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Patologia cirúrgica aplicada às cirurgias do aparelho respiratório superior M.V. Leticia R Oliveira Preparação do paciente • Exames laboratoriais; • Endoscopia diagnóstica; • Avaliação clínica; • Anestesia inalatória; Traqueostomia • Indicações: urgência ou eletiva • Urgência: obstrução de vias aéreas, edema pós cirúrgico, neoplasias laríngeas. • Eletiva: cirurgias nasais, laríngeas ou obstrução pós operatória antecipada. • Definitiva ou temporária. • Terço médio e superior da traquéia; • Faz-se uma incisão de 10cm na pele e tecido subcutâneo; • Dissecar os músculos esternotireoideos; • Visualização dos anéis traqueais e incisão com bisturi entre os anéis na horizontal; • Inserção da sonda de traqueostomia; • Cicatrização realizada por segunda intenção. * Para uma colocação permanente da sonda, deve-se retirar um fragmento semicircular do anel traqueal. Abordagem cirúrgica e drenagem das bolsas guturais • Indicações: empiema de bolsa gutural, condróides • Duas técnicas de incisão: hiovertebromia e triângulo de viborg. • Triângulo de viborg: • Área definida pelo tendão do músculo esternocefálico, a veia linguofacial e a borda caudal do ramo vertical da mandíbula; • Dissecar tecido subcutâneo, glândula parótida é puxada na direção dorsal; • Visualização da bolsa gutural, membrana pinçada e cortada por tesoura; • A cicatrização ocorre por segunda intenção. • Técnica Hiovertebromia • Incisão realizada paralela e cranial a asa do atlas; • Visualização da glândula parotida e músculo parotidoauricular sendo incisado e dissecado ao redor da glândula; • Glândula parotida afastada na direção cranial e nervo auricular caudal é rebatido caudalmente quando necessário; • A dissecação romba da região do tecido areolar evidencia a parede dorsolateral da bolsa gutural; • O acesso para a bolsa gutural é feito entre o nervo glossofaríngeo e do nervo vago na direção caudal. Cuidado com a artéria carótida interna. • A incisão é fechada primariamente se não houver alto índice de contaminação. Ressecção parcial de palato mole • Indicação: deslocamento dorsal de palato mole • Incisão de pele de aproximadamente 10cm é realizada na superfície da cartilagem cricóide; • Dissecação dos músculos esternotirohióideos para expor a membrana cricotiroidea; • A membrana cricotiroidea é liberada do tecido adiposo e é incisada de forma perfurante para acessar a mucosa da laringe; • A sonda endotraqueal deve ser recolhida para o interior da boca para visualização do palato mole ou pode-se realizar uma traqueostomia; • Pinças allis agarram a borda dos dois lados do palato; • Uma incisão semicircular perto das pinças é realizada retirando em torno de 1cm de borda de área livre do palato mole; • Não realiza-se sutura no palato mole, a incisão de laringe é realizada a cicatrização por segunda intenção. • Complicações: edema pós cirúrgico, se retirado em excesso descarga nasal e pneumonia por aspiração. Hemiplegia laringeana • Síndrome do cavalo roncador • Cirúrgico: ventriculectomia, aritenóidepexia, aritenoidectomia parcial ou total. Ventriculectomia • Incisão de pele de aproximadamente 10cm é realizada na superfície da cartilagem cricóide; • Dissecação dos músculos esternotirohióideos para expor a membrana cricotiroidea; • A membrana cricotiroidea é liberada do tecido adiposo e é incisada de forma perfurante para acessar a mucosa da laringe; • Indicado realizar uma traqueostomia para melhor visualização; • O ventrículo laríngeo é identificado para fora da borda da corda vocal; • A mucosa do ventrículo é evertida para fora e ressecada com tesoura o mais próximo da base da cartilagem associada; • Normalmente é realizada bilateral; • A sutura da laringotomia normalmente não é realizada. Aritenóidepexia • Pode ser realizada via endoscopia: técnica Tie Back (acesso lateral esquerdo) • O acesso é feito pela laringe; • Consiste na ancoragem, por meio de fio inabsorvível, da margem caudal da cartilagem aritenóide á superfície da lâmina cricóide no seu ramo caudal; • O procedimento provoca uma abdução lateral e permanente dessa cartilagem, permitindo maior passagem de ar. Aritenóidectomia parcial ou total • Realizada a laringotomia; • A mucosa que reveste a cartilagem aritenóide é afastada; • Realizada uma incisão vertical contornando o aspecto rostral das cordas vocais e do perímetro do sáculo laringeal, sendo divulsionado, liberado e reduzido; • A incisão é estendida dorsalmente na superfície medial da superfície da a partir do sáculo até a linha dorsal média, elipticamente, envolvendo toda a mucosa anteriormente afastada; • Para a técnica parcial A mucosa é cuidadosamente elevada e o corpo da aritenóide esquerda é removido junto com o processo corniculado; • Para a técnica total o corpo da aritenoide, o processo corniculado e o processo muscular são retirados. Acesso aos seios nasais e paranasais: Sinusites • Indicações: drenagem de secreção acumulada • O acesso aos seios é obtido com o auxilio de furadeira e broca. • Fixação de dreno para abertura ficar viável para lavagem diária. • Lavagem com soluções de iodo povidona (0,5%), solução salina, solução com antibióticos e mucolíticos. Fonte: VCI FMVZ USP Fonte: VCI FMVZ USP Cuidados pós operatórios gerais • Antibiótico – Ceftiofur, metronidazol, sulfa com trimetropim • Antiinflamatório – Flunixin meglumine, meloxicam • Curativo diário- soluções antissépticas (clorexidina, iodo) e soluções antibióticas • Retorno ao esporte; Slide 1: Patologia cirúrgica aplicada às cirurgias do aparelho respiratório superior Slide 2: Preparação do paciente Slide 3: Traqueostomia Slide 4 Slide 5 Slide 6: Abordagem cirúrgica e drenagem das bolsas guturais Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10: Ressecção parcial de palato mole Slide 11 Slide 12: Hemiplegia laringeana Slide 13: Ventriculectomia Slide 14 Slide 15 Slide 16: Aritenóidepexia Slide 17: Aritenóidectomia parcial ou total Slide 18 Slide 19: Acesso aos seios nasais e paranasais: Sinusites Slide 20 Slide 21 Slide 22: Cuidados pós operatórios gerais