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Eduarda H. - Gineco e OB
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
- Métodos contraceptivos não hormonais
● Métodos de barreira: preservativo masculino; preservativo feminino,
diafragma, capuz cervical, espermaticidas, esponjas, DIU
● Métodos comportamentais: Coito interrompido, ritmo, temperatura basal
(billing), muco cervical, sintotérmico
- Métodos contraceptivos hormonais
● Via oral (ACHO): anticoncepcionais combinados, as só progesterona, as de
emergência
● Via não oral: Intramuscular, vaginal (anel e comprimido), transdérmico
(adesivo), subdérmico (implantes), intra-uterino (DIU levonorgestrel)
- Métodos contraceptivos irreversíveis:
● Ligadura tubária, Vasectomia
- Coito interrompido/ejaculação extravaginal:
- Retirada do pênis da vagina
- Exige motivação e autocontrole
- Comum: insatisfação sexual
- Pode causar disfunção sexual
- Não oferece proteção para ISTs
- Índice de Pearl: 25 gestações/100 mulheres por ano
- Ritmo (orgino-knaus ou tabela)
- Encontrar o período fértil, quando as relações devem ser evitadas
- Ciclos regulares - observação de 6 à 12 meses
- Início do período fértil
- Fim do período fértil
- 14 à 47 gestações/ 100 mulheres por ano
- Cálculo do ciclo: 1º dia da menstruação + 14 dias = dia mais fértil do ciclo (1
dia antes e 1 dia depois também)
● Fecundação antes do dia ovulação - MULHER
● Fecundação após dia da ovulação - HOMEM
- Muco cervical (método de Billings)
- Perceber presença de muco filante, transparente e profuso que coincide com
a ovulação
- Interromper as relações quando notar o muco
pelo período de quatro dias
- 5,3 a 32,1 gestações/100 mulheres/ano
- Temperatura Basal
Eduarda H. - Gineco e OB
- Ação da progesterona sobre o centro termoregulador do hipotálamo
-aumenta 0,3 à 0,8 ºC com ovulação
- Registro diário da temperatura
- Abster de relações por 3 dias
- De 0,3 à 6,6 gestações/ 100 mulheres por ano
- Sintotérmico
- Combina o método da temperatura com os sinais e sintomas da ovulação
(dor do meio)
- Muco/ calendário - início do período fértil
- Muco/temperatura - fim do período
- De 4,9 à 34,4 gestações/ 100 mulheres por ano
- Condom masulino (preservativo)
- Látex
- Fácil acesso
- Proteção para ISTs
- Não tem controle médico
- Requer motivação
- Manipulação no ato sexual
- Roturas/reação alérgica
- Mau uso do método - 9,6/100 mulheres ano
- Condom feminino
- Poliuretano: 2 anéis flexíveis
- Capacitação da mulher
- Proteção contra ISTs
- Inserção até 8 hrs antes da relação
- Não é necessário retirar imediatamente após
- Eficácia de 90 à 97%
- Pouco estética, pode ser desconfortável
- Alto custo
- Espermaticida -> contraindicado
- Inativa espermatozóides devido à lesão da membrana celular da célula -
nonoxinol - 9, octoxinol - 9, menfegol
Eduarda H. - Gineco e OB
- precisa ser associado à outros métodos
- eficácia de 70 à 97%
- Diafragma
- Látex ou silicone
- tamanho deve ser adequado ao tamanho da paciente
- associar ao espermicida
- pode ser inserido até 2hrs antes
- retirada 6 à 8 hrs após relação
- Com uso correto tem 90 à 98% de eficácia
- Não deve ser usado por virgens; pode gerar infecções, DIP, alterações
anatomicas e distopias vaginais
- Esponjas
- Custo elevado e dificuldade de aquisição
- Contra-indicações iguais às do diafragma
- Taxas de gravidez de 9 à 27 por 100 mulheres/ano
- DIU
- Inerte: Lippes -> não se usa mais
- Medicados
- Com cobre: Tcu 200 - Tc380 - Multiload -> 2 gestações/100 mulheres
por ano
- Com progestogênios: Progestasert Mirena -> 0,2 gestações
- Avaliar idade da paciente, risco de IST
- Trocar de 5 em 5 anos; avaliações semestrais
- Época de inserção - Menstruação -> dilata o canal
- Cuidados na inserção - pode perfurar
- Puerpério - Pode por imediatamente após dequitação ou após 35 dias
- Pós-aborto - 7 dias após curetagem em abortos não infectados
- Interfere no processo reprodutivo antes do óvulo atingir cavidade uterina
- Pode gerar alterações endometriais, trompas e colo uterino -> DIU funciona
como reação inflamatória
- DIU com progesterona: atrofia endometrial, viscosidade do muco
- Contra indicações:
● Gestação (suspeita)
● Câncer de endométrio, ovário e colo de útero
● Coriocarcinoma
● Tuberculose pélvica
● Dois ou mais episódios de DIP prévio (doença inflamatória pélvica)
● Cervicite aguda
● Infecção pós-parto ou aborto
● Sangramento vaginal de etiologia desconhecida
● Alterações anatômicas do útero
- Pode gerar dor pélvica, sangramento e infecções
- Pode ocorrer gravidez, DIP, expulsão do DIU ou perfuração
Eduarda H. - Gineco e OB
- Laqueadura/ligadura
- Conforme legislação:
- é permitida à partir dos 25 anos de idade com um filho vivo
- é vedada pós parto e pós-aborto, exceto comprovada à necessidade
- Deve ficar reservada para casais que têm prole completa e estão
conscientes de que é um método irreversível
- Técnicas utilizadas: vídeo-laparoscopia, mini-laparotomia e
vasectomia
- índice de falha de 0,1 à 0,3
- Vasectomia
- Secção e/ou oclusão do canal deferente de caráter permanente
- Pode causar leve mal estar por 2, 3 dias após o procedimento, dor, edema ou
hematoma no escroto
- Não interfere nas relações; não apresenta efeitos colaterais à longo prazo
- Laqueadura tubária
- Obstrução do lúmen tubário
- mesma coisa que ligadura
- Não tem ação sobre a produção de hormônios femininos
- Aumenta o risco de gravidez ectópica
- Aumenta fluxo menstrual e cólicas
- Anticoncepcionais Hormonais - ACH
- Esteróides utilizados isoladamente ou em associação com estrogênios e
progestágenos
- Finalidade básica de impedir gestação/concepção
● Contraceptivo ideal:
○ Prevenção eficaz da gravidez
○ Aceitação pela usuária/aderência
○ Tolerabilidade
○ Controle do ciclo
○ Estabilidade de peso
○ Condições favoráveis à pele
○ Segurança
○ Menores efeitos adversos possível
- ACH Oral:
- Anticoncepcionais combinados
● Formulação:
○ Estrogênio é FIXO
○ Etinilestradiol -EE
■ componente estrogênio mais utilizado no mercado; foi
gradualmente reduzido durante os anos para reduzir os
riscos -> 50, 30, 20, 15 μg
Eduarda H. - Gineco e OB
■ Quanto menor a dose hormonal, menos efeitos
adversos sem efeito na eficácia; MAIOR RISCO DE
ESCAPE
■ Iniciar sempre com menor dosagem
● Progestogenio é VARIÁVEL
○ Acetato de ciproterona -> melhora pele
○ Levonorgestrel
○ Gestodeno
○ Desogestrel
○ Norgestimato
○ Drosperinona (yasmin) -> melhora pele
● Anticoncepcionais combinados podem ser mono, bi ou trifásicos
- Ac só com progestogênios
- Minipilulas -> indicação na gestação
- Anovulatório de progestogênio
- AC de emergência
- ACH não oral:
- Intramuscular
- Vaginal -> anel e comprimido
- Transdérmico -> adesivo semanal
- Subdérmico -> implantes
- Intra-uterino -> DIU levonorgestrel
-> Mecanismo de ação: Progestogênio
- Supressão da ovulação por bloqueio hipofisário do LH
- Alteração do endométrio -> atrofia
- Espessamento do muco cervical-> hostil ao espermatozóide
- Ausência de capacitação espermática
- Alteração do peristaltismo
-> Mecanismo de ação: Estrogênio
- Sobre o FSH -> impede o desenvolvimento folicular e à emergência do dominante
- Estabiliza o endométrio -> evita spotting (escape)
- Potencializa a ação do progestogênio
● Contra indicações ABSOLUTAS
○ Tromboembolismo, AVE, doença arterial coronariana atual ou prévia,
condições que predispõem esses problemas (varizes)
○ Hepatopatia aguda ou crônica
○ Câncer de mama, neoplasia hormônio dependente
○ Sangramento vaginal anormal sem diagnóstico
○ Gestação
○ Fumantes acima dos 35 ->relativa - NÃO PODE PÍLULA COMBINADA
○ DM insulino dependente grave
Eduarda H. - Gineco e OB
○ Hipertensão arterial grave
● Efeitos colaterais variáveis:
○ Náuseas, cefaleia, sensibilidade mamária, leve ganho de peso, nervosismo,
acne
○ Alterações de ciclo menstrual (amenorreia, spotting - adaptação de 3 meses
ou +dose)
○ Diminuição da libido, alterações de humor, vômitos -> mais raros
● Benefícios - Regulariza o ciclo, diminui fluxo, reduz cólica, melhora TPM
○ Diminui gravidez ectópica, aumenta massa óssea, diminui cânceres
relacionados
- Minipilula:
- Usocontínuo (fora da amamentação) - noretisterona 0,35μg
- Anovulatório de progestogênio - 75 μg de desogestrel
- Índice de falha maior que os combinados
- Pílula de emergência
- 200 μg de etinilestradiol + 1000 μg de levonorgestrel em duas doses de 12
/12 -> método de Yuspe
- 150 μg de levonorgestrel via oral em duas doses 12/12
- Primeira dose em até 72 hrs após relação, segunda dose 12 hrs depois
- Via parenteral (intradérmica)
- Intramuscular:
- Formulação combinada mensal
- Cyclofemina: 25mg de acetato de medroxiprogesterona e mg
de cipioanto de estradiol
- Mesigyna: 50mg de enantato de norestisterona e 5mg de
valerato de estradiol
- Perlutan, Ciclovular, Unociclo, Daiva®: 150mg de Aceofenido
de Dihidroxiprogesterona e 10mg de Enantato de Estradiol.
- Formulação bimestral(só progestogenio): não tem no br
- Acetato de medroxiprogesterona de depósito (AMP-D)
100mcg via intramuscular a cada 60 dias.
- Formulação trimestral (só progestogenio)
- Acetato de medroxiprogesterona de depósito (AMP-D)
150mcg via intramuscular a cada 90 dias.
- eficaz, seguro, fácil de usar
- não requer rotina diária
- tem ação prolongada, é reversível e independente do coito
- pode ser utilizado durante a lactação
- Via vaginal
- Anel vaginal
Eduarda H. - Gineco e OB
- Anel de evastane, transparente, leve, flexível
- diâmetro externo de 54mm e espessura de 4mm
- Liberação de 15mg EE/dia e 120 mg etonogestrel/dia
- proteção contraceptiva semelhante à pílula
- Deixa 21 dias, tira 7
- Anticoncepcional vaginal
- Comprimido
- possui alta eficácia anticoncepcional e melhor tolerabilidade - 21
comprimidos -> 1 por dia, 7 dias sem usar
- relação somente após uma hora colocado
- essa via minimiza à maioria dos efeitos negativos sobre o
metabolismo dos lipídeos e das apolipoproteínas e náuseas
- Via transdérmica
- Adesivo semanal
- adesivo delgado e flexível
- libera 20mg de EE/dia e 150 mg de norelgestromina/dia
- NUNCA usar nas mamas, mais indicado são nádegas
- nome comercial: Évra
- Via subdérmica
- Implantes
- Implante de etonogestrel
- libera em torno de 60 mg/dia (implanon)
- dura 3 anos
- Via intra-uterina
- DIU SIU-LNG
- dura 5 anos
- mmecanismo de ação sobre o muco cervical, com efeitos
endometriais
Eduarda H. - Gineco e OB
- inibição da motilidade espermática, reação à corpo estranho e efeito
mínimo no eixo-hipotálamo-hipófise-ovário, com mais de 85% das
mulheres com ciclos ovulatórios
- liberação de 20mg/dia de levonorgstrel no 1° ano e inserção de
15mg/dia no resto do tempo
- Até quando usar anticoncepção?
- Enquanto existir possibilidade de gestação
- até 50 anos
- FSH alto -> não engravida
- Ginecologia Infanto-puberal
- Os motivos de consulta mais comuns na infância-> vulvovaginite, aderência
dos pequenos lábios, líquen escleroso, desenvolvimento precoce,
malformações geniturinárias e a suspeita de abuso sexual.
- Na adolescência inicial e média-> leucorreias (fluxo vaginal), a irregularidade
menstrual, dismenorreia, assimetria pequenos lábios e mamas
- Na adolescência média e tardia-> irregularidades menstruais, anticoncepção,
gestação e DSTs
● Exame ginecológico:
○ Objetivo: atestar a normalidade da genitália externa e desenvolvimento dos
caracteres sexuais secundários
○ Doenças mamárias são pouco frequentes -> as mais encontradas são
decorrentes de anomalias de desenvolvimento
○ Médico deve transmitir confiança e segurança
○ As meninas (crianças) devem ser atendidas preferencialmente junto da mãe
○ No atendimento de adolescentes deve ser garantido à privacidade/sigilo para
criar bom vínculo médico-paciente
○ Posição adequada:
■ Crianças: fletir a perna sobre a coxa abduzida-> pernas de sapo;
genupeitoral
■ Adolescentes: utiliza-se à posição ginecológica (litotomia)
● Para crianças de até dez anos pode ser utilizado à técnica de
Capraro
○ Achados ginecológicos:
■ Primeiras 8 semanas
● Pequenos lábios maiores e mais espessos que em crianças
mais velhas -> presença de estrogênios maternos
● Pressionando o vestíbulo existe à saída de muco -> presença
da cérvice e da vagina
● Mucosa úmida e róseo-esbranquiçada
● A vagina e o útero nesse estágio têm cerca de 4 cm de
comprimento;
Eduarda H. - Gineco e OB
● Clitóris grande
● Efeitos dos hormônios maternos desaparecem entre 6-8
semanas -> pode ocorrer sangramento por privação de
estrogênio (para entre 7-10 dias)
■ De 8 sem à 7 anos
● Não tem exposição hormonal
● Não são encontradas mamas desenvolvidas e pelos pubianos
● Pequenos e grandes lábios pouco desenvolvidos
● clitóris pequeno
● Sempre que forem encontradas lesões deve-se considerar
abuso
● Vagina é visualizada quando afastados os pequenos lábios
● mucosa da vagina fina, vermelha e atrófica - sem estrogênio
■ De 7 à 10 anos
● surgimento de modificações puberais
● aumento da vagina -> 8cm
● Hímen mais espesso e possível de verificar os tipos
● Maior secreção vaginal -> presença de estrogênios
● De 10 à 13 anos
○ Vagina de 10-12 cm, distensível com mucosa úmida e
pragueada
○ secreção vaginal apresenta lactobacilos acidófilos
○ ovários tornam-se órgãos da cavidade pélvica
○ corrimento branco, espesso e turvo- presença de estrogênio
sem oposição -> prenúncio da menarca
● Após 13 anos
Eduarda H. - Gineco e OB
○ Exame ginecológico igual ao da mulher adulta
○ Exame pode ser completo se à paciente já tiver iniciado à vida
sexual
○ Para compreender o desenvolvimento puberal utiliza-se o
estadiamento desenvolvido por Marshall e Tanner->estágios
de Tanner
- Vulvovaginite
- Inflamação dos tecidos da vulva e da vagina -> causada por germes
circundantes na pele ou alergias
- Na criança ocorre inicialmente uma vulvite, sem comprometimento da
mucosa vaginal
- É o motivo mais comum para consultas infanto-juvenis
- 70% das mulheres apresenta
- Possibilidade de ascensão ao trato genital superior
- Favorece ISTs
- Quadro clínico:
- Fluxo vaginal: pode aumentar progressivamente com o elevamento
dos níveis estrogênicos; pode ser acompanhado de odor
desagradável, prurido, ardência, edema, eritema, fissura e maceração
da vulva
- Pode ser acompanhado de sintomas urinários -> urgência e disuria
vulvar
- Fatores de risco:
- Características anatômicas, hormonais e funcionais que predispõem
-> pré-púbere
- Hábitos, como o uso de roupas apertadas, podem auxiliar na
ocorrência
- Doenças subjacentes -> infecções das vias aéreas, diabetes,
sarampo, varicela, parasitose intestinal, síndrome de Behçet,
dermatite, etc.
- Antibióticos
- má-higiene
Eduarda H. - Gineco e OB
- Maioria é inespecífica -> bactérias que fazem parte da flora podem se tornar
agressivos em certas situações
- Específica: agente etiológico é identificado e não faz parte da flora vaginal
- Exame ginecológico -> sangramento vaginal
- Irritação ou lesão vulvar ou vaginal
- trauma - lesão em sela ->75% das lesões
- abuso sexual
- puberdade precoce
- tumores genitais
- Vulvovaginites
- Candidíase -> faz parte da flora vaginal; não é sexual
● Cândida Albicans - 80 % dos casos
● Pode ser assintomática
● Relacionada à fatores de risco: gestação, imunossupressão, diabetes,
antibióticos, fatores locais
● pH vaginal baixo -> menor que 4,5
● Quadro clínico:
○ Prurido
○ Ardência vulvar e urinária
○ FIssuras e lacerações vulvovaginais
○ Leucorréia branca grumosa
● Tratamento:
○ Tópico e oral com resultados de cura semelhantes
○ Alívio de sintomas com corticoides tópicos
■ Fluconazol
■ Itraconazol
■ Cetoconazol
■ Miconazol
■ Isoconazol
■ Terconazol
○ Retirar fatores predisponentes
○ Candidíase recorrente -> tratamento supressivo de longa duração
(fluconazol 1x semana/6 meses)
- Vaginose Bacteriana -> 40% dos casos de vaginite
● Não é DST
● Sem fatores de risco marcantes
● Complicações: DIP, prematuridade, infecção amniótica e puerperal
● Etiologia:
○ Gardnerella vaginalis
○ Bacteroides
○ Fusobacterium
○ Peptostreptococus
○ Mobiluncus
● Pode ser assintomática -> não necessita tratamento
● Quadro clínico:
Eduarda H. - Gineco e OB
○ Leucorréia com odor fétido (putrefação/peixe podre)
○ Leucorréia acinzentadae bolhosa
● pH maior que 4,5
● Presença de Clue Cells
● Teste das aminas - Whiff test
- Tricomoniase -> trichomonas vaginalis
● DST
● Altamente contagiosa
● maioria é assintomática
● Quadro clínico:
○ Ardor vaginal
○ prurido vaginal
○ odor desagradável
○ leucorréia
amarelo-esverdeada
○ disúria
● Colo trigóide ou em morango
● Tratamento:
○ Metonidazol 2g
○ Tinidazol 2g
- Infecções sexualmente transmissíveis
● Úlceras genitais
○ Presença de vesículas -> tratar herpes
○ Não existindo vesículas-> tratar sífilis
● Herpes Genital -> transmissão apenas com lesão
○ Primo-infecção
■ Exulcerações dolorosas, que tornam-se vesiculares, coalescem e, ao
romperem-se, dão origem com posterior formação de crostas e
cicatrização
■ Adenopatia inguinal dolorosa e com frequência
■ Repercussão sistêmica (astenia, mialgia e febre)
■ Incubação de 6 dias
○ Recorrência -> envolve baixa imunidade/pacientes imunocomprimidos
■ Menor duração e intensidade, com frequência precedida de
pródromos -> aumento da sensibilidade local, ardência e prurido
■ Vesículas agrupadas sobre base eritematosa, que evoluem para
pequenas úlceras arredondadas ou policíclicas
■ Nas mucosas é incomum à visualização ddas vesículas, uma vez que
seus tetos rompem muito facilmente
■ Mais raramente, à ocorrência de lesões pode ser acompanhada de
sintomas gerais
■ As lesões têm regressão espontânea em 7-10 dias, com ou sem
cicatriz
Eduarda H. - Gineco e OB
○ Diagnóstico:
■ Clínico -> mais usual, assintomáticos ou lesões pequenas, exclusão
de sífilis e cancro mole
■ Colposcopia
■ Papanicolau ou Giemsaa
■ Sorologia IgG e IgM
■ Cultura de tecidos
■ Imunofluorescência Direta
● ac monoclonais
○ Tratamento: necessário para diminuir sintomatologia -> úlceras quebram à
proteção local, podendo gerar infecções secundárias; DIMINUI
RECORRÊNCIA
■ Aciclovir -> 10 dias primoinfecção; 5 dias recorrência; usado várias
vezes ao dia (5-6 vezes); tratamento mais barato
■ Fanciclovir -> de 12/12h; mais caro
■ Velaciclovir
■ Herpes Recorrente
● Tratamento supressivo-> 1 cp ao dia por 6 meses de aciclovir
■ Cremes -> limitada efetividade; utilizado na fase prodrômica (fase
que precede o aparecimento de sintomas)
● Sífilis -> importante diagnosticar em grávidas
○ Agente etiológico: Treponema pallidum
○ Transmissão pela lesão (primária e secundária) e pelo sangue
(terciária e latente)
○ Fase primária
■ Lesão ulcerada
■ Cura espontânea - até 3 semanas
○ Fase secundária
■ Máculas, pápulas, eritema (roséolas), crostas e lesões
ulcera-vegetantes -> principalmente nas palmas e embaixo dos
pés
■ Pode ocorrer queda de cabelo
■ Podem ser confundidas com processos alérgicos
■ Cura espontânea - até 3 semanas
○ Fase latente
■ Assintomática
Eduarda H. - Gineco e OB
○ Fase terciária -> não ocorre necessariamente, muitos pacientes ficam
na latente; muito relacionada à problemas imunológicos
■ Lesões gomosas
■ Após longo período de latência
■ Podem comprometer outros sistemas (cardiovascular, nervoso,
ósteo-articular)
- Sífilis Primária
- Diagnóstico
● 2-3 semanas após
contaminação tem início uma
lesão papulosa indolor no ponto
de penetração do T. pallidum
● Lesão indolor torna-se ulcerada,
com borda salientes e
endurecidas, base avermelhada
não purulenta
- Sífilis secundária
● 4 semanas após o cancro
● 3-12 semanas sem
● Presença de Roséolas (pápulas) disseminadas e confluentes
● Sifílides
● Cavidade oral
● Toda erupção cutânea sem causa determinada deve ser
investigada para sífilis
- Sífilis terciária
- Caracterizada por manifestações tardias e raras decorrentes de
complexos imunológicos
- Ocorre em ⅓ dos pacientes que não recebem tratamento
- Manifesta-se como goma (15%), sífilis cardiovascular (10%) e
neurossífilis (8-10%)
- Aparece em até 1 ano ou entre 10 e 30 anos
Eduarda H. - Gineco e OB
- As lesões gomosas ocorrem especialmente em pele, tecido celular
subcutâneo ou osso, mas podem também ocorrer nas vísceras,
principalmente no fígado.
- Lesões cardiovasculares: aneurisma aórtico, insuficiência aórtica e
estenose coronariana
- Lesões do SNC: Tabes dorsalis, mielite transversa e demência ->
comprometimento do SNC pode ocorrer em qualquer fase da sífilis
● Cerca de 3,5 milhões de casos por ano/mundo
-
● Diagnóstico laboratorial -> apenas será possível após aparecimento
sintomatológico (úlceras)
○ Pesquisa de Treponema em campos escuros -> primária e
secundária (apenas enquanto existir lesão)
○ Sorologia
■ Não treponemicos
● VLDRL
● Triagem
● Não específicos
● Falso positivo
● Controle da cura
■ Treponêmicos
● teste rápido
● FTA-abs
● ELISA
○ Confirmar VDRL
○ específico
○ O diagnóstico é feito com um teste treponêmico + um teste não
treponêmico -> treponêmico dá positivo apenas com à
existência da cicatriz da lesão (pode ser lesão antiga, já curada)
○ Todas as gestantes são testadas, em todos os trimestres ->
orientação de tratamento à partir do teste rápido, antes dos
demais resultados
● Tratamento:
○ Primária, secundária e latente recente -> Penicilina G
benzatatina 2,4 milhões UI, IM, dose única (1,2 milhão de UI em
cada glúteo)
■ Alternativa para alérgicas: Doxiciclina 100mg, VO 2x
dia/15 dias - NÃO USAR EM GESTANTES; ou
Ceftriaxona 1g, IV ou IM, 1x dia/ 8-10 dias para gestantes
ou não gestantes
○ Latente tardia, com duração ignorada e terciária -> Penicilina G
benzatina 2,4 milhões UI, IM semanal, por 3 semanas (dose
total: 7,2 milhões de UI)
○ Tratar parceiros
Eduarda H. - Gineco e OB
○ Repetir VDRL 3, 6 e 12 meses após
○ Sorologia decresce lentamente
○ VDRL negativa em 80%
○ FTA-abs não negativa
○ Alternativo não trata o feto em gestantes
● Cancro mole ou Cancróide
○ Haemophilus ducreyi
○ Lesões em geral múltiplas ou única, que são muito dolorosas e têm
aspecto purulento
○ Incubação de 3-5 dias
○ Diagnóstico:
■ Lesões dolorosas de bordas irregulares e contornos elevados
■ Base recoberta por exsudato purulento, necrótico e odor fétido
■ Frequentemente lesões múltiplas
■ Acompanhada de adenopatia inguinal dolorosa
■ Diagnóstico principalmente clínico
- lesão em espelho
● Tratamento:
○ Higiene local com permanganato de potássio ou água boricada
2%
○ Ceftriaxona 250mg, IM, dose única
○ Azitromicina 1g, VO, dose única
○ Doxiciclina 100mg, VO, de 12/12h por 10 dias
○ Tianfenicol 5g VO, dose única
○ Trimetropima 160 mg + Sulfametoxanol 800mg VO, 12/12h por
10 dias
○ Ciprofloxacina 500mg VO 12/12h por 3 dias
● Cervicites Mucopurulentas -> Clamídia e Gonorreia
○ Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis
○ Assintomáticas de 80-100% dos casos
○ Podem provocar complicações: DIP, infertilidade, gravidez ectópica
Eduarda H. - Gineco e OB
○ Sintomas inespecíficos -> leucorréia, disúria, dor pélvica, dor à
mobilização do colo, colo friável (sangramento), sinusorragia
(sangramento na relação), mucopus fluindo do colo, muco turvo
○ Podem gerar peri
○ Diagnóstico
■ Teste do cotonete-> verifica à sensibilidade do colo
(sangramento -> tratar)
■ Atualmente realizado em pacientes que apresentam sintomas
de complicações -> difíceis na saúde pública
■ Gonorreia -> Cultura em Thayer-Martin
■ Clamídia
● Imunofluorescência direta e indireta
● PCR e ELISA -> ambos de material de colo; 88-65% de
especificidade
○ Tratamento -> realizado com sintomatologia, na maioria dos casos não
existe diagnóstico
■ Gonorreia:
● Ceftriaxona 250mg IM dose única
● Ciprofloxaxina 500mg VO dose única
● Ofloxacina 400mg VO dose única
● Cefixime 400mg VO dose única
● Tianfenicol 2,5mg VO dose única
■ Clamídia
● Azitromicina 500mg VO 2cp
● Doxiciclina 100mg VO de 12/12h por 7 dias
● Eritromicina 500mg VO 6/6h por 7 dias
■ Tratar parceiros e testar para outras DSTs
● Condiloma Acuminado - HPV
○ Papilomavírus humano (HPV)
○ DNA-vírus do grupo papovírus
○ 120 subtipos
○ 6-11 lesões cutâneas
○ Transmissão através do contato com à lesão
○ Muitas vezes assintomático -> manifestação cutânea
○ Diagnóstico -> clínico
■ Biópsia -> quando existe suspeita de neoplasia (lesões
pigmentadas, endurecidas, fixas ou ulceradas); lesões que
aumentaram detamanho ou que não respondem ao tratamento,
paciente imunodeficiente
■ Teste definitivo-> PCR ou captura híbrida
○ Vacina para HPV -> diminui os condilomas e à chance de câncer de
colo de útero
○ Tratamento:
Eduarda H. - Gineco e OB
■ ATA (ácido tricloro acético) 1x por semana -> geralmente 80%;
mais rápido e acessível, único que pode ser utilizado em
gestantes
■ Podofilina 10-25% 1x por semana -> pode gerar reação local
(dor)
■ Crioterapia
■ Eletrocauterização
■ Laser
■ Imiquimod
■ Tratamento domiciliar -> imiquimode ou podofilotoxina
Sexualidade Feminina
- Estado de bem-estar físico, mental, emocional e social relacionado ao sexo
- Parte da qualidade de vida de cada indivíduo
- Direito de manifestação livre de violência, coerção e discriminação
- Respeito
- Independe de orientação sexual
● Sexo -> ato biológico
● Sexualidade -> relacionado ao desejo, as escolhas, ao sentimento e à
expressão deste
● Construção individual da sexualidade -> muito mais amplo, baseada em
experiências
- Ciclo-resposta Sexual
- Múltiplos fatores determinam o início do ciclo:
- Desejo e libido
- Excitação -> deriva do estímulo
- Orgasmo
- Resolução
- Neurotransmissores:
- Serotonina, Noradrenalina, Dopamina
- Neurológicos:
- Hipotálamo, sistema límbico, conexões entre sistema
neurológico e genital
- Neuroendócrinos:
- Testosterona, estrogênio, prolactina
- Defeitos em qualquer um dos setores afeta à sexualidade
- Epidemiologia
- Disfunção sexual é comum: 50% das mulheres com alguma queixa
sexual
Eduarda H. - Gineco e OB
- Baixo desejo pode chegar à 55% -> 14% se for raro ou nunca ter
desejo
- Dificuldade de excitação - até 28%
- DIsfunção orgástrica - até 25%
- Abordagem
● Tempo de duração
○ Falas esporádicas são comuns e não patológicas
● Idade e experiências sexuais
○ Jovens e sem experiência é normal
○ Conhecimento influencia
● Estímulos inadequados
○ Foco, duração, intensidade
● Condições do parceiro
● Condições de saúde física e mental
● História sexual
○ Medo de gestar, abusos
● Relacionamentos com dificuldades
- Exames laboratoriais
● Se patologias orgânicas
○ Tireoide, prolactina, etc
● Testosterona na menopausa
● Exames são controversos
- Disturbios
● Decorrentes de problemas orgânicos
○ Neuropatias
○ Alterações anatômicas
○ Dor
● Processos externos modulam à mente
○ Fatores biológicos
■ Fadiga, hormônios, medicamentos
○ Fatores psicológicos
■ Medos, distrações, vergonhas
- Transtornos do desejo
- Mais comum
- Ausência total ou parcial persistente ou recorrente de pensamentos,
fantasias ou motivações para o ato sexual
- Desejo e excitação podem estar ligados
- Determina transtornos nas outras fases
- Desejo sexual responsivo - > durante o ato sexual
- Aversão sexual -> até 7,9%
- Ansiedade e medo inclusive para beijos e carícias
Eduarda H. - Gineco e OB
- Fenômeno vasocongestivo após estímulo
- Fases não distintas -> as vezes sobrepostas
- Dificuldade recorrente ou persistente de manter à excitação
- dificuldade de lubrificação e ressecamento
- Psicogênios
- Orgânicos
- Deficiência de estrogênio
- Quando violento e inoportuno não configura transtorno
● Transtornos do orgasmo
- Sensação subjetiva
- Do ponto de vista biológico são contrações musculares na vagina
- Nem sempre existe -> envolto em mitos
- Dificuldade de reconhecimento do corpo e das sensações
- Conceito: ausência, diminuição de intensidade ou retardo da sensação de
prazer
- Psicossociais
- Informação, educação, religião, depressão, ansiedade, abusos
- Raramente orgânicos
● Dor genitopélvica
- Dispareunia
- Dor durante o ato sexual
- Muito relacionado à causas orgânicas
- Vaginismo
Eduarda H. - Gineco e OB
- Espasmo da musculatura perineal
- Mais relacionado à fatores psicossociais
● Abordagem
○ Biopsicossocial
○ Mulher e parceiro - individual e em conjunto
○ Relação com o convívio social
○ Infância
○ Exame físico não obrigatório - depende da queixa
■ Contextualizar o problema
■ agudo ou durante à vida?
■ Impacta à vida do casal?
○ Laboratório em insuficiência androgênica
● Abordagem biológica
○ Depressão -> substituir antidepressivo ou usar bupropiona
○ Diminuição dos androgênios
■ Piora entre 40-60 anos
○ Antes normal e agudamente piora
○ Insuficiência ovariana
○ Testosterona
■ Em cremes (nao usar nas mamas)ou patchs( n tem no brasil)
■ Utilizar em mulheres com diminuição da testosterona livre
■ Em mulheres estrogeinizadas
■ Resultados em estudos randomizados -> melhora significativa
■ Efeitos colaterais
● Androgenização, câncer de mama
○ Outras terapias:
■ Reposição de estrogênio
■ Flibanserina
● Estudos mostram resultados significativos comparados
com placebo
● Pré-menopausa
● Não relacionada diretamente com orgasmo
○ Evitar empirismos

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