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IEPSIS O papel da Terapia Ocupacional no atendimento da criança com TEA Atuação do Terapeuta Ocupacional nas Atividades Educativas Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat. Todas as crianças e adolescentes tem, na educação acadêmica, a área principal de atuação social, de interação e de participação, em que desenvolvem não apenas atividades acadêmicas, mas participam de uma comunidade e se apropriam desse contexto para desenvolver. Atividades necessárias para a aprendizagem e participação no ambiente educacional. Participação Formal na educação Participação em atividades educacionais no meio acadêmico (por exemplo, matemática, leitura, obtenção de grau), não acadêmico (por exemplo, o recreio, refeitório, corredor), extracurricular (por exemplo, esportes, banda, animação de torcida, danças) e atividades vocacionais (pré-vocacional e vocacional). Ocupações Atividad es de Vida Diária (AVD) Atividade Instrument al de vida Diária (AIVD) Gestão da Saúde Brincar LazerDescanso e Sono Educaç ão Trabalho Participaç ão Social Educação Exploração das necessidades ou interesses pessoais em educação informal Identificação de temas e métodos para obter informações ou habilidades relacionadas. Participação na educação pessoal informal Participar de aulas informais, programas e atividades que proporcionam instrução ou formação em áreas identificadas como de interesse. Ocupações Atividad es de Vida Diária (AVD) Atividade Instrument al de vida Diária (AIVD) Gestão da Saúde Brincar LazerDescanso e Sono Educaç ão Trabalho Participaç ão Social Educação A Constituição Federal de 1988, traz como um dos seus objetivos fundamentais, “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (BRASIL, 1988), além de prescrever em seus dispositivos que a educação é um direito fundamental. Na década de 90 houve grandes transformações na política educacional Brasileira, nessa época começou o movimento da inclusão escolar que resultou em novas perspectivas no campo da educação especial. A proposição política naquele momento para todo o campo educacional, tinha como princípios a democracia, a liberdade e o respeito à dignidade. Nessa época, ocorreu a Conferência Mundial sobre Educação para Todos, ocasião em que foram estabelecidas prioridades para a Educação nos países de terceiro mundo. Neste momento, foram discutidas as necessidades básicas de aprendizagem. O eixo do debate educacional do Terceiro Mundo deixou de ser a alfabetização para se concentrar na universalização da educação básica. No que se refere à educação especial, destaca que é preciso tomar medidas que garantam a igualdade de acesso à educação aos portadores de todo e qualquer tipo de deficiência, como parte integrante do sistema educativo. No ano de 1994 a Declaração de Salamanca vem para mudar o cenário da educação mundial, sua elaboração ocorreu na cidade de Salamanca na Espanha. Esse documento foi criado para apontar aos países a necessidade de políticas públicas e educacionais que venham a atender todas as pessoas de modo igualitário. Essa declaração ainda enfatiza a real necessidade da inclusão educacional das pessoas que apresentam quaisquer necessidades educacionais especiais. Dessa maneira em 1994, a Declaração de Salamanca passa a influenciar a formulação das políticas públicas da educação inclusiva. O princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças aprendam juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter. Além disso, a declaração destaca que a escola e o projeto político pedagógico devem adequar-se as necessidades dos alunos. O acesso à educação por sua vez é garantido por lei, porém é necessário que os responsáveis legais a cumpram, pois todos têm o direito a uma educação inclusiva e um ensino público e gratuito. Este direito está garantido no Art. 208, da Constituição Federal de 1988, o qual estabelece que as pessoas com necessidades especiais tenham o direito a educação preferencialmente no ensino regular (BRASIL, 1988). Dessa maneira, as pessoas com deficiência, devem ser incluídas no ensino regular ainda na educação infantil No Brasil o documento Política Nacional da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva ressalta que a partir do processo de democratização da educação se evidencia o paradoxo inclusão/exclusão, quando os sistemas de ensino universalizam o acesso, mas continuam excluindo indivíduos e grupos considerados fora dos padrões homogeneizadores da escola. De acordo com Brasil (2010), a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei nº 9.394/96, no artigo 59, preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades.Dessa forma, quando crianças com algum tipo de deficiência chegam às instituições de ensino devem encontrar materiais adaptados se preciso, professores auxiliares, oportunidade de participação para que seu potencial seja desenvolvido, condições adequadas de estudos e que este seja recebido como Inicialmente, a atuação da Terapia Ocupacional em contexto escolar se deu em 1960, com a criação das instituições especializadas que começaram a desenvolver práticas de Educação Especial, ainda de forma segregada e de caráter normalizador do comportamento. Em 1970 com a perspectiva da integração escolas, houve a criação de classes especiais em escolas regulares. Em ambos os contextos, as ações da TO eram caracterizadas por intervenções cujo alvo era o aluno. Em 1990, com as discussões sobre educação inclusiva e o pensamento de uma intervenção ampliada para a comunidade escolar, as ações da Terapia Ocupacional passam a ser coletivas, ou seja, com todos os atores sociais que compõem o cotidiano escolar. Essa mudança de olhar para a deficiência propõe uma sociedade de suportes, que se responsabiliza pelos seus membros e promove a participação deles, compreendendo a necessidade O movimento contemporâneo das práticas da TO é caracterizado pela adoção da perspectiva ocupacional enquanto referencial teórico e metodológico, no qual o TO tem a função de promover o engajamento ocupacional, a participação e a autonomia dos estudantes, reduzindo e eliminando barreiras físicas e/ou atitudinais, em todos os processos educacionais que ocorrem nos ambientes escolares. As ocupações no contexto da educação promovem, por meio da participação requerida nelas, o aprendizado, a socialização e o desenvolvimento ocupacional das crianças, e que pensar na aprendizagem a partir de uma perspectiva ocupacional permite compreender o quanto o desenvolvimento de habilidades e o aprendizado de conceitos influenciam no desempenho ocupacional e na participação de crianças na escola, família e comunidade. O terapeuta ocupacional no campo da educação especial compõe a equipe interdisciplinar, promovendo práticas inclusivas em ambientes educacionais, visando oferecer condições de participação e aprendizado aos alunos e, consequentemente, sua inclusão efetiva nos espaços escolares. Destacam-se como possíveis intervenções: prescrição e provimento da tecnologia assistiva, adaptações ambientais, de brinquedos e materiais e formação continuada dos professores. Existe também a atuação do terapeuta ocupacional através de consultorias, visando identificar necessidades e planejar e executar ações. A fim de potencializar o desenvolvimento e efetivaro aprendizado da criança no ambiente escolar, destacam-se a análise de atividades e as orientações quanto suas possibilidades de adaptação e flexibilização, o suporte quanto à legislação e informações relacionadas às especificidades de cada aluno, o auxílio na identificação de necessidades e conquistas e na elaboração conjunta de estratégias e ações. Como ações específicas, pode-se citar as tecnologias assistivas, com adaptações de materiais escolares, o uso de recursos e pistas visuais como forma de apoio à organização e orientação quanto aos tempo e espaço, estratégias para oferecer, orientar e conduzir as atividades pedagógicas e flexibilização do currículo e das formas de avaliação. Tecnologia Assistiva Tecnologia assistiva é um termo ainda muito novo e pode ser definida como suporte, equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minimizar as dificuldades a que as pessoas com deficiências estão sujeitas. Os recursos de tecnologia assistiva podem ser situados como mediações instrumentais para a constituição da pessoa com deficiência, como sujeito dos seus processos, a partir da potencialização da sua interação Pistas Visuais As pistas visuais são imagens que auxiliam na independência do indivíduo, um exemplo são as sequências de ações a serem realizadas, apresentadas na forma de desenhos claros e objetivos. É possível criar uma pista visual para, por exemplo, tornar a criança mais independente à medida que ela for crescendo. Isso ajuda a resolver tarefas mais complexas. A rotina é fundamental para a criança com autismo. Por isso, montar um quadro de rotina visual é importante. Deve ser colocado uma sequência do que precisa ser feito até o final do dia e, com o passar do tempo, resumindo e diminuindo as sequências. Pistas Visuais O quadro de rotinas pode ajudar bastante, pois mostra uma sequência de ações divididas entre os períodos do dia com desenhos. As pistas visuais também podem ser utilizadas para trabalhar comportamentos e regras sociais Pistas Visuais TEACCH O TEACCH é um trabalho de intervenção baseado na determinação de objetivos bem definidos e direcionados aos comportamentos que se pretende mudar, com o propósito de extinguir ou amenizar comportamentos indesejáveis, reforçando positivamente. O reforço positivo dos estímulos aumenta a probabilidade das condutas entendidas como adequadas e negativas para serem realizadas na convivência social. Referências • SOUZA, Dinara (org). Terapia Ocupacional e sua representatividade no Transtorno do Espectro do Autismo: teoria e prática. Ribeirão Preto, SP: BookToy, 2022. • CAMPOS, L.K.; FERNANDES, F.D.M. Perfil escolar e as habilidades cognitivas e de linguagem de crianças e adolescentes do espectro autismo. Trabalho realizado no Laboratório de Investigação Fonoaudiológica nos Distúrbios do Espectro do Autismo, Faculdade de Medicina – FM, Universidade de São Paulo – USP - São Paulo (SP), Brasil. • BATTISTI, A.V.; HECK, G.M.P.; MICHELS, L.R.F. A inclusão escolar de crianças com autismo na educação básica: teoria e prática. Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado como requisito para obtenção de grau de Licenciado em Pedagogia da Universidade Federal da Fronteira Sul. Chapecó, 2015.