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Modelos de Organização do Trabalho: Taylorismo e Fordismo PROF. DR. GEORDY SOUZA PEREIRA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI CENTRO DE TECNOLOGIA – CT CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO – CEP Disciplina: Organização do Trabalho e Sistemas Taylor e Ford Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915), engenheiro mecânico, desenvolveu um conjunto de métodos para a produção industrial que ficou conhecido como taylorismo. Henry Ford (1863 – 1947), por sua vez, desenvolveu o sistema de organização do trabalho industrial denominado fordismo. A principal característica do fordismo foi a introdução das linhas de montagem, na qual cada operário ficava em um determinado local realizando uma tarefa específica, enquanto o automóvel (produto fabricado) se deslocava pelo interior da fábrica em uma espécie de esteira. Com isso, as máquinas ditavam o ritmo do trabalho. Taylorismo Crença: Acreditava que cada operário produzia um terço do que poderia produzir chamando o processo de “vadiagem sistemática” Razão atribuída por Taylor: Os trabalhadores acreditavam que trabalhando mais depressa, outros trabalhadores perderiam o emprego; Os sistemas administrativos falhos da época forçavam os operários a trabalhar mais lentamente para proteger seus próprios interesses; Métodos de trabalhos empíricos vinham passando de uma geração para outra de trabalhadores (regra do polegar). O sistema Taylorista Sistema de trabalho: •Análise do trabalho; •Padronização das ferramentas; •Seleção e treinamento dos trabalhadores; •Supervisão e planejamento; •Pagamento por produção. Considerado: Pai da administração científica O começo.... Livro: Administração de Oficinas (em 1903); Objetivo: Racionalização do trabalho do operário, por meio do estudo dos tempos e movimentos. Duas fases: 1. Analítica (descarte de movimentos inúteis e observação de habilidosos); 2. Construtiva (Arquivo de movimentos elementares e tempo) Como estimular o operário Essência: ▪ Boa administração = pagar altos salários e baixos custos de produção. ▪ Administração deve aplicar métodos científicos de pesquisa e experimento, para formular princípios e padrões de controle. ▪ Empregados precisam ser cientificamente colocados em postos com materiais e condições cientificamente selecionadas. ▪ Empregados cientificamente treinados para desenvolver aptidões. ▪ Alta administração devia desenvolver atmosfera de cooperação. Consolidação Livro: Princípios de Administração Científica (em 1911) Objetivo: Apresenta estudos sobre Administração Geral. Contexto: Vadiagem sistemática dos operários, desconhecimento das rotinas de trabalho por parte dos gerentes e do tempo necessário para sua realização e falta de uniformidade das técnicas e métodos de trabalho dos empregados Princípios Objetivo básico: Incrementar a produtividade do trabalhador por meio de uma análise científica sistemática do trabalho do empregado, atingindo “uma maneira melhor” de realizar tal trabalho, assegurando a prosperidade para o empregador, conjugada com a máxima prosperidade para os trabalhadores. Princípio da exceção: • Alta Administração=>concentração nas tarefas estratégicas. • Pessoal operacional => concentração nas tarefas padronizadas e de rotina. Novo padrão para administração Ciência em lugar do empirismo; Harmonia em vez de discórdia; Cooperação, não-individualismo; Máxima produção e não-restrição de produção; Desenvolvimento de cada indivíduo para sua máxima eficiência e prosperidade; Princípios da Administração Científica https://slideplayer.com.br/slide/5633597/ https://slideplayer.com.br/slide/5633597/ Seguidores de Taylor ▪Frank e Lilian Gilbreth (1916-1917): ▪Estudos dos tempos e movimentos dos operários e o estudo da fadiga humana (e=p/r onde e=eficiência; p=produtos resultantes e r=recursos utilizados). Propôs princípios relativos à economia de movimentos: ▪Relativos ao uso do corpo humano; ▪Relativos ao arranjo do local de trabalho; ▪Relativos ao desempenho dos equipamentos e ferramentas. Trabalho do casal Gilbreth (1916-1917) Trabalho de Harrington Emerson (1953- 1931) Os 12 princípios da eficiência: 1. ideais bem definidas; 2. senso comum; 3. conselho competente; 4. disciplina; 5. acordo justo; 6. registros confiáveis, imediatos e adequados; Trabalho de Harrington Emerson (1953-1931) 7. despachos; 8. normas e horários; 9. condições padronizadas; 10. operações padronizadas; 11. instruções-padrão da prática escrita; 12. eficiência-recompensa. São seus os primeiros trabalhos de seleção e treinamento antecipando a APO. Trabalho de Henry Gant (1880-1901) HENRY GANTT (1880 -1901): S ISTEMA DE PAGAMENTO POR INCENTIVO “ TAREFA BÔNUS” https://www.youtube.com/watch?v=s6Bfo1ihHwA https://www.youtube.com/watch?v=s6Bfo1ihHwA Outros seguidores Morris Cooke (1872-1960): Aplicação da Administração Científica no governo e na educação. Em 1911 aplicação da teoria de Taylor na prefeitura da Filadélfia. Se destacou na atuação na formulação do plano de eletrificação rural dos EUA FORDISMO Henry Ford (1863-1947): Grande empresário com visão prática. Seus princípios: Produtividade (máxima produção num período); Intensificação (giro capital com mínima imobilização do mesmo); Economicidade (mínimo matéria- prima); A política de Henry Ford se alicerçou na produção em massa, em série e em cadeia contínua; no pagamento de altos salários e na fixação de preços mínimos para os bens produzidos. Cria a linha de montagem (1913): 1 carro a cada 84 minutos Ford Motor Co.; Linha de montagem; Preços populares; Plano de vendas; Assistência técnica; “O melhor e o pior homem de marketing”. Henry Ford • Nascido em Dearborn, Michigan, em 1863; • Família de fazendeiros; • 1898 - Fundação da Detroit Automobile Co. com outros investidores; • 1903 - Fundação da própria fábrica, a Ford Motor Co. Henry Ford (1863-1942) • Linha de Montagem - Ford: grande avanço na história das organizações. 1909 - 14.000 automóveis 1914 - 230.000 automóveis • A linha de montagem tinha seu próprio ritmo, e o trabalhador tinha de se adaptar a ele. Henry Ford Contribuição geral da Administração Científica • Contribuição direta para maior eficiência nos processos produtivos, incluindo redução dos custos de produção. • Não ampliou, na maior parte das vezes, em maior carga horária e, muito menos, em piores condições de trabalho. • Em contexto mais amplo, contribuiu para a evolução das comunidades onde as fábricas se localizavam. • Contribuição direta para a estruturação e aplicação dos princípios da administração. • Contribuição para estruturação dos objetivos a serem alcançados e dos resultados efetivos. Criticas à Administração Científica Mecanização: que desestimula a iniciativa pessoal do operário, tornando-o “parte da máquina”, não considerando os seus aspectos psicossociais. Esgotamento físico: frequente da ânsia em realizar mais do que previsto, para aumentar pagamento. Tempos Modernos https://youtu.be/XFXg7nEa7vQ • Pouca atenção ao elemento humano; • Mecanicismo; • Limitação do campo de ação; • Superespecialização do operário; • Falta de flexibilidade organizacional; • Abordagem incompleta da organização; • Automatização do operário; • Falta de ajuda social; • Visão incompleta do homem. Criticas à Administração Científica Consequências: • Especialização demasiada da produção do operário, tornando-o apêndice da máquina; • Destruir a iniciativa própria e relacionamento interpessoal; • Atomizar o trabalho em demasia, minimizando as aptidões dos operários Questão Muitos experts consideram o Taylorismo obsoleto. Outros dizem que suas ideias são dominantes no mercado de trabalho de hoje em dia. Qual destas visões parece ser mais válida? Principais referenciais CARAVANTES, Geraldo. Teoria geral da administração. Editora AGE Ltda, 2000. CHIAVENATO, Idalberto. Introduçãoà teoria geral da administração. Elsevier Brasil, 2004 Secretaria de Educação a Distância UnB. Teoria Geral da Administração. Universidade de Brasília – UnB, Brasília, 2006.