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ANATOMORFOFISIOLOGIA SISTEMA ENDÓCRINO
TUTORA EXTERNA PATRÍCIA BETT FORTUNA OLIVEIRA
ANATOMIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
O sistema respiratório tem como função a troca gasosa e o controle a curto prazo do pH sanguíneo; o sistema reprodutor capacita a procriação, manutenção da espécie, além de diferenciar os caracteres sexuais; o renal realiza o balanço hidroeletrolítico e controle a longo prazo do pH sanguíneo.
Esses exemplos citados nos dão a percepção que o organismo humano está organizado em diversos sistemas orgânicos, sendo que cada um deles executa ou exerce uma tarefa específica.
Neste contexto, destacamos o sistema nervoso e o endócrino que, em cooperação, controlam e regulam os demais sistemas corporais (VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016).
SISTEMA ENDÓCRINO
conjunto de órgãos que apresentam como atividade característica a produção de secreções denominadas hormônios
Os hormônios são lançados na corrente sangüínea e irão atuar em outra parte
do organismo (órgãos alvo), controlando ou auxiliando o controle de sua função
principais órgãos produtores de hormônios no homem são:
- hipófise
- hipotálamo
- tireóide
- paratireóides
- supra-renais
- pâncreas
- gônadas
Observando o quadro anterior, é possível identificar que as glândulas endócrinas estão distribuídas ao longo dos segmentos corporais: cabeça, pescoço, tórax, abdômen e pelve.
Não há glândulas endócrinas nos membros superiores ou inferiores.
Há particularidades, como é o caso dos testículos, que são glândulas extracorpóreas; a pele, que é o maior órgão do corpo humano e já foi descrita como secretora de hormônios; por fim, a placenta, elemento responsável pela secreção de hormônios, que irão sinalizar ao organismo feminino que ela está grávida, para que inicie as adaptações necessárias para o período gestacional (WIDMAIER; RAFF; STRANG, 2017).
HORMÔNIOS E SUAS CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS
Hormônios são moléculas químicas produzidas por glândulas do nosso organismo que tem a função de sinalizar qual ação ou função deverá ser realizada por uma célula, tecido ou órgão.
Eles diferem dos demais elementos secretados — entenda secretado como liberado — pelo nosso organismo com a finalidade de manter uma determinada condição, por exemplo, as lágrimas que mantém a mucosa ocular lubrificada e limpa (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Possuímos três tipos de glândulas em nosso organismo: glândulas endócrinas, exócrinas e mistas.
Glândula endócrina é formada de células produtoras e secretoras de moléculas químicas, as quais tem a capacidade de sinalizar algo a um tecido ou célula, por exemplo, a tireoide.
Glândulas exócrinas são constituídas por células produtoras de moléculas químicas que não são sinalizadoras, mas de manutenção de um meio, como é o caso das glândulas sudoríparas presentes na pele.
Glândulas que são formadas por ambos os tipos de células são chamadas de glândulas mistas como, por exemplo, o pâncreas.
As secreções das glândulas exócrinas entram em ductos, a partir dos quais saem do corpo ou, conforme ilustrado, conectam-se ao lúmen de uma estrutura, como o intestino ou à superfície da pele.
Por outro lado, as glândulas endócrinas secretam hormônios que entram no líquido intersticial e sofrem difusão na corrente sanguínea, a partir da qual podem alcançar células-alvo distantes (WIDMAIER; RAFF; STRANG, 2017).
Os hormônios são transportados pelo sistema circulatório e, assim, podem atingir os diversos sistemas que compõem o nosso corpo, como é o caso do hormônio do crescimento, secretado pela hipófise e que estimula o crescimento e a multiplicação celular.
Essa forma de disseminação permite que a ação possa ser distante da glândula endócrina produtora, atingindo todas as células do organismo e desencadeando diversas reações celulares, como é o caso da tireoide.
Ações hormonais também podem ocorrer em células alvo, vizinhas às secretoras dos hormônios, ação parácrina, ou mesmo sobre a própria célula, ação autócrina, sendo que ambas ocorrem quando o hormônio é liberado no líquido extracelular.
Na ação endócrina, o hormônio se desloca pela circulação sanguínea e age em uma célula-alvo distante.
Na ação parácrina, o hormônio age em célulaalvo próxima da célula secretora, sem alcançar a circulação.
Na ação autócrina, “o hormônio secretado no meio extracelular volta a agir na própria célula secretora” (AIRES, 2018, p. 920).
Os diversos eixos hormonais desempenham papeis importantes na regulação das funções orgânicas, incluindo o crescimento e o desenvolvimento, o balanço hidroeletrolítico, a reprodução e o comportamento (GUYTON; HALL, 2017).
De que substância esses hormônios são formados?
Existem três classes de hormônios.
O primeiro tipo é formado a partir de proteínas e polipeptídios, como é o caso dos hormônios pancreáticos, insulina e glucagon.
O segundo tipo são os hormônios esteroidais, os quais possuem sua estrutura química semelhante ao colesterol e têm como representantes os hormônios sexuais femininos estrogênio e progesterona.
Por fim, existem os derivados do aminoácido tirosina, secretados pela tireoide e suprarrenal, adrenalina e noradrenalina
Os hormônios podem ser transportados livres no plasma ou ligados às proteínas plasmáticas. A forma como são transportados é de suma importância, pois determina sua meia vida na corrente sanguínea, ou seja, o tempo que ele ficará disponível e terá efeito.
Desta forma, é possível perceber que os hormônios são liberados para os tecidos corporais de acordo com suas ligações às proteínas plasmáticas — sendo elas fortes, fracas ou, até mesmo, sem nenhuma ligação.
É possível entender que as concentrações plasmáticas variam durante o dia e porque alguns hormônios têm maior tempo de ação do que outros. Embora ajam essas variações, é importante ressaltar que as concentrações plasmáticas são estritamente controladas (CURI; PROCÓPIO, 2017)
O controle por feedback da secreção hormonal
Embora as concentrações hormonais flutuem, como citado anteriormente, elas são mantidas de uma forma muito restrita pelo mecanismo de feedback negativo.
O conceito de feedback negativo é uma resposta contrária ao estímulo inicial, enquanto o feedback positivo é uma resposta sinérgica ao estimulo inicial (CURI; PROCÓPIO, 2017).
Exemplo: aumento na concentração normal de testosterona
Essa elevação irá gerar uma resposta do organismo que provocará a diminuição da liberação desse hormônio até os níveis normais, ou seja, uma resposta contrária ao estímulo inicial, essa resposta é denominada feedback negativo.
Exemplo: uma diminuição dos níveis normais de um determinado hormônio
A resposta do organismo será corrigir essa queda elevando os níveis até a normalidade, ou seja, um feedback negativo (GUYTON; HALL, 2017).
Em algumas situações específicas pode ocorrer o feedback positivo, mesmo sendo pouco comum em nosso organismo como, por exemplo, a secreção da ocitocina no trabalho de parto.
A dilatação do colo uterino estimula a liberação de ocitocina que, por sua vez, causa a contração da musculatura lisa uterina empurrando o bebê contra o colo uterino o dilatando ainda mais, fato que estimula maior liberação de ocitocina (TORTORA; DERRICKSON, 2016)
O SISTEMA HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE E O CONTROLE DO SISTEMA ENDÓCRINO
Para que o organismo se mantenha funcionando é necessária a coordenação de todos os sistemas corporais para manutenção da homeostase.
Quando iniciamos os estudos é comum abordarmos os sistemas corporais de forma separada, contudo, essa abordagem é errônea, visto que todos os sistemas corporais interagem entre si e estabelecem relações, que podem ser muito fortes, fortes ou fracas, mas que sempre existirá uma interação (VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016).
Os sistemas endócrino e nervoso têm uma relação muito íntima e a atividade de ambos em relação aos demais é a mesma: controle dos sistemas para manutenção do meio interno.
A ação do sistema nervoso é mediada por estruturas anatômicas componentesdo sistema nervoso central e periférico, atuando sobre os sistemas corporais através da transmissão de impulsos nervosos chamados de sinapses.
No entanto, o sistema endócrino atua por meio de sinais químicos oriundo dos hormônios que foram produzidos em glândulas endócrinas.
Embora atuem por mecanismos diferentes, sendo o sistema nervoso atuante por meio das sinapses realizadas pelos neurônios, enquanto o sistema endócrino tenha ação ampla devido aos hormônios estarem circulando na corrente sanguínea, ambos agem em sincronia e compartilham tecidos e estruturas anatômicas, , a qual demonstra a relação entre hipotálamo e hipófise.
O hipotálamo está situado no encéfalo, em uma região denominada diencéfalo .
É formado por diversos neurônios agrupados, que são responsáveis por controlar funções vitais como, sede, fome, temperatura corporal, comportamento e o controle endócrino do organismo.
Esses neurônios são agrupados por funções e recebem nomes específicos de acordo com a sua localização e função anatômica.
Alguns desses neurônios, relacionados ao controle endócrino, têm seus corpos celulares situados no hipotálamo, mas suas projeções denominadas de axônios, estão situadas na glândula hipófise, que está logo abaixo do hipotálamo, , ou na região chamada de eminência mediana, ponto onde o hipotálamo estabelece relação anatômica com a hipófise.
A hipófise está conectada ao hipotálamo por uma estrutura chamada de infundíbulo.
A hipófise é formada por dois lobos, denominados lobo anterior — habitualmente designado como adeno-hipófise — e lobo posterior — habitualmente designado como neuro-hipófise.
A adeno-hipófise origina-se embriologicamente de uma invaginação da faringe, denominada bolsa de Rathke, enquanto a neuro-hipófise não é verdadeiramente uma glândula, mas sim uma extensão dos componentes neuronais do hipotálamo, secretando, apenas, os hormônios produzidos nele (WIDMAIER; RAFF; STRANG, 2017)
Não existe uma forte relação funcional entre os elementos do hipotálamo e da hipófise, além do controle do sistema endócrino.
Essas estruturas trabalham em sincronismo no controle do sistema endócrino, mas alterações funcionais, não anatômicas, não irão alterar o funcionamento uma da outra (DEE UNGLAUB, 2010).
A neuro-hipofise e adeno-hipofise diferem entre si em suas características anatômicas e funcionais, pois existem neurônios neuro-secretores na adenohipófise, os quais estão ausentes na neuro-hipófise.
É possível afirmar que a adeno-hipófise produz e libera seus próprios hormônios enquanto a neuro-hipófise contém apenas as projeções neurais do hipotálamo e libera os hormônios produzidos nele.
Outro fato é que existe uma rede de capilares na região da eminência mediana e da hipófise.
Essa rede vascular é de suma importância para ação do sistema endócrino, pois é por ela que os hormônios reguladores produzidos no hipotálamo e hipófise irão atingir a corrente sanguínea e, assim, chegar até as demais regiões do corpo (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
HORMÔNIOS DA NEURO-HIPÓFISE
Os hormônios liberados pela neuro-hipófise são a ocitocina e a vasopressina.
A ocitocina tem como ação promover contração do músculo liso uterino durante o trabalho de parto com a finalidade de expulsão do feto, a ejeção do leite materno e ação psíquica, pois está relacionada ao estabelecimento do vínculo materno.
Já a vasopressina, também conhecida como hormônio antidiurético (ADH), tem papel fundamental no balanço hidroeletrolítico
Os neurônios neurossecretores que estão situados no hipotálamo produzem os hormônios que são armazenados em vesículas que são, posteriormente, transportadas ao longo dos axônios até chegarem na neuro-hipófise onde liberarão os hormônios nos capilares quando o momento for mais propício para tal, atingindo as demais regiões do corpo (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
HORMÔNIOS DA ADENO-HIPÓFISE
A adeno-hipófise secreta hormônios que regulam uma ampla variedade de atividades corporais, desde o crescimento até a reprodução.
A liberação de hormônios da adeno-hipófise é estimulada por hormônios liberadores e suprimida por hormônios inibidores do hipotálamo.
Sendo assim, os hormônios hipotalâmicos constituem uma ligação importante entre os sistemas nervoso e endócrino
Ressalta-se que o controle dos hormônios da adeno-hipófise é realizado pelo mecanismo de feedback negativo, ou seja, é uma resposta contrária ao estimulo inicial.
Esse mecanismo é efetivo para atenuar ou limitar os extremos das taxas de secreção hormonal e as possíveis consequências dos efeitos deste hormônio.
OS HORMÔNIOS DA TIREOIDE
As primeiras evidências do papel fisiológico da tireoide derivaram de observações que relacionavam a atividade tireoidiana com a taxa metabólica basal, tendo sido estabelecida uma relação direta entre ambas.
Atualmente, essa importante função se soma a outras, como a participação ativa de seus hormônios nos processos de crescimento e desenvolvimento do organismo dos vertebrados (CURI; PROCÓPIO, 2017).
A glândula tireoide está localizada na região anterior do pescoço, apoiada sobre a cartilagem tireóidea e imediatamente abaixo da laringe.
É uma das maiores glândulas que temos no organismo e pesa em torno de 15 a 20 gramas.
Essa glândula secreta dois hormônios, a tiroxina e triiodotironina, chamados de T4 e T3, respectivamente.
Estão diretamente envolvidos na regulação do metabolismo corpóreo e atividade dos demais órgãos, além de secretar a calcitonina que está relacionada ao metabolismo do cálcio (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Tireóide
Localiza-se no pescoço - apoiada sobre as cartilagens da laringe e da traquéia.
Secreta:
- triiodotironina (T3) e tiroxina (T4)
- Aumenta o metabolismo celular: aumentam a velocidade dos processos de oxidação e de liberação de energia nas células do corpo, elevando a taxa metabólica e a geração de calor.
- estimulam ainda a produção de RNA e a síntese de proteínas, estando relacionados ao crescimento, maturação e desenvolvimento.
- calcitonina,
- participa do controle da concentração sangüínea de cálcio inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a saída dele para o plasma sangüíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos.
SÍNTESE E SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS DA TIREOIDE
Os hormônios da tireoide estão relacionados a regular o metabolismo celular.
Outra característica é produzir efeitos a longo prazo sobre o metabolismo assim como os glicocorticoides, hormônios que regulam as concentrações e disponibilidade de glicose na corrente sanguínea.
As ações dos hormônios da tireoide ocorrem em quase todo o corpo e a maior parte dos tecidos e órgãos são responsivos a ele.
Por isso, as ações e consequências do desequilíbrio desses hormônios são tão significativas (WIDMAIER; RAFF; RANG, 2017)
Embora não sejam hormônios responsáveis pela manutenção da vida, a sua falta, ou excesso, pode produzir efeitos devastadores em um organismo em formação como dos recém-nascidos.
A falência na produção dos hormônios tireoidianos é chamada de hipotireoidismo.
Bebês que nascem com deficiência na glândula tireoide, se não tratados logo após o nascimento, têm seu crescimento físico e desenvolvimento cognitivo seriamente comprometido.
Esses hormônios são essenciais para o desenvolvimento dos sistemas corporais a tal ponto que a sua ausência pode implicar em problemas graves como atraso do desenvolvimento cognitivo, surdez, incapacidade de comunicação, baixa estatura, diminuição de massa muscular e aumento de tecido adiposo, não fechamento das epífises de crescimento levando a deformidades.
Devido a tal comprometimento, em nosso sistema de saúde, a triagem do hipotireoidismo congênito é feita pelo teste do pezinho em todos os recém-nascidos (DEE UNGLAUB, 2010).
Os hormônios tireoidianos têm iodo em sua composição, o que torna claro o papel nutricional nesse contexto.
É um mineral presente em culturas próximas ao mar e alimentos de origem marinha,pois esse mineral tem sua maior concentração na crosta terrestre.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) determina que o sal de cozinha que utilizamos em nosso cotidiano seja iodado, ou seja, rico em iodo.
Bócio endémico
O termo “bócio” significa um grande aumento da tireoide.
O mecanismo de desenvolvimento de grandes bócios endêmicos é o seguinte: a falta de iodo impede a produção tanto de tiroxina quanto de triiodotironina.
Como resultado, não há hormônios disponíveis para inibir a produção de TSH pela hipófise anterior, que passa a secretar uma quantidade excessiva deste hormônio.
O TSH, então, estimula as células tireoidianas a secretar grandes quantidades de coloide de tireoglobulina nos folículos, e a glândula torna-se cada vez maior.
Entretanto, devido à falta de iodo, a produção de tiroxina e triiodotironina não ocorre na molécula de tireoglobulina e, portanto, não causa a supressão normal da produção de TSH pela hipófise anterior. Os folículos adquirem um enorme tamanho, e a tireoide pode aumentar de 10 a 20 vezes.
EFEITOS DOS HORMÔNIOS DA TIREOIDE SOBRE OS SISTEMAS CORPORAIS
Metabolismo dos carboidratos: estimula quase todos os aspectos do metabolismo de carboidratos, incluindo a captação rápida de glicose pelas células, o aumento da glicólise, da gliconeogênese, da absorção pelo trato gastrointestinal e, até mesmo, da secreção de insulina, com seus efeitos secundários resultantes desse metabolismo.
• Metabolismo lipídico: de forma particular, os lipídios são rapidamente mobilizados a partir do tecido adiposo, o que reduz os acúmulos de gordura no organismo. O aumento do hormônio tireoidiano reduz as concentrações de colesterol, fosfolipídios e triglicerídeos no plasma. Ao contrário, a redução da secreção tireoidiana aumenta consideravelmente as concentrações plasmáticas de colesterol, fosfolipídios e triglicerídeos e, quase sempre, provoca o depósito excessivo de lipídios no fígado.
Taxa metabólica basal: aumenta o metabolismo em quase todas as células corporais, seu excesso pode, ocasionalmente, aumentar o metabolismo basal de 60% a 100%. Ao contrário, quando sua produção cessa, o metabolismo basal quase cai à metade do normal.
Peso corporal: uma quantidade muito elevada de hormônio tireoidiano quase sempre reduz o peso corporal, e a quantidade muito reduzida, quase sempre o eleva; entretanto, esses efeitos não ocorrem sempre, porque o hormônio tireoidiano também aumenta o apetite, o que pode compensar a variação do metabolismo.
Sistema circulatório: devido à estimulação generalizada dos tecidos quando em concentrações elevadas, ocorre o aumento da força de contração do miocárdio, da frequência cardíaca, da pressão arterial de pulso, do fluxo e do débito cardíaco.
Sistema nervoso central: em geral, o hormônio tireoidiano aumenta a velocidade da atividade cerebral, embora os processos do pensamento possam estar dissociados; por outro lado, sua falta reduz a velocidade da atividade cerebral.
Efeito sobre o sono: devido ao efeito no sistema nervoso central, a pessoa com hipertireoidismo, frequentemente, se queixa de cansaço constante e devido aos efeitos excitatórios nas sinapses, o sono é dificultado. Ao contrário, a sonolência extrema é característica do hipotireoidismo, e o sono chega a durar de 12 a 14 horas por dia, em alguns casos.
A REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS
1. Um fator, como a falência da tireoide, altera a concentração de T3 e T4 plasmáticos resultando em diminuição dos seus níveis plasmáticos.
2. A queda nos níveis é detectada pelo sistema nervoso, que estimula o hipotálamo, especificamente o grupo de neurônios que regulam a secreção tireoidiana, a aumentar a secreção do hormônio liberador de tireotropina (TRH).
3. O TRH liberado estimula a hipófise, especificamente os tireotrofos, a aumentarem a secreção de tireotropina ou hormônio tireoestimulante (TSH).
4. O TSH é lançado na circulação até atingir a glândula tireoide a estimulando a produzir os hormônios T3 e T4.
5. Os níveis de T3 e T4 são restabelecidos à normalidade inibindo o hipotálamo a secretar mais TRH e, consequentemente, a hipófise a secretar o TSH.
HORMÔNIOS PANCREÁTICOS
O pâncreas é uma glândula mista, ou seja, formado por células endócrinas e exócrinas.
O pâncreas, além de suas funções digestivas, secreta dois hormônios importantes, insulina e glucagon, cruciais para a regulação normal do metabolismo da glicose, dos lipídios e das proteínas (GUYTON; HALL, 2017).
Pâncreas
glândula mista ou anfícrina (regiões endócrinas e regiões exócrinas)
secreções exócrinas:
- suco pancreático (lançado na cavidade intestinal)
- secreções endócrinas: (ilhotas de Langerhans) – (que atuam no metabolismo
da glicose)
- insulina
- glucagon
Ilhotas de Langerhans
(endócrino)
Células beta
Células alfa
ducto
Ácinos pancreáticos
(exócrino)
Ducto pancreático
O pâncreas é um órgão achatado que mede cerca de 12,5 a 15cm de comprimento e subdivide-se em cabeça, corpo e cauda.
Está localizado à esquerda do abdômen e próximo à curvatura do duodeno (primeira porção do intestino delgado)
Para que ele serve?
Pois bem, o pâncreas é responsável por secretar os dois principais hormônios reguladores dos níveis de glicose sanguínea, a insulina e o glucagon (DEE UNGLAUB, 2010).
Fica claro que o pâncreas tem a função de regular os níveis de glicose para que eles se mantenham constantes e, assim, os tecidos citados não tenham danos devido queda nos níveis de substrato energético.
PÂNCREAS
Insulina (células beta)
Promove a entrada da glicose nas células
Glucagon (células alfa)
Aumenta síntese e liberação de glicose do fígado para o sangue
A descoberta das funções pancreáticas e da insulina
Em 1843, Claude Bernard (médico e fisiologista francês) demonstrou que o fígado tinha essencial papel na manutenção da homeostase da glicose, era regulada por mecanismos neuro-humorais.
Já na época havia a suspeita de que o pâncreas desempenhasse importante papel na regulação da homeostase glicêmica.
Em 1869, Paul Langerhans descreveu a existência de grupamentos de células pancreáticas que não se relacionavam com o sistema de ácinos e ductos do pâncreas exócrino, e que, portanto, poderiam representar o pâncreas endócrino.
Na sequência (em 1886), von Mering e Minkowski alcançam sucesso na cirurgia de extirpação do pâncreas de um cão, demonstrando a imediata perda da homeostase da glicose (pois ocorria hiperglicemia) e evidenciando que o fator humoral que participava desse controle era de origem pancreática.
No século XX, Frederick Banting e Charles Best isolaram e caracterizaram o hormônio insulina, pelo que foram laureados com o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina, em 1923 (AIRES, 2018, p. 1032).
INSULINA, GLUCAGON E CONTROLE GLICÊMICO
O papel da insulina está relacionado à regulação energética, participando de mecanismos onde a glicose seja utilizada pelos tecidos corporais ou favorecendo a quebra das reservas de energia quando necessário.
Quando há excesso de carboidratos, a insulina faz com que sejam armazenados sob a forma de glicogênio, principalmente no fígado e nos músculos.
Além disso, todo o excesso de carboidrato que não pode ser armazenado na forma de glicogênio é convertido, sob o estímulo da insulina, em gordura e armazenado no tecido adiposo.
Sobre as proteínas, a insulina exerce efeito direto na promoção da captação de aminoácidos pelas células e na sua conversão em proteínas, além disso, ela inibe o catabolismo das proteínas que já se encontram nas células (GUYTON; HALL, 2017).
O glucagon é secretado pelas células alfa das ilhotas pancreáticas.
O glucagon está relacionado ao balanço energético, mas sua ação é contrária à da insulina, pois sua principal ação está em elevar os níveis glicêmicos quando a glicemia tende cair.
Os principais efeitos do glucagon estão relacionados ao metabolismo da glicose, pois suas duas principais ações são: quebra do glicogênio que está armazenado nofígado, glicogenólise, e a formação de nova glicose a partir do lactato, do piruvato, do glicerol e dos aminoácidos, gliconeogênese.
Estes dois processos metabólicos aumentam muito a disponibilidade de glicose para os tecidos corporais.
Regulação da secreção de insulina:
1.Após uma refeição, os vários elementos contidos nela (carboidratos, lipídeos e proteínas) são digeridos. Como resultado do processo de digestão, os carboidratos são convertidos em glicose e são lançados à circulação.
2. O aumento dos níveis glicêmicos devido à alimentação estimula as células beta no pâncreas a secretarem insulina.
3. A insulina se liga aos seus transportadores de glicose (GLUTs) presentes na membrana plasmática das células fazendo com que ela seja transportada para o espaço intracelular.
4. O transporte da glicose para o espaço intracelular ou sua estocagem nos tecidos de reserva, faz com que os níveis na corrente sanguínea caiam para valores próximos ao encontrado no estado não alimentado. É válido ressaltar que esse processo de redução aos valores pré-alimentares demora horas.
5. A queda dos níveis de glicose para próximo aos valores de normalidade inibem a secreção de insulina pelas células beta pancreáticas.
Regulação da secreção de glucagon:
Os níveis glicêmicos tendem a cair em um estado normal, pois nossos sistemas corporais estão em maior ou menor atividade, mas sistemas essenciais para manutenção da vida, como é o caso do sistema nervoso, não param de forma alguma, pois a morte seria certa.
2. A pequena queda nos níveis glicêmicos estimula as células alfa pancreáticas a secretarem o glucagon na corrente sanguínea para que seja distribuído aos tecidos corporais.
3. O glucagon chega ao fígado e estimula as células hepáticas, denominadas hepatócitos, a iniciar a glicólise e gliconeogênese.
4. A glicose, então, é liberada pelas células hepáticas e lançadas à circulação para que atinja todos os tecidos do corpo.
5. O aumento da glicemia inibe as células pancreáticas, o glucagon não é mais secretado e a glicemia é restabelecida aos níveis normais
OS HORMÔNIOS SEXUAIS MASCULINOS
Os testículos são responsáveis pela espermatogênese e síntese de hormônios sexuais. Estes processos asseguram a fertilidade, o desenvolvimento e a manutenção das características sexuais masculinas.
A função testicular é regulada pelo sistema nervoso central por meio, principalmente, dos eixos de retrocontrole com o GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) hipotalâmico e gonadotrofinas hipofisárias.
Fatores parácrinos, neurais e endócrinos contribuem para esta complexa regulação do sistema genital masculino.
Este sistema está organizado a partir dos testículos, do pênis e das glândulas acessórias que compreendem a próstata e as vesículas seminais (AIRES, 2018, p. 1051).
As funções reprodutoras masculinas podem ser divididas em três grandes subdivisões: a formação do espermatozoide, o desempenho do ato sexual masculino e o desenvolvimento dos caracteres sexuais.
Além disso, há efeitos dos hormônios sexuais masculinos nos órgãos sexuais acessórios, no metabolismo celular, no crescimento e em outras funções do organismo (GUYTON; HALL, 2017).
A testosterona é o principal hormônio masculino e tem como característica ser androgênico e anabólico.
O termo androgênico está ligado ao processo de aquisição dos caracteres sexuais masculinos secundários como: crescimento do pênis e dos testículos, surgimento de barba e pelos ao longo do corpo, mudança na voz, comportamento sexual e produção de espermatozoides.
O aumento de massa muscular, diminuição do tecido adiposo, melhora da capacidade cardiovascular ao exercício, força, velocidade e resistência é decorrente das alterações anabólicas desse hormônio (AIRES, 2018).
Esteroides anabólicos
O uso de esteroides anabólicos, ou anabolizantes, por atletas tem recebido cada vez mais atenção.
Esses hormônios esteroides similares à testosterona, são usados para o aumento do tamanho muscular, intensificando a síntese de proteínas no músculo e, desse modo, aumento a performance esportiva.
Entretanto, as grandes doses necessárias para produzir efeitos exercem efeitos colaterais danosos, como câncer de fígado, lesão renal, aumento do risco de doença cardíaca, retardo de crescimento, alterações de humor, acne e aumento da irritabilidade e agressividade.
As mulheres que usam esteroides anabólicos podem apresentar atrofia das mamas e do útero, irregularidades menstruais, esterilidade, crescimento de pelos faciais e engrossamento da voz.
Os homens podem ter diminuição da secreção de testosterona, atrofia dos testículos, esterilidade e calvície (TORTORA; DERRICKSON, 2016, p. 453).
Mecanismo regulatório do eixo endócrino, Hipotálamo – Hipófise – Gônada Masculina (testículo)
1. Ocorre a secreção pulsátil do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) pelo hipotálamo.
2. GnRH chega até a hipófise pela rede capilar estimulando a produção do hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH) pelos gonadotrofos presentes na adeno-hipofise.
3. O FSH e LH são lançados à grande circulação e chegam até o testículo onde estimularão dois grupos de células distintos: células de Leyding e células de Sertoli.
4. As células de Leyding irão secretar a testosterona por elas produzidas na grande circulação, para que atinja todos os tecidos do corpo e produza suas propriedades anabólicas e androgênicas. Já as células de Sertoli limitam-se a produção de maturação de espermatozoides e a produção de um hormônio regulador de FSH que é a inibina.
5. A testosterona, na grande circulação, fará um feedback negativo sobre o hipotálamo (sobre o GnRH) e adeno-hipófise (apenas sobre LH) suprimindo sua atividade sobre esses eixos endócrinos.
Puberdade
A puberdade é o período durante o qual os órgãos reprodutores amadurecem e a reprodução torna-se possível.
Nessa fase, há uma grande mudança na composição corporal, os segmentos anatômicos também são modificados e o corpo que antes era característico de um menino agora torna-se de um homem em desenvolvimento.
Nos homens, isso ocorre habitualmente entre 12 e 16 anos de idade.
Os desenvolvimentos na puberdade refletem um aumento da atividade do eixo hipotálamo–hipófise–gônadas (WIDMAIER; RAFF; STRANG, 2017).
Andropausa
Por volta dos 60 anos de idade os homens passam novamente por extrema modificação nas características anatômicas e fisiológicas de seu organismo.
Entretanto, ocorre uma diminuição uniforme da secreção de testosterona, que começa em torno dos 40 anos progredindo até os 60 anos, onde a queda é exponencial.
Juntamente à diminuição das concentrações de testosterona no sangue, a libido diminui, e os espermatozoides tornam-se menos móveis. Apesar desses eventos, muitos homens idosos continuam férteis, pois ainda produzem espermatozoides.
Menopausa e climatério
A menopausa corresponde ao último ciclo menstrual, ou seja, a última menstruação. Ocorre, em geral, entre os 45 e 55 anos. Quando ocorre por volta dos 40 anos, é chamada de menopausa prematura ou precoce.
O termo menopausa é, muitas vezes, utilizado indevidamente para designar o climatério, que é a fase de transição do período reprodutivo, ou fértil, para o não reprodutivo na vida da mulher.
A principal característica da menopausa é a parada das menstruações. Ao falar dos sintomas da menopausa, algumas pessoas podem encará-la como como um problema de saúde. Apesar de poder apresentar dificuldades, o climatério é um período importante e inevitável na vida da mulher, devendo ser encarado como um processo natural, e não como doença.
Sintomas:
– ondas de calor ou fogachos
– irregularidades na duração dos ciclos menstruais e na quantidade do fluxo sanguíneo;
– manifestações como dificuldade para esvaziar a bexiga, dor e pressa para urinar, perda de urina, infecções urinárias e ginecológicas, ressecamento vaginal, dor à penetração e diminuição da libido;
– sintomas psíquicos: a redução dos níveis de hormôniosfemininos interfere com a liberação de neurotransmissores essenciais para o funcionamento harmonioso do sistema nervoso central, fazendo com que aumentem as queixas de irritabilidade, instabilidade emocional, choro descontrolado, depressão, distúrbios de ansiedade, melancolia, perda da memória e insônia;
– alterações na pele, que perde o vigor, nos cabelos e nas unhas, que ficam mais finos e quebradiços;
– alterações na distribuição da gordura o corpo, fazendo com que se concentre mais na região abdominal;
– perda de massa óssea característica da osteoporose e da osteopenia;
– risco aumentado de doenças cardiovasculares: a doença coronariana é a principal causa de morte depois da menopausa.
DEMAIS HORMÔNIOS DO ORGANISMO
As glândulas endócrinas e o cálcio
Adrenais ou supra-renais
- São duas glândulas localizadas sobre os rins
divididas em duas partes independentes que secretam diferentes hormônios:
- medula
- córtex:
- glicocorticóides
- mineralocorticóides
- androgênicos
CÓRTEX ADRENAL
Cortisol
Efeitos diversos e na dependência da concentração. Prepara o acordar, além de ter ação anti-inflamatória
Aldosterona
Reabsorção de sódio e secreção de potássio e íons hidrogênio
MEDULA ADRENAL
Adrenalina e noradrenalina
Estimulação do sistema nervoso simpático
OVÁRIOS
Estrógeno
Promove desenvolvimento do aparelho reprodutivo, mama e das características secundárias femininas
Progesterona
Participa do processo de menstruação e fixação do embrião
PLACENTA
HCG – gonadotrofina coriônica humana
Crescimento do corpo lúteo
RIM
Renina
Enzima envolvida no controle da pressão arterial
CORAÇÃO
Eritropoietina
Controla produção de hemácias
Fator natriurético atrial
Aumenta excreção de sódio pelos rins e reduz a pressão arterial
ESTÔMAGO
Gastrina
Estimula liberação de HCl no estômago
INTESTINO DELGADO
Secretina
Estimula células acinares do pâncreas a liberar bicarbonato e água
Colescistoquinina
Estimula contração da vesícula biliar e liberação de enzimas do pâncreas
ADIPÓCITOS
Leptina
Inibe o apetite e estimula a termogênese
TIMO
Produz o hormônio do crescimento
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