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FILARIOSE LINFÁTICA Wuchereria bancrofti Elefantíase ❖ Única espécie nas américas; ❖ Dioico: macho (3,5 a 4 cm) e fêmea (7 a 10 cm); ❖ É uma doença parasitária crônica, considerada uma das maiores causas mundiais de incapacidades permanentes ou de longo prazo; ❖ Importante pela morbidade; ❖ Quando o verme adulto se reproduz, a fêmea é fecundada pelo macho e vai liberar microfilárias (resultante da produção sexuada do verme e está no sangue); ❖ Ciclo heteroxêmico: • HD: - Homem (tem o verme adulto que está no sistema linfático e linfonodos). • HI: - Mosquito do gênero Culex quinquefasciatus (Fêmeas), ele é antropofílico (mosquito que vive no ambiente urbano e prefere se alimentar por sangue humano); - Encontra-se a fase larval do inseto (L1, L2 e L3 [forma infectante pro homem]). DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA ❖ 112 milhões de pessoas infectadas ❖ 83 países ❖ Ásia, África e ilhas a oeste do Pacífico ❖ Américas: • Haiti, República Dominicana, Guiana e Brasil. • No Brasil: -A área endêmica está restrita a quatro municípios situados na Região Metropolitana do Recife/Pernambuco: - Recife; -Olinda; -Jaboatão dos Guararapes; - Paulista. -Microfilária (larva): Bainha é caráter importante para a diferenciação das espécies. A bainha é essa parte mais clarinha no final da microfilária na imagem acima. ❖ Verme Adulto: PERIODICIDADE DAS MICROFILÁRIAS Melhor horário para coletar o sangue do paciente é entre 23h e 1 da manhã. CICLO DA WUCHERERIA BANCROFTI ❖ A larva penetra pelo local da picada e vai ir para o sistema linfático; ❖ O mosquito deposita a L3 no momento do repasto sanguíneo (hematofagismo); ❖ L3 migra pro sistema linfático e se desenvolve até ser verme adulto (demora meses); ❖ Verme adulto vai se reproduzir e libera a microfilária; ❖ As microfilárias ficam circulando entre sangue e linfa. Infecção do mosquito: ❖ Ingerindo sangue de pessoa contaminada (ingere a microfilária); ❖ A microfilária se transforma em larva de estágio 1; ❖ L2; ❖ L3 (infectante) (vai para o aparelho bucal do mosquito); ❖ Formação da microfilária até a L3 é em 20 dias. FASE AGUDA E FASE CRÔNICA (CAUSAS) -Quilúria: linfa na urina. -Hidrocele: acúmulo de líquido na cavidade escrotal. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ❖ Pesquisa de microfilárias; ❖ Pesquisa de vermes adultos; ❖ Pesquisa de antígenos; ❖ Biologia molecular. PESQUISA DE MICROFILÁRIAS (Coletar o sangue entre 23h e as 1h da manhã) ❖ Exame a fresco: – Observação direta de MF (movimentando-se) vivas do parasito entre lâmina e lamínula, utilizando-se 1 gota de sangue capilar ou venoso. ❖ Gota Espessa: – Esfregaço corado. PESQUISA DO VERME ADULTO ❖ Ultrasonografia; - É possível visualizar os movimentos de vermes adultos vivos de W. bancrofti em vaso linfático. ❖ Pesquisa de Antígenos: -TR; - Elisa (exame laboratorial). PESQUISA DE ANTÍGENOS (detecção de antígenos independente do horário) ❖ TR: imunocromatografia; ❖ Elisa. BIOLOGIA MOLECULAR ❖ PCR: A reação em cadeia da polimerase – Amplificação do DNA; – sangue, urina e até saliva; – Dificuldades técnicas para a realização do exame e o alto custo inviabilizam a difusão do exame na prática clínica. PROFILAXIA ❖ Uso de repelentes, mosquiteiros, janelas e portas teladas; ❖ Diagnóstico e tratamento dos doentes; ❖ Controle do vetor adulto e das larvas. TRATAMENTO ❖ Dietilcarbamazina (DEC).