote</p><p>anticrime, o órgão do Ministério Público, ao receber o</p><p>procedimento, poderá efetuar o arquivamento seguido do</p><p>encaminhamento dos autos para a instância de revisão</p><p>ministerial para fins de homologação.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Tendo em vista a atualização legislativa, notadamente no</p><p>que tange ao arquivamento do inquérito policial, o órgão</p><p>do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado</p><p>e à autoridade policial e encaminhará os autos para a</p><p>instância de revisão ministerial para fins de</p><p>homologação, de acordo com a nova redação do art. 28</p><p>do CPP.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Em regra, eventuais irregularidades ocorridas no</p><p>inquérito policial não contaminam a ação penal, quando</p><p>existem elementos autônomos que sustentam a decisão</p><p>impugnada.</p><p>De acordo com o STJ, o inquérito policial constitui</p><p>procedimento administrativo, de caráter informativo, cuja</p><p>finalidade consiste em subsidiar eventual denúncia a ser</p><p>apresentada pelo Ministério Público, razão pela qual</p><p>irregularidades ocorridas não implicam, de regra,</p><p>nulidade de processo-crime.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Segundo entendimento jurisprudencial, denúncias</p><p>anônimas não são aptas a embasar, por si só, medida</p><p>invasiva. Se há notícia anônima de comércio de drogas</p><p>ilícitas, a polícia deve, antes de representar pela busca e</p><p>apreensão, proceder às diligências veladas, no intuito de</p><p>reunir e documentar outras evidências que confirmem,</p><p>indiciariamente, a notícia.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>O CPP prevê expressamente a possibilidade de</p><p>instauração de ofício do inquérito policial nos crimes de</p><p>ação pública (art. 5º, I, CPP). Assim, se a autoridade</p><p>policial tomar conhecimento de um fato delituoso, ela tem</p><p>o dever de instaurar o inquérito policial, mesmo sem</p><p>provocação formal de alguém. Esse também é o</p><p>entendimento do STJ divulgado no informativo n° 652.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Trata-se da nova redação do art. 28 do CPP. De acordo</p><p>com o novo regramento, deixará de haver qualquer</p><p>controle judicial sobre a promoção de arquivamento</p><p>apresentada pelo órgão ministerial. Doravante, o controle</p><p>sobre tal decisão ficará restrito ao Ministério Público.</p><p>Porém, é importante ressaltar que a eficácia desse</p><p>dispositivo, na redação dada pela Lei n. 13.964/19, foi</p><p>suspensa em virtude de medida cautelar concedida pelo</p><p>Min. Luiz Fux. Desta forma, determinou-se que a redação</p><p>revogada do art. 28 do CPP permaneça em vigor.</p><p>59. Segundo a Lei 7.960/89, que trata da prisão</p><p>temporária, considerando ainda a jurisprudência</p><p>superior, é correto afirmar:</p><p>A) O crime de associação criminosa não pode resultar em</p><p>decretação de prisão temporária.</p><p>B) O prazo da prisão temporária será de 5 (cinco) dias</p><p>prorrogáveis por igual período. Essa regra se aplica a</p><p>todos os crimes trazidos pela lei.</p><p>C) É possível decretar a prisão temporária com base na</p><p>suposição de que o suspeito comprometerá a</p><p>investigação.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>31</p><p>D) O mandado de prisão temporária não trará o dia no</p><p>qual o preso deve ser libertado.</p><p>E) Para a decretação da prisão temporária é</p><p>imprescindível, dentre outros requisitos, a caracterização</p><p>da contemporaneidade.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>A alínea “L” do art. 1º, inciso III, Lei 7.960/89 afirma que</p><p>o crime de quadrilha ou bando pode, sim, ensejar a prisão</p><p>temporária. Não se esqueça que a nomenclatura deste</p><p>crime mudou: agora ele é conhecido como crime de</p><p>Associação Criminosa, previsto no art. 288, CP.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Se o crime for hediondo ou equiparado, o prazo da prisão</p><p>temporária será de 30 dias, prorrogáveis por mais 30</p><p>dias, na forma do art, 2º, p. 4º, Lei 8.072/90.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Veja o que diz o STJ: a prisão temporária, por sua própria</p><p>natureza instrumental, é permeada pelos princípios do</p><p>estado de não culpabilidade e da proporcionalidade, de</p><p>modo que sua decretação só pode ser considerada</p><p>legítima caso constitua medida comprovadamente</p><p>adequada e necessária ao acautelamento da fase pré-</p><p>processual, não servindo para tanto a mera suposição de</p><p>que o suspeito virá a comprometer a atividade</p><p>investigativa.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>A lei diz o oposto. Art. 1º, §4º-A: O mandado de prisão</p><p>conterá necessariamente o período de duração da prisão</p><p>temporária estabelecido no caput deste artigo, bem como</p><p>o dia em que o preso deverá ser libertado.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Vejamos os critérios estabelecidos pelo STF, para a</p><p>decretação de uma prisão temporária:</p><p>1) Imprescindibilidade da medida para as investigações</p><p>do inquérito policial;</p><p>2) Fundadas razões de autoria ou participação do</p><p>indiciado;</p><p>3) A prisão está justificada em fatos novos ou</p><p>contemporâneos;</p><p>4) Adequação à gravidade concreta do crime cometido.</p><p>60. Quanto às normas legais e os entendimentos</p><p>jurisprudenciais sobre o inquérito policial, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) Não é possível a deflagração de investigação criminal</p><p>com base em matéria jornalística.</p><p>B) A sentença de pronúncia deve, em regra, se basear</p><p>exclusivamente no inquérito policial.</p><p>C) Pelo princípio da oficialidade o delegado de polícia</p><p>deverá instaurar inquérito policial de ofício, nos crimes de</p><p>ação pública incondicionada.</p><p>D) O eventual trancamento de inquérito policial por</p><p>excesso de prazo não impede, automaticamente, o</p><p>oferecimento da denúncia.</p><p>E) Com a nova sistemática trazida pela Lei Anticrime, é</p><p>possível o manejo de recurso contra sentença</p><p>homologatória do arquivamento do IP.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Segundo decidiu o STJ no julgamento do RHC</p><p>98.056/CE (j. 04/06/2019), a publicação na imprensa</p><p>pode caracterizar a notitia criminis espontânea e,</p><p>portanto, é uma fonte legítima para a instauração de</p><p>investigação policial.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Como noticiado no Informativo 686 do STJ, é ilegal a</p><p>sentença de pronúncia fundamentada exclusivamente</p><p>em elementos colhidos no inquérito policial.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Na verdade é com base na característica da oficiosidade.</p><p>A característica/princípio da oficiosidade assevera que a</p><p>autoridade policial deverá atuar de ofício. Já a</p><p>característica da oficialidade é pautado no fato de o</p><p>inquérito policial ser um procedimento administrativo</p><p>oficial.</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>O eventual trancamento de inquérito policial por excesso</p><p>de prazo não impede, sempre e de forma automática, o</p><p>oferecimento da denúncia.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Saiba que inexiste previsão de recurso! De acordo com a</p><p>nova dinâmica sobre o arquivamento, se a vítima, ou seu</p><p>representante legal, não concordar com o arquivamento</p><p>do inquérito policial promovido pelo MP, poderá, no prazo</p><p>de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação,</p><p>submeter a matéria à revisão da instância competente do</p><p>órgão ministerial.</p><p>61. Quanto às disposições sobre a prisão preventiva,</p><p>assinale a opção correta.</p><p>A) A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão</p><p>preventiva será sempre motivada e fundamentada,</p><p>bastando a indicação do ato normativo.</p><p>B) A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão</p><p>preventiva será sempre motivada e fundamentada, não</p><p>se considerando fundamentada a decisão que se limite à</p><p>indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo.</p><p>C) A decisão pela decretação da prisão preventiva é</p><p>sempre do órgão do Judiciário, de maneira motivada e</p><p>fundamentada, exceto quando se tratar de crime</p><p>hediondo ou equiparado.</p><p>D) A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser</p><p>fundamentada na existência abstrata de fatos novos ou</p><p>contemporâneos.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>32</p><p>E) A decisão que denegar a prisão solicitada pelo</p><p>Ministério Público, por ser mais favorável ao réu, não</p><p>precisa de motivação.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Na forma do art. 315, §2º, I, CPP, a decisão não pode</p><p>trazer uma mera indicação, reprodução ou paráfrase de</p><p>ato normativo.</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>Na forma do art. 315, § 2º, I, do CPP: “A decisão que</p><p>decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será</p><p>sempre motivada e fundamentada. Não se considera</p><p>fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela</p><p>interlocutória, sentença ou acórdão, que: limitar-se à</p><p>indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo,</p><p>sem explicar sua relação com a causa ou a questão</p><p>decidida”.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Segundo o art. 315, CPP, mesmo quando de crimes</p><p>considerados “graves”, como o hediondo ou o</p><p>equiparado, a decisão judicial precisará de</p><p>fundamentação.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Na verdade, de acordo como o art. 312, §2º, CPP é</p><p>necessária a existência concreta de fatos novos ou</p><p>contemporâneos, para justificar a aplicação da medida</p><p>adotada.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>De acordo com o art. 315, CPP: “A decisão que decretar,</p><p>substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre</p><p>motivada e fundamentada.”</p><p>62. Em relação às provas no Processo Penal, marque a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) Quanto à prova pericial e o exame de corpo de delito,</p><p>entende-se por crimes não transeuntes aqueles que</p><p>deixam vestígios quando forem praticados.</p><p>B) O exame de corpo de delito é chamado de indireto</p><p>quando é realizado por uma terceira pessoa, não</p><p>pertencente à relação processual.</p><p>C) O Código de Processo Penal passou a prever algumas</p><p>possibilidades de priorização quanto à realização do</p><p>exame de corpo de delito, estando entre elas a hipótese</p><p>de crime que envolva pessoas maiores de setenta anos.</p><p>D) Se um crime de furto envolver rompimento de</p><p>obstáculo, para que possa ser tipificado como tal, é</p><p>imprescindível, em qualquer hipótese, a realização da</p><p>perícia técnica.</p><p>E) Diante da ocorrência de um crime de incêndio, os</p><p>peritos deverão analisar a causa, mas não o lugar em que</p><p>ele tiver sido iniciado.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>De forma objetiva e esclarecedora, Damásio aduz que:</p><p>“Transeunte é o que não deixa vestígios; não transeunte,</p><p>o que deixa”. Nesse mesmo sentido afirma Luiz Flávio</p><p>Gomes: “Crimes transeuntes: são os que não deixam</p><p>vestígios (injúria verbal, por exemplo). Crimes não</p><p>transeuntes: são os que deixam vestígios (homicídio,</p><p>furto)”.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>O exame de corpo de delito indireto é aquele que os</p><p>peritos não examinam diretamente a pessoa ou o objeto</p><p>do crime, mas sim outros elementos que possam</p><p>constituir a prova. Ademais, segundo Lopes Jr “o exame</p><p>de corpo de delito indireto seria uma exceção</p><p>excepcionalíssima, razão pela qual não pode ser</p><p>banalizado”.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Embora o CPP tenha trazido a incidência de priorização</p><p>na realização do exame de corpo de delito, foi explícito</p><p>em mencionar que não apenas os maiores de setenta</p><p>anos fazem jus a tal instrumento, mas sim o idoso, além</p><p>dos casos de crimes que envolvam violência doméstica e</p><p>familiar contra a mulher, contra criança, adolescente ou</p><p>pessoa com deficiência, nos termos do art. 158,</p><p>parágrafo único, I e II, do CPP.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Embora, em regra, para tipificação do crime de furto</p><p>qualificado pelo rompimento de obstáculo necessite de</p><p>prova pericial, a Jurisprudência admite que,</p><p>apresentadas provas e justificativas para a não</p><p>realização da perícia, é possível a realização do exame</p><p>indireto para comprovar o rompimento de obstáculo.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Conforme prevê o art. 173, do CPP, na ocorrência de um</p><p>incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que</p><p>houver começado, o perigo que dele tiver resultado para</p><p>a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão do dano e</p><p>o seu valor e as demais circunstâncias que interessarem</p><p>à elucidação do fato.</p><p>63. Acerca das regras da lei processual penal no tempo,</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>A) A lei penal não retroage, nem mesmo para beneficiar</p><p>o réu.</p><p>B) A lei processual penal terá aplicação imediata, sem</p><p>prejuízo dos atos realizados sob a vigência da norma</p><p>anterior.</p><p>C) A lei processual penal é marcada pela característica</p><p>da retroatividade.</p><p>D) A lei processual penal não admite a utilização de</p><p>interpretação extensiva.</p><p>E) A norma processual penal aplica-se apenas aos</p><p>processos iniciados após a sua vigência.</p><p>Gabarito: B</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>33</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>A lei penal é marcada pela característica da</p><p>retroatividade, desde que essa seja voltada para</p><p>benefício do réu. Cuidado com a pegadinha de misturar</p><p>conceitos de direito penal e processual penal.</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>A assertiva apresenta a característica do princípio do</p><p>tempus regit actum, que rege a aplicação da lei</p><p>processual penal no tempo, como indica o art. 2º do CPP.</p><p>Vejamos:</p><p>“Art. 2° A lei processual penal aplicar-se-á desde logo,</p><p>sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a</p><p>vigência da lei anterior.”</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Diferente das regras aplicadas no que concerne a lei</p><p>penal, a lei processual penal é marcada pela</p><p>irretroatividade, ou seja, sua norma não retroage nem</p><p>para benefício e nem para malefício do réu.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>A interpretação extensiva é admitida pelo ordenamento</p><p>processual penal e encontra previsão no art. 3º do CPP.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>A norma processual é regida pelo princípio da</p><p>imediaticidade, portanto, aplica-se, de imediato, aos</p><p>processos em curso.</p><p>64. No que concerne à Interceptação Telefônica:</p><p>conceito, provas ilícitas e disposições legais (Lei nº</p><p>9.296/1996), bem como do entendimento jurisprudencial,</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>A) Os conhecimentos fortuitos, assim considerados as</p><p>informações sobre fato criminoso que não guardam</p><p>relação de conexão e continência com o fato objeto de</p><p>investigação, quando advindos no bojo da interceptação</p><p>telefônica, só serão admissíveis quando o crime</p><p>descoberto fortuitamente for punido no mínimo com</p><p>detenção.</p><p>B) No que tange a Lei de Interceptação Telefônica e à</p><p>jurisprudência do STF sobre o tema, é imprescindível que</p><p>a transcrição de interceptações telefônicas seja feita</p><p>integralmente.</p><p>C) A interceptação telefônica é medida subsidiária e</p><p>excepcional, só podendo ser determinada quando não</p><p>houver outro meio para se apurar os fatos tidos por</p><p>criminosos, sendo ilegal quando for determinada apenas</p><p>com base em notícia anônima, sem investigação</p><p>preliminar.</p><p>D) Se determinado juiz decretar a interceptação</p><p>telefônica dos investigados e, posteriormente, concluírem</p><p>que de que o juízo competente para a medida não era</p><p>aquele Tribunal, esta prova colhida será,</p><p>obrigatoriamente, considerada ilícita.</p><p>E) É correto afirmar que, deferido o pedido, o juiz</p><p>conduzirá os procedimentos de interceptação, dando</p><p>ciência ao Delegado e ao Ministério Público, que poderão</p><p>acompanhar a sua realização.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>A questão versa sobre o encontro fortuito de provas,</p><p>crime achado ou serendipidade. O STF admite o</p><p>encontro fortuito de provas e não limita a sua aplicação</p><p>apenas às infrações penais punidas com reclusão. Logo,</p><p>os conhecimentos fortuitos serão admissíveis ainda que</p><p>a infração descoberta seja punida com detenção.</p><p>Teoria do encontro fortuito de provas (ou Teoria da</p><p>Serendipidade): através da atividade investigativa, a</p><p>autoridade policial encontra provas que dizem respeito a</p><p>outra infração penal, que não estava na linha de</p><p>desdobramento normal da investigação.</p><p>A serendipidade subdivide-se em quatro categorias:</p><p>a) Serendipidade de</p><p>1º grau: quando há conexão entre a</p><p>infração investigada e a descoberta. Serve como meio de</p><p>prova.</p><p>b) Serendipidade de 2º grau: não há conexão entre a</p><p>infração investigada e a descoberta. Serve como notitia</p><p>criminis.</p><p>c) Serendipidade objetiva: descoberta de fato;</p><p>d) Serendipidade subjetiva: descoberta de pessoa.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>O Plenário do STF reafirmou o entendimento de que não</p><p>é imprescindível que a transcrição de interceptações</p><p>telefônicas seja feita integralmente, salvo nos casos</p><p>em que esta for determinada pelo relator do processo.</p><p>Além disso, acolheu o pedido do MP para que a redação</p><p>da ementa do acórdão seja revista com o objetivo de ser</p><p>mais clara sobre o entendimento do STF e afastar a</p><p>ambiguidade. STF. Plenário. AP 508 AgR/AP, rel. Min.</p><p>Marco Aurélio, julgado em 08/02/2019.</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>“Denúncias anônimas não podem embasar, por si sós,</p><p>medidas invasivas como interceptações telefônicas,</p><p>buscas e apreensões, e devem ser complementadas por</p><p>diligências investigativas posteriores.” STF. 2ª Turma.</p><p>HC 180709/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em</p><p>5/5/2020 (Info 976).</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Determinado juiz decreta a interceptação telefônica dos</p><p>investigados e, posteriormente, chega-se à conclusão de</p><p>que o juízo competente para a medida era o Tribunal.</p><p>Esta prova colhida é ilícita? Não necessariamente. A</p><p>prova obtida poderá ser ratificada se ficar demonstrado</p><p>que a interceptação foi decretada pelo juízo</p><p>aparentemente competente. Não é ilícita a interceptação</p><p>telefônica autorizada por magistrado aparentemente</p><p>competente ao tempo da decisão e que, posteriormente,</p><p>venha a ser declarado incompetente. Trata-se da</p><p>aplicação da chamada “teoria do juízo aparente”.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>34</p><p>STF. 2ª Turma. HC 110496/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes,</p><p>julgado em 9/4/2013 (Info 701).</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Vejamos o que dispõe a legislação de regência:</p><p>“Art. 6° Deferido o pedido, a autoridade policial</p><p>conduzirá os procedimentos de interceptação, dando</p><p>ciência ao Ministério Público, que poderá acompanhar a</p><p>sua realização.”</p><p>65. Em relação à prisão em flagrante, assinale a opção</p><p>correta.</p><p>A) Há flagrância se o indivíduo é encontrado dias depois</p><p>do crime com instrumentos, armas, objetos ou papéis que</p><p>façam presumir ser ele autor da infração.</p><p>B) No flagrante impróprio, o agente é surpreendido logo</p><p>após cometer a infração penal.</p><p>C) Não se considera em flagrante delito quem acaba de</p><p>cometer a infração penal.</p><p>D) Para a caracterização do flagrante próprio e impróprio,</p><p>é irrelevante o lapso temporal decorrido após a</p><p>consumação do crime.</p><p>E) Considera-se em flagrante delito próprio quem está</p><p>cometendo a infração penal.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Conforme o art. 302, IV, do CPP, considera-se em</p><p>flagrante delito quem é encontrado, logo depois do crime,</p><p>com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam</p><p>presumir ser ele autor da infração (trata-se do flagrante</p><p>presumido ou ficto).</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>No flagrante impróprio, previsto no art. 302, III, do CPP,</p><p>o agente é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo</p><p>ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça</p><p>presumir ser ele autor da infração.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Quem acaba de cometer a infração penal é considerado</p><p>em flagrante delito (art. 302, II). Nesse caso, temos um</p><p>flagrante próprio.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Tanto no flagrante próprio quanto no flagrante impróprio,</p><p>é relevante o lapso temporal decorrido após a</p><p>consumação do crime, visto que ou o agente é</p><p>perseguido ou é encontrado logo depois do crime.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Conforme o art. 302, I, do CPP, considera-se em</p><p>flagrante delito quem está cometendo a infração penal, o</p><p>que é denominado de flagrante próprio.</p><p>Noções de Direito Administrativo</p><p>66. No Direito Administrativo, não há um entendimento</p><p>unânime se o que veio cronologicamente primeiro foi o</p><p>Estado ou foi a sociedade. Atualmente, porém, é correto</p><p>afirmar que a Administração Pública:</p><p>A) integra o Estado, que é um ente personalizado.</p><p>B) pertence à sociedade, mas não ao Estado.</p><p>C) tem vínculo moral com o Estado, mas não com a</p><p>sociedade.</p><p>D) é composta juridicamente pela sociedade, que é</p><p>representada pelo Ministério Público.</p><p>E) não pertence nem à sociedade nem ao Estado.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>O Estado brasileiro apresenta vários elementos coesos e</p><p>importantes para a garantia do interesse público: o povo,</p><p>o território geográfico e um governo soberano, leia–se</p><p>GOVERNO como sendo a GESTÃO dos negócios</p><p>públicos do Estado. Logo, a Administração Pública figura</p><p>como integrante do Estado como gestora da coisa</p><p>pública, sendo para tanto, um ente de personalidade</p><p>jurídica de direito público (em regra).</p><p>67. Com relação à origem e às fontes do direito</p><p>administrativo, aos sistemas administrativos e à</p><p>administração pública em geral, julgue os itens:</p><p>I. Em sentido objetivo, administração pública</p><p>designa os entes que exercem a atividade administrativa</p><p>de forma a balizar a execução da função administrativa.</p><p>II. Sob a perspectiva do critério formal adotado pelo</p><p>Brasil, somente é administração pública aquilo</p><p>determinado como tal pelo ordenamento jurídico</p><p>brasileiro, independentemente da atividade exercida.</p><p>III. O critério subjetivo, formal ou orgânico adotado</p><p>pelo Brasil se refere às pessoas jurídicas, órgãos e</p><p>sujeitos (agentes públicos) responsáveis pela execução</p><p>das atividades administrativas (critério material).</p><p>Assinale:</p><p>A) se apenas a afirmativa I estiver correta.</p><p>B) se apenas a afirmativa II estiver correta.</p><p>C) se apenas a afirmativa III estiver correta.</p><p>D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.</p><p>E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Atenção a essa questão, Caveira!</p><p>Os critérios (ou sentidos) adotados para definição de</p><p>Administração Pública em sentido estrito, abordado em</p><p>Direito Administrativo, que trata exclusivamente da</p><p>função administrativa, abrange tanto as atividades</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>35</p><p>exercidas pela Administração quanto os responsáveis</p><p>por sua execução.</p><p>Assim, tem–se que o critério objetivo, material ou</p><p>funcional abrange as atividades exercidas pela</p><p>Administração: fomento, serviço público, intervenção e</p><p>polícia administrativa. Tem–se, também, o critério</p><p>subjetivo, formal ou orgânico que trata das pessoas</p><p>jurídicas, órgãos e sujeitos (agentes públicos)</p><p>responsáveis pela execução das atividades</p><p>administrativas.</p><p>Portanto, apenas o item I está incorreto.</p><p>68. Sobre os poderes da Administração, é correto afirmar</p><p>que:</p><p>A) A aplicação de sanção à servidor público é exemplo</p><p>de manifestação do Poder Disciplinar.</p><p>B) O atributo da autoexecutoriedade está exclusivamente</p><p>relacionado ao Poder de Polícia.</p><p>C) O Poder Regulamentar pressupõe vínculo de</p><p>subordinação, com atribuições de regular e fiscalizar os</p><p>atos administrativos.</p><p>D) O Poder hierárquico pressupõe-se a existência de</p><p>pessoas jurídicas distintas.</p><p>E) O decreto autônomo, de imposição legal dada pela</p><p>Constituição brasileira, é o ato proveniente do Poder de</p><p>Império da Administração.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>O poder-dever disciplinar possibilita à Administração</p><p>punir internamente as infrações funcionais ou</p><p>administrativas cometidas por particulares com vínculos</p><p>jurídicos (prestadores de serviço público).</p><p>Assim, pressupõe-se a existência do atributo da</p><p>autoexecutoriedade</p><p>também relacionado ao Poder</p><p>disciplinar, não sendo exclusivo do Poder de Polícia.</p><p>O poder que pressupõe vínculo de subordinação é o</p><p>poder hierárquico (não regulamentar), que ocorre no</p><p>âmbito de uma MESMA pessoa jurídica. E por fim, o</p><p>decreto autônomo é exemplo de manifestação do Poder</p><p>Regulamentar.</p><p>69. Quando a Administração e seus integrantes possuem</p><p>personalidade jurídica de direito público, sua atividade é</p><p>desempenhada através de um regime jurídico</p><p>administrativo. Esse regime é pautado e derivado dos</p><p>seguintes princípios:</p><p>A) Supremacia do interesse público e legalidade.</p><p>B) Indisponibilidade do interesse público e eficiência.</p><p>C) Legalidade e impessoalidade.</p><p>D) Publicidade, eficiência e moralidade.</p><p>E) Indisponibilidade e supremacia do interesse público.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>O Regime jurídico-administrativo é pautado pelo princípio</p><p>da Supremacia do Interesse Público, decorrendo do</p><p>poder extroverso do Estado, criando obrigações ou</p><p>impondo restrições e condições para administrados.</p><p>Além disso, o regime jurídico administrativo também</p><p>deriva do princípio da Indisponibilidade do Interesse</p><p>Público, onde toda e qualquer atividade da</p><p>Administração deve priorizar o interesse público, seja</p><p>através de suas atividades-fim (interesse público</p><p>primário), seja através das atividades-meio (interesse</p><p>secundário), ou, ainda, sob regime de direito público ou</p><p>privado (quando agente econômico).</p><p>70. Acerca da organização da Administração Pública,</p><p>analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. A centralização mediante desconcentração</p><p>consiste na execução de tarefas típicas da Administração</p><p>através de seus órgãos públicos internos.</p><p>II. A descentralização por outorga ocorre quando o</p><p>poder público distribui internamente competências entre</p><p>diversos órgãos de sua estrutura.</p><p>III. A vedação de constituição de empresa pública</p><p>com finalidade genérica está em consonância com o</p><p>princípio da especialidade.</p><p>Assinale:</p><p>A) se apenas a afirmativa I estiver incorreta.</p><p>B) se apenas a afirmativa II estiver incorreta.</p><p>C) se apenas a afirmativa III estiver incorreta.</p><p>D) se apenas as afirmativas I e II estiverem incorretas.</p><p>E) se apenas as afirmativas II e III estiverem incorretas.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Fique atento, Caveira! A distribuição interna de</p><p>competências prevê a criação de órgãos públicos. Logo,</p><p>dá-se o nome de desconcentração. Logo, o item II está</p><p>incorreto.</p><p>A descentralização prevê o desempenho de suas</p><p>atribuições por meios de outras pessoas, pressuposto a</p><p>existência de duas pessoas distintas. A descentralização</p><p>por outorga cria uma entidade para o serviço público e a</p><p>transferência da titularidade e execução ocorrem por</p><p>tempo indeterminado.</p><p>A transferência unilateral da execução de determinados</p><p>serviços públicos é a denominada descentralização por</p><p>delegação. Os demais itens se referem, respectivamente,</p><p>à centralização e desconcentração administrativas.</p><p>Sobre o item I – correto: A criação e execução de tarefas</p><p>através de órgãos públicos ocorre mediante processo de</p><p>desconcentração, que é um exemplo de centralização,</p><p>haja vista que esse instituto pressupõe a execução das</p><p>atividades através de órgãos e agentes dentro da</p><p>mesma pessoa jurídica.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>36</p><p>Sobre o item III - correto: O princípio da especialidade</p><p>está ligado à descentralização administrativa. O Estado</p><p>cria outras pessoas jurídicas com o objetivo de</p><p>descentralizar as atividades da administração,</p><p>determinando a cada pessoa jurídica uma especialidade.</p><p>71. Considerando a temática de atos administrativos,</p><p>assinale a alternativa INCORRETA.</p><p>A) A autorização é um exemplo da espécie de ato</p><p>negocial, onde exige a faculdade de cessão da execução</p><p>de algum serviço público, ou seja, uma discricionariedade</p><p>por parte da Administração.</p><p>B) Os atos administrativos, quanto ao grau de liberdade</p><p>da Administração Pública para decidir, podem ser</p><p>vinculados ou discricionários.</p><p>C) A autorização de serviço público pode ser considerada</p><p>um ato administrativo unilateral, discricionário e precário.</p><p>D) As certidões e os pareceres são espécies de atos</p><p>administrativos ordinatórios.</p><p>E) Quanto aos destinatários, os atos administrativos</p><p>podem ser gerais ou individuais.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A questão solicita que se indique a alternativa</p><p>INCORRETA, logo, a alternativa D se equivoca ao</p><p>exemplificar atos ordinatórios.</p><p>Atos ordinários são aqueles que visam a disciplinar o</p><p>funcionamento da Administração e a conduta funcional</p><p>de seus agentes, por exemplo: circulares, ordens de</p><p>serviço, portarias, ofícios etc. As certidões e os pareces</p><p>são atos meramente formais, logo são atos enunciativos</p><p>de conteúdo irrevogável.</p><p>72. Assinale a alternativa que trate corretamente de</p><p>situação relacionada com a cassação do ato</p><p>administrativo.</p><p>A) proibição para a realização de eventos privados em</p><p>espaços públicos.</p><p>B) extinção do contrato administrativo sem culpa do</p><p>contratado.</p><p>C) cancelamento discricionário de licença ambiental.</p><p>D) não prorrogação de contrato administrativo por motivo</p><p>de conveniência e oportunidade.</p><p>E) perda do direito de dirigir por excesso de infrações de</p><p>trânsito.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Questão tranquila de conceituação.</p><p>A cassação dos atos administrativos se dá quando há</p><p>descumprimento de requisito para ato, logo, o melhor</p><p>exemplo é abordado na alternativa E. Para que o</p><p>particular continue usufruindo do direito de dirigir, é</p><p>necessário que esse cumpra as leis, sendo essa uma</p><p>espécie de “contrato” para com a Administração.</p><p>73. Ato administrativo é toda manifestação unilateral de</p><p>vontade da Administração Pública que, agindo nessa</p><p>qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar,</p><p>transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor</p><p>obrigações aos administrados ou a si própria.</p><p>Hely Lopes Meirelles. Direito administrativo brasileiro. 32.a ed.</p><p>São Paulo: Editora Malheiros, 2006.</p><p>Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os</p><p>itens acerca de classificação de atos administrativos.</p><p>I. Ato administrativo composto é aquele que depende de</p><p>uma única manifestação de vontade para se perfazer.</p><p>II. O ato perfeito, mas ineficaz, que depende de ato</p><p>acessório é classificado como ato exaurido e é passível</p><p>de revogação.</p><p>III. Uma nomeação, uma exoneração e um decreto de</p><p>desapropriação são exemplos de atos administrativos</p><p>individuais.</p><p>Assinale:</p><p>A) se apenas a afirmativa I estiver correta.</p><p>B) se apenas a afirmativa II estiver correta.</p><p>C) se apenas a afirmativa III estiver correta.</p><p>D) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.</p><p>E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Item I – incorreta: Ato composto, quanto à formação de</p><p>vontade, é aquele em que apenas um órgão manifesta a</p><p>sua vontade, porém, para que se torne exequível, é</p><p>necessário que outro órgão também se manifeste com o</p><p>objetivo de ratificar, aprovar, autorizar ou homologar o</p><p>ato. Ato que apresente uma única manifestação de</p><p>vontade é classificado como ato simples, resultando da</p><p>manifestação de um único órgão, unipessoal ou</p><p>colegiado, sendo irrelevante o número de agentes que</p><p>participarão da edição do ato.</p><p>Item II – incorreta: Ato exaurido é aquele que já produziu</p><p>seus efeitos, não cabendo, inclusive, revogação. Tendo</p><p>em conta que a revogação não retroage (opera efeitos</p><p>“ex nunc”) e os atos já produziram todos os efeitos que</p><p>lhe seriam próprios, não há que se falar em revogação.</p><p>Item III – correta: Quanto ao destinatário dos atos, esses</p><p>podem ser classificados em gerais ou individuais.</p><p>Quando se destinam a pessoas específicas, através de</p><p>ato singular com destinatário</p><p>determinado é classificado</p><p>como individual, como a nomeação por exemplo. Já a</p><p>edição de ato sem destinatário específico, o ato é</p><p>considerado geral, por exemplo a publicação de um edital</p><p>de concurso.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>37</p><p>74. A respeito da revogação, da anulação e da</p><p>convalidação do ato administrativo, assinale a afirmativa</p><p>INCORRETA.</p><p>A) A Administração deve anular seus próprios atos,</p><p>quando presente vício de legalidade, e pode revogá–los</p><p>por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados</p><p>os direitos adquiridos.</p><p>B) O direito da Administração de anular os atos</p><p>administrativos de que decorram efeitos favoráveis para</p><p>os destinatários prescreve em cinco anos, contados da</p><p>data em que foram praticados, independentemente de</p><p>boa–fé.</p><p>C) Sempre que o servidor público já houver preenchido</p><p>todos os requisitos legais para o gozo do direito</p><p>adquirido, não poderá mais a Administração Pública</p><p>revogar o respectivo ato de concessão.</p><p>D) Considera–se exercício do direito de anular qualquer</p><p>medida de autoridade administrativa que importe</p><p>impugnação à validade do ato.</p><p>E) Em decisão na qual se evidencie não acarretarem</p><p>lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os</p><p>atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser</p><p>convalidados pela própria Administração.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Ao comando da questão, a alternativa incorreta versa a</p><p>respeito do prazo decadencial para anulação de ato ilegal</p><p>que é, de fato 5 (cinco) anos. Mas para proceder à</p><p>anulação, resguarda–se os direitos adquiridos e a boa–</p><p>fé, pois comprovada a má–fé não haverá prazo</p><p>decadencial para anulação. Conforme artigo 54 da Lei</p><p>9.784/99:</p><p>“O direito da Administração de anular os atos</p><p>administrativos de que decorram efeitos favoráveis para</p><p>os destinatários decai em cinco anos, contados da data</p><p>em que foram praticados, salvo comprovada má–fé”.</p><p>O mesmo também ocorre quando o ato a ser anulado</p><p>afronta diretamente a Constituição Federal, não se</p><p>aplicando o prazo decadencial de 5 anos.</p><p>75. A Lei nº 14.133/2021, trata de licitações e contratos</p><p>administrativos. Essa lei aplica–se aos seguintes casos,</p><p>à exceção de um. Assinale–o.</p><p>A) Concessão e permissão de uso de bens públicos.</p><p>B) Contratos de operação de crédito, interno ou externo.</p><p>C) Prestação de serviços, inclusive os técnicos–</p><p>profissionais especializados.</p><p>D) Obras e serviços de arquitetura e engenharia.</p><p>E) Contratações de tecnologia da informação e de</p><p>comunicação.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A Lei 14.133/21 não se destina a contratos de crédito,</p><p>interno ou externo. Conforme o artigo 2º da referida lei,</p><p>aplica–se para:</p><p>I – alienação e concessão de direito real de uso</p><p>de bens;</p><p>II – compra, inclusive por encomenda;</p><p>III – locação;</p><p>IV – concessão e permissão de uso de bens</p><p>públicos;</p><p>V – prestação de serviços, inclusive os técnico–</p><p>profissionais especializados;</p><p>VI – obras e serviços de arquitetura e engenharia;</p><p>VII – contratações de tecnologia da informação e</p><p>de comunicação”.</p><p>76. Com base na nova Lei de Licitação, o Estado Alfa</p><p>pretende proceder à locação de determinado imóvel,</p><p>cujas características de instalações e de localização</p><p>tornam necessária sua escolha. Trata–se de imóvel</p><p>exatamente ao lado da Secretaria Estadual de Fazenda,</p><p>que abrigará novas instalações para os Auditores Fiscais</p><p>da Receita Estadual. No bojo do processo administrativo,</p><p>já foi observada regularmente a avaliação prévia do bem,</p><p>do seu estado de conservação, dos custos de</p><p>adaptações, pois imprescindíveis às necessidades de</p><p>utilização, e do prazo de amortização dos investimentos.</p><p>Com base na Lei nº 14.133/2021, a contratação</p><p>pretendida enseja:</p><p>A) dispensa de licitação, mediante certificação da</p><p>inexistência de imóveis públicos vagos e disponíveis que</p><p>atendam ao objeto, justificativas que demonstrem a</p><p>singularidade do imóvel a ser locado e economicidade do</p><p>contrato, que deve estar de acordo com o preço de</p><p>mercado.</p><p>B) inexigibilidade de licitação, mediante certificação da</p><p>inexistência de imóveis públicos vagos e disponíveis que</p><p>atendam ao objeto, e justificativas que demonstrem a</p><p>singularidade do imóvel a ser locado pela Administração</p><p>e que evidenciem vantagem para ela.</p><p>C) licitação frustrada, em razão da falta de outros imóveis</p><p>que atendam ao objeto do contrato, sendo</p><p>imprescindíveis justificativas que demonstrem a</p><p>singularidade do imóvel a ser locado e economicidade do</p><p>contrato, que deve estar de acordo com o preço de</p><p>mercado.</p><p>D) realização de processo de licitação, na modalidade</p><p>concorrência, em razão da natureza da contratação,</p><p>independentemente do preço global do contrato,</p><p>devendo ser observado o preço de mercado e as</p><p>condições estruturais e funcionais do imóvel a ser locado.</p><p>E) realização de processo de licitação, na modalidade</p><p>leilão, em razão da natureza da contratação,</p><p>independentemente do preço global do contrato,</p><p>devendo ser observado o preço de mercado e as</p><p>condições estruturais e funcionais do imóvel a ser locado.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Muita atenção, Caveira!</p><p>Essa questão traz situação que ora figurava como</p><p>contratação direta como hipótese de licitação</p><p>dispensável na Lei 8.666/93. Porém, com base na Lei nº</p><p>14.133/2021, a contratação para “aquisição ou locação</p><p>de imóvel cujas características de instalações e de</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>38</p><p>localização tornem necessária sua escolha” é hipótese</p><p>de inexigibilidade de licitação conforme o artigo 74 da</p><p>referida lei. Ainda de acordo com o artigo 74 da Lei, o</p><p>paragrafo 5º traz as exigências necessárias para tal:</p><p>“§ 5º Nas contratações com fundamento no inciso</p><p>V do caput deste artigo, devem ser observados os</p><p>seguintes requisitos:</p><p>I – avaliação prévia do bem, do seu estado de</p><p>conservação, dos custos de adaptações, quando</p><p>imprescindíveis às necessidades de utilização, e do</p><p>prazo de amortização dos investimentos;</p><p>II – certificação da inexistência de imóveis</p><p>públicos vagos e disponíveis que atendam ao objeto;</p><p>III – justificativas que demonstrem a</p><p>singularidade do imóvel a ser comprado ou locado pela</p><p>Administração e que evidenciem vantagem para ela.”</p><p>Ainda sobre a nova Lei de Licitações, cabe apresentar as</p><p>hipóteses de inexigibilidade de licitação (art. 74):</p><p>I. fornecedor exclusivo (vedada a preferência de</p><p>marca); – permaneceu conforme Lei 8.666/93.</p><p>II. artista consagrado. – permaneceu conforme</p><p>Lei 8.666/93.</p><p>III. serviços técnicos especializados de natureza</p><p>predominantemente intelectual, com prestador de notória</p><p>especialização (vedada inexigibilidade para serviços de</p><p>publicidade e divulgação). – alteração do item da Lei</p><p>8.666/93.</p><p>IV. objetos que devam ou passam a ser</p><p>contratados por meio de credenciamentos; – novidade</p><p>trazida pela Lei 14.133/2021.</p><p>V. aquisição ou locação de imóvel cujas</p><p>características de instalações e de localização tornem</p><p>necessária sua escolha (antes era caso de licitação</p><p>dispensável). – novidade trazida pela Lei 14.133/2021.</p><p>77. Assinale a alternativa que apresenta um exemplo de</p><p>instrumento de controle político da Administração</p><p>Pública.</p><p>A) Mandado de Segurança.</p><p>B) Recurso Administrativo.</p><p>C) Pedido de informação.</p><p>D) Comissão Parlamentar de Inquérito.</p><p>E) Reclamação Administrativa.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>O mandado de segurança é ferramenta de controle</p><p>judicial. Por se tratar de controle de legalidade, a função</p><p>jurisdicional nesse caso importa à anulação posterior dos</p><p>atos, possibilitando excepcionalmente a anulação em</p><p>caráter prévio nos casos, por exemplo, da</p><p>impetração de</p><p>mandado de segurança preventivo.</p><p>As demais ferramentas mencionadas na questão são</p><p>exemplos de controle administrativo (reclamação,</p><p>pedido, recurso) ou legislativo ou político (Comissão</p><p>Parlamentar de Inquérito).</p><p>Como mecanismo de controle parlamentar direto</p><p>exercido pela Câmara dos Deputados, Senado Federal e</p><p>as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI’s), suas</p><p>competências auxiliares ao Congresso Nacional estão</p><p>previstas no art. 50 (CF/88):</p><p>“Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado</p><p>Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão</p><p>convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de</p><p>órgãos diretamente subordinados à Presidência da</p><p>República para prestarem, pessoalmente, informações</p><p>sobre assunto previamente determinado, importando</p><p>crime de responsabilidade a ausência sem justificação</p><p>adequada”.</p><p>78. Acerca da responsabilidade do Estado por atos</p><p>praticados por agentes de segurança pública, considere</p><p>as seguintes afirmativas:</p><p>I. A Administração pública é responsável apenas pelas</p><p>condutas comissivas de seus agentes, sejam elas</p><p>responsáveis por resultar em dano patrimonial, moral ou</p><p>estético.</p><p>II. O policial, ainda que em folga, responde</p><p>subjetivamente quando faz uso de arma de fogo</p><p>conforme prevê a teoria faute du service.</p><p>III. A teoria do risco administrativo incide no caso de</p><p>perseguição policial que resultou em ferimento a</p><p>transeunte, causado por projétil de arma de fogo</p><p>disparado por agente policial.</p><p>IV. O Estado responde objetivamente em caso de</p><p>dano decorrente de utilização de arma de fogo de</p><p>corporação militar por parte de soldado fardado, mesmo</p><p>se este não se encontrar em serviço.</p><p>Assinale:</p><p>A) se apenas a afirmativa I estiver correta.</p><p>B) se apenas a afirmativa II estiver correta.</p><p>C) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.</p><p>D) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.</p><p>E) se apenas as afirmativas I, II e III estiverem corretas.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A Administração pública é responsável pelas condutas</p><p>omissivas ou comissivas de seus agentes, sejam elas</p><p>responsáveis por resultar em dano patrimonial, moral ou</p><p>estético (segundo STJ), desde que tais condutas tenham</p><p>dado causa direta e imediata aos resultados (nexo</p><p>causal).</p><p>A teoria do risco administrativo prevê a responsabilidade</p><p>objetiva da Administração quando a conduta tiver dado</p><p>nexo ao resultado (conduta + nexo causal + dano). Para</p><p>tanto, o agente responderá subjetivamente em ação</p><p>regressiva por eventual dano causado tanto a terceiros</p><p>quanto à própria Administração.</p><p>Convém mencionar, ainda, que a teoria faute du service</p><p>é de origem francesa e que se refere a responsabilização</p><p>administrativa sempre será objetiva em casos</p><p>omissivos, o que não figura como regra no Brasil. Além</p><p>disso, servidor que faz uso de arma de fogo da</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>39</p><p>corporação, durante ausência no trabalho ou folga,</p><p>poderá provocar responsabilidade objetiva (se fardado)</p><p>ou subjetiva (a paisana). O que torna o item II incorreto.</p><p>79. Juscelino Messias, Escrivão de Polícia, revelou</p><p>circunstância sigilosa de que tinha conhecimento em</p><p>razão de seu cargo, sendo responsabilizado pela prática</p><p>de ato de improbidade administrativa. Entre as sanções</p><p>a serem aplicadas, não pode constar:</p><p>A) suspensão dos direitos políticos até 12 anos.</p><p>B) proibição de contratar com o Poder Público ou receber</p><p>benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou</p><p>indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa</p><p>jurídica da qual seja sócio majoritário.</p><p>C) pagamento de multa civil.</p><p>D) perda de função pública.</p><p>E) obrigação de ressarcimento integral do dano, se</p><p>houver.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Ei, Caveira! Importante identificar qual modalidade de ato</p><p>de improbidade o indivíduo praticou, sendo, nesse caso,</p><p>o ato que atenta contra os princípios da Administração</p><p>(inciso III, art. 11 da Lei de Improbidade nº 8.429/92).</p><p>Além disso, vale ficar atento que tal modalidade não</p><p>apresenta mais a penalidade de suspensão dos</p><p>direitos políticos. Assim, dentre as sanções previstas, a</p><p>suspensão dos direitos políticos pelo prazo de até 12</p><p>anos refere-se à sanção aplicável aos atos de prejuízo ao</p><p>erário (art. 10).</p><p>80. Acerca do regime de apuração de responsabilidades</p><p>do servidor público, assinale a alternativa correta.</p><p>A) O servidor acusado no âmbito de processo</p><p>administrativo disciplinar poderá ser afastado</p><p>preventivamente de suas funções por prazo</p><p>indeterminado, até que se concluam as diligências</p><p>necessárias à elucidação dos fatos.</p><p>B) O processo administrativo disciplinar deve ser</p><p>conduzido por comissão composta de três servidores</p><p>estáveis, os quais serão designados pela autoridade</p><p>competente para o desempenho de tais funções.</p><p>C) Caso se constate o cometimento de irregularidade</p><p>grave, a sindicância será convertida em sindicância</p><p>acusatória e poderá resultar na aplicação de pena de</p><p>demissão, assegurada a ampla defesa e o contraditório</p><p>ao acusado.</p><p>D) O servidor deverá constituir advogado para defendê–</p><p>lo, porquanto a falta de defesa técnica no processo</p><p>administrativo disciplinar enseja nulidade dos atos</p><p>praticados.</p><p>E) A ação disciplinar, quanto às infrações puníveis com</p><p>suspensão, prescreverá em dois anos contados da data</p><p>do fato.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>O servidor que está respondendo a procedimento</p><p>administrativo poderá ser afastado preventivamente por</p><p>no máximo 60 (sessenta) dias, não importando nulidade</p><p>quando da ausência de advogado constituído.</p><p>Além disso, se ao longo de sindicância verificar que o fato</p><p>cometido por servidor for mais grave, passível de</p><p>penalidade de demissão, por exemplo, poderá ser</p><p>convertida em processo administrativo para tal. A ação</p><p>disciplinar prescreverá, em caso de suspensão, em 2</p><p>(dois) anos a contar da data de conhecimento do fato,</p><p>não do fato em si.</p><p>Noções de Direito Constitucional</p><p>81. Com base no disposto na Constituição Federal</p><p>quanto a seguridade social, assinale a opção correta.</p><p>A) A seguridade social será financiada por toda a</p><p>sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei,</p><p>mediante recursos provenientes dos orçamentos da</p><p>União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.</p><p>B) Integrarão o orçamento da União, as receitas dos</p><p>Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas</p><p>à seguridade social.</p><p>C) A seguridade social tem gestão quadripartite, com</p><p>participação da sociedade, dos trabalhadores, dos</p><p>empregadores e do Governo.</p><p>D) A pessoa jurídica em débito com o sistema da</p><p>seguridade, apesar de outras sanções a serem</p><p>aplicadas, poderá receber benefícios ou incentivos fiscais</p><p>ou creditícios, afim de que possa sanar os débitos.</p><p>E) Ainda que provinda de receitas distintas, a base de</p><p>financiamento da saúde, previdência e assistência social</p><p>será identificada de forma única, preservado o caráter</p><p>contributivo da previdência social.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>A alterativa traz o disposto na Magna Carta, a saber:</p><p>“Art. 195, CF. A seguridade social será financiada por</p><p>toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos</p><p>da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos</p><p>da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos</p><p>Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (...)”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>É o contrário “não integrarão orçamento da União”.</p><p>Vejamos:</p><p>“Art. 195. (...) § 1º, CF. As receitas dos Estados, do</p><p>Distrito Federal e dos Municípios destinadas à</p><p>seguridade social constarão dos respectivos orçamentos,</p><p>não integrando o orçamento da União.”</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Realmente a gestão da seguridade social é seguridade</p><p>social tem gestão</p><p>quadripartite, mas não há a previsão</p><p>de participação da sociedade e sim dos aposentados:</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>40</p><p>“Art. 194. (...) VII, CF. caráter democrático e</p><p>descentralizado da administração, mediante gestão</p><p>quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos</p><p>empregadores, dos aposentados e do Governo nos</p><p>órgãos colegiados.”</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade</p><p>social não pode receber benefícios ou incentivos fiscais</p><p>ou creditícios. Vejamos:</p><p>“Art. 195. (...) § 3º, CF. A pessoa jurídica em débito com</p><p>o sistema da seguridade social, como estabelecido em</p><p>lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele</p><p>receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.”</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>A base de financiamento será diversificada e identificada</p><p>de forma específica em cada área:</p><p>“Art. 194. (...) VI, CF. diversidade da base de</p><p>financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis</p><p>específicas para cada área, as receitas e as despesas</p><p>vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência</p><p>social, preservado o caráter contributivo da previdência</p><p>social;”</p><p>82. De acordo com o art. 144 da Constituição Federal, a</p><p>segurança pública, dever do Estado, direito e</p><p>responsabilidade de todos, é exercida para a</p><p>preservação da ordem pública e da incolumidade das</p><p>pessoas e do patrimônio. Sobre este tema, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) Os Municípios poderão constituir guardas municipais</p><p>destinadas à polícia ostensiva e à preservação da ordem</p><p>pública.</p><p>B) O rol de órgãos encarregados do exercício da</p><p>segurança pública, exposto da Constituição Federal em</p><p>seu artigo 144, não é taxativo, permitindo-se aos</p><p>estados-membros a criação de outros órgãos com a</p><p>mesma função.</p><p>C) Aos Corpos de Bombeiros Militares, além das</p><p>atribuições definidas em lei, incumbe a execução de</p><p>atividades de defesa civil.</p><p>D) A Polícia Rodoviária Federal destina-se ao</p><p>patrulhamento ostensivo das rodovias federais e</p><p>estaduais.</p><p>E) Compete a Polícia Federal a apuração de infrações</p><p>penais em detrimento de bens, serviços e interesses da</p><p>União ou de suas entidades autárquicas, empresas</p><p>públicas e sociedade de economia mista.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Os Municípios poderão constituir guardas municipais</p><p>destinadas à proteção de seus bens, serviços e</p><p>instalações (art. 144, § 8º, da CF/88).</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>No julgamento da ADI nº 2.575, o STF garantiu aos</p><p>estados a faculdade de desenhar institucionalmente os</p><p>órgãos de polícia científica. Contudo, os novos órgãos</p><p>criados pelos Estados não podem desempenhar as</p><p>mesmas funções que os constitucionalmente</p><p>previstos.</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>É o que dispõe o texto legal do art. 144, § 5º, da CF/88,</p><p>pois cabe aos Corpos de Bombeiros Militares a execução</p><p>de atividades de defesa civil, além das atribuições</p><p>definidas em lei.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>O art. 144, §2º, da CF/88 informa que a polícia rodoviária</p><p>federal destina-se ao patrulhamento ostensivo de</p><p>rodovias federais, e não estaduais.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>O art. 144, §1º, I, da CF/88 dispõe que a Polícia Federal</p><p>deve apurar as infrações penais em detrimento de bens,</p><p>serviços e interesses da União ou de suas entidades</p><p>autárquicas ou empresas públicas. Ou seja, as infrações</p><p>penais em detrimento das sociedades de economia mista</p><p>não são de competência da Polícia Federal.</p><p>83. Acerca do Processo Legislativo, assinale a alternativa</p><p>correta.</p><p>A) Considere‐se que determina proposta de emenda à</p><p>constituição tenha sido rejeitada no ano de 2018. Nesse</p><p>caso, é correto afirmar que essa mesma matéria não</p><p>poderá ser objeto de nova proposta de emenda à</p><p>Constituição no ano de 2019.</p><p>B) Considerando-se as normas referentes ao processo</p><p>legislativo, é possível a tramitação de proposta de lei que</p><p>seja formalmente complementar, mas materialmente</p><p>ordinária.</p><p>C) Os motivos do veto podem ser: político (por entender</p><p>ser inconstitucional); jurídico (contrário ao interesse</p><p>público).</p><p>D) Se o Presidente da República considerar o projeto, no</p><p>todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao</p><p>interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no</p><p>prazo de quinze dias, contados da data do recebimento,</p><p>e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao</p><p>Presidente do Senado Federal os motivos do veto.</p><p>E) Determinada constituição estadual exigiu em seu texto</p><p>que determinadas matérias diversas da constituição</p><p>federal fossem tratadas por Lei complementar, segundo</p><p>os entendimentos dos tribunais superiores tal atuação é</p><p>legitima devido a sua autonomia prevista na própria</p><p>legislação federal.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Encontramos a resposta na lei e na definição de</p><p>legislatura, vejamos:</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>41</p><p>“Constituição Federal, art. 60, § 5º: A matéria constante</p><p>de proposta de emenda rejeitada ou havida por</p><p>prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na</p><p>mesma sessão legislativa.”</p><p>Sessão Legislativa é o período anual, em que o</p><p>Congresso se reúne anualmente, com início em 02.02 e</p><p>recesso a partir de 17.07, com retorno em 01.08 e</p><p>encerramento em 22.12. E, por fim, por período</p><p>legislativo revelam-se os períodos semestrais.</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>As leis complementares podem tratar de tema reservado</p><p>às leis ordinárias. Esse entendimento deriva da ótica do</p><p>“quem pode mais, pode menos”. Ora, se a CF/88 exige</p><p>lei ordinária (cuja aprovação é mais simples!) para tratar</p><p>de determinado assunto, não há óbice a que uma lei</p><p>complementar regule o tema. No entanto, caso isso</p><p>ocorra, a lei complementar será considerada</p><p>materialmente ordinária; essa lei complementar poderá,</p><p>então, ser revogada ou modificada por simples lei</p><p>ordinária. Diz-se que, nesse caso, a lei complementar irá</p><p>subsumir-se ao regime constitucional da lei ordinária.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>O erro da alternativa é a inversão dos conceitos, será o</p><p>veto jurídico quando entender ser inconstitucional e</p><p>político quando for contrário ao interesse público.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>A alternativa padece de erro pela supressão da palavra</p><p>úteis dos 15 dias que tem o presidente para vetar o</p><p>projeto de lei, apesar de ser um pequeno detalhe faz uma</p><p>enorme diferença quanto ao prazo que não pode ser</p><p>deixada de lado.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Não há o que se falar em autonomia. A Constituição</p><p>estadual só pode exigir lei complementar para tratar das</p><p>matérias que a Constituição Federal também exigiu lei</p><p>complementar.</p><p>Vejamos o informativo sobre o tema:</p><p>A Constituição Estadual não pode ampliar as hipóteses</p><p>de reserva de lei complementar, ou seja, não pode criar</p><p>outras hipóteses em que é exigida lei complementar,</p><p>além daquelas que já são previstas na Constituição</p><p>Federal. Se a Constituição Estadual amplia o rol de</p><p>matérias que deve ser tratada por meio de lei</p><p>complementar, isso restringe indevidamente o “arranjo</p><p>democrático representativo desenhado pela Constituição</p><p>Federal”. Caso concreto: STF declarou a</p><p>inconstitucionalidade de dispositivo da CE/SC que exigia</p><p>a edição de lei complementar para dispor sobre: a)</p><p>regime jurídico único dos servidores estaduais; b)</p><p>organização da Polícia Militar; c) organização do sistema</p><p>estadual de educação e d) plebiscito e referendo. Esses</p><p>dispositivos foram declarados inconstitucionais porque a</p><p>CF/88 não exige lei complementar para disciplinar tais</p><p>assuntos. STF. Plenário. ADI 5003/SC, Rel. Min. Luiz</p><p>Fux, julgado em 5/12/2019 (Info 962).</p><p>84. Concernente ao Poder Legislativo, bem como do</p><p>entendimento jurisprudencial sobre o tema, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) Vereadores só poderão ser presos se em flagrante de</p><p>crime inafiançável.</p><p>B) O presidente da República deverá prestar contas</p><p>anualmente ao Congresso Nacional em até sessenta</p><p>dias, a contar da inauguração da sessão legislativa.</p><p>Findo o prazo, caberá ao Tribunal de Contas da União</p><p>(TCU) proceder à tomada das contas não prestadas a</p><p>tempo e modo.</p><p>C) As sessões legislativas extraordinárias do Congresso</p><p>Nacional poderão ser convocadas por iniciativa de</p><p>partido político que possua representação em qualquer</p><p>uma das Casas legislativas, sendo vedado o pagamento</p><p>de parcela indenizatória aos parlamentares em virtude da</p><p>convocação.</p><p>D) Desde a expedição do diploma, os membros do</p><p>Congresso Nacional não poderão ser presos.</p><p>E) A quebra de sigilo bancário e fiscal são medidas</p><p>compreendidas na esfera de competência das CPI</p><p>instauradas pelo Congresso Nacional.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Vereadores não são detentores de imunidade formal,</p><p>apenas material e essa restringe-se ao seu município.</p><p>Imunidade absoluta/material pelas palavras proferidas no</p><p>exercício do mandato e restrita à circunscrição do</p><p>município em que exercem a vereança. Não possui</p><p>imunidade relativa/formal, podendo sua prerrogativa de</p><p>foro ser instituída pela Constituição Estadual.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Conforme prevê o art. 51, II da CF, a tomada de contas</p><p>será da competência privativa da Câmara dos Deputados</p><p>(e não do TCU).</p><p>“CF. Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos</p><p>Deputados: II - proceder à tomada de contas do</p><p>Presidente da República, quando não apresentadas ao</p><p>Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a</p><p>abertura da sessão legislativa.”</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Os partidos políticos não possuem iniciativa neste</p><p>sentido, vejamos:</p><p>“Art. 57. § 6º. A CONVOCAÇÃO EXTRAORDINÁRIA do</p><p>Congresso Nacional far-se-á:</p><p>I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de</p><p>decretação de estado de defesa ou de intervenção</p><p>federal, de pedido de autorização para a decretação de</p><p>estado de sítio e para o compromisso e a posse do</p><p>Presidente e do Vice-Presidente da República;</p><p>II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da</p><p>Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a</p><p>requerimento da maioria dos membros de ambas as</p><p>Casas, em caso de urgência ou interesse público</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>42</p><p>relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a</p><p>aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas</p><p>do Congresso Nacional.”</p><p>No tocante ao pagamento de verbas indenizatórias em</p><p>virtude da convocação extraordinária, de fato, é vedado</p><p>o seu pagamento.</p><p>“Art. 57. § 7º. Na sessão legislativa extraordinária, o</p><p>Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria</p><p>para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º</p><p>deste artigo, vedado o pagamento de parcela</p><p>indenizatória, em razão da convocação.”</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Os membros do Congresso Nacional poderão ser</p><p>presos, em caso de flagrante de crime inafiançável (art.</p><p>53, §2º, CF). Nesse caso, os autos serão remetidos</p><p>dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para</p><p>que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva</p><p>sobre a prisão. Ressalte-se que, os congressistas</p><p>poderão ainda ser presos por sentença judicial transitada</p><p>em julgado.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Nessa esteira, entre os poderes conferidos as CPIs,</p><p>temos o poder de determinar a quebra do sigilo bancário,</p><p>fiscal, além de dados telefônicos (diferente de</p><p>interceptação telefônica).</p><p>85. A Constituição Federal prevê que determinadas leis</p><p>são de iniciativa privativa do Presidente da República. A</p><p>respeito do tema, assinale a alternativa correta.</p><p>A) São de iniciativa privativa do Presidente da República</p><p>as leis que fixem ou modifiquem os efetivos das polícias</p><p>militares.</p><p>B) Os projetos de lei de iniciativa privativa do Presidente</p><p>da República terão início no Senado Federal.</p><p>C) Não são de iniciativa privativa do Presidente da</p><p>República as leis que disponham sobre os servidores</p><p>públicos dos Territórios.</p><p>D) São de iniciativa privativa do Presidente da República</p><p>as leis que disponham sobre a aumento da remuneração</p><p>de cargos da administração direta federal.</p><p>E) O Presidente da República não pode solicitar urgência</p><p>para apreciação de projetos de sua iniciativa.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>São de iniciativa privativa do Presidente da República as</p><p>leis que fixem ou modifiquem os efetivos das forças</p><p>armadas (art. 61, § 1º, I, da CF).</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Quando o projeto de lei for de iniciativa do Presidente da</p><p>República, terá início na Câmara dos Deputados (art.</p><p>64, caput, da CF).</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Na verdade, são sim de iniciativa privativa do Presidente</p><p>da República as leis que disponham sobre servidores</p><p>públicos da União e Territórios, seu regime jurídico,</p><p>provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria (art.</p><p>61, § 1º, II, “c”, da CF).</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>São de iniciativa privativa do Presidente da República as</p><p>leis que disponham sobre criação de cargos, funções ou</p><p>empregos públicos na administração direta e autárquica</p><p>ou aumento de sua remuneração.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Conforme prevê o art. 64, § 1º, da CF, o Presidente da</p><p>República pode solicitar urgência para apreciação de</p><p>projetos de sua iniciativa.</p><p>86. Com relação à Defensoria Pública, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) A Defensoria Pública tem legitimidade ativa para</p><p>propor ação civil pública que tutele direitos individuais</p><p>homogêneos, desde que comprovada a hipossuficiência</p><p>econômica dos interessados, conforme entendimento do</p><p>STJ.</p><p>B) Os membros da Defensoria Pública poderão exercer a</p><p>advocacia fora de suas atribuições institucionais, desde</p><p>que a atuação ocorra em Estado diferente daquele ao</p><p>qual é vinculado à Defensoria.</p><p>C) Cabe à Defensoria Pública representar as pessoas</p><p>hipossuficientes e defender seus interesses, podendo a</p><p>legislação infraconstitucional ampliar tal competência às</p><p>pessoas não hipossuficientes no caso de o órgão possuir</p><p>baixa demanda.</p><p>D) Entre as competências da Defensoria Pública, está a</p><p>legitimidade para instaurar inquérito civil público.</p><p>E) As Defensorias Públicas possuem atribuição para</p><p>propor projetos de lei que versem sobre a criação e</p><p>extinção de seus cargos e suas respectivas</p><p>remunerações.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>A Defensoria Pública tem legitimidade ativa para propor</p><p>Ação Civil Pública que tutela direitos individuais</p><p>homogêneos, ainda que não reste comprovada a</p><p>hipossuficiência econômica dos interessados. O Tribunal</p><p>da Cidadania entende que a expressão “necessitados”</p><p>presente na CF inclui não só os hipossuficientes</p><p>financeiros, mas também os organizacionais.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>É vedado aos membros da Defensoria Pública exercer a</p><p>advocacia fora das atribuições institucionais.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Isso porque a competência das Defensorias Públicas foi</p><p>definida pela Constituição Federal, não podendo</p><p>legislação infraconstitucional alterá-la.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>43</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Conforme dispõe o art. 129, III, da CF, a competência</p><p>para instauração de inquérito civil é exclusiva do</p><p>Ministério Público.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Esta competência inovadora foi trazida pela Emenda</p><p>Constitucional n. 80/2014, que entendeu</p><p>como o estudo de Inquérito Policial, estes conceitos</p><p>ganham tons distintos. É possível pensar em objetivo como o que o IP pretende alcançar, e, a</p><p>finalidade, como “para o quê” ele se destina.</p><p>Assim, o objetivo do Inquérito Policial é a verificação da existência de um crime</p><p>(materialidade), de sua autoria, bem como das circunstâncias da infração. O ponto aqui</p><p>designado tem base na Lei 12.830/13, que aduz:</p><p>Art. 2º As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações</p><p>penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica,</p><p>essenciais e exclusivas de Estado.</p><p>§ 1º Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe</p><p>a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou</p><p>outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a</p><p>apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das</p><p>infrações penais.</p><p>Por outro lado, a finalidade do Inquérito Policial é auxiliar o dono da ação penal (em</p><p>regra, o Ministério Público) a formar a sua opinião delitiva. Assim, o Inquérito Policial é</p><p>responsável por juntar elementos suficientes sobre a autoria e a materialidade para formar o</p><p>convencimento do autor da ação sobre estes aspectos do crime.1</p><p>b. Forneça, ao menos, duas características do Inquérito Policial e as descreva;</p><p>Caveira, existem algumas caraterísticas, no CPP especialmente, que são atinentes ao</p><p>inquérito policial.</p><p>O inquérito policial é inquisitivo. Nos moldes do art. 14 do CPP: “O ofendido, ou seu</p><p>representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou</p><p>não, a juízo da autoridade.”. Cumpre ressaltar que a orientação formulada pela SV 14 (com</p><p>relação aos advogados que querem ter acesso a autos já documentados) não fere o presente</p><p>contexto.</p><p>O inquérito policial é escrito. Nos moldes do art. 9º do CPP: “Todas as peças do</p><p>inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste</p><p>caso, rubricadas pela autoridade.”.</p><p>O inquérito policial é dispensável. No caso, se o titular da ação penal, em regra o MP, já</p><p>possui os dados suficientes para o embasamento da denúncia, o IP não é necessário.</p><p>O inquérito policial é indisponível. Não é possível que o delegado, por si só, arquive o</p><p>IP. Assim, nos moldes do artigo 17 CPP, a “autoridade policial não poderá mandar arquivar</p><p>autos de inquérito”.</p><p>O inquérito policial é sigiloso. Nos moldes no art. 20, CPP: “A autoridade assegurará no</p><p>inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade”.</p><p>1 ARAÚJO, F. R.; TÁVORA, N. Código de Processo Penal para concursos. 10ª ed. Salvador: JusPODIVM,</p><p>2021.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>3</p><p>c. Indique as fases de persecução penal e explique em qual delas se encaixa o Inquérito</p><p>Policial.</p><p>A persecução penal é dividida em duas fases: a fase pré-processual e a fase processual.</p><p>A fase pré-processual, desenvolvida pela Polícia Judiciária, consistente em uma investigação</p><p>preliminar e, a segunda fase, o processo penal, desenvolvido pelo Ministério Público, enquanto</p><p>titular do processo penal e, posteriormente, pelo Juiz, no decorrer da instrução processual</p><p>penal.</p><p>Nesse sentido, Muccio aborda que</p><p>À investigação da infração penal e de sua autoria, medida</p><p>preparatória da ação penal (processo), dá-se o nome de</p><p>persecutio criminis. Implica em perseguir o crime, em desvendá-lo.</p><p>Na persecutio criminis, o objetivo é ter a prova da ocorrência do</p><p>delito, da sua autoria, enfim, das provas preliminares [...]. A</p><p>persecução penal se compõe, portanto, de duas fases distintas:</p><p>a primeira, que é preparatória da ação penal, de caráter</p><p>preliminar e informativo, que se revela com a persecutio</p><p>criminis, e a segunda, que é a própria ação penal.2</p><p>A fase préprocessual, também denominada investigação preliminar, ou, ainda, fase</p><p>inquisitiva da persecução penal, é o procedimento que tem por finalidade reunir provas,</p><p>elementos e indícios de autoria, que serão utilizados pelo órgão acusatório na ação</p><p>penal pública incondicionada, ou pelo próprio particular na ação penal privada, o qual</p><p>poderá iniciar a ação penal.</p><p>Em contrapartida, o processo penal, também chamado de fase processual ou fase</p><p>judicial propriamente dita, é submetido ao contraditório e à ampla defesa, uma vez que o</p><p>acusado, ao integrar o processo judicial, possui todas as garantias fundamentais.</p><p>EXEMPLO DE REDAÇÃO</p><p>Primeiro, o inquérito policial (IP) tem objetivo e finalidade diferentes. Com relação ao</p><p>objetivo, é a verificação da existência de um crime (materialidade), de sua autoria, bem como</p><p>das circunstâncias da infração. Já com relação à finalidade, trata-se de juntar elementos</p><p>suficientes sobre a autoria e a materialidade para formar o convencimento do autor da ação</p><p>sobre tais aspectos do crime.</p><p>Com relação às características do IP, é possível dizer que o inquérito policial é</p><p>dispensável. No caso, se o titular da ação penal, em regra o MP, já possui os dados suficientes</p><p>para o embasamento da denúncia, o IP não é necessário. Ademais, o inquérito policial é</p><p>indisponível. Assim, nos moldes do artigo 17 CPP, a “autoridade policial não poderá mandar</p><p>arquivar autos de inquérito”. A regra, ainda, é que o delegado não está obrigado,</p><p>incondicionalmente, a instaurar o inquérito policial.</p><p>Por fim, com relação às fases da persecução penal, sinaliza-se que existem duas: a fase</p><p>pré-processual e a fase processual. O Inquérito Policial se encaixa, pois, na primeira fase, a</p><p>pré-processual. Isso ocorre porque é nesse momento que são reunidos os elementos de prova,</p><p>com a presidência da autoridade policial, para reunir indícios de autoria e materialidade.</p><p>2 MUCCIO, Hidejalma. Curso de Processo Penal. 2 ed. São Paulo: Método, 2011.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>1</p><p>PROVA DISCURSIVA – PROJETO CAVEIRA</p><p>TEMA 04 – PCCE – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE</p><p>A Lei 13.964/19 foi promulgada com o intuito de aperfeiçoar a legislação penal e processual</p><p>penal, recebeu o nome popular de “Pacote Anticrime” e provocou profundas mudanças no</p><p>sistema de justiça criminal brasileiro. Com base nos seus conhecimentos acerca da referida</p><p>Lei, redija um texto dissertativo, com no mínimo 10 e no máximo 15 linhas, para responder aos</p><p>questionamentos abaixo:</p><p>a. Conceitue o instituto do juiz das garantias;</p><p>b. Descreva, ao menos, três competências do juiz de garantias;</p><p>c. Verse sobre a atual posição do STF sobre o referido instituto.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>2</p><p>TEMA 04 – PCCE – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE</p><p>a Conceitue o instituto do juiz das garantias;</p><p>Olá, Caveira! O juiz das garantias é um juiz específico para o controle de legalidade da</p><p>investigação e a garantia dos direitos do investigado, cuja competência se encerra com a</p><p>decisão de recebimento ou não da denúncia.1 Teve sua origem na Itália, na década de oitenta.</p><p>Esse sujeito processual ficou responsável por atuar durante a investigação preliminar,</p><p>possuindo atribuições de garantia e controle da legalidade dessa fase da persecução.</p><p>Posteriormente, essa figura foi inserida nos Códigos de Processo Penal de vários países (v.g.</p><p>europeus, latino-americanos), como forma de adequar as estruturas processuais ao sistema</p><p>acusatório, tendo em vista que se mostrava como o modelo mais adequado à realidade</p><p>jurídico-penal daquela época.</p><p>No Brasil, o instituto do juiz das garantias surgiu antes mesmo da sua previsão no</p><p>Código de Processo Penal, visto que, no ano de 2009, foi proposto no Senado Federal um</p><p>Projeto de Lei para reforma global do Código (PL nº 156) que, desde então, encontra-se em</p><p>tramitação.</p><p>O Projeto,</p><p>pela</p><p>independência funcional das Defensorias Públicas em</p><p>relação ao Poder Executivo.</p><p>87. Com relação ao que preceitua a Constituição Federal</p><p>sobre as garantias do Judiciário, identifique como</p><p>verdadeiras (V) ou falsas (F) as assertivas abaixo.</p><p>( ) Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia</p><p>administrativa e financeira.</p><p>( ) Ao juiz não é vedado dedicar-se à atividade político-</p><p>partidária.</p><p>( ) A vitaliciedade é garantia assegurada aos juízes de</p><p>direito, que no primeiro grau será adquirida após três</p><p>anos de exercício da magistratura.</p><p>( ) Compete privativamente ao Superior Tribunal Federal,</p><p>aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça,</p><p>propor ao Poder Legislativo respectivo a alteração da</p><p>organização e da divisão judiciária.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta,</p><p>de cima para baixo.</p><p>A) V – F – F – V.</p><p>B) F – V – F – V.</p><p>C) F – F – V – V.</p><p>D) V – V – V – F.</p><p>E) F – F – F – V.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>A primeira afirmativa é verdadeira. De acordo com o</p><p>caput do art. 99 da CF, ao Poder Judiciário são</p><p>asseguradas autonomia administrativa e financeira.</p><p>Vejamos: “Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada</p><p>autonomia administrativa e financeira.”</p><p>A segunda afirmativa é falsa. Dentre as vedações</p><p>trazidas pelo art. 95, parágrafo único, inciso III, da CF, a</p><p>atividade político-partidária está inclusa. Vejamos: “Art.</p><p>95 (...) Parágrafo único. Aos juízes é vedado: (...) III -</p><p>dedicar-se à atividade político-partidária.”</p><p>A terceira afirmativa é falsa. Aqui a questão busca</p><p>confundir os prazos de estabilidade dos servidores (3</p><p>anos) com o prazo de vitaliciedade dos magistrados (2</p><p>anos). Art. 95, I da Constituição Federal. Vejamos: “Art.</p><p>95. Os juízes gozam das seguintes garantias: I -</p><p>vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida</p><p>após dois anos de exercício, dependendo a perda do</p><p>cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o</p><p>juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença</p><p>judicial transitada em julgado;”</p><p>A quarta afirmativa é verdadeira. Literalidade do art.</p><p>96, II, “d” da Constituição Federal. Vejamos: “Art. 96.</p><p>Compete privativamente: (...) II - ao Supremo Tribunal</p><p>Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de</p><p>Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo,</p><p>observado o disposto no art. 169: (...) d) a alteração da</p><p>organização e da divisão judiciárias;”</p><p>Desta feita, a Alternativa A é a correta.</p><p>88. Com base no entendimento do STF e nas previsões</p><p>constitucionais sobre as atribuições do Poder Judiciário,</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>A) Em regra, o Poder Judiciário tem ampla</p><p>discricionariedade para determinar medidas de</p><p>constrição de receita pública, nos limites dos pedidos da</p><p>lide.</p><p>B) O texto constitucional não assegura autonomia</p><p>financeira ao Poder Judiciário, que só a possui por</p><p>construção jurisprudencial do STF.</p><p>C) A liberdade judicial para determinar medidas de</p><p>constrição da receita pública não viola o princípio da</p><p>separação dos poderes.</p><p>D) A Constituição confere ao Poder Judiciário capacidade</p><p>institucional para avaliar os impactos dos bloqueios e</p><p>sequestros de verbas sobre a atividade administrativa e</p><p>a programação financeira do ente, redistribuindo as</p><p>verbas públicas.</p><p>E) O Poder Judiciário não pode, por mera comodidade da</p><p>execução, determinar medida que acarrete gravame para</p><p>as atividades administrativas e financeiras do Estado.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Conforme decisão do STF na ADPF 664/ES (Informativo</p><p>1013), o Poder Judiciário não tem discricionariedade, e</p><p>muito menos ampla, para determinar medidas de</p><p>constrição de receita. Na verdade, isso só ocorre em</p><p>hipóteses excepcionais.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>A autonomia financeira do Poder Judiciário é uma</p><p>garantia constitucional, prevista no art. 99, caput, CF.</p><p>Vejamos:</p><p>“Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia</p><p>administrativa e financeira.”</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Diferente do que afirma a alternativa, se o Judiciário</p><p>passar a determinar as medidas de constrição de forma</p><p>ampla, haverá sim violação do princípio da separação</p><p>dos poderes, conforme o entendimento do STF na ADPF</p><p>664/ES (Informativo 1013).</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>44</p><p>A alternativa contraria o entendimento do STF na ADPF</p><p>664/ES (Informativo 1013). Conforme entende a Corte, o</p><p>Poder Judiciário não possui capacidade institucional</p><p>para avaliar os bloqueios e sequestro de verbas,</p><p>remanejando verbas públicas, pois se nem ao próprio</p><p>Poder Executivo é dado remanejar receitas públicas ao</p><p>seu livre arbítrio, se mostra temerário que o Poder</p><p>Judiciário o faça.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Esse é o entendimento do STF na ADPF 664/ES</p><p>(Informativo 1013). A Corte ressalta que essas medidas</p><p>só podem ser determinadas de forma excepcional.</p><p>89. Sobre a ação direita de inconstitucionalidade,</p><p>considerando a Constituição Federal e o entendimento</p><p>do STF sobre o tema, assinale a alternativa correta.</p><p>A) Pode ser proposta por um Deputado Federal.</p><p>B) O julgamento é de competência originária do STJ.</p><p>C) Os efeitos da declaração de inconstitucionalidade são</p><p>erga omnes.</p><p>D) Entidade de classe de âmbito estadual pode propor</p><p>ação direta de inconstitucionalidade.</p><p>E) É facultativa a manifestação do Advogado Geral da</p><p>União nas ações de inconstitucionalidade.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Os legitimados à proposição da ADI encontram-se</p><p>dispostos no art. 103, da CF e entre eles a figura do</p><p>deputado federal não encontra previsão para proposição</p><p>da demanda. Já a Mesa da Câmara dos Deputados é</p><p>legitimada a propor ADI, conforme art.103, III, da CF.</p><p>Vejamos:</p><p>“Art. 103. Podem propor a ação direta de</p><p>inconstitucionalidade e a ação declaratória de</p><p>constitucionalidade: (...)</p><p>III. a Mesa da Câmara dos Deputados;”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>O Tribunal competente para o processo e julgamento da</p><p>ação direta de inconstitucionalidade é o STF, conforme</p><p>indica o art. 102, I, a, da CF. Vejamos:</p><p>“Art.102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,</p><p>precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:</p><p>I. processar e julgar, originariamente:</p><p>a. a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato</p><p>normativo federal ou estadual e a ação declaratória de</p><p>constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;”</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>A decisão proferida pelo STF no julgamento da ADI</p><p>possui efeito oponível contra todos, conforme art.102,</p><p>§2º, da CF. Vejamos:</p><p>“Art.102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,</p><p>precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:</p><p>(...)</p><p>§2º. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo</p><p>Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de</p><p>inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de</p><p>constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e</p><p>efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do</p><p>Poder Judiciário e à administração pública direta e</p><p>indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.”</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>A entidade de classe é legitimada a propor ADI,</p><p>entretanto, precisa ser entidade de classe de âmbito</p><p>nacional, conforme art.103, IX, da CF. Vejamos:</p><p>“Art. 103. Podem propor a ação direta de</p><p>inconstitucionalidade e a ação declaratória de</p><p>constitucionalidade: (...)</p><p>IX. confederação sindical ou entidade de classe de</p><p>âmbito nacional.”</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Segundo o art.103, §1º, da CF, é obrigatória a</p><p>manifestação do AGU nas ações em que se discute a</p><p>inconstitucionalidade de norma constitucional. Vejamos:</p><p>“Art. 103. Podem propor a ação direta de</p><p>inconstitucionalidade e a ação declaratória de</p><p>constitucionalidade: (...)</p><p>§1º. Quando o Supremo Tribunal</p><p>Federal apreciar a</p><p>inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato</p><p>normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da</p><p>União, que defenderá o ato ou texto impugnado.”</p><p>90. Sobre as disposições gerais do Poder Judiciário,</p><p>identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as</p><p>assertivas abaixo.</p><p>( ) O Conselho Nacional de Justiça é membro do poder</p><p>Judiciário, embora não esteja expressamente previsto na</p><p>Constituição Federal.</p><p>( ) São órgãos do Poder Judiciário, dentre outros, os</p><p>Tribunais e juízes do Trabalho, os Tribunais e juízes</p><p>Militares e os membros dos Tribunais de Conta da União</p><p>e dos Estados.</p><p>( ) São órgãos do Poder Judiciário o Supremo Tribunal</p><p>Federal, o Superior Tribunal de Justiça e o Conselho</p><p>Nacional de Justiça.</p><p>( ) Os Tribunais Superiores tem jurisdição em todo</p><p>território nacional.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta,</p><p>de cima para baixo.</p><p>A) V – V – F – F.</p><p>B) F – F – V – V.</p><p>C) F – F – V – F.</p><p>D) V – F – V – V.</p><p>E) F – V – F – V.</p><p>Gabarito: B</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>45</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>A primeira alternativa é falsa. O CNJ está</p><p>expressamente previsto como órgão do Poder Judiciário,</p><p>no art. 92, I-A, da CF, tendo sido incluído pela famosa EC</p><p>nº45/2004 (Reforma do Judiciário).</p><p>A segunda alternativa é falsa. Os Tribunais de Conta,</p><p>embora a nomenclatura possa levar ao erro, se trata de</p><p>órgão administrativo. É órgão auxiliar do Congresso</p><p>Nacional na fiscalização das contas do Poder Executivo.</p><p>A terceira alternativa é verdadeira. Tais órgãos</p><p>compõem o Poder Judiciário, conforme art. 92, I, II e I-A,</p><p>da CF, respectivamente.</p><p>A quarta alternativa é verdadeira. Segundo o art. 92,</p><p>§2º, da CF, “O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais</p><p>Superiores têm jurisdição em todo o território nacional”.</p><p>Diante o exposto, a Alternativa B é a correta.</p><p>91. No que concerne à jurisprudência do STF quanto à</p><p>cláusula de reserva de plenário, assinale a alternativa</p><p>correta.</p><p>A) Não viola a cláusula de reserva de plenário a decisão</p><p>de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare</p><p>expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato</p><p>normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no</p><p>todo ou em parte.</p><p>B) Somente pelo voto da maioria simples de seus</p><p>membros ou dos membros do respectivo órgão especial</p><p>poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de</p><p>lei ou ato normativo do Poder Público.</p><p>C) Ao se discutir a constitucionalidade de uma lei, a</p><p>competência é originária do STF, através unicamente do</p><p>controle concentrado de constitucionalidade.</p><p>D) É desnecessária a submissão de demanda judicial à</p><p>regra da reserva de plenário na hipótese em que estiver</p><p>fundada em jurisprudência do Plenário do STF ou em</p><p>súmula deste Tribunal.</p><p>E) O afastamento, pelos órgãos judiciários a quo, de lei</p><p>ou ato normativo do poder público sem a expressa</p><p>declaração de inconstitucionalidade, não ofende, por si</p><p>só, a cláusula de reserva de plenário.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Trata-se da Súmula Vinculante nº 10, do STF: Viola a</p><p>cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de</p><p>órgão fracionário de tribunal que, embora não declare</p><p>expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato</p><p>normativo do poder público, afasta sua incidência, no</p><p>todo ou em parte.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Segundo o art. 97, da CF, exige-se o voto da maioria</p><p>absoluta. Vejamos:</p><p>“Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus</p><p>membros ou dos membros do respectivo órgão especial</p><p>poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de</p><p>lei ou ato normativo do Poder Público.”</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Existe o controle difuso ou incidental de</p><p>constitucionalidade, operado pelo juiz singular, com</p><p>efeito inter partes. Nem toda demanda que suscite</p><p>questão constitucional é apreciada originariamente pelo</p><p>STF. Pode chegar por meio recursal, nos casos de</p><p>controle difuso.</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>Trata-se de hipótese excepcional de dispensa da</p><p>cláusula de reserva de plenário. No caso em tela, o STF</p><p>diz o seguinte: “A jurisprudência pacífica desta Corte,</p><p>agora reafirmada em sede de repercussão geral, entende</p><p>que é desnecessária a submissão de demanda judicial à</p><p>regra da reserva de plenário na hipótese em que a</p><p>decisão judicial estiver fundada em jurisprudência do</p><p>Plenário do STF ou em súmula deste Tribunal, nos</p><p>termos dos arts. 97 da CF e 481, parágrafo único, do</p><p>CPC”.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>No caso em tela, há violação, assim é o entendimento no</p><p>STF, nos seguintes termos: “Afastamento, pelos órgãos</p><p>judiciários a quo, de lei ou ato normativo do poder público</p><p>sem a expressa declaração de inconstitucionalidade.</p><p>Ofensa à cláusula de reserva de plenário”.</p><p>92. Com relação ao remédio constitucional, habeas</p><p>corpus, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as</p><p>assertivas abaixo.</p><p>( ) O assistente do Ministério Público é legitimado para</p><p>recorrer, extraordinariamente, da decisão concessiva de</p><p>habeas corpus.</p><p>( ) É possível a impetração de habeas corpus originário</p><p>para o Tribunal Pleno de decisão de turma, ou do</p><p>plenário, proferida em habeas corpus ou no respectivo</p><p>recurso.</p><p>( ) Quando tratar de ação penal, caberá habeas corpus</p><p>contra pena de multa, ou qualquer pena pecuniária</p><p>unicamente cominada.</p><p>( ) A sentença de primeira instância, concessiva de</p><p>habeas corpus em caso de crime praticado em</p><p>detrimento de bens, serviços ou interesses da União está</p><p>sujeita a recurso “ex officio”.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta,</p><p>de cima para baixo.</p><p>A) V – V – F – V.</p><p>B) F – V – F – V.</p><p>C) F – F – V – V.</p><p>D) V – V – V – F.</p><p>E) F – F – F – V.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>46</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>A primeira afirmativa é falsa. O MP não possui</p><p>legitimidade para recorrer extraordinariamente da</p><p>decisão concessiva de HC. Entendimento da súmula 208</p><p>do STF. Vejamos: “Súmula 208 do STF. O assistente do</p><p>Ministério Público não pode recorrer,</p><p>extraordinariamente, de decisão concessiva de habeas</p><p>corpus.”</p><p>A segunda afirmativa é falsa. De acordo com a súmula</p><p>606 do STF, não é possível a impetração do HC nessa</p><p>hipótese. Entretanto, cumpre destacar que se o habeas</p><p>corpus fosse contra decisão monocrática de Ministro do</p><p>STF, seria cabível sua impetração. Ou seja, a súmula é</p><p>aplicável para atos do colegiado (turma ou plenário), não</p><p>sendo aplicável para ato individual do Ministro. Bastante</p><p>atenção nesse detalhe! Vejamos: “Súmula 606 do STF.</p><p>Não cabe habeas corpus originário para o Tribunal Pleno</p><p>de decisão de turma, ou do plenário, proferida em habeas</p><p>corpus ou no respectivo recurso.”</p><p>A terceira afirmativa é falsa. Aqui é muito comum ser</p><p>induzido ao erro. Independente de ser uma demanda</p><p>penal, não caberá habeas corpus contra decisão</p><p>condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em</p><p>curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a</p><p>única cominada. É a redação da súmula 695 do STF.</p><p>Vejamos: “Súmula 695 do STF. Não cabe habeas corpus</p><p>contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo</p><p>a processo em curso por infração penal a que a pena</p><p>pecuniária seja a única cominada.”</p><p>A quarta afirmativa é verdadeira. Exatamente o teor da</p><p>súmula 344 do STF. Vejamos: “Súmula 344 do STF.</p><p>Sentença de primeira instância concessiva de habeas</p><p>corpus, em caso de crime praticado em detrimento de</p><p>bens, serviços ou interesses da União, está sujeita a</p><p>recurso ex officio.”</p><p>Diante o exposto, a Alternativa E é a correta.</p><p>93. Considerando as orientações</p><p>sumuladas do STF e do</p><p>STJ, no que diz respeito ao Mandado de Segurança,</p><p>identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as</p><p>assertivas abaixo.</p><p>( ) A teoria da encampação poderá ser aplicada ao MS</p><p>quando houver vínculo hierárquico entre a autoridade</p><p>que prestou informações e a que ordenou a prática do ato</p><p>impugnado ou quando houver manifestação do mérito</p><p>nas informações prestadas e ausência de modificação de</p><p>competência estabelecida na Constituição Federal.</p><p>( ) No mandado de segurança contra a nomeação de</p><p>magistrado da competência do Presidente da República,</p><p>este é considerado autoridade coatora, ainda que o</p><p>fundamento da impetração seja nulidade ocorrida em</p><p>fase anterior do procedimento.</p><p>( ) A impetração do mandado de segurança coletivo por</p><p>entidade de classe em favor dos associados depende da</p><p>autorização destes.</p><p>( ) A entidade de classe tem legitimação para o mandado</p><p>de segurança ainda quando a pretensão veiculada</p><p>interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta,</p><p>de cima para baixo.</p><p>A) V – V – F – V.</p><p>B) F – V – F – V.</p><p>C) F – F – V – V.</p><p>D) V – V – V – F.</p><p>E) F – F – F – V.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>A primeira afirmativa é falsa. Segundo a súmula 628 do</p><p>STJ, de altíssima incidência em provas no ano de 2019,</p><p>os requisitos para a aplicação da teoria da encampação</p><p>ao mandado de segurança são cumulativos e não</p><p>alternativos. Vejamos: “Súmula 628 do STJ. A teoria da</p><p>encampação é aplicada no mandado de segurança</p><p>quando presentes, cumulativamente, os seguintes</p><p>requisitos: a) existência de vínculo hierárquico entre a</p><p>autoridade que prestou informações e a que ordenou a</p><p>prática do ato impugnado; b) manifestação a respeito do</p><p>mérito nas informações prestadas; e c) ausência de</p><p>modificação de competência estabelecida na</p><p>Constituição Federal.”</p><p>A segunda afirmativa é verdadeira. Redação literal da</p><p>súmula 627 do STF. Vejamos: “Súmula 627 do STF. No</p><p>mandado de segurança contra a nomeação de</p><p>magistrado da competência do Presidente da República,</p><p>este é considerado autoridade coatora, ainda que o</p><p>fundamento da impetração seja nulidade ocorrida em</p><p>fase anterior do procedimento.”</p><p>A terceira afirmativa é falsa. No caso do MS coletivo</p><p>impetrado por entidade de classe, não é necessário a</p><p>autorização específica dos associados. Cuidado para</p><p>não confundir com a hipótese de ACP, que precisará da</p><p>autorização. Súmula 629 do STF. Vejamos: “Súmula 629</p><p>do STF. A impetração de mandado de segurança coletivo</p><p>por entidade de classe em favor dos associados</p><p>independe da autorização destes.”</p><p>A quarta afirmativa é verdadeira. Exatamente o que</p><p>dispõe a súmula 630 do STF. Vejamos: “Súmula 630 do</p><p>STF. A entidade de classe tem legitimação para o</p><p>mandado de segurança ainda quando a pretensão</p><p>veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva</p><p>categoria.”</p><p>Diante o exposto a Alternativa B é a correta.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>47</p><p>94. O Poder Legislativo brasileiro, em âmbito federal, é</p><p>exercido por meio do Congresso Nacional. Quanto ao</p><p>funcionamento, características e atribuições, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) O Congresso Nacional possui estrutura unicameral.</p><p>B) No exercício da competência exclusiva, é dispensada</p><p>a manifestação do Presidente da República por meio de</p><p>sanção ou veto.</p><p>C) A Câmara dos Deputados, componente do Congresso</p><p>Nacional, é composta por representantes dos Estados e</p><p>do Distrito Federal.</p><p>D) O Senado Federal, componente do Congresso</p><p>Nacional, é composto por representantes dos Estados,</p><p>mas não do Distrito Federal.</p><p>E) Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do</p><p>Presidente da República, autorizar o Vice-Presidente da</p><p>República a se ausentar do País, quando a ausência</p><p>exceder a quinze dias.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Nos termos do art. 44, caput, da CF, o Poder Legislativo</p><p>é exercido pelo Congresso Nacional (CN), que se</p><p>compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.</p><p>Portanto, o CN possui estrutura bicameral.</p><p>Apenas o Poder Legislativo federal possui estrutura</p><p>bicameral. Nas outras esferas, o Legislativo possui</p><p>formação unicameral: Assembleia Legislativa, no âmbito</p><p>estadual; Câmara dos Vereadores, na esfera municipal;</p><p>Câmara Legislativa, no âmbito distrital; e Câmara</p><p>Territorial, para os Territórios Federais.</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>O doutrinador Pedro Lenza leciona que as matérias do</p><p>art. 49 da CF, que trata da competência exclusiva do CN,</p><p>dispensam a manifestação do Presidente da República,</p><p>através da sanção ou do veto. Isso porque as atribuições</p><p>elencadas no art. 49 se materializam por meio de decreto</p><p>legislativo.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>A Câmara dos Deputados realmente compõe o</p><p>Congresso Nacional (art. 44, caput, da CF). Entretanto,</p><p>conforme explica a doutrina, ela é composta por</p><p>representantes do povo: isso significa que a Câmara é</p><p>formada por Deputados Federais eleitos para manifestar</p><p>a vontade popular.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>O Senado Federal também compõe o Congresso</p><p>Nacional (art. 44, caput, da CF). Ademais, o Senado é</p><p>composto por representantes dos Estados e do Distrito</p><p>Federal.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Nos termos do art. 49, III, da CF, autorizar o Vice-</p><p>Presidente da República a se ausentar do País, quando</p><p>a ausência exceder a quinze dias, é da competência</p><p>exclusiva do Congresso Nacional, ou seja, dispensa a</p><p>sanção ou o veto do Presidente da República.</p><p>95. Considerando as normas constitucionais a respeito</p><p>dos Idosos, das Crianças e do Meio Ambiente, marque a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) Incumbe, unicamente, aos órgãos públicos o cuidado</p><p>com as crianças.</p><p>B) Na forma das disposições constitucionais, o amparo</p><p>ao idoso é obrigação exclusiva da família.</p><p>C) A violação do meio ambiente implica a aplicação de</p><p>sanção penal às pessoas físicas. Em outro giro, pessoas</p><p>jurídicas não sofrem este tipo de penalização.</p><p>D) O meio ambiente é um bem especial, de propriedade</p><p>da Administração Pública, que deve protegê-lo e</p><p>assegurá-lo às gerações presente e futura.</p><p>E) Aos maiores de 65 anos é garantida a gratuidade nos</p><p>transportes coletivos urbanos.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Como afirma o art. 227, CF, é dever da família, da</p><p>sociedade e do Estado assegurar à criança, direito à vida,</p><p>à saúde, à alimentação, dentre outros. Assim, esta</p><p>obrigação não se limita ao Poder Público. Observem:</p><p>“Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado</p><p>assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com</p><p>absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à</p><p>alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização,</p><p>à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à</p><p>convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a</p><p>salvo de toda forma de negligência, discriminação,</p><p>exploração, violência, crueldade e opressão.”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Na forma do art. 230, CF/88, a família, a sociedade e o</p><p>Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Apesar de estarmos falando de sanções penais, o art.</p><p>225, §3º, CF/88, afirma que as condutas e atividades</p><p>consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os</p><p>infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções</p><p>penais e administrativas, independentemente da</p><p>obrigação de reparar os danos causados.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>O art. 225, CF, afirma que o meio ambiente é bem de uso</p><p>comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida.</p><p>Assim, não há exclusividade de propriedade, referente</p><p>ao Poder Público. Vejamos:</p><p>“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente</p><p>ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo</p><p>e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se</p><p>ao</p><p>Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e</p><p>preservá- lo para as presentes e futuras gerações.”</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>48</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>A assertiva trouxe a exata previsão do art. 230, §2º,</p><p>CF/88. Vejamos:</p><p>“Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever</p><p>de amparar as pessoas idosas, assegurando sua</p><p>participação na comunidade, defendendo sua dignidade</p><p>e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.</p><p>§ 1º Os programas de amparo aos idosos serão</p><p>executados preferencialmente em seus lares.</p><p>§ 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é</p><p>garantida a gratuidade dos transportes coletivos</p><p>urbanos.”</p><p>Legislação Específica</p><p>96. Com base na Constituição do Estado do Ceará, no</p><p>tocante a Segurança Pública e a Defesa Civil, assinale a</p><p>alternativa incorreta.</p><p>A) O Conselho de Segurança Pública é órgão com</p><p>funções consultivas e fiscalizadoras da política de</p><p>segurança pública.</p><p>B) O Conselho gozará de autonomia administrativa e</p><p>financeira, com quadro próprio de pessoal e dotações</p><p>orçamentárias que lhe sejam diretamente vinculadas.</p><p>C) A segurança pública e a defesa civil são cumpridas</p><p>pelo Estado do Ceará para proveito geral, com</p><p>responsabilidade cívica de todos na preservação da</p><p>ordem coletiva, e com direito que a cada pessoa assiste</p><p>de receber legítima proteção para sua incolumidade e</p><p>socorro, em casos de infortúnio ou de calamidade, e</p><p>garantia ao patrimônio público, mas não privado, e à</p><p>tranquilidade geral da sociedade.</p><p>D) Todos os órgãos que integram o sistema de segurança</p><p>pública e defesa civil estão identificados pelo comum</p><p>objetivo de proteger a pessoa humana e combater os</p><p>atos atentatórios aos seus direitos.</p><p>E) A atividade policial é submetida ao controle externo do</p><p>Ministério Público.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, o enunciado pediu a alternativa incorreta,</p><p>portanto temos a letra C. A garantia, oferecida pela</p><p>segurança pública, será, tanto ao patrimônio público,</p><p>quanto o privado, conforme o art. 178 da Constituição</p><p>Estadual do Ceará.</p><p>Art. 178. A segurança pública e a defesa civil são</p><p>cumpridas pelo Estado do Ceará para proveito geral, com</p><p>responsabilidade cívica de todos na preservação da</p><p>ordem coletiva, e com direito que a cada pessoa assiste</p><p>de receber legítima proteção para sua incolumidade e</p><p>socorro, em casos de infortúnio ou de calamidade, e</p><p>garantia ao patrimônio público ou privado e à</p><p>tranquilidade geral da sociedade, mediante sistema</p><p>assim constituído:</p><p>I – Polícia Civil; e</p><p>II – Organizações Militares:</p><p>a) Polícia Militar; e</p><p>b) Corpo de Bombeiros</p><p>97. De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos</p><p>Civis do Estado do Ceará - Lei no 9.826, de 14 de maio</p><p>de 1974, assinale a única alternativa que não comporta</p><p>um requisito para a posse em cargo público.</p><p>A) Ser Brasileiro.</p><p>B) Residir na respectiva comarca.</p><p>C) Estar quite com as obrigações militares e eleitorais.</p><p>D) Estar no gozo dos direitos políticos.</p><p>E) Ter boa conduta.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Conforme o art. 20 do referido Estatuto: Só poderá ser</p><p>empossado em cargo público quem satisfizer os</p><p>seguintes requisitos:</p><p>I - ser brasileiro;</p><p>II - ter completado 18 anos de idade;</p><p>III - estar no gozo dos direitos políticos;</p><p>IV - estar quite com as obrigações militares e</p><p>eleitorais;</p><p>V - ter boa conduta;</p><p>VI - gozar saúde, comprovada em inspeção médica, na</p><p>forma legal e regulamentar;</p><p>VII - possuir aptidão para o cargo;</p><p>VIII - ter-se habilitado previamente em concurso, exceto</p><p>nos casos de nomeação para cargo em comissão ou</p><p>outra forma de provimento para a qual não se exija o</p><p>concurso;</p><p>IX - ter atendido às condições especiais, prescritas em lei</p><p>ou regulamento para determinados cargos ou categorias</p><p>funcionais.</p><p>Portanto, não é requisito para a posse em cargo</p><p>público, residir na respectiva comarca.</p><p>98. De acordo com a Lei nº 12.124, de 06 de julho de</p><p>1993 (Estatuto da Polícia Civil de Carreira do Estado do</p><p>Ceará), os cargos pertencentes a Polícia Civil serão</p><p>preenchidos por:</p><p>A) Nomeação, Ascenção Funcional e Reintegração.</p><p>B) Nomeação, Reformação e Bravura.</p><p>C) Nomeação, Comissão e Alienação.</p><p>D) Posse, Reintegração e Transformação.</p><p>E) Promoção, Ascenção e Nomeação.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Direto ao ponto e sem enrolação, caveira.</p><p>TÍTULO IV</p><p>DO PROVIMENTO DE CARGOS</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>49</p><p>CAPÍTULO I</p><p>DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES</p><p>Art. 9º - Os cargos pertencentes a Polícia Civil serão</p><p>preenchidos por:</p><p>I – Nomeação</p><p>II - Ascensão Funcional</p><p>III – Reintegração</p><p>99. De acordo com a Lei nº 12.124, de 06 de julho de</p><p>1993 (Estatuto da Polícia Civil de Carreira do Estado do</p><p>Ceará), será considerado de efetivo exercício,</p><p>ressalvadas as exceções previstas neste Estatuto e</p><p>Legislação Complementar, o afastamento em virtude de:</p><p>A) Casamento, 7 dias.</p><p>B) Luto, 5 dias.</p><p>C) Licença Paternidade, 2 dias.</p><p>D) Doença por período não superior a 03 dias por mês.</p><p>E) Decorrente de período de trânsito, de viagem do</p><p>servidor que mudar de sede, contado da data do</p><p>desligamento e até o máximo de 15 dias.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>TÍTULO VIII</p><p>DOS DIREITOS E VANTAGENS</p><p>CAPÍTULO I</p><p>DO TEMPO DE SERVIÇO</p><p>Art. 55 - O tempo de serviço compreende o período de</p><p>efetivo exercício das atribuições de cargo ou função ou</p><p>emprego público.</p><p>§ 1º - Será considerado de efetivo exercício, ressalvadas</p><p>as exceções previstas neste Estatuto e Legislação</p><p>Complementar, o afastamento em virtude de: (...)</p><p>II - casamento, oito dias;</p><p>III - luto, oito (08) dias, por falecimento de cônjuge ou</p><p>companheiro, parente, consanguíneos ou afins, até o 2º</p><p>grau, inclusive madrasta, padrasto e pais adotivos;</p><p>IV - luto, dois (02) dias, por falecimento de tios e</p><p>cunhados;</p><p>XVI - licença paternidade, de cinco(05) dias;</p><p>XVIII - doença por período não superior a três (03) dias</p><p>por mês, devidamente comprovada na data do retorno ao</p><p>serviço; (Gabarito da questão)</p><p>XX - decorrente de período de trânsito, de viagem do</p><p>servidor que mudar de sede, contado da data do</p><p>desligamento e até o máximo de dez (10) dias;</p><p>100. Nos termos da Lei Complementar no 98, de 13 de</p><p>junho de 2011, (Criação da Controladoria Geral de</p><p>Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema</p><p>Penitenciário do estado do Ceará), assinale a alternativa</p><p>correta</p><p>A) A autoridade que determinar a instauração ou presidir</p><p>processo administrativo disciplinar, bem como as</p><p>Comissões e Conselhos, poderão, a qualquer tempo,</p><p>propor, de forma fundamentada, ao Governador do</p><p>Estado a aplicação de afastamento preventivo ou</p><p>cessação de seus efeitos.</p><p>B) Os processos administrativos disciplinares em que</p><p>haja suspensão não tramitarão em regime de prioridade</p><p>nas respectivas Comissões e Conselhos.</p><p>C) O período de afastamento das funções não será</p><p>computado, para todos os efeitos legais, como de efetivo</p><p>exercício, salvo para fins de promoção, seja por</p><p>merecimento ou por antiguidade.</p><p>D) Na hipótese de decisão de mérito favorável ao</p><p>servidor, cessarão, após a publicação, as restrições</p><p>impostas, sendo o tempo de afastamento</p><p>preventivo computado retroativamente para fim de</p><p>promoção apenas por merecimento.</p><p>E) Os servidores dos Órgãos vinculados à Secretaria da</p><p>Segurança Pública e Defesa Social e os agentes</p><p>penitenciários afastados de suas funções, ficarão à</p><p>disposição da unidade de Recursos Humanos a que</p><p>estiverem vinculados, que deverá reter a identificação</p><p>funcional, distintivo, arma, algema ou qualquer outro</p><p>instrumento funcional</p><p>que esteja em posse do servidor, e</p><p>remeter à Controladoria Geral de Disciplina cópia do ato</p><p>de retenção, por meio digital, e relatório de sua</p><p>frequência.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Questão letra de lei, que trouxe os parágrafos do</p><p>importante artigo 18 da referida Lei Complementar.</p><p>Art. 18. Compete ao Governador do Estado e ao</p><p>Controlador Geral, sem prejuízo das demais autoridades</p><p>legalmente competentes, afastar preventivamente das</p><p>funções os servidores integrantes do grupo de atividade</p><p>de polícia judiciária, policiais militares, bombeiros</p><p>militares e agentes penitenciários que estejam</p><p>submetidos à sindicância ou processo administrativo</p><p>disciplinar, por prática de ato incompatível com a função</p><p>pública, no caso de clamor público ou quando necessário</p><p>á garantia da ordem pública, à instrução regular da</p><p>sindicância ou do processo administrativo disciplinar e à</p><p>viabilização da correta aplicação de sanção disciplinar.</p><p>§ 1º O afastamento de que trata o caput deste artigo é</p><p>ato discricionário, atendendo à sugestão fundamentada</p><p>do Secretário da Segurança Pública e Defesa Social e do</p><p>Secretário de Justiça e Cidadania, do Controlador Geral</p><p>Adjunto, dos Coordenadores de Disciplina Militar e Civil e</p><p>dos Presidentes de Comissão.</p><p>§ 2º O afastamento das funções implicará na suspensão</p><p>do pagamento das vantagens financeiras de natureza</p><p>eventual, e das prerrogativas funcionais dos servidores</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>50</p><p>integrantes do grupo de atividade de polícia judiciária,</p><p>policiais militares, bombeiros militares e agentes</p><p>penitenciários, podendo perdurar a suspensão por até</p><p>120 (cento e vinte) dias, prorrogável uma única vez, por</p><p>igual período.</p><p>§ 3º Os servidores dos Órgãos vinculados à Secretaria</p><p>da Segurança Pública e Defesa Social e os agentes</p><p>penitenciários afastados de suas funções, ficarão à</p><p>disposição da unidade de Recursos Humanos a que</p><p>estiverem vinculados, que deverá reter a identificação</p><p>funcional, distintivo, arma, algema ou qualquer outro</p><p>instrumento funcional que esteja em posse do servidor, e</p><p>remeter à Controladoria Geral de Disciplina cópia do ato</p><p>de retenção, por meio digital, e relatório de sua</p><p>frequência. (Gabarito da questão)</p><p>§4º Os processos administrativos disciplinares em que</p><p>haja suspensão tramitarão em regime de prioridade</p><p>nas respectivas Comissões e Conselhos. (Letra B)</p><p>§ 5º Findo o prazo do afastamento sem a conclusão do</p><p>processo administrativo, os servidores mencionados nos</p><p>parágrafos anteriores retornarão às atividades</p><p>meramente administrativas, com restrição ao uso e porte</p><p>de arma, até decisão do mérito disciplinar, devendo o</p><p>referido setor competente remeter à Controladoria Geral</p><p>de Disciplina relatório de frequência e sumário de</p><p>atividades por estes desenvolvidas, por meio digital.</p><p>§ 6º O período de afastamento das funções será</p><p>computado, para todos os efeitos legais, como de</p><p>efetivo exercício, salvo para fins de promoção, seja por</p><p>merecimento ou por antiguidade. (Letra C)</p><p>§ 7º Na hipótese de decisão de mérito favorável ao</p><p>servidor, cessarão, após a publicação, as restrições</p><p>impostas, sendo o tempo de afastamento</p><p>preventivo computado retroativamente para fim de</p><p>promoção por merecimento e antiguidade. (Letra D)</p><p>§ 8º A autoridade que determinar a instauração ou</p><p>presidir processo administrativo disciplinar, bem como as</p><p>Comissões e Conselhos, poderão, a qualquer tempo,</p><p>propor, de forma fundamentada, ao Controlador Geral a</p><p>aplicação de afastamento preventivo ou cessação de</p><p>seus efeitos. (Letra A)</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>dentre outras coisas, previu este sujeito processual como responsável por</p><p>garantir a legalidade e a aplicação dos direitos fundamentais durante a fase preliminar.</p><p>Daquele momento em diante, tal instituto vem sendo substancialmente discutido e reivindicado</p><p>pela doutrina e por parte dos operadores do direito que, visando a adequar a práxis penal ao</p><p>arcabouço normativo previsto na Constituição de 1988, demonstram a importância de sua</p><p>inclusão no ordenamento jurídico pátrio.2</p><p>Com efeito, por força da Lei nº 13.964 de 2019, foi incorporada na legislação brasileira a</p><p>figura do juiz das garantias, a qual, embora represente uma conquista importante para a</p><p>concretização da democracia, não foi efetivamente implementada, pelos motivos que veremos</p><p>na questão “c”.</p><p>b. Descreva, ao menos, três competências do juiz de garantias;</p><p>As dezessete, em regra, competências atinentes ao juiz das garantias estão dispostas</p><p>no art. 3º-B do CPP:</p><p>Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da</p><p>legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos</p><p>individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do</p><p>Poder Judiciário, competindo-lhe especialmente:</p><p>I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do</p><p>inciso LXII do caput do art. 5º da Constituição Federal;</p><p>II - receber o auto da prisão em flagrante para o controle da</p><p>legalidade da prisão, observado o disposto no art. 310 deste Código</p><p>III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo</p><p>determinar que este seja conduzido à sua presença, a qualquer</p><p>tempo;</p><p>IV - ser informado sobre a instauração de qualquer</p><p>investigação criminal;</p><p>V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou outra</p><p>medida cautelar, observado o disposto no § 1º deste artigo;</p><p>1 Leia mais sobre esse assunto aqui [link].</p><p>2 Leia mais sobre esse assunto aqui [link].</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>3</p><p>VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, bem</p><p>como substituí-las ou revogá-las, assegurado, no primeiro caso, o</p><p>exercício do contraditório em audiência pública e oral, na forma do</p><p>disposto neste Código ou em legislação especial pertinente;</p><p>VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada de</p><p>provas consideradas urgentes e não repetíveis, assegurados o</p><p>contraditório e a ampla defesa em audiência pública e oral; inquérito,</p><p>estando o investigado preso, em vista das razões apresentadas pela</p><p>autoridade policial e observado o disposto no § 2º deste artigo;</p><p>IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando não</p><p>houver fundamento razoável para sua instauração ou prosseguimento</p><p>X - requisitar documentos, laudos e informações ao delegado</p><p>de polícia sobre o andamento da investigação</p><p>XI - decidir sobre os requerimentos de:</p><p>a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em</p><p>sistemas de informática e telemática ou de outras formas de</p><p>comunicação</p><p>b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e</p><p>telefônico;</p><p>c) busca e apreensão domiciliar</p><p>d) acesso a informações sigilosas;</p><p>e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam direitos</p><p>fundamentais do investigado;</p><p>XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do oferecimento</p><p>da denúncia;</p><p>XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade</p><p>mental;</p><p>XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos</p><p>termos do art. 399 deste Código;</p><p>XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o</p><p>direito outorgado ao investigado e ao seu defensor de acesso a todos</p><p>os elementos informativos e provas produzidos no âmbito da</p><p>investigação criminal, salvo no que concerne, estritamente, às</p><p>diligências em andamento;</p><p>XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para</p><p>acompanhar a produção da perícia;</p><p>XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não</p><p>persecução penal ou os de colaboração premiada, quando</p><p>formalizados durante a investigação;</p><p>XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas</p><p>no caput deste artigo;</p><p>c. Verse sobre a atual posição do STF sobre o referido instituto.</p><p>A atual posição do adotada pelo STF sobre o instituto do juiz das garantias é de</p><p>suspensão, por tempo indeterminado, da implementação do instituto e seus consectários. A</p><p>decisão pode ser encontrada na ADI 6305.</p><p>O Min. Luís Fux, em seus fundamentos, asseverou que, a partir de uma leitura</p><p>formalista, poderia se sustentar haver um ponto controverso sobre a natureza jurídica desses</p><p>dispositivos, em razão de terem somente acrescentado ao processo penal uma mera regra de</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>4</p><p>impedimento do juiz criminal, somada à divisão de competências entre magistrados para as</p><p>fases de investigação e de instrução processual. Assim, tais dispositivos teriam natureza de</p><p>leis processuais gerais, definidoras de procedimentos e competências em matéria processual</p><p>penal, o que permitiria a iniciativa legislativa por qualquer dos três poderes, conforme o artigo</p><p>22 da Constituição da República.</p><p>O ministro, ainda, reconheceu a inconstitucionalidade material dos dispositivos 3º-B a 3º-</p><p>F, sobretudo no que se refere à ausência de dotação orçamentária e estudos de impacto</p><p>prévios para implementação da medida. Nesse sentido, reconheceu que a implementação do</p><p>juiz das garantias traria um inegável impacto orçamentário ao Poder Judiciário (v.g.</p><p>deslocamentos funcionais de magistrados; soluções de tecnologia; reestruturação e</p><p>redistribuição de recursos humanos e materiais; etc.), além de terem violado diretamente os</p><p>artigos 169 e 99 da Constituição da República, tendo em vista que o primeiro exige prévia</p><p>dotação orçamentária para a realização de despesas por parte da União, dos Estados, do</p><p>Distrito Federal, e o segundo garante ao Poder Judiciário autonomia orçamentária.3</p><p>Os ensinamentos do julgado são ricos para o seu estudo, e não se esgotam nestas</p><p>linhas (elas contém apenas o principal para te fazer ter um bom embasamento de resposta),</p><p>sugerimos, assim, que continue a leitura através do seguinte link:</p><p>https://cadernopaic.fae.edu/cadernopaic/article/download/494/449.</p><p>EXEMPLO DE REDAÇÃO</p><p>O juiz das garantias é o sujeito processual incumbido de atuar na fase pré-processual.</p><p>Trata-se de uma figura que atua na posição de garantidor do respeito às normas</p><p>constitucionais e, como consequência, é capaz de possibilitar uma jurisdição penal imparcial. A</p><p>sua competência se encerra com o início da fase processual.</p><p>Importante salientar, portanto, as competências do juiz das garantias. O CPP traz, em</p><p>seu artigo sobre o tema, dezoito incisos que versam sobre as competências atinentes ao cargo,</p><p>duas dessas competências são: zelar pela observância dos direitos do preso, podendo</p><p>determinar que este seja conduzido à sua presença, a qualquer tempo, e ser informado sobre a</p><p>instauração de qualquer investigação criminal.</p><p>Por fim, o posicionamento do STF sobre a temática encontra-se destacado no</p><p>ensinamento da ADI 6305. Neste processo, o Ministro Luiz Fux suspendeu a eficácia da norma</p><p>jurídica no que se refere ao juiz das garantias, logo, a norma não está apta a produzir os seus</p><p>efeitos. Assim, atualmente, o STF suspendeu, por tempo indeterminado a implementação do</p><p>instituto “juiz das garantias”.</p><p>3 Informações encontradas aqui [link].</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>1</p><p>CONHECIMENTOS BÁSICOS</p><p>Língua Portuguesa</p><p>TEXTO 1.</p><p>A Última Crônica.</p><p>A caminho de casa, entro num botequim da</p><p>Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade</p><p>estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me</p><p>assusta. Gostaria de</p><p>estar inspirado, de coroar com êxito</p><p>mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no</p><p>cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da</p><p>vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto</p><p>da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava</p><p>ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do</p><p>acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas</p><p>palavras de uma criança ou num acidente doméstico,</p><p>torno-me simples espectador e perco a noção do</p><p>essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e</p><p>tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na</p><p>lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não</p><p>sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último</p><p>olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem</p><p>uma crônica.</p><p>Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba</p><p>de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao</p><p>longo da parede de espelhos. A compostura da</p><p>humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se</p><p>acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três</p><p>anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido</p><p>pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa</p><p>balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes</p><p>de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que</p><p>compõem em torno à mesa a instituição tradicional da</p><p>família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se</p><p>preparam para algo mais que matar a fome.</p><p>Passo a observá-los. O pai, depois de contar o</p><p>dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o</p><p>garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no</p><p>balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-</p><p>se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se</p><p>aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve,</p><p>concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para</p><p>atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a</p><p>reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A</p><p>meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês.</p><p>O homem atrás do balcão apanha a porção do</p><p>bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples,</p><p>amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A</p><p>negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de</p><p>Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente.</p><p>Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe</p><p>e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A</p><p>mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira</p><p>qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos,</p><p>e espera. A filha aguarda também, atenta como um</p><p>animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.</p><p>São três velinhas brancas, minúsculas, que a</p><p>mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E</p><p>enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e</p><p>acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a</p><p>menininha repousa o queixo no mármore e sopra com</p><p>força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a</p><p>bater palmas, muito compenetrada, cantando num</p><p>balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “Parabéns</p><p>pra você, parabéns pra você…” Depois a mãe recolhe as</p><p>velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra</p><p>finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a</p><p>comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura –</p><p>ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo</p><p>que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim,</p><p>satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso</p><p>da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo,</p><p>nossos olhos se encontram, ele se perturba,</p><p>constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas</p><p>acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.</p><p>Assim eu quereria minha última crônica: que</p><p>fosse pura como esse sorriso.”</p><p>Fernando Sabino Disponível</p><p>em http://contobrasileiro.com.br/a-ultima-cronica-fernando-sabino/.</p><p>1. A partir da interpretação da situação retratada pelo</p><p>escritor em “A mulher suspira, olhando para os lados, a</p><p>reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali”,</p><p>pode-se afirmar que:</p><p>A) Comemorar um aniversário é um momento de alegria</p><p>e de confraternização entre os entes queridos.</p><p>B) Era uma ação rotineira e trivial estar em um botequim</p><p>comemorando um aniversário de uma filha.</p><p>C) A mulher parecia descontraída e bem animada em</p><p>comemorar o aniversário da sua filha naquele ambiente.</p><p>D) A situação de estar em um botequim, como cliente, e</p><p>de fazer um pedido parecia incomum para aquela mulher.</p><p>E) A ação é comum e natural de todas as classes.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveira, vamos lá. A crônica faz uma crítica ao</p><p>preconceito, e, não é pra você achar ou não o autor</p><p>racista, mas sim se atentar ao que se pede à questão.</p><p>Perceba que é incomum para aquela mulher estar ali, ela</p><p>se sente insegura, por isso olha aos lados, não é algo</p><p>comum, bem como se sente insegura, não possuem</p><p>tantas condições de estarem lá e o medo de sofrerem</p><p>preconceito.</p><p>Todas as outras letras falam como se fosse normal.</p><p>2. “Por que não começa a comer?”. A pergunta feita pelo</p><p>narrador tem, no texto, o objetivo de:</p><p>A) Esperar o garçom responder.</p><p>B) Fazer uma análise da situação.</p><p>C) Investigar uma situação suspeita.</p><p>D) Culpar a família por aquela situação.</p><p>E) Julgar a situação.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Combatentes, ele está analisando a situação,</p><p>geralmente, quando se chega o bolo, as pessoas comem,</p><p>ele fez uma análise. “Por que não estão comendo?”</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>2</p><p>E o trecho responde essa análise = “O homem atrás do</p><p>balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no</p><p>pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma</p><p>pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua</p><p>expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que</p><p>o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a</p><p>comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em</p><p>torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa</p><p>de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai</p><p>se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha</p><p>aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém</p><p>mais os observa além de mim.</p><p>São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe</p><p>espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela</p><p>serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as</p><p>velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa</p><p>o queixo no mármore e sopra com força, apagando as</p><p>chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito</p><p>compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se</p><p>juntam, discretos: “Parabéns pra você, parabéns pra</p><p>você…” Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-</p><p>las na bolsa.”.</p><p>Ele entende que é o aniversário de alguém.</p><p>3. Na situação observada pelo escritor, o que chamou</p><p>mais a sua atenção e serviu de inspiração para a sua</p><p>crônica foi (foram):</p><p>A) Os problemas de desigualdade social no Brasil.</p><p>B) A falta de atenção com relação ao atendimento</p><p>adequado no botequim.</p><p>C) A simplicidade e a pureza dos sentimentos envolvidos</p><p>naquela relação familiar.</p><p>D) Na comemoração do aniversário da garotinha.</p><p>E) Ao mal atendimento que recebem.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveira, o texto não fala muito sobre a desigualdade no</p><p>Brasil. Isso não fica claro. Ele apenas narra uma situação.</p><p>Tanto a B quanto a E são iguais e isso também não é</p><p>citado no texto se foram ou não mal atendidos.</p><p>A D até pode ser, mas foge um pouco, pois a inspiração</p><p>pro autor foi a C.</p><p>A simplicidade naquela relação, principalmente pelo final.</p><p>“Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos</p><p>se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila,</p><p>ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o</p><p>olhar e enfim se abre num sorriso.</p><p>Assim eu quereria minha última crônica: que fosse</p><p>pura como esse sorriso.”</p><p>Ou seja, a família com um bolo e uma coca fez uma</p><p>“festa” pra filha e isso foi o sorriso, a simplicidade, foi isso</p><p>que inspirou o autor.</p><p>4. As palavras “êxito”, “irrisório”</p><p>e “convivência” são</p><p>acentuadas por serem, correta e respectivamente:</p><p>A) Proparoxítona – paroxítona – oxítona.</p><p>B) Paroxítona – proparoxítona – proparoxítona.</p><p>C) Oxítona – paroxítona – paroxítona.</p><p>D) Proparoxítona – paroxítona – paroxítona.</p><p>E) Oxítona – proparoxítona – paroxítona.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Vamos separar as palavras.</p><p>Ê-XI-TO = proparoxítona, a antepenúltima sílaba é</p><p>acentuada.</p><p>IR-RI-SÓ-RIO = paroxítona, a penúltima sílaba é</p><p>acentuada ou a mais forte.</p><p>CON-VI-VÊN-CIA = paroxítona, a penúltima sílaba é</p><p>acentuada ou a mais forte.</p><p>Não adianta, Caveira, sempre é bom separar as sílabas</p><p>para termos uma certeza maior.</p><p>•Oxítona – última sílaba é acentuada ou a mais forte.</p><p>(sílaba mais forte é conhecida como sílaba tônica).</p><p>•Paroxítona – penúltima sílaba é acentuada ou a mais</p><p>forte.</p><p>•Proparoxítona – antepenúltima sílaba é acentuada.</p><p>TODAS as proparoxítonas são acentuadas.</p><p>Outra dica.</p><p>• Quando a paroxítona é acentuada – não se separam as</p><p>vogais, se houver da “última sílaba”. MA-TÉ-RIA (fica</p><p>junto o RIA).</p><p>• Quando não há acento, na paroxítona separam-se as</p><p>vogais. ME-LAN-CI-A (CI é a sílaba tônica).</p><p>Sem acento – Separa.</p><p>HIATO - Quando uma vogal fica sozinha, ou quando se</p><p>encontram em sílabas diferentes.</p><p>Mo-Í-do / a-men-dO-Im</p><p>pó (monossílabo tônico) / pa-le-tó (oxítona).</p><p>Cuidado Monossílabo tônico não é oxítona, pois não</p><p>ocorre separação silábica.</p><p>Ju-í-zes (regra do hiato)</p><p>Independentemente da posição, o hiato não se considera</p><p>se é oxítona ou paroxítona.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>3</p><p>5. Na sequência “A caminho de casa, entro num botequim</p><p>da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na</p><p>realidade estou adiando o momento de escrever. A</p><p>perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de</p><p>coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco</p><p>ou do irrisório no cotidiano de cada um.” os verbos em</p><p>destaque estão, correta e respectivamente no:</p><p>A) Infinitivo – gerúndio – particípio.</p><p>B) Infinitivo – particípio – gerúndio.</p><p>C) Particípio – gerúndio – infinitivo.</p><p>D) Particípio – infinitivo – gerúndio.</p><p>E) Gerúndio – infinitivo – particípio.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveira, os verbos em destaque estão em sua forma</p><p>nominal, ou seja, não tendo relação nenhuma com</p><p>nenhum modo ou tempo verbal.</p><p>TOMAR = infinitivo (como o verbo veio ao mundo).</p><p>ADIANDO = gerúndio (uma ação que está acontecendo).</p><p>INSPIRADO = particípio.</p><p>● Particípio – são os verbos terminados em – ADO,</p><p>IDO(no regular), já no irregular, geralmente, terminam</p><p>com TO. NÃO HÁ PARTICÍPIO TERMINADO EM –EDO.</p><p>(divulgado, feito, vivido, partido, escrito, posto).</p><p>● Gerúndio – são os verbos terminados em – NDO.</p><p>(fazendo, criando, estudando, passando).</p><p>● Infinitivo – são os verbos terminados em – AR, ER, IR,</p><p>OR. São os verbos no seu estado “natural”, como vieram</p><p>ao mundo.</p><p>(fazer, criar, supor, sorrir)</p><p>6. No que se ao uso de crase, analise os itens que se</p><p>seguem.</p><p>I. No segmento “Parabéns pra você, parabéns pra</p><p>você…” o vocábulo “pra” pode ser substituído por “à”.</p><p>II. Na sequência “Depois a mãe recolhe as velas [...]” é</p><p>facultativo o uso de crase após o vocábulo “Depois”.</p><p>III. No trecho “torna a guardá-las” o uso de crase é</p><p>proibido.</p><p>Está (ão) correto (os) o (os) item (ns):</p><p>A) I.</p><p>B) II e III.</p><p>C) II.</p><p>D) I e II.</p><p>E) III.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Item por item.</p><p>I) No segmento “Parabéns pra você, parabéns pra</p><p>você…” o vocábulo “pra” pode ser substituído por “à”.</p><p>Caveira, o uso da crase é proibido. Não vai crase antes</p><p>de pronome. Logo, esqueça.</p><p>II) Na sequência “Depois a mãe recolhe as velas [...]” é</p><p>facultativo o uso de crase após o vocábulo “Depois”.</p><p>Não é facultativo, é proibido.</p><p>Não há sentido o uso da crase ali, Policial, ficará com erro</p><p>gramatical.</p><p>III) No trecho “torna a guardá-las” o uso de crase é</p><p>proibido.</p><p>Certo. A no singular + palavra no plural = crase nem a</p><p>pau.</p><p>Não vai crase. E já não iria mesmo se fosse no singular.</p><p>Portanto, o único item correto é o III.</p><p>Vejamos mais sobre esse tema.</p><p>1) No geral antes de masculino não vai crase. CUIDADO:</p><p>caso se refira à moda de alguém, vai. Simulado à Projeto</p><p>Caveira. (À moda do Projeto Caveira).</p><p>2) Vou a, volto da, crase há. Vou à França, volto da</p><p>França.</p><p>3) Vou a, volto de, crase pra quê? Vou a Roma, volto de</p><p>Roma.</p><p>CUIDADO! Se tiver um complemento, ou seja, um</p><p>modificador no nome, haverá crase. Exemplo: Vou à</p><p>Roma das andorinhas.</p><p>4) Em locuções prepositivas, adverbiais ou conjuntivas</p><p>(femininas) Marcos vai ao cinema às escondidas. Às</p><p>vezes preferimos estudar. À medida que; à proporção</p><p>que.</p><p>5) Quando as palavras "rua", "loja", "estação de rádio",</p><p>“rede de televisão” estiverem subentendidas. Exemplo:</p><p>Maria chegou à Globo faz anos. (chegou à estação de</p><p>rádio, ou à rede de televisão).</p><p>6) a (preposição) + a inicial dos pronomes demonstrativos</p><p>aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo e dos relativos a</p><p>qual e as quais. Prefiro isto àquilo. Dedico-me àquele</p><p>trabalho de História. Esta é a obra à qual o professor fez</p><p>alusão ontem.</p><p>7) Na indicação de horas: Ele vai às sete horas. O curso</p><p>começa às vinte horas.</p><p>CUIDADO! para, após, desde e entre NÃO VAI CRASE.</p><p>Estou aqui desde as duas horas.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>4</p><p>8) Numerais não vai. Minha casa fica a duas quadras</p><p>daqui.</p><p>9) Antes de nomes próprios COMPLETOS. Referiu-se a</p><p>Ana Flávia Silva. Se for no singular há duas hipóteses, no</p><p>geral, usa-se sem crase. Referiu-se a Ana. (sem</p><p>intimidade) Referiu-se à Ana. (com intimidade, você é</p><p>intimo da pessoa, conhece bem)</p><p>10) Antes de verbo não vai = clichê. Todos sabem.</p><p>11) A no singular + palavra no plural = crase nem a pau</p><p>(todos sabem)</p><p>12) Antes de pronomes, exceto senhora e senhorita.</p><p>13) Antes das palavras casa, terra e distância. - Haverá</p><p>crase, se houver determinante. - Não haverá crase, se</p><p>não houver determinante. Jamais voltaria a casa depois</p><p>do que ela fez. Os deputados voltaram à Casa para a</p><p>votação. Educação a distância é uma tendência. Via-se o</p><p>barco à distância de quinhentos metros. Voltaram à terra</p><p>natal depois de anos.</p><p>14) Antes de que e de. Haverá crase se o "a" tiver valor</p><p>de aquela ou subentender palavra feminina. Referia-se à</p><p>de olhos claros. (aquela de olhos claros) Sua beleza era</p><p>igual à (subentende atitude) de outras moças. A peça a</p><p>que assisti era interessante, (só preposição)</p><p>15) Crase e Paralelismo Sintático Todos têm direito a</p><p>vida, liberdade, igualdade. Não há artigo antes de</p><p>liberdade e igualdade. Logo, não se coloca artigo antes</p><p>de vida. A sociedade é favorável a lei, ordem, regra, ou A</p><p>sociedade é favorável à lei, à ordem, à regra.</p><p>No geral são 4.</p><p>● Crase na primeira palavra e após sem crase.</p><p>“devido à sua rigidez administrativa, inadequação das</p><p>normas e grande quantidade de regulamentos”</p><p>Se só tiver a crase antes do primeiro termo, está tudo</p><p>certo.</p><p>● Pode ter crase em todos. Nada de deixar um só com</p><p>crase e os outros “a” sem o acento.</p><p>“devido à sua rigidez administrativa, à inadequação das</p><p>normas e à grande quantidade de regulamentos”</p><p>● Pode deixar os termos sem crase, para concordar com</p><p>o paralelismo.</p><p>“devido a sua rigidez administrativa, a inadequação das</p><p>normas e a grande quantidade de regulamentos”</p><p>● Pode também deixar o primeiro termo só com a</p><p>preposição sozinha.</p><p>“devido a sua rigidez administrativa, inadequação das</p><p>normas e grande quantidade de regulamentos”</p><p>A regra é praticamente igual com ou sem crase, Caveira.</p><p>Releia e perceba.</p><p>16) Não vai crase no meio de expressões com palavras</p><p>repetitivas. Exemplos: Ficamos cara a cara. Ela riu de</p><p>orelha a orelha.</p><p>17) CRASE FACULTATIVA – Famoso ATÉ SUA MARIA.</p><p>ATÉ (preposição - a única).</p><p>SUA (pronomes possessivos femininos – minha, tua,</p><p>nossa).</p><p>MARIA (nomes próprios femininos).</p><p>7. Na sequência “a que os pais se juntam, discretos:</p><p>“Parabéns pra você, parabéns pra você…””. há um tipo</p><p>de discurso:</p><p>A) Indireto.</p><p>B) Indireto livre.</p><p>C) Direto.</p><p>D) Lexical.</p><p>E) Verbal.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveira, vejamos os tipos de discurso, assim já podemos</p><p>matar as letras D e E.</p><p>● Discurso direto: o narrador “pausa” a sua narração e</p><p>deixa o personagem falar. Geralmente é seguido de</p><p>aspas ou travessão. Ou seja, o narrador se “exime” do</p><p>que é dito.</p><p>Exemplos:</p><p>● Os estudantes falaram: “Hoje somos livres e felizes”.</p><p>● O aluno do Caveira falou: “Amanhã serei Policial”.</p><p>● Discurso indireto: aqui o narrador fala pelo</p><p>personagem. Não há o personagem falando.</p><p>Exemplos:</p><p>● Os estudantes falaram que seriam livres e felizes.</p><p>● A aluna do Caveira disse eufórica que será Policial.</p><p>● Discurso indireto livre: ocorre uma mistura. Não</p><p>existem sinais que mostrem as mudanças, por isso pode</p><p>ocorrer confusão entre o que é dito pelo personagem e</p><p>pelo narrador.</p><p>Exemplos:</p><p>● Amanheceu chovendo. Esperarei à tarde pra correr.</p><p>● Ela estava com peso na consciência. Talvez deveria</p><p>ter feito barra e não abdômen.</p><p>Agora sabemos que o trecho ali é o discurso direto, o</p><p>autor pausa a fala dele para que outros personagens</p><p>falem.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>5</p><p>8. No trecho “Vejo, porém, que se preparam para algo</p><p>mais que matar a fome.” o termo em destaque pode ser</p><p>substituído por todas as assertivas abaixo, menos uma.</p><p>Assinale-a.</p><p>A) Mas.</p><p>B) Contudo.</p><p>C) Todavia.</p><p>D) Entretanto.</p><p>E) No entanto.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveira, preste bem atenção.</p><p>A conjunção MAS não pode vir entre vírgulas. Lembre-</p><p>se disso.</p><p>Só poderá vir entre vírgulas se tiver uma intercalação e</p><p>no início da frase.</p><p>Exemplos:</p><p>Mas, desde o começo, ele não quis comparecer.</p><p>(intercalação).</p><p>Ana chegou cedo, mas Pedro chegou tarde.</p><p>Ana chegou cedo, contudo, Pedro chegou tarde. (As</p><p>outras conjunções adversativas podem vir entre vírgulas,</p><p>somente a conjunção MAS que não.).</p><p>9. A palavra “fora” foi usada nos dois quadrinhos com</p><p>conotações diferentes. Sabendo disso, indique a</p><p>alternativa que melhor apresenta essa oposição, de</p><p>acordo com o contexto:</p><p>A) Brincadeira X diversão</p><p>B) Lazer X trabalho</p><p>C) Passeio X oportunidade</p><p>D) Decepção X alegria</p><p>E) Labuta x Passatempo.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Guerreiros e Guerreiras, note que a questão fala “a</p><p>alternativa que MELHOR representa”, logo não há uma</p><p>resposta 100% correta, tem que achar a que melhor se</p><p>aproxima das entonações do quadrinho.</p><p>● O primeiro quadrinho é relacionado a sair para comer,</p><p>algo como lazer, passeio.</p><p>● Já o segundo quadrinho está relacionado a ter que</p><p>trabalhar, decepção.</p><p>A única correta é a B.</p><p>No primeiro quadrinho terão um lazer em sair para comer</p><p>e no segundo quadrinho o garoto terá que “trabalhar”</p><p>para ver se tem algo para comer.</p><p>10. Em “Júnior, hoje jantaremos fora!”, a presença da</p><p>vírgula é obrigatória porque serve para:</p><p>A) Isolar o vocativo.</p><p>B) Isolar o adjunto adverbial deslocado.</p><p>C) Separar orações coordenadas.</p><p>D) Intercalar expressões explicativas.</p><p>E) Isolar o aposto.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveira, a vírgula é obrigatória para isolar o vocativo, ou</p><p>seja, quando a pessoa fala com alguém.</p><p>Note a diferença.</p><p>● Mãe, há uma luz que brilha.</p><p>Aqui eu falo pra mãe (vocativo) que tem uma luz que</p><p>brilha.</p><p>● Mãe há uma luz que brilha.</p><p>Eu falo (aposto) que a mãe tem uma luz que brilha</p><p>(aqueles bilhetes de dia das mães).</p><p>Percebeu, Caveira?</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>6</p><p>Informática</p><p>11. Observe a imagem abaixo.</p><p>Kerlon utilizando o Terminal no Sistema Operacional</p><p>Linux (Ubuntu 20.04, instalação padrão em português)</p><p>percebeu que tinha um arquivo chamado ‘Documento</p><p>sem título 1’ e duas pastas teste1 e teste2. Curioso para</p><p>saber sobre o que tinha no arquivo resolveu utilizar um</p><p>comando para mostrar rapidamente o conteúdo do</p><p>arquivo. Marque a alternativa correta que ele utilizou para</p><p>tal ação.</p><p>A) open “Documento sem título 1”.</p><p>B) cat “Documento sem título 1”.</p><p>C) ls “Documento sem título 1”.</p><p>D) cd ‘Documento sem título 1’.</p><p>E) abrir “Documento sem título 1”.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Vamos começar falando sobre o que é um TERMINAL</p><p>LINUX: Em linhas básicas, o terminal do Linux, é um</p><p>programa que recebe os comandos do usuário a partir</p><p>do teclado e repassa-os às camadas de baixo nível do</p><p>sistema operacional.</p><p>E o que seriam os comandos?</p><p>Os comandos do Linux são utilizados na linha de</p><p>comandos (prompt) do sistema e possuem:</p><p>comando [opções] [argumentos]</p><p>Os comandos são escritos com letras minúsculas pois o</p><p>sistema operacional Linux é case sensitive, ou seja,</p><p>diferencia maiúsculas de minúsculas.</p><p>Sabendo disso vamos para as alternativas:</p><p>A) comando inexistente.</p><p>Letra B) Comando do nosso gabarito.</p><p>O comando cat é utilizado para:</p><p>- criar novo arquivo:</p><p>Ex: cat > novoarquivo.txt</p><p>- visualizar de forma rápida arquivos de textos:</p><p>Ex: cat nomedoarquivo.txt</p><p>- concatenar diversos arquivos em apenas um:</p><p>Ex: cat arquivo1.txt arquivo2.txt > destino.txt</p><p>C) O comando ls é utilizado para listar arquivos e pastas</p><p>(diretórios).</p><p>D) O comando cd é utilizado para abrir diretórios ou</p><p>mudar de diretórios (change directory).</p><p>E) Comando inexistente.</p><p>12. Utilizando um computador com sistema operacional</p><p>Windows 10, em português, Astrogilda clicou com o</p><p>botão direito do mouse sobre uma pasta com o nome de</p><p>ProjetoCaveira e em seguida clicou em Renomear. O</p><p>nome desta pasta poderá ser qualquer uma das</p><p>alternativas, exceto a alternativa:</p><p>A) _-ProjetoCaveira-_</p><p>B) #ProjetoCaveira#</p><p>C) &ProjetoCaveira$</p><p>D) -ProjetoCaveira%</p><p>E) <ProjetoCaveira></p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Ao criar um arquivo ou pasta em um computador com</p><p>sistema operacional Windows instalado, é importante</p><p>estar ciente que existem alguns caracteres que não são</p><p>permitidos utilizar na composição de seus nomes.</p><p>Para memorizar estes caracteres existe um mnemônico</p><p>chamado “BASIADO”.</p><p>Barras</p><p>Apóstrofo</p><p>Setas (símbolos <>)</p><p>Interrogação</p><p>Asterisco</p><p>DOis pontos</p><p>13. Em um computador com o sistema operacional</p><p>Windows 10, configuração padrão, em português, para</p><p>abrir o Explorador de Arquivos e para abrir o recurso</p><p>visão de tarefas utilizam-se, respectivamente, as</p><p>combinações de teclas.</p><p>Obs.: o caractere “+” foi utilizado apenas para</p><p>interpretação da questão.</p><p>A) Win + E e Ctrl + Alt + Del.</p><p>B) Win + A e Alt + F4.</p><p>C) Alt + Tab e Win + E.</p><p>D) Win + E e Win + Tab.</p><p>E) Win + E e Alt + Tab.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Essa questão tem as duas teclas de atalhos mais</p><p>cobradas em concursos.</p><p>Win + E: Abre o Explorador de Arquivos (Para memorizar</p><p>lembre-se do E de EXPLORADOR)</p><p>Win + Tab: Aqui vale destacar algo interessante! Se esta</p><p>tecla for perguntada no Windows 7 nós dizemos que o</p><p>recurso acionado por ela é FLIP 3-D. Já no Windows 10</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA</p><p>2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>7</p><p>o recurso acionado é o VISÃO DE TAREFAS que é</p><p>representado por este ícone na barra de tarefas.</p><p>Ctrl + Alt + Del: No Win10 abre o menu de opções como:</p><p>Bloquear: Vai para tela de logon pedindo a senha.</p><p>Sair: Fecha os aplicativos sai do usuário ativo, mas não</p><p>desliga o computador.</p><p>Alterar uma senha: Modificar a senha do usuário</p><p>Gerenciador de Tarefas: Abre o gerenciador de tarefas.</p><p>(Fique atento pois para abrir diretamente o gerenciador</p><p>de tarefas as teclas são CTRL + SHIFT + ESC)</p><p>Win + A: Abre a Central de Ações. .</p><p>Alt + Tab: Alternar entre janelas abertas</p><p>Alt + F4: Fechar janela(programa) ativa.</p><p>14. O pacote de escritórios Libreoffice é um software que</p><p>possui a seguinte característica:</p><p>A) é um software livre e gratuito.</p><p>B) é totalmente gratuito e de código fechado.</p><p>C) Requer licença para uso e autorização para</p><p>redistribuição do desenvolvedor.</p><p>D) É do tipo shareware.</p><p>E) É mais resistente a vírus que o proprietário.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>O software livre é aquele que concede liberdade para</p><p>seu usuário executar, modificar o código fonte e</p><p>redistribuir cópias com ou sem modificações. Sua</p><p>definição é dada pela FSF (Fundação do Software Livre)</p><p>em conjunto com o projeto GNU (GNU não é UNIX).</p><p>Um exemplo de software livre conhecido é o Libreoffice.</p><p>Uma outra observação importante é que a palavra</p><p>software livre se refere à liberdade, não ao preço.</p><p>15. Rede social é uma estrutura social formada por</p><p>pessoas que compartilham interesses similares,</p><p>enquanto que mídia social constitui o uso de tecnologias</p><p>para tornar interativo o diálogo entre pessoas. Com</p><p>relação às redes sociais, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I. Duas vantagens são aproximar as pessoas que vivem</p><p>em locais diferentes, constituindo uma maneira fácil de</p><p>manter as relações e o contato e possibilitar a criação de</p><p>perfil falso para postar comentários racistas,</p><p>preconceituosos e racistas além de “fake news”.</p><p>II. Enquanto o Facebook é a rede social mais utilizada no</p><p>Brasil, inclusive por empresas que aproveitam para</p><p>realizar estratégias de publicidade e marketing, o</p><p>WhatsApp é considerado atualmente um dos principais</p><p>aplicativos destinados à comunicação e troca de</p><p>mensagens e, assim como o Facebook, utilizado para</p><p>interação entre empresa e cliente.</p><p>III. Enquanto Linkedin é a maior rede social com foco</p><p>profissional, em que os usuários podem publicar</p><p>informações relacionadas ao mercado de trabalho,</p><p>oportunidades de emprego, divulgação de serviços e,</p><p>principalmente networking, o Youtube é uma plataforma</p><p>em que o usuário pode fazer comentários e interagir com</p><p>outras pessoas; por isso também é considerada uma</p><p>rede social, permitindo assistir a vídeos de música, a</p><p>aulas e acompanhar programas. Assinale.</p><p>A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.</p><p>B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.</p><p>C) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.</p><p>D) se nenhuma afirmativa estiver correta.</p><p>E) se todas as afirmativas estiverem corretas.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Questões sobre redes sociais na maioria das vezes são</p><p>bem fáceis de resolver se você conhecer as redes</p><p>sociais. Geralmente a banca questiona a finalidade</p><p>daquela rede social.</p><p>Na afirmativa I o examinador fala das vantagens de ter</p><p>a rede social. Uma que é aproximar pessoas que vivem</p><p>em locais diferentes e a outra, que a torna incorreta, é</p><p>dizer que é vantagem criar perfis fakes para comentar</p><p>postagens racistas. Portanto afirmativa I incorreta.</p><p>Na afirmativa II fala-se sobre o FACEBOOK, rede social</p><p>mais utilizada no Brasil e o WHATSAPP, mensageiro</p><p>mais utilizado em nosso país. Tanto facebook como</p><p>whatsapp são utilizados para comunicação/interação</p><p>entre empresas e usuários/clientes. Vale observar que o</p><p>criador Marck Zuckerberg anunciou que facebook agora</p><p>é META PLATFORMS INC.</p><p>Meta segundo o criador do facebook é O FUTURO DA</p><p>INTERNET junto com o METAVERSO, uma espécie de</p><p>espaços 3D compartilhados, onde será possível fazer</p><p>uma imersão de realidade aumentada e virtual. Portanto</p><p>afirmativa II correta.</p><p>Na afirmativa III o examinador explica sobre a maior rede</p><p>social com foco PROFISSIONAL existente. Isso mesmo,</p><p>no LINKEDIN é possível procurar oportunidades de</p><p>emprego, principalmente nas áreas de T.I.</p><p>Já o YOUTUBE que também é considerado uma rede</p><p>social é o local onde os usuários podem assistir vídeos,</p><p>ouvir músicas, comentar, curtir, compartilhar e até fazer</p><p>inscrição em canal para ficar atento aos próximos vídeos.</p><p>NOVIDADE SOBRE YOUTUBE: Atualmente o</p><p>YOUTUBE lançou o SHORTS que é a seção do formato</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>8</p><p>curto do site de compartilhamento de vídeos. Portanto</p><p>afirmativa III correta.</p><p>16. Com relação aos recursos do software Thunderbird</p><p>Mozilla 78.12.0 (64-bit), em português-BR, assinale V</p><p>para a afirmativa verdadeira e F para a falsa, nas</p><p>afirmativas abaixo:</p><p>( ) Para criar uma nova mensagem, pode-se utilizar os</p><p>atalhos de teclado Ctrl+N e Ctrl+M.</p><p>( ) Para responder a uma mensagem somente ao</p><p>remetente, deve-se usar o atalho de teclado Ctrl+R.</p><p>( ) Para encaminha a mensagem para outro destinatário</p><p>o atalho de teclado é Ctrl+L.</p><p>As afirmativas são, respectivamente,</p><p>A) V – F – V.</p><p>B) V – V – V.</p><p>C) V – F – F.</p><p>D) F – V – F.</p><p>E) V – V – F.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Quando o assunto é correio eletrônico o que mais é</p><p>cobrado são as teclas de atalho dos programas.</p><p>Na questão temos o programa de correio eletrônico</p><p>Mozilla Thunderbird. Segue abaixo algumas das</p><p>principais teclas de atalho deste software livre.</p><p>- Nova mensagem:</p><p>Ctrl + N ou Ctrl + M</p><p>- Responder mensagem (somente ao remetente):</p><p>Ctrl + R</p><p>- Responder mensagem a todos (remetente e todos os</p><p>destinatários):</p><p>Ctrl + Shift + R</p><p>Encaminhar mensagens:</p><p>Ctrl + L</p><p>Receber novas mensagens da conta atual</p><p>F5</p><p>Receber novas mensagens de todas as contas</p><p>Shift + F5</p><p>Procurar texto na mensagem atual</p><p>Ctrl + F</p><p>Pesquisar mensagens (pesquisa avançada na pasta)</p><p>Ctrl + Shift + F</p><p>17. Utilizando o aplicativo LibreOffice Writer, versão</p><p>6.4.7.2, em português, em uma situação hipotética,</p><p>Thiago, necessitou inserir, um hiperlink em determinado</p><p>texto, para um endereço da Web (URL). Para tal ação,</p><p>Thiago observou que pode utilizar um ícone ou uma tecla</p><p>de atalho. Marque a alternativa que corresponde, correta</p><p>e respectivamente ao ícone e à tecla de atalho para</p><p>inserir hiperlink.</p><p>A) e Ctrl + K.</p><p>B) e Ctrl + H.</p><p>C) e Ctrl + K.</p><p>D) e Ctrl + H.</p><p>E) e Ctrl + Shift + K.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Um hiperlink é um vínculo para um arquivo localizado na</p><p>Internet ou em seu sistema local.</p><p>Você também pode atribuir ou editar uma âncora HTML</p><p>nomeada ou um Indicador que faça referência a um local</p><p>específico em um documento.</p><p>O hiperlink pode ser adicionado a texto, figuras e</p><p>imagens.</p><p>Algumas bancas perguntam além da tecla de atalho e do</p><p>ícone que ativa o hiperlink. Gostam também de perguntar</p><p>sobre os tipos de hiperlink, que são:</p><p>Internet: É possível inserir uma URL (Endereço da web)</p><p>Correio: É possível definir um destinatário de e-mail e já</p><p>adicionar o assunto.</p><p>Documento: É possível direcionar um texto ou imagem</p><p>para outro texto ou outra imagem dentro do próprio</p><p>documento.</p><p>Novo documento: É possível adicionar hiperlink para abrir</p><p>o programa de planilha por exemplo.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>9</p><p>18. A planilha da figura abaixo foi criada no aplicativo</p><p>Calc da suíte LibreOffice 7.1.4.2 (64bits) versão pt-BR.</p><p>Nela foram executados os procedimentos descritos a</p><p>seguir:</p><p>I. Nas células F8, F9, F10 e F11 foram inseridas</p><p>expressões usando a função SOMASE para determinar</p><p>a quantidade de horas trabalhadas pelos inspetores</p><p>JUSSARA, NILTON, PAULO e WANDA,</p><p>respectivamente, usando o conceito de referência</p><p>absoluta.</p><p>II. Para finalizar, foi inserida em F18 uma expressão que</p><p>apresenta o total de horas trabalhadas no trimestre por</p><p>esses inspetores, por meio da adição dos valores</p><p>mostrados nas células de F8 a F11.</p><p>Nessas condições, as expressões inseridas nas células</p><p>F9 e F18 são, respectivamente,</p><p>A) =SOMASE(&B&7:&B&18;E9;&C&7:&C&8) e</p><p>=SOMA(F8;F11).</p><p>B =SOMASE(&B&7:&B&18;E9;&C&7:&C&8) e</p><p>=SOMA(F8:F11).</p><p>C) =SOMASE(#B#7:#B#18;E9;#C#7:#C#8) e</p><p>=SOMA(F8:F11).</p><p>D) =SOMASE($B$7:$B$18;E9;$C$7:$C$8) e</p><p>=SOMA(F8:F11).</p><p>E) =SOMASE($B$7:$B$18;E9;$C$7:$C$8) e</p><p>=SOMA(F8;F11).</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A questão aborda conhecimentos sobre planilhas, mais</p><p>especificamente sobre funções e referências.</p><p>Se você souber apenas o caractere que representa a</p><p>referência ABSOLUTA você já eliminaria as alternativas</p><p>A, B e C, pois nessas alternativas trazem outro caractere.</p><p>Para definir a questão e marcar o gabarito correto outra</p><p>abordagem simples que aparece é sobre o intervalo de</p><p>células.</p><p>Por exemplo: dois-pontos significa (ATÉ) e ponto-e-</p><p>vírgula significa (E).</p><p>Vamos entender melhor cada parte:</p><p>Existem 3 tipos de referências:</p><p>Referência Relativa: A célula na coluna A, linha 1 é</p><p>referenciada como A1. Ex: A1</p><p>Referência Absoluta: Referências absolutas são o</p><p>oposto de referência relativa. Um sinal de cifrão é</p><p>colocado antes de cada letra e número em uma</p><p>referência absoluta, por exemplo, $A$1:$B$2. Essas</p><p>referências não se alteram quando uma função é copiada</p><p>de uma célula para outra.</p><p>Referência mista: Referências mistas acontecem</p><p>quando ou a coluna (letra) ou a linha (número) estão com</p><p>cifrão $.</p><p>Por exemplo:</p><p>A$1 (Neste caso apenas a linha não sofrerá alterações</p><p>quando copiado)</p><p>$A1 (Neste caso apenas a coluna não sofrerá alterações</p><p>quando copiado)</p><p>Agora falando sobre as funções SOMASE e SOMA.</p><p>SOMASE: Adiciona as células especificadas por um</p><p>critério dado. Essa função é utilizada para somar valores</p><p>de um intervalo quando procurar por um valor</p><p>determinado.</p><p>Sintaxe da SOMASE:</p><p>=SOMASE(Intervalo; Critério [; SomaIntervalo])</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>10</p><p>Intervalo: é o intervalo onde o critério é aplicado.</p><p>Critério: Um critério é uma referência, número ou texto</p><p>de uma única célula. É usado em comparações com o</p><p>conteúdo da célula.</p><p>SomaIntervalo: é o intervalo onde os valores serão</p><p>somados. Se este parâmetro não foi indicado, os valores</p><p>encontrados no Intervalo serão somados.</p><p>Exemplo úteis do somase:</p><p>Para somar somente os números negativos:</p><p>=SOMASE(A1:A10;"<0")</p><p>=SOMASE(A1:A10;">0";B1:B10) - soma os valores do</p><p>intervalo B1:B10 somente quando os valores</p><p>correspondentes no intervalo A1:A10 forem >0.</p><p>SOMA: Soma um conjunto de números.</p><p>Sintaxe da SOMA</p><p>SOMA(Número 1[; Número 2 [; … [; Número 255]]])</p><p>Exemplo:</p><p>=SOMA(2;3;4) retorna 9.</p><p>=SOMA(A1;A3;B5) calcula a soma de três células.</p><p>=SOMA(A1:E10) calcula a soma de todas as células no</p><p>intervalo A1 a E10.</p><p>ATENÇÃO: Esta função ignora qualquer texto ou</p><p>célula vazia num intervalo de dados.</p><p>19. O Ícone Navegador , na barra lateral, utilizado no</p><p>programa Impress do Pacote LibreOffice 6.1.4.2,</p><p>instalado na sua configuração padrão, está relacionado a</p><p>que tecla de atalho?</p><p>A) Ctrl+Shift+N.</p><p>B) Ctrl+Alt+N.</p><p>C) Ctrl+Shift+F5.</p><p>D) F5.</p><p>E) Ctrl+Shift+F12.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A questão trata da barra lateral do LIBRE OFFICE</p><p>IMPRESS que pode ser desativada ou ativada através da</p><p>tecla CTRL + F5. A questão refere-se ao ícone navegador</p><p>que é fixado na barra lateral. Esse ícone é ativado pela</p><p>tecla de atalho Ctrl + Shift + F5.</p><p>Como o próprio nome já diz esta função serve para</p><p>navegar entre os slides de forma mais fácil.</p><p>Ctrl + Shift + N: Abre os modelos existentes do impress.</p><p>Ctrl + Alt + N: Tecla de atalho inexistente.</p><p>F5: Inicia a apresentação de slides do primeiro slide.</p><p>Inclusive fica a dica, isso despenca em provas.</p><p>Ctrl + Shift + F12: Tecla de atalho inexistente.</p><p>20. No que se refere aos aspectos da segurança da</p><p>informação e da internet a serem observados por peritos</p><p>em suas atividades, um se refere a um termo relacionado</p><p>à realização de uma cópia de segurança que se faz em</p><p>outro dispositivo de armazenamento, como HD externo,</p><p>armazenamento na nuvem ou pendrive, por exemplo,</p><p>para o caso de perda dos dados originais na máquina</p><p>devido a vírus, dados corrompidos ou outros motivos, e</p><p>assim seja possível recuperá-los. Esse termo é</p><p>conhecido por:</p><p>A) Hotfix.</p><p>B) Sniffer.</p><p>C) Backup.</p><p>D) Firewall.</p><p>E) Deadlock.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Backup é uma cópia de segurança dos seus dados de um</p><p>dispositivo de armazenamento (celulares, tablets,</p><p>computadores) ou sistema (aplicativos, softwares e</p><p>jogos) para outro ambiente para que eles possam ser</p><p>restaurados se você perdeu as informações originais,</p><p>trocou de aparelho, entre outros casos.</p><p>Mas o que seriam as outras alternativas? Vamos lá.</p><p>A) Hotfix: Os hotfixes são feitos para resolver uma</p><p>situação específica do cliente/software.</p><p>B) Sniffer: É um programa ou hardware analisador de</p><p>pacotes que pode interceptar e registrar tráfego passa na</p><p>rede.</p><p>C) Nosso gabarito</p><p>D) Firewall: Parede de fogo. É um dispositivo de uma</p><p>rede na forma de hardware ou software que funciona</p><p>bloqueando ou permitindo pacote de dados. Seu objetivo</p><p>é ajudar a evitar atividades mal-intencionadas.</p><p>401442.23/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – PCCE – 2023 – PRÉ-EDITAL</p><p>11</p><p>E) Deadlock: Quando dois ou mais processos ficam</p><p>impedidos de continuar suas execuções.</p><p>CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS</p><p>Noções de Direito Penal</p><p>21. A respeito das normas e princípios que regem a</p><p>aplicação da lei penal no tempo e no espaço, é correto</p><p>afirmar que:</p><p>A) Admite-se sejam as normas penais incriminadoras</p><p>criadas por lei, medida provisória ou decreto legislativo;</p><p>B) Considera-se praticado o crime no momento de seu</p><p>resultado, ainda que outro seja o momento da ação ou</p><p>omissão.</p><p>C) Aplica-se a lei penal incriminadora mais gravosa a</p><p>fatos anteriores já decididos por sentença condenatória</p><p>transitada em julgado.</p><p>D) Aplicam-se as regras gerais do Código Penal aos</p><p>crimes previstos em lei especial, se esta dispuser de</p><p>maneira diversa.</p><p>E) Aplica-se a lei penal temporária, embora decorrido o</p><p>período de sua duração, aos fatos praticados durante a</p><p>sua vigência.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Lei temporária é aquela que tem seu período de vigência</p><p>previamente definido no tempo. Essa lei tem um “prazo</p><p>de validade”. Um exemplo é a Lei Geral da Copa (Lei nº</p><p>12.663/2012, art. 36).</p><p>Lei excepcional é aquela cuja vigência se restringe a uma</p><p>situação de anormalidade. Exemplo: período de</p><p>racionamento de energia elétrica e pandemia.</p><p>A lei temporária e a lei excepcional têm duas</p><p>características fundamentais:</p><p>a) São autorrevogáveis (ou intermitentes): elas não</p><p>precisam de lei posterior revogadora. Findo o prazo de</p><p>validade ou o período de anormalidade (na lei</p><p>excepcional), elas estarão automaticamente revogadas.</p><p>b) Ultratividade: a lei temporária e a lei excepcional</p><p>continuam aplicáveis mesmo depois de revogadas,</p><p>desde que o fato tenha sido praticado quando elas</p><p>estavam em vigor.</p><p>#CÓDIGOPENAL: Art. 3º - A lei excepcional</p>