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MATERIAL DE APOIO- METODOLOGIA DE PROJETOS DEFINIÇÕES: Formulam questões a partir de um problema comum e realizam pesquisa/ Maneira de repensar a função da escola. Fernando Hernández (1998) define os projetos de trabalho não como uma metodologia, mas como uma concepção de ensino, uma maneira diferente de suscitar a compreensão dos alunos sobre os conhecimentos que circulam fora da escola e de ajudá-los a construir sua própria identidade. Leite (1996) apresenta os Projetos de Trabalho não como uma nova técnica, mas como uma pedagogia que traduz uma concepção do conhecimento escolar. DEFINIÇÃO COBRADA PELA CESPE (...) necessita de um trabalho sistematizado, a partir de uma visão estratégica e objetiva da realidade dos seus usuários, assim como a organização e coordenação das ações a serem desencadeadas visando uma nova estrutura ou a melhoria da estrutura existente. (Livro Projeto de Redes) O Ensino por Projetos é uma metodologia de trabalho educacional que tem por objetivo organizar a construção dos conhecimentos em torno de metas previamente definidas, de forma coletiva, entre alunos e professores. Um projeto envolve complexidade e resolução de problemas, possibilitando a análise, a interpretação e a crítica por parte dos alunos, isto é, a problematização dá subsídios para construir coletivamente uma questão que o grupo ou a classe debaterá, discutirá e irá fazer reflexões até chegar a novos conceitos ou construções de novos conhecimentos. Na Pedagogia de Projetos a relação ensino/aprendizagem é voltada para a construção do conhecimento de maneira dinâmica, contextualizada, compartilhada, que envolva efetivamente a participação dos educandos e educadores num processo mútuo de troca de experiências. Nessa postura a aprendizagem se torna prazerosa, pois ocorre a partir dos interesses dos envolvidos no processo, da realidade em que estes estão inseridos, o que ocasiona motivação, satisfação em aprender. O Ensino por Projetos é uma metodologia de trabalho educacional que tem por objetivo organizar a construção dos conhecimentos em torno de metas previamente definidas, de forma coletiva, entre alunos e professores. O projeto deve ser considerado como uma ajuda, uma metodologia de trabalho destinada a dar vida ao conteúdo tornando a escola mais atraente. DISTRAÇÕES: Despreza os conhecimentos dos livros Abandonar os livros Não é puramente metodológico, não é uma nova ténica ou metodologia. Centralidade no professor, Passividade Tradicional Leitura complementar: A Pedagogia de Projetos não é um método, pois a ideia de método é de trabalhar com objetivos e conteúdos pré-fixados, pré-determinados, apresentando uma sequência regular, prevista e segura, refere- se à aplicação de fórmulas ou de uma série de regras. Fernando Hernández (1998) vem discutindo o tema e define os projetos de trabalho não como uma metodologia, mas como uma concepção de ensino, uma maneira diferente de suscitar a compreensão dos alunos sobre os conhecimentos que circulam fora da escola e de ajudá-los a construir sua própria identidade. Hernández (1988) enfatiza ainda que o trabalho por projeto não deve ser visto como uma opção puramente metodológica, mas como uma maneira de repensar a função da escola. Leite (1996) apresenta os Projetos de Trabalho não como uma nova técnica, mas como uma pedagogia que traduz uma concepção do conhecimento escolar. Segundo Lúcia Helena Alvarez Leite: “ Ao participar de um projeto, o aluno está envolvido em uma experiência educativa em que o processo de construção de conhecimento está integrado às práticas vividas. Esse aluno deixa de ser, nessa perspectiva, apenas um aprendiz do conteúdo de uma área de conhecimento qualquer. É um ser humano que está desenvolvendo uma atividade complexa e que nesse processo está se apropriando, ao mesmo tempo, de um determinado objeto do conhecimento cultural e ser formando como sujeito cultural”. Valente (2000, p. 4): “(...) no desenvolvimento do projeto o professor pode trabalhar com [os alunos] diferentes tipos de conhecimentos que estão imbricados e representados em termos de três construções: procedimentos e estratégias de resolução de problemas, conceitos disciplinares e estratégias e conceitos sobre aprender”. O trabalho por projetos requer mudanças na concepção de ensino e aprendizagem e, consequentemente, na postura do professor. Hernández (1988, p. 49) enfatiza que o trabalho por projeto “não deve ser visto como uma opção puramente metodológica, mas como uma maneira de repensar a função da escola”. O processo de projetar implica analisar o presente como fonte de possibilidades futuras (Freire e Prado, 1999). Barbier (apud Machado, 2000, p. 6) salienta: “(...) o projeto não é uma simples representação do futuro, do amanhã, do possível, de uma ideia; é o futuro a fazer, um amanhã a concretizar, um possível a transformar em real, uma ideia a transformar em acto”. No entanto, o ato de projetar requer abertura para o desconhecido, para o não-determinado e flexibilidade para reformular as metas à medida que as ações projetadas evidenciam novos problemas e dúvidas. Não se faz projeto quando se tem certezas, ou quando se está imobilizado por dúvidas” (Machado, 2000, p. 7). Isso significa que o projeto parte de uma problemática e, portanto, quando se conhece a priori todos os passos para solucionar o problema, esse processo se constitui num exercício e aplicação do que já se sabe (Almeida, 2002). Projeto não pode ser confundido com um conjunto de atividades que o professor propõe para que os alunos realizem a partir de um tema dado pelo professor ou sugerido pelo aluno, resultando numa apresentação de trabalho. Na pedagogia de projetos, é necessário “ter coragem de romper com as limitações do cotidiano, muitas vezes autoimpostas” (Almeida e Fonseca Júnior, 2000, p. 22) e “delinear um percurso possível que pode levar a outros, não imaginados a priori” (Freire e Prado, 1999, p. 113). Mas, para isso é fundamental repensar as potencialidades de aprendizagem dos alunos para a investigação de problemáticas que possam ser significativas para eles e repensar o papel do professor nessa perspectiva pedagógica, integrando as diferentes mídias e outros recursos existentes no contexto da escola. Almeida (2002, p. 58) defende “(...) que o projeto rompe com as fronteiras disciplinares, tornando-as permeáveis na ação de articular diferentes áreas de conhecimento, mobilizadas na investigação de problemáticas e situações da realidade. Isso não significa abandonar as disciplinas, mas integrá-las no desenvolvimento das investigações, aprofundandas verticalmente em sua própria identidade, ao mesmo tempo, que estabelecem articulações horizontais numa relação de reciprocidade entre elas, a qual tem como pano de fundo a unicidade do conhecimento em construção”. O trabalho por Projetos pode ser dividido em 4 etapas: problematização, desenvolvimento, aplicação e avaliação. a) problematização: é o início do projeto. Nessa etapa, os alunos irão expressar suas ideias e conhecimentos sobre o problema em questão. Essa expressão pode emergir espontaneamente, pelo interesse despertado por um acontecimento significativo dentro ou fora da escola ou mesmo pela estimulação do professor. É fundamental detectar o que os alunos já sabem o que querem saber e como poderão saber. Cabe ao educador incentivar a manifestação dos alunos e saber interpretá-las para perceber em que ponto estão, para aprender suas concepções, seus valores, contradições, hipóteses de interpretação e explicação de fatos da realidade. b) desenvolvimento: é o momento em que se criam as estratégias para buscar respostas às questões e hipóteses levantadas na problematização. Os alunos e o professor definem juntos essas estratégias.Para isso, é preciso que criem propostas de trabalho que exijam a saída do espaço escolar, a organização em pequenos ou grandes grupos para as pesquisas, a socialização do conhecimento através de trocas de informações, vivências, debates, leituras, sessões de vídeos, entrevistas, visitas a espaços ora da escola e convites a especialistas no tema em questão. Os alunos devem ser colocados em situações que os levem a contrapor pontos de vista, a defrontação com conflitos, inquietações que as levarão ao desequilíbrio de suas hipóteses iniciais, problematizando, refletindo e reelaborando explicações. c) aplicação: estimular a circulação das idéias e a atuação no ambiente da escola ou da comunidade ligada à escola dá ao educando a oportunidade de se colocar como sujeito ativo e transformador do seu espaço de vivência e convivência, por meio da aplicação dos conhecimentos obtidos na execução do projeto na sua realidade. d) avaliação: numa concepção dinâmica e participativa, a avaliação tem, para o educador, uma dimensão diagnóstica, investigativa e processual. Avaliamos para investigar o desenvolvimento dos alunos, para decidir como podemos ajudá-los a avançar na construção de conhecimentos, atitudes e valores e para verificar em que medida o processo está coerente com as finalidades e os resultados obtidos. Para o aluno, a avaliação é instrumento indispensável ao desenvolvimento da capacidade de aprender a aprender por meio do reconhecimento das suas possibilidades e limites. O registro (a escrita, o desenho, os gráficos, mapas, relatórios, a reunião de materiais etc.) é uma prática fundamental no trabalho com Projetos e deve ser desenvolvida ao longo de todo o processo. Durante o processo de levantamento e análise dos dados, a mediação do professor é essencial no sentido de construir entre os alunos uma atitude de curiosidade e de cooperação, de trabalho com fontes diversificadas, de estabelecimento de conexões entre as informações, de escuta e respeito às diferentes opiniões e formas de aprender e elaborar o conhecimento, de fazê-los perceber a importância do registro e as diversas formas de realizá-lo. Se os projetos de trabalho possibilitam um repensar do significado de aprender e ensinar e do papel dos conteúdos curriculares, isto repercute também no sentido que se dá à avaliação e nos instrumentos usados para acompanhar o processo de formação ocorrido durante todo o percurso. Leia o texto Intregral: http://www.virtual.ufc.br/cursouca/modulo_4_projetos/conteudo/unidade_1/Eixo1-Texto18.pdf http://www.pedagogia.com.br/artigos/pedegogiadeprojetos/index.php?pagina=2 QUESTÕES DA AULA 1. (CONSULPLAN-TSE-2012) A metodologia de projetos educativos, seja na educação presencial, seja na educação a distância, tem um princípio básico e fundamental. Tal princípio se caracteriza por compreender que, no trabalho com projetos, os estudantes a) ocupam-se de atividades cotidianas que não se configuram como atividades de pesquisa b) participam de jogos e atividades interativas, além da pesquisa e do trabalho em equipe. c) trabalham o tempo inteiro em equipe e fazem produções coletivas sempre. d) a concepção de transversalidade está mais associada aos programas curriculares e a ideia de interdisciplinaridade está mais associada aos projetos. 2. (CETRO- SESI-DF-2013) Nicolas foi transferido de uma escola que se baseava no princípio de programas curriculares para outra cuja metodologia é a de projetos. Sobre essa diferenciação, pode-se afirmar que a) os programas curriculares pressupõem decisões, escolhas, riscos e incertezas, o que não ocorre com os projetos, que são previamente antecipados por esquemas mentais. b) os projetos têm por característica constitutiva agir em função de um princípio de realidade e os programas curriculares são uma representação prévia do sentido da transformação do real. c) os programas curriculares dão sentido ao conhecimento baseado na busca de relações entre os fenômenos naturais, sociais e pessoais, o que não ocorre com os projetos como estratégia pedagógica. d) os programas curriculares são rígidos e determinados antecipadamente, ao passo que os projetos são estratégias que visam à transformação do real. 3. (FUNRIO- IF-PA-2016) Um professor utiliza uma metodologia que tem como objetivos fazer com que os estudantes trabalhem em grupos, sejam responsáveis por sua própria aprendizagem, raciocinem a fim de adquirir estratégias cognitivas de ordem superior, pesquisem e iniciem seus estudos a partir de situações concretas do seu cotidiano. A didática desse professor baseia-se em metodologia que tem como foco http://www.virtual.ufc.br/cursouca/modulo_4_projetos/conteudo/unidade_1/Eixo1-Texto18.pdf a) o trabalho com projetos. b) o treinamento com exercícios de ensaio e erro c) o ensino de aulas expositivas. d) o uso de instruções programadas. e) a utilização de apostilas estandardizadas. QUESTÕES COMENTADAS: 1. O erro está em "transmitir o conhecimento" (tradicional). 2. Perfeito! 3. Os erros são: " acatado pelos professores.", "visa à participação de outros profissionais da escola", "só pode ser implementada na escola por regulamentação do MEC" , "integração do trabalho pedagógico" (não dá ideia de interdisciplinar! 4. O erro está em: "APENAS como uma opção metodológica", "despreza a produção de conhecimentos disponíveis nos livros didáticos", "não é necessário que o professor tenha clareza", "centralizadora, passiva e cômoda". 5. O erro está em "perda da especificidade das disciplinas". Ela potencializa a interdisciplinaridade. 6. Os erros são: " É impraticável", " à teoria da aprendizagem cognitivista" (Construtivismo), "necessariamente, dos alunos", "e não o tratamento dado a ele." 7. Todos termos que podemos ligar ao construtivismo! 8. O erro está em "pontual, dicotomizada" (dicotomia=dividida) 9. O erro está em "transmissão de informações." (tradicional) 10. Os erros estão em: "previamente escolhidos pelos professores", "avaliar a construção didática", "planejamento de aulas dos professores," 11. Os erros são: " perspectiva técnica", "memorização", "Observar ações", "ponto de chegada." (ponto de partida/ início e não só no fim do processo). 12. Definição Cespe! Está em seu material de apoio. 13 O único item que usa "problematização". 14. Perfeito! 15. O erro está em "cartesiana" (de René Descartes) 16. Perfeito! Ótima definição. 17. Os erros estão em: "m método aplicado no contexto da escola impede a liberdade", "separados de sua dimensão política", " NÃO permite que o aluno aprenda fazendo", "dispensa mudanças na concepção". 18. Os erros estão em: " o professor exerce o papel de idealizador.", "problema designa uma situação de risco " (o problema não é um risco), "Nem todos". 19. O erro está em: "não se configuram como atividades de pesquisa", "SEMPRE produções coletivas sempre.", "participam de jogos e atividades interativas" (estas não são as características principais) 20. Vimos na aula. 21. Vimos na aula. 22. Vimos na aula. 23. Os erros são: "reprodução de conteúdos prontos", " recuperar os alunos com menor rendimento", "instituições não escolares", "elaborados pelos sistemas de ensino". 24. O erro está na palavra "detrimento", que significa "prejuízo ou perda". Ou seja, a questão fala no sucesso do grupo e prejuízo do indivíduo! Essa é uma pegadinha que a Cespe Adora. 25. Perfeito! 26. Olha a palavra detrimento novamente!