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Prévia do material em texto

CONTABILIDADE 
DE CUSTOS
Autor
Delma da Silva
Indaial – 2021
1a Edição
Indaial – 2021
Contabilidade de 
Custos
Prof. Delma da Silva
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof. Delma da Silva
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
apresentação
Olá, estudante!
Seja bem-vindo(a) à disciplina de Contabilidade de Custos! 
Neste material, você conhecerá os conceitos básicos relacionados 
ao tema e sua aplicabilidade no dia a dia de uma empresa industrial e no 
comércio. 
A temática é importante porque a competitividade afeta todos os 
tipos de organizações, independentemente de seu segmento. Além disso, 
atualmente, os consumidores estão mais espertos e exigentes, procurando 
aliar qualidade e preço. Assim, as empresas precisavam alcançar a 
lucratividade a partir de baixos custos e gastando pouco para não perder 
a qualidade de seus produtos, tendo os fornecedores como aliados, a fim 
de gerar vendas significativas. Para que isso seja uma realidade, a empresa 
precisa conhecer as necessidades do mercado. 
Portanto, a fim de melhorar as informações internas, os gestores 
utilizam estratégias ligadas à contabilidade de custos, área em que se 
concentram os cálculos para explicar o custo dos produtos fabricados ou 
vendidos e os serviços prestados.
Nesse sentido, diante desse contexto, fique atento ao conteúdo que 
preparamos para aprender conceitos, terminologias e demais aplicabilidades 
da contabilidade de custos, bem como os melhores elementos utilizados para 
a tomada de decisão.
Bons estudos!
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui 
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilida-
de de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun-
to em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você 
terá contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complemen-
tares, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
sumário
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento ...........................................................................................9
TÓPICO 1 - Introdução, definição e terminologias da contabilidade de custos ...........................13
TÓPICO 2 - Tipificação de custos e despesas ....................................................................................25
TÓPICO 3 - Diferença entre gastos e custos......................................................................................37
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque ................................45
TÓPICO 1 - Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida ....49
TÓPICO 2 - Contabilidade de Custos Industrial e Comercial .........................................................63
TÓPICO 3 - Métodos de custeios: por absorção, variável e ABC ....................................................73
UNIDADE 3 - Prática da Contabilidade de Custos ...........................................................................87
TÓPICO 1 - Apuração dos custos de fabricação ................................................................................91
TÓPICO 2 - Formação de preço .........................................................................................................105
TÓPICO 3 - Contabilização de custos ...............................................................................................113
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................129
1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
Entendendo o Planejamento 
UNIDADE 1 
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um 
deles, você encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos 
apresentados.
TÓPICO 1 - Introdução, definição e terminologias da contabilidade 
de custos
TÓPICO 2 - Tipificação de custos e despesas
TÓPICO 3 - Diferenças entre gastos e custos.
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• entender o propósito da atividade da contabilidade de custos;
• identificar a importância da área para a gestão de uma empresa;
• conhecer as terminologias da contabilidade de custos;
• compreender a relevância do objetivo da contabilidade de custos em au-
xiliar no planejamento das empresas;
• analisar as informações que o setor de custo das organizações detêm para 
a determinação do processo de produção.
22
3
Introdução da unIdade
A contabilidade de custos é uma parte da ciência contábil dedicada 
ao estudo coerente dos custos incorridos para se obter vendas ou bens de 
consumo, sejam eles produtos ou mercadorias, sejam eles serviços.
O departamento com a função financeira é responsável por 
acumular, organizar, analisar e interpretar o custo de produtos, estoques, 
serviços, componentes organizacionais, planos operacionais e atividades de 
distribuição. Assim, pode-se determinar os lucros, controlar as operações 
e auxiliar as operações, permitindo aos gestores estarem mais cientes no 
processo de tomada de decisão (MARTINS, 2018). 
Desse modo, com esta unidade, você aprenderá a determinar 
com precisão o custo de produtos e serviços, entenderá como aplicar seu 
conhecimento em custos de produtos e serviços para determinar preços de 
venda, licitar contratos e analisar a lucratividade relativa dos itens desejados. 
Além disso, aprenderá como utilizar a tecnologia para medir gerentes 
e subordinados no desempenho do departamento da organização, como 
projetar um sistema de contabilidade adequado para os sistemas de produção 
e distribuição da organização e como usar o sistema de contabilidade 
enquanto uma ferramenta para motivar os gerentes a perseguirem as metas 
organizacionais. 
4
5
UNIDADE 1
1. Introdução, definição e terminologias da 
contabilidade de custos
TÓPICO 1
1.1 Introdução do tópico
Vamos iniciar nossa trilha de conhecimento e aprendizado sobre a 
contabilidade de custos estudando a respeito de definições e terminologiasrelacionadas ao assunto. Dessa maneira, antes da largada para os cálculos — 
que serão inúmeros ao longo da disciplina! —, iniciaremos compreendendo o 
conceito da contabilidade de custos. Provavelmente você já deve ter ouvido ou, 
até mesmo, conhece esse conceito, mas, aqui, irá entender sua aplicabilidade na 
rotina de uma empresa e/ou de um comércio.
No decorrer da leitura, imagine-se um empresário, sedo que cada operação 
e transação devem ser visualizadas como se estivessem ocorrendo em tempo real. 
Vamos, então, desbravar esse seu lado empresário? Acompanhe o conteúdo!
1.2 Introdução à contabilidade de custos
A contabilidade de custos nos fornece uma compreensão abrangente 
quanto aos conceitos de custos, seu comportamento e às técnicas relacionadas ao 
tema. Também nos possibilita o entendimento de como essas particularidades são 
aplicadas nas empresas de manufatura e serviços. 
Eliseu Martins (2018, p. 10), em seu livro Contabilidade de Custos, define os 
custos da seguinte forma: 
O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, 
como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens 
e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um 
serviço. Exemplos: a matéria-prima foi um gasto em sua aquisição que 
imediatamente se tornou investimento, e assim ficou durante o tempo 
de sua estocagem; no momento de sua utilização na fabricação de um 
bem, surge o custo da matéria-prima como parte integrante do bem 
elaborado. Este, por sua vez, é de novo um investimento, já que fica 
ativado até sua venda.
De modo geral, as entidades consomem todos os dias matéria-prima, 
materiais de embalagens, energia elétrica e demais insumos. As despesas, 
então, podem ser usadas para gerenciar, vender produtos, produzir, contratar 
transportadoras, pagar salários de colaboradores, transportar e treinar 
funcionários, gerenciar um projeto ou uma área, realizar a manutenção de 
equipamentos, pagar o aluguel, entre outras possibilidades.
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
6
Figura 1 - Sistema de informações gerenciais
Sistema de informações gerenciais
Contabilidade
 financeira
Contabilidade 
gerencial
Contabilidade 
de custos
Sistema 
orçamentário
Fonte: Martins (2018, p. 15).
Em suma, não importa se o escopo de negócios da empresa é comercial, 
prestadora de serviços ou indústria. Sempre envolverá muitas despesas.
Estudiosos acreditam que a contabilidade de custos surgiu na Revolução 
Industrial, com o objetivo de avaliar a quantidade de estoque das empresas 
por meio do processo de inventário das matérias-primas utilizadas no processo 
produtivo, bem como a quantidade de produtos que estão em processo de 
fabricação ou que já foram finalizados. A respeito desse assunto, Martins (2018, 
p. 3) nos explica que, “Até a Revolução Industrial (século XVIII), quase só existia 
a contabilidade financeira (ou geral), que, desenvolvida na Era Mercantilista, 
estava razoavelmente bem estruturada para servir as empresas comerciais”.
Figura 2 - Contabilidade de custos
Fonte: Pixabay (2021).
Introdução, definição e terminologias da contabilidade de custos
7
Logo, temos que a contabilidade de custos fornece dados de custos 
detalhados necessários para que o gestor tenha controle das operações atuais e 
consiga planejar o futuro. Ela é a base de todas as atividades empresariais, utilizada 
como ferramenta para planejar e controlar a produção dos produtos, assim como 
para tomar decisões quanto aos custos indiretos e diretos das matérias-primas e 
de mão de obra.
De acordo com Martins (2018), a fórmula aplicada para estoque, por 
exemplo, é dada por compras, menos estoque, resultando no custo de mercadorias 
vendidas. 
ATENCAO
Temos, ainda, que princípios e convenções são utilizados na contabilidade 
de custos, como competência, registro pelo valor original e prudência 
(conservadorismo). Observe a figura a seguir para entender melhor!
Figura 3 - Princípios e convenções aplicados à contabilidade de custos
Princípio da 
Competência
Convenção do 
Conservadorismo
Convenção da
 Materialidade
Princípio da 
Prudência 
(Conservadorismo)
Princípio do Registro
 pelo Valor Original
Princípios e 
Convenções 
Contábeis
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
A grosso modo, os princípios e as competências funcionam do seguinte 
modo:
• 	 princípio da competência: estabelece que os efeitos das transações 
e demais eventos sejam confirmados dentro do prazo em que são 
cotados, independentemente de recebimento ou pagamento;
• 	 princípio do registro pelo valor original: estabelece que os 
componentes do patrimônio devem ser registrados primeiramente no 
valor original da transação, expresso em moeda nacional;
• 	 princípio da prudência (conservadorismo): sempre que forem 
propostas alternativas de alteração do valor patrimonial líquido que 
sejam efetivas, deve-se determinar o menor valor do ativo e o maior 
valor do passivo;
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
8
• 	 convenção do conservadorismo (uniformidade): os padrões 
utilizados na convenção para determinar fatos e ações administrativas 
não devem ser alterados com frequência, ou seja, após um período, 
métodos e padrões uniformes devem ser usados para registrar fatos 
contábeis e preparar demonstrações financeiras;
• 	 convenção da materialidade (relevância): do ponto de vista de 
registro e controle, certas contas não devem ser relacionadas a valores 
ou fatos não relacionados.
Os princípios da contabilidade de custos foram desenvolvidos para 
permitir que os fabricantes consigam lidar com muitos custos diferentes 
associados à fabricação, fornecendo seus próprios recursos de controle. 
Figura 4 - Aplicabilidade da contabilidade de custos
Fonte: Anna Nekrashevich, Pexels (2021).
As informações geradas pelo sistema de contabilidade de custos fornecem 
uma base para determinar os custos dos produtos e preços de venda, ajudando a 
administração a planejar e controlar as operações organizacionais.
Com essa pequena introdução da contabilidade de custos, já podemos 
perceber quantas definições e quantos termos podem ser relacionados à área, não 
é mesmo? Por isso, no próximo item, conheceremos a definição da contabilidade 
de custos.
Introdução, definição e terminologias da contabilidade de custos
9
1.3 Definição da contabilidade de custos
Quando o processo produtivo da empresa se dava de forma totalmente 
manual, o cálculo do custo de produção era alcançado a partir de dois fatores: 
mão de obra e matéria-prima consumida. Para Martins (2018, p. 11): 
Pela própria definição de custo, podemos entender, ainda mais 
sabendo da origem histórica, por que se generalizou a ideia de que 
contabilidade de custos se volta predominantemente para a indústria. 
É aí que existe a produção de bens e onde a necessidade de seu 
custeamento se torna presença obrigatória.
Em inúmeras empresas de serviços, todavia, passou-se a utilizar 
seus princípios e suas técnicas de maneira apropriada em função da 
absoluta similaridade de situação, principalmente nas entidades em 
que se trabalha por projeto (empresas de engenharia, escritórios de 
auditoria, de planejamento etc.).
Com o crescimento da economia e das empresas, o acirramento da 
concorrência e os recursos cada vez mais escassos, houve a necessidade de 
aprimoramento dos mecanismos de planejamento e controle das atividades 
empresariais. Além disso, as inúmeras possibilidades de uso de fatores de 
produção determinam mudanças quase ilimitadas no comportamento dos custos 
de renda.
 Figura 5 - Mão de obra
Fonte: Free-Photos, Pixabay (2021).
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
10
Portanto, a contabilidade de custos é essencial para qualquer empresa, 
principalmente em uma economia capitalista e competitiva como a nossa. 
Desse modo, sem conhecimento, é difícil tomar decisões confiáveis 
e assertivas para obter uma margem de segurança satisfatória. Nesse sentido, 
as informações sobre custos de produção e/ou comercialização — desde que 
organizadas,resumidas e reportadas de forma adequada — são essenciais. 
Ainda, existem muitos métodos de aplicação, o qual irá variar de acordo com a 
finalidade do custeio.
1.4 Terminologias da contabilidade de custos
No trançado da contabilidade de custos, nos deparamos com nomes e 
termos para conceituar e especificar o processo produtivo em uma empresa, a 
prestação de serviço, entre outras denominações. Diante disso, vamos conhecer 
algumas dessas terminologias e seus exemplos para uma melhor compreensão?
Um dos termos mais comentados diz respeito aos gastos, os quais estão 
ligados à aquisição de produto e/ou serviço, gerando para a empresa um sacrifício. 
Temos como exemplos os gastos com mão de obra ou compra de matéria-prima.
Em contrapartida, o custo está relacionado ao gasto para aquisição de 
bem e/ou serviço para utilização no processo produtivo da empresa. Nesse caso, 
podemos citar como exemplos a energia elétrica e o pagamento do aluguel de 
espaço.
Já a despesa é um serviço e/ou bem de consumo direto ou indireto que 
gerará receita. Podemos mencionar como exemplo a comissão de vendedores.
O desembolso, por sua vez, está ligado ao pagamento de bem e/ou serviço. 
Importante destacar que a empresa, para fazer o registro de recebimentos e 
pagamentos, adota dois regimes, a saber: regime de caixa (registro do recebimento 
ou pagamento no momento da transição comercial) e regime de competência 
(registro da transição comercial após o seu pagamento).
Temos, ainda, o investimento, que são os gastos para a aquisição de bens, 
direitos ou serviços (ativos da empresa); e a perda, que são os restos decorrentes 
do processo produtivo, de maneira previsível.
Introdução, definição e terminologias da contabilidade de custos
11
A utilização de uma terminologia homogênea simplifica o entendimento 
e a comunicação. De acordo com Martins (2018), custo e despesa não são sinônimos, 
tendo sentido próprio, assim como investimento, gasto e perda. O gasto é a compra 
de um produto ou serviço que gera desembolso para a entidade. Já o desembolso é o 
pagamento da aquisição do bem ou serviço. Investimento é o gasto em função de sua 
vida útil ou de benefícios atribuíveis a um período futuro. Custo é o gasto relativo a um 
bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. A despesa é o bem 
ou serviço consumido direta ou indiretamente para se obter receitas. Por fim, a perda é 
o bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária.
NOTA
Relevante mencionar, também, que podemos classificar os custos de 
várias maneiras, de acordo com a sua finalidade. Essa classificação é aplicada no 
cálculo de sistemas de custos variáveis. O importante é diferenciá-los dos custos 
fixos, a fim de obter subsídios com base nas flutuações dos custos para definir os 
preços de venda.
12
AUTOATIVIDADE
1. Como já pudemos descobrir, a contabilidade de custos é uma área 
da contabilidade que tem por objetivo calcular os valores para que a empresa, 
a partir da transformação de matéria-prima, consiga produzir seus produtos. 
Nesse sentido, relacione os termos listados a seguir às suas respectivas 
características.
I - Custo.
II - Investimento.
III - Gastos.
IV - Despesa.
V - Desembolso.
( ) Atividades com base na vida útil ou nos benefícios que podem ser 
atribuídos a períodos futuros.
( ) Bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para obtenção 
de receita.
( ) Pagamentos para a compra de bens ou serviços que podem ser 
feitos antes, durante ou depois da entrada dos utilitários comprados.
( ) Bens ou serviços consumidos de forma anormal ou involuntária.
( ) Compra de algo que trará prejuízo financeiro para a empresa a 
partir de um sacrifício representado pela entrega ou promessa de entrega de 
ativos.
Agora, assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) I, III, V, II e IV.
( ) IV, II, I, III e II. 
( ) II, I, V, IV e III.
( ) I, II, III, IV e V. 
13
2. Ao longo de nossos estudos, pudemos identificar algumas diferenças 
entre determinadas terminologias utilizadas com frequência na contabilidade de 
custos. Entre essas terminologias, temos as despesas e os custos.
Diante desse contexto, o que são as despesas para uma empresa industrial 
e o que são os custos para um comércio? Cite exemplos das suas situações.
3. Para alguns especialistas, a contabilidade de custos fornece informações 
para a contabilidade financeira quanto à contabilidade gerencial. A partir desses 
dados obtidos, o gestor da empresa consegue se orientar para a tomada de decisão. 
Diante disso, com base em nossos estudos a respeito do assunto, analise 
as afirmativas a seguir e a relação proposta entre elas.
I - Por medir e avaliar os custos de acordo com os padrões contábeis, 
a contabilidade de custos é usada para atingir os objetivos da contabilidade 
financeira
PORQUE
II - quando usada internamente, pode satisfazer a contabilidade de 
gerenciamento fornecendo informações de custos sobre produtos, clientes, 
serviços, projetos, processos, atividades etc.
Agora, assinale a alternativa correta.
( ) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa 
da I.
( ) A afirmativa I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição 
falsa.
( ) As afirmativas I e II são proposições falsas.
( ) A afirmativa I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
14
AUTOATIVIDADE
4. O objetivo da contabilidade é estudar o patrimônio da empresa. 
Suas principais funções são: registrar, organizar, provar, analisar e seguir 
as modificações de igualdade devido à atividade econômica ou social que a 
empresa exerce no contexto econômico.
Sendo assim, descreva o princípio da competência e sua aplicabilidade 
na contabilidade de custos.
15
5. Normalmente, o processo de produção está diretamente ligado aos 
custos de matérias-primas, mas é possível transformar um custo indireto em 
custo direto, caso possamos quantificar o objeto de custo. 
Nesse contexto, pensando a respeito das terminologias da contabilidade 
de custos, analise as afirmativas a seguir e a relação proposta entre elas.
I - Custo é todo gasto incorrido na produção de um bem ou na prestação 
de um serviço
PORQUE
II - tudo que é usado para produzir um bem ou serviço para ser vendido 
no mercado. 
Agora, assinale a alternativa correta.
( ) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma 
justificativa da I.
( ) A afirmativa I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição 
falsa.
( ) As afirmativas I e II são proposições falsas.
( ) A afirmativa I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
16
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
17
TÓPICO 2
UNIDADE 1
2. Tipificação de custos e 
despesas
2.1 Introdução do tópico
A competição no mercado está se tornando cada vez mais acirrada, ao 
passo que os consumidores estão exigindo preços mais baixos todos os dias. No 
entanto, normalmente, é o mercado que determina o preço de um produto ou 
serviço, não apenas o empresário que o está produzindo.
Figura 6 - Tipificação de custos
Fonte: falovelykids, Pixabay (2021).
No contexto de concorrência generalizada, é importante identificarmos se 
estamos “ganhando dinheiro” quando produzimos e vendemos nossos produtos 
e/ou serviços. Isso porque, se não tivermos lucro, a empresa não conseguirá 
continuar no mercado competitivo.
No tópico anterior, pudemos conhecer a definição de dois termos muito 
utilizados na contabilidade, que é a despesa e o custo. Agora, a partir deste 
momento, conheceremos os tipos de custos e despesas aplicados na contabilidade 
de custo. Para tanto, buscaremos novos contextos para que possa entender a 
importância dessa área não apenas para o lado empresarial, mas para o seu dia a 
dia também.
18
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
Em uma empresa, muitos gastos estão envolvidos. Estes podem ser 
divididos em despesas e custos, sendo que, dentro do âmbito dos custos, ainda 
podemos dividi-los em custos diretos,indiretos, fixos e variáveis. As despesas, 
por sua vez, podem ser divididas em ficas e variáveis.
Para complementar essa definição, vale mencionar que o custo se trata das 
despesas da empresa relacionadas aos produtos ou serviços produzidos por ela. 
Portanto, está diretamente relacionado às atividades da organização.
Figura 7 – Influência do custo e da despesa no balanço patrimonial
Custo
Integra o produto, vai para 
o estoque e aumenta o ativo
circulante.
Despesa
Reduz o lucro e vai para 
o resultado, reduzindo o 
patrimonio líquido
Fonte: Ribeiro (2016, p. 19).
Diante disso, vamos estudar cada tipo de custo e despesa para compreender 
de que forma eles influenciam na contabilidade de custos? Acompanhe o conteúdo!
2.2 Custos diretos
O custo direto é aquele que pode ser diretamente atribuível a determinado 
produto ou serviço. No entanto, também podemos dizer que é o custo diretamente 
incluído no cálculo do valor do produto fornecido. Assim, estamos nos referindo 
aos custos que podem ser medidos de forma clara e objetiva.
É possível citar como exemplos de custos diretos as matérias-primas 
utilizadas diretamente no processo produtivo, bem como a mão de obra 
relacionada e os serviços terceirizados, mas estes estão diretamente ligados à 
atividade fim da empresa.
Tipificação de custos e despesas
19
2.3 Custos indiretos
Ao contrário dos custos diretos, os custos indiretos se referem aos 
incorridos com o cálculo do valor da mercadoria fornecida por rateio. Nesse 
sentido, podemos dizer que os custos indiretos estão ligados aos custos que não 
podem estar diretamente relacionados à atividade fim da organização. 
Diante dessa definição, temos como exemplos de custos indiretos os 
gastos com energia, água, aluguel etc. Estes interferirão nos produtos fornecidos 
pela empresa, mas não estão diretamente relacionados a eles. Isto é, os gastos com 
custos indiretos não serão incluídos diretamente nos custos do produto, pois é 
necessário realizar uma avaliação para inclui-los no preço final.
Martins (2003) nos apresenta os seguintes custos de produção:
Figura 8 - Custos de produção
Matéria-prima
Embalagens
$ 2.500.000
$ 5.600.000
$ 1.000.000
$ 600.000
$ 100.000
$ 400.000
$ 300.000
$ 500.000
$ 200.000
Materiais de Consumo
Mao-de-obra
Salários da supervisão
Depreciação das Máquinas
Energia Elétrica
Aluguel do Prédio
Total
Fonte: Martins (2003, p. 31).
A matéria-prima e as embalagens podem ser apropriadas aos produtos 
que a empresa em questão está produzindo, pois foi possível identificar quando 
cada um consumiu desses itens. Os materiais de consumo, por sua vez, podem 
estar ligados aos lubrificantes das máquinas, por exemplo. Dessa maneira, eles 
não podem ser associados a cada produto diretamente. Além disso, outros 
desses materiais são de pequeno valor, então é provável que também não serão 
associados (MARTINS, 2003).
A mão de obra, por outro lado, pode estar relacionada a cada produto 
oferecido pela organização, pois normalmente se contabiliza o quanto cada 
trabalhador se empenhou na produção e o quanto esses colaboradores custam 
para a empresa. Entretanto, importante mencionar que parte dessa mão de 
obra está ligada aos chefes de equipes de produção, sendo que, nesse caso, não 
conseguimos verificar quanto atribuir disso diretamente aos produtos (MARTINS, 
2003).
20
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
Já os salários de supervisão são ainda mais complicados de alocar por 
meio de uma verificação direta e objetiva que a mão de obra dos chefes de equipes 
de produção. Afina, essa supervisão é a geral da fábrica. Nesse sentido, Martins 
(2003) nos explica que esse custo representa o gasto com a supervisão dos chefes 
de equipes.
No caso da depreciação das máquinas, é comum que as empresas 
depreciem linearmente em valores iguais por período, mas não por produto. Ela 
até poderia ser apropriada ao produto, mas precisaria ser contabilizada de outra 
maneira.
Martins (2003) cita que parte da energia elétrica pode ser alocada em 
alguns produtos, já que as máquinas envolvidas podem consumir mais força por 
possuírem um medidor próprio. Com isso, a empresa consegue verificar quanto 
consome cada item produzido. Contudo, o restante da energia é medido de forma 
geral. Por exemplo, dos R$ 500 mil apresentados, R$ 350 mil podem ser alocáveis, 
mas R$ 150 mil não.
Finalmente, temos o aluguel do prédio, que é impossível de ser medido 
diretamente o quanto pertence a cada produto.
Com base nessas explicações e no exemplo dado pelo autor, podemos 
chegar à conclusão de que algumas despesas podem ser alocadas diretamente aos 
produtos e/ou serviços oferecidos pela organização, necessitando do consumo 
exato (quantidade de quilos consumidos, embalagem, horas consumidas, 
eletricidade consumida etc.).
2.4 Custos fixos 
Os custos fixos têm certa regularidade e não mudam de acordo com as 
necessidades de produção. Exemplos claros desse tipo são os custos indiretos, o 
que pode incluir o espaço ocupado pela empresa locada, como o escritório; e um 
salário semanal fixo, ou seja, o salário e as funções da equipe de gerenciamento que 
não serão alterados com as mudanças nas vendas. A depreciação do equipamento 
também é quase sempre considerada uma despesa fixa. 
Vamos entender a respeito do custo fixo realizando uma aplicação de 
cálculo? Confira o recurso a seguir com atenção!
Tipificação de custos e despesas
21
Imagine que a empresa de embalagem Doces e Travessuras, no mês de 
setembro de 2019, teve seus custos fixos totalizando R$ 5.000,00. No mês de outubro 
do mesmo ano, ela produziu R$ 2.000,00 em produtos para vender. Dessa maneira, o 
cálculo diante das informações apresentadas é feito da seguinte maneira:
• somam-se todos os custos fixos (R$ 5.000,00);
• somam-se todos os itens produzidos (R$ 2.000,00);
• divide-se o custo fixo pela quantidade de itens produzidos ( ), a fim de 
obter o valor médio para a produção de cada item (R$ 2,50 por item).
No exemplo em questão, portanto, o custo para fabricar cada item vendido pela empresa 
é de R$ 2,50. Assim, fica clara a importância de sabermos os custos para definir o custo 
de venda dos produtos no mercado!
UNI
Alguns custos fixos podem ser reduzidos para melhorar o fluxo de caixa, 
mas isso exige que algumas decisões sejam tomadas, como mudar para um local 
de trabalho mais barato ou reduzir o número de funcionários. Por outro lado, 
outros custos fixos — a exemplo da depreciação — não melhorarão o fluxo de 
caixa da organização, mas podem melhorar o balanço patrimonial.
Para a maioria das empresas, um bom exemplo de custo fixo é o aluguel do 
local onde a organização exerce suas funções. Independentemente da produção, 
esse aluguel é sempre o mesmo, ainda que se tenha um mês de alta ou baixa 
demanda. 
2.5 Custos variavéis 
Os custos variáveis são aqueles que dependem diretamente dos requisitos 
de produção para definir o seu valor. Eles incluem itens como:
•  matérias-primas (insumos diretos): quanto mais materiais diretos a 
empresa comprar, mais gastará com eles; 
•  embalagens: quanto mais mercadorias a serem enviadas, maiores 
serão os custos envolvidos em envio e embalagem; 
•  impostos diretos sobre as vendas: ICMS, simples, ISS, PIS, COFINS, 
IPI, IRPJ ou contribuição social; 
•  mão de obra industrial: quanto mais produtos ou serviços a empresa 
oferecer, mais tempo os funcionários trabalharão;
•  comissões: quanto mais os vendedores vendem, mais comissões 
serão pagas.
22
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
A fórmula para encontrarmos os custos variáveis totais é dada pelo 
número total de um bem ou serviço vendido, vezes o custo variáveis por unidade. 
Vamos aplicar esse cálculo para uma melhor absorção do conteúdo? Acompanhe!
Suponha que a empresa Traçados e Linhas possui um negócio que vende 
camisetas. Ela vende 1.800 camisetas por mês. O custo por unidade ou para ser 
vendida cada camiseta é de R$ 17,75. Assim, os custos variáveis totais são dados por
 . Isto é, o custo variávelserá de R$ 31,95.
UNI
Porém, vale ficarmos atentos à relação entre custos variáveis e vendas, 
pois se estas aumentarem, os custos variáveis também aumentarão. Do contrário, 
se as vendas caírem, consequentemente os custos variáveis cairão. 
O aumento dos custos variáveis nem sempre é uma má notícia para o 
negócio. Isso porque, como mencionamos, quando as vendas aumentam, é 
preciso fabricar mais produtos ou se preparar para realizar mais serviços. O valor 
gasto em custos variáveis aumentará. No entanto, esse aumento nas vendas trará 
mais receita para o negócio. 
Importante ressaltar, em contrapartida, que a receita precisa crescer mais 
rápido que as despesas. Se os custos variáveis aumentarem mais rápido que a 
receita, não haverá lucro. Outro fator importante para determinar a lucratividade 
em uma empresa é a margem de contribuição variável (receita marginal). Ela é 
conhecida pela diferença entre a receita e os custos variáveis.
A respeito da margem de contribuição variável, para determiná-la, 
precisamos seguir um passo a passo, conforme exposto na sequência:
•  primeiro, deve-se encontrar o preço de um produto e/ou serviço ou a 
quantidade desse produto vendido para a empresa;
•  depois, determina-se o custo variável do produto ou serviço. Os 
custos variáveis variam de acordo com as vendas, incluindo materiais 
diretos, mão de obra direta e custos de transporte;
•  por fim, é preciso subtrair os custos variáveis do preço. A receita 
marginal variável é a solução para esse cálculo (custo variável - preço).
Tipificação de custos e despesas
23
Imagine que, na pastelaria Massa Roma, o valor do pastel grande à moda 
da casa é de R$ 15,00. Para fazer e embalar, o proprietário do negócio tem um custo de 
R$ 5,50. Diante disso, podemos mencionar que a margem de contribuição variável do 
pastel é de R$ 9,50, pois R$ 15,00 – R$ 5,50 = R$ 9,50.
UNI
Podemos utilizar a receita marginal variável para analisar quanto dinheiro 
resta para cobrir os custos fixos. Conforme o resultado, é possível comparar 
o custo fixo total com o benefício marginal variável. Se o custo fixo for menor 
que a receita marginal variável, conseguimos identificar quanto lucro líquido se 
alcançou.
Figura 9 - Custo fixo x custo variável
Custo fixos
São aqueles cujos valores 
permanecem constantes 
dentro de determinada 
capacidade de produção
Custos variaveis
São aqueles diretamente 
relacionados à produção.≠
Fonte: Elaborada pela autora (2021)
Agora, sabendo a diferença entre cada tipo de custo, podemos observar 
que os custos são pontos críticos para a saúde financeira da empresa. Práticas 
erradas podem levar a perdas, como preços e planejamento de orçamento de 
negócios ruins. Assim, eles fazem parte da ferramenta de negócios, uma vez que 
não existe produto sem custo. Logo, devemos implementar estratégias de redução 
de custos para melhorar a rentabilidade do empreendimento. 
Com isso em mente, o relatório contábil utilizado de forma gerencial se 
tornará um importante suporte para se saber quando e quando é gasto, a fim de 
verificar a origem do maior custo do recurso. Os custos variáveis são os mais 
difíceis para cortar, pois estão diretamente relacionados à produção, mas não 
são impossíveis. Por meio de análise, pesquisa e planejamento aprofundado, 
resultados frutíferos podem ser alcançados.
24
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
2.6 Despesas variaveis e fixas
No que diz respeito às despesas, podemos definir como todas aquelas 
relacionadas à gestão da empresa, a exemplo de negócios, marketing, 
desenvolvimento de produtos e finanças. São, portanto, gastos necessários para 
manter o bom funcionamento da estrutura, mas que não contribuem diretamente 
para a produção de novos itens a serem comercializados pela organização. 
As despesas afetam as demonstrações contábeis financeiras, especialmente 
a demonstração do resultado, que relata o desempenho financeiro durante 
um período específico. No caso das despesas variáveis, tratam-se daquelas 
proporcionais ao volume de vendas (quanto maior o volume de vendas, maior o 
gasto). Elas permanecem inalteradas em seus aspectos unitários.
Alguns exemplos de despesas variáveis são os fretes e as multas por 
atraso na entrega de produtos aos clientes, as comissões de venda, o gasto com 
combustível dos veículos da empresa e os incidentes ou acidentes na produção.
Dizemos que as despesas variáveis estão em algum lugar entre o custo e 
a despesa. Isso porque, por não estarem diretamente relacionadas à quantidade 
de produtos produzidos ou vendidos, aparecem como “despesas”, mas ainda 
mantêm uma relação estreita com as atividades de produção e vendas.
Já as despesas	 fixas não mudarão com a quantidade produzida ou 
vendida. Isso significa que uma taxa mensal será cobrada, independentemente 
de a empresa ter um bom desempenho nos negócios ou não. Alguns exemplos 
seriam as contas de água, energia elétrica e telefone, o salário dos funcionários, o 
aluguel do imóvel onde o negócio se localiza, as taxas bancárias e outros gastos 
frequentes da empresa.
Figura 10 – Despesas
Fonte: stevepb, Pixabay (2021).
Tipificação de custos e despesas
25
Para calcular as despesas fixas e variáveis em uma empresa, o gestor 
precisará fazer duas coisas: mapear todas as entradas e saídas de dinheiro e 
estar familiarizado com alguns conceitos financeiros. Apesar da simplicidade, a 
maioria dos gestores ainda perde a oportunidade de se familiarizar com os termos 
financeiros e ignora esse ponto enquanto parte de uma decisão importante para o 
desenvolvimento do negócio. 
Lembre-se de que, se você aprender a classificar as despesas e controlar 
receitas e despesas mensais, alcançará seus objetivos financeiros com maior facilidade. 
Para tanto, precisa entender as definições financeiras de despesas (fixas e variáveis) e 
receitas (receita líquida, receita total e lucro).
DICAS
Para finalizarmos e você ter em mente os conceitos a que estamos nos 
referindo, vale anotar o seguinte para sempre consultar quando necessário:
•  receita bruta: é, basicamente, todo o dinheiro que entra na empresa;
•  receita líquida: é o resultado da receita bruta, menos suas devoluções, 
os impostos destacados na nota fiscal e os descontos comerciais;
•  lucro: é definido como a diferença entre receita líquida, menos todos 
os custos e as despesas envolvidos.
Não é necessariamente bom ou ruim para uma empresa ter mais despesas 
fixas ou variáveis. No fim, tudo dependerá da combinação das variações de lucro 
e custo do produto e/ou serviço produzido e comercializado pela organização!
26
AUTOATIVIDADE
1. Considerando nosso material de estudos, podemos afirmar que 
os custos estão relacionados à atividade fim da empresa, ou seja, ao que ela 
produz, ao passo que as despesas não estão ligadas a essa atividade.
Diante disso, no ambiente de uma empresa, podemos afirmar que:
( ) os custos diretos são apropriados aos produtos, como a matéria-
prima.
( ) os custos indiretos podem ser alocados em cada produto, como a 
embalagem.
( ) os custos variáveis não variam no produto em seu processo 
produtivo, como o frete de mercadorias.
( ) os custos fixos têm relação direta com a quantidade produzida, 
como o aluguel.
2. O gerente de uma empresa terá maior controle sobre os custos e 
as despesas quando tem ao seu alcance um programa de otimização de 
recursos contínuo, tornando a organização mais competitiva em seu mercado 
comercial. 
Diante disso, com base em nossos estudos, temos alguns tipos de 
custos que podem ser analisados. Cite exemplos de custos variáveis.
3. Conhecer e entender os custos e as despesas que incorrem no processo 
produtivo de uma empresa é fundamental para que os gestores possam tomar 
decisões assertivas e, principalmente, para identificar a rentabilidade dos 
negócios. 
Sendo assim, considerando as terminologias estudadas, conceitue e 
exemplifique os custos fixos e as despesas variáveis.
4. Muitas despesas são automaticamente convertidas em despesas,enquanto outras entram primeiro no estágio de custo. Também temos aquelas 
que passam pelos estágios de investimento, custo, investimento e, em seguida, 
tornam-se despesas, de fato. 
Diante disso, com base em nossos estudos a respeito do assunto, 
analise as afirmativas a seguir e a relação proposta entre elas.
I - Entre as principais vantagens de um cálculo correto de custos e 
despesas, podemos destacar a análise da margem de contribuição por produto
27
PORQUE
II - esse cálculo ajuda as empresas a melhorarem os preços e, 
consequentemente, a margem opressiva.
Agora, assinale a alternativa correta.
( ) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa 
da I.
( ) A afirmativa I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição 
falsa.
( ) As afirmativas I e II são proposições falsas.
( ) A afirmativa I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
5. Suponha que uma empresa gratifique seus vendedores exclusivamente 
por meio de um percentual incidente sobre o valor das vendas realizadas. Nesse 
caso, quanto mais eles venderem, mais serão bonificados.
Nesse sentido, considerando nossos estudos a respeito do assunto, 
podemos dizer que a remuneração dos vendedores, para a empresa, é:
( ) uma despesa variável.
( ) um custo fixo. 
( ) uma despesa fixa. 
( ) um custo variável.
28
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
29
TÓPICO 3 
UNIDADE 1
3. Diferença entre gastos e custos
3.1 Introdução do tópico
Muitas pessoas confundem os conceitos de despesas, custos e gastos, uma 
vez que eles parecem estar relacionados à mesma coisa, não é? No entanto, a 
verdade é que cada um traz sua definição adequada. Assim, entender a diferença 
entre essas terminologias é fundamental para equilibrar as finanças empresariais 
e pessoais, o que permite uma maior tranquilidade financeira.
Pensando nisso, ao longo deste tópico, estudaremos qual é a diferença 
entre gastos e custos, uma vez que já compreendemos quanto às despesas. 
3.2 Diferença entre gastos e custos 
De forma simples, podemos dizer que o gasto é a despesa financeira e 
todo sacrifício feito pela entidade para obter bens ou serviços. Por outro lado, o 
conceito de despesa é muito amplo e difícil de ser colocado em poucas palavras. 
Como exemplos de gastos, podemos citar a compra de máquinas, 
equipamentos, veículos, móveis e ferramentas. As despesas podem se tornar um 
investimento, sendo que este, por sua vez, tornará-se um custo e uma despesa ao 
mesmo tempo.
Ribeiro (2016, p. 19) faz a definição de despesas e custos para que possamos 
entender que há uma diferença na linguagem da contabilidade de custos: 
Essas duas palavras (despesa e custos), embora, quando utilizada pela 
contabilidade de custo tecnicamente representem coisas diferentes, 
quando utilizadas na nossa linguagem comum ou integrando 
terminologias de outras profissões, em certos casos, podem representar 
coisas semelhantes.
Custo é um gasto, ou seja, um sacrifício financeiro que uma entidade 
suporta quando usa fatores de produção para realizar bens ou serviços. No 
comércio, a aquisição de mercadorias é o custo, enquanto que, na indústria, essa 
mesma aquisição é entendida como de matérias-primas, insumos e mão de obra 
na produção de mercadorias.
30
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento 
Figura 11 – Gastos e custos
Fonte: stevepb, Pixabay (2021).
Conforme Ribeiro (2016), o gasto pode ser definido como uma parte da 
despesa e parte custo. Isso nos deixa um pouco confusos, não é? Esse assunto 
é complexo, mas a contabilidade de custos envolve os custos que beneficiam 
tanto as áreas de produção quanto as áreas administrativa e comercial. Assim, é 
necessário separar a parte que será classificada como despesa da parte que será 
classificada como custo.
Suponha que a empresa Linhas e Traçados comprou 4.000 unidades de 
matéria-prima, mas utilizou apenas 1.800 unidades no processo de transformação em 
determinado período, sendo a diferença ativada a título de estoque de matéria-prima. 
Desse modo, o gasto foi relativo às 4.000 unidades, ao passo que o custo foi de 1.800 
unidades.
UNI
Diferenças entre gastos e custos
31
O custo não deve considerar apenas o ganho com dinheiro, visto que há 
outros meios de se obter o que é necessário, como a força física. 
Diante dessas definições, é possível concluir que há uma mudança a qual 
pode causar confusão, mas vamos simplificar da seguinte forma: as despesas 
podem se tornar um investimento, mas este se torna um custo e uma despesa ao 
mesmo tempo. Devemos diferenciá-los considerando a finalidade dos produtos 
e/ou serviços consumidos, bem como seus impactos no orçamento. E mais 
importante do que defini-los, é saber controlá-los, independentemente de ser 
despesas, gastos ou custos!
32
AUTOATIVIDADE
1. No conceito contábil, despesas, custos e gastos não representam 
a mesma coisa. Entender essa diferença é importantíssimo para qualquer 
empresa, em especial para que se possa identificar o que deve ser ajustado ou 
o que pode ser mantido.
Diante desse contexto, imagine a seguinte situação: a empresa 
Pascoina, no mês de fevereiro de 2021, iniciou a produção para a páscoa de 
40.000 unidades de salgados. Ela teve os seguintes gastos:
Chocolate meio amargo (CV) 1.000,00
Margarina (CV) 80,00
Depreciação do fogão (CF) 200,00
Comissão do vendedor (CV) 2.000,00
Ovos (CV) 70,00
Salário do pessoal da produção (CF) 2.480,00
Embalagem (CF) 150,00
Gás (CF) 20,00
Honorários fixos (CF) 3.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Com base nos dados da tabela anterior, qual é o custo variável total e 
o custo fixo total? 
2. Como bem sabemos, a contabilidade de custos atua nas empresas 
como uma investigadora das informações que irão ajudar na decisão e no 
planejamento do custo de produção para a formação do preço de venda.
Assim, considerando a temática e nossos estudos a respeito, por que é 
correto afirmar que gastos são quaisquer despesas realizadas por indivíduos 
ou entidades, a fim de obterem produtos ou serviços? 
33
3. Suponha o seguinte caso: o gestor da empresa Camiseta & Bermunda 
Ltda. apresentou as seguintes informações relacionadas ao seu processo de 
produção de dois produtos, informando o custo unitário e a quantidade 
produzida.
Camiseta 
baby
Quantidade produzida Custo unitário Custo total
2.000 unidades R$ 7,00 R$ 14.000,00
3.000 unidades R$ 7,00 R$ 21.000,00
4.000 unidades R$ 7,00 R$ 28.000,00
Camiseta 
lange
Quantidade produzida Custo unitário Custo total
2.000 unidades R$ 15,00 R$ 30.000,00
3.000 unidades R$ 10,00 R$ 30.000,00
3.750 unidades R$ 8,00 R$ 30.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Com base nas informações dispostas, podemos dizer que os custos das 
camisetas baby e lange, em relação à unidade de produto, são, respectivamente:
( ) variável e fixo. 
( ) fixo e fixo. 
( ) fixo e direto. 
( ) variável e variável.
34
AUTOATIVIDADE
4. As empresas industriais são caracterizadas por suas atividades 
de produção, ou seja, por transformarem matérias-primas em produtos 
industriais. Tal atividade de transformação é conhecida como produção 
industrial.
Nesse sentido, podemos dizer que os custos de amortização e 
depreciação dos equipamentos que a empresa utiliza no processo produtivo 
de mais de um produto, os salários de supervisores de produção, o aluguel de 
fábrica e a eletricidade (que não podem ser associados ao produto) devem ser 
classificados como custos:
( ) com materiais diretos. 
( ) diretos. 
( ) variáveis. 
( ) indiretos.
5. Imagine a seguinte situação: a empresa Trânsito & Confusão mantém, 
entre os diversos itens componentes de sua estrutura de gastos mensais, itens 
como a taxa mensal constante de energia elétrica, a matéria-prima consumida, 
o aluguel do galpão da fábrica, a depreciação de equipamentos calculada 
com base em unidades produzidas e o contrato de seguro do prédio da 
administração geral.
Nesse sentido, podemos afirmar que:
( ) a taxa mensalde energia elétrica e a matéria-prima consumida são 
custos fixos. 
( ) o aluguel do galpão da fábrica e a depreciação de equipamentos 
são custos diretos. 
( ) a matéria-prima consumida é um custo variável. 
( ) o contrato de seguro do prédio da administração geral é um custo 
direto.
RESUMO
Ficou alguma dúvida? Construímos uma trilha de aprendizagem pensando 
em facilitar sua compreensão. Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e 
veja as novidades que preparamos para seu estudo.
CHAMADA
A contabilidade de custos possui diversos objetivos básicos. Por sua vez, 
a aplicação do pensamento sistêmico explora e tenta provar a conexão entre os 
objetivos ideais da organização e os reais. Em alguns casos, esses objetivos podem 
ser determinados por ações em vez de ideais imaginários. 
As empresas adquirem matéria-prima para serem transformadas em 
produtos, sendo que o produto final é o resultado da agregação de diferentes 
materiais e esforços de produção. Diante dessa realidade, as pessoas acharam 
necessário revitalizar o sistema contábil estabelecendo uma metodologia 
de controle de custos, a qual fornece informações para usuários externos e 
investidores.
No entanto, saber o custo de cada item utilizado e envolvido é essencial 
para entender se o produto a ser oferecido é lucrativo por determinado preço. 
Do contrário, deve-se analisar a possibilidade de reduzir os custos para alcançar 
resultados melhores.
Assim, ao longo de nossos estudos sobre a contabilidade de custos, 
o desenrolar dos conceitos e a aplicabilidade se tornarão pontos de fácil 
compreensão, incluindo outras variáveis relacionadas ao tema, como os métodos 
de custeio.
45
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
Contabilidade de Custos: Métodos 
de Inventário de Estoque
UNIDADE 2 
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um 
deles, você encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos 
apresentados.
TÓPICO 1 - Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da 
mercadoria vendida;
TÓPICO 2 - Contabilidade de custos industrial e comercial;
TÓPICO 3 - Métodos de custeios: por absorção, variável e ABC.
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• visualizar a aplicação dos métodos de custeios;
• compreender a contabilidade de custos na visão do comércio;
• analisar a contabilidade de custos sob a visão da indústria.
46
47
Introdução da unIdade
O objetivo da contabilidade é acumular informações financeiras para 
serem utilizadas na tomada de decisões econômicas. Logo, pode-se definir 
que a finalidade da contabilidade financeira é coletar dados que possam 
ser aplicados para preparar as demonstrações financeiras, atendendo às 
necessidades de investidores, credores e outros usuários externos quanto às 
informações financeiras da organização.
As declarações incluem balanço, demonstração de resultados, 
demonstração de resultados retidos e demonstração de fluxo de caixa. 
Embora tais demonstrações financeiras sejam úteis para gerentes e usuários 
externos, elas não são suficientes. Assim, outros relatórios, listas de verificação 
e análises devem ser considerados para uso interno em planejamento e 
controle. 
A gestão passa muito tempo avaliando os problemas e as 
oportunidades dos vários departamentos da empresa, em vez de verificar a 
organização como um todo. Como resultado, as demonstrações financeiras 
externas pouco ajudam a administração nos momentos das tomadas de 
decisões diárias.
A contabilidade de custos, por sua vez, fornece outras informações 
necessárias para esses relatórios especiais de gerenciamento, bem como 
dados preciosos para preparar as demonstrações financeiras. Por isso, nesta 
unidade, conheceremos a contabilidade de custos na indústria e no comércio. 
O material exigirá um pouco mais de atenção da sua parte, mas, com uma 
leitura atenta, certamente irá tirar de letra! 
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
48
49
UNIDADE 2
1. Custos dos serviços prestados, do 
produto vendido e da mercadoria vendida 
TÓPICO 1
1.1 Introdução do tópico
Os empresários devem considerar a contabilidade como uma aliada do 
negócio, mas, para além disso, os profissionais contábeis devem entender quanto 
aos recursos relacionados e garantir informações precisas para que os gestores 
possam tomar as decisões corretas, firmando uma vantagem competitiva. 
O fato é que, independentemente de ser na indústria, nos negócios ou nos 
setores de serviços, a visão das contas corporativas não pode ser tão pragmática. 
A relação entre vendas e faturamento deve incluir um item essencial: o custo. 
Na prática, isso significa que os custos de produção ou compra de produtos e 
prestação de serviços devem ser subtraídos das vendas. Assim, eis que surge o 
custo dos produtos vendidos (CPV), o custo das mercadorias vendias (CMV) e o 
custos dos serviços vendidos (CSV).
Esses três indicadores calculam o custo direto de produção e compra de 
produtos ou serviços da empresa em determinado período. Por esse motivo, 
além dos custos operacionais específicos, os saldos inicial e final dos estoques ou 
serviços em andamento também estão incluídos nessas contas.
Dessa forma, CPV, CMV e CSV não considerarão o custo dos produtos em 
estoque ou dos serviços que ainda estão sendo implementados, mas consideram 
os itens que foram vendidos ou serviços prestados. Vamos nos aprofundar a 
respeito?
1.2 Custo dos produtos vendidos (CPV)
O custo dos produtos vendidos (CPV) inclui todos os custos de produção 
e armazenamento do produto até a sua venda. Quando vendemos o produto, o 
valor da transação é incluído na conta da loja, certo? Porém, para saber o lucro 
dessa venda, é necessário deduzir do preço final as despesas que gastamos na 
produção ou obtenção do produto e armazenamento do produto. 
Tais despesas podem ser calculadas como o custo dos produtos vendidos 
para mostrar o lucro bruto, que é a diferença entre a despesa e a receita da 
transação. 
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
50
Figura 12 - Custo de vendas
Fonte: Freepik (2021).
Importante lembrar que, deduzindo o custo das vendas do produto do 
preço de venda, conseguimos obter um lucro bruto. Para saber o lucro líquido, é 
necessário descontar outros valores, como aluguel e salários.
O CPV está diretamente relacionado aos processos industriais, por isso, 
além do saldo de estoques, despesas gerais de fabricação, custos de matéria-
prima e mão de obra, o indicador também é utilizado como variável. 
A fórmula do CPV é dada por , sendo que:
= custo dos produtos vendidos;
= estoque inicial;
= insumos (matérias-primas, materiais de embalagem e outros) 
aplicados nos produtos vendidos;
= mão de obra direta aplicada nos produtos vendidos;
= gastos gerais de fabricação (aluguéis, energia, depreciações, mão de 
obra indireta etc.) aplicados nos produtos vendidos;
= estoque final (inventário final).
Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida
51
Por exemplo, imagine que determinada empresa queira apurar o lucro 
bruto do primeiro mês em que seu novo produto ficou no mercado. Para tanto, 
ela deve calcular o custo dos produtos vendidos e compará-lo com o faturamento, 
que foi de R$ 450.000,00. A contabilidade repassou os seguintes dados:
•  estoque inicial de R$ 150.000,00;
•  insumos de R$ 70.000,00;
•  mão de obra de R$ 20.000,00;
•  gastos gerais de fabricação de R$ 30.000,00;
•  estoque final de R$ 15.000,00.
Com tais informações, podemos realizar as substituições necessárias na 
fórmula anterior. Logo, temos o seguinte cálculo:
Dessa maneira, temos que o custo dos produtos de vendidos da empresa, 
no mês em questão, foi de R$ 255.000,00. Para chegar ao lucro bruto, faremos o 
seguinte cálculo: R$ 400.000 - R$ 255.000= R$ 195.000,00.
Ribeiro (2016, p. 31), quanto aos custos dos produtos vendidos, menciona 
que: 
Os produtos que tiveram seus processos de fabricação iniciados em 
períodos anteriores e encerrados no período atual receberão cargas 
de custos proporcionais ao processo de fabricação em cada um dos 
períodos durante os quais estiveram em fabricação. Essas cargas de 
custos são atribuídas no final de cada período, para que os referidos 
produtos inacabados possam ser devidamente avaliados para integrar 
os estoques finais de produtos em elaboração no término de cada um 
desses períodos.
Portanto, temos que o custo dos produtos vendidos nos ajuda a realizar 
um controle financeiro correto, mostrando a situação real da empresa e auxiliando 
na formulação de preços adequados de acordo com a meta de lucro da empresa.
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
52
Ribeiro (2016) apresenta em sua obra o modelo da demonstração do custo 
dos produtos vendidos, assim como as expressões técnicas utilizadas para o 
preenchimento dessa demonstração. Observe o quadro na sequência.
Quadro 1 - Demonstração do custo dos produtos vendidos
1 Estoque inicial de matérias-primas
2 (+) Compras líquidas de matérias-primas
3 (=) Custo das matérias-primas disponíveis (1 + 2)
4 (–) Custo das matérias-primas não aplicadas na produção
5 Estoque final de matérias-primas
6 Custo das vendas de matérias-primas
7 Subprodutos acumulados no período
8 Outros
9 (=) Custo das matérias-primas aplicadas (3 - 4)
10 (+) Mão de obra direta
11 (=) Custo primário (5 + 6)
12 (+) Outros custos diretos
13 Materiais secundários
14 Materiais de embalagem
15 Outros materiais
16 Gastos gerais de fabricação diretos
17 (=) Custos diretos de fabricação (7 + 8)
18 (+) Custos indiretos de fabricação
19 Materiais indiretos
20 Mão de obra indireta
21 Gastos gerais de fabricação indiretos
22 (=) Custo de produção do período (9 + 10)
23 (+) Estoque inicial de produtos em elaboração
24 (=) Custo de produção (11 + 12)
25 (–) Estoque final de produtos em elaboração
26 (=) Custo da produção acabada no período (13 - 14)
27 (+) Estoque inicial de produtos acabados
28 (=) Custo dos produtos disponíveis para venda (15 + 16)
29 (–) Estoque final de produtos acabados
30 (=) Custo dos produtos vendidos (17 - 18)
Fonte: Adaptado de Ribeiro (2016).
Na figura a seguir, podemos observar algumas expressões utilizadas na 
demonstração do custo dos produtos vendidos e o que cada uma representa.
Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida
53
Figura 13 - Expressões técnicas utilizadas no DCPV
Custo das 
matérias-primas 
disponíveis
Custo da produção 
acabada no período
• Compreende o custo de produção, menos o estoque final de produtos em elaboração.
• Fórmula dada por CPA = CP – EFPE
Custo de produção
• Compreende o custo de produção do período, mais o estoque inicial de produtos 
em elaboração.
• Fórmula dada por CP = EIPE + CPP
Custo de produção
 do período 
• Compreende a soma dos custos incorridos na produção do período dentro da fábrica.
• Fórmula dada por CPP = Materiais + MO + GGF
Custo
primário
• Compreende os gastos com matérias-primas aplicadas, mais os gastos com 
mão de obra direta.
• Fórmula dada por CP = MP + MOD
• Compreende o total das matérias-primas que a empresa teve à sua disposição durante 
o período para aplicar na produção.
• Fórmula dada por CMPD = EIMP + CLMP
Custo das 
matérias-primas 
aplicadas
• Custo das matérias-primas disponíveis diminuído da somatória dos seguintes valores: 
custo do estoque final de matérias-primas, custo das vendas de matérias-primas, valor 
dos subprodutos acumulados durante o período (parte do custo dos subprodutos derivada
de sobras de matérias-primas) e outros eventos que venham a reduzir o custo das 
matérias-primas disponíveis, como as baixas por perecimento, sinistro, furtos etc.
• Fórmula dada por CMPA = CMPD – EF – V – SP – O'
Custo de 
transformação
• Embora o título não esteja evidenciado na DCPV, compreende a soma dos gastos com 
mão de obra (direta e indireta) e gastos gerais de fabricação (diretos e indiretos) 
aplicados na transformação dos materiais em produtos.
• Fórmula dada por CT = MOT + GGFT
Fonte: Adaptada de Ribeiro (2016).
Agora que pudemos entender sobre o custo dos produtos vendidos, no 
próximo item estudaremos quanto ao custo das mercadorias vendidas. 
1.3 Custo das mercadorias vendidas (CMV)
O custo das mercadorias vendidas (CMV) é mais utilizado no comércio, 
porém pode incluir quaisquer atividades que não sejam necessárias ao setor, 
bastando que as empresas adquiram alguns produtos para revenda, como 
aqueles vendidos por salões de beleza aos clientes. Esse custo representa o custo 
do revendedor, distribuidor ou fabricante, desde a compra do produto até a sua 
venda ao cliente. Portanto, se o resultado for negativo, a receita de vendas, menos 
o custo das mercadorias vendidas, representará o lucro ou prejuízo bruto. 
O CMV se trata, então, de um cálculo de gerenciamento utilizado para medir 
o custo direto de produção e compra de um produto durante um período.
IMPORTANT
E
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
54
O CMV é amplamente utilizado por grandes empresas como um 
indicador para medir a lucratividade das vendas. Ele é relatado na demonstração 
de resultados do ano corrente e pode ser tratado como uma despesa durante o 
período contábil. 
A fórmula do CMV é dada por , sendo que:
= custo das mercadorias vendidas;
 = estoque inicial;
= compras;
= estoque final (inventário final).
Peguemos o exemplo anterior. Suponhamos, agora, que a empresa queira 
apurar o lucro bruto do mês de abril de 2021, quando o produto novo foi para o 
mercado. Seu faturamento no mês de março do mesmo ano foi de R$ 160.000,00. 
Além disso, temos: 
•  estoque inicial de R$ 40.000,00;
•  compras de R$ 100.000,00;
•  estoque final de R$ 25.000,00.
Com tais informações, também podemos realizar as substituições 
necessárias na fórmula anterior. Dessa maneira, temos o seguinte cálculo:
Dados postos, conseguimos chegar ao resultado, sendo que o custo 
da mercadoria de vendidas no mês em questão foi de R$ 155.000,00. Já para 
chegarmos ao lucro bruto, faremos o seguinte cálculo: R$ 160.000 - R$ 115.000 = R$ 
45.000,00. Ao combinar os custos incorridos com a receita de vendas, o princípio 
da consistência contábil pode ser alcançado. 
Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida
55
Portanto, a fórmula CMV é particularmente importante para a gestão 
porque não só pode ser utilizada como um indicador de lucratividade, mas, 
também, pode ajudar os gestores da empresa a analisarem o modo como 
compram e vendem produtos. Geralmente, os cálculos melhoram esses processos 
e aprimoram o controle operacional.
Figura 14 - Mercadorias vendidas
Fonte: sunnygb5, Freepik (2021).
Sem dúvida, o cálculo do custo das vendas é uma etapa muito relevante 
na avaliação da situação financeira da empresa. Contudo, vale mencionar que 
essa medida também pode trazer outros benefícios para o negócio. Uma delas é 
verificar se a política de compras está de acordo com as tendências de consumo. 
Por exemplo, uma empresa pode investir demais em um produto que não é mais 
atraente para o público-alvo. Desse modo, quando observamos essa situação, 
podemos gerenciar mais facilmente as despesas, comprando bens ou matérias-
primas.
Além disso, os cálculos CMV também são úteis para uma melhor gestão 
de estoque. Uma vez que existem informações relevantes sobre os produtos mais 
vendidos ou que ficaram mais tempo no armazém. A empresa, então, poderá 
tomar medidas para utilizar o espaço disponível, ajudando na redução de custos 
e no aumento da receita.
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
56
1.4 Custo dos serviços vendidos (CSV)
O custo dos serviços vendidos diz respeito a um cálculo que pode 
mostrar o quanto a empresa gastarápara vender cada um de seus produtos em 
determinado período. Assim, ao descobrir quanto custará a execução de cada 
serviço vendido, o empresário poderá analisar melhor sua gestão. 
A fórmula do CSV é dada por , sendo 
que:
= custo dos serviços vendidos;
 = saldo inicial dos serviços em andamento;
= mão de obra direta aplicada nos serviços vendidos;
= gastos diretos (locação de equipamentos, subcontratações etc.) 
aplicados nos serviços vendidos;
= gastos indiretos (luz, mão de obra indireta, depreciações de 
equipamentos etc.) aplicados nos serviços vendidos;
= saldo final dos serviços em andamento.
Por exemplo, imaginemos que determinada empresa queira mensurar os 
custos de seus serviços vendidos no mês de abril de 2021 para outra organização. 
Os dados apurados podem ser observados a seguir:
•  saldo inicial de R$ 30.000,00;
•  mão de obra direta de R$ 20.000,00;
•  gastos diretos de R$ 8.000,00;
•  gastos indiretos de R$ 6.000,00;
•  saldo final de R$ 10.000,00.
Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida
57
Novamente, fazendo as substituições na fórmula de CSV, temos que:
Com os cálculos realizados, podemos entender que o valor de R$ 54.000,00 
é referente aos custos dos serviços vendidos no mês de abril de 2021. Ao compará-
los ano a ano, conseguimos, inclusive, monitorar o aumento ou a diminuição 
dessas despesas.
Ribeiro (2016) complementa que o CSV pode ser entendido como o 
valor do salário e dos encargos do trabalhador que executou a tarefa. Com ele, 
conseguimos verificar qual departamento está mudando ou exigindo mais 
atenção e, se necessário, traçar estratégias para reduzir despesas sem perder a 
produtividade. 
A Receita Federal brasileira distingue os serviços vendidos dos serviços 
prestados, levando em consideração que os primeiros dizem respeito a quando 
os segundos estão relacionados à mão de obra de terceiros, como os médicos em 
hospitais. Nesse caso, o que é disponibilizado é o tempo para a prestação direta 
de serviços. Outro exemplo seria a instalação de aparelhos de ar-condicionado ou 
a pintura de casas. No entanto, essa distinção não tem implicações financeiras.
58
AUTOATIVIDADE
1. Considerando o que estudamos até o momento, imagine a seguinte 
situação: a empresa Parafusos e Pregos S.A., no mês de março de 2021, teve 
movimentações de compra e venda de mercadorias conforme a tabela a seguir.
Data Operação Valor
02/03/2021 Compra R$ 300,00
10/03/2021 Venda R$ 70,00
15/03/2021 Compra R$ 250,00
17/03/2021 Compra R$ 500,00
25/03/2021 Compra R$ 600,00
25/03/2021 Venda R$ 750,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Considerando os dados anteriores e sabendo que os estoques no final 
dos meses de fevereiro e março de 2021 foram de R$ 950,00 e R$ 1.650,00, 
respectivamente, qual foi o custo de mercadoria vendida (CMV) da empresa?
2. Suponha o seguinte caso: a empresa Tuca e Tucano presta serviços 
de instalação de fibra óptica na cidade de Menorzinha do Sul. Devido à 
pandemia do COVID-19, no mês de outubro de 2020, a organização faturou 
R$ 395.000,00. Além disso, temos mais algumas informações para nos ajudar 
com os cálculos:
•  saldo inicial dos serviços em andamento de R$ 60.000,00;
•  mão de obra direta de R$ 90.000,00;
•  gastos diretos de R$ 10.250,00;
•  gastos indiretos de R$ 3.500,00;
•  saldo final dos serviços em andamento de R$ 29.650,00.
Considerando os dados apresentados e nossos estudos, qual foi o 
custo do serviço vendido (CSV) pela empresa em questão?
59
3. Imaginemos o seguinte: a empresa Ômega Máscaras Ltda., devido 
à pandemia do COVID-19, precisou apurar o lucro bruto referente ao mês de 
novembro de 2020, considerando o lançamento de um produto. Seu faturamento 
foi de R$ 375.000,00, mas ainda temos outros valores a contabilizar:
•  estoque inicial de R$ 50.000,00;
•  insumos de R$ 35.000,00;
•  mão de obra de R$ 19.560,00;
•  gastos gerais de fabricação de R$ 24.250,00;
•  estoque final de R$ 15.000,00.
Diante disso, qual é o custo dos produtos vendidos (CPV) pela empresa 
em questão?
( ) R$ 120.657,00.
( ) R$ 113.810,00.
( ) R$ 115.765,00.
( ) R$ 98.867,00.
60
AUTOATIVIDADE
4. O cálculo dos custos de mercadorias vendidas é muito importante 
para a empresa. Com ele, a organização consegue identificar algumas 
informações que, muitas vezes, auxiliam nas tomadas de decisões assertivas, 
gerando vantagens competitivas.
Nesse sentido, como podemos conceituar o custo de mercadoria 
vendida?
( ) É a soma das despesas para produzir e armazenar uma mercadoria 
até que a venda seja efetivada.
( ) É um cálculo utilizado considerando a medição de custo, a qual 
está diretamente relacionada ao processo de produção ou à distribuição do 
produto.
( ) É o valor médio pago pelo cliente quando este clica em um anúncio 
patrocinado.
( ) É o custo ideal por clique, o qual será determinado pelo ROI 
desejado ou pelo investimento que se quer fazer.
5. Como pudemos estudar até o momento, a empresa, para realizar 
uma contabilização correta de seus gastos e custos envolvidos na produção 
e venda de seus itens, precisa contar com a usa de indicadores e cálculos 
específicos.
Nesse sentido, com base em nossos estudos sobre a temática, relacione 
os itens listados a seguir aos seus respectivos exemplos.
I - Custo de mercadoria vendida (CMV).
II - Gastos diretos.
III - Gastos indiretos.
IV - Insumos.
V - Gastos gerais de fabricação.
61
( ) Mão de obra indireta, luz e depreciações de equipamentos.
( ) Materiais de embalagem, matérias-primas e outros materiais.
( ) Energia, depreciações, aluguéis e mão de obra indireta.
( ) Saldo de estoque final, compras e estoque final são utilizados para seu 
cálculos.
( ) Subcontratações e locação de equipamentos.
Agora, assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) I, III, IV, V, II.
( ) V, II, I, IV, III.
( ) II, IV, III, I, V. 
( ) III, I, IV, V, II.
62
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
63
TÓPICO 2
UNIDADE 2
2. Contabilidade de Custos 
Industrial e Comercial
2.1 Introdução do tópico
Para a fabricação de um produto ou a realização de um serviço, precisamos 
considerar que materiais, trabalho, eletricidade, combustível, entre outros itens 
são necessários no processo. Portanto, o custo é a união de todas as despesas para 
a produção de um bem ou o fornecimento de um serviço. 
O custo difere das despesas, uma vez que os custos são utilizados em 
produção, enquanto as despesas são aplicadas direta ou indiretamente para se 
obter renda. 
Pensando nesse contexto, ao longo deste tópico, estudaremos em mais 
detalhes sobre a contabilidade de custo em dois cenários: industrial e comercial. 
Aliás, você saberia dizer qual é a diferença envolvida nos dois âmbitos? Vamos 
descobrir!
2.2 Contabilidade de custo industrial
A contabilidade industrial é a aplicação dos princípios contábeis gerais 
para registrar e gerenciar o capital de empresas industriais. A exceção é a 
contabilidade, que é a única diferença de uma conta empresarial. 
Figura 15 - Operacionalização do custo industrial
FINANCEIRO
PRODUÇÃO
COMERCIAL
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
64
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
Em essência, as empresas industriais usam inteligência de negócios e 
política tributária, resultando em contabilidade industrial em três níveis da 
indústria, a saber:
•  ciclo industrial ou de produção: inclui todas as atividades envolvidas 
para transformar os insumos em produtos;
•  ciclo mercantil ou comercial: consolida todas as operações, desde a 
compra de matéria-prima até a entrega ao cliente;
•  ciclo financeiro: envolve todas as operações e transações financeiras.
Os preços industriais são ajustados ao custo total gerado na produção 
durante determinado período. Os custos consistem em três componentes: 
materiais diretos, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação (CIF).
A contabilidade de custo industrial,define como material direto todo 
produto (insumo) que faz parte do processo produtivo de uma empresa, de acordo 
com os custos e a finalidade de melhorar a cadeia produtiva, otimizando-a. 
Podemos classificar como materiais diretos:
•  matéria-prima: é o principal ingrediente utilizado no produto final, 
mas isso muda no processo de fabricação. Em muitos aspectos, os 
materiais são amplamente usados na produção. Os recursos da terra, 
por exemplo, são aplicados como bens diretamente em produto, 
tornando-se custos industriais quando convertidos de matérias-
primas em sistemas industriais. A madeira é usada para fazer móveis;
•  material secundário: não é o material original do equipamento, mas 
pode ser facilmente identificado. Temos como exemplo os pregos 
em uma fábrica de móveis, os quais são utilizados para firmar os 
materiais primários;
•  material de embalagem: é utilizado para preparar produtos ou 
embalagens para embarque. Temos como exemplo o papelão que 
envolve os móveis prontos.
Contabilidade de custos industrial e comercial
65
Importante apontar, nesse contexto, que a maioria das empresas tem 
o padrão de adotar centro de custos para realizar uma gestão eficiente do custo na 
administração e, até mesmo, do financeiro da organização. Vamos ver para frente como 
é operacionalização, no tópico Método de Custeio.
ESTUDOS FU
TUROS
Já a mão de obra direta, como podemos imaginar, está ligada diretamente 
ao processo produtivo. Ribeiro (2016) a define como sendo o esforço do ser 
humano aplicado no processo de fabricação dos produtos. Podemos dizer, então, 
que o custo da mão de obra direta não envolve apenas salários, mas todos os 
cargos, como INSS, FGTS, férias etc., além de benefícios legais, como seguro 
saúde, despesas de transporte, fundos de pensão e benefícios adicionais (seguro 
de vida especial, por exemplo).
Trazendo o conceito de mão de obra direta pela visão de Martins (2018, p. 
121), podemos afirmar que se trata daquela 
[…] relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto 
em elaboração, desde que seja possível a mensuração do tempo 
despendido e a identificação de quem executou o trabalho, sem 
necessidade de qualquer alocação indireta ou rateio. Se houver 
qualquer tipo de alocação por meio de estimativas ou divisões 
proporcionais, desaparece a característica de “direta”.
Figura 16 - Mão de obra direta
Fonte: yanalya, Freepik (2021).
66
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
Vale distinguirmos que o custo de mão de obra direta diz respeito aos 
salários do setor produtivo, ou seja, ao que é pago aos trabalhadores que estão 
ligados diretamente ao processo produtivo (mão de obra). Sendo assim, pode 
ocorrer variação de acordo com a produção, sendo que a folha de pagamento do 
setor produtivo é fixa.
Temos, ainda, os custos indiretos de fabricação, que são os gastos 
aplicados no processo produtivo e que dão origem ao produto ou serviço de forma 
direta ou indireta. A contabilidade de custos caracteriza como custos indiretos de 
fabricação, por exemplo, o gasto com a depreciação das máquinas, os gastos para 
a manutenção dos equipamentos utilizados no processo produtivo, entre outras 
possibilidades.
Vamos realizar um cálculo para entendermos os conceitos na prática?
Peguemos, por exemplo, o gasto com energia elétrica de determinada 
empresa, sendo que todo consumo é informando em apenas uma fatura de 
energia. Vamos supor que o rateio do consumo de energia elétrica um certo mês 
foi de R$ 1.500,00 para três produtos que a empresa produz (200 unidades de 
camisa verde, 100 unidades de calça azul e 10 unidades de casaco marrom). 
Considerando os dados mencionados, precisamos dividir o consumo total 
(R$ 1.500,00) pela quantidade de produtos (três). Desse modo, chegamos ao valor 
de R$ 500,00. A produção total resultou em 310 unidades. Assim, fazendo mais 
uma divisão (R$ 1.500 310), encontramos o valor de cada item: R$ 4,83.
Agora, precisamos calcular o valor do consumo de energia elétrica para 
cada produto, conforme a quantidade produzida. Acompanhe a tabela a seguir!
Tabela 1 - Cálculos do exemplo
Produto Quantidade produzida Total
Camisa verde 200 unidades R$ 4,83 200 = R$ 967,74
Calça azul 100 unidades R$ 4,83 100 = R$ 483,87
Casaco marrom 10 unidades R$ 4,83 10 = R$ 48,39
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Para finalizarmos, precisamos entender, também, que o custo indireto de 
fabricação representa os gastos com a função de produção para a comercialização, 
ou seja, não pode ser associado ao produto em si.
Contabilidade de custos industrial e comercial
67
2.3 Contabilidade de custo comercial
Um comércio é basicamente composto pela compra, pelo título e pela 
venda de mercadorias. A princípio, esse processo pode parecer simples, mas 
envolve pequenas ações que visam à rentabilidade, ou seja, ao resultado. 
Entre as pequenas ações envolvidas, temos os controles, que são os 
registros de todos os custos de uma empresa para que se possa entender como 
eles ocorrem. Porém, o que se percebe é que os empreendedores são muito mais 
hábeis em comprar e vender do que manter o controle de custos. 
Na contabilidade de custo comercial, para a apuração deste, é necessário 
o empresário levar em consideração alguns critérios, como:
•  registro das mercadorias no controle de inventário, sendo que, caso 
a empresa já esteja informatizada, essas contas serão realizadas com 
maior agilidade;
•  cálculo do preço de venda de mercadorias, sendo que outras despesas 
ainda devem ser contabilizadas nesse caso, a exemplo dos impostos 
de vendas, das comissões de vendedores e dos encargos fixos;
•  acompanhamento e avaliação dos resultados de vendas, em que se 
observa o volume que a empresa vende e verifica se ele está gerando 
lucro ou não;
•  acompanhamento do ganho bruto de cada produto vendido, a fim 
de verificar a necessidade de se criar uma promoção para reduzir o 
estoque e/ou liquidar o estoque parado.
Com esses dados em mãos e contabilizados adequadamente, consegue-
se apurar a contabilidade comercial e identificar o que pode ser melhorado ou 
permanecer como está. Do contrário, pode ocorrer de o empresário tomar decisões 
equivocadas ou que lhe trarão prejuízos no longo prazo.
68
AUTOATIVIDADE
1. Imagine a seguinte situação: a empresa Bare & Bare quer elaborar o 
orçamento dos custos indiretos de fabricação. Ela nos traz três cenários, sendo 
que, no primeiro, foram produzidas 10 mil peças, no segundo, 20 mil peças e, 
no terceiro, 40 mil peças. Além disso, os custos indiretos variáveis são de R$ 
5,00 por peça, enquanto os custos indiretos fixos totalizam R$ 50.000,00.
Nesse sentido, com base em nossos estudos e nas informações dispostas 
anteriormente, como fica o orçamento da empresa por peça?
2. Suponha o seguinte caso: a empresa Mate & Suco, fabricante de 
bebidas, apresentou as seguintes informações quanto ao ano de 2020. 
Receita de vendas R$ 280.000,00
Mão de obra direta R$ 60.000,00
Mão de obra indireta R$ 77.000,00
Depreciação dos equipamentos R$ 1.500,00
Seguro do parque fabril R$ 300,00
Energia elétrica da empresa R$ 1.200,00
Compras de matéria-prima R$ 94.000,00
Materiais indiretos R$ 2.600,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Para complementar o cálculo, a empresa também informou o estoque 
referente ao ano de 2019 e 2020, como podemos observar na próxima tabela. 
Estoque 2019 2020
Matéria-prima R$ 40.000,00 R$ 36.000,00
Produtos acabados R$ 32.600,00 R$ 24.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Considere que o custo primário é igual à matéria-prima, mais a mão 
de obra direta. Já o custo de transformação é igual à mão de obra, mais os 
gastos gerais de transformação. Com isso em mente, qual o valor total de 
custo primário e custo de transformação?
69
3. A contabilidade de custos do produto visa processar o custo do item 
em desenvolvimento, bem como os custos total e unitário de produtos e serviços 
para fins administrativos. Também pode cobrira distribuição, o armazenamento, 
a venda e o custo de administração, além de custos financeiros e fiscais. 
Sendo assim, podemos classificar os custos primários como:
( ) matéria-prima e componentes adquiridos.
( ) custos diretos e indiretos.
( ) mão de obra direta e indireta.
( ) mão de obra direta e matéria-prima.
70
AUTOATIVIDADE
4. Os custos incorridos na empresa e que não foram diretamente 
atribuídos aos produtos, ou seja, não estão diretamente relacionados ao 
processo produtivo, identificam-se como custos indiretos de fabricação (CIF). 
Diante desse contexto, analise a tabela a seguir.
Contas Valor em R$
Salário dos supervisores da fábrica R$ 85.000,00
Salário dos operadores de produção R$ 145.000,00
Energia elétrica do escritório de vendas R$ 5.000,00
Salário dos vigilantes da fábrica R$ 18.000,00
Embalagem utilizada na produção R$ 3.000,00
Salário da secretária do escritório de vendas R$ 2.500,00
Matéria-prima utilizada na produção R$ 39.000,00
Aluguel da fábrica R$ 15.000,00
Receita de vendas R$ 1.100.000,00
Impostos sobre vendas R$ 190.000,00
Energia elétrica da fábrica R$ 5.000,00
Depreciação das máquinas de produção R$ 7.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Diante das informações anteriores, podemos afirmar que a soma dos 
custos indiretos de fabricação (CIF) da empresa em questão é de:
( ) R$ 125.000,00.
( ) R$ 132.500,00.
( ) R$ 130.000,00.
( ) R$ 115.000,00.
Contabilidade de custos industrial e comercial
71
5. Com base em nosso material de estudos e no que vimos até o momento, 
podemos afirmar que são os custos dos insumos que convertem os materiais em 
produtos. Esses custos em questão são considerados custos de transformação.
No caso, o que podemos entender como custos de transformação?
( ) Mão de obra direta e materiais diretos.
( ) Matéria-prima e custos indiretos de fabricação.
( ) Mão de obra direta e custos indiretos de fabricação.
( ) Matéria-prima, mão de obra direta e materiais diretos.
72
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
73
TÓPICO 3 
UNIDADE 2
3. Métodos de custeios: por absorção, 
variável e ABC
3.1 Introdução do tópico
Os métodos de custeio dizem respeito a uma forma de calcular o preço de 
um produto ou serviço para cada organização, com base no projeto do fabricante. 
Afinal, o gestor da empresa, no momento da tomada de decisão quanto a 
determinado produto, utiliza informações das áreas contábil e comercial. A área 
de contabilidade, em particular, é responsável por gerar estratégias para reduzir 
os preços dos produtos e das matérias-primas durante o processo produtivo, sem 
reduzir a qualidade do item. 
Dessa forma, cabe ao gestor decidir para que tenha um processo produtivo 
de qualidade, evite desperdícios e encontre a alternativa mais adequada ao 
processo. Na área de negócios, esses profissionais, portanto, podem utilizar tais 
informações para preparar os preços de venda de seus produtos.
Pensando nisso, ao longo deste tópico, conheceremos em maiores detalhes 
a respeito dos métodos de custeio: por absorção, variável e ABC. Acompanhe!
3.2 Método de custeio por absorção
O método de custeio por absorção inclui custo fixo, custo variável, custo 
direto e/ou custo indireto. Nesse método, os custos diretos (como mão de obra e 
materiais gastos diretamente no processo produtivo) são estimados com base na 
quantidade consumida. Outros custos (custos indiretos), por sua vez, devem ser 
estimados de forma proporcional, com base em cálculos previamente realizados 
pelo departamento.
No Brasil, a regulamentação contábil adota o método de absorção como 
o mais viável, visto que os gestores utilizam os resultados obtidos para a tomada de 
decisão. No entanto, por meio da análise de custos, são permitidos desvios na alocação 
desses custos durante o processo produtivo, causando prejuízos à produção. Isso 
interfere no resultado das empresas e no processo produtivo.
NOTA
74
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
Temos, então, que o custeio por absorção consiste na apropriação de 
todos os custos (diretos e indiretos, fixos e variáveis) causada pela produção de 
recursos, dentro do ciclo de operação interno. Isto é, todas as despesas indiretas 
utilizadas na fabricação são rateadas para os produtos fabricados. 
De acordo com Martins (2018, p. 22), esse tipo de custeio
[…] é o método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade 
geralmente aceitos, nascido da situação histórica mencionada. Consiste 
na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, 
e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de produção 
são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos.
Vamos a um exemplo de DRE do método de custeio por absorção.
Tabela 2 - DRE por método de absorção
DRE - Método por absorção
Receita de vendas R$ 432.500,00
Custo dos produtos vendidos (R$ 302.125,00)
Lucro bruto R$ 130.375,00
Despesas variáveis (R$ 21.625,00)
Despesas fixas (R$ 93.000,00)
Resultado operacional R$ 15.750,00
IRRF (R$ 2.362,50)
CSLL (R$ 1.471,50)
Resultado líquido R$ 11.970,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
É válido ressaltar que os custos fixos dos produtos, mesmo que estes sejam 
vendidos ou não, continuarão a existir. Os custos de absorção incluem a alocação 
de todos os custos (fixos ou variáveis) para o período de produção. Despesas não 
fabris (despesas), no caso, são excluídas. 
No custeio por absorção, os resultados não acompanham 
necessariamente a direção das vendas, sendo muitíssimo influenciados 
pelo volume de produção; seu montante, aliás, depende diretamente 
não só das receitas e volume produzido no período, mas também da 
quantidade feita no período anterior, já que isto afeta o custo unitário 
do estoque que passa a ser baixado no período seguinte. (MARTINS, 
2018, p. 188)
A principal diferença no custo de absorção são os custos e as despesas. 
Observe a figura a seguir para entender melhor o método de custeio por absorção.
Métodos de custeios: por absorção, variável e ABC
75
Figura 17 - Custeio por absorção
Custeio por Absorção
Empresas de Manufatura
Custos
CPV
Demonstração de resultados
Lucro bruto
Receita
Despesas
Lucro operacional
Estoque de 
produtos
Vendas
Despesas
Fonte: Martins (2018, p. 23).
A separação entre custos e despesas, aliás, é relevante porque o custo 
já está incluído imediatamente nos resultados do período. Apenas os custos 
associados aos produtos vendidos serão tratados da mesma forma.
3.3 Método de custeio variável
O método de custeio variável direto considera o estoque dos produtos 
apenas atribuídos aos custos variáveis, ou seja, os custos variáveis incorporados 
como custos dos produtos. Já os custos fixos e outros existentes no processo são 
considerados como despesas, lançados no demonstrativo de resultados.
O demonstrativo do resultado do exercício (DRE) é um documento contábil 
em que são registradas as receitas e despesas da empresa no referente período, mediante 
seu resultado, após a dedução do Imposto de Renda, no qual a alíquota é de 15%. Caso 
o valor do resultado operacional antes do Imposto de Renda e da contribuição social for 
superior a R$ 20.000,00, há um adicional de 10%. No que se refere à contribuição social, 
a alíquota é de 9% sobre o resultado.
IMPORTANT
E
O custeio variável é baseado na separação das despesas variáveis e dos 
encargos fixos, ou seja, na saída, que oscila proporcionalmente ao volume de 
produção/venda e despesas. Há alteração no volume da produção, enquanto os 
custos permanecem constantes.
76
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
O sistema cria informações importantes, como a margem de contribuição 
(MC), e fornece os subsídios necessários para tomar decisões. No entanto, esse 
método de custo não é aceito para demonstrações externas, porque fere os 
princípios reconhecidos no Brasil e é desconsiderado na legislação tributária.
Os custosvariáveis, também conhecidos como custos diretos, nos traz que 
seus valores dependem diretamente do volume gerado no processo produtivo. Desse 
modo, é uma consequência do volume de vendas do produto. 
NOTA
A separação de custos variáveis e fixos fornece ao gestor da empresa 
maior facilidade de planejamento para obter lucros, uma vez que, com ela, é 
possível simular o resultado que será alcançado. Vamos pensar em um exemplo 
para entender melhor?
Considere que determinada empresa apresentou as seguintes informações 
referentes à sua produção do mês abril de 2021:
•  produção de 1.000 unidades acabadas;
•  custos variáveis no valor de R$ 20.000,00;
•  custos fixos no valor de R$ 12.000,00;
•  despesas variáveis no valor de R$ 4.000,00;
•  despesas fixas no valor de R$ 6.000,00;
•  vendas líquidas de 800 unidades.
•  preço unitário de R$ 60,00;
•  estoque final de produtos acabados de 200 unidades;
•  custo unitário de R$ 20,00.
Para realizarmos os cálculos, primeiramente, vamos considerar o seguinte:
•  vendas liquidas = 800 unidades = 800 x 60 = 48.000,00
•  estoque final de produtos acabados = 200 x 20 = 4.000 unidades;
•  custo do produto acabado = 20.000 ÷ 1.000 = R$ 20,00;
•  custo de produtos vendidos = 800 x R$ 20,00 = 16.000 unidades.
Sabemos que há estoques inicial e final de produtos em elaboração. Assim, 
o cálculo da DRE deve ser feito conforme a próxima tabela. Confira! 
Métodos de custeios: por absorção, variável e ABC
77
Tabela 3 - DRE por método variável
DRE - Método variável
Receita de vendas R$ 48.000,00
Custo dos produtos vendidos (R$ 16.000,00)
Despesas variáveis (R$ 4.000,00)
Margem de contribuição R$ 28.000,00
Custos fixos (R$ 12.000,00)
Despesas fixas (R$ 6.000,00)
Resultado líquido R$ 10.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
No método de custeio variável, os custos fixos são considerados uma 
perda (prejuízos) porque, se a empresa não estiver em atividade, ou seja, o setor 
produtivo estiver parado e sem fabricação, não gerará produtos para a venda e, 
consequentemente, não haverá venda. Porém, continuará a ter custos fixos, o que 
resultará em um resultado negativo. 
3.4 Método de custeio baseado em atividades (ABC)
Por fim, temos que o método de custeio baseado em atividades (método 
ABC) é aquele em que as atividades realizadas no processo de produção 
fornecem eficiência e distribuição no cálculo de custos indiretos, reduzindo os 
erros causados divisão, ou seja, a departamentalização dos custos. 
Nesse método, os custos indiretos de fabricação (CIFs) são atribuídos 
aos produtos de forma mais precisa que os métodos anteriores, visto que as 
atividades consomem recursos, enquanto os produtos consomem atividades. 
Desse modo, ao adotar os custos indiretos de fabricação para as atividades, é 
possível identificar o consumo quando comparamos, por exemplo, com o método 
por absorção. 
Alguns autores da área chamam o método ABC como a primeira geração 
de métodos de custo. Inclusive, ele ganhou indicações em meados da década de 1980, 
sendo o resultado que se procurava para a distribuição de custos, especialmente nos 
produtos.
NOTA
78
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
Por exemplo, imaginemos que a empresa Descomplica é especialista em 
atender o público que não sabe como se passa uma peça de vestuário. Isto é, 
ela faz esse trabalho para o cliente. Sendo assim, no mês de fevereiro de 2021, 
conforme alguns levantamentos, a organização teve a seguinte produção: 
Tabela 4 - Produção da empresa
Produto Produção mensal Preço unitário Total das vendas
Camisetas 10.000 unidades R$ 8,00 R$ 80.000,00
Camisas 5.000 unidades R$ 12,00 R$ 60.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Iniciamos, então, o cálculo do método de custeio ABC, pelos custos diretos 
por unidade. Acompanhe a próxima tabela para entender os dados de forma mais 
clara.
Tabela 5 - Custos diretos por unidade
Custos diretos por unidade
Camisetas Camisas
Tecido R$ 2,00 R$ 2,00
Mão de obra direta R$ 0,50 R$ 0,80
Total por unidade R$ 2,50 R$ 2,80
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
A empresa também apresentou seus custos indiretos e suas despesas, os 
quais podemos observar com a tabela na sequência.
Tabela 6 - Custos indiretos e suas despesas
Aluguel R$ 15.000,00
Material de consumo R$ 10.000,00
Despesas com vendas R$ 8.000,00
Total R$ 33.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Com todos esses números em mãos, vamos aplicar a metodologia seguindo 
três passos: identificar as atividades relevantes de cada departamento, atribuir os 
custos às atividades, fazer o levantamento dos direcionadores das atividades e da 
quantidade de direcionadores para cada produto.
Métodos de custeios: por absorção, variável e ABC
79
Primeiramente, então, teremos que identificar as atividades relevantes de 
cada departamento. Para tanto, fazemos o seguinte:
Quadro 2 - Atividades de cada departamento
Departamentos Atividades
Compras Comprar os materiais
Corte e costura Cortar e costurar
Fonte: Elaborado pela autora (2021).
Depois, seguindo os passos necessários, precisamos atribuir os custos às 
atividades, conforme observamos na próxima tabela.
Tabela 7 – Custos x atividades
Departamentos Atividades Custos diretos
Compras Comprar os materiais 15.000 ÷ 5.000
Corte e costura Cortar e costurar 18.000 ÷ 20.000
Total 33.000 ÷ 25.000
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
No terceiro passo, realizamos o levantamento dos direcionadores das 
atividades e da quantidade desses direcionadores para cada produto. Vejamos a 
seguir.
Tabela 8 – Direcionados
Departamentos Atividades Direcionadores de atividades
Compras Comprar os materiais Número de pedidos
Corte e costura Cortar e costurar Tempo de corte e costura
Direcionadores de atividades Camisetas Camisas
Número de pedidos 100 unidades 150 unidades
Tempo de corte e costura 1.500 horas 2.000 horas
Total 250 3.500 horas
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Com todas essas informações, podemos verificar qual é o custo de cada 
atividade de acordo com os direcionadores. Acompanhe a tabela a seguir.
80
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
Tabela 9 – Custos das atividades
Comprar os materiais
Custo total R$ 15.000,00 ÷ 5.000
Direcionador Número de pedidos
Camisetas Camisas Total
Número de pedidos 100 150 250
Proporção (n. de pedidos / 
total de pedido) 100 40% (100/250) x 100 60% (150/250) x 100 100%
Custo para comprar os 
materiais
40% x 15.000 ÷ 5.000 
R$ 6.000 ÷ 2.000
60% x 15.000 ÷ 5.000 
R$ 9.000 ÷ 3.000 R$ 15.000,00 ÷ 5.000
Cortar e costurar
Custo total R$ 18.000,00/20.000
Direcionador Tempo de corte e costura
Camisetas Camisas Total
Tempo de corte e costura 1.500 horas 2.000 horas 3.500 horas
Proporção (n. de pedidos / 
total de pedidos) 42,85% 57,15% 100%
Custo de cortar e costurar 42,85 % x 18.000 ÷ 20.000 = 7.713 ÷ 8.570
57,15 % x 18.000 ÷ 20.000 = 
10.287 ÷ 11.430 R$ 18.000 ÷ 20.000
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Métodos de custeios: por absorção, variável e ABC
81
Após todos os procedimentos de cálculos, podemos apresentar o 
demonstrativo do resultado, que resume os custos de produção de forma direta 
e indireta por atividade.
Tabela 10 – DRE do exemplo analisado
Camisetas Camisas Total
Receita de vendas R$ 80.000,00 R$ 60.000,00 R$ 140.000,00
(-) Tecido R$ 20.000,00 R$ 10.000,00 R$ 30.000,00
(-) Mão de obra direta R$ 5.000,00 R$ 4.000,00 R$ 9.000,00
Custos diretos - subtotal R$ 25.000,00 R$ 14.000,00 R$ 39.000,00
(-) Comprar os materiais R$ 6.000,00 ÷ 2.000 R$ 9.000,00 ÷ 3.000 R$ 15.000,00 ÷ 5.000
(-) Cortar e costurar R$ 7.713,00 ÷ 8.570 R$ 10.287,00 ÷ 11.430 R$ 18.000,00 ÷ 20.000
Custos indiretos - subtotal R$ 13.713,00 ÷ 10.570 R$ 19.287,00 ÷ 14.430 R$ 33.000,00 ÷ 25.000
(=) Resultado antes do 
Imposto de Renda R$ 41.287,00 ÷ 44.430 R$ 35.713,00 ÷ 31.570 R$ 68.000,00 ÷ 76.000
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Logo, temos que a ideia básica é atribuiratividades em custos privados e, 
em seguida, para os produtos. Primeiro, temos a busca pelos custos relacionados 
à atividade, ou seja, o que liderou esses custos. Depois, seguimos com a melhora 
da qualidade nos custos dos produtos. Como consequência, identificamos as 
atividades que alocam os custos totais.
82
AUTOATIVIDADE
1. Imagine o seguinte: determinada companhia nos informou que, no 
mês de fevereiro de 2018, produziu 1.000 unidades, com o custo de R$ 9.000,00 
de materiais e R$ 3.000,00 de despesas operacionais. Foram vendidas 800 
unidades a um preço unitário de R$ 200,00, com uma receita de R$ 16.000,00. 
O custo unitário de fabricação é R$ 9,00. 
Pensando nisso e em nossos estudos, adotando o método de custeio 
por absorção, podemos afirmar que o lucro obtido no mês de fevereiro foi de:
( ) R$ 5.760,00.
( ) R$ 9.000,00.
( ) R$ 4.000,00.
( ) R$ 16.000,00.
2. Como bem sabemos e pudemos aprender com nossos estudos, 
utilizado como uma ferramenta para calcular o custo de produção de 
determinado produto, o método de custeio é fundamental para precificação 
desse item. 
A respeito do assunto, sabendo que cada método de custeio possui 
características próprias com relação aos cálculos e às estratégias adotados, 
assinale a alternativa a seguir quanto ao conceito correto de um desses 
métodos.
( ) O método de custeio por absorção tem por objetivo dividir, no 
processo produtivo, todos os elementos do custo variável em cada etapa de 
produção. 
( ) O método do custeio rateado é um sistema que estabelece o custo 
de produção dos produtos de linha. 
( ) O método de custeio ABC é um sistema com base nas atividades do 
processo de produção, o qual qualifica os custos indiretos para os produtos. 
( ) O método de custeio variável nos traz que os custos diretos e 
indiretos são adequados para os custos de produção. 
( ) No método de custeio ABC não atribui custos às atividades para 
distribuí-los aos produtos.
83
3. Ao longo de nosso material, pudemos conhecer alguns métodos de 
custeio que auxiliam as organizações no controle de suas contas. Desse modo, 
fica mais fácil tomar decisões e compreender os custos envolvidos na produção.
Diante disso, qual método a seguir atende aos princípios fiscais e é 
permitido pela legislação brasileira, incluindo custos fixo, variável, direto e/ou 
indireto?
( ) Método direto.
( ) Método por absorção.
( ) Método por estimativa.
( ) Método ABC.
4. Imagine o caso a seguir: a empresa Camisa & Camisetas, no mês de 
outubro de 2020, apresentou alguns dados para a produção de 600 unidades de 
camisas sociais, com um total de vendas de 400 dessas unidades ao preço unitário 
de R$ 120,00. No mesmo período, foram coletadas as informações a seguir:
•  custo variável unitário = R$ 20,00;
•  total de custos fixos = R$ 18.000,00;
•  despesas variáveis de vendas = R$ 2,00 por unidade;
•  inexistência de estoque inicial de produtos no período.
Com base nas informações expostas, feitas as devidas apurações, calcule 
o custo dos produtos vendidos, o estoque final de produtos, o lucro líquido do 
período tanto pelo método de custeio por absorção quanto pelo método de custeio 
variável.
5. Pensemos o seguinte: uma empresa atacadista de móveis de Bela Vista 
do Salto/RS, no mês de agosto de 2020, incorreu nos seguintes custos: 
Salários e encargos sociais R$ 295.650,00
Depreciação de equipamentos R$ 39.000,00
Viagens e estadias R$ 45.655,00
Aluguel R$ 9.636,00
Outros* R$ 5.925,00
*Custos de atividades de apoio ao próprio departamento. Devem ser 
alocadas às atividades fim, com base no custo do salário.
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
84
AUTOATIVIDADE
As atividades relevantes desempenhadas em determinado 
departamento foram: projetar novos produtos, elaborar fichas técnicas e 
treinar funcionários. O quadro de pessoal do departamento, seus respectivos 
salários (com encargos) e o tempo disponível são dados observados na tabela 
a seguir.
Cargo Tempo Disponível (h) Salário ($)
1 gerente 2.000 R$ 60.000,00
1 secretária* 2.000 R$ 12.000,00
3 engenheiros 6.000 R$ 120.000,00
2 estagiários 2.000 R$ 12.000,00
*75% do tempo da secretária eram utilizados para dar assistência ao gerente; o restante, aos 
três engenheiros.
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Por meio de entrevistas e análises de processos, verificou-se que o 
tempo era gasto, nas atividades mais relevantes, da seguinte maneira:
Cargo Projetar novos produtos
Elaborar fichas 
técnicas
Treinar 
funcionários
Gerente 0,7 - 0,3
Secretária - - -
Engenheiros 0,5 0,2 0,3
Estagiários - 1,0 -
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Além disso, com a análise da razão e investigação dos registros 
disponíveis, foi possível rastrear as seguintes proporções de consumo de 
recursos das atividades:
Projetar novos 
produtos
Elaborar fichas 
técnicas
Treinar 
funcionários
Depreciação 0,3 0,2 0,5
Viagens 1,0 - -
Aluguel 0,4 0,1 0,5
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Não se conseguiram rastrear os demais custos às atividades. 
Sendo assim, considerando todas as informações dispostas 
anteriormente e nossos estudos quanto à temática, calcule o custo de cada 
atividade.
85
RESUMO
Ficou alguma dúvida? Construímos uma trilha de aprendizagem 
pensando em facilitar sua compreensão. Acesse o QR Code, que levará ao 
AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
CHAMADA
Ao longo desta unidade, pudemos compreender que, quando a empresa 
realiza as compras materiais, pode incorrer em custos, além daqueles que serão 
pagos ao fornecedor. A organização ainda é responsável pelo pagamento de 
transportes, seguros, armazenamento e outras despesas com a aquisição. Se o 
material for importado, bilhões de bens ou produtos aéreos, despesas aduaneiras 
e outros custos alfandegários e de transporte estarão envolvidos.
Dessa maneira, deve ser recordado que as empresas, enquanto prestadoras 
de serviços e/ou industriais, geralmente trabalham com ações materiais 
comumente usadas. No caso da indústria e do comércio, tem-se um estoque de 
produtos ou mercadorias acabados, respectivamente, para responder aos pedidos 
de clientes. 
Assim, em uma empresa industrial, por exemplo, o custo dos materiais 
corresponde aqueles que foram consumidos apenas na produção. Em um 
prestador de serviços, o custo dos materiais inclui aqueles usados para realizar o 
serviço. 
Ademais, é comum, tanto em empresas industriais quanto em empresas 
comerciais, existirem perdas de materiais durante a produção ou a realização 
do serviço. Tais perdas fazem parte do processo de fabricação ou execução. Elas 
podem ser minimizadas, mas raramente evitadas. São chamadas, na verdade, de 
perdas normais, integrando os custos materiais.
Os métodos de custeio, então, fazem a gestão do custo unitário de um 
produto — passo fundamental na definição de preços —, bem como a análise 
do desempenho financeiro e o cálculo da lucratividade da empresa. Conforme 
as atividades da empresa ganham volume, torna-se mais difícil de controlar 
descontos diretos e indiretos aos produtos. Assim, o custo do cálculo reforça 
a importância dos métodos de custeio. Com eles, é possível ter uma visão 
mais precisa e detalhada da produção, independentemente da diversidade e 
complexidade da organização. 
87
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
Prática da Contabilidade de Custos
UNIDADE 3 
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um 
deles, você encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos 
apresentados.
TÓPICO 1 - Apuração dos custos de fabricação
TÓPICO 2 - Formação de preço 
TÓPICO 3 - Contabilização de custos
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• compreender como apurar os custos de um processo produtivo;
• entender de que modo é feita a contabilização das operações com merca-dorias;
• saber precificar o produto;
• conhecer o sistema de controle de estoque.
88
89
Introdução da unIdade
Já sabemos que a classificação dos itens de custo enquanto diretos 
ou indiretos está ligada ao grau de facilidade ou dificuldade de seu cálculo. 
No que tange à produção, a mão de obra atribuída é considerada um item 
de custo direto. Por outro lado, outros itens, como energia elétrica, mão de 
obra de supervisão, depreciação de máquinas e mão de obra de gerência têm 
sua alocação aos produtos de forma mais complicada, demandando critérios 
de rateio ou direcionadores que, muitas vezes, são arbitrários ou difíceis de 
compreender. Por conta disso, são considerados itens de custo indireto.
A empresa, para buscar o lucro, deve ter produtos para venda, por 
isso, precisa realizar a produção de estoque para atender aos pedidos de 
compras. No estoque, mesmo que os produtos tenham um valor unitário 
diferente, não alteram a política da empresa em adotar um procedimento de 
controle por meio dos métodos de custeio.
Revisando esses conceitos, podemos passar para a contabilização 
de custos, não é mesmo? Afinal, a contabilidade de custos envolve diversos 
fatores relacionados à empresa, incluindo o inventário de materiais. Este 
se trata da contagem de todos os itens e produtos que estão estocados 
na organização, estando diretamente ligado à contabilidade de custos e 
contabilidade geral.
Dessa maneira, ao longo desta unidade, entenderemos a apuração de 
custos de fabricação, a formação de preço de mercado e a contabilização dos 
custos, evidenciando, logicamente, a importância da contabilidade de custos 
para as empresas. 
90
91
UNIDADE 3
1. Apuração dos custos de 
fabricação
TÓPICO 1
1.1 Introdução do tópico
Para separar os custos envolvidos no processo produtivo de uma empresa, 
é crucial termos familiaridade com os conceitos de custos diretos, indiretos, 
variáveis e fixos. O cálculo de cada um deles é nada mais que o resultado de 
várias rotinas e inúmeros movimentos realizados durante o mês. 
O inventário do estoque é essencial para que a empresa tenha o controle 
de seus itens, a fim de desempenhar de forma ágil suas funções e obter os dados 
consolidados de todas essas informações diferentes para atingir o valor final. 
Pensando nesse contexto, no decorrer deste primeiro tópico, aprenderemos 
como calcular cada tipo de despesa que compõe o custo final da produção. Assim, 
para melhor compreender a apuração dos custos de fabricação, focaremos na 
composição do cálculo do custo final de produção. Acompanhe!
1.2 Custo dos materiais comprados
O controle da recepção do material é o processo que gera informações 
sobre os custos de materiais comprados. Diante disso, as matérias-primas e os 
componentes adquiridos pela empresa devem ser controladas pelo cálculo do 
custo médio ponderado, ou seja, cada material recebido é atualizado nos valores 
integrados ao preço e multiplicado pelo valor do item no inventário, dividido 
pelo valor total. Obtém-se, então, um custo médio ponderado. Aliás, sua fórmula 
é dada por: (valor do produto (NF) x quantidade recebida) + (custo unitário x 
quantidade de estoque) ÷ (quantidade de estoque + quantidade recebida).
Por exemplo, imaginemos um estoque inicial, em 1 de setembro, composto 
por 30 unidades de postes. Estes foram adquiridos por R$ 400,00 cada um, 
totalizando R$ 12.000,00. Observe a figura a seguir para analisar as demais baixas!
Tabela 11 - Custo médio ponderado
Data Descrição Quantidade Valor unitário Valor total
2 setembro Compra 10 R$ 420,00 R$ 4.200,00
3 setembro Venda 3 R$ 500,00 R$ 1.500,00
4 setembro Venda 28 R$ 450,00 R$ 12.600,00
5 setembro Compra 5 R$ 410,00 R$ 2.050,00
6 setembro Venda 10 R$ 480,00 R$ 4.800,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
92
Agora, verifique o exemplo a seguir, que calcula o custo médio de um 
produto específico. Primeiramente, temos o cálculo de custo médio em cada saída 
e, em seguida, o cálculo levando em conta a saída no final do mês.
Tabela 12 - Custo médio ponderado com resultado final
Data Entrada Saída Saldo
Quant V.U Total Quant V.U Total Quant V.U Total
01/set 30 R$ 400,00 R$ 12.000,00
02/set 10 R$ 420,00 R$ 4.200,00 40 R$ 405,00 R$ 16.200,00
03/set 3 R$ 405,00 R$ 1.215,00 37 R$ 405,00 R$ 14.985,00
04/set 28 R$ 405,00 R$ 11.340,00 9 R$ 405,00 R$ 3.645,00
05/set 5 R$ 410,00 R$ 2.050,00 - 14 R$ 406,79 R$ 5.695,00
06/set 10 R$ 406,79 R$ 4.067,86 4 R$ 406,79 R$ 1.627,14
Soma 15 R$ 6.050,00 41 R$ 16.622,86 4 R$ 406,79 R$ 1.627,14
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
O custo médio ponderado é o método de avaliação em que podemos 
definir o valor de produtos do estoque. Em cada unidade adquirida, o cálculo sofre 
atualizações e, consequentemente, o estoque também devido à compra de outras 
unidades com um preço diferente. Assim, o método do custo médio ponderado 
tem importância porque, com ele, o gestor consegue visualizar o comportamento 
de seus produtos na expedição. 
Ainda sobre os custos dos materiais comprados, podemos comentar a 
respeito dos critérios de inventários de materiais. No final de cada período, a 
empresa faz a apuração dos resultados por meio da elaboração das demonstrações 
contábeis e do inventário de todos os materiais que estão em estoque.
Os critérios de inventários mais conhecidos são o PEPS (primeiro que 
entra, primeiro que sai), o UEPS (último que entra, primeiro que sai) e o custo médio 
ponderado, que conhecemos e estudamos anteriormente.
IMPORTANT
E
O PEPS é a sigla para a expressão “primeiro que entra, primeiro que sai”. 
Nesse método, podemos dizer que os estoques são avaliados pelos custos de 
aquisições mais recentes. Por exemplo, peguemos o mesmo caso anterior, com os 
mesmos dados. Pelo método em questão, temos o seguinte:
Apuração dos custos de fabricação 
93
Tabela 13 - Contabilização do PEPS
Data Entrada Saída Saldo
Quant V.U Total Quant V.U Total Quant V.U Total
01/set 30 R$ 400,00 R$ 12.000,00
02/set
10 R$ 420,00 R$ 4.200,00 30 R$ 400,00 R$ 12.000,00
10 R$ 420,00 R$ 4.200,00
03/set
3 R$ 500,00 R$ 1.500,00 27 R$ 400,00 R$ 10.800,00
10 R$ 420,00 R$ 4.200,00
04/set
27 R$ 400,00 R$ 10.800,00 9 R$ 420,00 R$ 3.780,00
1 R$ 420,00 R$ 420,00
05/set
5 R$ 410,00 R$ 2.050,00 - 9 R$ 420,00 R$ 3.780,00
- - 5 R$ 410,00 R$ 2.050,00
06/set
- 9 R$ 420,00 R$ 3.780,00
- 1 R$ 410,00 R$ 410,00 4 R$ 410,00 R$ 1.640,00
Soma 15 R$ 6.250,00 41 R$ 16.910,00 4 R$ 410,00 R$ 1.640,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Com o método PEPS, a empresa consegue reduzir a necessidade de manter 
produtos parados em seu estoque. A redução de armazenamento gerará, então, 
uma rotatividade de produtos, havendo lucro de forma mais rápida. 
Já o UEPS vem da expressão “último que entra, primeiro que sai”. Trata-
se de um método que apresenta os estoques com valores mais reduzidos e custos 
dos produtos vendidos mais elevados. Ainda com base no exemplo, anterior, 
temos que:
Tabela 14 - Contabilização do UEPS
Data Entrada Saída Saldo
Quant V.U Total Quant V.U Total Quant V.U Total
01/set 30 R$ 400,00 R$ 12.000,00
02/set
10 R$ 420,00 R$ 4.200,00 30 R$ 400,00 R$ 12.000,00
10 R$ 420,00 R$ 4.200,00
03/set
3 R$ 420,00 R$ 1.500,00 30 R$ 400,00 R$ 12.000,00
7 R$ 420,00 R$ 2.940,00
04/set
7 R$ 420,00 R$ 2.940,00 9 R$ 420,00 R$ 3.600,00
21 R$ 400,00 R$ 8.400,00
05/set
5 R$ 410,00 R$ 2.050,00 - 9 R$ 400,00 R$ 3.600,00
- - 5 R$ 410,00 R$ 2.050,00
06/set
- 5 R$ 410,00 R$ 2.050,00
- 5 R$ 400,00 R$ 2.000,00 4 R$ 410,00 R$ 1.640,00
Soma 15 R$ 6.250,00 41 R$ 16.910,00 4 R$ 410,00 R$ 1.640,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
94
O UEPS é um dos métodos de controle de inventário mais eficiente 
para planejamento de produção, permitindo rápidos ajustes aos preços e às 
quantidades que devem ser fabricados após o consumo concretizado. Assim, 
os últimos produtos que entram no estoque devem ser vendidos. Claro que há 
um consumo médiodesse tempo para que o previsto de novos produtos esteja 
disponível.
O objetivo desses métodos é separar o custo dos produtos entre o que 
foi vendido e o que permaneceu em estoque. A próxima tabela nos traz um 
comparativo dos três métodos de inventários para melhor compreendermos cada 
um deles.
Tabela 15 - Comparativo entre métodos
CMP PEPS UEPS
Vendas R$ 18.900,00 Vendas R$ 18.900,00 Vendas R$ 18.900,00
(-) CMV R$ 16.622,80 (-) CMV R$ 16.610,00 (-) CMV R$ 16.500,00
(=) RCM R$ 2.277,20 (=) RCM R$ 2.290,00 (=) RCM R$ 2.400,00
Estoque final R$ 1.627,20 Estoque final R$ 1.640,00 Estoque final R$ 1.600,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
No Brasil, o método de avaliação de estoque para as empresas é muito 
importante, pois os gestores conseguem fazer um planejamento e controle da 
produção.
1.3 Custo de mão de obra
Os custos de mão de obra estão relacionados às despesas com o pessoal 
envolvido diretamente na produção de um serviço ou produto específico. Em 
outras palavras, esse custo diz respeito aos valores do pagamento de profissionais 
responsáveis pelo que a empresa faz ou fabrica para seus clientes e consumidores. 
Martins (2018, p. 122), conceitua como custos de mão de obra:
[…] a parte relativa ao tempo realmente utilizado no processo de 
produção, e de forma direta. Se alguém deixa, por qualquer razão, 
de trabalhar diretamente o produto, esse tempo ocioso ou usado em 
outras funções deixa de ser classificado como mão de obra direta.
Ainda podemos dizer que esse tipo de custo é a funcionalidade da força de 
trabalho direto. Ele nos permite medir, do ponto de vista contábil, a quantidade 
de trabalho utilizada para produzir cada mercadoria oferecida pela organização.
Apuração dos custos de fabricação 
95
A legislação brasileira, no âmbito trabalhista, nos traz que o funcionário, 
ao chegar no fim do mês com 220 horas trabalhadas, será remunerado com o salário 
acordado. Isso representa um gasto mensal fixo para o negócio. No entanto, os 
profissionais de contabilidade de custos alertam que, mesmo que o funcionário esteja 
disponível 220 horas, isso não significa que, na verdade, ele produziu em todos os 
momentos.
NOTA
Martins (2018), inclusive, em seu livro Contabilidade de Custos, faz uma 
estimativa do número máximo de horas que um trabalhador pode oferecer à 
empresa, considerando um exemplo possível. Veja a tabela a seguir.
Tabela 16 - Horas do funcionário à disposição da empresa
Número total de dias por ano 365 dias
(-) Repousos semanais remunerados* 48 dias
(-) Férias 30 dias
(-) Feriados 12 dias
(=) Número máximo de dias à disposição do funcionário 
x jornada diária (em horas)
275 dias
7,3333 horas
(=) Número máximo de horas à disposição por ano 2.016,7 horas
*Deduzidas quatro semanas já computadas nas férias
Fonte: Adaptada de Martins (2018).
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
96
Ainda sobre o assunto, Martins (2018) exemplifica o cálculo de remuneração 
anual de um funcionário. Observemos a próxima tabela.
Tabela 17 - Cálculo de remuneração anual
Salários = 2.016,7 horas R$ 10,00 R$ 20.167,00
Repousos semanais = 48 7,3333 = 352 horas R$ 10,00 R$ 3.520,00
Férias = 30 dias 7,3333 = 220 horas R$ 10,00 R$ 2.200,00
13º Salário = 220 horas R$ 10,00 R$ 2.200,00
Adicional constitucional de férias = 1/3 das férias R$ 733,33
Feriados = 12 7,3333 horas = 88 horas R$ 10,00 R$ 880,00
Total R$ 29.700,33
Fonte: Adaptada de Martins (2018).
Vale lembrarmos que cada funcionário é obrigado a pagar os tributos e as 
contribuições mensalmente. Por conta disso, muitas empresas fazem o cálculo do 
custo do funcionário para empresa, conforme podemos observar na sequência.
Tabela 18 - Contribuições mensais
Previdência Social 20%
Fundo de Garantia 8%
Seguro de acidentes do trabalho 3%
Salário-educação 2,5%
SESI ou SESC 1,5%
SENAI ou SENAC 1%
INCRA 0,2%
SEBRAE 0,6%
Total 36,8%
Fonte: Adaptada de Martins (2018).
O cálculo do custo total anual para o empregador será, então, dado por:
R$ 29.700,33 x 1,368 = R$ 40.630,05
R$ 40.630,05 ÷ 2.016,7 = R$ 20,14
Apuração dos custos de fabricação 
97
Martins (2018, p. 124) complementam que “Os encargos sociais mínimos 
provocaram, então, um acréscimo de (20,14 ÷ 10,00) – 1 = 101,4% sobre o salário-
hora contratado”. Nesse caso, esses hobbies não são mais classificados como forma 
de trabalho direto e tempo, sendo incluídos como custos indiretos para a taxa de 
produção. 
Em resumo, a folha de pagamento é considerada um custo fixo quando se 
obedece às 220 horas e não há possibilidade de comissões. No entanto, o custo do 
trabalho direto é variável porque pode sofrer mudanças na função da produção.
1.4 Custos indiretos
Podemos definir os custos indiretos como os gastos que não apropriamos 
diretamente no processo produtivo, apenas no final. Diz respeito a um preço 
comum para tipos diferentes de mercadorias, sem separar o pacote de cada 
produto referente à quantidade unitária no exato momento em que ocorre o 
rateio. 
Martins (2018, p. 69) nos explica que “[…] todos os custos indiretos só 
podem ser alocados, por sua própria definição, de forma indireta aos produtos, 
isto é, mediante estimativas, critérios de rateio, previsão de comportamento de 
custos etc.”. De acordo com o autor, podemos apresentar um exemplo que mostra 
a importância dos custos indiretos em um departamento na empresa:
•  custo fixo por mês de mão de obra indireta, seguros, depreciação, 
parte do aluguel, entre outras inclusões = R$ 800.000,00;
•  custo variável de materiais, consumo de energia, ferramentas etc. = 
R$ 500,00/hm.
Frente a esses dados, a fim de verificarmos o potencial que cada 
departamento retrata enquanto beneficiário dos serviços de manutenção, 
pensemos que a empresa em questão elaborou uma média dos últimos cinco 
anos, concluindo que:
•  departamento de furação = 25% dos trabalhados da manutenção;
•  departamento de fresagem = 40% dos trabalhados da manutenção;
•  pintura = 15% dos trabalhados da manutenção;
•  laboratório = 20% dos trabalhados da manutenção.
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
98
Em determinado mês, contabilizou-se um total de 1.800 horas de trabalho 
(530 horas para furação, 880 horas para fresagem, 390 horas para laboratório e 
nada para pintura). Com isso, o custo total da manutenção pode ser observado a 
seguir.
Tabela 19 - Custo total da manutenção
Custo fixo R$ 800.000,00
Custo variável R$ 900.000,00
Total R$ 1.700.000,00
Fonte: Adaptada de Martins (2018).
É importante compreendermos que os custos indiretos fazem parte da 
composição do preço final do produto, porém não são mensuráveis. 
Tabela 20 - Rateio de manutenção
Função Fresagem Pintura Laboratório
Parte fixa 
com base no 
potencial (média 
últimos anos)
25% 
$ 200.000
40% 
$ 320.000
15% 
$ 200.000
20% 
$ 160.000
100% 
$ 800.000
Parte variável 
com base no 
número de 
horas utilizadas
530h x $ 500/h = 
$ 265.000
880h x $ 500/h = 
$ 440.000 -
390h x $ 500/h = 
$ 195.000 $ 900.000
Total $ 465.000 $ 760.000 $ 120.000 $ 355.000 $ 1.700.000
Fonte: Adaptada de Martins (2018).
A respeito desse exemplo, o autor nos traz o seguinte: 
Entre outras verificações que poderiam ser feitas, bastaria lembrar 
que, se a distribuição fosse com base somente no potencial, a pintura 
receberia R$ 255.000 (15% de R$ 1.700.000), recebendo parte do custo 
variável pelo qual ela não foi absolutamente responsável e, caso 
houvesse a alocação somente por horas de trabalho, a pintura não 
receberia nada, apesar de a manutenção ter parte de seus custos fixos 
também devido à necessidade de ter condições de prestar serviços à 
pintura. (MARTINS, 2018, p. 124)
Os custos indiretos, quando apropriados ao produto, nos indica que, 
quando o item saiu da linha de produção, inicia-se a vinculação dos gastos. 
Desse modo, temos o rateio dos gastos proporcionalmenteà sua participação na 
composição do produto.
Apuração dos custos de fabricação 
99
Figura 18 - Diferença entre mão de obra indireta, materiais indiretos e outros custos indiretos
É representada pelo trabalho 
nos departamentos auxiliares, 
serviços ou prestadores de 
serviços que não são 
mensuráveis em qualquer 
produto ou serviço executado, 
como supervisores de mão de 
obra, controle de qualidade, 
entre outros. 
São materiais utilizados em 
atividades de produção 
auxiliares ou cuja relação com 
o produto é irrelevante, como 
gorduras e lubrificantes, 
lixamento etc. 
Estão relacionados à presença 
de fabricação ou prestação de 
serviços, como amortização, 
seguro, manutenção de 
equipamentos etc. 
Mão de obra indireta
Materiais indiretos
Outros custos indiretos
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Embora tenhamos que saber que há despesas e entender o quanto elas 
representam para os cofres da empresa, não é possível determinar exatamente 
quanta energia foi gasta com cada porta produzida, por exemplo. Nesse caso, 
a solução é usar o que chamamos de critério aparente, que é estabelecer uma 
proporção aproximada.
100
AUTOATIVIDADE
1. Imagine o seguinte: no departamento de estoque da empresa São 
Paulo Ltda. trabalha Chico, que tem um salário de R$ 5,00 por hora trabalhada. 
O regime de trabalho em questão é de 44 horas semanais, sendo que Chico 
trabalha 15 dias por ano.
Os encargos e as contribuições que incidem sob a folha de salário são:
20% para INSS;
8% para FGTS;
5,8% para entidade “S” (SENAI, SENAI etc.); 
3% para seguro contra acidentes do trabalho.
Trabalhando cinco dias de trabalho, sabendo que o funcionário não 
costuma requerer abono pecuniário de férias, temos o seguinte:
Total dias do ano 365
(-) Domingo (48)
(-) Sábado (48)
(-) Férias (30)
(-) Faltas abonadas e férias (15)
Dias de trabalho na empresa 224
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Ao todo, podemos considerar que Chico trabalha 44 5 = 8,8 horas por 
dia.
Diante dessas informações, qual é o custo total do funcionário para a 
empresa por ano? Qual é a média de horas que o funcionário fica à disposição 
da empresa por ano? Qual é o custo médio de horas que o funcionário fica à 
disposição da empresa por ano?
Já para a média de horas que o funcionário fica à disposição da empresa 
por ano, devemos considerar: 8,8 horas por dia 224 dias = 1.971,20 horas.
Para identificar o custo médio de horas que Chico fica à disposição da 
empresa por ano, pegamos o custo total e divididos pela média de horas: = 
R$ 11,95 por hora.
101
2. Considerando nossos estudos, sabemos que as empresas podem utilizar 
a contabilidade e suas particularidades para controlar gastos, ganhos e outras 
informações pertinentes ao negócio, não é mesmo? Assim, imaginemos que uma 
empresa apresentou as seguintes movimentações na conta estoque de mercadoria:
•  dia 5 = compra de 10 unidades por R$ 25,00 cada;
•  dia 10 = venda de quatro unidades por R$ 35,00 cada;
•  dia 15 = venda de cinco unidades por R$ 40,00 cada;
•  dia 20 = compra de cinco unidades por R$ 30,00 cada;
•  dia 25 = venda de 10 unidades por R$ 40,00 cada.
Utilizando o método do primeiro que entra, primeiro que sai, mais 
conhecido como PEPS, podemos chegar a qual conclusão?
3. Para controlar seus dados e, principalmente, as informações de estoque 
e mercadorias, as organizações podem utilizar os métodos de custeio. Com eles, 
tem-se uma visão mais apurada para a tomada de decisões assertivas.
Nesse sentido, imagine que determinada empresa apresentou as seguintes 
movimentações na conta estoque de mercadoria, em determinado mês:
Data Descrição Quantidade Valor unitário Valor total
02/06/2016 Estoque inicial 100 R$ 750,00 R$ 75.000,00
02/06/2016 Venda 60 R$ 800,00 R$ 48.000,00
10/06/2016 Compra 90 R$ 850,00 R$ 76.500,00
23/06/2016 Venda 80 R$ 875,00 R$ 70.000,00
25/06/2016 Compra 90 R$ 950,00 R$ 85.500,00
29/06/2016 Venda 150 R$ 1.010,00 R$ 151.500,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Considerando o método de custo médio ponderado, é correto afirmar que 
a quantidade total, o valor unitário total e o total são de, respectivamente:
( ) 10 unidades, R$ 56,56 e R$ 565,63.
( ) 15 unidades, R$ 45,40 e R$ 657,00.
( ) 20 unidades, R$ 59,80 e R$ 897,98.
( ) 15 unidades, R$ 45,50 e R$ 750,98.
102
AUTOATIVIDADE
4. Com base no que estudamos até o momento, sabemos que o custo 
de inventário de estoque traz uma lista completa de todos os produtos 
preservados no estoque da empresa. Esse inventário identifica, classifica e 
determina o valor de cada produto. 
Sendo assim, em uma empresa que avalia o estoque final pelas compras 
mais recentes, enquanto o custo das mercadorias vendidas é avaliado pelas 
aquisições antigas, dizemos que ela pratica o método:
( ) PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai).
( ) UEPS (último que entra, primeiro que sai).
( ) custo médio ponderado.
( ) inventário normal.
Apuração dos custos de fabricação 
103
5. Como já sabemos e aprendemos ao longo deste material, alguns gastos 
não têm relação direta com o produto, a exemplo dos salários do departamento 
administrativo, das despesas com copa e do material de expediente.
Nesse sentido, estamos nos referindo ao quê?
( ) À mão de obra direta.
( ) Ao custo indireto.
( ) Ao custo direto de fabricação.
( ) À mão de obra indireta.
104
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
105
UNIDADE 3
2. Formação de preço
TÓPICO 2
2.1 Introdução do tópico
Um dos maiores desafios daqueles que querem entrar no mercado com um 
produto ou serviço inovador é definir quanto cobrar pelos produtos e/ou serviços 
oferecidos e de que modo fazer esse cálculo. Afinal, é necessário considerar alguns 
fatores para especificar um preço equilibrado e dentro da média de mercado.
Martins (2018, p. 205, grifo nosso) descreve a formação de preço:
Para administrar preços de venda, sem dúvida é necessário conhecer 
o custo do produto; porém essa informação, por si só, embora seja 
necessária, não é suficiente. Além do custo, é preciso saber o grau de 
elasticidade da demanda, os preços de produtos dos concorrentes, os 
preços de produtos substitutos, a estratégia de marketing da empresa 
etc.; e tudo isso depende também do tipo de mercado em que a 
empresa atua, que vai desde o monopólio ou do monopsônio até a 
concorrência perfeita, mercado de commodities etc. 
Esse processo é importante porque permite que consideremos um preço 
que, simultaneamente, compete com relação aos concorrentes, mas também é 
atraente para os clientes, cobrindo custos e possibilitando que a empresa seja 
lucrativa.
Nesse sentido, a partir deste tópico, explicamos o que é a formação de 
preços, como funciona seu cálculo, de que maneira devemos calcular os preços 
dos parceiros e quais são os principais métodos de preços que podemos utilizar 
no processo.
2.2 Formação do preço de venda baseado nos 
investimentos
A empresa pode optar pela aquisição de uma nova máquina que será 
utilizada no processo de produção, por exemplo, o que representa um investimento. 
As despesas desse investimento estarão presentes na formação do preço de venda 
do produto relacionado. Assim, no momento de estudar a formação de preço do 
produto, a empresa deve considerar o valor de tal investimento para que tenha o 
retorno dele. 
106
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
A fórmula para cálculo é dada pelo custo pleno, mais a porcentagem 
de retorno, vezes o capital investido, divididos pelo volume. Por exemplo, 
imaginemos que determinada empresa apresenta as seguintes informações:
•  custo pleno no valor de R$ 6,50;
•  retorno desejado de 20%;
•  capital investido no valor de R$ 10.000,00;
•  volume de vendas de 1.000 unidades.
Nesse caso, temos que o preço de venda = R$ 6,50 + (0,20 x 10.000) / 1.000. 
Fazendo as contas, o PV totaliza R$ 8,50.
2.3 Formação do preço de venda baseado na maximização 
dos lucros e nos gastos
No que tange à maximização dos lucros, cabe à empresa,no momento de 
realizar o cálculo da precificação do produto, acrescentar o percentual desejado. 
Dessa forma, ela buscará as estimativas (projeções) para obter o máximo benefício. 
No entanto, atualmente, as empresas estão procurando por sistemas de 
informação para melhorar o controle de seus custos no processo de produção. 
Isso facilita a formação dos preços de seus produtos conforme os gastos, uma vez 
que a organização passa a conhecer seus custos de produção.
Dessa forma, o empresário estabelece as políticas que chamamos de 
vantagens competitivas, realizando uma gestão de todo o processo de produção, 
desde a compra de matéria-prima (custos fixos e variáveis) que chegam na entrega 
do seu produto (custos fixos e variáveis) até a finalização do item. A base de preço 
é a marcação.
2.4 Formação do preço de venda pelos métodos de 
custeio
A formação do preço de venda de acordo com o método de absorção 
considera que os custos dos produtos consistem nas despesas incorridas no 
processo produtivo, como matérias-primas totais consumidas em trabalho 
direto, custos indiretos e preço de venda dos itens. Porém, ao aplicarmos todos os 
custos incorridos na comercialização de um produto ou na oferta de um serviço, 
devemos nos atentar ao fato de que o preço de venda calculado pode resultar em 
um valor maior que o produto ou serviço.
Já a formação do preço de venda pelo método de custo variável nos traz 
que o valor total de custos e os encargos fixos da organização são projetados 
em determinado período. A soma desses gastos (despesas) com o valor de lucro 
desejado nos permite realizar simulações de vários preços em função do volume 
de produção até o intervalo da margem de contribuição.
Formação de preço 
107
A fórmula para cálculo diante do método de custo variável é dada por: 
P = (CT) + R% x CI) / V, em que P é o preço, CT diz respeito aos custos totais, 
R% é o retorno, CI é o custo de investimento e V está relacionado aos produtos 
produzidos.
Vejamos um exemplo para melhor entendimento: certa empresa fez a 
aquisição de uma máquina no valor de R$ 50.000,00 para aperfeiçoar o processo 
produtivo. O setor de custos, então, planejou que o capital investido nessa 
aquisição proporcionasse um retorno de 20%. Os custos eram os seguintes: 
•  salários no valor de R$ 24.000,00;
•  materiais diretos no valor de R$ 18.000,00;
•  depreciação no valor de R$ 8.000,00;
•  outros gastos no valor de R$ 20.000,00.
No mês de julho de 2017, a empresa desejava produzir 800 mil biscoitos 
de chocolates. Diante dos dados, qual seria o preço mínimo a ser cobrado para 
cada do biscoito? Vamos realizar os cálculos para descobrir esse valor?
Lucro auferido = R$10.000,00 (20% x 50.000)
P = (CT + R% × CI) / V
P = (70.000 + 20% 50.000) / 800.000
P = R$ 0,10
A formação de preço pode ser calculada de diversas formas, mas o 
importante é que, na base de custo, lembremos do custo de produção (se for 
indústria) ou do custo de aquisição (se for comércio). Ainda, ela resulta na tomada 
de decisão da empresa, observando que custos, despesas e gastos formarão o 
preço de venda. 
Diante disso, um dos métodos para a formação de preço utilizado pelas 
empresas é o markup, que iremos estudaremos a seguir. Continue a leitura do 
material! 
2.4.1 Markups multiplicador e divisor
O markup é um índice aplicado no somatório dos custos de um produto 
com a finalidade de formar o preço de venda. Ele pretende que o preço final do 
produto cubra toda a margem de custos, sendo a produção variável e os custos 
de ganho adequados à margem de cada produto. Aliás, esse índice pode ser 
calculado de duas maneiras: multiplicando, que multiplica o custo para obter o 
preço de venda; e dividindo, que divide o custo para se obter o preço de venda.
108
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
O método de markup significa adicionar uma margem de lucro ao custo do 
produto ou à unidade de serviço para obter o preço de venda. Precisamos, então, 
calcular a marcação que os impostos, as comissões, as despesas administrativas, 
as despesas financeiras e as ações de lucro desejadas são necessárias. Com o 
índice em mãos, a empresa garantirá que o preço do produto ou serviço abrange 
despesas e ganhos.
A fórmula do markup multiplicador é dada pelo preço de venda dividido 
pelo custo variável e por 1, dividido por 1, menos a soma das taxas percentuais. 
Por outro lado, a fórmula do markup divisor é dada pelo custo variável, dividido 
pelo preço de venda e por 1, menos a soma das taxas percentuais. Isto é:
Markup multiplicador = 
Markup multiplicador = 
Markup divisor = 
Markup divisor = 
Vejamos um exemplo de markup divisor em que descobriremos o custo 
total de venda (CTV): suponha que tenhamos comprado um produto por R$ 30,00 
(CMU = 30), sendo que o seu ICMS é de 18%, a taxa de despesas administrativas é 
de 6,45%, a participação do frete é de 2,75% e o lucro desejado é de 10%. 
Com essas informações, temos que o custo total de venda (CTV) é dado 
por:
 Tabela 21 - Custo total de venda do exemplo
ICMS 18%
Despesas administrativas + 6,45%
Frete + 2,75%
Lucro desejado + 10%
Custo total de vendas (CTV) = 37,2%
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Agora, descobriremos o markup divisor (MKD): com o custo total de venda 
e o custo da mercadoria por unidade em mãos, podemos aplicar a fórmula MKD 
= (PV – CTV) / 100. Note que o preço de venda deve ser correspondente a 100%, 
logo, temos que:
MKD = (100 – 37,2%) / 100
MKD = 62,8 / 100
MKD = 0,628
Formação de preço 
109
Em um terceiro momento, encontraremos o preço de venda. Com o markup 
divisor calculado anteriormente, podemos descobrir a qual valor o produto 
deve ser vendido para que a empresa possa obter o lucro desejado. Para tanto, 
utilizamos a fórmula PV = CMU / MDK, em que temos o seguinte:
PV = 10 / 0,627
PV = R$ 15,95
Portanto, podemos concluir que o produto deve ser vendido pelo valor 
de R$ 15,95, caso a organização busque uma taxa de lucro de 10%, considerando, 
ainda, todos os custos envolvidos no caso apresentado.
Vejamos, agora, o markup multiplicador, que é muito útil para os cenários 
em que temos custos operacionais em todo o estabelecimento. Com ele, se os 
gastos forem padronizados, é possível aplicar o mesmo índice em tudo!
Nosso primeiro passo será encontrar o markup multiplicador (MKM). 
Ainda com base nos dados do exemplo anterior, temos o markup divisor de 0,627, 
certo? Pegando esse valor e aplicando na fórmula MKM = 1 / MKD, chegamos ao 
seguinte:
MKM = 1 / 0,627
MKM = 1,59
Feito isso, encontraremos o preço de venda aplicando a fórmula PV = PC 
MKM, lembrando, claro que nosso preço de custo é de R$ 10,00. Assim, temos 
que:
PV = 10 1,59
PV = R$ 15,95 
 Como podemos notar em nosso exemplo, a aplicação do markup 
multiplicador é mais rápida e simples que o divisor, mas isso só é possível quando 
obtemos as mesmas condições de custos e desejamos o mesmo lucro sob todos os 
produtos. Do contrário, é mais vantajoso utilizar o markup divisor.
110
AUTOATIVIDADE
1. Pense no seguinte caso: atualmente, você paga R$ 3,50 pelo quilo 
da chapa de aço (custo). O ICMS envolvido é de 18%, assim como há PIS 
e CONFINS de 4,65%, mais comissão do vendedor de 3,5%, despesas 
administrativas de 7,5%. O lucro que deseja obter ante o imposto é de 10%. 
Com isso, temos que:
Preço de venda (PV) 100,00%
ICMS na venda 18,00%
PIS e COFINS 4,65%
Comissões 3,50%
Despesas administrativas 7,5%
Lucro antes dos impostos 10,00%
Total custo total venda (CTV) 56,35%
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Nesse sentido, qual seria o markup divisor, considerando as informações 
dispostas?
( ) MKD = R$ 2,30.
( ) MKD = R$ 1,00.
( ) MKD = R$ 4,50.
( ) MKD = R$ 3,40.
2. O markup multiplicador é índice aplicado ao custo de um produto e/
ou serviço para a precificação, com base na margem de contribuição, acrescido 
do valor do custo unitário. Nesse sentido, considerando a mesma empresa da 
primeira questão, temos: 
Preço de venda (PV) 100,00%ICMS na venda 18,00%
PIS e COFINS 4,65%
Comissões 3,50%
Despesas administrativas 7,5%
Lucro antes dos impostos 10,00%
Total custo total venda (CTV) 56,35%
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Diante disso, já com o markup divisor em mãos, qual seria o markup 
multiplicados, considerando as informações dispostas?
( ) MKM = R$ 2,60.
111
( ) MKM = R$ 2,29.
( ) MKM = R$ 5,10.
( ) MKM = R$ 1,70.
3. O preço de vendas é a decisão de compra. No entanto, vivemos em meio 
a um mercado extremamente competitivo, fazendo com que o cliente desembolse 
valores diferenciados para a aquisição de bens e serviços necessários. 
Vamos, então, pensar em uma situação que nos traz os seguintes dados:
•  custo direto variável = R$ 20,00;
•  despesas variáveis = 7%;
•  despesas fixas = 30%;
•  lucro líquido = 8%.
Com base na fórmula CU / 100% - (%CV + %DF + %ML), qual seria o valor 
de markup?
( ) R$ 45,60.
( ) R$ 34,75.
( ) R$ 36,36.
( ) R$ 54,89.
4. O preço de venda é um determinante para que a empresa tenha sucesso 
diante de um mercado tão competitivo quanto o nosso. Sem ele, é possível que 
os clientes sigam por outros caminhos devido à falta de cuidado nesse quesito.
Sendo assim, defina com as suas palavras o conceito de preço de venda. 
5. É importante lembrarmos que o valor que permanece no cálculo do 
markup é a margem de chamada do post. Podemos entender como os pequenos 
valores os quais devem ser adicionados. No final do mês, deve ser suficiente para 
pagar todos os custos, enquanto o restante será o resultado que se teve com a 
produção. 
Nesse sentido, com base em nossos estudos, explique o que é o markup.
112
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
113
UNIDADE 3
3. Contabilização de custos
TÓPICO 3 
3.1 Introdução do tópico
A contabilização de custos pode parecer simples em um primeiro 
momento, mas isso se deve ao fato de que muitos cálculos são, de fato, mais 
fáceis de serem resolvidos. No entanto, também existem outros que exigem maior 
atenção devido à sua alta complexidade. É o caso dos custos que veremos ao 
longo deste tópico.
Figura 19 - Esquema básico da contabilidade de custos
Custos
Indiretos Diretos
Produto A
Produto B
Produto C
Rateio
Resultados
Estoque
Custo dos 
Produtos vendidos
Despesas
Vendas
Fonte: Martins (2018, p. 47).
Antes de iniciarmos, precisamos conceituar o método das partidas 
dobradas: com ele, para cada lançamento contábil em débito deve haver um 
lançamento em crédito correspondente. A contabilização de custos deve cumprir 
os padrões de débito e crédito. Além disso, a escrituração deve ser nos livros caixa 
e razão, também seguindo a prática da contabilidade geral. Lembrando, claro, 
que o débito representa os bens e direitos, ao passo que o crédito representa as 
obrigações. 
114
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
Aliás, dentro desse contexto, você já ouviu falar dos livros caixa, diário e 
razão? Pois este será o assunto do nosso primeiro item. Acompanhe o conteúdo 
com atenção!
3.2 Livros caixa, diário e razão
Na escrituração contábil, utilizamos o livro diário, em que são registrados, 
em ordem cronológica, todos os fatos contábeis de uma empresa. Já o livro razão 
é detalhado com o nome das iniciativas no livro diário, agrupado em conta.
No que diz respeito à semelhança entre esses dois livros, podemos 
mencionar: ordem cronológica de lançamentos, obrigatoriedade em haver 
abertura e encerramento, obediência ao método das partidas dobradas e 
apresentação da escrituração contábil digital (ECD) ou SPED contábil. Além disso, 
eles são utilizados no período de escrituração, a partir das mesmas informações. 
Não devem conter entrelinhas, rasuras ou qualquer indício que faça com que os 
registros sejam duvidosos.
Na contabilidade, para o registro dos fatos ocorridos nas operações, as 
empresas utilizam as contas contábeis para registrar os resultados, aplicando 
os razonetes. Por exemplo, imaginemos que determinada empresa foi realizar 
a contabilização do custo de um novo produto. O setor de produção apurou 
as informações referentes ao processo produtivo e repassou para o setor de 
contabilidade realizar os lançamentos. 
Inicialmente, conforme as indicações, deveriam ser lançados todos os 
custos (diretos e indiretos) para uma conta chamada “custo de produção”.
Tabela 22 - Custos diretos e indiretos
Matéria-prima consumida R$ 3.000,00
Mão de obra (produção) R$ 6.000,00
Energia elétrica consumida R$ 1.500,00
Depreciação das máquinas R$ 500,00
Aluguel da fábrica R$ 1.500,00
Gastos gerais da fábrica R$ 600,00
Mão de obra (supervisão) R$ 900,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
No razonete, então, teremos algo como a tabela na sequência.
Contabilização de custos
115
Tabela 23 - Razonete dos lançamentos
Matéria-prima 
consumida
Energia elétrica 
consumida
Depreciação das 
máquinas Mão de obra (produção)
R$ 3.000,00 R$ 1.500,00 R$ 500,00 R$ 6.000,00
R$ 3.000,00 R$ 1.500,00 R$ 500,00 R$ 6.000,00
Aluguel da fábrica Gastos gerais da fábrica Mão de obra (supervisão) Custo total de produção
R$ 1.500,00 R$ 600,00 R$ 900,00 R$ 14.000,00
R$ 1.500,00 R$ 600,00 R$ 900,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Outro ponto é que deveriam ser lançados todos os custos de produção aos 
estoques de cada produto, conforme podemos observar a seguir.
Tabela 24 - Custos de produção
Estoque de calças R$ 5.000,00
Estoque de camisas R$ 3.400,00
Estoque de jaquetas R$ 5.600,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Já no razonete, teremos algo como a tabela na sequência.
Tabela 25 - Razonete dos outros lançamentos
Estoque de calças Estoque de camisas Estoque de jaquetas Custo total de produção
R$ 5.000,00 R$ 3.400,00 R$ 5.600,00 R$ 14.000,00
R$ 14.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Também deveriam ser lançados todos os custos dos produtos vendidos de 
cada item. Com isso, temos, então, as seguintes informações.
Tabela 26 - Custos dos produtos vendidos
Estoque de calças R$ 3.600,00
Estoque de camisas R$ 2.200,00
Estoque de jaquetas R$ 3.600,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Novamente precisamos criar o razonete, conforme nos traz a próxima 
tabela.
Tabela 27 – Razonete de estoques
Estoque de calças Estoque de camisas Estoque de jaquetas Custo total de produção
R$ 5.000,00 R$ 3.400,00 R$ 5.600,00 R$ 9.400,00
R$ 3.600,00 R$ 2.200,00 R$ 3.600,00
R$ 1.400,00 R$ 1.200,00 R$ 2.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
116
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
Com as informações que temos até o momento, já é possível calcular o 
resultado do período. Realizando os cálculos, temos os dados a seguir.
Tabela 28 - Apuração do resultado
Custo dos produtos vendidos R$ 9.400,00
 Despesas de depreciação de escritório R$ 300,00
 Aluguel do escritório R$ 700,00
Despesa financeira R$ 400,00
Gastos gerais de escritório R$ 200,00
Despesas de vendas R$ 400,00
Vendas a resultado R$ 15.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Para o razonete, com base nos cálculos anteriores, temos que:
Tabela 29 - Razonete conforme exemplo
Depreciação dos 
equipamento de 
escritório
Aluguel do escritório Despesas financeiras Gastos gerais de escritório
R$ 300,00 R$ 700,00 R$ 400,00 R$ 200,00
R$ 300,00 R$ 700,00 R$ 400,00 R$ 200,00
Despesas de vendas Vendas Resultado Custo dos produtos vendidos
R$ 400,00 R$ 15.000,00
R$ 
11.400,00
R$ 
15.000,00 R$ 9.400,00 R$ 9.400,00
R$ 400,00 R$ 15.000,00 R$ 3.600,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Apuramos, então, um lucro líquido de R$ 3.600,00. Com isso, temos que:
Tabela 30 - Apuração do resultado do exemplo 
Resultado
R$ 11.400,00 R$ 15.000,00
R$ 3.600,00
R$ 3.600,00
Lucro acumulado
R$ 3.600,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Contabilização de custos
117
Na sequência, podemos realizar a apresentação do balanço patrimonial 
da empresa em questão em 31/12/2020, bem como a demonstração de resultado 
do exercício, conforme analisamos na próxima tabela.
Tabela 31 - Balanço patrimonial da empresa
Balanço patrimonialAtivo circulante Passivo circulante
Caixa R$ 1.000,00 Duplicatas a pagar R$ 2.500,00
Banco conta em movimento R$ 2.400,00 Impostos a pagar R$ 1.500,00
Duplicatas a receber R$ 3.600,00 Total circulante R$ 4.000,00
Estoques Patrimônio líquido
Calças R$ 1.400,00 Capital social R$ 14.000,00
Camisas R$ 1.200,00 Lucros acumulados R$ 3.600,00
Jaquetas R$ 2.000,00 Total R$ 17.600,00
Total estoques R$ 4.600,00
Total circulante R$ 11.600,00
Ativo não circulante
Máquinas e equipamentos R$ 10.000,00
Total não circulante R$ 10.000,00
Total do ativo R$ 21.600,00 Total do passivo R$ 21.600,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Agora, vejamos como fica a demonstração de resultados do exercício.
Tabela 32 - Demonstração do resultado do exercício da empresa
Demonstração do resultado do exercício
Vendas R$ 15.000,00
(-) Custo dos produtos vendidos (R$ 9.400,00)
(=) Lucro bruto R$ 5.600,00
(-) Despesas operacionais (R$ 2.000,00)
(=) Lucro operacional R$ 3.600,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Observamos, assim, que o produto dará para a empresa um lucro 
operacional no valor de R$ 3.600,00. Contudo, o importante aqui é apresentar a 
formalização dos lançamentos contábeis na contabilidade de custos.
Vamos a um segundo exemplo?
118
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
A empresa Lãs Finas, por meio do método de custeio por absorção, quer 
contabilizar e avaliar o seu estoque no final do exercício. Desse modo, vamos 
iniciar pela separação dos custos e das despesas. A empresa informou os seguintes 
gastos:
Tabela 33 - Gastos incorridos 
Comissões de vendedores R$ 80.000,00
Salários da fábrica R$ 120.000,00
Matéria-prima consumida R$ 350.000,00
Salários da administração R$ 90.000,00
Depreciação da fábrica R$ 60.000,00
Seguros da fábrica R$ 10.000,00
Despesas financeiras R$ 50.000,00
Honorários da diretoria R$ 40.000,00
Materiais diversos da fábrica R$ 15.000,00
Energia elétrica da fábrica R$ 85.000,00
Manutenção da fábrica R$ 70.000,00
Despesas de entrega R$ 45.000,00
Correios, telefone, telex R$ 5.000,00
Material de consumo do escritório R$ 5.000,00
Total R$ 1.025.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Teremos como custos de produção os itens informados a seguir.
Tabela 34 - Custos de produção
Salários da fábrica R$ 120.000,00 
Matéria-prima consumida R$ 350.000,00 
Depreciação da fábrica R$ 60.000,00 
Seguros da fábrica R$ 10.000,00 
Materiais diversos da fábrica R$ 15.000,00 
Energia elétrica da fábrica R$ 85.000,00 
Manutenção da fábrica R$ 70.000,00 
Total R$ 710.000,00 
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Importante informar que os custos de produção são parte integrante 
do custo dos produtos. Já as despesas vamos dividir em dois departamentos: 
o primeiro é o departamento administrativo, enquanto o segundo será o 
departamento de vendas.
Contabilização de custos
119
Tabela 35 – Departamentos e suas despesas
Departamento administrativo
Salários da administração R$ 90.000,00 
Honorários da diretoria R$ 40.000,00 
Correios, telefone e telex R$ 5.000,00 
Material de Consumo do escritório R$ 5.000,00 
Total R$ 140.000,00 
Departamento de vendas
Comissões de vendedores R$ 80.000,00
Despesas de entrega R$ 45.000,00
Total R$ 125.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Despesas que não estão incluídas nos custos de produção e que totalizaram 
no final do período o valor de R$ 315.000,00, fazem parte diretamente do resultado 
do período, porém sem serem atribuídos aos produtos.
Agora, suponhamos que a organização em questão tem na sua linha de 
produção três produtos diferentes, chamados A, B e C. Precisamos distribuir os 
custos de produção direta para os três elementos. Também assumiremos que, 
nessa empresa, além da matéria-prima, há custos diretos por parte da força de 
trabalho e de energia elétrica. 
Queremos saber, então, quanto de toda a matéria-prima utilizada, 
do trabalho direto e da energia elétrica direta foi aplicado em A, B e C. Para o 
consumo de matéria-prima, a empresa mantém um sistema de requisição. Desse 
modo, também precisaremos descobrir quanto foi usado de material retirado do 
armazém. 
A partir desses dados, a seguinte distribuição é conhecida:
Tabela 36 - Distribuição
Produto A R$ 75.000,00 
Produto B R$ 135.000,00 
Produto C R$ 140.000,00 
Total R$ 350.000,00 
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
A mão de obra é um pouco mais complexa de ser distribuída, uma vez 
que é necessário verificar os R$ 120.000,00. Para analisar esse ponto, a empresa 
mantém uma declaração (verificação) da maneira como os trabalhadores atuam 
em cada produto no mês e por quanto tempo. Esses detalhes e valores calculados 
nos trazem o seguinte:
120
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
Tabela 37 - Mão de obra
Mão de obra
Indireta R$ 30.000,00
Direta
Produto A R$ 22.000,00
Produto B R$ 47.000,00
Produto C R$ 21.000,00 R$ 90.000,00
Total R$ 120.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Portanto, os R$ 90.000,00 serão atribuídos diretamente aos produtos, 
enquanto os R$ 30.000,00 restantes serão adicionados à função de custo indireto. 
A verificação do consumo de energia elétrica nos mostra que, após o 
consumo anotado na fabricação de produtos durante o mês, R$ 45.000,00 são 
diretamente atribuíveis, ao passo que R$ 40.000,00 são atribuíveis por critérios 
aparentes.
Tabela 38 - Energia elétrica
Energia elétrica
Indireta R$ 40.000,00
Direta
Produto A R$ 18.000,00
Produto B R$ 20.000,00
Produto C R$ 7.000,00 R$ 45.000,00
Total R$ 85.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Após essas informações, apresentamos a tabela a seguir com o resumo 
para que possamos realizar a apropriação na próxima etapa. Acompanhe!
Tabela 39 - Totalização dos custos diretos
Gastos Produto A Produto B Produto C Indiretos Total
Matéria-prima R$ 75.000,00 R$ 135.000,00 R$ 140.000,00 - R$ 350.000,00
Mão de obra R$ 22.000,00 R$ 47.000,00 R$ 21.000,00 R$ 30.000,00 R$ 120.000,00
Energia elétrica R$ 18.000,00 R$ 20.000,00 R$ 7.000,00 R$ 40.000,00 R$ 85.000,00
Depreciação - - - R$ 60.000,00 R$ 60.000,00
Seguros - - - R$ 10.000,00 R$ 10.000,00
Materiais 
diversos - - - R$ 15.000,00 R$15.000,00
Manutenção - - - R$ 70.000,00 R$ 70.000,00
Total R$ 115.000,00 R$ 202.000,00 R$ 168.000,00 R$ 225.000,00 R$ 710.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Por esse resumo, podemos entender que o custo de produção (custos 
diretos) se dá pelo valor de R$ 485.000,00. Já os custos que ainda precisamos 
fazer a apropriação, ou seja, os custos indiretos, totalizam R$ 225.000,00. Essa 
apropriação dos custos indiretos é o nosso próximo passo!
Contabilização de custos
121
Analisaremos o modo ou a possibilidade de associar os custos indiretos 
de R$ 225 000.00. Uma alternativa simplificada seria a concessão de produtos 
A, B e C proporcionais ao que todos já receberam de custos diretos. Esse 
critério é utilizado se os custos diretos forem a grande parte do custo total, não 
havendo outra visualização mais objetiva. Quanto menos indiretamente, menos 
arbitrariamente B e C podem ser concedidos. Teríamos então, algo como a tabela 
a seguir.
Tabela 40 - Totalização dos custos diretos e indiretos
Produtos Custos diretos Custos indiretos Totais
 R$ % R$ % 
Produto A R$ 115.000,00 23,71% R$ 53.351,00 23,71% R$ 168.351,00 
Produto B R$ 202.000,00 41,65% R$ 93.711,00 41,65% R$ 295.711,00 
Produto C R$ 168.000,00 34,64% R$ 77.938,00 34,64% R$ 245.938,00 
Total R$ 485.000,00 100% R$ 225.000,00 100% R$ 710.000,00 
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Em outra situação, se temos conhecimento do tempo de produção de cada 
item vendido, a distribuição de custos indiretos apresenta os valores em tempo 
real.
Tabela 41 - Custos indiretos
Produtos Custos diretos Custos indiretos
 R$ % R$ %
Produto A R$ 22.000,00 24,44% R$ 55.000,00 24,44%
Produto B R$ 47.000,00 52,22% R$ 117.500,00 52,22%
Produto C R$ 21.000,00 23,33% R$ 52.500,00 23,33%
Total R$ 90.000,00 100% R$ 225.000,00 100%
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Chegamos,assim, à totalização do custo total de cada produto.
Tabela 42 - Totalização do custo de cada produtos
Produtos Custo direto Custo indireto Total
Produto A R$ 115.000,00 R$ 55.000,00 R$ 170.000,00
Produto B R$ 202.000,00 R$ 117.500,00 R$ 319.500,00
Produto C R$ 168.000,00 R$ 52.500,00 R$ 220.500,00
Total R$ 485.000,00 R$ 225.000,00 R$ 710.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Esses diferentes valores de custos indiretos e totais também são distintos 
para cada produto, podendo não apenas causar análises desordenadas, mas, 
também, reduzir o grau de credibilidade em relação às informações de custo. 
122
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
A forma de escrituração contábil desse procedimento pode ser variada. 
Existem dos critérios mais simples para os mais complexos. Em nosso exemplo, não há 
muita complexidade, mas em outros, pode ser muito diferente. 
ATENCAO
Pelo critério simples, realizamos a contabilização de custos pelas 
informações da contabilidade financeira, considerando as contas apropriadas e 
a transferência direta de inventários, uma vez que os produtos são concluídos 
apenas no final do período, sem o registro das etapas de rateio. Temos, assim, o 
razonete a seguir.
Tabela 43 - Critério simples
Matéria-prima 
consumida Mão de obra (sal. fábrica) Depreciação de fábrica Seguro de fábrica
R$ 350.000,00 R$ 120.000,00 R$ 60.000,00 R$ 10.000,00
Materiais diversos da 
fábrica Energia elétrica da fábrica Manutenção da fábrica
R$ 15.000,00 R$ 85.000,00 R$ 70.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
O importante é conseguirmos fazer a distinção dos critérios de 
contabilização, pois são as representações gráficas das transações e dos registros 
das contas contábeis realizados por meio do método das partidas dobradas.
Vejamos outro razonete conforme exemplo.
Tabela 44 - Razonetes dos estoques dos produtos
Estoque produto A Estoque produto B Estoque produto C
R$ 170.000,00 R$ 319.500,00 R$ 220.500,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Talvez você possa pensar que tais lançamentos simplificados não fornecem 
uma boa visão de como a distribuição de custos foi realizada. No entanto, com 
um bom sistema de banco de dados, as melhores fontes das referidas informações 
de distribuição serão sempre os próprios arquivos, não a apresentação dos livros 
diário e razão contábil.
Pensando em contabilizar a partir do critério complexo, seria ter os custos 
contábeis representados pelo registro contábil, no mesmo grau de detalhe de 
mapas e arquivos de custo.
Contabilização de custos
123
Tabela 45 - Apropriação dos custos indiretos aos produtos
Débito
Mão de obra direta R$ 90.000,00
Mão de obra indireta R$ 30.000,00
Total R$ 120.000,00
Crédito
Mão de obra (sal. fábrica) R$ 120.000,00
Débito
Energia elétrica direta R$ 45.000,00
Energia elétrica indireta R$ 40.000,00
Total R$ 85.000,00
Crédito
Energia elétrica de fábrica R$ 85.000,00
Débito (estoques)
Produto A R$ 75.000,00
Produto B R$ 135.000,00
Produto C R$ 140.000,00
Total R$ 350.000,00
Crédito
Matéria-prima consumida R$ 350.000,00
Débito (estoques)
Produto A R$ 22.000,00
Produto B R$ 47.000,00
Produto C R$ 21.000,00
Total R$ 90.000,00
Crédito
Mão de obra direta R$ 90.000,00
Débito (estoques)
Produto A R$ 18.000,00
Produto B R$ 20.000,00
Produto C R$ 7.000,00
Total R$ 45.000,00
Crédito
Energia elétrica direta R$ 45.000,00
Débito (estoques)
Produto A R$ 55.000,00
Produto B R$ 117.000,00
Produto C R$ 52.500,00
Total R$ 225.000,00
Crédito
Mão de obra indireta R$ 30.000,00
Energia elétrica indireta R$ 40.000,00
Depreciação de fábrica R$ 60.000,00
Seguros de fábrica R$ 10.000,00
Materiais diversos de fábrica R$ 15.000,00
Manutenção de fábrica R$ 70.000,00
Total R$ 225.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
124
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
As contas ficariam da seguinte maneira:
Tabela 46 - Razonetes do exemplo
Matéria-prima 
consumida
Mão de obra (sal. 
fábrica) Depreciação de fábrica Seguro de fábrica
R$ 
350.000,00
R$ 
120.000,00
R$ 
60.000,00
R$ 
10.000,00
R$ 
350.000,00
R$ 
120.000,00
R$ 
60.000,00
R$ 
10.000,00
Materiais diversos da 
fábrica Energia elétrica direta Energia elétrica indireta
Energia elétrica de 
fábrica
R$ 
15.000,00
R$ 
45.000,00
R$ 
40.000,00
R$ 
85.000,00
R$ 
15.000,00
R$ 
45.000,00
R$ 
40.000,00
R$ 
85.000,00
Mão de obra direta
R$ 
90.000,00
R$ 
90.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Contabilização de custos
125
Os lançamentos dos razonetes nos trazem uma interpretação gráfica 
quanto ao aumento ou à diminuição das contas contábeis para que possamos 
entender como funcionam os registros das operações de uma empresa.
Tabela 47 - Apuração de estoque
Mão de obra indireta Estoque do produto A Estoque do produto B Estoque do produto C
R$ 30.000,00 R$ 75.000,00 R$ 135.000,00 R$ 140.000,00
R$ 30.000,00 R$ 22.000,00 R$ 47.000,00 R$ 21.000,00
R$ 18.000,00 R$ 20.000,00 R$ 7.000,00
R$ 55.000,00 R$ 117.500,00 R$ 52.500,00
R$ 170.000,00 R$ 319.500,00 R$ 220.500,00
Fonte: Adaptada de Martins (2018).
Essa forma de contabilidade está perto de todas as etapas do próprio custo 
e distribuição. Ela somente deve ser recomendada na prática se as informações 
contábeis analíticas forem necessárias. 
Martins (2018) conclui que o método mais complexo da contabilização 
deve ser evitado, visto que dificulta a contabilidade financeira devido ao número 
de lançamentos requeridos. Ainda, devido à dificuldade de manipulação das 
informações, aqueles que não tem conhecimento e experiência na área contábil 
devem optar por algo mais simples. 
126
AUTOATIVIDADE
1. Vamos imaginar o seguinte: a indústria Tubos e Conexões fabricou, 
durante o mês de dezembro, apenas um tipo de produto. Não havia produtos 
em elaboração no início e no final do mês. As informações a seguir auxiliarão 
em nossos cálculos.
Materiais R$ 60.000,00
Mão de obra direta. R$ 40.000,00
Gastos gerais de fabricação R$ 30.000,00
Fonte: Elaborada pela autora (2021).
Além disso, foram produzidas 200 unidades para enviar como amostra.
Diante dessas informações calcule o custo de produção, o custo unitário 
e como deve ser montado o razonete para apresentarmos os lançamentos.
2. Considerando nosso material de estudos, já sabemos que o razonete 
é a representação gráfica dos registros individuais das contas contábeis, as 
quais são apresentadas de forma mais didática. 
Nesse contexto, assinale a alternativa a seguir que traz um lançamento 
contabilizado pelo método complexo da compra de um equipamento pago à 
vista com caixa.
( ) Débito com máquinas e equipamentos e crédito com fornecedores.
( ) Débito com máquinas e equipamentos e crédito com caixa.
( ) Débito com caixa e crédito com máquinas e equipamentos.
( ) Débito com fornecedores e crédito com caixa.
3. Antes de fechar o balanço patrimonial, a empresa faz a apuração de 
resultado com base nas despesas e receitas incorridas no processo produtivo. 
Nesse momento, é apurado o resultado líquido.
A respeito dessa apuração, podemos afirmar que:
( ) ela é realizada para analisarmos o resultado da empresa, se positivo 
(lucro) ou negativo (prejuízo).
( ) sua escrituração deve mencionar o rateio dos métodos de custeio 
utilizados no período contabilizado.
( ) ela é feita para verificarmos se os saldos das contas contábeis 
patrimoniais estão ajustados.
127
( ) ela favorece o entendimento do contador da empresa para a tomada 
de decisão.
4. Com base em nosso material, aprendemos que, na contabilidade de 
custos, o uso da departamentalização tem por objetivo a elaboração, de forma 
clara, e atribuição dos custos por meio de rateios. 
Sendo assim, assinale a alternativa que define a departamentalização.
( ) Despesas incorridas no processo produtivo, incluindo custos indiretos.
( ) Os custos diretos adotam a condição de não oferecer a medida objetiva 
na aplicação do produto.
( ) Apropriação dos gastos referentes às etapas do processo produtivo.
( ) Os custos indiretos de fabricaçãoguardam relação com o volume de 
produção e a quantidade de estoque do produto.
5. Imaginemos o seguinte: a empresa XWQ apresentou os seguintes 
números para a elaboração da demonstração de resultado do exercício (DRE):
•  receita de vendas = R$ 2.000.000,00;
•  despesas gerais = R$ 450.000,00;
•  despesas comerciais = R$ 400.000,00;
•  custo de produto vendido = R$ 760.000,00.
Agora, o administrador da empresa quer saber qual será o lucro 
operacional. Realize os cálculos e informe o resultado para ajudarmos a empresa 
com sua decisão.
128
RESUMO
Ficou alguma dúvida? Construímos uma trilha de aprendizagem 
pensando em facilitar sua compreensão. Acesse o QR Code, que levará ao 
AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
CHAMADA
Assim, chegamos ao fim do nosso material de estudos entendendo sobre 
a contabilização de custos. Aqui, pudemos realizar uma comparação com a 
contabilidade geral e concluirmos que a forma de escrituração e alocação das 
despesas e dos custos seguem a mesma lógica nos dois casos. 
Além disso, pudemos compreender sobre a formação de preço, em que 
todos os cálculos vistos até o momento formam a base para a precificação do 
produto ou serviço. Aliás, pudemos conhecer o cálculo do markup, que nos ajuda 
nessa questão. 
Esperamos que, com o que foi proposto, você possa aplicar os 
conhecimentos na prática e realizar uma correta contabilização dos gastos 
empresariais e — por que não? — pessoais. Certamente o conteúdo é de grande 
valia em sua caminhada!
129
REFERÊNCIAS
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 11. ed. São Paulo: Altas, 2018.
RIBEIRO, M. O. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2016.

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