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respostas a trajetória da literatura infanto-juvenil brasileira de 1 a 10 parte 1

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Questões resolvidas

1. Assinale a alternativa que mais se enquadra na discussão sobre o conceito de identidade nacional.
A. As identidades nacionais são algo com o qual nascemos e não podem ser modificadas.
B. As identidades nacionais são uma invenção de autores da literatura.
C. Por serem criadas a partir das culturas nacionais, as identidades são uma construção cultural.
D. As identidades nacionais não existem, são uma ficção.
E. Devido ao fato de estarem totalmente relacionadas à ideia de nação, as identidades nacionais constituem-se uma criação de estadistas.

2. Sobre as tradições, marque a opção correta.
A. Sempre existiram e são imutáveis, resistindo ao tempo e às pressões da indústria e da moda.
B. São narrativas que o presente repete sobre o passado, criando a sensação de um passado comum.
C. São origem de todos os sujeitos que compõem uma nação.
D. São a expressão legítima da cultura dos cidadãos mais afeitos à essência da nação.
E. Trata-se de uma criação midiática.

3. Acerca da relação estabelecida entre a ideia de identidade nacional e a literatura brasileira, aponte a alternativa correta.
A. Caminha descreve os índios brasileiros como selvagens e ameaçadores, devendo ser domesticados pela civilização europeia.
B. José de Alencar é quem melhor encarnou o espírito nacional para compor um de nossos mitos de origem.
C. Machado pode ser entendido como antinacionalista, pois compôs uma contranarrativa da nação denunciando a história de formação do País.
D. Mário compôs como uma forma de denúncia à cultura da malandragem no Brasil, Macunaíma entendendo que o País é prejudicado pela preguiça de sua gente.
E. Carolina compõe uma das mais marcantes contranarrativas da nação ao trazer à tona a voz de uma mulher negra e periférica sobre o cotidiano angustiante a partir do qual vê a nação.

4. Leia as alternativas sobre a linguagem na literatura nacional e assinale a correta.
A. Oswald de Andrade propõe que a linguagem coloquial das classes populares é representativa da poeticidade brasileira. Nesse sentido, podemos pensar que Carolina de Jesus é um dos maiores expoentes do que afirma o modernista.
B. Pero Vaz de Caminha praticamente não usa descrições para retratar o que vê no Brasil quando da sua chegada, o que dificulta saber qual a sua visão sobre o índio.
C. Alencar faz uso de uma linguagem realista para retratar a união do índio com o colonizador.
D. Mário de Andrade denuncia na preguiça de Macunaíma a preguiça do brasileiro no cuidado com a linguagem.
E. Carolina faz uso de uma linguagem errada do ponto de vista da gramática normativa, por isso não é um grande expoente da literatura brasileira neste quesito.

5. Acerca do conceito de nação, marque a opção correta.
A. Trata-se de uma construção, mas não depende da vontade do homem.
B. Retoma um passado tal qual ele fora.
C. É um sistema de representação de uma cultura.
D. Representa a essência de um sujeito no que diz respeito à sua nacionalidade.
E. Não depende da memória dos sujeitos para continuar existindo.

Sabe-se que, durante a colonização portuguesa, havia o monopólio do texto como forma de poder. Neste sentido e de acordo com o texto lido, é CORRETO afirmar que:
A. A história do livro no Brasil mostra o respeito da corte portuguesa com relação às manifestações literárias dos cidadãos brasileiros, desde a colonização.

O conceito de leitura remete, inicialmente, ao ato de 'aprender a ler'. De acordo com o texto estudado, pode-se afirmar CORRETAMENTE que:
A. A leitura é sinônimo de alfabetização, ou melhor, de decodificação. Alfabetizar é tornar o estudante apto a decifrar e decodificar o signo escrito e ter fluência sobre ele.

Sobre o início da literatura brasileira, é correto afirmar que:
A. é considerado como o marco da literatura brasileira o primeiro texto escrito justamente por um brasileiro.

O Barroco e o Arcadismo foram dois movimentos literários brasileiros que ocorreram entre os séculos XVII e XVIII. Sobre os dois, pode-se dizer que:
a . Os sermões do padre António Vieira são considerados árcades, pois evidenciam uma conexão grande com a natureza e com a terra.
b. Marília de Dirceu, livro de Tomás Antônio Gonzaga, é um livro que conta a história de um amor não realizado e sofrido.
c. Gregório de Matos é um poeta barroco que se preocupou com os sentimentos e com o interior do eu.
d. Cláudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga são dois poetas árcades que se envolveram com a Inconfidência Mineira.
e. Os árcades eram poetas que cultivavam o sentimento exacerbado, o exagero e a dramaticidade.

O Romantismo foi um período literário muito importante no Brasil. Considere o trecho a seguir, presente no romance "Iracema", de José de Alencar, e assinale a opção correta em relação à sua interpretação e às características românticas que aparecem nele.
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara, o pé grácil e nu, mal roçando alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas. Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos. Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto. Iracema saiu do banho; o aljôfar d'água ainda a roreja, como à doce mangaba que corou em manhã de chuva. Enquanto repousa, empluma das penas do gará as flechas de seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste. A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome; outras remexe o uru de palha matizada, onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda, e as tintas de que matiza o algodão.
A. Flores, árvores, animais e chuva: esses elementos ajudam a montar um cenário natural, distante da urbanização e da modernidade.
B. Iracema é construída como uma feroz guerreira, o que fica atestado no trecho em que ela constrói as flechas de seu quarto.
C. O narrador chama Iracema de selvagem para mostrar que os índios não eram pessoas boas e que o colonialismo foi algo positivo. Essa foi uma das marcas do Romantismo.
D. Os muitos detalhes que o narrador dá sobre a floresta, sobre os animais que a habitam e sobre Iracema mostram uma tentativa de imitar a realidade, característica do Romantismo.
E. Iracema é aproximada dos animais, porque sua figura pouco se parece com a humana.

Sobre a Semana de Arte Moderna, ocorrida em 1922, podemos afirmar que:
A. esse movimento buscou a inovação na linguagem.
B. no Manifesto Antropofágico, Oswald de Andrade recusa qualquer influência vinda do exterior: apenas o que é nacional é bom.
C. quando os artistas organizaram essa Semana de Arte Moderna, que foi tão importante e decisiva para a literatura brasileira, eles decidiram inspirar-se na Antiguidade grega e produzir algo mais clássico.
D. Mario de Andrade foi um dos poetas da Semana de Arte Moderna. Em sua obra, ele idealiza a vida no campo.
E. "Os sapos", de Manoel Bandeira, é um poema que foi declamado durante a Semana de Arte Moderna e que prega uma volta à natureza.

Sobre as Gerações de 30 e de 45, é correto afirmar que:
A. as duas Gerações aproximam-se no sentido de focar essencialmente em questões sociais e de denunciar esses problemas.
B. José Lins do Rego e Graciliano Ramos fazem parte da Geração de 45.
C. a Geração de 45 é muito coesa e todos os escritores pertencentes a esse movimento apresentam características similares.
D. a Geração de 30 foi essencialmente urbana, em semelhança aos escritores modernistas que participaram da Semana de Arte Moderna de 1922.
E. O Regionalismo, também conhecido como Geração de 30, tem como característica, como seu próprio nome aponta, retratar as realidades específicas de cada região do país.

A literatura infantil nasce a partir de transformações sociais e de um novo olhar destinado a um "ator" outrora considerando coadjuvante, mas que assume o papel principal na nova estrutura social: a criança.

A respeito da origem da literatura infantil, é correto afirmar que:


A.
Ela não tem relação com as mudanças estruturais que ocorreram na sociedade dos séculos XVII e XVIII, momento em que se instalou o modelo burguês de família unicelular, provocando uma alteração na forma de se visualizar a infância.


B.
Os textos literários destinados às crianças traziam uma espécie de modelo a ser seguido, transparecendo valores do mundo burguês e ideologias apresentadas de modo a promover certos padrões comportamentais em seus receptores.


C.
O tipo de vínculo que reunia a ideologia e as intenções da classe burguesa com o texto dirigido ao público infantil não limitou a expansão do gênero, nem comprometeu o seu reconhecimento como forma de expressão artística.


D.
Ao longo dos séculos, o posicionamento didático das obras infantis se solidificou, e todas as produções se comprometeram com esse modo de encarar o texto.


E.
A obra de Júlio Verne, explorando o fantástico, a aventura, envolvendo espaços não comuns e tendo como protagonistas jovens de espírito corajoso, é um exemplo de textos que se detiveram no didatismo imposto na época.

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Questões resolvidas

1. Assinale a alternativa que mais se enquadra na discussão sobre o conceito de identidade nacional.
A. As identidades nacionais são algo com o qual nascemos e não podem ser modificadas.
B. As identidades nacionais são uma invenção de autores da literatura.
C. Por serem criadas a partir das culturas nacionais, as identidades são uma construção cultural.
D. As identidades nacionais não existem, são uma ficção.
E. Devido ao fato de estarem totalmente relacionadas à ideia de nação, as identidades nacionais constituem-se uma criação de estadistas.

2. Sobre as tradições, marque a opção correta.
A. Sempre existiram e são imutáveis, resistindo ao tempo e às pressões da indústria e da moda.
B. São narrativas que o presente repete sobre o passado, criando a sensação de um passado comum.
C. São origem de todos os sujeitos que compõem uma nação.
D. São a expressão legítima da cultura dos cidadãos mais afeitos à essência da nação.
E. Trata-se de uma criação midiática.

3. Acerca da relação estabelecida entre a ideia de identidade nacional e a literatura brasileira, aponte a alternativa correta.
A. Caminha descreve os índios brasileiros como selvagens e ameaçadores, devendo ser domesticados pela civilização europeia.
B. José de Alencar é quem melhor encarnou o espírito nacional para compor um de nossos mitos de origem.
C. Machado pode ser entendido como antinacionalista, pois compôs uma contranarrativa da nação denunciando a história de formação do País.
D. Mário compôs como uma forma de denúncia à cultura da malandragem no Brasil, Macunaíma entendendo que o País é prejudicado pela preguiça de sua gente.
E. Carolina compõe uma das mais marcantes contranarrativas da nação ao trazer à tona a voz de uma mulher negra e periférica sobre o cotidiano angustiante a partir do qual vê a nação.

4. Leia as alternativas sobre a linguagem na literatura nacional e assinale a correta.
A. Oswald de Andrade propõe que a linguagem coloquial das classes populares é representativa da poeticidade brasileira. Nesse sentido, podemos pensar que Carolina de Jesus é um dos maiores expoentes do que afirma o modernista.
B. Pero Vaz de Caminha praticamente não usa descrições para retratar o que vê no Brasil quando da sua chegada, o que dificulta saber qual a sua visão sobre o índio.
C. Alencar faz uso de uma linguagem realista para retratar a união do índio com o colonizador.
D. Mário de Andrade denuncia na preguiça de Macunaíma a preguiça do brasileiro no cuidado com a linguagem.
E. Carolina faz uso de uma linguagem errada do ponto de vista da gramática normativa, por isso não é um grande expoente da literatura brasileira neste quesito.

5. Acerca do conceito de nação, marque a opção correta.
A. Trata-se de uma construção, mas não depende da vontade do homem.
B. Retoma um passado tal qual ele fora.
C. É um sistema de representação de uma cultura.
D. Representa a essência de um sujeito no que diz respeito à sua nacionalidade.
E. Não depende da memória dos sujeitos para continuar existindo.

Sabe-se que, durante a colonização portuguesa, havia o monopólio do texto como forma de poder. Neste sentido e de acordo com o texto lido, é CORRETO afirmar que:
A. A história do livro no Brasil mostra o respeito da corte portuguesa com relação às manifestações literárias dos cidadãos brasileiros, desde a colonização.

O conceito de leitura remete, inicialmente, ao ato de 'aprender a ler'. De acordo com o texto estudado, pode-se afirmar CORRETAMENTE que:
A. A leitura é sinônimo de alfabetização, ou melhor, de decodificação. Alfabetizar é tornar o estudante apto a decifrar e decodificar o signo escrito e ter fluência sobre ele.

Sobre o início da literatura brasileira, é correto afirmar que:
A. é considerado como o marco da literatura brasileira o primeiro texto escrito justamente por um brasileiro.

O Barroco e o Arcadismo foram dois movimentos literários brasileiros que ocorreram entre os séculos XVII e XVIII. Sobre os dois, pode-se dizer que:
a . Os sermões do padre António Vieira são considerados árcades, pois evidenciam uma conexão grande com a natureza e com a terra.
b. Marília de Dirceu, livro de Tomás Antônio Gonzaga, é um livro que conta a história de um amor não realizado e sofrido.
c. Gregório de Matos é um poeta barroco que se preocupou com os sentimentos e com o interior do eu.
d. Cláudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga são dois poetas árcades que se envolveram com a Inconfidência Mineira.
e. Os árcades eram poetas que cultivavam o sentimento exacerbado, o exagero e a dramaticidade.

O Romantismo foi um período literário muito importante no Brasil. Considere o trecho a seguir, presente no romance "Iracema", de José de Alencar, e assinale a opção correta em relação à sua interpretação e às características românticas que aparecem nele.
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara, o pé grácil e nu, mal roçando alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas. Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos. Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto. Iracema saiu do banho; o aljôfar d'água ainda a roreja, como à doce mangaba que corou em manhã de chuva. Enquanto repousa, empluma das penas do gará as flechas de seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste. A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome; outras remexe o uru de palha matizada, onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda, e as tintas de que matiza o algodão.
A. Flores, árvores, animais e chuva: esses elementos ajudam a montar um cenário natural, distante da urbanização e da modernidade.
B. Iracema é construída como uma feroz guerreira, o que fica atestado no trecho em que ela constrói as flechas de seu quarto.
C. O narrador chama Iracema de selvagem para mostrar que os índios não eram pessoas boas e que o colonialismo foi algo positivo. Essa foi uma das marcas do Romantismo.
D. Os muitos detalhes que o narrador dá sobre a floresta, sobre os animais que a habitam e sobre Iracema mostram uma tentativa de imitar a realidade, característica do Romantismo.
E. Iracema é aproximada dos animais, porque sua figura pouco se parece com a humana.

Sobre a Semana de Arte Moderna, ocorrida em 1922, podemos afirmar que:
A. esse movimento buscou a inovação na linguagem.
B. no Manifesto Antropofágico, Oswald de Andrade recusa qualquer influência vinda do exterior: apenas o que é nacional é bom.
C. quando os artistas organizaram essa Semana de Arte Moderna, que foi tão importante e decisiva para a literatura brasileira, eles decidiram inspirar-se na Antiguidade grega e produzir algo mais clássico.
D. Mario de Andrade foi um dos poetas da Semana de Arte Moderna. Em sua obra, ele idealiza a vida no campo.
E. "Os sapos", de Manoel Bandeira, é um poema que foi declamado durante a Semana de Arte Moderna e que prega uma volta à natureza.

Sobre as Gerações de 30 e de 45, é correto afirmar que:
A. as duas Gerações aproximam-se no sentido de focar essencialmente em questões sociais e de denunciar esses problemas.
B. José Lins do Rego e Graciliano Ramos fazem parte da Geração de 45.
C. a Geração de 45 é muito coesa e todos os escritores pertencentes a esse movimento apresentam características similares.
D. a Geração de 30 foi essencialmente urbana, em semelhança aos escritores modernistas que participaram da Semana de Arte Moderna de 1922.
E. O Regionalismo, também conhecido como Geração de 30, tem como característica, como seu próprio nome aponta, retratar as realidades específicas de cada região do país.

A literatura infantil nasce a partir de transformações sociais e de um novo olhar destinado a um "ator" outrora considerando coadjuvante, mas que assume o papel principal na nova estrutura social: a criança.

A respeito da origem da literatura infantil, é correto afirmar que:


A.
Ela não tem relação com as mudanças estruturais que ocorreram na sociedade dos séculos XVII e XVIII, momento em que se instalou o modelo burguês de família unicelular, provocando uma alteração na forma de se visualizar a infância.


B.
Os textos literários destinados às crianças traziam uma espécie de modelo a ser seguido, transparecendo valores do mundo burguês e ideologias apresentadas de modo a promover certos padrões comportamentais em seus receptores.


C.
O tipo de vínculo que reunia a ideologia e as intenções da classe burguesa com o texto dirigido ao público infantil não limitou a expansão do gênero, nem comprometeu o seu reconhecimento como forma de expressão artística.


D.
Ao longo dos séculos, o posicionamento didático das obras infantis se solidificou, e todas as produções se comprometeram com esse modo de encarar o texto.


E.
A obra de Júlio Verne, explorando o fantástico, a aventura, envolvendo espaços não comuns e tendo como protagonistas jovens de espírito corajoso, é um exemplo de textos que se detiveram no didatismo imposto na época.

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Impresso por Agatha Goss, E-mail agathagoss@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos
autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 26/03/2023, 15:35:26
Desafio
Você sabia que cada texto vai nos apresentar uma representação da identidade nacional?
Isso significa que um escritor pode se valer de representações, de narrativas já veiculadas em qualquer meio –
seja para criticá-las ou para concordar com elas. Na carta que Pero Vaz de Caminha escreveu ao rei de
Portugal, D. Manuel I, para compartilhar as descobertas no território então chamado Terra de Vera Cruz, ele
recorre ao imaginário do paraíso perdido. Caminha retrata os índios como extensão, portanto, desse paraíso.
Eles são vistos como ingênuos, bons e gentis. Já as índias são vistas como objetos à disposição dos viajantes.
Caminha recomenda ao rei que salve a alma dessa gente, necessitados que estariam do que os portugueses
chamavam de civilização.
Considerando essas informações sobre a carta, leia o fragmento do romance Eles eram muitos cavalos (2001),
de Luiz Ruffato, e compare-o à carta escrita por Pero Vaz de Caminha.
Tomando como ponto de partida as reflexões sobre as identidades nacionais, procure refletir acerca dos
questionamentos a seguir:
1) Como o índio é representado no texto de Ruffato e no de Caminha?
2) De que forma o índio é tratado pelo branco?
3) De que modo é representada nossa identidade nacional?
Resposta
A questão envolve uma resposta de cunho dissertativo e não apresenta uma versão definitiva. Entretanto,
alguns aspectos importantes devem ser observados.
1) Tal como na carta, há uma visão de espanto do branco diante do índio. Este é tido como selvagem,
perspectiva também abordada por Caminha, e o sujeito branco, vendo-se em uma condição superior à do índio,
sente-se no direito de fazer troça dele. Há diversas construções pejorativas associadas à imagem do índio no
texto de Ruffato, como “cara de idiota”, “dessa raça a gente não especula quando sinceridade, quando
dissimulação”, “imbecil”, “importuno”, “bobo”, “desajeitado”, entre outros.
2) Todas essas construções sobre o índio reforçam a ideia de que o branco é o sujeito superior nessa relação
desigual. Seu Aprígio, dono do bar para quem o índio pede comida, acha estar ajudando o homem. À medida
que ele o manda limpar mais cômodos do bar, mais se repete na narrativa a aceitação do índio e o substantivo
“bobo”, enfatizando a noção de submissão deste. Essa cena nos remete à representação do índio na carta, em
que é definido como “bom selvagem”, ser sem maldade, servil e necessitado da intervenção do branco para
obter a salvação, como recomenda Caminha ao rei. A salvação, no caso da narrativa de Ruffato, se dá pela
comida que Seu Aprígio fornece depois de tirar proveito da ingenuidade do índio fazendo-o limpar todo o bar.
3) Apesar de estar no lugar onde seu povo sempre viveu, o Brasil, não há espaço para o índio na grande cidade
urbanizada de São Paulo. Por isso, depois da morte de Seu Aprígio, que proporcionou o único meio de sua
sobrevivência no local, o índio fica alheio a tudo. Ocorre a sua aniquilação nesse espaço de onde não pode
obter meios para sobreviver, tal como de fato os índios foram aniquilados depois da chegada dos portugueses.
Nesse sentido, podemos pensar que Ruffato se vale da representação do índio feita já na carta de Caminha
justamente para criticá-la. Ele nos mostra uma contranarrativa da nação, na medida em que não retoma a
imagem do índio apresentada em Caminha para reforçá-la, mas para subvertê-la.
1. Assinale a alternativa que mais se enquadra na discussão sobre o conceito de identidade nacional.
A. As identidades nacionais são algo com o qual nascemos e não podem ser modificadas.
B. As identidades nacionais são uma invenção de autores da literatura.
C. Por serem criadas a partir das culturas nacionais, as identidades são uma construção cultural.
Impresso por Agatha Goss, E-mail agathagoss@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos
autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 26/03/2023, 15:35:26
D. As identidades nacionais não existem, são uma ficção.
E. Devido ao fato de estarem totalmente relacionadas à ideia de nação, as identidades nacionais
constituem-se uma criação de estadistas.
2. Sobre as tradições, marque a opção correta.
A. Sempre existiram e são imutáveis, resistindo ao tempo e às pressões da indústria e da moda.
B. São narrativas que o presente repete sobre o passado, criando a sensação de um passado comum.
C. São origem de todos os sujeitos que compõem uma nação.
D. São a expressão legítima da cultura dos cidadãos mais afeitos à essência da nação.
E. Trata-se de uma criação midiática.
3. Acerca da relação estabelecida entre a ideia de identidade nacional e a literatura brasileira, aponte a
alternativa correta.
A. Caminha descreve os índios brasileiros como selvagens e ameaçadores, devendo ser domesticados pela
civilização europeia.
B. José de Alencar é quem melhor encarnou o espírito nacional para compor um de nossos mitos de
origem.
C. Machado pode ser entendido como antinacionalista, pois compôs uma contranarrativa da nação
denunciando a história de formação do País.
D. Mário compôs como uma forma de denúncia à cultura da malandragem no Brasil,Macunaíma
entendendo que o País é prejudicado pela preguiça de sua gente.
E. Carolina compõe uma das mais marcantes contranarrativas da nação ao trazer à tona a voz de uma
mulher negra e periférica sobre o cotidiano angustiante a partir do qual vê a nação.
4. Leia as alternativas sobre a linguagem na literatura nacional e assinale a correta.
A. Oswald de Andrade propõe que a linguagem coloquial das classes populares é representativa da
poeticidade brasileira. Nesse sentido, podemos pensar que Carolina de Jesus é um dos maiores expoentes do
que afirma o modernista.
B. Pero Vaz de Caminha praticamente não usa descrições para retratar o que vê no Brasil quando da sua
chegada, o que dificulta saber qual a sua visão sobre o índio.
C. Alencar faz uso de uma linguagem realista para retratar a união do índio com o colonizador.
D. Mário de Andrade denuncia na preguiça de Macunaíma a preguiça do brasileiro no cuidado com a
linguagem.
Impresso por Agatha Goss, E-mail agathagoss@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos
autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 26/03/2023, 15:35:26
E. Carolina faz uso de uma linguagem errada do ponto de vista da gramática normativa, por isso não é um
grande expoente da literatura brasileira neste quesito.
5. Acerca do conceito de nação, marque a opção correta.
A. Trata-se de uma construção, mas não depende da vontade do homem.
B. Retoma um passado tal qual ele fora.
C. É um sistema de representação de uma cultura.
D. Representa a essência de um sujeito no que diz respeito à sua nacionalidade.
E. Não depende da memória dos sujeitos para continuar existindo.
Desafio
A incapacidade de um indivíduo alfabetizado de compreender textos simples, bem como de realizar operações
matemáticas mais elaboradas é chamada de analfabetismo funcional. Embora o número de analfabetos tenha
diminuído no Brasil nos últimos quinze anos, o analfabetismo funcional ainda é um fantasma que atinge até
mesmo estudantes que frequentam o ensino superior, desfazendo o mito de que ele estaria intrinsecamente
relacionado à baixa escolaridade.
Segundo Lois (2010, p. 18), "A constatação do analfabetismo funcional deve existir como uma alavanca para
repensarmos nossa postura em sala de aula. O que posso proporcionar ao meu leitor, além de uma capacidade
técnica de decodificar a língua escrita? Que tipo de professor eu sou diante dos aspectos socioculturais da
leitura e da escrita? Penso na leitura como conteúdo escolar ou como único meio possível para se chegar a
todos os conteúdosdo mundo? Penso que a leitura resume-se à decodificação da escrita?".
É preciso compreender que uma pessoa alfabetizada é aquela capaz de dominar códigos. Já uma pessoa
"letrada" é aquela capaz de usar os códigos em diferentes contextos. Portanto, letrar é: comparar, generalizar,
prever, inferir e estabelecer relações.
Com essas questões em mente, pesquise sobre o analfabetismo funcional no Brasil e apresente um texto com
exemplos que ilustrem essa situação.
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1. Sabe-se que, durante a colonização portuguesa, havia o monopólio do texto como forma de poder.
Neste sentido e de acordo com o texto lido, é CORRETO afirmar que:
A. A história do livro no Brasil mostra o respeito da corte portuguesa com relação às manifestações literárias
dos cidadãos brasileiros, desde a colonização.
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B. Os portugueses se apropriaram de toda a literatura produzida no Brasil, até mesmo dos romances
indianistas que falavam das raízes e dos nativos.
C. Além de tentar um domínio ideológico, existia outro domínio imposto pelos portugueses, de ordem mais
objetiva e concreta: a imprensa.
D. Em 29/10/1810 foi inaugurada a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, com livros vindos de Portugal,
cujo acesso era ilimitado tanto para cidadãos portugueses, quanto para brasileiros.
E. Mesmo mantendo um controle rígido sobre a produção literária no Brasil, vários romances foram
publicados nos 300 anos de controle do texto escrito.
2. Monteiro Lobato, o criador do Sítio do Pica-Pau-Amarelo, foi um marco na história do Brasil. De
acordo com o texto lido, é CORRETO afirmar que:
A. O texto de Lobato foi recheado de muitas ironias, o que mantinha uma conexão direta com sua tendência
esquerdista.
B. O texto de Lobato era amplamente aceito na sociedade, sendo considerado por muitos um exemplo de
valores a serem seguidos.
C. O Sítio do Pica-Pau Amarelo foi a primeira obra publicada de Monteiro Lobato.
D. Moteiro Lobato não via a literatura infantil como um mercado potencial.
E. As inclinações e o temperamento forte de Monteiro Lobato lhe renderam uma prisão em 1941, fato que o
fez desistir da literatura.
3. No governo de Getúlio Vargas (anos de 1930) houve uma expansão da indústria do livro e um fomento
na tradução e publicação de livros estrangeiros. A respeito da produção literária durante o regime
militar, pode-se afirmar CORRETAMENTE que:
A. Durante a Segunda Guerra Mundial, o número de leitores no Brasil diminuiu em decorrência da ditadura
militar e, consequentemente, o mercado do livro também.
B. Apesar da ditadura militar, entre 1936 e 1944, o número de editoras no Brasil cresceu, forçando a queda
da vigilância sobre o texto escrito.
C. O setor livreiro foi privado de receber incentivos governamentais, impactando significativamente no
crescimento do mercado editorial brasileiro.
D. Apesar de ser uma ditadura militar, o Governo Vargas era mais condescendente com o texto escrito.
Sendo assim, as atividades literárias gozavam de certa liberdade neste período.
E. Foi nessa época que a literatura mais floresceu, na tentativa de falar, definir e explicar a situação do país
e o movimento de ser cidadão.
4. O conceito de leitura remete, inicialmente, ao ato de "aprender a ler". De acordo com o texto
estudado, pode-se afirmar CORRETAMENTE que:
A. A leitura é sinônimo de alfabetização, ou melhor, de decodificação. Alfabetizar é tornar o estudante apto
a decifrar e decodificar o signo escrito e ter fluência sobre ele.
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B. O conceito de leitura, no passado, tinha como princípio a organização da subjetividade do leitor em
formação. Essa ideia reducionista acreditava na aprendizagem como uma sequência de repetições.
C. A escola considerava que a linguagem é uma forma de interação social e adotava técnicas para a
formação de um leitor crítico, sem se apoiar exclusivamente em normas e regras gramaticais.
D. Um indivíduo alfabetizado é aquele que sabe ler e escrever; que usa socialmente a leitura e a escrita,
pratica a leitura e a escrita e responde adequadamente às demandas sociais de leitura e escrita.
E. Possuir um contingente de alfabetizados (mesmo que não letrados) é uma forma de estimular o
desenvolvimento social, ainda que a prática da leitura não esteja incorporada.
5. O que diferencia o homem de outros animais? A inteligência, responderiam alguns. A categorização
entre animais racionais e irracionais sempre ficou marcada como o divisor de águas entre o homem e o
bicho. Mas a resposta a essa pergunta não pode mais ser dada de maneira tão reducionista. Ela se
ramifica em vários aspectos. A respeito do uso da linguagem e do processo criativo, é CORRETO
afirmar que:
A. O homem é um ser capaz de transitar entre a razão e a emoção. Ele tenta compreender o significado da
sua existência dando formas às suas sensações.
B. A percepção de sua mortalidade faz o homem se tornar inerte no processo de criação, mesmo sendo um
ser com consciência da própria morte.
C. Nessa busca de ordenações e de significados, o homem sente profunda desmotivação humana para
criar, sentindo-se incapaz de criar coisas novas.
D. A escola não tem condições de perceber o processo de criação de seus estudantes, visto que esse
processo é complexo e escapa da alçada do cotidiano escolar.
E. O homem continua sendo um animal racional. É na sua inteligência superior que reside sua maior
peculiaridade. É a inteligência que diferencia o homem dos outros animais.
Desafio
Muitos alunos, ao ouvirem falar em literatura clássica brasileira, já ficam com medo, achando que a leitura vai
ser muito difícil e, talvez, um pouco maçante.
Você foi convidado a dar uma palestra para uma turma de Ensino Médio sobre esse assunto e precisa
desmistificar essa aura de complexidade da literatura clássica brasileira.
Utilize o poema Descrevo que era realmente naquele tempo a cidade da Bahia, do poeta barroco Gregório de
Matos, para montar sua palestra.
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Resposta
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1. Sobre o início da literatura brasileira, é correto afirmar que:
A. é considerado como o marco da literatura brasileira o primeiro texto escrito justamente por um brasileiro.
B. o início da literatura brasileira dá-se com uma literatura informativa.
C. os primeiros documentos escritos relacionados ao Brasil são as impressões do rei português em relação
às novas terras encontradas.
D. desde o início do encontro dos portugueses com os índios, há um confronto direto entre esses dois
povos tão diferentes.
E. o marco da literatura brasileira é considerado como sendo as pinturas indígenas, que serviam para
comunicar.
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2. O Barroco e o Arcadismo foram dois movimentos literários brasileiros que ocorreram entre os
séculos XVII e XVIII. Sobre os dois, pode-se dizer que:
A. Cláudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga são dois poetas árcades que se envolveram com a
Inconfidência Mineira.
B. os sermões do Padre António Vieira são considerados árcades, pois evidenciam uma conexão grande
com a natureza e com a terra.
C. Gregório de Matos é um poeta barroco, que se preocupou com os sentimentos e com o interior do Eu.
D. os árcades eram poetas que cultivavam o sentimento exacerbado, o exagero e a dramaticidade.
E. "Marília de Dirceu", livro de Tomás Antônio Gonzaga, é um livro que conta a história de um amor não
realizado e sofrido.
3. O Romantismo foi um período literário muito importante no Brasil. Considere o trecho a seguir,
presente no romance "Iracema", de José de Alencar, e assinale a opção correta em relação à sua
interpretação e às características românticas que aparecem nele.
"Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos
lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de
palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu
hálito perfumado. Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu,
onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara, o pé grácil e nu, mal roçando alisava
apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas. Um dia, ao pino do sol, ela repousava
em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da
noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos. Escondidos na folhagem
os pássaros ameigavam o canto. Iracema saiu do banho; o aljôfar d'água ainda a roreja, como à doce
mangaba que corou em manhã de chuva. Enquanto repousa, empluma das penas do gará as flechas de
seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste. A graciosa ará,
sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem
pelo nome; outras remexe o uru de palha matizada, onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios
do crautá , as agulhas da juçara com que tece a renda, e as tintas de que matiza o algodão."
A. Flores, árvores, animais e chuva: esses elementos ajudam a montar um cenário natural, distante da
urbanização e da modernidade.
B. Iracema é construída como uma feroz guerreira, o que fica atestado no trecho em que ela constrói as
flechas de seu quarto.
C. O narrador chama Iracema de selvagem para mostrar que os índios não eram pessoas boas e que o
colonialismo foi algo positivo. Essa foi uma das marcas do Romantismo.
D. Os muitos detalhes que o narrador dá sobre a floresta, sobre os animais que a habitam e sobre Iracema
mostram uma tentativa de imitar a realidade, característica do Romantismo.
E. Iracema é aproximada dos animais, porque sua figura pouco se parece com a humana.
4. Sobre a Semana de Arte Moderna, ocorrida em 1922, podemos afirmar que:
A. esse movimento buscou a inovação na linguagem.
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B. no Manifesto Antropofágico, Oswald de Andrade recusa qualquer influência vinda do exterior: apenas o
que é nacional é bom.
C. quando os artistas organizaram essa Semana de Arte Moderna, que foi tão importante e decisiva para a
literatura brasileira, eles decidiram inspirar-se na Antiguidade grega e produzir algo mais clássico.
D. Mario de Andrade foi um dos poetas da Semana de Arte Moderna. Em sua obra, ele idealiza a vida no
campo.
E. "Os sapos", de Manoel Bandeira, é um poema que foi declamado durante a Semana de Arte Moderna e
que prega uma volta à natureza.
5. Sobre as Gerações de 30 e de 45, é correto afirmar que:
A. as duas Gerações aproximam-se no sentido de focar essencialmente em questões sociais e de
denunciar esses problemas.
B. José Lins do Rego e Graciliano Ramos fazem parte da Geração de 45.
C. a Geração de 45 é muito coesa e todos os escritores pertencentes a esse movimento apresentam
características similares.
D. a Geração de 30 foi essencialmente urbana, em semelhança aos escritores modernistas que
participaram da Semana de Arte Moderna de 1922.
E. O Regionalismo, também conhecido como Geração de 30, tem como característica, como seu próprio
nome aponta, retratar as realidades específicas de cada região do país.
Desafio
A escolarização, tornada obrigatória a partir do século XIX em decorrência das mudanças estruturais ocorridas
na sociedade no século anterior, institucionalizou o ensino e favoreceu o acesso à educação às crianças
pertencentes a classe popular.
De acordo com Marisa Lajolo e Regina Zilberman (1985, apud Saraiva, 2001, p.35), "os textos produzidos para
as crianças deixavam transparecer os valores do mundo burguês, exposto de maneira idealizada, de forma que
suscitassem expectativas e promovessem padrões comportamentais em seus receptores. O tipo de vínculo que
reunia a ideologia e as intenções da classe burguesa com o texto dirigido ao público infantil reforçou o caráter
pragmático do gênero e acabou comprometendo o seu reconhecimento como forma de expressão artística,
bem como o desenvolvimento do gosto pela leitura."
Nesse sentido, incentivando uma produção de texto menos arraigada no caráter didático-pedagógico, seu
desafio é criar uma atividade para despertar a importância e o poder da fantasia em seus alunos. Para tanto,
você deverá elaborar uma atividade que incentive a escrita de uma fantasia.
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Resposta) Você poderá criar 
uma atividade como a 
sugerida por Lena Lois 
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1. A literatura infantil nasce a partir de transformações sociais e de um novo olhar destinado a um "ator"
outrora considerando coadjuvante, mas que assume o papel principal na nova estrutura social: a
criança.
A respeito da origem da literatura infantil, é correto afirmar que:
A. Ela não tem relação com as mudanças estruturais que ocorreram na sociedade dos séculos XVII e XVIII,
momento em que se instalou o modelo burguês de família unicelular, provocando uma alteração na forma de se
visualizar a infância.
B. Os textos literários destinados às crianças traziam uma espécie de modelo a ser seguido,
transparecendo valores do mundo burguês e ideologias apresentadas de modo a promover certos padrões
comportamentais em seus receptores.
Impresso por Agatha Goss, E-mail agathagoss@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos
autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 26/03/2023, 15:35:26
C. O tipo de vínculo que reunia a ideologia e as intenções da classe burguesa com o texto dirigido ao
público infantil não limitou a expansão do gênero, nem comprometeu o seu reconhecimento como forma de
expressão artística.
D. Ao longo dos séculos, o posicionamento didático das obras infantis se solidificou, e todas as produções
se comprometeram com esse modo de encarar o texto.
E. A obra de Júlio Verne, explorando o fantástico, a aventura, envolvendo espaços não comuns e tendo
como protagonistas jovens de espírito corajoso, é um exemplo de textos que se detiveram no didatismo imposto
na época.
2. No Brasil, a literatura infantil chega mais tarde, tendo contado a princípio com textos adaptados da
literatura europeia. Fazendo uma retrospectiva voltada para o surgimento do gênero infantil no Brasil,
pode-se afirmar que:
A. Na primeira fase delinearam-se as primeiras tentativas de formação de um público leitor infantil com
produções inéditas de escritores brasileiros.
B. O compromisso pedagogizante, que marca a produção dessa época, revela a posição assumida pelos
intelectuais, preocupados, nesse momento histórico, com a formação do leitor e com o gosto pela leitura.
C. Através da escola, acreditavam ser possível não só atingir esse objetivo, como também incentivar a
adoção de valores patrióticos pelo povo, a começar pelas crianças.
D. Foram importadas obras destinadas ao público europeu infantil, cujas traduções e adaptações não
apresentaram problemas no tocante às particularidades da língua e da cultura.
E. Permeável às solicitações da sociedade, a literatura infantil integrou-se aos esforços de instalação da
cultura nacional, vinculada à escola, mas sem se entregar à valorização do nacionalismo.
3. Segundo a autora Lena Lois, é possível estabelecer quatro fases relacionadas ao surgimento do
gênero literatura infantil no Brasil. De acordo com o texto estudado, a segunda fase abrange o período
de 1920-1945, época de efervescência política, intelectual e artística.
A respeito dessa fase, é correto afirmar que:
A. A efervescência social atingiu, obviamente, a educação, denunciando um sistema escolar fragilizado e
altos índices de analfabetismo.
B. Culturalmente, nesse período, não houve manifestações e inovações artísticas marcantes.
C. A literatura infantil recebeu uma roupagem nova, visível na inovação temática das histórias e no tom
formal que caracterizava a fala brasileira.
D. Adaptaram-se os clássicos, mas eximiram-se de incluir o folclore, fonte preciosa para revelar um mundo
bem brasileiro nos textos infantis.
E. As inovações trouxeram o distanciamento da literatura infantil do caráter pedagógico, mesmo naqueles
textos que aproveitavam temas históricos.

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