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1ª AULA: INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA APRESENTAÇÃO A atuação do profissional de psicopedagogia depende de algumas práticas e fatores. A anamnese inicial, a avaliação e o diagnóstico das necessidades do aluno são essenciais para o desenho da intervenção mais adequada às necessidades do indivíduo. Nesta Unidade de Aprendizagem você vai conhecer os passos para se chegar à intervenção e de que maneira podemos desenvolvê-la. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: · Identificar os principais passos para se chegar ao diagnóstico das necessidades de aprendizagem do aluno. · Elaborar uma proposta de intervenção psicopedagógica. · Analisar os objetivos da intervenção psicopedagógica. DESAFIO Para fazer um projeto de intervenção psicopedagógica adequado, é necessário que façamos, primeiramente, uma análise cuidadosa de vários fatores. O diagnóstico das dificuldades de aprendizagem de um aluno ou de um grupo de alunos é feito com base na análise das queixas apresentadas, em entrevistas com os responsáveis, com os professores e com o próprio aluno. Além disso, é necessário que o psicopedagogo esteja atento a outros sinais e fatores que podem ser responsáveis pelas dificuldades de aprendizagem, como problemas orgânicos, familiares, psicoemocionais ou escolares. Suponha que você seja psicopedagogo e tenha sido convidado por uma escola para fazer a avaliação psicopedagógica de uma turma de 5º ano do ensino fundamental. A turma é composta de 25 alunos, e mais da metade vem apresentando dificuldades com os cálculos matemáticos. Além disso, a turma, no geral, apresenta comportamento desinteressado, ficando dispersiva com facilidade. Em uma entrevista, a professora relata que, há dois meses, a educadora titular da turma foi afastada do trabalho em função de um problema de saúde, do qual veio a falecer. A professora substituta, agora titular, percebeu a diferença no comportamento da turma após o recebimento da notícia do falecimento. O seu desafio consiste em elaborar uma proposta de diagnóstico psicopedagógico e respectiva sugestão de intervenção com o objetivo de ajudar a professora no planejamento das aulas de matemática para diminuir a dificuldade da turma e o desinteresse pelas aulas. · Escreva sua resposta no campo abaixo: Proposta de diagnóstico para uma turma de 25 alunos do 5º ano do ensino fundamental com faixa etária aproximadamente 10 e 11 anos. Primeiramente fazer uma anamnese com essa turma para identificar a situação-problema, em seguida, de forma sutil fazer uma entrevista individual com aqueles alunos que apresentam maior retração, ou seja, mais tímidos, acanhado. A partir dessa análise oralizada providenciar uma avaliação com essa turma para identificar se realmente eles possuem dificuldades com cálculos matemáticos ou simplesmente é o fato da ausência da professora falecida. Diante do resultado sugerir para a professora planejar suas aulas com dinâmicas grupais fazendo com que esses alunos interajam entre si e com ela, para fundamentar essa intimidade entre os envolvidos dessa intervenção. Padrão de resposta esperado Baseado nas informações apresentadas, você poderá elaborar uma avaliação utilizando os seguintes passos: - Fazer entrevistas com os alunos, individualmente ou em grupo, de acordo com a necessidade. - Analisar as informações coletadas nas entrevistas e confrontá-las com os últimos acontecimentos, como o afastamento e falecimento da professora regente. - Observar o comportamento da turma durante as aulas e, a partir das informações coletadas, destacar as possíveis causas das dificuldades com a matemática. - Analisar o material utilizado pela professora. A partir das conclusões tiradas da análise dos dados coletados, você poderá propor uma sugestão de intervenção que contenha atividades como jogos de raciocínio lógico e jogos interativos, utilizando o laboratório de informática da escola, pois atividades como essas podem ser mais interessantes para os alunos. Pode sugerir também atividades lúdicas e práticas, como tangram, quebra-cabeças e outros jogos que envolvam o numeramento e cálculos matemáticos. Pode-se fazer uso de atividades diferenciadas, isto é, o psicopedagogo pode propor dinâmicas de grupo para promover a cooperação e interação dos alunos, assim como exercícios para melhorar a atenção. Em conjunto com esta intervenção, é importante o apoio do psicólogo escolar observando e acompanhando a turma. INFOGRÁFICO O infográfico a seguir mostra as etapas necessárias para que o psicopedagogo elabore uma intervenção. Confira! CONTEÚDO DO LIVRO Leia o artigo O psicopedagogo e as intervenções nas dificuldades de aprendizagem, base teórica desta unidade. Boa leitura. DICA DO PROFESSOR Você sabe quais fatores devem ser levados em conta na realização de um diagnóstico de dificuldade de aprendizagem? Como se deve fazer um projeto de intervenção? Assista ao vídeo (02:57) para saber mais! Seja bem-vindo a unidade de aprendizagem sobre a intervenção psicopedagógica, nessa unidade veremos algumas etapas para elaborar um projeto de intervenção e seus objetivos principais. A Intervenção Psicopedagógica pode ser concebida como um conjunto de práticas direcionadas pelo psicopedagogo para ajudar o aprendente a desenvolver ou a restabelecer as aprendizagens e diminuir as suas dificuldades, é como se fosse uma ajuda estratégica para melhorar um quadro de dificuldade ela é uma proposta de remodelagem dos processos cognitivos do aluno, uma remodelagem da maneira como ele aprende. Para se fazer um projeto de intervenção é preciso conhecer as queixas sobre as dificuldades do aluno a ANAMNESE é a etapa onde o psicopedagogo levanta os dados sobre a vida escolar, familiar, social e orgânica do aluno e para isso pode utilizar ENTREVISTAS com os pais ou responsáveis, com os professores, orientador educacional da escola e pode também contar com informações fornecidas por outros profissionais que acompanham esse aluno como psicólogo, fonoaudiólogo e outros. O psicopedagogo pode utilizar ferramentas como os TESTES COGNITIVOS para definir estágios de desenvolvimento em que o aluno se encontra e de posse de todas essas informações após uma análise cuidadosa dos dados fazer o DIAGNOSTICO das dificuldades do aluno, esse diagnostico é o ponto de partida para se definir a INTERVENÇÃO que é feita a partir de atividades, técnicas específicas para aquela dificuldade do aluno, é importante que durante as intervenções o psicopedagogo esteja atento aos avanços (AVALIAÇÃO) do aluno para que perceba se há a necessidade de fazer alguma alteração no projeto ou não. A intervenção psicopedagógica tem por objetivos: · Direcionar o aluno a encontrar a melhor forma de aprender; · Sugerir a alteração de práticas por parte da família e da escola porque esses dois âmbitos são muito importantes para inserção do aluno nessa nova concepção de aprendizagem; · Propor atividades instigantes, lúdicas e diferenciadas daquela que o aluno tem na escola para proporcionar a ele um ambiente ou espaço onde ele poça aprender de uma maneira diferenciada. Lembrando SEMPRE que A APRENDIZAGEM É UM PROCESSO INDIVIDUAL e a intervenção também deve sê-lo sempre respeitando as características cognitivas do aluno. EXERCÍCIOS 1) Aponte a alternativa que cita um dos objetivos da intervenção psicopedagógica. A. Descobrir quais fatores emocionais e psicológicos afligem o aluno com dificuldade de aprendizagem. B. Direcionar o aluno com dificuldade de aprendizagem a descobrir a sua melhor forma de aprender. C. Curar distúrbios como dislexia, discalculia e dislalia. D. Intervir nas práticas desenvolvidas pela escola. E. Mostrar à família que está tratando incorretamente os problemas de aprendizagem da criança. 2) Como se inicia um projeto de intervenção psicopedagógica? A. Análise dos dados da avaliação psicopedagógica. B. Anamnese e entrevista. C. Diagnóstico. D. Avaliação da melhora ou não da dificuldade do aluno. E. Devolutiva. 3) O erro é um fator que deve ser levadoem conta e analisado pelo psicopedagogo durante a intervenção. De acordo com a visão psicopedagógica, o erro constitui: A. Tropeço na aprendizagem e na compreensão dos conteúdos. B. Um indício de que o aluno não compreendeu o conteúdo. C. Um indicador de que o aluno tem dificuldades de aprendizagem. D. Um indicador de como o aluno está pensando e de como ele entendeu o que foi ensinado. E. Um indicador de que a metodologia da escola não funciona. 4) Pensando no desenvolvimento de um projeto de intervenção psicopedagógica para uma aluna de 10 anos com dificuldades em compreensão da leitura, que tipos de atividades podem ser utilizados? A. Leitura de textos em grande quantidade. B. Cópia de textos de livros, jornais e revistas. C. Leitura em voz alta. D. Preenchimento de fichas de leitura. E. Narração de histórias, técnicas como pensar em voz alta enquanto lê e evocação ou evocação auditiva, além de fazer resumos dos textos lidos. 5) Sobre o processo de intervenção psicopedagógica, marque a afirmação correta. A. Não é necessário aplicar testes cognitivos na avaliação das dificuldades de aprendizagem do aluno. B. Alunos com distúrbios orgânicos que afetam a aprendizagem não respondem positivamente às intervenções psicopedagógicas. C. É necessário que se proceda a uma avaliação durante e após a aplicação da intervenção, a fim de saber se a proposta foi adequada às necessidades do aluno ou se deve ser reformulada. D. Para a avaliação psicopedagógica do aluno, é importante que não haja a interferência de outros profissionais, como médicos, fonoaudiólogos, psicólogos ou neurologistas. E. A família não deve participar do acompanhamento psicopedagógico da criança. NA PRÁTICA Lucia é psicopedagoga clínica e recebeu em seu consultório uma aluna com dificuldades em leitura. F. tem 9 anos e apresenta bastante dificuldade na leitura de palavras, soletração e escrita. A menina tem baixa autoestima, pois se considera inferior aos colegas que já conseguem ler sem dificuldade. Ela não consegue se relacionar com os colegas, isolando-se na maior parte do tempo. Com base nestas informações, Lucia fez uma entrevista com a mãe da menina, pois o pai não convive com elas. A mãe relatou que F., na verdade, é sua sobrinha, mas foi adotada por ela. No entanto, F. não tem conhecimento deste fato. Apesar de não ter dito a verdade à menina, a mãe adotiva relata que ela pergunta, de vez em quando, se é realmente sua filha e se ela a ama de verdade. Da entrevista com F., Lucia pôde verificar que a menina não quis cooperar, não falando sobre os seus problemas na escola e sobre a relação familiar. Em conversa com a professora de F., a psicopedagoga percebeu que a aluna não tem interesse em interagir com os colegas e também não é estimulada a participar de atividades em grupo, passando muito tempo isolada. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: · CANTALICE, L. M. Ensino de estratégias de leitura. Psicologia Escolar e Educacional, Campinas, v. 8, n. 1, jun. 2004. · WebArtigos. O que é intervenção psicopedagógica. · Dificuldades de Aprendizagem O livro responde a perguntas de pais, professores, psicopedagogos, crianças e adolescentes. Através da linguagem utilizada e das ilustrações cuidadosamente elaboradas, a autora auxilia o adulto a promover um efeito terapêutico junto à criança ou ao adolescente. 1ª edição, editora: Penso. autor: Nadia A. Bossa https://biblioteca-a.read.garden/viewer/9788536312828/8 O QUE É INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA Publicado em 04 de janeiro de 2009 por Barbara Nice Torres Fala-se de intervenção como uma interferência que um profissional, tanto o educador, quanto o psicopedagogo realiza sobre o processo de desenvolvimento ou aprendizagem do sujeito, o qual pode estar apresentando problemas de aprendizagem. Entende-se que na intervenção o procedimento adotado interfere no processo, com o objetivo de compreendê-lo, explicitá-lo ou corrigi-lo. Introduzir novos elementos para o sujeito, pensar poderá levar à quebra de um padrão anterior de relacionamento com o mundo das pessoas das ideias. Ocorre-se na intervenção terapêutica. Exemplifica-se como intervenções psicopedagógicas uma fala, um assinalamento, uma interpretação que o psicopedagogo realiza na escola em crianças com transtorno de déficit de atenção com a finalidade de desvelar um padrão de relacionamento, uma relação com o mundo e, portanto, com o conhecimento. Podemos considerar que um dos objetivos da psicopedagogia é a intervenção, a fim de "colocar-se no meio", de fazer a mediação entre a criança e seus objetos de conhecimentos. Compreende-se que as causas do não aprender podem ser diversas. Em vista dessa necessidade se reconhece que não é tarefa fácil para os educadores compreenderem essa pluricausalidade. Torna-se comum constatar que as escolas rotulam e condenam esse grupo de alunos à repetência ou multirepetência, como também os classificam com adjetivos de alunos "sem solução” e vítimas de uma desigualdade social. A postura do professor diante das dificuldades de seus alunos com transtorno de déficit de atenção, necessita-se prestar mais atenção às dificuldades, já que evidenciam mais do que as potencialidades. Pensa-se em dificuldades de aprendizagem pelos acertos dos alunos. Experimentam-se alguns sucessos que podem abrir portas para a construção de um vínculo positivo com as demais áreas de aprendizagem que os alunos necessitam aprimorar. Sugere-se ao professor junto com o psicopedagogo organizar em turmas para o trabalho em grupo, juntando alunos que aprendem com facilidade e alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem pois as crianças que entendem suas linguagens podem funcionar como professores uns dos outros. Propõe-se um guia para uma escuta psicopedagógica: escutar, olhar, deter-se nas fraturas do discurso, observar e relacionar com o que aconteceu previamente à fratura, descobrir o esquema de ação subjacente, ou seja, busca-se a repetição dos esquemas de ação, e interpretar a operação mais do que o conteúdo. Averígua-se que a psicopedagogia utiliza os termos "ensinantes e aprendentes" para denominar o par educativo que comumente conhecemos por professor e aluno. Pensa-se que para a psicopedagogia esses papéis alternam-se o tempo inteiro, no processo ensino - aprendizagem visto pela psicopedagogia também aprende-se sobre nós, sobre a nossa forma de ensinar, na qual, o outro nos serve de espelho. Deseja-se como todo professor querer que os alunos acertem sempre, mas deve-se adquirir um novo olhar sobre o erro na aprendizagem, estuda-se que o erro é um indicador de como o aluno está pensando e como ele compreendeu o que foi ensinado. Analisa-se com mais cuidado os erros dos alunos, pode-se elaborar a reformulação e práticas docentes de modo que elas fiquem perto da necessidade dos alunos e atender as dificuldades que o mesmo apresenta. Fundamenta-se a importância que o professor reflita sobre as causas do fracasso escolar não para se culpar, mas para se responsabilizar. Responsabilizar-se significa abraçar a causa e procurar alternativas para solucionar o problema. Procura-se compreender como ocorre o conhecimento, os que interferem na aprendizagem, seus diferentes estágios, e as diferentes teorias que podem transformar o trabalho do professor em processo científico e assim ele percorrerá o caminho prática- teoria- prática. Recomenda-se que o professor, em conjunto com a equipe da escola e a intervenção do psicopedagogo, reflita sobre a estrutura curricular que está sendo oferecida e a compatibilidade deste com a estrutura cognitiva, afetiva e social do aluno com transtorno de déficit de atenção, afinal para a psicopedagogia a aprendizagem baseia-se no equilíbrio dessas estruturas. Para Vigotsky (1993, p. 33): Todos os seres humanos são capazes de aprender, mas é necessário que adaptemos nossa forma de ensinar. Avalia-se o enfoque psicopedagógico da dificuldade de aprendizagem em crianças com déficit de atenção compreende os processos de desenvolvimentoe os caminhos da aprendizagem, entende-se o aluno de maneira interdisciplinar, busca-se apoio em várias áreas do conhecimento e analisa-se aprendizagem no contexto escolar, familiar e no aspecto afetivo, cognitivo e biológico. Observa-se o papel do professor, com uma visão psicopedagógica, ser um investigador dos processos de aprendizagem de seus alunos, evitando que o problema de aprendizagem leve a um fracasso escolar. [...] Não pode haver construção do saber, se não se joga com o conhecimento. Ao falar de jogo, não estou fazendo referências a um ato, nem a um produto, mas a um processo. Estou me referindo a esse lugar e tempo que Winnicott chama espaço transicional, de confiança, de criatividade. Transicional entre o crer e o não crer, entre o dentro e o fora. O espaço de aprendizagem "não pode ser situado na realidade psíquica interior do indivíduo, porque não é um sonho pessoal: além disso forma parte da realidade compartilhada. Tampouco se pode pensá-la (a área da experiência cultural), unicamente em função de relações exteriores, porque acha-se dominada pelo sonho. Nesta entram ... o jogo e o sentido do humor. Nesta área todo bom intelecto está em seu elemento de prosperar. (Fernandez,1991 p.165) A citação acima preocupa-se com o principal objeto de intervenção, que é o próprio jogo, na qual para o psicopedagogo interessa os procedimentos, ou seja, os meios, que o jogador utiliza e constrói. Possibilita uma aproximação ao mundo mental da criança que sofre de desatenção facilitando-a suas ações no decorrer de suas ações ou jogadas. O jogo possibilita que a dimensão simbólica da criança se manifeste em fazer o que pode ser partilhado com o outro, ressignificado e transformado. Segundo Piaget (1976), uma ação não é necessariamente lúdica ou adaptativa na sua origem. Qualquer ação pode ser transformada em jogo este é movido pelo desejo de experenciar prazer e poder. Em crianças com TDA do tipo desatento deve-se observar como a criança planeja a jogada, se ela fica no mundo da lua, como se diz popularmente é necessário trazê-la de volta para a jogada seguinte. Através de jogos, é possível trabalhar a afetividade e o social, desenvolvendo assim a criatividade na criança que sofre desse distúrbio. O TDA é considerado o distúrbio infantil mais comum e é tido como a principal causa de fracasso escolar, utiliza-se o jogo, com a finalidade de facilitar os exercícios escolares. Para Chateu o jogo é apenas um substituto do trabalho, é por meio deste que a escola deve desembocar na vida, o jogo na escola deve ser visto como um encaminhamento ao trabalho, uma ponte entre infância e a vida adulta. Para Piaget (1976), o jogo na escola tem importância quando revestido de seu significado funcional, ou seja, é preciso, uma coerência entre assimilação e acomodação. Ambos os autores correlacionam o jogo para uma utilização em contextos escolares como situações psicopedagógicas. Para Alicia Fernandes (2001) não pode haver construção do saber, se não se joga com o conhecimento. O jogo é um processo que ocorre no espaço transicional, de confiança, de criatividade. É o único onde se pode aprender. Através do jogo a criança expressa agressão, adquire experiência, controla ansiedade, estabelece contatos sociais como integração da personalidade e prazer. Denomina-se atuação psicopedagógica as estratégias que visam à recuperação, por parte das crianças, de conteúdos escolares avaliados como deficitários procedimentos de orientação de estudos e atividades como brincadeiras, jogos de regras e dramatizações realizadas na escola e fora dela, com o objetivo de promover a plena expressão dos afetos e o desenvolvimento da personalidade de crianças com e sem dificuldades de aprendizagem. Refere-se às intervenções que têm como objetivo repassar os conteúdos escolares e os hábitos de aprendizagem, tendo como hipótese que, sanando as deficiências nestes aspectos, transcorrerá sem nenhum problema. Trata-se de preencher lacunas no nível dos conteúdos escolares, o que pode ser muito útil para a criança, se a razão de seu mau desempenho for de ordem pedagógica. A última atividade psicopedagógica deve-se realizar com quaisquer crianças, pois seu objetivo é auxiliar o processo de desenvolvimento do pensamento e afetividade, trata-se de atividades de natureza psicológica, as quais poderão ser utilizadas em sala de aula ou fora dela para ajudar o desempenho pedagógico das crianças, com ou sem transtorno de Déficit de Atenção.