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Módulo 1: Qualidade do Produto Coordenação: Michele Santos Fernandes Gestão: Guilherme Fumagalli Julia Vidigal Munhoz Supervisão: Alice Zanella de Mello Gabriela Macedo Lemos Giampaolo Buso Rafaela Guimarães dos Santos Roteiro: Charles Fernandes Constantino Julia Vidigal Munhoz Michele Santos Fernandes Rafaela Guimarães dos Santos Design gráfico / audio visual: Charles Fernandes Constantino Gislainne Alves de Oliveira Jaqueline Gonçalves Pedro Vianna Quintian Qualidade do Produto – Conceito Módulo 01 5 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Olá aluno(a)! O curso da ACADEMIA INSPECIONE QUALIDADE é uma iniciativa da empresa PariPassu para contribuir com o seu conhecimento com as inspeções de Qualidade de alimentos a fim de auxiliar em um alimento com maior Qualidade e segurança. A partir da sua inscrição, fortalecemos o compromisso em oferecer conteúdos relevantes, desde leituras complementares, aulas atrativas e atividades para reforçar o aprendizado. Além disso, gostaríamos de reforçar a importância de seguir o cronograma do curso, dispo- nível em sua biblioteca virtual, para organizar e acompanhar suas aulas. O curso desenvolvido envolve os gestores, editores, pedagogos, jornalistas, designers gráficos e especialistas da área de inspeção de Qualidade, a fim de garantir um conjunto de conheci- mentos sobre a temática para serem compartilhados e disseminados da melhor forma. Portanto, os conteúdos e as vídeoaulas a serem trabalhados, bem como todas as reflexões a serem feitas, possibilitam ao estudante compreender questões sobre o processo de inspeção de Qualidade, embasada na legislação federal vigente e instruções normativas. 5 6 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Ementa do módulo 1: Qualidade do Produto - Conceito Curso dividido em módulos, que visam a compreensão e estudo do processo de Inspeção de Qualidade, embasada na legislação federal vigente e instruções normativas associadas. Público-alvo Direcionado a técnicos e profissionais da área, inspetores de Qualidade, gestores e empresas com interesse nos parâmetros de Qualidade. Objetivo Desenvolver uma visão ampla do setor sobre o processo de Qualidade. Com objetivo de ampliar os conhecimentos técnicos na área e a implantação de novos processos. Conteúdo O curso apresentará conceito básicos e históricos, fundamentação, objetivos, documentos e práticas exigidas no processo de inspeção de Qualidade. Carga Horária 10 horas 6 Não esqueça de fazer anotações durante o curso Falando nisso, baixe também os conteúdos complementares Ao chegar no final do curso, não esqueça de fazer o download do seu certificado e compartilhar em suas redes sociais! Dicas para aproveitar o seu curso Desligue o celular e evite distrações! Baixe o nosso cronograma para organizar seus horários! Disponível na biblioteca Escolha um local silencioso para começar a estudar! 321 4 5 Entendendo o conceito de Qualidade e Gestão de Qualidade01 UNIDADE Qualidade na cadeia agroalimentar02 UNIDADE Fichas Técnicas e definição dos critérios03 UNIDADE Como realizar Inspeção de Qualidade04 UNIDADE Indicadores e automatização do processo05 UNIDADE Conclusão06 UNIDADE Unidade 01 Introdução O que é Qualidade 10 A Trilogia Juran 11 Deming: pai da evolução na Qualidade 13 Gestão da Qualidade 15 Gestão da Qualidade Total 17 Os 7 princípios da Gestão da Qualidade 19 Controle de Qualidade 22 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito O termo Qualidade tem inúmeros significados, mas quando está associado às transformações sofridas por produtos, é considerado uma medida de excelência e pode se referir a um estado de ausên- cia de defeitos. Por isso, quando nos referimos à Qualidade de produto e inspeção de Qualidade, podemos associá-las a qualquer atividade que bus- ca examinar, verificar, medir e testar um produto de acordo com os requisitos especificados, a fim de estabelecer se a conformidade foi alcançada ou não. Neste estudo sobre qualidade, selecionamos os mestres do movi- mento da qualidade: Joseph Moses Juran, formado em engenha- ria elétrica pela Universidade do Minnesota, nos EUA, e William Edwards Deming, formado em engenharia e matemática pela Uni- dade de Wyoming, nos EUA, para guiar o conhecimento na área. Para Juran, “Qualidade é atingida pela adequação ao uso” e “Qua- lidade é ausência de falhas”. Enquanto para Deming, considerado o “pai da Qualidade”, a Qualidade está de acordo com as exigências e necessidades dos clientes. O que é Qualidade As duas definições são complementares e formam a base da me- lhoria contínua para organizações que pretendem implementar mudanças e avanços ao longo do tempo. A seguir vamos apresen- tar um pouco mais sobre cada teoria. 10 11 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Saiba como analisar cada fase: 1. Planejamento da Qualidade • Identifique os consumidores; • Determine as suas necessidades; • Crie características de produto que satisfaçam essas necessidades; • Transfira a liderança desses processos para o nível operacional. 2. Controle da Qualidade • Avalie o nível de desempenho atual; • Compare-o com os objetivos fixados; • Tome medidas para reduzir a diferença entre o desempenho atual e o previsto. 3. Melhoria da Qualidade • Reconheça as necessidades de melhoria; • Transforme as oportunidades de melhoria numa tarefa de todos os trabalhadores; • Promova a formação em Qualidade; • Avalie a progressão dos projetos; • Faça a publicidade dos resultados; • Inclua os objetivos de melhoria nos planos de negócio da empresa. Essa sequência ficou conhecida como a Trilogia Juran para geren- ciar a Qualidade, que também é conhecida como Juran Manage- ment System (JMS). Ela tem três fases: A Trilogia Juran Planejamento: considerar a Qualidade desejada e projetar meios para alcançá-la; Diagnosticar erros ou acertos no processo; Aperfeiçoamento: propor patamares de Qualidade cada vez mais altos. 12 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Além disso, Juran também estabeleceu 7 princípios para serem aderidos pelos gestores e líderes: • Estar disposto a entender as necessidades dos clientes e satisfazê-las; • Proporcionar alta Qualidade de produtos e serviços, enquanto reduz custos; • Estar envolvido para identificar as necessidades dos clientes; • Treinar e envolver a todos nos processos de gerenciamento da Qualidade; • Agregar metas de Qualidade ao planejamento de negócios; • Fornecer participações à força de trabalho; • Altos gerentes devem ter a iniciativa de realizar a gestão da Qualidade. Para Juran, Qualidade total não é fruto da teoria aplicada, este é apenas o início da caminhada, atingida através do aperfeiçoamen- to da prática diária, que deve ser planejada, controlada e melhorada a cada ciclo. Por isso, as ações são complementares e formam a base da melhoria contínua no produto ou processo. 13 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Considerado o “pai do controle de Qualidade” nos processos produtivos, William Edwards Deming tornou-se famoso por seu modelo do Ciclo PDCA, utilizado pela primeira vez em 1950 no Japão. O Ciclo PDCA significa: Plan, Do, Check, Act. Ou seja: planejar, executar, verificar e atuar corretiva- mente, conforme a figura a seguir. William Edwards Deming: pai da evolução na Qualidade 14 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito D: Do - Executar Nesta fase, é hora de executar ações pré-es- tabelecidas no plano de ação e acompanhar o progresso do que foi implementado. C: Check - Controlar Também é necessário controlar, medir e acom- panhar indicadores a fim de monitorar a eficácia dos planos de ações e os resultados alcançados. A: Action - Avaliar Caso algo não tenha saído como planejado, é hora de agir corretivamente sobre os pontos que impossibilitaram o alcance de todas as metas estipuladas. O indicado é corrigir os er- ros através de um “novo giro do PDCA”. Inicialmente, o Ciclo PDCA foi desenvolvido como uma ferramenta da Qualidade,um método recomendado para melhoria contínua da Qualidade dos produtos e serviços, a fim de solucionar proble- mas que não são facilmente visualizados e auxiliar em planos de ações do controle de processo. O Ciclo PDCA auxilia na identificação de problemas nos processos e possibilita reparar a causa das falhas de forma rápida e preci- sa. Ele também ajuda na padronização para que todas as etapas sejam seguidas e executadas com eficiência pelos colaboradores. Aqui, vamos analisar cada fase: P: Plan - Planejar É a fase de identificação de um problema com base nas características e causas usando um planejamento. É nesta fase que definimos me- tas e padrões para atingir os resultados es- perados, através da elaboração de plano de ação e análise dos procedimentos operacionais padrão (POP). Lembre-se: os objetivos devem ser claros e executáveis com foco em resultados positivos. 15 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Gestão da Qualidade Agora que você já conhece o conceito de Qualidade e suas definições, vamos entender como implementá-la na gestão do seu estabelecimento para garantir a sua efetividade. A gestão da Qualidade em seu contexto histórico passou por três grandes mudanças. A primeira é a era da inspeção, seguida do controle estatístico da Qualidade e a última, a era da garantia da Qualidade. Conheça mais sobre cada uma delas: 1940 1960 1980 Controle estatístico da qualidade Era da Inspeção Era da garantia da qualidade 16 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Era da Inspeção de Produto Era do Controle Estatístico Essa fase ocorreu em meados da Revolução Industrial, período em que atingiu seu auge. Os principais responsáveis pela inspe- ção eram os próprios artesãos. Nessa época, o foco principal es- tava na detecção de eventuais defeitos de fabricação, sem haver metodologia preestabelecida para executá-la. Atualmente estamos vivendo a era da Qualidade Total, onde o cliente é o centro das atenções e as organizações visam satisfazer as suas necessidades e expectativas. A principal característica dessa era é que “toda a empresa passa a ser responsável pela garantia da Qualidade dos produtos e serviços”. Era da Qualidade Total Em função do crescimento da demanda mundial por produtos manufaturados, inviabilizou-se a execução da inspeção produto a produto, como na era anterior. Por isso, nesta era, o controle de inspeção foi aprimorado por meio da utilização de técnicas estatísticas como amostragem. Nesse novo sistema, que obedecia a cálculos estatísticos, certo nú- mero de produtos era selecionado aleatoriamente para ser inspe- cionado, de forma que representasse todo o grupo e, a partir deles, verificava-se a Qualidade de todo o lote. No início dessa era, o enfoque recaía sobre o produto, mas com o pas- sar do tempo, foi se deslocando para o controle do processo de pro- dução, possibilitando o surgimento das condições necessárias para o início da era da Qualidade total. 17 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito A Gestão da Qualidade Total ou TQM (Total Quality Management), foi desenvolvida por consultorias empresariais dos Estados Uni- dos na década de 1960, no entanto, a empresa japonesa Toyota foi a primeira empresa a implantar o TQM. Ela é definida como um modelo de gestão que visa potencializar a criação de uma cons- ciência de Qualidade em todos os processos organizacionais, com base na Qualidade dos produtos e serviços. Sendo assim, ela busca concretizar ações através do gerencia- mento organizacional com foco no cliente, liderança, envolvimen- to de pessoas, benefícios mútuos, abordagem sistêmica da ges- tão, melhoria contínua, abordagem factual e por processos. Gestão da Qualidade Total Garantia da satisfação dos clientes; Busca contínua das soluções de problemas; Desenvolvimento do trabalho em equipe; Redução de erros. Os principais objetivos são: 1 2 3 4 18 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito A implementação da Gestão da Qualidade Total em organizações está relacionada ao processo de melhoria contínua, que visa um bom funcionamento, a autoavaliação constante de atividades, os desempenhos e resultados da empresa, para que consiga detec- tar quais áreas estão com boa performance e quais apresentam oportunidades de melhoria. Qualidade Intrínseca: Capacidade do produto ou serviço cumprir o objetivo ao qual se destina. O conceito de Qualidade Total é subdividido em seis itens: Custo: Custo do produto ou serviço para a organização e preço para o cliente. Além de tentar obter o maior valor pelo preço considerado justo. Atendimento e entrega: Inclusão de três parâmetros importantes na produção de bens e na prestação de serviços de excelência: local, prazo e quantidade. Moral: Nível de satisfação e motivação dos colaboradores da organização e dos clientes. Segurança: Preocupação com a segurança física dos funcionários, clientes e com os impactos na sociedade e no meio ambiente. Ética: Valores, códigos e regras de conduta os quais instruem as pessoas, processos e organizações. 19 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito A gestão da Qualidade, segundo a ABNT NBR ISO 9001, segue sete princípios para garantir que a em- presa está apta a gerar valor a seus clientes de forma consistente. Com estes sete pilares consolidados torna-se mais fácil implantar o sistema de gestão da Qualidade. Veja como funciona na imagem a seguir: Os 7 princípios da Gestão da Qualidade Liderança 1 2 3 4 5 6 7 Foco no cliente Engajamentos das pessoas Melhoria Abordagem de processo Decisão baseada em evidências Gestão de Relacionamento 20 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito 1. Foco no cliente: atender e superar as necessidades dos clie- tes é o foco principal para a gestão da Qualidade e uma estratégia vital que contribuirá para o crescimento da empresa a longo prazo. 2. Liderança: é importante que os funcionários sejam conduzi- dos por uma liderança que possibilita o engajamento, comprome- timento e assegure que todo o time esteja alinhado com os propó- sitos da empresa. 3. Engajamento das pessoas: a participação e compro- metimento de todos contribui para um Sistema de Gestão da Qualidade eficaz. 4. Abordagem de processo: entender as atividades como uma série de processos que se unem para funcionar como um siste- ma que ajuda a alcançar resultados mais consistentes e previsíveis. Este método é fundamental para o bom andamento e exce- lência de um Sistema de Gestão da Qualidade, pois o nível de perfeição de um produto ou serviço dependerá da Qualidade do gerenciamento dos processos. 21 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito 5. Decisão baseada em evidências: as decisões envolvem certo grau de incerteza, mas a possibilidade de obter os resultados esperados é maior se as decisões forem baseadas na análise e ava- liação de dados. 6. Melhoria: empresas de sucesso estão sempre focadas em sua constante melhoria. É necessário reagir às mudanças no ambiente interno e externo para gerar valor contínuo aos seus clientes. 7. Gestão de relacionamento: neste princípio, é importante Identificar os relacionamentos essenciais com as partes interessa- das. Como por exemplo, fornecedores estabelecendo critérios para a criação de parâmetros referente às empresas parceiras, construindo relacionamento com as partes interessadas que favorece o senso de responsabilidade e crescimento organizacional da empresa. 22 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito 1. Fator econômico: o exercício do programa leva a reduzir os custos da produção, diminuir a taxa de desperdício dos vegetais, aumentar os lucros e a manter o prestígio dos alimentos produzi- dos, servindo de base, também, para detectar possíveis defeitos e corrigi-los. 2. Exportações: manter e elevar o nível de Qua- lidade dos alimentos gera mais credibilidade e valorização dos mesmos, aumentando a possi- bilidade de alcance de novos mercados. Além de satisfazer às exigências do consumidor final, alavancar a escalade produção e conquistar mercados internacionais mais criteriosos. 3. Tecnologia: a tecnologia está inserida em todos os elos da cadeia produtiva e aliada a produção de alimentos, traz benefícios tanto para o produ- to por meio de otimização dos processos, quanto para a economia e desenvolvimento da empresa. Controle de Qualidade 4. Legislação: é o conjunto de leis obrigatórias que visa proteger o consumidor e garantir a segurança a Qualidade contínua em todos os processos da cadeia produtiva. Para execução do programa de controle de Qualidade todos os cola- boradores da empresa devem receber treinamento para esclarecer as dúvidas e ressaltar a importância do programa, com o objetivo de agregar valor na qualidade dos produtos produzidos e ou for- necidos pela empresa e reduzir os custos de produção. Um controle de Qualidade eficiente deve trazer economia para a empresa que o implementa, garantindo produtos de Qualidade superior e evitando desperdícios e reduzindo o custo de produção de seus produtos. Lembre-se: o controle de Qualidade deve ser realizado em todos os pontos críticos, do recebimento à expedição Leitura Complementar: • Gestão da Qualidade na prática - ebook • Controle de Qualidade e Rastreabilidade • NBR ISO 9000 • KIT ISO 9001:2015 - Gestão da Qualidade http://comunicacao.paripassudev.com/conteudo/ebook-gestao-da-qualidade-na-pratica.pdf http://comunicacao.paripassu.com.br/conteudo/ebook-qualidade-rastreabilidade.pdf http://www.standardconsultoria.com/f/files/814048ce04d8cdfe2b1ba9438be31009791895463.pdf http://conteudo.paripassu.com.br/kit-iso-9001-2015 Unidade 02 Qualidade na cadeia agroalimentar O que é Qualidade na cadeia agroalimentar? 24 Perdas no pós-colheita 25 Monitoramento da Qualidade 27 Controle de Qualidade de frutas, legumes e verduras (FLV) 28 Parâmetros de Qualidade 30 24 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Por isso, a genética das sementes utilizadas e o meio produtivo em que a lavoura está inserida permitem que as frutas, legumes e ver- duras atinjam seu ponto máximo de Qualidade no momento da co- lheita. Mesmo assim, conforme os lotes colhidos que saem da proprie- dade rural com destino aos próximos elos da cadeia produtiva, as responsabilidades quanto à Qualidade desses alimentos de- vem segui-los por todo o caminho percorrido. No meio agroalimentar, os primeiros passos para o ciclo da produ- ção de alimentos de qualidade começam no campo. Por exemplo, a utilização de sementes de Qualidade na implementação de la- vouras, assegura ao produtor o cultivo de plantas com as carac- terísticas de interesse geneticamente presentes no material ad- quirido como maior resistência à estiagem, pragas, deterioração e danos mecânicos. A adequação da produção utilizando os conceitos de Boas Práti- cas Agrícolas (BPA) também contribui para Qualidade. Através de seus princípios e recomendações, em entregar ao próximo elo da cadeia produtiva alimentos sadios e de acordo com os padrões de Qualidade desejados, além de minimizarem os impactos cau- sados pela agricultura no ecossistema e melhorar a Qualidade de vida dos profissionais envolvidos no processo. Lembre-se: cabe ao produtor, através dos manejos empregados na produção agrícola, trabalhar para que o alimento entregue ao seu comprador esteja nas melhores condições. O que é Qualidade na cadeia agroalimentar? Isso quer dizer que toda a cadeia é corresponsável pela Qualidade do alimento, desde a origem até chegar às mãos do consumidor final. Produtor Distribuidor Varejo Consumidor Gestão da quaidade: Tarefa de todos os elos da cadeia produtiva 1 2 3 4 25 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito As perdas no pós-colheita são consideradas um dos principais obstáculos da comercialização de vegetais, devido à manutenção e prevenção da Qualidade. Dentre as perdas, o transporte e armazenamento são duas eta- pas que merecem atenção e a definição de processos. Tratando-se de Frutas, Legumes e Verduras (FLV), a logística de distribuição deve ser ainda mais ágil e metódica, pelo fato de possuírem estruturas físicas delicadas e serem altamente susce- tíveis a danos mecânicos quando os devidos cuidados não são tomados durante os processos anteriormente citados. Além de prejudicar a aparência dos vegetais, essas lesões podem servir como porta de entrada para patógenos1, contaminando tanto a unidade vegetal, como também existe o risco dos microrganis- mos se alastrarem e comprometerem o restante do lote. Perdas no pós-colheita 1 Patógenos ou agente patogênico, é um organismo capaz de produzir doenças infecciosas aos seus hospedeiros sempre que esteja em circunstâncias favoráveis, inclusive do meio ambiente. 26 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Várias são as causas de deterioração das FLV, as principais são: • Danos mecânicos; • Perda de água; • Alterações metabólicas; • Distúrbios fisiológicos; • Patologia. Para amenizar os impactos de perdas de produtos, é possível adotar medidas para preservar a Qualidade dos alimentos por mais tempo durante o processo de deslocamento. Um desses fa- tores pode ser a escolha do material das caixas utilizadas para acomodar os vegetais e a temperatura do ambiente. Nos próxi- mos tópicos falaremos mais sobre monitoramento da Qualidade e seus parâmetros. 27 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito de segurança aos consumidores e contribuir para o fortalecimento e qualificação da cadeia agroalimentar, atendendo a critérios de- finidos por regulamentos, normas, legislações ou aos parâmetros técnicos individuais de fichas técnicas. Monitoramento da Qualidade Para que o alimento finalize sua trajetória na cadeia produti- va dentro dos padrões de Qualidade desejados, cabe ao varejo inspecionar os lotes no momento da chegada em seu centro de distribuição ou estabelecimento. Assim, é possível garantir que as condições de armazenamento e exposição estejam de acordo com as especificações de cada vegetal. Vale reforçar que as inspeções de Qualidade podem ocorrer em diferentes estágios do processo. Como por exemplo, no envio de produtos, no recebimento, ou nas análises laboratoriais. As especificações de avaliação da inspeção de Qualidade devem estar acordadas entre os fornecedores, distribuidores e clientes, e os seus pontos críticos de controle bem definidos. Por isso, um bom relacionamento entre produtores, distribuidores e varejistas é essencial para garantir a Qualidade do alimento em todos os elos da cadeia produtiva. Afinal, o objetivo de todos os elos deve ser proporcionar alimentos saudáveis de acordo com os padrões 28 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Como citado anteriormente, o controle de Qualidade é um con- junto de medidas que visa garantir a segurança dos alimentos em todas as etapas do processo, incluindo o manuseio, transporte e processamento. Atualmente, o controle de Qualidade além de avaliar as especifi- cações de um determinado produto, como, por exemplo, o recall de alimentos. Também controla os processos que antecedem o produto final com o objetivo de antecipar falhas e evitar os desperdícios con- tínuo do processo, como por exemplo, o recall de alimentos. Por isso, também é necessário adotar os procedimentos padrões que envolvem as etapas de higienização, transporte, armazena- mento e embalagem, otimizando a eficácia da Qualidade do ali- mento e a redução de custos na sua produção. A seguir vamos ver sobre os tipos de Qualidades de Frutas, Legu- mes e Verduras e suas diferenças. Controle de Qualidade de Frutas, Legumes e Verduras (FLV) 29 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito A Qualidade extrínseca do produto está relacionada como o cliente imagina ou percebe subjetivamente no produto. Ou seja, são Quali- dades sensoriais, como cor e tamanho, aparência e textura. A Qualidade intrínseca é aquela inerente ao produto, que pode ser avaliada e mensurada através da comparação com padrões e especificações. Então, espera-se que os produtosofereçam consistência, maciez e sabor, assim como níveis admissíveis de resíduos de agrotóxi- cos e microorganismos patogênicos à saúde humana, conforme previsto em legislação. Esse controle indica a preocupação gover- namental com procedimentos de higiene, saúde e de respeito às legislações nacionais e internacionais vigentes. A IN 69 no Art. 5º dispõe sobre os requisitos mínimos de identidade e Qualidade para produtos hortícolas serem comercializados, são eles: Qualidade Extrínseca: Qualidade Intrínseca: inteiros; limpos; firmes; isentos de pragas visíveis a olho nu; fisiologicamente desenvolvidos ou apresentando maturidade comercial; isentos de odores estranhos; não se apresentarem excessivamente maduros ou passados; isentos de danos profundos; isentos de podridões; não se apresentarem desidratados ou murchos; não se apresentarem congelados; e isentos de distúrbios fisiológicos. I I I I V V V I V I I V I I I I X X X I X I I I I I 30 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Conforme observamos, a cadeia de abastecimento de alimentos depara-se com desafios cada vez maiores na Qualidade que visa o aperfeiçoamento e monitoramento contínuo dos produtos, re- quisitos normativos e padrões estabelecidos pelo mercado. Tudo isso para com o objetivo de produzir e comercializar alimentos mais seguros ao consumidor, garantindo a sua confiança e fidelidade. E o principal objetivo dos parâmetros é exatamente esse: a pre- venção, o monitoramento da Qualidade dos alimentos e os pro- cessos que permitem o produto estar de acordo com o padrão es- perado pelo consumidor final. Porém, cada produto possui as suas especificações e critérios. Por isso, é preciso avaliá-los com base no padrão definido de conformidade e procedimentos descritos, realizando os registros destas informações. Para isto, é necessário definir quais são os parâmetros em que seus critérios serão avaliados. Por exemplo: Parâmetros de Qualidade Pontos críticos: podem configurar condições perigosas para os consumidores, tornando a comercialização inviável. No caso do ciclo de produção das Frutas, Verduras e Legumes o controle de Qualidade está baseado em 4 parâmetros funda- mentais pré estabelecidos. Veja a seguir quais são: Pontos graves: podem gerar falhas ou reduzir a utilidade do produto ou inutilizá-los. Pontos leves e toleráveis: neste caso, a utilidade do produto não é reduzida para a sua finalidade. 31 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Rastreabilidade: permite identificar as informações de origem e destino dos produtos e classificação dos fornecedores. Grau de maturação: define o estágio de amadurecimento do produto, é um parâmetro importantíssimo para evitar perdas ao longo da cadeia de abastecimento. Calibre: define o tamanho físico do produto, influencia a decisão de compra do consumidor e pode gerar perdas ou baixo giro no ponto de venda. Podridão e danos: são defeitos visíveis na superfície, que podem chegar a atingir a polpa do produto. Possui grande impacto nas perdas ao longo da cadeia e na decisão do consumidor. Atenção! Para seguir os parâmetros de qualidade, as especificações devem ser acordadas entre os fornecedores, distribuidores e clientes, pois englobam um conjunto de informações, na qual cada operação de Qualidade vai verificar o recebimento das matérias primas, o armazenamento e o envio/entrega dos produtos. Para formalizar e documentar a execução de todo o processo dos parâmetros de Qualidade, podemos utilizar as fichas técnicas. Elas são referências para documentar a determinação do percen- tual tolerável de ocorrência para cada parâmetro e estabelecer procedimentos que devem ser executados quando os percentuais ultrapassam esses limites de tolerância. Leitura Complementar: • Qualidade: do que estamos falando? • Qualidade e boas práticas em um contexto de agroindústrias rurais de pequeno porte • Gestão da Qualidade na prática • Guia prático da Qualidade https://www.paripassu.com.br/blog/qualidade-do-que-estamos-falando/ http://www.tede.ufsc.br/teses/PAGR0179.pdf http://www.tede.ufsc.br/teses/PAGR0179.pdf http://comunicacao.paripassudev.com/conteudo/ebook-gestao-da-qualidade-na-pratica.pdf https://comunicacao.paripassu.com.br/conteudo/eBook%20Gest%C3%A3o%20da%20Qualidade%202.0%20Fnl.pdf Unidade 03 Fichas Técnicas e Definição dos Critérios O que é uma Ficha Técnica? 33 Qual a importância da Ficha Técnica? 33 Como elaborar uma Ficha Técnica 34 33 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito A Ficha Técnica de produto é um documento de referência que con- tém as especificações sobre os parâmetros ideais de Qualidade do alimento e o processo de produção ou matéria prima. Ela é consi- derada uma ferramenta essencial para realizar o controle de Qua- lidade durante a inspeção de cargas, armazenamento, comerciali- zação e pontos de vendas de forma eficaz. O que é uma Ficha Técnica? Qual a importância da Ficha Técnica? A descrição criteriosa da Ficha Técnica guia o trabalho de quem está desempenhando uma inspeção de Qualidade, ou seja, padroniza a operação. Desta forma, gera ganhos de eficiência para performan- ce operacional, pois retira a subjetividade por meio da padroniza- ção da Qualidade, notas de auditoria, conformidade de produtos e a comercialização dos produtos dentro dos parâmetros. É indispensável que a Ficha Técnica do produto seja simples, completa e objetiva, para que os colaboradores possam enten- der claramente todas as informações técnicas, eliminando possí- veis interpretações. Por isso, os parâmetros técnicos precisam ser apresentados de for- ma clara, de preferência com ajuda de desenhos ou fotos que repre- sentem exatamente o padrão de Qualidade que deve ser obedeci- do. Caso contrário, pode implicar no recebimento de um produto ou matéria-prima fora dos padrões previamente estabelecidos. Desta forma, as Fichas Técnicas permitem uma avaliação impar- cial e padronizada dos produtos em verificação, resultando em uma estratégia que pode gerar o aumento de vendas, diminuindo o volume de devoluções. Porém, a Ficha Técnica deve ser adequada às especificidades de cada produto além das necessidades da empresa. 34 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito O primeiro passo para elaborar a Ficha Técnica é definir quais produtos serão avaliados e organizar os parâmetros técnicos que deverão ser considerados na inspeção. Uma dica é priorizar os produtos com maior volume, sazonalidade, variação dos padrões e maiores problemas relacionados à devolução e defeitos. Também é fundamental escolher um comitê técnico dentro da empresa para discutir o as- sunto. Além da equipe de Qualidade, a equipe comercial e de compras devem estar envolvi- das no processo, por estarem em contato direto com as demandas dos clientes e o perfil dos produtos disponíveis para compra. Outra sugestão para um processo de construção mais eficiente é considerar a presença de uma empresa ou consultoria especializada para mediação dos encontros e apoio com dados de benchmarking de mercado. Como elaborar uma Ficha Técnica Atenção! O processo para definir quais produtos, parâmetros e limites deve ser feito também com uso de estatísticas e dados históricos, caso disponíveis. 35 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Descrição dos defeitos considerados como leves para cada produto, preesta- belecidos pela empresa. Geralmente es- ses defeitos não impactam diretamen- te a Qualidade do vegetal, mas podem prejudicar sua aparência para a venda na gôndola. Os principais defeitos considerados como leves são: Danos Leves • Deformações; • Manchas leves • Danos superficiais A seguir, conheça os principais danos avaliados nas Fichas Técnicas: Deformações: a alteração de origem fisiológica, com suas diferentes manifestações nos produtos hortícolas; Manchas leves: alteração na coloração normal da superfície do fruto em função da exposição ao sol; Dano Superficial: aquele que atinge a superfíciedo fruto e já cicatrizou, danos causados durante o manejo; Observe ao lado os exemplos destes defeitos em um melão amarelo 36 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Geralmente os defeitos considerados como grave comprometem diretamen- te a Qualidade do produto, podendo ser este condenado para venda, ocasio- nando quebra na gôndola. Os principais defeitos, considerados como grave são: Danos graves • Murchamento; • Danos mecânicos atingindo a polpa; • Queimadura do sol; • Danos por pragas. Murchamento: aquele que apresenta a alteração de origem fisiológica, com sinais evidentes de perda de água; Queimadura do sol: alteração na coloração normal da superfície do fruto em função da exposição excessiva ao sol ou a temperaturas inadequadas no processamento pós-colheita; aquele que atinge parte externa do fruto,ou seja, a casca; Danos por pragas: que atinge o interior do produto e inviabiliza ou restringe a sua utilização. Danos mecânicos atingindo a polpa: aquele que atinge a polpa do fruto, danos causados no processo de pós-colheita; Observe ao lado os exemplos destes defeitos em mexirica dekopon, melancia e caqui fuyu. 37 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Aspecto Descrição física de como cada produto deve ser recebido em rela- ção a formato, coloração, firmeza e aparência. Podridão Qualquer grau de decomposição do produto, que inviabiliza a venda e consequentemente o consumo. 38 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Define o tamanho das frutas e hortaliças e pode ser expresso em peso, diâmetro ou comprimento, influenciando diretamente na decisão de compra pelo consumidor. Cada produto possui uma categoria específica de calibre. Abaixo alguns exemplos de calibre: Peso: melão, mamão, manga, alface, etc.; Diâmetro: tomate, couve-flor, cebola, citros, morango, pêssego, nectarina, figo, batata; Comprimento: cenoura, banana, mandioquinha, quiabo, berinjela, pimentão. Calibre Figura - Calibre da Banana Vamos ao exemplo! A seguir, confira como mede-se o calibre da Banana. Mede-se o diâmetro central do fruto: 39 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito A seguir, confira os frutos com descalibre: Exemplo de frutos com descalibre 40 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Determina a firmeza das frutas que é dada pelas substâncias péc- ticas que compõem as paredes celulares que indica a maturação que ocasiona o amolecimento dos tecidos. A medida da firmeza da polpa é feita com um aparelho deno- minado penetrômetro, conforme ilustra a imagem a seguir, cuja leitura indica o grau de resistência da polpa. Pressão de Polpa 1. Retirada da casca da fruta: 2. Introdução da ponteira do equipamento na polpa: Figura: Penetrometros digital. Fonte: pce-medidores.com.pt Fonte: agrozapp.pt Figura: Penetrometros analógico. Fonte: agrozapp.pt 41 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Escala de avaliação do conteúdo de sólidos solúveis O símbolo °Bx é uma escala numérica de índice de refração2 de- senvolvido para medir a quantidade de sólidos solúveis, ou seja, ela define a doçura da fruta. Brix 2 Refração: o quanto a luz desvia em relação ao desvio provocado por água destilada. A leitura do Brix é realizado através do aparelho refratômetro, conforme ilustra a imagem a seguir. Um conteúdo com alto teor de sólidos solúveis é sinal de fruta colhida mais madura, com todos os compostos responsáveis pelo seu aroma, sabor e características organolépticas que são cor, aparência, aroma, sabor, textura e consistência. A tabela ao lado apresenta o conteúdo de sólidos solúveis segun- do a classificação de Harril (1988). Essa tabela pode ser adaptada a realidade de cada varejo 42 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito A maturação é o processo de desenvolvimento dos produtos, podendo en- quadrar-se como uma defeito grave e estar avançada ou atrasada. O grau de maturação ideal deve ser convencionado pela empresa, de acordo com suas necessidades e fatores ambientais da região. A seguir, observe a escala de maturação de Von Loesecke da banana. Grau de maturação Figura: escala de maturação da banana de Von Loesecke. Fonte: adaptado de bibocaambiental.blogspot.com Como são frutas climatéricas, as bananas podem ser co- lhidas ainda verdes para que seu processo de amadure- cimento seja finalizado longe da planta de origem. Tal prática permite com que a fruta resista por mais tem- po durante processos de transporte e armazenamento, reduzindo as perdas por deterioração, sem que ocorra prejuízos no sabor e aroma dos frutos. Porém o grau de maturação ideal deve ser convencionado pela empresa, de acordo com suas necessidades e fatores ambientais da região, conforme ilustra a imagem com o estádio de maturação do tomate caracterizado pela coloração. 43 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Estágios de maturação e ponto de colheita de frutos não-climatéricos A cor é um dos parâmetros mais importante para definir o ponto de colheita e, no caso de frutas não-climatéricas, é preciso estar atento! Elas devem ser colhidas muito próximas à sua maturação de consumo, para que as características como cor, textura e sabor se expressem de forma total. Quando colhido imaturo, permanecerá como tal, sem que acon- teça a melhoria de sua qualidade comestível, porém o grau de maturação ideal deve ser convencionado pela empresa,de acordo com suas necessidades e fatores ambientais da região. Fonte: www.bloomberg.com Quer receber nossos lançamentos em primeira mão e saber mais sobre como o Manual do FLV pode te auxiliar no processo de Inspeção de Qualidade? Leitura Complementar: • Como reduzir as devoluções utilizando fichas técnicas • A importância da ficha técnica de produto para o controle de Qualidade Clique aqui! https://www.paripassu.com.br/blog/fichas-tecnicas/ https://www.paripassu.com.br/blog/ficha-tecnica-de-produto/ https://conteudo.paripassu.com.br/lista-de-espera-manual-do-flv Unidade 04 Como realizar Inspeção de Qualidade O que é processo de Inspeção de Qualidade? 45 Inspeção de Qualidade com a utilização do POP 52 O que é uma não conformidade? 45 Quem pode verificar os produtos? 46 Tipos de Inspeção de Qualidade 46 Plano de amostragem 49 Garantia da Qualidade 50 Plano de ação 51 45 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Uma das principais etapas do Controle de Qualidade é a Inspeção de Qualidade, que tem como objetivo comparar produtos ou pro- cessos, através da observação e julgamento baseados em parâme- tros preestabelecidos, analisando sua conformidade ou não. A não conformidade é expressa em termos de porcentagem defeituosa ou em termos de defeitos por cem unidades. O que é processo de Inspeção de Qualidade? O que é uma não conformidade? A não conformidade representa uma falha no processo que gera um resultado insatisfatório e que acarreta o não atendimento a um critério externo (legislações e normas) ou interno (procedi- mentos internos ou parâmetros de clientes). Quando esta falha é identificada, agir de forma rápida e eficaz é fundamental para otimizar a sua operação e reduzir os custos. Porcentagem defeituosa= Você sabe qual a diferença entre não conformidade e defeito? Embora todo defeito seja uma não conformidade, ele configura o produto ou processo como impróprio para o que deseja. Já a não conformidade representa um produto fora de parâme- tros esperados, mas que é possível encontrar uma oportunidade de melhoria ao elaborar um Plano de Ação consistente que, mais do que tratar uma não conformidade específica, permita uma evolução do processo por inteiro, definindo quais serão as ações tomadas para tratá-la. (nº de unidades defeituosas/nº de unidades inspecionadas) x 100 46 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Vamos aprender agora sobre os 3 tipos de inspeção de Qualidade que podem ser usados por compradores para garantir a Qualida- de dos alimentos perecíveis. Vale ressaltar que cada empresa deve escolher as soluções que aten- dam àssuas necessidades específicas, buscando garantir a Qualida- de do produto e atender critérios de Qualidade pré-definidos. Quem pode verificar os produtos? • Uma empresa de inspeção de Qualidade designada pelo comprador; • Controladores de Qualidade da própria empresa. • Controladores de Qualidade do próprio fornecedor. Tipos de Inspeção de Qualidade 47 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito A inspeção pré produção é um tipo de Inspeção de Qualidade re- alizada nos insumos e matérias primas que serão utilizadas na fabricação de um determinado produto. Por isso, uma amostra aleatória dos insumos podem ser inspecionados visualmente ou enviados para laboratórios de testes. A avaliação de produtos no recebimento permite identificar itens que gerem quebra (produtos que foram aceitos no recebimento e posteriormente descartados), ou que não estejam com o nível de exigência esperado pelos seus clientes, evitando prejuízos maiores no longo prazo e custos com processamento desnecessário. Esse controle também possibilita a classificação dos seus fornecedores de acordo com a Qualidade de suas entregas. Nesse caso, uma empresa pode definir quais são as entradas acei- táveis para garantir a Qualidade do produto final. A partir dela, é possível aumentar o controle de Qualidade dos insumos introduzi- dos na cadeia de produção e reduzem riscos associados a recalls, perdas e defeitos. Inspeção pré produção no recebimento 48 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito A inspeção final é um tipo de verificação que ocorre nos produtos acabados, para que a empresa analise a Qualidade de tudo o que foi produzido. Após a fabricação, uma amostra aleatória dos produtos finais podem ser coletadas para verificar se atendem aos padrões de Qualidade previamente estabelecidos. A contagem dos produtos e a quantidade armazenada em lote podem fazer parte desse processo, quando uma empresa está exportando produtos. A inspeção pós produção e expedição busca resultados mais confiá- veis, pois são realizadas nos produtos finais, indicando que passaram por todas as etapas da produção, sem perder a Qualidade esperada. A inspeção é um tipo de verificação que ocorre durante o processo de fabricação para que as empresas tenham maior capacidade de identificar erros e garantir a Qualidade em todos os produtos. Durante a fabricação, os primeiros produtos que saem da linha po- dem ser verificados para que uma empresa possa obter um relató- rio de Qualidade em uma amostra representativa, descobrindo se esses produtos alcançar o padrão de Qualidade estabelecido para o produto. Possibilita à empresa identificar defeitos e corrigi-los de maneira rápida, evitando custos com a perda de toda a produção. Inspeção durante o processo Inspeção pós produção e expedição Portanto, é essencial que os processos e procedimentos estejam de acordo com a característica de cada produto e, principalmente, de maneira padronizada, para que quando houver qualquer tipo de ocorrência, seja possível de forma simples identificar onde ocorreu a falha do processo, para que possa haver uma rápida correção. 49 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), segundo a NBR 5426 – Planos de Amostragem e Procedimentos para Ins- peção por Atributos, define que é importante definir um plano de amostragem que representa o lote para garantir a Qualida- de de toda a produção. É o plano que determina que um lote pode ser aceito ou rejeitado, levando em conta o número de produtos de cada lote, o nível de inspeção, o tamanho da amostra e os parâmetro Plano de amostragem Método de amostragem A amostra consiste em uma ou mais caixas de produtos, retiradas do lote a ser inspecionado, de forma aleatória e independente de sua qualidade aparente. O nível de inspeção a ser usado para qualquer requisito particular será prescrito pelo responsável pela inspeção. Quatro níveis espe- ciais são incluídos na tabela a seguir: S1, S2, S3 e S4, que podem ser usados quando forem necessários tamanhos de amostra rela- tivamente pequenos e onde possam ou devam ser tolerados gran- des riscos de amostragem. Veja a seguir o plano de amostragem de acordo com a NBR 5426: Dica: as amostras devem coletadas em locais diferentes e níveis de pilhas diferentes para que se tenha a melhor amostragem pos- sível, conforme a imagem a seguir Início Meio Fim https://www.saude.rj.gov.br/comum/code/MostrarArquivo.php?C=Njg1Nw%2C%2C&C=Njg1Nw%2C%2C https://www.saude.rj.gov.br/comum/code/MostrarArquivo.php?C=Njg1Nw%2C%2C&C=Njg1Nw%2C%2C https://www.saude.rj.gov.br/comum/code/MostrarArquivo.php?C=Njg1Nw%2C%2C&C=Njg1Nw%2C%2C 50 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Com o registro da não conformidade é possível realizar uma análi- se crítica sobre a situação e definir quais ações (corretivas ou pre- ventivas) serão tomadas, com base em procedimentos coerentes, justificáveis e viáveis, e viáveis, esse é o plano de ação.Mas afinal, apenas a Inspeção de Qualidade garante a Qualidade do produto? A Garantia de Qualidade envolve auditorias e análise dos processos definidos para recomendar ações corretivas ou preventivas, identi- ficando fraquezas no processo, sendo o papel da Garantia da Qua- lidade aperfeiçoá-las. Relacionada aos processos de entrega, ela é um conjunto sistemático de ações para determinar se os produ- tos entregues estão conformes em relação às regulamentações, políticas e processos determinados. Quando este planejamento é seguido corretamente, o cliente sente-se seguro de que está adquirindo produtos de acordo com as suas necessidades. A Garantia de Qualidade tem como foco corrigir as não confor- midades apontadas no Controle de Qualidade e por sua vez, seu objetivo é determinar se os produtos já entregues estão de acordo com os critérios determinados pela empresa. Garantia de Qualidade 51 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Um plano de ação é um conjunto de atividades organizadas com prazos, responsabilidades e objetivos definidos, a fim de melhorar o processo como um todo e atingir as melhorias de- terminadas na fase de análise crítica. Embora o plano de ação envolva, na maioria das vezes, mais de um colaborador, ele não pre- cisa ser um desafio para você. Existem soluções, como o CLICQ, que ajudam a otimizar esta etapa, com checklists modelos e personalizados para realizar a Inspeção de Qualidade com fotos, comentários e assinatura, além de gerar relatórios, indicadores e alertas automáticos. Assim, os responsáveis pela tomada de ação e registros poderão acessar em tempo real as não conformidades e facilitar esta etapa. Plano de Ação https://www.paripassu.com.br/blog/aplicativo-clicq-para-controle-de-qualidade-de-alimentos/ 52 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Um dos métodos para realizar a Inspeção de Qualidade é através do uso do Procedimento Operacional Padrão (POP), um documen- to que descreve detalhadamente todas as ações fundamentais nas empresas. O seu objetivo é manter a padronização e excelên- cia dos processos, pois é uma ferramenta que orienta o trabalho dos colaboradores sobre cada uma das tarefas e responsabilida- des. Ao elaborar o seu POP, certifique-se de que a linguagem está cla- ra e objetiva, pois é fundamental que todos os funcionários envol- vidos na inspeção de Qualidade possam entender pontualmente o passo a passo das demandas descritas. Veja a seguir como você elaborar o seu modelo de Procedimento Operacional Padrão (POP): Inspeção de Qualidade com a utilização do POP Título do procedimento: nome do procedimento; Objetivo: motivo ou razão para fazer tal processo; Documentos de referência: quais documentos poderão ser consultados pelo responsável e colaboradores da inspeção; Área de aplicação: setor do supermercado onde o POP será aplicado. Siglas: siglas utilizadas no procedimento operacional padrão, deverão ser explicadas. Como os exemplos a seguir: FLV : Frutas, Legumes e Verduras CD: Centro de DistribuiçãoNC: Não Conforme SGQ : Sistema de Gestão da Qualidade Definições: detalhamento de cada etapa das atividades, exe- cutores e responsáveis; 1 2 3 4 5 6 53 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Fluxograma: caso hajam ilustrações em forma de gráficos e símbolos geométricos referentes às atividades, um fluxograma deve ser incluso no POP; Monitoramento: o que será monitorado, como será, etc. Frequência do monitoramento; Ação corretiva: medidas tomadas para eliminar a origem de uma não conformidade; Registros: apontamento da Qualidade gerada pelas tarefas deste procedimento; Gestor do POP e responsável: quem elaborou e quem será responsável pela execução do procedimento. 7 8 9 10 11 12 Leitura Complementar: • 3 dicas para melhorar o processo de inspeção de Qualidade • Melhores práticas para inspeção de Qualidade em varejos • Gestão e Prevenção de Perdas no Varejo - Veja como fazer Se preferir, pode baixar modelos de POPs gratuitos através deste link. https://www.paripassu.com.br/blog/3-dicas-inspecao-de-qualidade/ https://www.paripassu.com.br/blog/3-dicas-inspecao-de-qualidade/ https://www.paripassu.com.br/blog/inspecao-de-qualidade-em-varejos/ https://www.paripassu.com.br/blog/inspecao-de-qualidade-em-varejos/ https://www.youtube.com/watch?v=BNihVH1SRe4 https://www.youtube.com/watch?v=BNihVH1SRe4 http://conteudo.paripassu.com.br/kit-completo-iso-9001-2015 Unidade 05 Indicadores e Automatização do Processo Como estabelecer os indicadores 55 Quais indicadores utilizar 57 Automação do Controle de Qualidade 60 55 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Vale lembrar que é muito importante acompanhar regularmente os resultados da operação através de metas e números, pois eles serão a prova de que o processo está operando de forma eficiente. Para estabelecer os indicadores de avaliação e acompanhamento é preciso analisar e responder algumas perguntas, como: Empresas que dão atenção para indicadores de Qualidade e tudo que ocorre no processo da cadeia produtiva, têm maior clareza de onde estão as oportunidades. Os indicadores medem os resultados das Inspeções de Qualidade realizadas, mas para alcançar estes resultados é preciso definir os objetivos claros. Por isso, na Gestão de Qualidade, estabelecer os objetivos dos indicadores é fundamental para que a empresa te- nha informações mais concretas para tomada de decisão. Eles são aliados do processo de qualidade, pois trazem informações seguras dos pontos críticos. Além disso, são uma alternativa inteli- gente para melhorias nos processos e na prevenção de falhas futu- ras, e, portanto, não podem ficar de fora das inspeções realizadas. Para que o processo seja eficaz, é indispensável definir quais crité- rios e parâmetros são críticos para Qualidade final do produto, pois além de otimizar o processo, conhecer estes aspectos evita tam- bém que um produto não conforme chegue ao consumidor final. Indicadores de Avaliação 1. O que é bom para o seu negócio? Exemplo: classificação e comparação dos seus fornecedo- res de acordo com a quantidade de produtos e devoluções. 2. Qual Plano de Ação posso tomar a partir desse indicador? Exemplo: atuar junto ao fornecedor para que ele aprimore os pontos de qualidade deficientes em sua entrega. 56 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Além de garantir o sucesso do seu negócio, estabelecer indicadores demonstra para toda a empresa a evolução de um trabalho que depende de todos, para um objetivo comum: a Qualidade total. Por isso, as principais vantagens dos indicadores para a gestão da Qualidade são: • Obter informações que auxiliem nas tomadas de decisão; • Contribuir com planejamentos estratégicos; • Visão mais crítica do negócio; • Melhorias na aplicação dos recursos; • Eliminar e reduzir erros; • Avanço contínuo nos processos. contínuas no processo. 57 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Esse indicador é essencial para não causar danos à saúde ou inte- gridade física dos consumidores. Uma forma simples de mensurar é realizar as inspeções e controles da produção dos produtos fi- nais, de matérias-primas e também dos pontos críticos de contro- le da operação, através de checklists e análises. É importante verificar se as medidas de segurança, exigências de certificações e normas nacionais e internacionais estão sendo atendidas no seu produto. O indicador de eficiência permite que sejam detectados desperdícios de recursos que reduzirão sua produtividade. Podemos citar alguns pontos que interferem nesse indicador: • Horas de trabalho por produto produzido; • Valor investido para a execução de determinada atividade; • Quantidade de horas paradas de uma máquina ou equipe. Neste momento chega a seguinte dúvida! Como posso calcular to- das essas informações? A tecnologia contribui para facilitar o cál- culo dos dados através de softwares de gestão de produção que possibilitam controle de compra de matérias primas, controle de custos, análises de descartes entre outros. 1. Indicador de eficiência 2. Indicador de Segurança/Qualidade Quais indicadores analisar 58 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito A efetividade é a união da eficácia com a eficiência. Esse indica- dor apresenta as consequência de um produto ou serviço. Mensura se os objetivos propostos foram alcançados. Ou seja, uma empresa efetiva desempenha processos que geram bons resultados aos clientes. Principalmente com a redução de custo e aumento da lucratividade. Os indicadores de efetividade respondem às seguintes perguntas: • O serviço oferecido é relevante para o cliente? • O projeto contribuiu para aumentar o faturamento? • O projeto reduz erros dos colaboradores? A eficácia mede o grau de atingimento dos resultados, ou seja, o foco é na realização e não nos recursos gastos para chegar a tal resultado. Sendo assim, indicadores de eficácia têm foco no produto e no re- sultado obtido, e estão diretamente relacionados à satisfação dos clientes, como atendimento, satisfação, pontualidade e confiabili- dade. Veja os principais exemplos de indicadores de eficácia: • Acompanhamento de satisfação de clientes; • Durabilidade do produto; • Rapidez na conclusão de um chamado; • Confiabilidade do produto, serviço ou equipe; • Desempenho do produto ou serviço ou equipe. 3. Indicador de Eficácia 4. Indicador de Efetividade Lembre-se: os indicadores de eficácia estão diretamente ligados com o aumento do lucro da empresa. 59 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito O indicador de atendimento apresenta como a sua empresa está realmente cumprindo com o que promete ao oferecer determinado produto ou serviço ao consumidor. Um fator essencial é a analisar a estratégia no processo de pós-venda, com o objetivo de acompanhar as informações e feedbacks dos clientes. Considerando que o índice de satisfação do seu cliente im- pacta positivamente no número de indicações. Por isso monitorar o indicador de atendimento é muito importante para implantar melhorias e expandir a visibilidade da empresa. Os indicadores de Qualidade podem ser diversificados e possuem a função de, por meio de padrões pré estabelecidos pela empresa, mensurar o resultado final que esperam de maneira confiável. Mas, não adianta apenas priorizar processos e inspecionar as etapas mais relevantes, é preciso também analisá-las e agir rapidamente para corrigi-las. O trabalho contínuo de inspeção é um dos pilares para que uma empresa tenha um alto desem- penho na gestão da Qualidade. Por isso, deve ser transformada em um hábito consciente dentro da empresa. 5. Indicador de atendimento 60 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito A gestão da qualidade é uma estratégia que faz parte do pla- nejamento de todas as empresas na cadeia de alimentos, en- globando conceitos e práticas de controle de qualidade e da segurança do alimento. Por isso, a automação do Controle de Qualidade, através de ferra- mentas de tecnologia, contribui para o gerenciamento dos processosdas empresas da cadeia de alimentos, tornando a prática mais pre- cisa com base em dados seguros. Tendo vista que todos os processos de controle de Qualidade precisam ser registrados e documentados com o intuito de obter informações para as auditorias acompanha- mento de atividades e, comparação de resultados e prevenção de possíveis riscos que não podem passar despercebidos. Tudo isso com o objetivo de otimizar os processos e promover a melhoria contínua no processamento, armazenamento, distribui- ção e comercialização de alimentos nas diversas áreas da cadeia de abastecimento tornam estes processos mais fáceis de serem controlados e informações organizadas. Automação do Controle de Qualidade Figura - Tela da solução Panorama da PariPassu 61 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Leitura Complementar: • Automação do Controle de Qualidade para a Indústria de Alimentos • Controle de Qualidade e Rastreabilidade • Padronização dos procedimentos; • Facilidade no controle da Qualidade de processos e produtos; • Conhecimento dos pontos críticos e pontos de controle; • Auxílio na redução de indicadores de quebra e ruptura; • Possibilidade de inserção de planos de ação conectados com as não conformidades; • Simplicidade de manipulação; • Segurança no registro de informações; • Fluxo das informações entre as etapas da cadeia; • Diminuição no tempo de coleta de dados; • Melhora da gestão de documentação; • Menos espaço físico ocupado pelos papéis e influência na preservação do meio ambiente; • Praticidade ao acesso de informações de acordo com o perfil da empresa. Conheça os benefícios da automação do controle de Qualidade a seguir: http://comunicacao.paripassudev.com/conteudo/ebook-automacao-controle-qualidade-industria.pdf http://comunicacao.paripassu.com.br/conteudo/ebook-qualidade-rastreabilidade.pdf Conclusão 63 Referencias Bibliográficas 64 Unidade 06 Revisão dos conteúdos Olá, aluno! Parabéns! Você chegou ao final do módulo I do curso da Academia Inspecione Qualidade. Para começar, o planejamento é essencial para excelência da ins- peção de Qualidade. É nele que será detalhado e definido o tipo de inspeção realizada, o responsável por sua realização, qual o material será utilizado, o tipo de produto, a sua quantidade e todas as ações que devem ser tomadas durante o processo de inspeção. Esse planejamento, além de favorecer a produtividade em uma ins- peção, é também uma forma de organizar e conduzir as atividades para que sejam executadas com mais assertividade e Qualidade. Tudo isso para garantir a Qualidade em todos os elos da cadeia produtiva de alimentos. O objetivo é a prevenção e o monitoramento da Qualidade dos alimentos e dos processos que permitem obter, no final, um pro- duto com as características esperadas. Utilizando, claro, as ferra- mentas certas e em busca da melhora contínua. Por isso, a forma mais adequada para a realizar a inspeção de Qualidade é basear-se em padrões estabelecidos e monitorados Conclusão em documentos, como por exemplo, fichas técnicas, que indicam os padrões e as especificações que os alimentos e as matérias-primas devem apresentar. Espero que tenha gostado do curso. A Academia PariPassu estará sempre lado a lado com você, em busca de garantir a Qualidade e a segurança dos alimentos. 63 Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito Módulo1: Qualidade do Produto – Conceito ALMEIDA, L. G. Gerência de processo - mais um passo para a excelência. Rio de Janeiro: Editora Qualitymark, 1993, 127 p. ALMEIDA, L. G. Gerência de processo - mais um passo para a excelência. Rio de Janeiro: ditora Qualitymark, 1993, 127 p. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro. NBR 5426 (1985): Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos. Rio de Janeiro, 1985,63 p. DEMING, W. E. A nova economia. Tradução de Heloísa Martins Costa. Rio de Janeiro: Editora Qualymark, 1997, 185 p. CALEGARE, A. J. A. A implantação da Qualidade total em organizações. São Paulo: International Quality Systems S/C Ltda. 1999, 94 p. CALEGARE, A.J.A. Os mandamentos da Qualidade total. São Paulo: International Quality Systems S/C Ltda. 1996, 110 p. CROSBY , P. B. , 1979 , Quality is Free ( McGraw Hill ). Cruz, Fabiana Thomé da. Qualidade e boas práticas de fabricação em um contexto de agroindústrias rurais de Referências Bibliográficas 64 pequeno porte. Florianópolis, 2007. Dissertação (Mestrado em Agroecossistemas) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. DEMING , W. 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