Liderança

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Liderança e administração da enfermagem
Professora Enf.ª Ma. Elaine Cristina S.M. Fernandes
Administração da Assistência de Enfermagem
Aula 02
Liderança e administração da enfermagem
O termo líder está em uso desde o ano 1300 , a palavra liderança só ficou conhecida na língua inglesa na primeira metade do século XIX.
Liderança está relacionada às habilidades interpessoais, à capacidade de influenciar pessoas e moldar as características estruturais das organizações.
Segundo o professor Idalberto Chiavenato, liderança é a influência interpessoal realizada em uma ocasião e por meio do processo de comunicação humana para alcançar um ou mais objetivos específicos.
Liderança e administração da enfermagem
Liderar deve ser um dos papeis do administrador, considerando que a este profissional compete incentivar, dirigir e motivar seus colaboradores.
Um bom administrador deve liderar a sua equipe, sob pena de não ter uma produtividade adequada ou ter baixa adesão a protocolos e regras; por outro lado, se o líder não administrar bem a equipe e os recursos, está caminhando rumo ao caos
Liderança e administração da enfermagem
Liderança é influência interpessoal: isso significa que liderar não é mandar, mas influenciar as pessoas a realizarem suas tarefas dentro dos padrões definidos pela empresa.
A liderança é realizada por meio de um processo de comunicação: por isso, a forma de comunicação da liderança tem impactos definitivos sobre a equipe e os resultados alcançados.
Liderança e administração da enfermagem
Administração e Liderança 
“embora a própria literatura ainda não apresente um consenso sobre essa distinção, o elemento chave que diferencia os dois é a atitude diante do processo de trabalho. O gerente gerencia, enquanto o líder inova; o gerente mantém os processos, enquanto o líder desenvolve; o gerente controla, enquanto o líder inspira; o gerente tem uma visão mais restrita, e o líder, uma visão mais ampliada; o gerente pergunta como e quem executará ou desenvolverá um trabalho, o líder pergunta o que e por que esse trabalho deve ser desenvolvido; gerentes aceitam o status quo, enquanto líderes o desafiam”. Curtis et al (2011) in Lima et al (2016)
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ADMINISTRADORES 
Ocupam um cargo designado na organização formal 
Possuem uma fonte legítima de poder, relacionada com a autoridade conferida pelo cargo 
Devem desempenhar funções, responsabilidades e deveres específicos 
Enfatizam controle, tomada de decisão, análise de decisão e resultados 
Liderança e administração da enfermagem
Manipulam pessoas, ambiente, dinheiro, tempo e outros recursos para atingirem as metas organizacionais
 Responsabilidade e comprometimento com a racionalidade e controle
 Dirigem subordinados interessados e desinteressados.
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Líderes
Não costumam ter autoridade delegada; conseguem seu poder por outros meios, como a influência 
Podem ou não ser parte da organização formal. 
Têm uma gama maior de papeis que os administradores
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Foco no processo de grupo, na coleta de informações, no feedback e no fortalecimento dos outros
Enfatizam as relações interpessoais 
Têm metas que podem não refletir as metas da organização
Dirigem seguidores interessados.
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Dez erros fatais da liderança
1- Falta de energia e entusiasmo
2 – Aceitação do seu desempenho medíocre
3 – Falta de clareza
4 – Falta de colaboração
5 – Não praticar aquilo que defende 
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6 – Resistencia a novas ideias
7 – Incapacidade de aprender com erros
8- Carência de habilidades interpessoais 
9 – Incapacidade de desenvolver os outros 
10 – Discernimento deficiente 
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Evolução das teorias de liderança
Teoria dos traços: tem como foco de análise o perfil dos líderes com base nos traços pessoais, como ambição, energia, desejo de liderar, honestidade, integridade, autoconfiança, inteligência, conhecimentos relevantes e automonitoramento (flexibilidade para se ajustar a diferentes situações).
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Teorias comportamentais: Trata-se das teorias que acreditam que a liderança pode ser desenvolvida nas pessoas a partir de treinamentos e capacitações continuadas. 
Elas enfatizam as relações interpessoais entre os líderes e os liderados, bem como os aspectos técnicos e práticos do trabalho. Os líderes são capazes de definir a estrutura de trabalho dos liderados, e esse fator é considerado relevante para o exercício da sua liderança.
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Estilos de Liderança
Lewin, White e Lippit isolaram estilos comuns de liderança: 
liderança autoritária
liderança democrática
liderança laissez-faire 
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LIDERANÇA AUTORITÁRIA •
Forte controle sobre o grupo de trabalho 
Motivação pela coerção 
Direcionamento por meio de comandos 
Comunicação ocorre de cima para baixo 
Tomada de decisão não envolve os demais 
Ênfase na diferença de status (eu e você) 
Crítica serve para punir.
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LIDERANÇA DEMOCRÁTICA • 
Manutenção de menos controle 
Motivação por prêmios econômicos e pessoais 
Direcionamento por meio de orientações e sugestões 
Comunicação se dá para cima e para baixo 
Tomada de decisão envolve os demais 
Maior ênfase é dada no "nós" que no "eu e você“
Crítica construtiva
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LIDERANÇA LAISSEZ-FAIRE •
Permissividade, pouco ou nenhum controle 
Motivação por meio de apoio, se solicitado 
Pouco ou nenhuma orientação 
Comunicação de cima para baixo ou de baixo para cima entre os membros do grupo 
Tomada de decisão dispersa 
Ênfase no grupo
Ausência de críticas
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Liderança autoritária
 
Se encaixa bem nas burocracias 
Estrutura rígida 
Hierarquia bem organizada e pouco flexível 
Centralização na tomada de decisão e na forma de cobrança
Baixa criatividade
 Alta produtividade
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Liderança democrática 
O controle é menor
 É o tipo que melhor se encaixa para grupos que trabalham juntos durante muito tempo 
Bons frutos para profissionais e pacientes 
Estimula as relações interpessoais e a cooperação entre grupos
Criatividade é maior 
Produtividade é menor (em números absolutos) que na liderança autoritária
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Liderança Laissez-faire
 Praticamente não há controle 
Presença do líder é pouco percebida
Os colaboradores correm o risco de frustração 
Falta direcionamento 
Esse tipo de liderança pode funcionar em grupos altamente motivados e autodirecionados 
Estratégia válida quando os problemas não estão bem definidos e há necessidade de várias ideias para possíveis soluções
Liderança e administração da enfermagem
As teorias contemporâneas de liderança incluem os estilos de liderança interacional, transacional e transformacional. 
A Liderança Interacional tem como base a relação entre personalidade do líder e a situação ou problema a ser gerenciado.
Schein (1985) foi o primeiro estudioso a propor um modelo de indivíduos enquanto seres complexos, cujo ambiente de trabalho era um sistema aberto ao qual reagiam. 
Traz a questão da inexistência de uma única estratégia de liderança que seja eficiente em todas as situações.
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Busca solucionar problemas, trazer o foco dos resultados em equipe, direciona o cuidado com a boa comunicação, demonstração de imparcialidade, competência, segurança e criatividade do líder, além claro, da identificação do grupo pelo líder (SCHEIN, 1985).
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O líder transacional é caracterizado como o administrador tradicional, aquele que foca seu trabalho com as operações do cotidiano, onde o líder promove o cumprimento dos seus liderados através de recompensas e punições. 
Nesse caso, descreve-se que o gestor é umchefe e não propriamente um líder. Suas táticas são pautadas na obediência às regras e cumprimento das metas estabelecidas, com foco na recompensa proporcional ao desempenho. 
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Já o líder transformacional é um visionário a longo prazo, capaz de inspirar e delegar poder aos outros com sua visão, fortalecendo e influenciando os outros, ambas com o olhar para as metas e objetivos propostos, em uma visão macro da organização
A liderança transformacional é baseada em valores, onde o líder identifica quais são os valores comuns de si e de seus liderados, bem como os valores organizacionais.
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Liderança Baseada em Pontos Fortes
Cresceu a partir do conceito da psicologia positiva Concentra-se no no desenvolvimento e na delegação de poder aos pontos fortes dos trabalhadores, em oposição à identificação de problemas, à melhoria de desempenho deficiente e à abordagem de pontos fracos e obstáculos. 
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Nessa forma de liderança, ao invés de se concentrar nos pontos fracos e nas deficiências, o líder enfatiza aquilo que há de melhor em cada um. Esse líder prioriza o aprendizado contínuo, ouve múltiplos pontos de vista e promove ações colaborativas, concentrando-se no desempenho bem-sucedido.
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Liderança Servil Greenleaf – 1977 
O líder servidor tem como prioridade colocar-se a serviço dos outros, incluindo empregados, clientes e comunidade 
Estimulam uma propensão a servir dentro dos outros, o que promove a colaboração, o trabalho em equipe e o ativismo coletivo Sutton – 2009 
Muitos indivíduos alçados a posição de poder passam a se importar menos com os sentimentos e as necessidades dos outros
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Enquanto isso, seus subordinados tentam observar e interpretar a ação de seus líderes, despendendo uma quantidade enorme de energia. 
Os seguidores terminam sentindo-se excessivamente controlados e desvalorizados Bons líderes encontram maneiras de passar aos funcionários mais previsibilidade, compreensão, controle e compaixão. A recompensa é a lealdade no longo prazo.
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Inteligência Emocional
Em termos gerais, inteligência emocional refere-se à capacidade que o indivíduo tem de perceber, compreender e controlar suas próprias emoções e também a dos outros (MArquis e Huston,2015) 
Os autores acima citam o estudo de Mayer e Salovey para informar que a inteligência emocional é desenvolvida com a idade e envolve três processos mentais:
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Avaliação e expressão das emoções em si e nos outros; 
Regulação das emoções em si e nos outros; 
uso das emoções de forma adaptativa
Esse estudo foi refinado pelos mesmos autores e chegou-se a quatro capacidades mentais relacionadas à inteligência emocional: percepção/identificação das emoções; integração das emoções em processos de pensamento; compreensão das emoções e administração das emoções.
REFERENCIAS 
MARQUIS, Bessie L.; HUSTON, Carol J. Administração e liderança em enfermagem: teoria e aplicação. 8 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2015.
TAJRA, Sanmya F. Empreendedorismo conceitos e aplicações. (2ª edição). Editora Saraiva, 2019.
LEMES, Antonio. Administrando Micro e Pequenas Empresas - Empreendedorismo e Gestão. Grupo GEN, 2019.