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EIXO 2 - PLANEJAMENTO
02
© 2021. SEE/MG - Secretaria de Estado de Educação de 
Minas Gerais. Todos os direitos reservados.
Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais - SEE/MG
Prédio Minas - Rodovia Papa João Paulo II, 4143 - 10º e 11º andar
Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves
Bairro Serra Verde - Belo Horizonte / MG
CEP: 31630-900
Conteudistas:
Enam Lima Pires, Edi Silva Pires, Geniane Lúcia Ribeiro 
Martins
e Maria José Ferreira da Costa
https://www2.educacao.mg.gov.br/
https://www2.educacao.mg.gov.br/
03
PLANEJAMENTO
PALAVRAS INICIAIS 
CURRÍCULO REFERÊNCIA DE MINAS 
GERAIS, PROJETO POLÍTICO-
PEDAGÓGICO E PLANO DE AULA
PLANEJAMENTO DOCENTE
Planejamento e Eixo Estruturante: 
Currículo e Educação Integral 
Competências e Habilidades nos 
Anos Iniciais do Ensino Fundamental 
2.
2.1.
2.2. 
2.3. 
2.3.1. 
 
2.3.2. 
SUMÁRIO
04
Relacionar Currículo Referência de Minas 
Gerais, Projeto Político-Pedagógico e Plano 
de aula;
Perceber a importância da participação da 
elaboração desses documentos;
⦁
Compreender o sentido de competência, habilidades e objetos de 
conhecimento no Currículo Referência de Minas Gerais e a relação 
entre esses elementos;
Reconhecer a importância do planejamento docente para o 
fortalecimento do Trabalho Pedagógico.
2. PLANEJAMENTO 
2.1. PALAVRAS INICIAIS 
Chegamos ao segundo eixo de discussão do 
curso: o planejamento. Planejar é uma ação 
inerente ao ser humano. Geralmente, já 
acordamos com um planejamento do dia na 
cabeça. Pensamos nos horários que temos que 
cumprir, na gestão do tempo, na sequência das 
atividades do dia, nas prioridades, tomamos 
decisões etc. E assim também é com o trabalho 
pedagógico. Então, seja bem-vindo, ao módulo! 
Esperamos que você esteja construindo e 
reorganizando as suas aprendizagens.
No eixo anterior fortalecemos nossos saberes sobre os documentos 
que sustentam nosso cotidiano escolar. A compreensão do que é 
currículo e de como e por que os documentos são elaborados foram o 
foco do primeiro eixo. Quando temos a visão mais ampla de como esses 
documentos interferem na nossa prática, fortalecendo nossa tomada 
de decisão diária. Ao contrário, se não dominamos o conhecimento 
sobre essas orientações ficamos reféns de esperar alguém sempre dizer 
para que lado ir ou o que fazer. E com isso, nossa prática enfraquece e a 
gente acaba desvalorizando nosso próprio trabalho, ele fica superficial, 
sem sustentação.
Os objetivos deste eixo são:
Caro professor cursista, 
05
Agora vamos nos aproximar um pouco mais da nossa sala 
de aula. Os elementos centrais para promover o aprender e 
o desenvolvimento do estudante cotidianamente são: o 
currículo, o Projeto Político Pedagógico da escola e o 
planejamento diário. Sobre a temática “currículo” já 
conversamos. Agora investiremos nos dois documentos 
que diretamente registrarão nossas decisões pedagógicas: 
o Projeto Político Pedagógico e o Planejamento, mais 
especificamente, o plano de aula. E isso não é tarefa fácil. 
Sala de aula tem crianças e vivências diferentes. Tem vida! E 
isso demanda um planejamento bastante cuidadoso e 
atento a tanta diversidade em um único espaço.
Lembra daquela música oferecida de boas-vindas: “A casa é sua”? 
Pois bem, convidamos você a escutá-la novamente. 
Agora vamos aproveitá-la de outra forma. A casa é sua: imagine 
que o Currículo Referência de Minas Gerais é essa casa que é 
oferecida na música, currículo é toda essa construção. Mas para 
chegar a essa construção final, foi preciso ir por partes, por fases. 
Quem já construiu uma casa sabe bem o que é “ir por etapas”.
Uma casa para ser erguida e sustentada com 
segurança precisa de uma boa fundação, base e 
pilares. Já imaginou nas paredes de uma casa 
sendo erguidas aleatoriamente, sem seguir a 
fundação, base e pilares? Acho que não daria 
muito certo. Mas a nossa casa, aqui o CRMG, 
tem tudo isso, quer ver? A base da casa pode ser 
associada com a BNCC. E para sustentar essa 
base, a fundação aqui será representada pela 
LDB, PNE e a própria Constituição. Vamos 
exemplificar com um artigo da LDB:
A Casa é Sua - Arnaldo Antunes | Videoclipe 
oficial (Projeto 3 Clipes - 1 Curta)
Prontos para a próxima etapa?
2.2. CURRÍCULO REFERÊNCIA DE MINAS GERAIS, PROJETO 
POLÍTICO-PEDAGÓGICO E PLANO DE AULA
06
Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e 
do ensino médio devem ter uma base nacional comum, a ser 
complementada, em cada sistema de ensino e em cada 
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas 
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da 
economia e dos educandos. (LDB, pg. 20, 1996)
Esse artigo estabelece a implementação da Base Nacional Comum 
Curricular, ou seja, a criação de um documento que sirva de 
referência para que cada estado brasileiro e o Distrito Federal 
possam recorrer e se orientar no processo de elaboração dos seus 
currículos internos, inclusive contemplando suas peculiaridades 
específicas. Percebeu o suporte para a base?
Vamos subir os pilares dessa casa? Antes das paredes, é claro, 
porque eles orientarão essa fase. E aqui temos, representando os 
pilares, as Diretrizes Curriculares Nacionais. Tanto quanto os pilares 
orientam a construção das paredes, as Diretrizes Curriculares 
orientam a construção do currículo.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB 9394/96), 
também intitulada carta Magna da educação, com base nos 
princípios presentes na Constituição define e regulamenta o 
sistema educacional tanto público quanto privado do nosso país, 
legislando desde a educação básica ao ensino superior, 
estabelecendo as diretrizes e bases para a educação nacional. 
Nessa medida, busca garantir o direito de acesso, para todos, à 
educação gratuita e de qualidade, defende a valorização dos 
profissionais da educação, estabelece o dever da União, do Estado 
e Municípios para com a educação pública. Quando se trata de 
educação, a LDB é a mais importante lei brasileira. Para 
aprofundar acesse: 
https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=gMqxDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT7&dq=ldb+educa%C3%
A7%C3%A3o&ots=xmDIM
3852Z&sig=Lh3o6M_EfmJdi1GX2xQbFpIm7KU#v=onepage&q=ldb%
20educa%C3%A7%C3%A3o&f=false
SAIBA MAIS
07
Diretrizes Curriculares Nacionais
Vamos ilustrar:
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/
docman/julho-2013-pdf/13677-diretrizes-
educacao-basica-2013-pdf/file. Acesso em: 24 
de ago. de 2021. 
Paredes podem dar o sentido de que fecham, mas 
também dão o sentido de delimitar, definir e, 
principalmente, as paredes guardam em sua estrutura 
a contribuição de muitos em cada tijolo assentado. E 
então, com as paredes prontas, vamos cobrir a casa! É 
o grande arremate da construção. Quando fazemos 
essa parte costumamos dizer: “já temos um teto! É 
hora de comemorarmos!”. 
Levantar as paredes, definir o teto, aí está a construção do CRMG. E se 
temos o currículo, temos definições, temos um espaço para transitar. 
BNCCLDB9394/96, CNE ea 
Constituição Federal 
Diretrizes 
curriculares 
Nacionais
Estamos quase lá, só 
reconhecer nossa 
regonalidade
Oba! o teto
Diretrizes 
curriculares 
Nacionais para a 
Educação Infantil
08
É interessante relembrarmos sempre que muitas mãos se uniram na 
elaboração do Currículo Referência de Minas Gerais e que nele está 
presente a perspectiva de educação inclusiva, buscando garantir a 
todos o acesso a saberes e poderes:
Essa perspectiva curricular valoriza a diversidade, mostrando 
preocupação com o sujeito em seu espaço e tempo e na forma com que 
se relaciona com a comunidade e espaço em que atua. Isso quer dizer 
que valoriza o sujeito, sua história e o local em que vive.
Até aqui tudo bem? Vamos brincando mais um pouco com essa 
analogia. A fundação (LDB) está pronta, a base (BNCC) também, os 
pilares (DCN), paredes, teto (o Currículo Referência de Minas Gerais) 
concluídos. Olhando a casa,por fora, parece que tudo está pronto, mas 
falta bastante coisa ainda. 
Chegou a hora da fase mais detalhada e que expressa se o resultado vai 
ficar como previsto, o acabamento.
É você, professor!
O refinamento dessa obra está em suas mãos.
A escolha dos materiais, as cores, a decoração! 
É tudo com você! 
Está preparado?
Escolas inclusivas devem reconhecer e responder às necessidades diversas de 
seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e 
assegurando uma educação de qualidade a todos através de um currículo 
apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recursos e 
parceria com as comunidades. [...] diz respeito ao desenvolvimento de uma 
pedagogia centrada na criança, que é capaz de bem-sucedidamente educar todas 
as crianças, incluindo aquelas que possuam desvantagem severa. (CRMG, p. 85, 
apud BRASIL, 1994, p.3-4).
E quem vai cuidar desse acabamento?
“
“
E depois dos 
detalhes finais
temos nossos 
CURRÍCULO 
REFERÊNCIA DE 
MINAS GERAIS
09
O “tom” da casa (lembra da música?) é você quem vai dar, e isso se 
materializará no Projeto Político Pedagógico da sua escola e nos seus 
planejamentos. E quando a gente conhece o projeto desde a base, a 
possibilidade de fazer escolhas mais acertadas é maior.
	
Cuidar desse acabamento traz muitas responsabilidades e trabalho. 
Temos que fazer boas escolhas para a casa não se tornar um 
amontoado de ideias que não se relacionam entre si, não se conectam. 
Exemplificando: sabe quando na escola tem um monte de colegas 
fazendo coisas maravilhosas com suas turmas, cada um fazendo uma 
coisa diferente e poucos investindo em ações coletivas? Fica difícil 
para o professor que não vê seu trabalho sendo reconhecido, fica ruim 
para o coordenador que não consegue colaborar com todos os 
professores, fica ruim para a escola que perde uma grande 
oportunidade de desenvolver um trabalho forte, transformador e com 
identidade. Todo mundo perde quando não existem decisões e 
definições coletivas. Aí está a importância do Projeto Político 
Pedagógico da escola. Um espaço no qual a escola fala de sua 
realidade, necessidades e define ações coletivas para aproveitar o que 
a comunidade oferece e investir no que ela necessita. 
Assim como cada casa tem uma identidade, assim 
também é com as escolas: cada escola tem a sua 
identidade. E essa identidade está registrada no 
Projeto Político-pedagógico (PPP) de cada unidade 
escolar. Sugerimos uma pausa no curso para você 
revisitar o PPP da sua escola. Consegue ver a 
identidade da sua escola no documento? Ele 
expressa o que a comunidade escolar precisa e 
faz? O PPP faz a projeção de uma escola que leve 
em conta os interesses educativos dos estudantes, 
que os veja como sujeitos do processo educativo? 
Podemos avançar? 
O CRMG traz a concepção de PPP como “um 
processo de ação-reflexão-ação, assumido pelo 
esforço coletivo e a vontade política dos atores 
sociais envolvidos” (CRMG, p. 12). Sendo assim, 
temos mais questões para refletir e orientar essa 
construção:
Como podemos avançar com o PPP da nossa escola?
Fazemos um diagnóstico da realidade?
Na elaboração do PPP temos a comunidade como ponto de 
partida?
10
Pais e alunos estão envolvidos no nosso planejamento?
Como concebemos o trabalho pedagógico na nossa escola?
A quantas anda a nossa organização do trabalho pedagógico na 
escola?
Como o PPP, fundamentado no CRMG, que é fundamentado na 
BNCC, pode construir o sucesso escolar dos estudantes de todos 
os municípios mineiros?
O Projeto Pedagógico foi instituído na Constituição Federal e, em 
1996, a LDB determinou que todas as instituições de ensino 
necessitam ter seu documento. Dentre outros aspectos, a 
importância desse documento, o PPP, está no fato de ser um meio de 
referendar o processo de gestão democrática do ensino público e 
também de investir na autonomia das instituições de ensino. Está aí 
um grande motivo para ser valorizado fortemente!
O documentário “A Educação Proibida”, de 2012, discute a educação 
normatizada e os valores que sustentam o ensino tradicional. O 
interesse do documentário é fomentar a discussão da qualidade de 
ensino a partir da alteração de paradigmas educacionais. Prepare sua 
pipoca, se acomode no sofá e aprecie, buscando estabelecer a relação 
entre o vídeo e a proposta do CRMG. 
E então? Como está se sentindo? Nesse momento do estudo sugerimos 
que leia as páginas 20 a 24 do CRMG e, após a leitura, busque revisitar 
os conceitos apresentados no decorrer do texto e reflita sobre isso. 
Assista:
 Link: https://www.youtube.com/watch?v=OTerSwwxR9Y 
acesso em 12/09/2021
 Link: https://www.youtube.com/watch?v=OTerSwwxR9Y 
acesso em 12/09/2021
Reflita
Cada casa tem a sua própria decoração, o seu colorido único e 
diferenciado. Mas, é também fato que, para que haja equilíbrio nesse 
projeto de decoração, aqui no caso, temos que primar pela harmonia 
sinalizada pelo CRMG e pelo PPP. Sendo assim, cuide bem do seu 
espaço! Cuide de quem nele habita, de suas peculiaridades, dê voz a 
seus alunos! Parece muita coisa, não é? É uma rede mesmo, mas não 
se preocupe! Com base nos documentos acima e olhando para sua 
sala de aula e seus pares, trabalhando de forma cooperativa, tudo fica 
menos complicado! 
Caminhos definidos, daí vamos para a organização do trabalho 
cotidiano que vai sendo realizado em sala. É ali, na sala de aula, que 
todas as nossas concepções se tornam concretas. É sabido que, no 
processo de ensinar e aprender, não existe um único método e uma 
única estratégia que dê conta de ensinar todo mundo ao mesmo 
tempo. Na sala de aula todas as nossas concepções e crenças se 
materializam, por isso a necessidade de muita consciência sobre o que 
se faz ou propõe em sala de aula. E sem planejamento dificilmente 
conseguiremos aproveitar o que a casa nos oferece. Aqui estamos nos 
referindo ao planejamento docente.
Veja esse esquema que sintetiza a relação entre esses documentos: 
Plano de aula 
Planejamento de como 
as habilidades serão 
desenvolvidas
Projeto político pedagógico 
Referencia interna da escola 
prevendo seus objetivos 
próprios e como se relacionam 
com o currículo.
CURRÍCULO REFERÊNCIA 
DE MINAS GERAIS - CRMG 
a ser normartizado
BNCC
Define aprendizagens essenciais a serem 
promovidas pelas propostas curriculars 
medadas pelas práticas pedagógicas dos 
professores e é fundamentada na 
Constituição Federal, na LBD e PNE/2014, 
com visitas a
11
12
Vamos conversar um pouco mais sobre o 
planejamento?
2.3. PLANEJAMENTO DOCENTE
Você consegue voltar um pouco no tempo e lembrar 
de suas principais questões após ter recebido a sua 
primeira sala de aula, ou um ano escolar que você 
não tinha experiência ou até mesmo uma escola 
nova? Você tinha certeza sobre o que fazer, como 
fazer, que escolhas metodológicas seriam 
adequadas, qual a proposta de avaliação, etc? 
Talvez não lembre de todas suas dúvidas, mas no 
geral, quando a gente se depara com a “nossa 
turma” no começo de um trabalho, sempre vem um 
pensamento de: por onde eu começo? Todos os anos 
passamos por isso, a cada ano letivo que se inicia. A 
experiência vai ajudando a diminuir esse sentimento 
na medida que vamos dominando a forma de 
planejar nossa rotina, na medida que vamos 
conhecendo o currículo proposto, na medida que 
vamos conhecendo a comunidade escolar.
 “Eu sou a Eva. Faz tempo que divido tudo com o meu diário. 
Principalmente quando não tenho muito com quem conversar sobre 
os meus problemas.
Tornei-me professora recentemente.
No meu primeiro dia na escola foi estranho, para não dizer 
complicado. A turma estava sem professor e eu assumi aqueles 
alunos sem saber muito bem o que fazer e quem eram eles. Para falar 
a verdade, dúvidas não me faltam.
Quando tive oportunidade de falar com a coordenadora, as 
informações ficaram pairando no ar porque era muita coisa para 
absorver em pouco tempo, ou seja, em uma hora.
Vamosler a seguir um registro da professora Eva sobre sua 
experiência inicial com o magistério:
Ela disse, entre outras coisas, que a cada quinze dias, preciso 
apresentar o meu planejamento. Ou seria o plano de aula? Recebi os 
livros didáticos e o Projeto Político Pedagógico para ler. Depois ela 
me esclareceria alguma coisa que eu não tenha entendido.
DIÁ
RIO
 
DA EVA
13
A professora coordenadora me falou que nele, no PPP, eu encontraria o 
perfil da escola, da comunidade em que está inserida e o perfil dos 
alunos. Os projetos da escola estariam lá também.
Evidentemente que li o PPP. Uma das informações que aproveitei foi que 
a escola fica em um bairro periférico, cuja comunidade é de baixa renda, 
o que redunda em uma evasão significativa. Então fiquei pensando em 
que medida meu planejamento poderia ajudar esses alunos.
Ia esquecendo: a coordenadora disse que o meu plano de aula precisava 
atender às dificuldades dos alunos. E quais seriam as dificuldades 
deles? Ela ainda não tinha conseguido corrigir os testes que havia 
aplicado na turma.
Pelo jeito, essa professora estava com dificuldades para reunir o grupo, 
já que não dispunha de uma coordenação coletiva.
Para fechar com chave de ouro, ela me perguntou se eu não tinha 
conhecimento sobre multiletramento. Eu até vi que lá no currículo fala 
sobre isso, mas não ficou claro para mim.
Na faculdade estudei sobre letramento. Até fiz uma resenha do livro da 
Magda Soares. Então creio que vou precisar me dedicar ao estudo do 
multiletramento.
Ando tão confusa, que vou perguntar para a professora coordenadora se 
o que ela quer é planejamento ou plano de aula.
Tenho outras três colegas que trabalham com alunos do primeiro ano, o 
mesmo que eu. Quis trocar umas ideias com elas, não deu certo. Falta de 
tempo, pois as professoras trabalham em outras escolas. Ao final do 
turno, elas saem correndo.
14
?
A professora Eva enfrentou desafios muitos similares a tantos 
professores quando iniciam o trabalho em uma escola: enxurrada de 
informações, documentos a serem lidos e preenchidos, exigências 
burocráticas, planejamentos...ufa! E, mesmo com a experiência, esses 
desafios continuam existindo a cada vez que mudamos de escola ou 
pegamos uma nova turma ou ano escolar, ou a cada vez que novos 
documentos orientadores passam a vigorar. Geralmente, o que é novo 
traz insegurança e uma certa resistência.
A minha formação foi feita a distância. Um EAD de Pedagogia é 
bastante desafiante, no sentido de que esse modelo exige bastante 
boa vontade e disciplina. Tentei tirar proveito ao máximo. Estudava 
nas horas vagas, fiz o estágio, mas a regência foi muito esporádica. 
Mesmo assim, gostei de tudo e concluí que esta era mesmo a minha 
vocação.
Espero que não me frustre com tantas dificuldades logo no início da 
carreira.
Até a próxima, amigo diário.”
?
	Um dos caminhos para lidar com os desafios cotidianos citados 
anteriormente é pensar na organização do trabalho que se deseja 
realizar, e isso inclui pensar sobre: 
Quem são os meus alunos? Quais as finalidades desse ano 
escolar? Qual metodologia mais adequada?
Ou seja, se queremos promover um trabalho pedagógico que faça 
sentido e diferença na vida dos nossos alunos, fica claro então a 
necessidade de levarmos em conta o contexto em que atuamos, nossa 
realidade e as verdades internas da escola e da comunidade. 
Existem diferentes níveis de abrangência do 
planejamento, mas agora queremos destacar o 
planejamento docente, como já foi dito. Como 
entrar em sala sem definir o que se deseja fazer? 
Lembra na analogia que fizemos com a música, 
quando falamos de paredes que precisam ser 
construídas observando os pilares da casa? Pois 
então, o planejamento docente tem que estar 
relacionado aos outros planejamentos da 
instituição (Planejamentos por ano ou de 
Unidade ou Bimestral, PPP e Currículo) para que 
não se torne uma parede sem sentido no meio da 
casa. 
Se a professora Eva não se apropriar dos documentos, refletir sobre 
eles, buscar conhecer a escola e sua comunidade, e elaborar um 
plano docente para sua turma descontextualizado do que a escola 
precisa e/ ou propõe, dificilmente seu trabalho será produtivo e fará 
diferença na comunidade. 
15
A transformação da realidade vem da ação intencional e consciente; e 
não da ação aleatória, como paredes soltas. Mesmo que seja uma boa 
ideia pedagógica, quando isolada, perde-se mais facilmente do que 
quando faz parte da identidade de um grupo. E nesse sentido, o CRMG 
destaca e enfatiza: 
Planejar é transformar a realidade numa direção escolhida; é agir 
racionalmente; é realizar um conjunto orgânico de ações, proposto 
para aproximar uma realidade a um ideal; é implantar um processo de 
intervenção na realidade (GANDIN, 2001). É o processo que nos permite 
reduzir os níveis de incerteza, conhecer o sentido e a direção das ações 
cotidianas. Planejar não é apenas algo que se faz antes de agir, mas é 
também agir em função daquilo que se pensa. (CRMG, 2019, pág.62)
Planejar é uma mediação teórica metodológica para ação, que em 
função de tal mediação passa a ser consciente e intencional. Tem por 
finalidade procurar fazer algo vir à tona, fazer acontecer, concretizar, e 
para isto é necessário estabelecer as condições objetivas e subjetivas 
prevendo o desenvolvimento da ação no tempo. [...] O planejamento 
educacional, entendido em diversos níveis de abrangência, é um dos 
componentes determinantes para ajustar o contexto escolar aos atuais 
desafios educacionais (CRMG, p, 62, 2019)
Pensar no processo de construção e desenvolvimento do estudante é 
pensar na rotina que se desejará estabelecer na sala de aula, seja 
mensal, quinzenal, diária. Pensar na rotina para decidir sobre, dentre 
outros aspectos:
o que e como serão trabalhados os assuntos que se deseja investir
periodicidade de atividades diárias, semanais ou quinzenais, 
momentos coletivos e individuais,
organização diária (Rotina, atividades, recreio),
materiais a serem utilizados, 
operacionalização de projetos,
organização do espaço físico e temporal (dependendo da atividade, 
a organização da sala precisará de configurações diferenciadas). 
16
Os documentos centrais para promover o aprender e o 
desenvolvimento do estudante cotidianamente são: o Projeto Político 
Pedagógico da escola e o Planejamento, mais especificamente, o plano 
de aula.
Dois documentos que diretamente registrarão as decisões pedagógicas 
são: o Projeto Político Pedagógico e o Planejamento.
Exemplo - 1
Exemplo - 2
Para refletir:
Quando se tem a visão mais ampla de como o currículo, o PPP e o 
planejamento diário interferem na prática diária, a tomada de decisão é 
fortalecida. Ao contrário, se não se tem o conhecimento sobre as 
orientações presentes nesses documentos fica-se refém de esperar 
alguém sempre dizer para que lado ir ou o que fazer. E com isso, a 
prática enfraquece e há, inclusive, desvalorização do próprio trabalho e 
não haverá aprendizado do estudante.
Para responder ao fórum 
vá ao Ambiente Virtual.
2.3.1. Planejamento e Eixo Estruturante: Currículo e 
Educação Integral 
Vimos no módulo anterior que o CRMG se estruturou considerando 
alguns eixos que devem nortear toda a organização do trabalho 
pedagógico, ou seja, eixos que devem estar presentes no dia a dia do 
trabalho pedagógico em todos os anos escolares, não importa a etapa.
 
Um dos eixos é: Currículo e Educação Integral. Como você entende a 
expressão “Educação Integral”? 
E nada disso pode ser elaborado se não houver a consulta constante ao 
currículo. Lá encontraremos o que é proposto para o ano escolar, 
conheceremos as habilidades que precisamos investir e os objetos de 
conhecimentos propostos. Você conhece bem o que é indicado para o 
ano escolar que você trabalha? Faça um teste rápido: que tipos de 
textos devo trabalhar com meus estudantes ao longo do ano e qual o 
foco da habilidade?Se você não lembrar, não tem problema, é só 
consultar o Currículo Referência de Minas Gerais, está tudo lá.
Fórum 1: Questões norteadoras
O professor deve planejar suas ações sempre 
fundamentado nos documentos. Que 
documentos são esses que fortalecem a 
prática do professor e o desenvolvimento de 
seus estudantes?
17
Na perspectiva da Educação Integral, o Currículo Referência de Minas 
Gerais não deve se limitar à organização rígida de conteúdos a serem 
ensinados e aprendidos, mas é preciso pensar como e quais são as 
competências e habilidades, que traduzidas em direitos de 
aprendizagem contribuirão para a formação integral dos estudantes. É 
preciso trazer para o currículo mineiro as capacidades que envolvam 
repertório cultural, empatia, responsabilidade, cultura digital e projeto 
de vida, portanto, é preciso desenvolver um currículo integrado, 
interdisciplinar e interdimensional, no qual o estudante atue como 
sujeito, construtor de aprendizagens integradas que façam sentido 
para ele. Aqui chamamos de currículo interdimensional, aquele que 
possibilita o exercício dos atuais quatro pilares da Educação, segundo 
a Comissão Internacional sobre Educação da UNESCO: o aprender a 
conhecer, o aprender a ser, o aprender a fazer e o aprender a viver; 
associando a formação básica a outros conteúdos e experiências que 
garantam a melhoria das aprendizagens em todas as áreas do 
conhecimento, a construção e ocupação da cidade como território 
educativo e a possibilidade de exercício de voluntariado e intervenção 
social na comunidade, a promoção e o desenvolvimento de habilidades 
que ampliem o letramento em leitura, escrita e matemática e traga 
uma educação de qualidade para todos e todas. (CRMG, pág. 18).
Você consegue perceber se esse eixo está presente no cotidiano do 
trabalho que você tem proposto? O que isso tem relação com seu 
planejamento? Pois então, tornar concreto esses eixos é um desafio. 
A proposta de Educação integral a qual o CRMG se refere envolve 
considerar as diferentes dimensões do ser humano, sua capacidade de 
ser sujeito da aprendizagem, o investimento no trabalho escolar que 
promove envolvimento do sujeito com o espaço onde vive, compreender 
que a aprendizagem não se dá de forma fragmentada e isolada. Veja o 
que diz o CRMG sobre isso:
Viu como é forte e profundo o significado do eixo “Currículo e educação 
integral”? Em termos práticos para sua rotina, significa planejar aulas 
nas quais os estudantes estejam em ação, que a sua cultura e a sua 
história de vida e seu lugar sejam considerados, que os conhecimentos 
não sejam trabalhados de forma isolada, que se invista no diálogo, que o 
estudante desenvolva a capacidade de se expressar Mais que planejar o 
conteúdo a ser dado, faz-se necessário pensar o que fazer com esse 
conteúdo; e isso vale para todas as áreas de conhecimento. 
À medida que entendemos a educação como processo contínuo de 
formação, em que todos os envolvidos são aprendizes e aprendentes, 
conseguem refletir antes de intervirem nas situações com as quais se 
deparam no cotidiano e, na medida que essa intervenção acontece, 
demonstram criatividade e inovam. 
A representação abaixo ilustra um pouco esse percurso do estudante 
na perspectiva da integralidade do ser ao longo da jornada escolar. 
Observe a imagem e reflita se os aspectos listados são presentes no 
cotidiano da sua sala de aula e da escola:
Progressão do 
conhecimento Autonomia 
intelectual
compreensão de 
normas e interesse 
pela vida social
Aprendizado de como 
lidar com sistemas 
mais amplos
Ampliação práticas 
de linguagem e 
experiencia estética 
intercultural
	Quando pensamos no desenvolvimento integral de uma criança, 
precisamos pensar nas múltiplas dimensões do ser. Precisamos ir além 
de suas capacidades cognitivas, ampliando nosso olhar para as 
dimensões afetiva, motora, psicológica, cognitiva e social. Nenhum 
estudante entra no espaço escolar apenas com sua dimensão cognitiva. 
Aliás, nem os estudantes, nem os professores. Haja visto a importância 
atual de discutir sobre as competências socioemocionais, previstas na 
BNCC. 
Sobre educação para o século 21:
Competências socioemocionais de A a Z: 
Link: https://socioemocionais.porvir.org/ 
Link: https://novaescola.org.br/conteudo/12178/competencias-
socioemocionais-de-a-a-z
O estudo e o 
currículo ao longo do 
Ensino Fundamental
https://socioemocionais.porvir.org/
https://novaescola.org.br/conteudo/12178/competencias-socioemocionais-de-a-a-z
https://novaescola.org.br/conteudo/12178/competencias-socioemocionais-de-a-a-z
19
Claro que, para que esse desenvolvimento integral floresça, é 
imprescindível a presença de um mediador que será a ponte das 
vivências e saberes das crianças com os conhecimentos socialmente 
construídos. A troca com seus pares, com os professores, com a 
família, ou a exploração do espaço e de materiais é um momento de 
aprendizagem e desenvolvimento. O diálogo, a mediação, a escuta, a 
fala, tudo isso é caminho para o desenvolvimento integral.
Uma tirinha do Calvin, ilustra bem sobre a necessária mudança na 
escuta da escola em relação aos estudantes:
Fonte: Calvin e seus amigos. Disponível em: https://novaescola.org.br/
conteudo/3621/calvin-e-seus-amigos. Acesso em: 16. Set. 2021.
Essa tirinha pode nos fazer refletir sobre a distância entre o que o 
estudante está vendo e vivendo e o que ele encontra na escola, o que 
temos proposto. Claro que não é objetivo aqui desprezar a importância 
de conhecer nomes que fizeram parte da história, porque também 
precisamos da memória na construção da nossa identidade, mas 
também não podemos desprezar os conhecimentos que o estudante 
possui e traz para a escola em sua bagagem. 
Atenção! É importante cuidar para que algumas ações planejadas 
não fiquem muito mais no campo do que é ideal do que no campo 
do que é importante ser efetivamente vivenciado. Você já se 
atentou para isso? Tem considerado isso no seu planejamento?
http:////novaescola.org.br/conteudo/3621/calvin-e-seus-amigos
http:////novaescola.org.br/conteudo/3621/calvin-e-seus-amigos
2O
Então caro cursista, é interessante pensarmos que o motivo de 
estarmos refletindo sobre a organização do trabalho pedagógico diz 
também respeito à postura que adotamos diante dos nossos alunos na 
sala de aula e na escola em relação aos acontecimentos, sejam locais 
ou do mundo. 
Vamos ressaltar mais um ponto: tudo o que temos conversado demanda 
uma coordenação pedagógica bem estruturada, efetiva, mas essa 
conversa fica para um próximo momento.
Vamos conversar agora sobre a organização do currículo por 
competências e habilidades.
E assim, com as pesquisas, vamos construindo uma ação cada vez mais 
elaborada e comprometida com o estudante e com a sociedade. E por 
isso os documentos mudam, eles não são estáticos, acompanham as 
necessidades da sociedade. 
Sendo assim, o CRMG utiliza as expressões competências e habilidades 
porque assume uma concepção de educação. Assim como a BNCC, o 
CRMG assume que competências,
Considerando que a BNCC é um referencial para que 
Minas Gerais e os demais estados, além do Distrito 
Federal, possam usar como guia, na elaboração dos 
seus currículos, você sabe qual o significado de 
competências e habilidades presentes em ambos os 
documentos?
Nem sempre os documentos orientadores e currículos 
escolares trouxeram essa nomenclatura. Há alguns 
anos têm sido utilizadas essas expressões porque elas 
trazem uma concepção teórica em relação ao 
estudante e ao seu processo de desenvolvimento e 
aprendizagem. Consequentemente, isso interfere na 
concepção do trabalho pedagógico oferecido. Lembra 
que o currículo já foi sinônimo de listagem de 
conteúdos? Pois então, para chegarmos na discussão 
que temos hoje, foram realizadas muitas pesquisas em 
educação mostrando que o trabalho escolar não pode 
ser restrito a isso. 
2.3.2. Competências e Habilidades nos 
Anos Iniciais do Ensino Fundamental
21se definem como a mobilização de conhecimentos (conceitos e 
procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), 
atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida 
cotidiana, com vistas ao pleno exercício da cidadania e do mundo do 
trabalho (CRMG, p.10, 2019).
Compreender e saber aplicar conhecimentos teóricos e práticos, 
reconhecendo sua importância para efetivamente enfrentar as 
diferentes demandas atuais do mundo contemporâneo parece amplo 
demais, não é mesmo? E é! Por isso o magistério demanda muito estudo 
e atualização.
Talvez você se confunda um pouco com essa história de competências 
porque algumas pessoas falam: “são 10 as competências, outros dizem: 
são seis”. E agora? O que acontece é que CRMG aborda as 10 
competências que a BNCC orienta para toda a Educação Básica (da 
Educação Infantil ao Ensino Médio), como você pode ver lá na página 10 
e 11 do CRMG. E ambos os documentos (CRMG e BNCC) se 
complementam no intuito de garantir a todos os direitos de 
aprendizagem e o desenvolvimento de competências.
Nas 10 Competências Gerais que a BNCC propõe e o 
CRMG adota e que devem fazer parte da formação dos 
estudantes, no decorrer de toda a educação básica, é 
possível associar cada uma a um aspecto de destaque 
na formação do sujeito. Observe o foco de cada 
competência, ou seja, a característica principal:
Veja as páginas
21 e 22 do 
CRMG.
22
No contexto desses documentos, além da definição apresentada 
anteriormente, as competências vislumbram uma perspectiva de 
educação integral, abrangendo todas as dimensões da formação do 
estudante, baseada em valores e atitudes que levam em conta o meio 
em que vivem da melhor forma possível. 	
Percebeu as diferentes dimensões do sujeito valorizadas no CRMG a 
partir das competências? Pois é, mas além dessas gerais para toda a 
Educação Básica, o CRMG apresenta competências específicas das 
áreas de conhecimento e dos componentes curriculares.
E agora, a partir delas, vamos planejar as aulas? Opa! Vamos com 
calma. Não dá para planejar uma aula específica para a formação de 
uma competência, por isso elas se referem a toda a etapa da Educação 
Básica (as dez competências) ou a uma etapa específica (Ensino 
Fundamental) e às Áreas de conhecimento e componentes curriculares. 
Aí é que entram as habilidades e os objetos de conhecimento. 
Em cada componente curricular existem as habilidades e os objetos de 
conhecimento e são eles que orientarão o planejamento docente mais 
objetivamente. Mas onde estão os conteúdos? Os objetos de 
conhecimentos são mais amplos que os conteúdos, porque envolvem 
conceitos e os processos; os conteúdos ficam muito limitados à 
definições. Você encontrará todos esses elementos no currículo, quer 
ver?
Ufa! Muita coisa, não é mesmo? Mas o importante é 
que não são orientações divergentes e apresentam a 
mesma preocupação com a formação integral. 
Independentemente do nível a que se referem, elas 
envolvem: conhecimentos, habilidades, atitudes e 
valores.
23
As habilidades, de acordo com a BNCC, se referem aos saberes 
esperados em cada área do conhecimento/disciplina de cada ano 
escolar, necessários para que as competências se desenvolvam ao 
longo da educação básica. Elas relacionam-se com as competências 
gerais e específicas. No desenvolvimento de uma competência, várias 
habilidades são mobilizadas.
Fonte: CRMG, p.261.
TODOS OS
CAMPOS DE
ATUAÇÃO
Campos de
Atuação
Práticas de 
linguagem
Práticas de 
linguagem Habilidades
1° Ano
Construção 
do sistema 
alfabético
pontos articulatórios para a 
execução de casa som
(EFO1LPO6) Segmentar 
oralmente palavras em 
sílabas.
(EFO1LPO7) Identificar fonema 
e sua representação por letras.
(EFO1LPO8) Relacionar elementos 
sonoros ( sílabas, fonemas, partes 
de palavras ) com sua 
representação escrita.
(EFO1LP13) Comparar palavras. 
indentificando semelhanças e 
diferenças entre sons de silabas 
inicias, mediais e finais.
Construção 
do sistema 
alfabético e 
da ortografia
TODOS OS
CAMPOS DE
ATUAÇÃO
Cada conjunto de habilidades mobilizadas com vistas ao 
desenvolvimento das competências específicas, relaciona-se a vários 
objetos de conhecimento entendidos aqui como conteúdos, conceitos 
e processos. Estes, por sua vez, se desdobram em várias unidades 
temáticas que se materializam no trabalho que acontece de forma 
multidisciplinar no cotidiano do ensinar e aprender, na sala de aula 
nossa de cada dia. Ficou claro para você? 
24
Vamos tentar ilustrar esses elementos trazendo uma situação planejada 
para a sala de aula: uma proposição de leitura, por exemplo. 
Imaginemos que a professora leve para a sala de aula um folheto de 
campanha de vacinação contra COVID. Ao propor a leitura e 
interpretação deste folheto você já pensou sobre quantas habilidades e 
conhecimentos estaremos explorando, além da leitura decodificadora 
apenas? Para fins didáticos, vamos apresentar um levantamento de 
competências, habilidades e objetos de conhecimento em ação em 
uma situação como essa:
HABILIDADE: autentificar o 
efeito de sentido produzido 
pelo uso de recursos 
expressivo gáfico-visuais 
em extosmultussemióticos.
COMPETAÊNCIA 
Reconhecer o texto como 
lugar de manifestação e 
negociação de sentidos, 
valores e ideologias.
HABILIDADE: identificar 
outros sinais no texto além 
das letras,como pontos 
finais, de interrogação e 
exclamação e seus efeitos 
na entonação.
HABILIDADE: Selecionar 
com a medição do 
professor, textos que 
circulam em meios 
impressos ou digitais, de 
acordo com as 
necessidades e interesses.
Objetos de conhecimento 
•Formação do leitor;
•Estratégia de leitura;
•Pontuação;
•Relato oral, registro 
formal e informal;
•Compreensão em leitura;
•OC: Formação do leitor 
literário
HABILIDADE:Identificar 
finalidades de interação oral 
em diferentes contextos 
comunicativos (solicitar 
informações, apresentar 
opiniões, informar, relatar 
experiências etc.) 
HABILIDADE: Ler e 
compreender, em colaboração 
com os colegas e com a ajuda 
do professor, cartazes, avisos, 
folhetos, regras e 
regulamentos que organizam 
a vida na comunidade escolar, 
dentre outros gêneros do 
campo de atuação cidadã, 
considerando a situação 
comunicativa e o tema/
assunto do texto.
25
Ao lidar com a leitura de diferentes tipos de textos em sala de aula, o 
estudante aprende a selecionar textos de acordo com seus interesses e 
necessidades, inclusive diferenciando os tipos de textos.
A análise das imagens utilizadas no folheto ou outros elementos que 
indicam sentido contribui para que o estudante não se torne “presa 
fácil” de propagandas muitas vezes atrativas, porém, enganosas.
Fazer a leitura com a entonação adequada à pontuação ajuda a 
compreender a mensagem que o texto está trazendo.
A proposição de comentários sobre o texto proposto, opinião, relatos 
associados, permite a construção de um olhar diferenciado em relação 
ao discurso verbal e não-verbal.
A leitura e interpretação de textos que circulam no ambiente da vida 
prática permite uma atuação cidadã mais consciente.
Você consegue associar os objetos de conhecimento que estão no 
quadro à direita às habilidades? Tente fazer esse exercício. Qualquer 
coisa, é só consultar o currículo que você poderá conferir.
Aqui fizemos um recorte apenas para pensar didaticamente no 
planejamento que considera habilidades e competências. No seu dia a 
dia, esse processo é muito mais rico e amplo. Em oposição a um 
trabalho planejado a partir de um conteúdo listado que ficaria restrito 
a uma leitura de um folheto qualquer, sem relação ao que o estudante 
vive e com a finalidade em si mesmo. 
As habilidades trabalhadas no dia a dia da sala de aula e que 
consideram os objetos de conhecimento indicados, 
contribuem para a formação da competência prevista para o 
Ensino Fundamental. A ideia aqui é perceber que uma 
atividade dá espaço para o investimento em muitas 
habilidades, de diferentescampos e práticas. E aqui só 
estamos exemplificando com o componente curricular 
Língua Portuguesa. Imagine quantas habilidades são 
trabalhadas além desse componente porque nos anos iniciais 
não fragmentamos as áreas de conhecimento.
26
A partir da página 192 do CRMG você encontrará as orientações para o 
Ensino Fundamental, lembrando que nessa etapa temos os Anos 
Iniciais e Finais. No próximo eixo do curso apresentaremos esquemas 
de cada componente curricular, mas por hora ficamos apenas com 
essa organização geral que vale para todos os componentes 
curriculares.
Assim, podemos evidenciar que o direito de aprender se materializa no 
CRMG pois ele traz o que, porque e quando ensinar de forma conectada 
com o meio e o contexto nos quais a escola está inserida e também 
alinhado com as necessidades de quem habita a sala de aula. Você 
percebe isso no seu cotidiano escolar?
E pausa para uma reflexão: Como você organiza as competências, 
habilidades e objetos do conhecimento no seu planejamento. Tudo se 
alinha ao PPP da sua escola?
Para finalizar esse módulo, trazemos Mafalda para nos fazer pensar 
quando estivermos elaborando o planejamento docente:
Planejar exige saber aonde queremos chegar. É aquela história de dar o 
“tom” para o trabalho escolar. A estrutura da casa está pronta, mas 
você precisa mexer nesse espaço para que ele seja funcional. Não 
queremos uma bela casa, sem funcionalidade. O planejamento docente 
é necessário e indispensável para sabermos por onde estamos indo, o 
caminho. E não há planejamento sem registro. Esse registro traz 
elementos para retomar e refletir sobre caminhos metodológicos e 
atividades que temos colocado em ação. Tem um ponto fundamental 
para esse planejamento docente fluir: a necessária leitura do que está 
previsto para o ano escolar de atuação e a compreensão do que se lê. 
Como selecionar as habilidades a serem trabalhadas sem compreendê-
las? Sem compreender como cada componente curricular está 
organizado e por quê. E é sobre isso que falaremos no próximo módulo: 
a organização e a sustentação teórica de cada componente curricular.
Fonte: Revista Língua Portuguesa, 2014, nº 107, p. 57.
27
Fórum 2: Desafio de enriquecimento
É sabido que as 
vislumbram uma perspectiva de educação integral. 
Considerando a BNCC um referencial, você sabe qual 
o significado de competências e habilidades presente 
no CRMG?
competências e habilidades
Assim como a BNCC, o CRMG assume que competências se 
definem como a mobilização de conhecimentos (conceitos e 
procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e 
socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas 
complexas da vida cotidiana, com vistas ao pleno exercício da 
cidadania e do mundo do trabalho (CRMG, p.10, 2019).
As habilidades, de acordo com a BNCC, se referem aos saberes 
esperados em cada área do conhecimento/disciplina de cada 
ano escolar, necessários para que as competências se 
desenvolvam ao longo da educação básica. Elas relacionam-se 
com as competências gerais e específicas. No desenvolvimento 
de uma competência, várias habilidades são mobilizadas.
: Ao assumir a concepção de educação integral, o CRMG 
referendado pela BNCC, trata as expressões competências 
como o conjunto de conhecimentos (conceitos e 
procedimentos), de práticas cognitivas e socioemocionais, de 
atitudes e valores que são condições para o estudante agir na 
sua realidade com vistas ao pleno exercício da cidadania e do 
mundo do trabalho.
Para definir habilidades os documentos se referem aos saberes 
esperados em cada área do conhecimento/disciplina de cada 
ano escolar, necessários para que as competências se 
desenvolvam ao longo da educação básica. Elas relacionam-se 
com as competências gerais e específicas. No desenvolvimento 
de uma competência, várias habilidades são mobilizadas.
Exemplo - 1
Exemplo - 2
28
Vamos pensar juntos? 
No contexto da BNCC e CRMG, as competências e habilidades 
vislumbram uma perspectiva de educação integral, abrangendo 
todas as dimensões da formação do estudante, baseada em valores 
e atitudes que levam em conta o meio em que vivem da melhor 
forma possível. Estas como práticas, cognitivas e socioemocionais 
e aquelas como a mobilização de conhecimentos, conceitos e 
procedimentos, sempre com a mesma preocupação, tanto da BNCC 
quanto do CRMG, com a formação integral do estudante.
Os documentos apresentam competências e habilidades 
específicas das áreas de conhecimento e dos componentes 
curriculares. Esses saberes são esperados em cada área do 
conhecimento/disciplina e mobilizados no desenvolvimento das 
competências ao longo de toda educação básica. (CRMG, p.10, 
2019)
Para responder ao fórum 
vá ao Ambiente Virtual.
Ouça o podcast com o 
resumo do eixo 2 na 
plataforma.
Faça o questionário final 
na plataforma. 
29
BRASIL, Lei de Diretrizes e B. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
BRASIL. Ministério da Educação; Secretaria de Educação Básica; Secretaria de 
Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão; Secretaria de Educação 
Profissional e Tecnológica. Conselho Nacional de Educação; Câmara de Educação 
Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília: MEC; SEB; DICEI, 
2013. Disponível em:
BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – 
PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 26 de junho de 2014. 
Disponível em: 
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da 
educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de dezembro de 1996. 
Disponível em: 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Brasília, DF: Senado 
Federal, 1988. Disponível em: 
MINAS GERAIS. Currículo Referência de Minas Gerais. Belo Horizonte, Minas Gerais, 
2019. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/docman/julho-2013-pdf/13677-diretrizes-educacao-
basica-2013-pdf/file . Acesso em: 24 de ago. de 2021.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm . Acesso em: 
23 ago. 2021. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 24 ago. 2021.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 23 
ago. 2021.
https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/ . Acesso em 20 de ago. 2021. 
REFERÊNCIAS

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