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CIRURGIAS DE CABEÇA E PESCOÇO PROFA DRA. PATRICIA COLETTO ABORDAREMOS NESSA AULA: ANATOMIA CIRÚRGICA DA CABEÇA E PESCOÇO FENDA PALATINA SÍNDROME BRAQUICEFÁLICOS RINOTOMIAS e RINOPLASTIAS GLÂNDULAS SALIVARES CIRURGIA DE CATILAGENS DA LARINGE TRAQUEIA CIRURGIA TIREÓIDE ESÔFAGO CIRURGIAS OTOLÓGICAS PALATO 46 ANATOMIA DO PALATO Fenda palatina congênita Fenda palatina traumática (fístulas) Tumores Defeitos no lábio e palato CONGÊNITAS Fendas primárias Fendas secundárias Fendas primárias + secundárias Ferreira, M.R.F (2012) FENDA PRIMÁRIA: cranialmente ao forame incisivo (lábios e/ou processo alveolar ) https://www.thesprucepets.com/cleft-palate-in-dogs-4771709 Técnica cirúrgica - Fechamento de fendas Primárias 1. Criar uma aba da mucosa para separar a cavidade nasal da cavidade oral. 2. Suturar o retalho de mucosa bucal ou gengival à mucosa nasal. 3. Usar a Z-plastia modificada para a reconstrução do defeito lábio. 4. Fechar o defeito do lábio para que a distância da narina ventral à margem livre ventral do lábio seja a mesma, em ambos os lados. 5. Fazer múltiplos pequenos retalhos, se necessário, para um fechamento cosmético. 6. Colocar uma camada de suturas na camada fibromuscular (músculo orbicular do olho e tecido conjuntivo) antes de fechar a pele. FENDA SECUNDÁRIA: caudalmente ao forame incisivo (palato duro e ou mole) FENDA TRAUMÁTICA FENDA DECORRENTE DE EXERESE DE TUMOR SINAIS CLÍNICOS Tosse Saída de leite pelas narinas Regurgitação oronasal Descarga nasal Engasgos Rinite Pneumonia Ganho de peso TRATAMENTO Sempre cirúrgico - palatoplastia. Tratamento clínico até a idade ideal: alimentação por sonda Idade ideal: 6 a 8 semanas de vida *Cuidado: palatoplastia antes das 16 semanas pode retardar o crescimento e desenvolvimento maxilofaciais Fenda primária: correção estética Fenda secundária: essencial para sobrevida Técnicas cirúrgicas para fenda no palato duro Técnica do retalho duplo - bipediculado Técnica da sobreposição Retalho duplo + enxertos Enxertos (arcabouço): 1. Cartilagem 2. Ósseo 3. Hidroxiapatita 4. Material sintético - resina, silicone, membrana de titânio TÉCNICA DO RETALHO DUPLO Incisão nas margens do defeito; Incisão de relaxamento; Escarificação do leito para receber o retalho; Aproximação das bordas em duas camadas (oral e nasal); Fios absorvível e não absorvível sintético. Fossum (2010) Divulsão e liberação retalho mucoperiosteal Liberação e rotação do retalho (2-3 mm margem dental) Escarificação do leito para receber o retalho Sutura retalho ao mucoperiósteo – Wolff ou Jaquetão Fio absorvível ou não absorvível sintético TÉCNICA DO RETALHO DUPLO RETALHO DUPLO + ENXERTOS Idem ao retalho duplo colocando sob o defeito um enxerto Silva e Manisclaco (2013) Palatoplastia com biomembrana natural de látex Palatoplastia com cartilagem auricular Palatoplastia com membrana de titânio + cimento ósseo FISTULAS ORONASAIS ADQUIRIDAS Técnica cirúrgica - Técnica de retalho único para correção da fístula Técnica cirúrgica - Técnica de retalho de dupla camada para correção da fístula PÓS-OPERATÓRIO Alimentação pastosa Alimentação enteral: 1. Sonda naso-oral 2. Sonda esofágica 3. Sonda gástrica Antibioticoterapia (até presença de tecido granulação) - ampicilina, clindamicina, sulfa- trimetropim, amoxicilina (7 a 10 dias) Inalação em casos de rinite/pneumonia (gentamicina diluída em soro, 3 vezes ao dia, 7 a 10 dias) Curativo local – clorexidine 0,05% SÍNDROME BRAQUIOCEFÁLICA A síndrome braquicefálica se refere à combinação de narinas estenóticas, palato mole alongado e sáculos laríngeos evertidos, podendo observar hipoplasia de traqueia e colapso de laringe. Causa obstrução da via aérea superior em raças braquicefálicas; também é referida como a síndrome das vias aéreas braquicefálicas ou síndrome obstrutiva das vias aéreas braquicefálicas. Narinas estenóticas são fossas nasais anteriores com uma abertura anormalmente estreita, de modo que as narinas parecem estar comprimidas uma contra a outra. Palato mole alongado é aquele que se estende por mais de 1 a 3 mm caudalmente à ponta da epiglote. Sáculos laríngeos evertidos são protrusões da mucosa rostral às dobras vocais; também são chamados de eversão do sáculo laríngeo ou colapso de laringe de estágio 1. Anatomia cavidade oral de cãoAnatomia da cavidade nasal do cão NARINAS ESTENÓTICAS Anatomia narina 63 Técnica cirúrgica: Rinoplastia em cunha vertical I - As linhas tracejadas indicam as incisões em cunha verticais na asa da narina. A linha tracejada vertical indica o plano da vista em corte (ver II). II - diagrama em corte da passagem rostral nasal ilustrando as incisões para retirada da cunha vertical da asa da narina. A profundidade da cunha é indicada pelas linhas pontilhadas que vão até a cartilagem alar. III - Desenho de linha ilustrando a colocação de suturas para fechamento do defeito em cunha, suturas interrompidas. 64 Técnica cirúrgica: Rinoplastia – técnica em cunha horizontal I - Linhas tracejada na mucosa da asa da narina indicam a incisão da mucosa. A linha tracejada vertical indica o plano para o diagrama de corte (ver II). II - Um diagrama em corte das narinas externas e passagens nasais proximais. A profundidade da cunha horizontal é indicada por linhas pontilhadas que vão até o nível da cartilagem alar. III - Fechamento da incisão com suturas interrompidas. 65 PROLONGAMENTO DO PALATO MOLE https://emilycoopervetblog.wordpress.com/2020/10/01/the-issues-surrounding-brachycephalic-dogs https://www.vetscalpel.com/blog/elongated-soft-palate-laser-surgery 1. Marcar visualmente o local da suposta ressecção, utilizando-se a ponta da epiglote e a margem caudal ou ponto médio das tonsilas como pontos de referência, sendo que o palato mole é ressecado ao nível do polo caudal da tonsila de modo que se sobreponha à ponta da epiglote. 2. Manusear o palato mole delicadamente e o menos possível para prevenir inchaço excessivo da mucosa, colocando pontos de reparo ou pinça Allis. 3. Passar fios de fixação adicionais no proposto local da ressecção, nas bordas direita e esquerda do palato. Prendê-los com pinças hemostáticas e pedir para um auxiliar aplicar uma tração lateral. 4. Transeccionar o palato mole aproximadamente um terço da metade da largura, com tesouras Metzenbaum curvas. 5. Fazer uma sutura simples contínua (fio monofilamento absorvível 4-0) na borda do palato, sobrepondo a mucosa nasofaríngea e orofaríngea. 6. Continuar transeccionando e suturando até que o excesso do palato tenha sido resseccionado. Técnica cirúrgica: Ressecção do Palato Mole Alongado (Estafilectomia) PÓS-OPERATÓRIO Alimentação pastosa: 12-24h após o termino da cirurgia Preferir alimento gelado Avaliar necessidade de oxigenioterapia Antibioticoterapia - ampicilina, clindamicina, amoxicilina (7 dias) Hidrocortisona – 5 mg/kg/TID por 24h (avaliar) Prednisona – 0,5 mg/kg/BID por 5 dias (avaliar) REMOÇÃO DA PREGA NASAL CAVIDADE NASAL Anatomia da cavidade nasal do cão RINOTOMIA A cavidade nasal pode ser abordada por via dorsal, ventral ou lateral. Indicado para acessa a cavidade nasal: neoplasias, rinossinusites crônicas, fraturas, pólipos, entre outros. Técnica cirúrgica: abordagem dorsal da cavidade nasal e dos seios paranasais 1. Fazer uma incisão de pele, acompanhando a linha média dorsal, a partir da face caudal do plano nasal até o canto medial da órbita. 2. Incisar o tecido subcutâneo e o periósteo sobre a linha média. Elevar o periósteo e afastá-lo lateralmente sobre um ou ambos os lados da cavidade nasal. 3. Usar uma serra para osso para criar e elevar um retalho ósseo sobre o local proposto de entrada na cavidade nasal 4. Usar goivaspara aumentar o orifício e descartar os fragmentos ósseos. 5. Utilizar cautério, salina congelada e/ou pressão digital para controlar a hemorragia. Caso seja feito um retalho ósseo, suturá-lo no lugar com fios 3-0 ou 4-0 passando por orifícios criados antecipadamente no retalho ósseo e osso adjacente. 6. No caso de se utilizarem goivas, fechar o periósteo e o tecido subcutâneo, deixando uma abertura na face caudal da incisão. 7. Fechar a pele da mesma forma, mantendo uma abertura Técnica cirúrgica: Abordagem ventral para a cavidade nasal Técnica cirúrgica : Abordagem lateral para a cavidade nasal 1. Fazer uma incisão com tesouras de Mayo ou bisturi. Quando usar tesoura, inserir uma lâmina numa narina e posicioná-la de modo que a incisão possa ser feita ventralmente ao plano nasal e à cartilagem nasal dorsolateral 2. Angular a incisão em uma direção dorsocaudal, em direção à incisura nasomaxilar. 3. Incisar todas as camadas e afastar o tecido dorsalmente para expor o vestíbulo. 4. Explorar e resseccionar ou realizar a biópsia de tecido anormal. Sobrepor a mucosa nasal com fios absorvíveis monofilamento 3-0 ou 4-0. 5. Fazer dois a quatro pontos na camada musculocartilaginosa (monofilamento absorvível 3-0 ou 4-0) e então sobrepor a pele (com fio monofilamento não absorvível 3-0 ou 4-0). PÓS-OPERATÓRIO Alimentação pastosa:12-24h após o termino da cirurgia por 10 dias Após a rinotomia dorsal, é esperada a movimentação do retalho de pele que cobre o defeito ósseo e, assim, pode ocorrer enfisema subcutâneo O orifício se contrairá e cicatrizará dentro de cinco a 10 dias. Antibioticoterapia - ampicilina, clindamicina, amoxicilina (7 dias) Hidrocortisona – 5 mg/kg/TID por 24h (avaliar) Prednisona – 0,5 mg/kg/BID por 5 dias (avaliar) LARINGE Anatomia da Laringe 75 PARALISIA DE LARINGE O paralisia de laringe é a falha parcial ou completa da abdução das cartilagens aritenoides e das dobras vocais durante a inspiração. Sinais clínicos Respiração laboriosa e ofegante Hipertermia Estritor inspiratório Intolerância ao exercício Cianose Tosse Sinais inespecíficos Pode ocorrer em 1/3 dos cães que possuem colapso de traqueia Paciente com paralisia adquirida pode ter outros sinais neurológicos TÉCNICAS CIRÚRGICAS PARA TRATAMENTO VentriculocordectomiaLaringectomia parcialLateralização da aritenoide unilateral Técnica Cirúrgica - Lateralização da Aritenoide Unilateral 1. A laringe é exposta por abordagem cervical lateral durante a lateralização do aritenoide. 2. Incisar a pele e o tecido subcutâneo ventral à veia jugular. 3. Incisar o músculo tirofaríngeo na borda dorsal da cartilagem tireóidea. 4. Separar as articulações cricotireóidea e cricoaritenóidea. 5. Fazer uma sutura do processo muscular do aritenoide até a face dorsocaudal da cartilagem cricoide e/ou tireoide, com fio não absorvível sintético. 77 Técnica cirúrgica – lateralização da aritenoide Cricoide Aritenoide Tireoide PÓS-OPERATÓRIO Alimentação “almondega de carne” – não deixar ingerir água sozinho e alimento líquido. Preferir alimento gelado Orientação do tutor Avaliar necessidade de oxigenioterapia Antibioticoterapia - ampicilina, clindamicina, amoxicilina, cefalexina (7 dias) Hidrocortisona – 10 mg/kg/TID por 24h (avaliar) Hidrocortisona – 5,0 mg/kg/TID por 48h (avaliar) Prednisona – 0,5 mg/kg/BID por 5 dias COMPLICAÇÕES DA TÉCNICA Complicações maiores (22%) Complicações menores Pneumonia por aspiração (18%) Tosse Morte associada a pneumonia (9%) Recorrência de estritor Tosse persistente (9%) Colapso de laringe Kitshof et al. (2013) GLÂNDULAS SALIVARES Anatomia das glândulas salivares 52 54 MUCOCELE SALIVAR (SIALOCELE, CISTO SALIVAR, HIGROMA CÍSTICO) • Mucocele cervical é uma coleção de saliva nas estruturas mais profundas do espaço intermandibular, do ângulo da mandíbula ou da região cervical superior. • Mucocele sublingual (rânula) é uma coleção de saliva no tecido sublingual caudal para as aberturas dos ductos sublinguais e mandibulares, • Mucocele faríngea é uma coleta de saliva nos tecidos adjacentes à faringe. • Mucocele zigomática é a coleção de saliva ventral ao globo. Em alguns animais ocorrem as mucoceles complexas, que consistem em dois ou mais tipos de mucocele CONSIDERAÇÕES SOBRE MUCOCELE A ruptura da glândula salivar ou ducto resulta em extravasamento de saliva para o tecido adjacente. As mucoceles salivares não são cistos. Cistos são cavidades revestidas por epitélio, enquanto o tecido de granulação que reveste a mucocele é produzido secundariamente à inflamação causada pela saliva livre nos tecidos. A causa da mucoceles salivares raramente é identificada, - trauma contuso, corpos estranhos e sialólitos. A glândula salivar sublingual é a mais comumente envolvida. A saliva irrita o tecido e causa inflamação. O inchaço pode ser firme e dolorido inicialmente, mas o animal é usualmente assintomático. Perguntar aos tutores onde eles observaram pela primeira vez o inchaço, isso pode ajudá-lo a determinar o lado afetado. DIAGNÓSTICO Histórico Palpação Citologia Radiografia Ultrassonografia Histopatologia Se tiver problemas para identificar o lado afetado em um animal com mucocele cervical, coloque o animal de costas. O conteúdo da mucocele muitas vezes vai, por gravidade, para o lado da glândula acometida. https://pt.slideshare.net/vetbcas/affection-of-salivary-gland 1. Incisão sobre a glândula mandibular; 2. Dissecar a glândula salivar mandibular após incisão na cápsula; 3. Aplicar tração caudal na glândula mandibular e dissecar a glândula sublingual e o ducto até ao nervo lingual ter sido identificado. 4. Ligar e transeccionar o complexo glândula-ducto mandibular sublingual caudalmente ao nervo lingual. Técnica cirúrgica – acesso lateral Técnica cirúrgica – acesso ventral 1. Incisão é feita a partir de um ponto caudal de 4 a 5 cm ao ramo da mandíbula no lado afetado e estendendo-se rostralmente em direção à sínfise mandibular. 2. Se a remoção bilateral da glândula for realizada, uma incisão na linha média pode ser feita. 3. O músculo platisma é incisado para facilitar a identificação da bifurcação jugular externa; a glândula mandibular situa-se próximo ou cranial a esta bifurcação. 4. Os tecidos são dissecados para expor a cápsula que cobre as glândulas salivares mandibulares e sublinguais 5. A cápsula sobre ambas as glândulas é incisada e dissecada. 6. O complexo da glândula é retraído caudalmente para permitir a dissecção romba da glândula sublingual sob o músculo digástrico. 7. A dissecção romba é continuada rostralmente ao nível do nervo lingual. 8. O ducto é ligado o mais rostralmente possível e seccionado. CONSIDERAÇÕES SOBRE RÂNULA É uma coleção de saliva no tecido sublingual caudal para as aberturas dos ductos sublinguais e mandibulares. Pacientes com rânula podem ter preensão anormal e sangramento oral, que é causada por trauma durante a mastigação. 58 Técnica cirúrgica – Marsupialização 1. Realizar uma excisão de uma secção elíptica, em toda a espessura da parede mucocele. 2. Suturar o revestimento de tecido de granulação para a mucosa sublingual (marsuapialização) para estimular a drenagem durante vários dias., com fio absorvível sintético. 3. Deixar cicatrizar por segunda intenção. PÓS-OPERATÓRIO Mucocele: Antibioticoterapia, AINE, analgésico Curativo Dreno Rânula: Oferecer alimento e água gelados Antiinifamatório – corticoide ou AINE TRAQUEIA CIRURGIAS DA TRAQUEIA Traqueotomia – remoção do corpo estranho Traqueostomia – via de acesso respiratório Traqueostomia permanente – via de acesso respiratório Correção de colapso de traqueia Anatomia da traqueia Formada por 35 a 45 cartilagens hialinas com formado em C incompletas Vascularização segmentar (ramosda artérias tireóideas craniais e caudais) Inervação: laríngeo recorrente Suematsu et al. (2019) TRAQUEOTOMIA Definição: incisão na traquéia Indicações: Remover obstrução, Coletar material, Facilitar o fluxo de ar Técnica cirúrgica: Traqueotomia Sutura da traqueia: Aproximar os anéis traqueais Passar o fio circundando as cartilagens traqueais Sutura simples separada Fio: polipropileno ou náilon TRAQUEOSTOMIA TEMPORÁRIA Indicação: Fornecer rota alternativa de fluxo de ar, Procedimento de emergência em pacientes dispnéicos. Técnica cirúrgica: Traqueostomia temporária 1. Incisão na linha média cervical ventral, 2. Divulsionar os músculos esterno-hióideos, 3. Isolar a traquéia, 4. Fazer incisão longitudinal ou transversal no ligamento anular, entre as cartilagens, 5. Passar fios de náilon ou polipropileno ao redor das cartilagens, 6. Aproximar o músculo esterno-hioide e a pele com suturas interrompidas. Departamento de Medicina Veterinária Cambridge Veterinary School • Água deve ser oferecida após 6 horas, • Alimento úmido após 12 a 24 horas, • Exercícios restritos durante 4 semanas Quando estiver com o tubo: 1. Limpeza do tubo pelo menos 2 vezes ao dia (técnica estéril) 2. Instilar 1mL de solução fisiológica antes de aspirar o tubo. 3. Remover o tubo o mais rápido possível. 4. Avaliar a necessidade de trocar o tubo. TRAQUEOSTOMIA PERMANENTE Definição: criação de um orifício na parede ventral da traquéia Indicação: Paralisia ou colapso de laringe na qual não houve resolução clínica/cirúrgica, Tumor de face. Técnica Cirúrgica: Traqueostomia permanente 42 TÉCNICA CIRÚRGICA: TRAQUEOSTOMIA PERMANENTE 1. Incisão na linha média cervical ventral, 2. Divulsionar os músculos esterno-hióideos, 3. Desviar a traqueia ventralmente, sobrepondo os músculos esterno-hióideos com sutura em U, dorsal à traqueia. 4. Excisar um segmento retangular da parede traqueal ventral sem penetrar na mucosa. Observar a linha tracejada onde a incisão em I é feita após a remoção do segmento de cartilagem. Excisar a pele solta, adjacente ao estoma. 5. Usar suturas intradérmicas para sobrepor a pele aos ligamentos anulares e tecidos peritraqueais (linhas separadas). Sobrepor a mucosa traqueal à pele com três ou quatro suturas separadas; finalizar o fechamento com sutura contínua simples. 43 Wedderburn P. (2016) CUIDADOS COM A FERIDA 1. Remover o muco com o auxílio de uma esponja ou gaze, 2. Inspecionar o local de 3 em 3 horas, por 7 dias, 3. Inspecionar de 6 em 6 horas por 14 dias, 4. Inspecionar de 12 em 12 horas após 30 dias. PÓS-OPERATÓRIO • Água deve ser oferecida após 6 horas, • Alimento úmido após 12 a 24 horas, • Exercícios restritos durante 4 semanas Quando estiver com o tubo: 1. Limpeza do tubo pelo menos 2 vezes ao dia (técnica estéril) 2. Instilar 1mL de solução fisiológica antes de aspirar o tubo. 3. Remover o tubo o mais rápido possível. 4. Avaliar a necessidade de trocar o tubo. 1. Remover o muco com o auxílio de uma esponja ou gaze, 2. Inspecionar o local de 3 em 3 horas, por 7 dias, 3. Inspecionar de 6 em 6 horas por 14 dias, 4. Inspecionar de 12 em 12 horas após 30 dias. TRAQUEOSTOMIA PERMANENTE Colapso de traqueia é um tipo de obstrução traqueal secundário à flacidez das cartilagens que mantem a estrutura tubular, dificultando o fluxo de ar dos pulmões. Devido a uma degeneração idiopática, as cartilagens traqueais perdem rigidez e são incapazes de manter a forma da traqueia durante a respiração, colapsando dorsoventralmente. https://twitter.com/drawn_mask/ status/1032985653552865280 COLAPSO DE TRAQUEIA https://twitter.com/drawn_mask/status/1032985653552865280 Graus de Colapso de Traqueia SINAIS CLÍNICOS Ruídos respiratórios com sibilos Tosse parecendo “grasnido de ganso” Dispneia Intolerância ao exercício Síncope 30% dos casos também apresentam paralisia ou colapso de laringe Quase 50% dos pacientes apresentam indícios de colapso bronquial Quando o colapso afeta a traqueia cervical - dificuldade inspiração Quando o colapso afeta a traqueia torácica – dificuldade na expiração Cervical Torácico Cuidado!!! Hipoplasia traqueal https://www.yourvetonline.com/dog-cant-breathe-brachycephalic-obstructive-airway- syndrome/ TÉCNICAS CIRÚRGICAS Implantes extraluminal : • Anéis de polipropileno • Espiral de nitinol Implante intraluminal - stent Goméz, Saňudo e Morales (2018) Tappin (2016) Busschers et al. (2010) https://www.semanticscholar.org/author/E.-Busschers/5706235 Prótese de extraluminal de nitinol InPulse Animal Health Brasil https://www.facebook.com/inpulseanimalhealth/?tn-str=k*F Técnica cirúrgica: Colocação anéis de polipropileno 1. Incisão na linha média cervical ventral, 2. Divulsionar os músculos esterno-hióideos, 3. Identificar e divulsionar os nervos laríngeos recorrentes 4. Dissecar os tecidos peritraqueais e fazer um túnel imediatamente ao redor da traqueia, somente em áreas da colocação da prótese de anel. 5. Direcionar e posicionar uma prótese de anel através do túnel e ao redor da traqueia com uma pinça hemostática curva e longa. 6. Posicionar a prótese de anel com a separação voltada para a face ventral da traqueia. 7. Prender as próteses com suturas ventral, lateral e dorsalmente. Inserir três a seis com fios não absorvíeis ou PDS. 8. Aproximar o músculo esterno-hioide e suturar o subcutâneo e pele. Técnica cirúrgica: Colocação de prótese extraluminal em espiral 1. Incisão na linha média cervical ventral, 2. Divulsionar os músculos esterno-hióideos, 3. Identificar e divulsionar os nervos laríngeos recorrentes 4. Dissecar os tecidos peritraqueais e fazer um túnel imediatamente ao redor da traqueia. 5. Passar a proteseDirecionar e posicionar uma prótese de anel através do túnel e ao redor da traqueia com uma pinça hemostática curva e longa. 6. Colocar um fio de reparo na traqueia, na porção cranial. 7. Passar a prótese ao redor da traqueia, protegendo com uma pinça hemostática curva 8. Fixar a prótese na traqueia com 2 pontos simples, na porção cranial e na porção caudas, com fio náilon 9. Aproximar o músculo esterno-hioide e suturar o subcutâneo e pele. Acesso cervical Acesso torácico PÓS-OPERATÓRIO • Realizar oxigenioterapia suplementar • Analgésicos: opióides (metadona, tramadol) – avaliar o tempo • Antibiótico: amoxicilina com clavulanato (avaliar) – avaliar o tempo • Hidrocortisona – 10mg/kg – primeiras 24h • Prednisona – 0,5mg/kg/ BID ESÔFAGO CIRURGIAS DO ESÔFAGO Esofagostomia – sonda esofágica Esofagotomia – remoção de corpo estranho Esofagectomia- necrose esofágica ou tumor Anatomia do esôfago • Porção cervical e torácica proximal está a esquerda da linha média • Camadas da parede: mucosa, submucosa, muscular e adventícia • Irrigação sanguínea: ramos das artérias tireódieas e subclávia 61 62 Técnica cirúrgica: Colocação da sonda pela técnica de esofagostomia 7ª. Demarque a extensão da sonda que será introduzida dentro do esôfago (sétimo espaço intercostal); 7B. Coloque o corpo do instrumento na cavidade oral, pressionando o esôfago contra a musculatura mesocervical, formando uma saliência na pele cervical, local onde se procederá a incisão; 7C. Com auxílio de uma lâmina de bisturi, faça incisão na pele e tecidos até exteriorizar o instrumento através da incisão cutânea. Aumente o orifício para permitir a passagem do tubo, após a fixação do mesmo ao instrumento; 7D. Retraia o instrumento e puxe o tubo para o interior da cavidade oral; 7E. Redirecione o tubo com o auxílio de um estilete para o interior do esôfago; 7F. Fixe o tubo na pele com fio de sutura não absorvível 2-0 utilizando ponto dedo chinês ou bailarina; 7G. Coloque uma bandagem na região para proteção dos pontos e da ferida. Técnica cirúrgica – Esofagotomia cervical 1. Incisão de pele e subcutâneo; 2. Encontrar a junçãodos músculos esterno- hióideo, e divulsioná-lo; 3. Deslocar a traqueia cuidadosamente para a direita, localizar o esôfago; 4. Cuidado com a artéria carótida e o tronco vago-simpático; 5. Promover divulsão cuidadosa do esôfago, levantá-lo com a pinça, e envolvê-lo com uma compressa; 6. Fazer incisão longitudinal caudal ao corpo estranho, retirar o corpo estranho com uma pinça; 7. Sutura do esôfago 63 • Sutura do esôfago- uma ou duas camadas Sutura em uma camada: simples continuo, simples separado ou swift Sutura em duas camadas: 1. Primeira camada – nós intraluminais – swift (submucosa e mucosa) 2. Segunda camada - nós extraluminais – simples separado ou simples contínuo (muscular e adventícia) 64 Sutura em uma camada (Submucosa, muscular e adventícia) 65 Sutura em 2 camadas Mucosa e submucosa Muscular e adventícia 66 Técnica cirúrgica – Esofagotomia torácica 67 1. Posicionar o paciente em decúbito lateral direito para abordar o tórax esquerdo. 2. Selecionar o local apropriado para a incisão baseado na localização radiográfica da lesão, geralmente entre 3 ou 4 espaço intercostal; 3. Identificar e seccionar o músculo grande dorsal, serrátil ventral, músculos escalenos e músculos intercostais (linha pontilhada). 4. Posicionar os afastadores de costela e identificar as vísceras torácicas. 5. Identificar o esôfago no mediastino dorsal do tronco braquiocefálico; 6. Dissecar a pleura mediastinal sobreposta ao esôfago logo acima e abaixo da área cirúrgica proposta. Preservar o ramo da veia intratorácica interna e a veia costocervical, as quais passam pelo esôfago cranial. Técnica cirúrgica – Esofagectomia • Incisão circular no esôfago • Sutura em duas camadas: 1. Primeira camada – nós intraluminais – swift - mucosa e submucosa 2. Segunda camada - nós extraluminais – simples separado - muscular e adventicia • Pós-operatório – Dieta líquida mínima nas primeiras 24 horas – Dieta líquida (mingau) de 3- 5 dias – Alimento úmido de 5-7 dias – Retorno gradual à dieta normal • Pacientes debilitados ou com traumatismo esofágicos severos – sonda de gastrostomia TIREOIDE Anatomia da Tireoide CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE TUMORES DA TIREOIDE As neoplasias de tireoide podem ser carcinomas (malignos) ou adenomas (benignos). Os carcinomas podem surgir de células foliculares e podem ser classificados como foliculares, compactos, papilares ou mistos, ou podem surgir de células parafoliculares ou células C (carcinomas medulares da tireoide). Carcinomas da tireoide caninos são mais comuns do que adenomas, enquanto adenomas funcionais prevalecem em gatos. Os adenocarcinomas geralmente são tumores de crescimento rápido, altamente invasivos, que frequentemente formam metástases nos linfonodos de drenagem e pulmão. A excisão cirúrgica de tumores tireóideos em cães normalmente é difícil por causa da invasividade do tumor e da tendência a apresentarem hemorragia substancial. A neovascularização de tumores da tireoide é amplamente variável. Tumores grandes ou invasivos tendem a ser excessivamente bem vascularizados e podem potencialmente invadir ou incorporar a veia jugular ou artéria carótida, exigindo a ligadura desses vasos. A ligadura da artéria carótida bilateral pode ser realizada em cães devido ao extenso desenvolvimento colateral, mas, quando realizada de forma aguda, pode resultar em taquicardia intraoperatória e hipertensão. A neovascularização do carcinoma da tireoide pode ser grave o suficiente para prevenir a ressecção. Cauterização unipolar e bipolar, hemoclips e instrumentos avançados de coagulação e corte de energia eletromagnética, pode ser muito útil para hemostasia. Muitos carcinomas caninos da tireoide apresentam aderência parcial ou invasão no tecido adjacente. Se o tumor for invasivo e incorporar a veia jugular, artéria carótida, tronco vagossimpático (estruturas dentro da bainha carotídea) e nervo laríngeo recorrente, é possível sacrificar unilateralmente com morbidade aceitável, porque a síndrome de Horner unilateral e a paralisia laríngea unilateral geralmente não afetam a qualidade de vida. A vagotomia cervical bilateral causa alta morbidade e mortalidade em cães. O sacrifício unilateral de um nervo vago normalmente não tem consequências, embora os autores tenham visto megaesôfago. Além disso, se o tumor invadir o esôfago ou a traqueia, a morbidade e os riscos associados à excisão parcial dessas estruturas devem ser seriamente pesados em relação aos benefícios. 54 Técnica cirúrgica – Tireoidectomia Realizar uma abordagem cervical da linha média ventral da laringe até o manúbrio para expor toda a região; Os músculos esterno-hióideo e esterno-tireoideo são separados abruptamente do lado esquerdo e direito na linha média e retraídos com um afastador; As glândulas paratireoides no lado ipsilateral de um carcinoma de tireoide geralmente não são identificáveis na cirurgia. A artéria e veia tireoidiana cranial e caudal, e quaisquer outros grandes vasos associados ao tumor, são selados com um dispositivo de vedação de vasos ou ligados ou hemoclipados e seccionados. Os vasos menores são cauterizados. Após a tireoidectomia, a musculatura deve ser aproximada com sutura absorvível 3-0, e o tecido subcutâneo e a pele são fechados rotineiramente. Se houver espaço morto excessivo ou hemorragia difusa persistente de baixo grau, um dreno de sucção contínua pode ser colocado antes do fechamento. Técnica cirúrgica : Tireoidectomia As complicações podem incluir: Hipocalcemia, hipotireoidismo, recorrência de hipertireoidismo, piora de doença renal, síndrome de Horner e/ou paralisia da laringe. A hipocalcemia (nível de cálcio sérico menor que 9 mg/dL em cães adultos e menor que 8,5 mg/dL em gatos adultos) é a complicação mais importante, aguda e grave da tireoidectomia. Os animais devem ser monitorados com bastante cuidado em relação aos sintomas de hipocalcemia (respiração ofegante, nervosismo, fricção facial, contorção muscular, ataxia, convulsão) por 2 a 4 dias. Nos gatos, os sintomas iniciais podem incluir letargia, anorexia, ofego e fricção facial. Os sinais clínicos normalmente são notados dentro de 24 a 96 horas, embora sintomas retardados tenham sido relatados até 5 a 6 dias após. Fossum (2014) OUVIDO CIRURGIAS DO OUVIDO Otohematoma - hematoma aural (auricular) é uma coleta de sangue dentro da placa da cartilagem do ouvido, decorrente de trauma. Ressecção do canal auditivo lateral - otite, hiperplasia mínima do epitélio ou pequena massa/polipo no canal vertical. Ablação vertical do ouvido – canal vertical está comprometido, mas o canal horizontal está normal. Ablação total do ouvido – otite crônica, intensa calcificação e ossificação da cartilagem auricular, hiperplasia grave epitelial. Anatomia do orelha/ouvido Anatomia do ouvido OTOHEMATOMA 1. Realizar uma incisão em formato de S na superfície côncava do ouvido e expor o hematoma e seu conteúdo de uma extremidade à outra. 2. Remover o coágulo de fibrina e irrigar a cavidade. 3. Colocar suturas de 3, 4 a 1cm de comprimento através da pele na superfície côncava do ouvido e da cartilagem subjacente. 4. Colocar as suturas paralelas aos grandes vasos (verticais em vez de horizontais). Elas podem ser feitas através da cartilagem sem incorporar a pele sobre a superfície convexa do ouvido, ou podem ser de espessura completa. 5. Colocar um amplo número de sutura de modo a não deixar nenhum bolsão em que o líquido possa se acumular. 6. Não ligar as ramificações da grande artéria auricular visível na superfície convexa do ouvido. 7. Não suturar a incisão fechada; deve haver uma pequena abertura para permitir a drenagem contínua. 8. Colocar um curativo de proteção de luz sobre o ouvido, e apoiar a orelha sobre a cabeça do animal. 9. Remover o curativo e a sutura entre 10 a 14 dias Técnica cirúrgica – drenagem do hematomahttps://onlinestores.cheap2023factory.ru/category?name=otohematoma%20gato Técnica cirúrgica – drenagem do hematoma RESSECÇÃO DO CANAL AUDITIVO LATERAL (ZEEP) Técnica cirúrgica: Ressecção do canal auditivo lateral 1. Ressecção do canal auditivo lateral.A, 2. Marque metade de um local o comprimento do canal auditivo vertical abaixo do canal auditivo horizontal. B, 3. Lateralmente ao canal auditivo vertical, faça duas incisões paralelas que se estendam desde o tragus ventral para o local marcado. C, 4. Conecte as incisões na pele ventralmente e reflita a aba da pele dorsal, expondo a parede cartilaginosa lateral do canal auditivo vertical. 5. Use tesoura Mayo para seccionar o canal vertical. D, 6. Reflita a aba da cartilagem distalmente, e inspecione a abertura do canal horizontal. Resseque a metade distal da aba da cartilagem para fazer o escorredor e retire a aba da pele. E, 7. Coloque suturas a partir do tecido epitelial da pele. Comece a suturar a abertura do canal horizontal, em seguida, suture o escorredor1. ABLAÇÃO VERTICAL DO OUVIDO Técnica cirúrgica: Ablação vertical do ouvido 1. Faça uma incisão em formato de T com o componente horizontal paralelo e imediatamente abaixo da borda superior do tragus. 2. A partir do ponto médio da incisão horizontal, faça uma incisão vertical que se prolongue ao nível do canal horizontal. 3. Recolha as abas da pele que refletem tecido conjuntivo frouxo, e exponha a face lateral do canal vertical. 4. Continue a incisão horizontal através da cartilagem ao redor do meato acústico externo com uma lâmina de bisturi. Use tesouras Mayo curvadas para dissecar em torno das faces proximais e mediais do canal vertical. 5. Liberte canal vertical inteiro de todos os anexos musculares e fasciais. 6. Seccione o canal ventralmente 1 a 2 cm dorsais ao canal horizontal e submeta o canal para exame histológico. E, Incise o restante do canal vertical, cranial e caudal para criar abas dorsal e ventral. 7. Reflita a aba ventral para baixo e suture a pele de um escorredor. Suture a aba dorsal para a pele e feche o tecido subcutâneo. Em seguida, feche a pele em formato de T ABLAÇÃO TOTAL DO OUVIDO 1. Faça uma incisão em formato de T de a com o componente horizontal paralelo e imediatamente abaixo da borda superior do tragus. 2. A partir do ponto médio da incisão horizontal, faça uma incisão vertical que se prolongue apenas passando ao nível do canal horizontal. 3. B, Recolha as abas da pele que refletem tecido conjuntivo frouxo, e exponha a face lateral do canal vertical. Continue a incisão horizontal em torno da abertura do canal auditivo vertical com uma lâmina de bisturi. 4. C, Disseque em torno das faces proximais e mediais do canal vertical. 5. D, Continue a dissecção ao nível do meato auditivo externo. 6. E, Excise a fixação do canal horizontal para o meato acústico externo com uma lâmina de bisturi ou tesoura de Mayo, e use uma cureta para remover cuidadosamente o tecido secretor que é aderente à borda do meato acústico externo. 7. F, Se desejar, coloque um dreno de Penrose. Fechar o tecido subcutâneo e a pele. Técnica cirúrgica: Ablação total do ouvido PÓS-OPERATÓRIO Analgésicos: metadona, tramadol Tranquilizantes podem ser administradas se o animal aparece disfórico ou ansioso. Uma bandagem deve ser colocada sobre o ouvido(s), e um colar elizabetano ou barra lateral deve ser utilizado para impedir a remoção da bandagem ou mutilação do ouvido. Se o inchaço for excessivo, uma compressa fria pode ser aplicada ao lado da face, várias vezes por dia, durante as primeiras 24 a 36 horas após a cirurgia. Os antibióticos devem ter como base os resultados da cultura e continuados durante 3 a 4 semanas. Drenos Penrose geralmente podem ser removidos em 3 a 7 dias, Suturas podem ser removidas em 10 a 14 dias.