Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

ORIENTAÇÕES PARA 
PAIS, MÃES E FAMILIARES
SELETIVIDADE 
ALIMENTAR
Cartilha de Orientações para Pais, Mães e Familiares
SELETIVIDADE ALIMENTAR
Elaboração:
Elen da Rocha Ferreira
João Paulo Viana Diniz
Raquel Baumgratz Marques
Material elaborado para a Coordenação de NASF-AB e
Academias da Cidade da Gerência de Atenção Primária à
Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Belo
Horizonte, apresentado à disciplina de Estágio
Supervisionado em Nutrição em Saúde Pública do curso de
Nutrição da UFMG, em setembro de 2023.
Profa. Orientadora: Aline Cristine Souza Lopes
Estagiária docente: Roberta Brandão da Cunha 
01
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
ENTENDENDO A SELETIVIDADE ALIMENTAR
A SELETIVIDADE NAS DIFERENTES FASES DA VIDA
O que é? 
Quando a recusa de alimentos se torna preocupante? 
Atente aos sinais! 
Efeitos na saúde e no desenvolvimento 
Primeira infância 
Importância da introdução alimentar 
Criança 
Adolescência 
MATERIAL PARA SE ORIENTAR
ESTRATÉGIAS PARA LIDAR COM A SELETIVIDADE 
LIDANDO COM DESAFIOS ESPECÍFICOS 
Transtorno do Espectro Autista
01
02
02
03
04
05
07
07
08
11
13
15
15
18
REFERÊNCIAS
22
23
A repulsa a certos alimentos e/ou
texturas, pode criar obstáculos para a
construção de uma alimentação
equilibrada e diversificada. 
Essa situação pode desencadear
deficiências nutricionais, dificuldades de
crescimento e problemas emocionais,
impactando a saúde da criança e do
adolescente. 
INTRODUÇÃO
A alimentação saudável possui papel importante no
crescimento, desenvolvimento e bem-estar da criança e do
adolescente. Além disso, muito dos nossos hábitos alimentares
são moldados na infância, com impacto em toda a vida. 
Mas, às vezes, a jornada da alimentação pode ser 
complicada e desafiadora! 
Este material foi construído para ajudar vocês, pais,
mães e familiares, a compreenderem e lidarem melhor
com a seletividade alimentar. 
Aqui, você irá encontrar informações, orientações e
apoio!
01
A seletividade alimentar é definida pela recusa de
alimentos, específicos ou não. Em geral,
acompanhada do consumo alimentar limitado a
pequenas variedades de alimentos ou até rejeição
de grupos alimentares. 
A pessoa evita consistentemente certos alimentos ou grupos
de alimentos. Pode ocorrer tanto em crianças e adolescentes,
quanto em adultos, e pode ser mais prevalente em indivíduos
com deficiências intelectuais e de desenvolvimento.
É um comportamento exigente e altamente seletivo sobre o
que comer. Isso significa que a pessoa pode não aceitar os
alimentos por causa de seu sabor, textura, cor, cheiro,
temperatura ou até mesmo por causa da marca. 
ENTENDENDO A
SELETIVIDADE ALIMENTAR
O QUE É?
Assim, a pessoa se torna altamente
seletiva ou restritiva sobre os tipos
de alimentos que está disposto a
comer. 
BANDINI, Linda et.al, 2010
02
QUANDO A RECUSA DE
UM ALIMENTO SE TORNA
PREOCUPANTE? 
Pode ser uma fase de estranhamento inicial ao
alimento/textura quando se está conhecendo um novo
alimento. 
Pode também ser um reflexo de gostos e preferências
particulares, mas não causar problemas de saúde. Afinal,
é normal não gostar de todos os alimentos. 
Mas, se a criança recusar muitos alimentos
frequentemente e/ ou se recusar a comer
qualquer coisa além de alguns alimentos
específicos, isso pode ser um sinal de
seletividade alimentar.
A recusa alimentar torna-se seletividade alimentar
quando a pessoa não consegue ingerir quantidade e/ou
variedade de alimentos suficientes para manter o seu peso
e altura saudáveis, e o estado nutricional pode estar
comprometido. 
Em algumas situações, principalmente quando as
crianças ainda são pequenas, é normal haver a
recusa de alguns alimentos.
03
Evita consistentemente certos
alimentos ou grupos de alimentos
Aceita variedade limitada 
de alimentos
Alimentação é restrita e desequilibrada
Sensibilidade sensorial é extrema: texturas,
cheiros, cores ou temperatura
Há alteração significativa do peso e do
crescimento, no caso de crianças e
adolescentes; gripes e resfriados constantes;
desânimo; dentro outros
Mais comum em pessoas com deficiências
intelectuais e de desenvolvimento
ATENTE AOS SINAIS!
COMO IDENTIFICAR ESSES SINAIS?
Esteja atento aos sinais de comunicação que a criança
ou adolescente demonstra, como: chorar, náuseas, 
vômito, engasgo, afasta os utensílios, joga a comida no
chão, não quer tocar os alimentos, etc.
04
EFEITOS NA SAÚDE E
NO DESENVOLVIMENTO
As consequências da seletividade
alimentar são bastante variadas e pode
afetar de diferentes formas a vida da
criança e do adolescente. 
A redução na quantidade e variedade de alimentos gera um
consumo alimentar inadequado. 
Quanto menor a variedade e a quantidade de alimentos,
menos nutrientes e calorias serão ingeridos, E as quantidades
podem ser menores do que o corpo precisa para se desenvolver
de forma saudável. 
EFEITOS NA SAÚDE:
POUCA VARIEDADE
POUCA QUANTIDADE
POUCAS FRUTAS,
LEGUMES E VERDURAS 
POUCA CARNE,
OVOS E LÁCTEOS
Baixa ingestão de nutrientes 
Calorias insuficientes
Funcionamento intestinal
prejudicado
Baixa ingestão de vitaminas e
minerais
Baixa ingestão de
nutrientes importantes para
o crescimento
ALIMENTOS CONSEQUÊNCIA NA SAÚDE
Em longo prazo, risco de desnutriçãoEm longo prazo, risco de desnutrição
05
Pessoas que enfrentam a seletividade
alimentar podem desenvolver
transtornos alimentares. 
Algumas crianças podem manter ou
mesmo piorar a seletividade alimentar
na adolescência. O que era um
comportamento exigente e de recusa
pode se tornar excessivo e restritivo. 
EFEITOS PSICOLÓGICOS
E NO COMPORTAMENTO
A alimentação, além de ser uma necessidade
do corpo, é uma forma de socializar e
compartilhar. 
As dificuldades e desafios
impostos pela seletividade
alimentar podem ser barreiras
para que a pessoa tenha
momentos de socialização e de
descontração que envolvam o
ato de comer, seja com amigos
ou familiares. 
O comer envolve também uma relação afetiva com a comida.
06
PRIMEIRA INFÂNCIA |
SELETIVIDADE ALIMENTAR:
DIFERENTES FASES DA VIDA
Essa fase caracteriza-se pelo rápido desenvolvimento da
criança, e refere-se aos primeiros anos de vida. 
É marcada pelo desenvolvimento das habilidades físicas,
motoras, cognitivas, linguísticas, emocionais e sociais da
criança, e por isso, características e vivências neste período
podem afetar toda a vida. 
É marcada pelo desenvolvimento das habilidades físicas,
motoras, cognitivas, linguísticas, emocionais e sociais da
criança, e por isso, características e vivências neste período
podem afetar toda a vida. 
A alimentação é instintiva
apenas nas primeiras
semanas de vida. Depois
disso, o comer se torna
um ato aprendido por
meio de interações sociais
e sensoriais da criança.
0 à 6 anos
07
Por isso, nessa fase, é esperado um
certo grau de neofobia alimentar.
Isso acontece pois é o período em
que a criança ainda está
descobrindo os sabores e
texturas dos alimentos. 
Dos 2 aos 5 anos de idade, ocorre uma diminuição da
velocidade de crescimento, sendo também a fase em que a
criança passa a ter maior autonomia em relação ao mundo,
incluindo na alimentação. 
Grande parte das crianças, com
orientação precoce e correta,
superarão a neofobia. Porém, em 35%
delas será mantida.
IMPORTÂNCIA DA
INTRODUÇÃO ALIMENTAR
A exposição a uma variedade de sabores e texturas é
fundamental para a formação dos hábitos alimentares
saudáveis. 
As habilidades motoras sensoriais e orais desenvolvidas
nessa fase também são determinantes importantes da
escolha alimentar em bebês.
NEOFOBIA ALIMENTAR
é a tendência de
evitar ou recusar
alimentos novos ou
desconhecidos
08
A jornada da alimentação tem início na
primeira infância, quando o bebê, por volta
dos 6 meses de idade, deixa de necessitar
exclusivamente do leite materno. 
Nessa fase, o bebê passa a consumir
alimentos junto com o leite materno e/ou
fórmulas infantis, caso precise. 
A introdução de novos alimentos precisa ser feita de forma
lenta e gradual. 
É comum e esperado que o bebêrejeite as primeiras ofertas
dos alimentos, pois tudo é novo: os utensílios, os alimentos, sua
consistência e sabores
Não é o momento de se preocupar com a
quantidade de alimentos ingeridos, uma vez
que o leite materno (e/ou a fórmula infantil,
se necessário) ainda é ofertado para nutrir a
criança. 
Nessa fase, o importante é a qualidade dos alimentos, a
variedade e o prazer ao comer!
A oferta de uma alimentação saudável,
desde a introdução alimentar, é
essencial para a qualidade de vida da
criança no presente e no futuro! 
09
O momento de realizar a introdução alimentar é muito
importante, pois caso atrase pode ocasionar dificuldades
na aceitação dos alimentos. 
Cuidado, a pressão para comer, a insistência e a falta de
paciência dos adultos podem prejudicar a aceitação da
criança e favorecer a seletividade alimentar.
É importante compreender que esta fase é de
descobertas, a criança está explorando os novos
alimentos.
É importante compreender que esta fase é de
descobertas, a criança está explorando os novos
alimentos.
Evite preparações e misturas, como papinhas
prontas. Dê preferência aos alimentos
separados!
Evite preparações e misturas, como papinhas
prontas. Dê preferência aos alimentos
separados!
É importante evitar preparações feitas no
liquidificador, mixer ou peneira, para que
futuramente a criança tenha dificuldades
em aceitar alimentos sólidos. 
É importante evitar preparações feitas no
liquidificador, mixer ou peneira, para que
futuramente a criança tenha dificuldades
em aceitar alimentos sólidos. 
Lembre-se, oferecer o alimento na sua forma mais natural
possível é importante para que a criança consiga
identificar e diferenciar esse alimento.
A introdução alimentar é um momento muito importante, pois
a forma como os alimentos são ofertados na primeira infância
pode ajudar ou prejudicar o processo de aprendizagem do ato
de comer. 
COMO FAZER A INTRODUÇÃO ALIMENTAR?
A introdução de uma variedade de
alimentos durante essa fase pode ajudar
a reduzir a seletividade alimentar e
estimular o paladar da crianças.
10
CRIANÇA |
Esse comportamento varia entre as crianças, e é visto como um
traço da sua personalidade. Está relacionado a outros aspectos
do temperamento infantil, como timidez, emotividade e
sensibilidade sensorial. Na grande maioria das vezes, é algo
natural, mas que precisa ser acompanhado com atenção!
A neofobia alimentar, que é
o receio em experimentar
novos alimentos, tem início
na primeira infância, e atinge
seu pico na fase pré-escolar,
por volta dos 4 a 5 anos de
idade. 
Nessa fase, a criança já possui relações fora do seu núcleo
familiar, convivendo com outras crianças no ambiente
escolar. 
INFLUÊNCIAS FORA DE CASA
Esse novo ambiente
também influencia sua
alimentação, o que pode
favorecer positivamente
ou negativamente o seu
comportamento e hábitos
alimentares. 
6 à 12 anos
11
Muitas vezes, a escola dispõe de uma
variedade limitada de alimentos saudáveis,
o que pode dificultar a melhoria dos seus
hábitos. 
Nesses casos, é essencial que a família ofereça lanches de
casa e auxilie essa criança nas suas escolhas alimentares. 
Mas, o ambiente escolar pode também ser um aliado à família:
A influência dos colegas e o hábito de comer em companhia 
pode ser um estímulo positivo para que a criança tenha uma
maior aceitação dos alimentos. 
Boas políticas de alimentar escolar combinadas com 
atividades de educação alimentar nutricional podem
criar um ambiente positivo que influencia as atitudes e os
comportamentos alimentares dos alunos, levando a
escolhas alimentares mais saudáveis. 
Além disso, muitos ambientes escolares,
em especial da rede pública, participam do
Programa Municipal de Alimentação
Escolar (PMAE), que oferece a criança um
ambiente de alimentação saudável,
ofertando refeições com qualidade, em
quantidade suficiente, planejadas e
preparadas com base em práticas
alimentares saudáveis. 
Além disso, muitos ambientes escolares,
em especial da rede pública, participam do
Programa Municipal de Alimentação
Escolar (PMAE), que oferece a criança um
ambiente de alimentação saudável,
ofertando refeições com qualidade, em
quantidade suficiente, planejadas e
preparadas com base em práticas
alimentares saudáveis. 
O lanche escolar, em muitos casos, pode ser um desafio: 
12
A adolescência é uma fase relevante para a seletividade
alimentar, pois é um momento de mudança física, emocional,
social e cognitiva. 
Nessa fase da vida, o adolescente possui autonomia para
suas escolhas alimentares, e possui hábitos mais próximos
aos de amigos e ambientes externos, do que os da família. 
ADOLESCÊNCIA |
A seletividade alimentar pode ser ainda mais
desafiadora, pois os adolescentes estão
buscando sua identidade e valores, e isso
pode incluir também suas preferências
alimentares. 
Os adolescentes tendem a ser mais seletivos nas escolhas
alimentares por serem responsáveis por escolher seus próprios
alimentos, diferente das crianças que ainda sofrem influência
dos familiares. 
Assim, algumas crianças que apresentavam seletividade
alimentar podem manter ou mesmo piorar este
comportamento na adolescência.
 12 à 18 anos
13
Os adolescentes sofrem também a
influência da preocupação com o
corpo e a aparência, que muitas
vezes, afetam seu comportamento
alimentar e reforçam hábitos
restritivos.
Enquanto na infância a seletividade
alimentar está mais relacionada à neofobia
alimentar, na adolescência se relaciona com
questões sociais, seja a preocupação
estética, além da influência dos ambientes
alimentares. 
Fatores psicológicos, comportamentais e
o convívio social na adolescência podem
afetar a alimentação!
14
LIDANDO COM DESAFIOS
ESPECÍFICOS
Todos nós podemos enfrentar dificuldades com a
alimentação em alguma fase da vida.
As dificuldades alimentares são mais comuns do que
pensamos. Dados indicam que cerca de 30% das crianças
sofrem com alguma dificuldade alimentar.
Porém, em algumas crianças que possuem questões
particulares de saúde, esse problema pode ser ainda mais
comum, chegando a 80%. 
TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA
(TEA) 
O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento
caracterizado por dificuldades na comunicação, interação
social e comportamentos repetitivos. 
O TEA pode afetar muitas áreas da
vida diária, inclusive a alimentação. 
15
A seletividade alimentar é um problema bastante
presente em crianças e adolescentes com TEA,
podendo afetar todas as idades.
É considerado o problema
alimentar mais comum
vivenciado por jovens autistas.
A hipersensibilidade aos sons, luzes, texturas e sabores, por
exemplo, é uma característica prevalente no autismo,
caracterizada por respostas aumentadas aos estímulos
sensoriais. 
Sensibilidade aos estímulos
Pode se manifestar de várias maneiras, incluindo
hipersensibilidade auditiva (sensibilidade a ruídos altos),
hipersensibilidade tátil (sensibilidade ao toque ou a certas
texturas), sobrecarga sensorial (sobrecarga causada por várias
entradas sensoriais), dentre outras. 
Isso explica como os fatores sensoriais como
cheiros, texturas, cores e temperaturas
podem contribuir para o desenvolvimento da
seletividade alimentar em pessoas com TEA. 
16
ABORDAGEM COLABORATIVA
A colaboração entre nutricionistas, terapeutas ocupacionais e
psicólogos pode aumentar a efetividade do cuidado nutricional
ofertado para pessoas com TEA, identificando alimentos
apropriados, modificando as características sensoriais dos
alimentos, fornecendo utensílios adequados para comer,
modificando o ambiente e realizando intervenções
comportamentais de apoio.
ABORDANDO QUESTÕES SENSORIAIS
A sensibilidade sensorial foi sugerida como
um possível mecanismo que contribui para a
seletividade alimentar em pessoas com TEA.
Modificar as características sensoriais dos
alimentos, como textura, pode ser útil.
INTERVENÇÕES VOLTADAS PARA CADA PESSOA
O tratamento nutricional deve considerar as necessidades
específicas de alimentação e nutrição, e as particularidades de
vida cada indivíduo, visando promover a saúde e bem-estarda
criança ou adolescente. 
Examinar os fatores associados à seletividade alimentar,
incluindo questões sensoriais, problemas de comportamento,
preferências dos pais e horários das refeições em família, pode
fornecer informações sobre intervenções efetivas. 
17
Esse é um momento que deve ser harmônico e tranquilo.
Forçar a criança a comer pode contribuir para que ela associe o 
ADICIONE GRADATIVAMENTE OS ALIMENTOS 
Introduza alimentos saudáveis aos
poucos, iniciando com pequenas
quantidades. Tente substituir a fritura
pelo alimento assado no forno; coloque
menos açúcar no suco; troque o suco
artificial pelo natural. No inicio, foque na
qualidade e não quantidade. 
ESTRATÉGIAS PARA LIDAR COM
A SELETIVIDADE ALIMENTAR
ESTRATÉGIAS PARA LIDAR COM
A SELETIVIDADE ALIMENTAR
A criança deve estar focada no comer.
Para isso, é importante evitar as
distrações durante as refeições. Celulares,
televisão, brinquedos e outras distrações
contribuem para que a criança perca o
interesse mais facilmente na refeição. 
momento da refeição com algo
desgastante e ruim. 
“ só vai sair da mesa se comer tudo”
“ se você comer a salada, pode
comer sobremesa”
EVITE DISTRAÇÕES
NÃO FORCE A CRIANÇA A SE ALIMENTAR
18
Mesmo que a criança recuse um alimento, não deixe de
ofertá-lo novamente. 
EVITE GULOSEIMAS E APERITIVO NA ROTINA
ESTABELEÇA UMA ROTINA 
É importante que ela tenha novas
chances de provar esse mesmo alimento.
De tempos em tempos, oferte o alimento
a criança novamente, pois ao logo da vida
o paladar muda, e com isso os gostos e
preferências também. 
As crianças se sentem mais seguras e
confiantes quando sabem o que esperar.
Assim, criar rotinas e definir horários
pode ajudar a reduzir a ansiedade ou o
Algumas crianças podem precisar de mais
de 10 tentativas para aceitar um alimento. 
estresse, tornando as refeições mais agradáveis,
aumentando as chances da criança experimentar novos
alimentos. 
É necessário diminuir gradualmente a
oferta dos alimentos preferidos, e
aumentar a oferta dos alimentos não
preferidos. Além disso, aperitivos e
guloseimas fora dos horários das
refeições vão contribuir para que essa
criança perca o apetite facilmente. 
OFEREÇA O ALIMENTO OUTRAS VEZES
19
INCLUA A CRIANÇA NO PROCESSO
SEJA CRIATIVO! 
DIVERSIFIQUE O PREPARO DOS ALIMENTOS
Varie as formas de apresentação dos alimentos. Isso pode
despertar o interesse, além de ser uma estratégia de
mudança de comportamento. 
Modifique texturas e consistências, possibilite a criança e
o adolescente experimentar diferentes versões de um
mesmo alimento. 
É importante que a criança e o
adolescente com seletividade
alimentar participe do preparo
das refeições, ajude na
organização da mesa e na
limpeza da cozinha. Isso ajuda a
reduzir a seletividade alimentar. 
20
TENHA ALIMENTOS SAUDÁVEIS DISPONÍVEIS
DEIXE A CRIANÇA ESCOLHER
Além disso, as crianças tendem a aceitar mais alimentos
saudáveis se presenciarem os outros consumindo e
expressando reações positivas com esses alimentos. 
REALIZE REFEIÇÕES EM FAMÍLIA
Compartilhar esse momento
de forma tranquila ajuda a
criança a realizar as refeições e
aceitar os alimentos. 
Lembre-se: a alimentação da família é um reflexo para a
criança e ela irá reproduzir os hábitos alimentares que
observar. Seja o exemplo para seu filho! 
Com o aumento da disponibilidade de
frutas e legumes em casa, causando maior
exposição, as crianças tornam-se mais
propensas e dispostas a aceitar estes
alimentos quando lhe são oferecidos. 
É importante fazer com que a criança
tenha autonomia e liberdade de escolha.
Oferte opções saude permita com que ela
escolha o que comer, deixando que ela
opine na escolha do cardápio e exponha
seus gostos e preferências. 
21
GUIA ALIMENTAR PARA
CRIANÇAS BRASILEIRAS
MENORES DE 2 ANOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019
GUIA ALIMENTAR PARA A
POPULAÇÃO BRASILEIRA
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014
PARA SE ORIENTARPARA SE ORIENTAR
22
REFERÊNCIASREFERÊNCIAS
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). Manual diagnóstico e
estatístico de transtornos mentais: DSM-5 (5ª ed.). Porto Alegre: Artmed, 2014.
BANDINI, L. G. et al. Food selectivity in children with autism spectrum
disorders and typically developing children. The Journal of pediatrics, 2010.
Brasil, Ministério da Saúde. Dez passos para uma alimentação saudável para
crianças brasileiras menores de dois anos. Brasília, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde,
Departamento de Promoção da Saúde. Guia alimentar para crianças
brasileiras menores de 2 anos. Brasília, 2019. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia Alimentar para a População Brasileira.
Brasília, 2014. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de orientações - dificuldades alimentares.
São Paulo: Departamento Científico de Nutrologia/SBP, 2022
CHISTOL, L. T., et al. Sensory Sensitivity and Food Selectivity in Children with
Autism Spectrum Disorder. Journal of autism and developmental disorders,
2018. 
ESPOSITO M, et al. Food Selectivity in Children with Autism: Guidelines for
Assessment and Clinical Interventions. Int J Environ Res Public Health. Março,
2023. 
JUNQUEIRA, Patrícia. Por que meu filho não quer comer? Uma visão além da
boca e do estômago. Bauru: Idea Editora, 2017. 
KERZNER, B. et al. A practical approach to classifying and managing feeding
difficulties. Pediatrics, 2015. 
LEMES, M. A., et al. Comportamento alimentar de crianças com transtorno do
espectro autista. Jornal Brasileiro De Psiquiatria, 2023.
VALENZUELA-ZAMORA AF, et al. Food Selectivity and Its Implications
Associated with Gastrointestinal Disorders in Children with Autism Spectrum
Disorders. Nutrients, 2022.
23

Mais conteúdos dessa disciplina