Prévia do material em texto
DISCENTE: SOLANGE SAMPAIO e THAYSA MAHYRA ESPIROQUETAS 2 INTRODUÇÃO ➢São bactérias espiraladas com baixa resistência ao ambiente e temperatura de crescimento em 33ºC; ➢Bactérias espirais móveis com endoflagelos; ➢Gram negativas; ➢Espiroquetas têm representantes de vida livre ou adaptados a hospedeiros mamíferos e artrópodes; ➢ São extremamente móveis, sendo o único grupo de bactérias que têm endoflagelos; ➢Muitas produzem infecções zoonóticas. 3 4 Classificação das espiroquetas de importância veterinária. LEPTOSPIRA INTERROGANS 5 Leptospirose LEPTOSPIROSE ❖É uma doença infecto contagiosa de caráter agudo causado por bactérias do gênero Leptospira. ❖Acomete várias espécies de animais domésticos e silvestres ❖É uma zoonose de importância. ❖Afeta o trato urinário e genital, podendo ser sistêmica. 6 LEPTOSPIROSE ❖ + de 200 sorotipos diferentes da Leptospira interrogans (bactéria patogênica). ❖As variantes possuem preferências de hospedeiros ❖O sorogrupo icterohaemorrhagiae é o mais importante. Seu hospedeiro preferencial é o rato de esgoto (Rattus norvegicus). ❖O sorogrupo Pomona tem tropismo pelos suínos e o Hardjo, por bovinos. 7 ❖Bactéria: Leptospira; ❖Bactérias longas e espiraladas; ❖Produzem infecções sistémicas em muitas espécies; ❖Cultura: crescem lentamente; ❖Sensível a luz solar direta, desinfetantes comuns, antisséptico. ❖É eliminada no ambiente, através da urina de animais infectados. 8 ❖Ambientes aquáticos ❖Leptospira patogênica: túbulos renais ou no trato genital de animais portadores. 9 10 A bactéria faz agregação celular no endotélio e glomérulos renais, para se defender do sistema imune. Locais de multiplicação: Fígado, rins, músculos, olhos, trato reprodutor... Hemorragia Icterícia. EPIDEMIOLOGIA Contato com enchentes - distribuição endêmica no Brasil; Maior incidência nos períodos chuvosos e centros urbanos; Distribuição mundial. Falta de saneamento, infestação de roedores; 11 SOROVIDADE HOSPEDEIROS APRESENTAÇÕES CLÍNICAS Leptospira borgpetersenii sorovar. hardjo L. interrogans sorovar. hardjo Bovinos, ovinos Humanos Abortos, natimortos, agalactia. Doença semelhante a influenza (gripe); ocasionalmente doença hepática ou renal. L. borgpetersenii sorovar. tarassovi Suínos Falência reprodutiva, abortos, natimortos. L. interrogans sorovar. bratislava Suínos, equinos, cães Falha reprodutiva, abortos, natimortos L. interrogans sorovar. canicola Cães Suínos Nefrite aguda em filhotes. Doença renal cronica em adultos. Abortos e natimortos. Doença renal em suínos jovens. L. interrogans sorovar. grippotyphosa Bovinos, suínos, cães Doença septicêmica em animais jovens; abortos. L. interrogans sorovar. icterohamorrhagiae Bovinos, ovinos, suínos Cães, humanos. Doença septicêmica aguda em bezerros, leitões, e cordeiros; abortos. Doença hemorrágica superaguda; hepatite aguda com icterícia. L. interrogans sorovar. pomona Bovinos, ovinos Suínos Equinos Doença hemolítica aguda em bezerros e cordeiros; Abortos. Falência reprodutiva; septicemia em leitões Abortos; oftalmia periódica. 12 Sorovariedades de leptospira interrogans que causam leptospirose em animais domésticos 13 DIAGNÓSTICO ❖Sinais clínicos; ❖Análise de urina fresca por microscópio de campo escuro; ❖Técnica de imunofluorescência; ❖Testes sorológicos ❖Diagnóstico diferencial 14 ❖ Vacinas; (v8, v10) ❖ Controle de roedores; ❖ Higienização do ambiente; ❖ Separar e tratar os animais doentes. 15 16 As borrelioses são enfermidades infecciosas causadas por espiroquetas do gênero Borrelia, agentes transmitidos principalmente por carrapatos aos animais e ao homem. Borreliose de Lyme, também denominada de meningopolineurite por carrapatos, Doença de Lyme, Borreliose, é causada pela espécie B. burgdorferi (ALVIM apud BRENNER, 1984). 17 ❖São mais longas e largas do que outras espiroquetas; ❖Bactérias patogênicas; ❖Anaeróbicas, Gram- ❖Flagelados com 15 a 20 μm de comprimento; ❖São transmitidas por vetores, artrópodes. 18 ❖As borrélias são parasitas obrigatórios em uma variedade de hospedeiros vertebrados. Embora esses microrganismos persistam no meio ambiente por curtos períodos, dependem de um hospedeiro reservatório e de vetores artrópodes para sobrevivência por períodos mais longos. 19 ❖Conhecida como Borreliose de Lyme ❖Primeiros casos ocorreram em 1975,em Connecticut; ❖A espiroqueta encontrada foi chamada de Borrelia burgdorferi; ❖Infecção transmitida aos humanos pelo carrapato Ixodes Scapularis (vetor). 20 Após entrarem na corrente sanguínea de um hospedeiro suscetível, as borrélias multiplicam-se e são disseminadas por todo o organismo. Os microrganismos podem ser demonstrados nas articulações, no cérebro, nos nervos, nos olhos e no coração. Não está claro se a doença é causada por infecção ativa ou se por resposta imunológica do hospedeiro aos microrganismos. Estudos sugerem que a infecção persistente, levando à indução de citocinas, contribui para o desenvolvimento das lesões. 21 ❖Em cães: febre, letargia, artrite e evidências de distúrbios cardíacos, renais e neurológicos ❖Em equinos os sinais são semelhantes aos dos cães e incluem claudicação, uveíte, nefrite, hepatite e encefalite. ❖ Existem relatos de claudicação em bovinos e ovinos, associada a infecções por B. burgdorferi lato sensu. 22 ❖Exame Laboratorial; ❖Teste ELISA; ❖Sinais clínicos; ❖ Imunofluorescência; ❖PCR. 23 ❖Shampoos anticarrapaticí das; ❖ Banhos de imersão ou aspersão; ❖ A remoção imediata de carrapatos; ❖Vacinas com subunidade recombinante. 24 ❖Causada pela Borrelia anserina; ❖Doença aguda de aves; ❖Pode resultar em significativas perdas econômicas para lotes de aves em regiões tropicais e subtropicais onde a doença é endêmica; ❖Frangos, perus, faisões, patos e gansos são suscetíveis à infecção; ❖ Os carrapatos do gênero Argas frequentemente transmitem a doença. 25 ❖A doença é caracterizada por febre, anemia acentuada e perda de peso. Pode desenvolver paralisia com o progresso da doença. ❖O tratamento com antibiótico é eficaz. ❖Vacinas inativadas e erradicação do carrapato são as principais medidas de controle. 26 Espécies Vetor Hospedeiros Condições clínicas B. burgdorferi Lato sensu Espécies de Ixodes roedores Doença cardíaca, neurológica e artrítica em cães e ocasionalmente em equinos, bovinos, ovinos e humanos. B. anserina Espécies de Argas Aves Febre, perda de peso e anemia em aves domésticas. B. theileri Muitas espécies de carrapatos Bovinos, ovinos e equinos Doença febril moderada com anemia. B. coriaceae Espécie de ornithodoros Bovinos, cervídeos Associado a aborto epizoótico bovino nos Estados Unidos. 27 BRACHISPIRA E SERPULINA ❖Atingem suínos, aves, cães e humanos. ❖Os gêneros foram unificados. 28 ❖Espécies patogênicas de Brachyspira: trato gastrointestinal ❖Liberados no ambiente por até 3 meses. 29 ❖Muitas informações sobre a patogênese de espécies de Brachyspira derivam de estudos com B. hyodysenteriae. B. Hyodysenteriae Motilidade no muco é um fator de virulência essencial A colonização aumentada por fatores presentes no muco com atividade quimiotática. B. Pilosicoli Ligação a células epiteliais da mucosa do cólon causa ruptura da função. 30 ❖(A) Cólon de suíno: Mucosa intestinal recoberta por muco, fibrina e associado a traços de sangue e a focos de necrose superficial, formando membrana catarral fibrinonecrótica. ❖(B) Cólon de suíno: Mucosa intestinal recoberta por muco. 31 Espécies Condições clínicas B. hyodysenteriae Desinteria suína. B. pilosicoli Espiroquitose intestinal de suínos, cães, aves e humanos. S. intermedia Implicado em colite espiroquetal suína. 32 ▪Diagnóstico de B.pilosicoli, B.hyodysenteriae e B.intermedia em aves de postura e matrizes de corte na região oeste do Paraná através do isolamento bacterianoe identificação em qPCR¹ 33 Bactérias do gênero Brachyspira podem ocasionar enfermidades entéricas em aves acarretando a queda de produtividade. O objetivo deste estudo foi avaliar a presença de bactérias do gênero Brachyspira sp. Através do isolamento e confirmação das espécies B. Pilosicoli, B. hyodysenteriae e B. intermedia utilizando a técnica de qPCR. Foram coletadas amostras de 110 aves com idade entre 35 e 82 semanas, sendo 40 de granjas de postura comercial e 70 de granjas de matrizes de corte. 34 ▪ Primeiramente procedeu-se o isolamento bacteriano a partir das fezes. As amostras positivas foram submetidas a PCR para identificação das três espécies propostas. Fragmentos de ceco das aves foram coletados e fixados em formol para avaliação histológica e contagem de células caliciformes. ▪ Das 110 amostras foram obtidos 48 isolamentos característicos de Brachyspira (43,6%) e destes através do PCR 13 foram identificadas com B. hyodysenteriae (11,8%) e 5 sendo todas da mesma granja (4,5%) como B. intermedia, 2 amostras foram positivas para ambos os agentes (1,8%) e 28 não foram caracterizadas através da PCR (25,5%). 35 ▪ Bactérias do gênero Brachyspira estão presentes em granjas de frangos de corte e Galinhas poedeiras no Oeste do Paraná, Brasil. Cepas patogênicas para aves como B. intermedia e suínos como B. hyodysenteriae podem ser isolados de excrementos saudáveis de aves, servindo como fonte de contaminação e disseminação desses agentes. ▪ Conclui-se que a Brachyspira sp. é frequente em granjas de poedeiras e matrizes de corte no Brasil, com especial relevância para a B. intermedia que possui potência patogênico para estas aves. 36 ▪ BORRELIA Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/36654413?utm_medium=mobile&utm_campaign=android ▪ Diagnoses of Brachyspira pilosicoli, Brachyspira hyodysenteriae and Brachyspira intermedia in hens and laying hens in the western region of Paraná through bacterial isolation and identification in qPCR Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100- 736X2019000700476&lang=pt Acesso em 18 de junho de 2023 ▪ Hibridização in situ fluorescente para diagnóstico de Brachyspira hyodysenteriae e B. pilosicoli em suínos Disponível em: https://www.scielo.br/j/pvb/a/dzf6CfkgMsMtBhmQvgtQTLh/ Acesso em 10 de junho de 2023 ▪ Microbiologia veterinária / Scott McVey, Melissa Kennedy, M. M. Chengappa ; tradução José Jurandir Fagliari. 3. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. 37 https://www.passeidireto.com/arquivo/36654413?utm_medium=mobile&utm_campaign=android http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2019000700476&lang=pt http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2019000700476&lang=pt https://www.scielo.br/j/pvb/a/dzf6CfkgMsMtBhmQvgtQTLh/ https://www.scielo.br/j/pvb/a/dzf6CfkgMsMtBhmQvgtQTLh/ Slide 1: MICROBIOLOGIA VETERINÁRIA Slide 2 Slide 3 Slide 4: TAXONOMIA Slide 5: LEPTOSPIRA Interrogans Slide 6: Leptospirose Slide 7: Leptospirose Slide 8: ETIOLOGIA Slide 9: Habitat usual Slide 10: PatogÊnese e patogenicidade Slide 11: Epidemiologia Slide 12: Apresentações clínicas Slide 13: Apresentações Clínicas Slide 14: Diagnóstico Slide 15: Prevenção e controle Slide 16 Slide 17: Introdução Slide 18: Agente etiológico Slide 19: Habitat usual Slide 20: Doença de Lyme (Borrelia de lyme) Slide 21: Patogênese e patogenicidade Slide 22: Sinais clínicos Slide 23: Diagnóstico Slide 24: Controle Slide 25: Espiroquetose aviária Slide 26: Espiroquetose aviária Slide 27: Condições clínicas de acordo com a espécie de Borrelia. Slide 28: Brachispira e Serpulina Slide 29: Habitat usual Slide 30: Patogênese Slide 31: Lesões macroscópicas De infecção por Brachyspira sp. Slide 32: Sinais clínicos Slide 33: Artigo Slide 34: Resumo Slide 35: Avaliação Slide 36: Conclusão Slide 37: Referências