Prévia do material em texto
21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 1/43 SISTEMA DE SISTEMA DE GESTÃO DE QUALIDADEGESTÃO DE QUALIDADE Me. Karina Gomes Rodrigues I N I C I A R 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/43 introdução Introdução Iniciamos este conteúdo destacando que a gestão da qualidade é, certamente, um dos temas mais importante no mundo dos negócios. A relevância de seu estudo está no fato de que todo negócio (produto ou serviço) precisa ter qualidade. Começaremos apresentando a história da qualidade, quando e como surgiram os primeiros conceitos relacionados à qualidade em produtos e serviços. Em seguida, serão apresentadas algumas abordagens acerca da qualidade, pois, como veremos, existem discordância entre percepções e visões sobre o entendimento e conceito de qualidade, analisados no ambiente corporativo. Mais adiante, discutiremos a evolução do conceito e foco da qualidade, bem como as características das “eras da qualidade”, assim chamadas as fases que marcam esse período de evolução. As oito dimensões da qualidade que embasam os sistemas de gestão da qualidade serão apresentadas e, brevemente, comentadas. Outro tópico de suma importância que será discutido, nesta unidade, é a qualidade e o foco no negócio, a�nal, a sustentabilidade e o sucesso de qualquer negócio estão ligados ao desempenho do sistema da qualidade. Para encerrarmos, trataremos dos níveis hierárquicos e as estratégias de qualidade aplicáveis a cada nível. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 3/43 Enquanto conceito, temos a qualidade presente em nosso cotidiano há milênios. Mais recentemente, até o código de Hamurabi (Mesopotâmia século XVIII) já previa e indicava que um construtor de casas podia ser condenado à morte se as casas que construía não tivessem a devida qualidade e ruíssem, matando seus moradores. Durante os séculos XVIII e XIX, qualidade era tão somente a adequação de algum produto às necessidades dos clientes, mas como era feito de maneira única, pelo fato de ser confeccionado por artesãos para um cliente que de�nia de “per si” seus desejos, o produto era sempre carregado de vícios do fabricante e dos clientes. Com o início da Revolução Industrial, que fomentava a produção em escala e padronizada, surgiu a necessidade de inspecionar os produtos no intuito de garantir a uniformidade, mas ainda assim, os lotes de produtos eram feitos em pequenas quantidades pois eram ajustados para a venda, por artesãos e mestres de ofício. A partir da base histórica da simples inspeção, a evolução se deu e tem seu norte como ferramenta para o gerenciamento estratégico. Nota-se que a História e Evolução daHistória e Evolução da QualidadeQualidade 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 4/43 evolução se deu em fases muito distintas, as quais são denominadas de eras, e podem ser divididas em quatro. 1ª A Era da Inspeção A inspeção dos produtos de maneira sistêmica, só passou a ser realizada com o advento da produção seriada e o desenvolvimento de peças que podiam ser utilizadas de modo intercambiável. Com a Primeira Guerra Mundial (1914- 1918) �cou muito evidente que defeitos recorrentes em armamentos podiam ser evitados fazendo-se uso de gabaritos, padrões mecânicos e de projetos com um nível melhorado de detalhamento, gerando a possibilidade de terminações mais exatas e menos falíveis. Algumas empresas passaram a utilizar esta metodologia, sendo que as que mais se bene�ciaram dela foram as que fabricavam armamentos, maquinário agrícola e as que produziam máquinas de costura. Durante este período, o sistema de produção norte- americano muito evoluiu e a qualidade, enquanto atividade independente, ganhou notoriedade ao ser incluída como uma das oito che�as necessárias para bem gerenciar uma fábrica segundo Frederick W. Taylor (Pai da Administração Cientí�ca): O inspetor é responsável pela qualidade do trabalho, e tanto os operários quanto os mestres (que providenciam o uso das ferramentas de corte apropriados, que veri�cam se o trabalho está no rumo certo e se os cortes estão sendo feitos na parte certa da peça) têm que cuidar para que o trabalho seja acabado de maneira a satisfazê-lo. É claro que ele pode trabalhar melhor se for um mestre na arte de acabar o trabalho bem e depressa (TAYLOR, 1919, p. 101 apud GARVIN, 2002, p. 5). Os produtos só eram veri�cados ao �nal do processo, e se buscava tão somente identi�car os produtos bons daqueles com defeito; os produtos com defeito eram descartados e gerava perdas materiais e perdas com os recursos humanos e de outros insumos. Em Mello (2011, p. 9) podemos encontrar algumas características da era da inspeção da qualidade: 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 5/43 Se a inspeção é realizada no produto acabado, ela nada pode fazer pela qualidade desse produto, apenas pode descartá-lo, dar-lhe outro �m, ou na melhor das hipóteses, corrigi-lo até que �que bom. Essa prática seguramente evita que o produto defeituoso chegue às mãos do consumidor, mas em nada contribui para melhorar a produtividade da indústria, pois não investiga o processo que levou ao defeito e não previne o aparecimento de outros produtos defeituosos. Ou seja, gera desperdício. Essa foi a primeira manifestação de preocupação com a qualidade. Esse procedimento de inspeção em 100% da produção (produto a produto) já era realizado pelos artesãos, antes mesmo dos processos industrializados. Outra característica dessa fase foi o surgimento da �gura do inspetor, o responsável pela qualidade dos produtos. O foco era o produto �nal. Porém, faltava um embasamento estatístico a esta evolução do conceito qualidade, e a busca era tão somente pela conformidade, a busca era apenas da uniformidade em atenção às especi�cações de�nidas, e faziam-se apenas atividades de contagem de produtos sem defeitos e com defeitos, sua classi�cação com base nos defeitos apresentados e os reparos para devolver o produto à comercialização. 2ª A Era do Controle Estatístico da Qualidade Durante os dez anos seguintes, foram desenvolvidas pesquisas de metodologias que gravitavam em torno da estatística aplicada ao controle de qualidade graças, principalmente, a “Bell Telephone Laboratories” que reuniu nomes como Walter Shewhart, Harold Dodge, Harry Romig e um pouco mais tarde Joseph Duran. Estes desenvolveram a disciplina Controle Estatístico da Qualidade (CEQ), aplicada por amostragem para atestar a qualidade de produtos e de processos produtivos, usada inicialmente durante a Segunda Guerra Mundial, por obra da necessidade de aumento de escala da produção e que atestava para um lote, ou uma determinada produção sua qualidade, com os agravos do “Controle Estatístico de Processo – CEP” e, do ciclo “PDCA (do inglês Plan - Do - Check - Act)”. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 6/43 Com o aumento da demanda e modernização dos processos produtivos em massa, �cou inviável a inspeção produto a produto, em função do tempo para essa atividade. O foco das inspeções passa a ser o processo. Vejamos outras características dessa fase, destacadas por Mello (2011, p. 10): Permanecia-se, no entanto, no âmbito da inspeção de produtos prontos, apontando e quanti�cando os defeitos, sem investigar as causas. Além disso, o surgimento dos setores especializados em controle de qualidade teve um efeito colateral, a qualidade passou a ser responsabilidade apenas de um setor, isolando-se dos demais agentes do processo produtivo. Ao focar o processo, englobava-se todo o ciclo produtivo, do projeto ao acabamento. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a indústria bélica norte- americana foi instigada a produzirmais e melhor e, o uso do controle estatístico da qualidade foi amplamente utilizado. 3ª A Era da Qualidade Total Apesar dos ganhos de produtividade e qualidade durante a guerra, as metodologias de qualidade não foram de todo aceitas na indústria americana, e como o Japão subjugado pela derrota deveriam e poderiam ser explorados, optou-se por utilizar este país como laboratório prático no uso destas metodologias. Como o povo japonês, historicamente, era determinado a bem fazer, obedientes a hierarquia e com um nível de escolaridade superior ao dos americanos (a população japonesa já nesta época possuía pelo menos o nível médio) além de serem extremamente disciplinados, com muita facilidade foi desenvolvido e aplicado as técnicas de qualidade. Os japoneses, pelo fato de depender das exportações de manufaturados para comprar todas as suas necessidades e ainda pagarem as dívidas de guerra, utilizaram as técnicas para poder vender mais e com qualidade a preços menores. No pós-guerra, os EUA tinham sucesso em todas as áreas de produção, e um Japão derrotado que se apegou a �loso�as desenvolvidas por Edwards Deming e Joseph Juran para desenvolver uma nova forma de produzir com qualidade, não só para as tecnicidades relacionadas ao produto, mas também para as relações com o cliente �nal na busca de sua satisfação e a adequação 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 7/43 do produto no tocante a sua utilização. Esta nova visão fez repensar os produtos desde sua concepção e projeto, até o pós-venda e, principalmente, torna responsável pela qualidade e pelas atividades de melhoria da qualidade de vida de todos os funcionários da empresa. O foco é na prevenção dos defeitos. Os estudiosos da época entram em cena não apenas para quanti�car defeitos, mas para identi�car e eliminar suas causas, com o desenvolvimento e a utilização das chamadas “ferramentas da qualidade”, repercutindo em eliminação de desperdícios, melhoria da produtividade, redução de custos. Destacaram-se Crosby com seu programa defeito zero, Juran, com estudos sobre custos da qualidade, Feigenbaum com sua concepção de controle total da qualidade (ou total quality control – TQC), também Kaoru Ishikawa e Taguchi que relacionou qualidade a variabilidade dos processos industriais. A partir dos anos 70, tanto Japão como os EUA aprimoraram seus processos de controle de qualidade, e os difundiram para o mundo, uma vez que a comunidade internacional se tornou mais e mais exigente na busca da qualidade. Houveram discrepâncias nas metodologias, pois o Japão optou pela busca de um meio de produzir excluindo qualquer coisa que não agregasse valor ao produto, assim, as trocas de ferramentas, desperdício de tempo ou materiais, lotes de produção, entre outros itens, foram equacionados e eliminados da produção que pretendiam fosse enxuta, o método buscava evitar defeitos antes de sua ocorrência, muito colaboraram para isso W. E. Deming, Shewhart, Kaoru Ishikawa, Armand Feigenbaum e Joseph M. Duran. Ato contínuo, a partir de 1987, com a criação da norma de gestão da qualidade ISO 9000 (trata-se da norma que certi�ca os Sistemas de Gestão da Qualidade e de�ne os requisitos para a implantação do sistema), os sistemas de garantia da qualidade foram largamente difundidos, os padrões de qualidade foram adotados e a busca pelo defeito-zero ganhou clamor mundial. 4ª A Era da Gestão Estratégica da Qualidade A ênfase passa do controle do produto para o controle sobre os processos produtivos, de modo que toda a empresa esteja envolvida e comprometida com os objetivos da qualidade, em especí�co os da organização, em geral. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 8/43 Neto Shigunov e Campos (2016, p. 41) destacam que dessa forma a responsabilidade não é mais de um único setor sob a direção de um grupo de pessoas, mas sim de todos os setores e funcionários. Atualmente, em face da visão de que o quesito qualidade atesta vantagens em relação à concorrência, a gestão passa a objetivar a melhoria contínua dos processos, dos serviços e produtos e toda a estrutura organizacional é chamada a ação fazendo qualidade e procurando melhoria contínua. O foco é na gestão. Mello (2011, p. 12) destaca que: A gestão da qualidade total exige um desempenho organizacional que vá além das expectativas dos clientes. Superando o entendimento da qualidade como conformidade do produto a um padrão, é preciso olhar para a conformidade do produto às expectativas dos clientes. Para que a qualidade e, consequentemente, a competitividade organizacional seja duradoura, é necessário que a empresa otimize seu desempenho de forma a não apenas em um ou outro setor. Com base em tudo que discutimos, nota-se que houve uma clara evolução do conceito de qualidade como resume o Quadro 1.1 a seguir. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 9/43 Quadro 1.1 - Evolução do conceito de qualidade no âmbito organizacional Fonte: Adaptado de Mello (2011, p. 13). Atualmente, entretanto, não basta apenas que a organização disponha de sistemas de controle da qualidade e padrões de�nidos para seus processos (tanto aqueles relacionados à produção de bens tangíveis, quanto às operações de serviços), nem que vá ao encontro dos desejos e das necessidades dos clientes. Segundo Neto Shigunov e Campos (2016, p. 43), “a Inspeção Controle Estatístico Garantia da qualidade Gestão da qualidade total Conformidade do produto com um padrão. Inspeção do produto acabado sem análise do processo. Foco no produto. Inspeção por amostragem. Setores responsáveis pela qualidade. Ferramentas estatísticas para detecção de variações do processo produtivo. Foco no processo. Foco na prevenção de defeitos. Envolvimento de todos os setores da empresa. Criação de sistemas da qualidade. Conceito de qualidade total. Foco na gestão. Envolvimento integral da empresa. Superação das expectativas do cliente. Surgimento das normas ISO. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 10/43 qualidade deve ser representativa em sua comunidade, satisfazendo a toda a rede de contatos (fornecedores, governo, acionistas, investidores etc.) e buscando a excelência organizacional por meio da Qualidade Total”. Neste sentido, a qualidade torna-se uma preocupação de caráter estratégico, sua visão foi ampliada e atualmente é considerada uma estratégia que a organização dispõe para obter vantagem competitiva face aos concorrentes. A gestão estratégica da qualidade é uma abordagem que objetiva a melhoria contínua de seus processos, produtos e serviços, que envolve todo o meio organizacional. Os projetos de melhoramento contínuo adotados pela organização buscam maximizar a produtividade e fortalecer a rentabilidade da organização, reduzindo os custos, eliminando os desperdícios, gargalos, reclamações e devoluções nos processos e em atividades que agreguem valor ao cliente, objetivando fornecer produtos e serviços com excelência que proporcionem satisfação e/ou superem às necessidades e expectativas dos clientes interno e externo. A partir daqui, o foco passa a ser o cliente e as necessidades e expectativas dele, projetando o papel de destaque da a área da qualidade nas empresas, Atualmente, já não basta assegurar a conformidade do produto com o planejado. É preciso garantir a conformidade de acordo com o que o cliente almeja. Por isso, a qualidade torna-se estratégica. praticarVamos Praticar Para Neto Shigunov e Campos (2016, p. 45), “a qualidade como modelo de gestão administrativa transformou-se ao longo da recente história da ciência 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 11/43 administrativa, adequando-se dessa forma as exigênciasdo mercado”. NETO SHIGUNOV, A.; CAMPOS, L. M. F. Introdução à Gestão da Qualidade e Produtividade: conceitos, história e ferramentas. Curitiba: Intersaberes, 2016. Considerando as informações apresentadas no texto a respeito da evolução histórica da qualidade, avalie as a�rmações a seguir. I. Na era da inspeção, o principal foco estava na detecção de eventuais defeitos de fabricação, sem haver metodologia preestabelecida para executá-la. II. Na era do controle estatístico em função do crescimento da demanda por produtos manufaturados, a técnica de inspeção por amostragem passou a ser utilizada. III. Na era da qualidade total, a ênfase passa a ser no cliente, tornando-se o centro das atenções das organizações que dirigem esforços para satisfazer suas necessidades. IV. Na era da gestão estratégica da qualidade, o setor da qualidade é responsável por identi�car os defeitos, porém não se responsabiliza em produzir qualidade. É correto o que se a�rma em: I e II, apenas. II e III, apenas. III e IV, apenas. I, II e IV, apenas. I, II, III, e IV. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 12/43 Qualidade é um termo que utilizamos no nosso cotidiano, porém, se perguntarmos a pessoas diferentes, cada uma terá a sua de�nição de qualidade, isso se dá, porque a qualidade é um conceito subjetivo e percebida de maneira diferente para cada um. Neste sentido, por ser extremamente dinâmico, tanto em termos de conteúdo, quanto em alcance, a palavra qualidade apresenta características que implicam di�culdades para uma de�nição única. Na literatura encontramos diferentes de�nições de qualidade. Vejamos a versão de Shigunov Neto e Campos (2016, p. 46): Qualidade é uma �loso�a de gestão empresarial ou um modelo de gestão administrativa que visa atingir permanentemente a melhoria de produtos ou serviços oferecidos, por meio da mudança dos processos produtivos, da redução de custos, de uma transformação cultural e do envolvimento e do comprometimento dos trabalhadores. Conceitos e AbordagensConceitos e Abordagens da Qualidadeda Qualidade 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 13/43 Para Mello (2011, p. 4), o conceito de qualidade está diretamente ligado a três fatores. Vejamos na Figura 1.1. O que signi�ca fazer melhor, com menor custo, entregando ao cliente produtos que correspondam a suas expectativas ou as supere. Qualidade, apesar de ser foco de interesse de muitos gerentes e gestores, continua sendo de�nida de muitas maneiras, quase todas de modo parcial, incompleto. A depender da ótica, qualidade pode ser e ter muitas formas. Para Mello (2011, p. 4): O consumidor ao adquirir um produto ou serviço, tem em mente a relação costumeira referida como “custo-benefício”. Quando ele pensa em benefício, pensa no desempenho do produto, ou seja, em características como durabilidade, estética, rendimento, segurança e facilidade de uso etc., que para ele, agregam valor ao produto. Quando pensa em custo, não se refere ao custo de produção de algo, mas sim ao preço que paga por este algo, este, sim, diretamente ligado ao custo de produção. Há também que se Figura 1.1 - Conceito básico de qualidade Fonte: Mello (2011, p. 4). 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 14/43 considerar as expectativas que o cliente tem com relação a tal produto. Embora o foco no “cliente” seja um aspecto comum entre todas as abordagens, Garvin (2002) reconheceu que esta discordância entre percepções e visões sobre o conceito de qualidade era um empecilho ao entendimento do termo e então propôs uma visão ampla e inclusiva. Garvin (2002), após pesquisar diversas de�nições de qualidade investigando o ambiente corporativo e por meio de revisão bibliográ�ca, classi�cou em cinco as abordagens distintas da qualidade. 1. Transcendente: qualidade é interpretada como não sendo algo concreto, mas também não apenas uma ideia, depende das experiências sensoriais e de vida do cliente, e é reconhecida por meio do contato com o produto. Como exemplo, observamos que é bastante comum apreciarmos um �no artesanato, a despeito de pequenas imperfeições e termos certa rejeição ao fruto de produção em massa, ainda que não apresente falhas visíveis. 2. Baseada no Produto: é necessário, para dar distinção de qualidade baseada no produto, que aqueles que a classi�caram o façam pelo mesmo critério que usariam em outros produtos similares, com foco nas características do produto, mas com quantidade de atributos diferentes. Por exemplo, tapetes �nos são classi�cados pelo número de nós por centímetro quadrado, dada a di�culdade de sua execução e pela terminação mais uniforme e suave ao toque. 3. Baseada no Valor: qualidade é de�nida e mensurada em valores e pelo índice de custos. Esta maneira de ver qualidade tem ganhado bastante destaque e está dominando as pesquisas, porque as pessoas não mais conseguem crer que um produto de valor muito superior, mas que tem função básica similar a outros de preços mais baixos, possa dar mais em termos de satisfação. Um tênis que é vendido por R$ 1.000 não consegue ser visto como algo de qualidade 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 15/43 superior se sua função básica (correr, caminhada) pode ser satisfeita por um outro de valor mais baixo. 4. Baseada na Produção: basicamente, se procura a conformidade com especi�cações ditadas pelo projeto e engenharia, sendo que as preferências do consumidor são irrelevantes. Qualidade, neste modo de ver, se resume em alcançar a execução correta na primeira vez, não importando o nível de so�sticação. Um “fusca” bem feito tem o mesmo índice de qualidade que uma BMW, igualmente bem feito. 5. Baseada no Usuário: neste ponto, qualidade é de�nida por aquilo que o cliente deseja de modo muito próprio, particular, e por ser tão própria é também subjetiva. Comprar apenas livros que estão na lista dos mais vendidos é um exemplo disso, em que não há garantia de satisfação, mas o cliente intui que sim. O autor entende que, ao invés do uso de uma abordagem em detrimento da outra, é fundamental a interação dessas diferentes concepções para garantir o sucesso dos produtos. Se uma das abordagens predomina sobre as demais, iria certamente ignorar as expectativas e anseios do cliente. Ao contrário, a interação e coexistência entre essas múltiplas abordagens possibilita uma melhor percepção da qualidade ao longo do ciclo de vida do produto. Um exemplo é o próprio processo de lançamento de um novo produto, no qual os requisitos que de�nem o que é qualidade devem ser identi�cados pelo cliente por meio do entendimento de suas expectativas. Essa é uma visão centrada no produto, pois, o início do processo produtivo é focado no produto especí�co. Isso permitirá à empresa de�nição de variáveis que serão controladas ao longo do processo produtivo (centrada na fabricação). As oito Dimensões da Qualidade Quando o assunto é qualidade, vários autores acrescentaram algumas variáveis às dimensões originalmente propostas por Garvin (2002), de forma a re�etir os desa�os e possibilidades dos desempenhos da qualidade percebida 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 16/43 e apresentados aos fabricantes. Tendo em vista a subjetividade do conceito de qualidade, ela pode ser representada considerando as oito dimensões que podem ser percebidas pelo cliente como atributo de qualidade. Garvin (2002, p. 60) destaca que: Cada categoria é estanque e distinta, pois um produto ou serviço pode ser bem cotado em uma dimensão, mas mal classi�cado na outra. Contudo, em muitos casos as dimensões são inter- relacionadas. Às vezes, uma melhora de uma só pode ser conseguida às custas de outra; outras vezes, duas dimensões como con�abilidade e conformidadepodem andar juntas. Vejamos, a seguir, as oito dimensões da qualidade. 1. Desempenho: está relacionado às características operacionais básicas de um produto. Quando adquirimos um produto, criamos expectativas quanto ao seu desempenho, podendo ser expectativas subjetivas ou mais especí�cas, no que tange, ao quão bem o produto realiza sua função, pois, a depender da utilidade o mesmo produto pode apresentar desempenho diferente. Exemplo: ao adquirir eletrônico, espera-se que funcione adequadamente, no caso de um carro, requisitos como e�ciência, conforto, estabilidade, aceleração, frenagem, consumo de combustível, dizem respeito ao desempenho esperado. Todos esses requisitos podem ser mensuráveis. Podemos acrescentar critérios de desempenho ao produto/serviço, tais como: rapidez, durabilidade, resistência, aderência, volatilidade, entre outros. 2. Con�abilidade: sempre existe a probabilidade de mal funcionamento de um produto ou mesmo da ocorrência de uma falha. Esta característica foi muito trabalhada pela indústria japonesa com o conceito de defeitos zero, ao desenvolver produtos com baixo índice de falhas, ou seja, conferiu-se ao produto um reconhecimento 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 17/43 pelo cliente, da elevada con�abilidade (de equipamentos eletrônicos a automóveis), as pessoas con�am em comprar os produtos japoneses. Um produto é considerado con�ável quando a probabilidade de dar defeito durante o seu ciclo de vida é baixa. Indicadores de desempenho como tempo médio entre falhas, taxa de falhas por unidade de tempo, são recomendados para a análise da con�abilidade nos sistemas, na busca pela melhoria contínua, essas medidas podem destacar falhas no sistema, e a partir desta constatação é possível identi�car as causas, diminuir o seu impacto e ajustar o sistema para prevenção contra reincidência. Con�abilidade pode ser quanti�cável quando relacionada à: • disponibilidade (availability); • reparabilidade (maintainability); • segurança contra acidentes (safety); • segurança contra acesso não autorizado (security). 3. Conformidade: refere-se ao grau em que o projeto e as condições operacionais de um produto atendem as especi�cações ou padrões �rmados no escopo do projeto, ou seja, se o resultado está conforme os padrões indicados. Podemos dizer que tanto a con�abilidade quanto à conformidade repercute da qualidade na produção, relacionada à redução de falhas internas e externas e percebida pelo cliente. Exemplo: uma compra via e-commerce e o cliente recebe a quantidade correta, na cor certa, no tamanho escolhido etc. Porém, quando um fato resulta em uma ação não desejada, dizemos que ocorreu uma não conformidade. 4. Durabilidade: atributo que mede a vida útil do produto. Possui duas subdimensões: a técnica e econômica. Tecnicamente, Garvin (2002, p. 67) de�ne durabilidade como “o uso proporcionado por um produto até ele se deteriorar �sicamente”. Do ponto de vista econômico, o 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 18/43 produto deve durar pelos menos para pagar o investimento que foi feito em sua aquisição, mesmo que deixe de funcionar e não tenha mais reparo. 5. Atendimento: essa dimensão diz respeito ao valor agregado percebido quando se é atendido com rapidez, cordialidade, a custo considerado razoável, com pontualidade. É imprescindível que o fabricante se preocupe em atender os seus clientes não apenas na venda do produto, mas também, em situações de emergências, por exemplo, o serviço de assistência técnica e quem sabe implantar um CRM (Customer Relationship Management) para a gestão do relacionamento com o cliente. Na medida em que se necessita de um atendimento, seja para um reparo ou manutenção preventiva de um produto, esta dimensão, com caráter fortemente subjetivo, in�uenciará a visão do cliente em outras dimensões no futuro. O consumidor atualmente está mais informado e exigente, isto se deve, principalmente, pelo acesso facilitado à informação e à concorrência que oferta uma grande gama de produtos e serviços similares em condições de atender uma mesma necessidade. 6. Características: geralmente associada a algo que foi acrescentado ao produto ou serviço, além de seus requisitos básicos. Garvin (2002, p. 62) diz que “características são adereços dos produtos, são características secundárias que suplementam o funcionamento básico do produto”. Neste caso, também assume um caráter subjetivo. 7. Estética: juntamente com qualidade percebida, a estética é uma das duas dimensões de maior apelo subjetivo. Para Garvin (2002, p. 62), “a aparência de um produto, o que se sente com ele, qual o seu som, sabor ou cheiro, é uma questão de julgamento pessoal e re�exo das preferências individuais. Refere-se ao julgamento pessoal e ao re�exo das preferências individuais”. Exemplo: um perfume com aroma amadeirado agrada a muitos, mas 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 19/43 a outras pessoas não agrada tanto, isso também ocorre com sabores (fortes, suaves, cítricos etc.), ou mesmo com a aparência, uma tendência de moda, ou seja, atributos que satisfaçam o cliente em sua subjetividade. 8. Qualidade Percebida: relacionada, na maioria das vezes, à reputação que uma marca, produto ou serviço adquiriu no passado e que pode ser comparado a outros produtos ou serviços atualmente. Exemplo: modelo e marca de veículo que passa por um recall. Certamente, os consumidores associam o defeito à marca, o que impacta em sua negatividade. A situação inversa também é verdadeira, a marca de que pouco ouvimos falar mal é considerado uma marca de qualidade, onde seus produtos apresentam poucos defeitos (associado à dimensão de durabilidade). Refere-se à qualidade percebida pelo cliente, se ele concebe qualidade àquele produto, então o produto e/ou serviço tem qualidade. Da indústria automobilística aos comércios eletrônicos, atualmente, qualquer empresa que possua um sistema de qualidade trabalha com uma ferramenta que mede e avalia a satisfação de seus clientes. Seja qual for o método, �loso�a ou ferramenta utilizada para coleta e tratamento de dados, a preocupação é a mesma, “satisfazer o cliente”. Faz-se necessário que as empresas percebam a complexidade que diz respeito à qualidade e aprendam a gerenciar os atributos percebidos pelos clientes inerentes à abordagem da qualidade, acompanhando as mudanças conforme supera-se a fase de projeto para a fase de produção ou à operação, e desta para a fase de oferta ao mercado e consumo. Deste modo, assegurando a possibilidade de que estas de�nições congreguem e possibilitem um importante campo de análise e discussão sobre o signi�cado de qualidade em cada etapa. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 20/43 Por exemplo, um fabricante pode alterar o sabor de sucos e refrigerantes para adequá-los às diferentes regiões do país. Isso é adequação ao uso, um dos vários atributos associados ao conceito de qualidade. Evidencia-se, assim, que o conceito de qualidade envolve vários aspectos, atributos e elemento, com diferentes níveis de importância. Logo, focar a atenção exacerbada em algum deles ou deixar de considerar outros, certamente não atenderá o cliente em sua totalidade e abrirá lacunas potenciais para ação de concorrentes, fragilizando o negócio. praticarVamos Praticar “Qualidade é uma variável subjetiva. Produtos de melhor qualidade atendem melhor aos desejos do consumidor”. Essa é a descrição de uma das abordagens apresentadas por Garvin. Avalie as alternativas, a seguir, e escolha a correta. Baseada no Valor. Baseado na Produção. Baseada no Usuário. Baseado no Produto. Transcendental. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 21/43 As exigênciasdo mercado mudaram bastante nos últimos anos. Enquanto a praticidade e preço eram os atributos que orientavam os negócios no século XX, as duas últimas décadas acompanhamos a evolução do conceito de qualidade e os negócios foram orientados pelo desejo cada vez maior por experiências em uma relação mais subjetiva e peculiar entre público e marca. Ou seja, a qualidade de produtos e serviços passa a ser algo percebido pelo cliente por outros aspectos (con�abilidade, segurança, participação no processo de construção etc.) que se tornaram tão relevantes para o sucesso quanto características mais óbvias de mercado. Neste cenário, uma boa gestão de qualidade faz-se necessária, signi�cando sucesso. E, se essa melhora tem um foco em qualidade continuada e aprimoramento contínuo, a organização que investe nessa estratégia certamente está no caminho certo. Conforme Carpinetti (2017, p. 32), “a gestão da qualidade como estratégia competitiva parte do princípio de que a conquista de mercados depende de foco no cliente, para se identi�carem requisitos e expectativas que oferecem valor no mercado”. Para isso, é primordial um planejamento e envolvimento com a produtividade da empresa e capacidade de inovar, na busca constante Qualidade e Foco noQualidade e Foco no NegócioNegócio 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 22/43 por surpreender seu público que torna a organização uma referência frente a concorrência. Outro conceito fundamental destacado pelo autor diz respeito a liderança, onde destaca que comprometimento e envolvimento de todos em busca da melhoria da e�ciência e da e�cácia da estratégia competitiva requer o esforço da liderança da organização. Para nosso estudo, vamos tratar sobre oito tópicos da qualidade com foco no negócio para facilitar e expor os princípios de forma mais abrangente. Os oito tópicos ou princípios, resumidamente orientam as organizações, para comprovadamente atingirem resultados objetivos na implementação da gestão da qualidade. Foco no Cliente: o cliente é a base e razão da existência das empresas, sem o cliente não há sustentação �nanceira que permita a uma empresa existir, logo, a atenção ao cliente é básica e importantíssima. Os gestores não podem apenas procurar saciar as necessidades atuais dos consumidores, têm de antever as necessidades futuras e procurar atendê-las de antemão, a antecipação é o melhor caminho a �delização do cliente a marca ou ao produto. Liderança: um líder completo é aquele que motiva sua equipe, que entende as necessidades da empresa, que elabora os objetivos da organização e que por opção deseja que a empresa cresça e, por conseguinte, possibilita crescimento a ele, líder, e a outros. As empresas que pretendem receber a alcunha de inovadoras necessitam de líderes proativos e desenvoltos, que sejam exemplo vivo para seus colaboradores a �m de inspirá-los a também serem colaborativos, com o objetivo de alcançar metas por meio de estratégias. Envolvimento das Pessoas: para poder envolver pessoas e torná-las participantes nas soluções das problemáticas cotidianas das empresas, é preciso utilizar de forma completa o potencial e habilidades destes funcionários. Se faz necessário que a empresa se disponha a conhecer e a 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 23/43 saber trabalhar os limites de cada colaborador, buscando o aperfeiçoamento individual e no contexto de grupo. Abordagem de Processo: em uma organização, deter o conhecimento do processo, geri-lo de maneira correta e desenvolvê-lo como elo com todos os setores é básico e primordial. Estudar todas as entradas e saídas da empresa, buscando identi�car pontos gargalo e pontos desvio, torna a gestão mais e�ciente para atingir os objetivos da organização. Abordagem Sistêmica da Gestão: o gestor deve identi�car e entender os diversos processos existentes e a maneira como interagem dentro da organização para que possa gerenciá-los. Para cada processo existente e executado na organização, sempre haverá a transferência de parte dele, ou de consequências deste para outro processo, a abordagem sistêmica da gestão é justamente compreender e identi�car as ligações entre processos e fazer uma diagnose de onde se origina o potencial prejuízo e onde existe lucro. Melhoria Contínua: para que uma empresa seja sempre competitiva e ocupe seu espaço no mercado, a melhoria contínua signi�ca o aprimoramento não somente do produto ou serviço ofertado, mas também em melhorias no atendimento do pós-venda, em melhorias e aprimoramento no desempenho do gestor e de seus colaboradores etc. Abordagem Factual para Tomadas de Decisões: na tomada de decisões, um gestor precisa de informações �áveis e concisas, e jamais pode gerir na impulsividade. A análise lógica induz a decisões lógicas e, para tanto, o gestor tem de se cercar de dados, processá-los, analisá-los e só então tomar a decisão. Relações Mutuamente Bené�cas com Fornecedores: a relação com os fornecedores deve ser a mais próxima possível, e melhorias no relacionamento devem ser procuradas, a�nal existe uma interdependência entre as partes, e quanto mais estreita a relação mais bené�ca a ambas será. Essa simbiose se traduz em vantagens a ambos, pois garante demanda constante ao fornecedor, agrega valor aos produtos, os prazos de entrega 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 24/43 podem ser mais bem arranjados para ambos, os valores e lotes de produtos podem ser mais bem de�nidos e a previsão de produção melhor equacionada. Vantagens do Gerenciamento do Negócio com Foco na Qualidade A gestão de processos está centrada em administrar o negócio com foco total nos processos que o compõe. Isso signi�ca que a empresa deve conhecer detalhadamente cada processo, ação, ou seja, realizar um mapeamento de processos e fazer seu acompanhamento continuamente, de modo a obter informações do negócio sempre que requisitado. Esse gerenciamento é responsável por apoiar a tomada de decisão em geral. É crescente o número de empresas de diferentes tamanhos e áreas de atuações que adotam o gerenciamento da qualidade com foco na abordagem por processos em seus negócios, sua utilização se justi�ca por apresentar algumas vantagens importantes ao negócio. A seguir, você vai entender quais são esses benefícios. Maior controle sobre as atividades: esse tipo de foco no gerenciamento da qualidade tem como um dos benefícios principais a padronização dos processos. O fato é que este foco possibilita uma melhor visibilidade sobre as atividades desempenhadas. Isso ocorre porque a empresa “esmiúça” todos os processos, detalhando, mapeando, fazendo que haja um reconhecimento preciso de cada etapa que leva à execução da tarefa �nal. Outra vantagem é o aumento de conhecimento sobre cada etapa que possibilita ao gestor atuação de maneira mais efetiva. Promove a delegação de responsabilidades: no gerenciamento da qualidade é imprescindível conhecer as atividades e suas etapas, de modo a facilitar a delegação de responsabilidades sobre cada tarefa a ser executada. A gestão da qualidade zela pela qualidade de vida dos colaboradores da empresa, e sabemos que para uma gestão de sucesso, é indispensável que cada pessoa 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 25/43 compreenda a importância do papel que executa e por ele seja responsável na hora da cobrança de resultados. Gera aumento de produtividade e e�ciência: com a implantação de medidas voltadas à qualidade, os processos especí�cos passam a ser executados em conformidade com as especi�cações, isso reduz os desperdícios, sendo possível aumentar suas respectivas produtividade e e�ciência, levando não apenas ao aumento da produção, mas também a uma produção melhorada. Otimiza os esforços na busca de melhorias: por ser focado exatamente naquiloque interessa para o resultado �nal é que o gerenciamento dos negócios com foco na qualidade otimiza os esforços e também os recursos. As melhorias são aplicadas no sentido preventivo e não reparatório, neste sentido, a empresa despende menos recursos para realizar os mesmos níveis de melhoria. Aumenta a robustez do negócio: como o foco da qualidade é atender as necessidades dos clientes, a empresa passa a observar as tendências, os cenários, objetivando mudanças estratégicas e com resposta rápida às necessidades de adaptações. Ser capaz de prever e de se antecipar a demandas e alterações do mercado possibilita um ganho importante relativo à robustez da empresa, já que ela consegue se adaptar melhor a condições, previstas ou não, do mercado. Em longo prazo, essa robustez signi�ca fortalecimento da marca, permanência da empresa no mercado, que se torna mais �exível para entender e atender às contínuas mudanças impostas pelo mercado. Como visto, o gerenciamento dos negócios que dá a devida importância à gestão da qualidade permite que a gestão não apenas tenha mais visibilidade sobre as etapas de cada processo, quem deve ser o responsável pelas ações, mas também bene�cia a produtividade e a e�ciência, permite a otimização o uso de recursos e esforços e, por consequência, aumenta a robustez do negócio. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 26/43 praticarVamos Praticar A gestão da melhoria, em particular a melhoria contínua, requer um esforço de análise da situação atual, visando ao planejamento e a implementação de melhorias. Daí a importância da tomada de decisões em dados e fatos (CARPINETTI, 2017). CARPINETTI, L. C. R. Gestão da Qualidade: conceito e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2017. Considerando os tópicos ou princípios que orientam as organizações, avalie as alternativas a seguir. I. Liderança: um líder completo é aquele que motiva sua equipe e entende as necessidades da empresa. II. Foco no Cliente: o cliente é a base e razão da existência das empresas. Objetivo: �delização do cliente. III. Abordagem de Processo: estudar apenas as saídas do processo é o su�ciente para o negócio. IV. Melhoria Contínua: está relacionada a melhoria contínua dos processos produtivos evitando desperdícios. É correto o que se a�rma em: I e II, apenas. II e III, apenas. III e IV, apenas. I, II e IV, apenas. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 27/43 I, II e III, apenas. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 28/43 A hierarquia existe desde a antiguidade, foi sempre presente nos exércitos e nas organizações religiosas. Nas empresas também existe hierarquia, e dentro da classi�cação (estratégico, tático e operacional) denominada de estratégia, que é onde se de�ne a visão, a missão e os valores da organização. Segundo Defeo e Juram (2015, p. 16): Atualmente, a maior parte das organizações globais administra a qualidade a partir da alta gerência, e não a partir do departamento da qualidade. A gestão da qualidade é de responsabilidade de toda a hierarquia de liderança e se tornou uma força motriz por trás de muitas estratégias de negócios. Os pro�ssionais que atuam nesta classe são orientados para a gestão da qualidade e fazem da análise dos fatores internos e externos da empresa seu “modus operandi”, e é por meio desta análise que de�nem e orientam os negócios corporativos. Vejamos na �gura a representação dos níveis hierárquicos e estratégias aplicáveis a cada nível. Níveis Hierárquicos deNíveis Hierárquicos de Estratégias AplicáveisEstratégias Aplicáveis 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 29/43 O planejamento das estratégias aplicáveis à qualidade é essencial para alcançar o sucesso, pois determina onde a empresa quer chegar e como ela fará para alcançar o seu objetivo. No sistema de gestão da qualidade, os métodos e as ferramentas da qualidade são fundamentais para percorrer esse caminho. Para que um planejamento dê certo, é preciso motivar e envolver pessoas de todos os níveis organizacionais, a comunicação deve ser clara, objetiva e efetiva, a �m de garantir que todos conheçam as diretrizes, os propósitos e os objetivos da empresa. Coordenar as atividades da organização não é tarefa fácil, exige análise de cenários e planejamento dos principais níveis de planejamento: estratégico, tático e operacional, que são responsáveis pelas diferentes estratégias em seus respectivos níveis hierárquicos envolvidos, e também responsáveis pelos impactos de suas ações no negócio. Perspectiva Estratégica da Qualidade A perspectiva estratégica da qualidade trata do posicionamento da qualidade em um contexto amplo, em geral de longo prazo. No nível estratégico, os projetos referentes a qualidade não são idealizados de forma isolada, mas Figura 1.2 - Níveis hierárquicos e estratégias da qualidade Fonte: Elaborada pelo autor. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 30/43 inseridos em um modelo em que se consideram os aspectos essenciais da sobrevivência da organização, e de como a qualidade os afeta e é por eles in�uenciada. Ao mesmo tempo, essa expressão chama a atenção para a visão de longo prazo, em que se analisam tanto os re�exos que uma gestão que prioriza a qualidade costuma trazer, como se de�nem as ações que podem garantir posições consolidadas da organização no mercado. Esta preocupação sempre existiu e tornou-se mais crucial em momentos de crise econômica. Paladini (2010) a�rma que Juran de�ne a Gestão da Qualidade Total como a extensão do planejamento dos negócios da empresa que inclui o planejamento da qualidade. Segundo ele, são atividades da Gestão da Qualidade Total: estabelecer objetivos abrangentes; determinar as ações necessárias para alcançá-los; atribuir responsabilidades bem de�nidas pelo cumprimento de tais ações; fornecer recursos necessários para o adequado cumprimento dessas responsabilidades; viabilizar o treinamento necessário para cada ação prevista; estabelecer meios para avaliar o desempenho do processo de implantação em face dos objetivos; estruturar um processo de análise periódica dos objetivos; criar um sistema de reconhecimento que analise o confronto entre os objetivos �xados e o desempenho das pessoas em face dele. Juran deixa claro que essa sequência de atividades é típica do planejamento estratégico dos negócios da empresa e a�rma que ela pode ser aplicada à administração para a qualidade. Segundo Paladini (2010, p. 37), Juran a�rma textualmente: “uma das maiores aplicações do conceito de planejamento da qualidade é o planejamento estratégico da qualidade, algumas vezes chamado de Gestão da Qualidade Total”. Como o planejamento estratégico ocorre no nível da alta administração é necessário o envolvimento dos líderes no esforço pela qualidade. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 31/43 Podemos destacar que para uma estratégia bem-sucedida tendo como base a qualidade, depende muito de uma liderança e�caz. Oakland (2007, p. 40) argumenta que “a liderança começa com a visão do executivo principal, que aproveita oportunidades de mercado ou de serviço, contínua por uma estratégia que dá vantagens competitivas à organização e �nalmente leva ao sucesso do negócio”. Na estratégia da qualidade há de se considerar as crenças, valores, os objetivos, metas e decisões, e se concentrar em ações e�cazes que agreguem valor. O desdobramento das metas da qualidade refere-se a subdivisão das metas para outros níveis da empresa, o que possibilita identi�car todas as ações a serem cumpridas até que o objetivo de cada meta seja alcançado. Assim, esse desdobramento permite que as metas da alta direção sejam conduzidas ealcançadas em cada unidade de negócio da empresa. Uma liderança e�caz, junto com o gerenciamento da qualidade total, possibilita à empresa ou organização fazer as coisas certas, de modo correto, na primeira vez. Oakland (2007, p. 40) destaca os cinco requisitos para uma liderança e�caz: Desenvolver e publicar as crenças e os objetivos da organização - sua meta; Desenvolvimento de estratégias claras e e�cazes e planos de apoio para realizar a missão e atingir os objetivos; Identi�cação dos fatores de sucesso e dos processos críticos; Revisão da estrutura gerencial; Delegação de autoridade. Carvalho e Paladini (2012) destacam que juntando as duas coisas – “perspectiva e estratégia”, podemos observar que há várias interpretações possíveis para essa expressão, por exemplo: Considerar a qualidade como fator de sobrevivência para as organizações. Elevar a qualidade à categoria de diferencial competitivo das organizações, seja em termos de produtos, serviços, método de 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 32/43 trabalho, processo produtivo etc. Tomar decisões acerca da qualidade, tendo em vista um cenário amplo de implicações, insumos e resultados. Adotar uma visão de futuro sobre a questão, considerando cenários prováveis para a organização, para o mercado e para a sociedade como um todo (CARVALHO; PALADINI, 2012, p. 27). É importante lembrar que devido às constantes mudanças no mundo dos negócios (ambiente externo) com ameaças e oportunidades, as ações de longo prazo do planejamento em nível estratégico devem ser revisadas e atualizadas constantemente. Como se percebe, esse conceito amplia bastante o que tradicionalmente se entende como qualidade. Além disso, aumenta sua importância e a responsabilidade pelas tomadas de decisão que dizem respeito às formas de planejar e desenvolver sua implementação conceitual e prática nas organizações. Perspectiva Operacional da Qualidade O conceito de qualidade nas indústrias se consolidaram, historicamente, na sua dimensão operacional. Esta concepção está fundamentada no fato de que a qualidade deve ser gerada a partir do processo produtivo. Este princípio básico fez com que sejam direcionados para o processo produtivo todos os investimentos e esforços relacionados à qualidade e determinou, por consequência, que a maioria das ferramentas historicamente utilizadas para esse �m fossem centradas em melhorias no processo produtivo. Antes que fosse centralizada a percepção de que a qualidade precisava ser gerada no processo produtivo, partindo do pressuposto segundo o qual a qualidade deve ser gerada a partir exatamente das operações do processo produtivo, onde o esforço dos especialistas na área estava centrado na qualidade do produto. Para tanto, foram desenvolvidos e utilizados instrumentos de avaliação do produto acabado, por meio de inspeção e análise de amostras. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 33/43 Carvalho e Paladini (2012, p. 37) destacam que “a ine�ciência desse procedimento foi percebida rapidamente: a inspeção de produto acabado não tem o poder de alterar a qualidade do próprio produto”. Contudo, as informações desta inspeção são valiosas para novas ações da fábrica. Ou seja: o processo da inspeção do produto acabado torna-se útil na medida em que transmite as informações obtidas na avaliação feita para o processo. A avaliação do produto, assim, torna-se fonte de análise para melhorias do processo produtivo. Como efeito, como o produto é o resultado do processo, prioriza-se ações voltadas para o processo produtivo, isto é, para as causas e não para os efeitos. A concepção operacional da qualidade, em sua forma mais ampla, dá origem à gestão da qualidade no processo. A gestão da qualidade no processo pode ser de�nida, de forma sucinta, como o direcionamento de todas as ações do processo produtivo para o pleno atendimento do cliente. A estratégica básica para tanto consiste, exatamente na melhor organização possível do processo, o que se viabiliza ao longo de três etapas: a eliminação da perda, a eliminação das causas, e a otimização do processo (PALADINI, 2012, p. 37). Ainda que tenha feito parte de um estágio inicial da história da qualidade, seu viés operacional não perdeu importância e nem deixou de despertar interesse. Carvalho e Paladini (2012, p. 37) destacam que “a concepção operacional da qualidade, assim, centra-se no empenho pela melhoria do processo produtivo”. Dois conjuntos de procedimentos são típicos nesse esforço: as ações de controle (que destacam os prejuízos causados pelas não conformidades, e a atenção para o dano à imagem da empresa no mercado) e as melhorias do processo de produção (passa-se a perceber a ideia de valor, e que o controle isolado não agrega valor à produção, concepção e aplicação das ferramentas da qualidade). Cada um deles gerou formas especí�cas de gerenciamento. Perspectiva Tática da Qualidade 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 34/43 O nível tático sempre foi entendido como um modelo intermediário de gerenciamento, algo que �casse no meio do caminho entre o ambiente operacional e o contexto estratégico. Na sua forma mais simples, a gestão tática é a que trata de decisões que viabilizem o direcionamento estratégico da organização. Para melhor entendimento, vejamos o Quadro 1.2 comparativo entre as concepções da qualidade em áreas típicas das organizações. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 35/43 Áreas Visão Operacional Visão Tática Visão Estratégica Administrativa Distribuição de espaço físico Ações de terceirização Política da quali�cação de pessoal Comercial Agenda de visitas aos clientes Níveis de vendas por região Participação da empresa no mercado Processo produtivo Desempenho dos equipamentos em face das especi�cações do fabricante Níveis de custos operacionais Política de aquisição e substituição de equipamentos Financeira Lançamento de informações contábeis Controle do capital de giro Volumes de investimento em face das necessidades de mercado e da capacidade de endividamento Qualidade Controle de defeitos Motivação à qualidade Diversi�cação de produtos 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 36/43 Quadro 1.2 - Perspectivas da qualidade Fonte: Carvalho e Paladini (2012, p. 47). Carvalho e Paladini (2012, p. 47) destacam que dois fatos parecem ter sido particularmente relevantes para a transição do modelo operacional da qualidade para o cenário tático: “a generalização dos modelos de controle, com a substituição de mecanismos estatísticos por processos de avaliação baseados em indicadores, e os métodos de envolvimento de pessoas no esforço pela qualidade”. A perspectiva tática da qualidade é responsável por de�nir os meios por meio dos quais os objetivos e metas estabelecidos sejam alcançados, ou seja, transforma as decisões estratégicas em ações concretas dentro das unidades da empresa. saiba mais Saiba mais Conheça o portal da Fundação Nacional da Qualidade, nele você terá acesso aos principais artigos, publicações, notícias e entrevistas sobre boas práticas de gestão. O site possui uma videoteca, em que é possível acessar a vídeos e aprender mais a respeito da gestão da qualidade. ACESSAR http://www2.fnq.org.br/sobre-a-fnq 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 37/43 praticarVamos Praticar reflita Re�ita Joseph Moses Juran nasceu em 24 de setembro de 1904 em Braila, na Romênia. Aos 15 anos ingressou no curso de Engenharia Eletrotécnica na Universidade de Minnesota e, posteriormente, formou-se em Direito na Universidade de Loyola, em Chicago. Na década de 1920 ingressou no setor industriale foi quando iniciou suas pesquisas e trabalhos sobre o controle da qualidade. Juran é considerado um dos precursores da qualidade no Japão. Agora, re�ita: a partir da década de 1920 já havia a preocupação com o controle da qualidade. Muita coisa mudou, atualmente a concorrência é forte, as exigências do consumidor cada vez mais diversi�cadas, os modelos de gestão em constante evolução. Sendo assim, re�ita sobre a importância do controle da qualidade para as organizações. Fonte: Juran (1990). 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 38/43 Os níveis hierárquicos referem-se às pessoas e às atividades realizadas sob o paradigma da autoridade dentro das organizações. Esses níveis classi�cam as funções e as tarefas a serem executadas pelos funcionários individualmente. SERTEK, P.; GUINDANI, R. A.; MARTINS, T. S. Administração e planejamento estratégico. Curitiba: Intersaberes, 2012. Analise as alternativas, a seguir, a respeito dos níveis hierárquicos e assinale a correta sobre as estratégias da qualidade aplicáveis a cada nível. Na gestão da qualidade, o nível tático é responsável pelo controle dos defeitos. O processo de inspeção do produto acabado ocorre em nível estratégico. As metas são estabelecidas em nível operacional. O nível tático controla os custos e os desperdícios em processo produtivo. Em nível tático são monitoradas a variabilidade do processo. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 39/43 indicações Material Complementar LIVRO Gerenciando a qualidade: a visão estratégica e competitiva David A. Garvin Editora: Qualitymark, 2002 ISBN: 9788585360146 Comentário: Um dos grandes escritores sobre a gestão da qualidade. O autor apresenta a visão estratégica da qualidade com foco nos negócios. Suas obras são muito estudadas e citadas. Garvin, em sua obra, aborda aspectos das dimensões da qualidade e apresenta por meio de cases um conjunto de atividades, teorias e táticas para integrar qualidade às práticas de 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 40/43 planejamento e gerenciamento estratégico das organizações. FILME Piratas da Informática Ano: 1999 Comentário: O �lme conta a história de dois concorrentes Steve Jobs (Apple) e Bill Gates (Microsoft) que competiam pelo mercado da informática na década de 1990. Como estratégia para o crescimento dos negócios e consolidação das marcas, aplicam conceitos de melhoria contínua da qualidade, o que os fez conquistar o sucesso exponencial. Para conhecer mais sobre o �lme, assista ao trailer. T R A I L E R 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 41/43 conclusão Conclusão Diante dos conteúdos estudados nesta unidade, podemos concluir que a qualidade como modelo de gestão administrativo com foco para o negócio é uma atividade relativamente recente, face a história e evolução da qualidade. Vimos que o conceito, as abordagens e o foco da qualidade acompanharam as evoluções relativas ao contexto histórico, e é certo que continuará a evoluir, acompanhando as tendências e exigências do mercado. Podemos assim compreender a qualidade como uma abordagem administrativa que tem como um de seus objetivos propiciar o desenvolvimento organizacional por meio da melhoria contínua. O que podemos perceber é que o foco da qualidade é direcionado para atender as necessidades dos clientes. referências Referências Bibliográ�cas CARPINETTI, L. C. R. Gestão da Qualidade: conceito e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 42/43 CARVALHO, M. M. de; PALADINI, E. P. (Orgs.) et al. Gestão da Qualidade: teoria e casos. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2012. DEFEO, J. A.; JURAN, J. M. Fundamentos da qualidade para líderes. Porto Alegre: Bookman, 2015. GARVIN, D. A. Gerenciando a qualidade: a visão estratégica e competitiva. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. GOZZI, M. P. (Org.). Gestão da qualidade em bens e serviços. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. JURAN, J. M. Juran planejando para a qualidade. São Paulo: Pioneira, 1990. MELLO, C. H. P. (Org.). Gestão da Qualidade. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2011. NETO SHIGUNOV, A.; CAMPOS, L. M. F. Introdução à Gestão da Qualidade e Produtividade: conceitos, história e ferramentas. Curitiba: Intersaberes, 2016. OAKLAND, J. S. Gerenciamento da qualidade total, TQM: caminho para aperfeiçoar o desempenho. Reimp., 2007. São Paulo: Nobel, 2007. PALADINI, E. P. Gestão da qualidade: teoria e casos. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. PALADINI, E. P. Gestão da Qualidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2010. SERTEK, P.; GUINDANI, R. A.; MARTINS, T. S. Administração e planejamento estratégico. Curitiba: Intersaberes, 2012. IMPRIMIR 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 43/43 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 1/39 SISTEMAS DE GESTÃO SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADEDA QUALIDADE Me. Karina Gomes Rodrigues I N I C I A R 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/39 introdução Introdução No mundo atual, os clientes estão cada vez mais exigentes. Em virtude disso, as empresas, para se manterem competitivas no mercado, precisam investir em qualidade e padronização. Para isso, devem desenvolver e manter sistemas de qualidade com foco na melhoria contínua, pois esta visa a redução de custos, a melhoria de qualidade dos processos e produtos e o aumento da produtividade. Esse princípio integra todos os outros inseridos em um sistema de gestão. Existem vários métodos e requisitos para um sistema de gestão: um dos principais se refere à gestão da qualidade. Tal modelo é certi�cável, permitindo às empresas garantirem ainda mais conformidade aos seus produtos. Esse sistema apresenta requisitos genéricos, que podem ser implementados em qualquer tipo de empresa. Nesta unidade, busca-se apresentar e discutir conceitos e modelos de diferenciação organizacional, bem como estratégias para o planejamento de padronização para indústria e serviços. Para isso, discute-se a importância dos sistemas de gestão normatizados. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 3/39 No mundo dos negócios, a estratégia é desenvolvida para ganhar mercado competitivo. Nesse sentido, a gestão estratégica da qualidade é considerada um diferencial que explora as potencialidades da organização perante as fraquezas dos concorrentes em busca do fortalecimento da competitividade. Entretanto, há de se observar que, em função de como uma determinada empresa entende a qualidade e a maneira que o conceito de qualidade afeta diretamente as ações e práticas, as estratégias devem ser avaliadas com enfoque diferente de empresa para empresa. Segundo Paladini (2010, p. 227), podemos classi�car as estratégias gerais da gestão da qualidade: enquanto �loso�a, conjunto de métodos, melhoria contínua, serviço e enquanto envolvimento de mão de obra. Enquanto �loso�a, a gestão da qualidade compreende estratégias relativas à concepção das ações, isto é, a natureza das ações relativas à produção e à avaliação da qualidade. Nesse aspecto, são estratégias que envolvem conceitos que provocaram profundas alterações no modo de encará-la e desenvolvê-la. Segundo Paladini (2010, p. 229), “a produção da qualidade, a Avaliando Estratégias paraAvaliando Estratégias para o SGQo SGQ 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 4/39 visão do processo de gestão, a concepçãoda ação no processo de gestão e os procedimentos de ação gerencial são as áreas em que, de forma mais evidente, essas transformações ocorreram”. As estratégias de produção da qualidade estão relacionadas com os processos conhecidos como qualidade na origem. Essa estratégia desenvolve o processo que objetiva induzir as pessoas a produzirem com qualidade em suas atividades. Conseguir executar as atividades corretamente na primeira vez depende do aperfeiçoamento das atividades e, para tal, é necessário investir capital humano e técnico para atingir essa condição. De acordo com Paladini (2010, p. 229). “é considerado uma estratégia que historicamente, deu origem a �loso�a ‘produção da qualidade’, em substituição ao simples controle ou avaliação da qualidade”. Entretanto, continua sendo considerada um grande desa�o pela complexidade de sua implantação, já que se exige uma mudança de posturas, mentalidade, hábitos e comportamentos, muito mais do que uma simples alteração da rotina de trabalho. Enquanto conjunto de métodos, a gestão da qualidade envolve ferramentas pertinentes à sua área que, apesar de aparentemente simples, têm como objetivo estabelecer uma maneira melhorada de atendimento aos clientes, uma redução de custos pontual ou ainda um engajamento dos colaboradores na análise e na proposição de soluções. Entre esses métodos, destacam-se com compreensível importância as ações de planejamento. Uma ferramenta e�ciente, que pode ser usada para análise de problemas, é o diagrama de causa e efeito, grá�co espinha de peixe ou diagrama de Ishikawa (nome de seu idealizador), como também é conhecido. O diagrama de causa e efeito destina-se à análise de operações e situações típicas do processo produtivo. Paladini (2010, p. 239) descreve a ferramenta: seu esquema de apresentação é semelhante à espinha de peixe, em que o eixo principal representa um �uxo básico de dados e as espinhas caracterizam elementos que con�uem para esse �uxo fundamental. Fica, assim, ilustrado o conjunto de elementos principal da fase do processo sob o estudo (por exemplo, causas básicas de um defeito) e os elementos que contribuem para sua formação (por exemplo, causas secundárias que 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 5/39 conduzem às causas essenciais). Essa estrutura pode ser usada para eliminar causas que in�uenciam negativamente o processo. Enquanto melhoria contínua, a gestão da qualidade abrange estratégias que visam de�nir a melhor maneira de executar ações produtivas. Parte-se, para tanto, de situações existentes, procurando sempre melhorá-las. Para garantir a melhoria contínua das atividades produtivas, Paladini (2010, p. 243) destaca que a gestão da qualidade tem-se utilizado de estratégias que organizam os processos, otimizam seu funcionamento e procuram sua evolução permanente. Organizar os processos nesse cenário signi�ca setorizar a empresa, na qual os processos e controles se tornam menores e, por consequência, menos complexos, transformando setores da empresa em clientes e fornecedores uns dos outros, criando o compromisso de qualidade entre eles. Segundo Paladini (2010, p. 254), “criam-se, assim, as células de produção, que possibilitam processos �exíveis de produção e minimizam os problemas que as linhas sequenciais e de grande porte traziam”. Com base nelas, foi possível operar �uxos de produção de natureza contínua, que possibilitaram eliminar quebras de ritmo ocasionadas pelos esquemas de ordens de produção. O autor destaca que outras duas estratégias relacionadas a essa nova organização do processo foram o just in time ou JIT e o kanban. O JIT com a racionalização das atividades produtivas a partir de um direcionamento claramente de�nido e o kanban que utiliza e mecanismos visuais para viabilizar cada operação no momento exato em que ela deva ser executada. Enquanto serviço a consumidores e a clientes, a atenção a consumidores e a clientes no processo de gestão da qualidade encontrou no QDF (Desdobramento da Função Qualidade) sua forma mais adequada de implementação tanto em termos conceituais quanto operacionais. Agregada à análise de valor, essa estratégia pode de�nir tanto o que o cliente quer quanto o que considera realmente importante. De acordo com Paladini (2010, p. 261), “o QDF é um método estruturado no qual as exigências do consumidor são traduzidos em especi�cações técnicas apropriadas para cada estágio do desenvolvimento do serviço ou do processo produtivo”. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 6/39 É importante observar que essa estratégia orientada ao cliente transcende o simples esforço pela qualidade. Seu conceito é entendido como a percepção e o entendimento da voz do consumidor. Nota-se uma orientação de toda a empresa para o mercado. Enquanto envolvimento da mão de obra, pilar maior da gestão de qualidade, as estratégias desenvolvidas visam garantir o comprometimento da mão de obra e seu engajamento com os consumidores externos e internos; a mão de obra é fator básico no desenvolvimento da qualidade em todos os níveis, sejam de processo, produto ou de serviços, e esses recursos humanos têm de ter uma atenção maior do que todos os outros recursos da empresa. Paladini (2010, p. 264) destaca que algumas estratégias podem ser trabalhadas como forma de envolver a mão de obra na produção da qualidade e destaca: a atribuição de responsabilidades, a organização de esforços e as estratégias da indução à participação positiva. No âmbito da atribuição de responsabilidades, considera-se a situação em que se pretende repassar responsabilidade especí�ca à mão de obra como forma de motivá-la e, assim, viabilizar alguns resultados especí�cos. A Manutenção Produtiva Total (TPM), por exemplo, é uma alternativa estratégica, que objetiva o entrosamento dos operadores de máquinas, de veículos, de softwares e de métodos operacionais que passam a se tornar responsáveis por eles. Na organização de esforços, a ação dos recursos humanos em equipes, normalmente em pequenos grupos, é uma estratégia extremamente comum na gestão da qualidade. Paladini (2010, p. 265) a�rma que “a meta é torná-los participantes do esforço pela qualidade de forma coletiva, integrada e cooperativa. Surge daí, o modelo organizacional da multifuncionalidade, em que todos no grupo possuem uma noção do trabalho a fazer”. Já a indução à participação positiva, considera-se, por exemplo, o brainstorming, conhecido como tempestade de ideias. A técnica objetiva estimular a participação dos colaboradores com ideias e sugestões de melhorias em reuniões. Paladini (2010, p. 268) destaca que a partir das várias 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 7/39 ideias propostas, os participantes vão descobrindo formas de melhorar sua e�ciência. A satisfação dos clientes (internos e/ou externos) é o principal objetivo da gestão da qualidade. Atributos que agregam valor ao produto ou serviços devem ser amplamente discutidos, entendidos e avaliados para se estabelecer o processo de gerenciamento da qualidade por meio de estratégias que destaquem a empresa em relação à concorrência. Nesse sentido, Chiroli (2016, p. 55-56) destaca que: Essas estratégias da qualidade servem como base para a de�nição de metas e indicadores da qualidade na empresa. De modo a satisfazer o cliente, a gestão estratégica da qualidade demanda que objetivos e metas sejam orientados para os objetivos estratégicos do negócio, inseridos em um enfoque sistêmico, com valores, princípios, liderança inovadora de desenvolvimento organizacional, além de melhoria contínua de seus processos, produtos, serviços e relacionamentos para cumprir as metas de�nidas (CHIROLI, 2016, p. 55-56). Entretanto, é fundamental que a empresa tenha estruturado um planejamento da qualidade e avalie a estratégia adequada ao seu negócio. Assim, o planejamento estratégicoda qualidade visa remover os gargalos nos processos e nas atividades que não agregam valor ao cliente, de modo a possibilitar a execução das atividades com perfeição e manter a prática do controle. Nesse sentido, Chiroli (2016, p. 55) destaca que para estruturar um sistema de gestão da qualidade é preciso “compreender o cliente, suas necessidades, as características do produto que atendam a tais necessidades, estudar os processos e os meios de controle e, en�m, delinear tudo o que a empresa deseja a �m de alcançar tais objetivos”. Nesse âmbito, pode-se utilizar das variadas estratégias da qualidade na estruturação da gestão estratégica da qualidade, considerando elas possuem caracterizações bem de�nidas, ferramentas especí�cas e, segundo Paladini 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 8/39 (2010, p. 281), geram benefícios ao processo de gestão da qualidade quando implementadas. praticarVamos Praticar Na estratégia da Melhoria Contínua, a gestão da qualidade abrange ações que visam de�nir a melhor maneira de executar ações produtivas. Considerando as características sobre essa estratégia é correto o que se a�rma em: a) Melhoria contínua está relacionada à análise da situação atual, procurando sempre melhorá-la. b) Objetiva o entrosamento dos operadores de máquinas que passam a se tornar responsáveis por elas. c) Seu conceito é entendido como a percepção e o entendimento da voz do consumidor orientando às ações da empresa. d) Envolve ferramentas da gestão da qualidade e o engajamento dos colaboradores na análise e na proposição de soluções. e) Compreende estratégias relativas à concepção das ações, isto é, a natureza das ações relativas à produção e à avaliação da qualidade. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 9/39 Todo programa de qualidade acaba por se confundir com a estratégia competitiva adotada pela empresa, pois a qualidade e os seus programas são vantagens agregadas à organização e devem �gurar como objetivos. Os sistemas de gerenciamento da qualidade são sempre orientados para o cliente e para o processo. Práticas de diferenciação são aquelas em que a empresa orienta as suas ações estratégicas para atender ou superar as expectativas dos clientes, evidenciando as qualidades de seus produtos ou serviços, atraindo mais clientes quando comparado com a concorrência. Essa busca por clientes e sua consequente �delização é uma estratégia de diferenciação que tem como �m garantir lealdade do consumidor e, simultaneamente, reduzir sua atenção ao preço. Philips et. al (1983 apud ROLDAN; FERRAZ, 2017) argumentam que a qualidade pode ser situada e destacada entre as diferentes fontes de diferenciação, pois gera uma vantagem competitiva pela conquista da lealdade do cliente e redução de sua sensibilidade ao preço.A qualidade é um princípio de agregação de valor e de vantagem competitiva para as empresas, Práticas de diferenciaçãoPráticas de diferenciação 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 10/39 evidenciando a diferença do produto e essa diferença protege a empresa em seu nicho de mercado. Nesse caso, a análise de valor pode ser compreendida como uma extensão à qualidade em que as estratégias da qualidade identi�cam características de demanda e as transformam em características de produtos e serviços. A análise de valor confere a elas um nível de atenção e prioridade. Poter (1980 apud HOOLEY, 2011, p. 36) argumentou que uma empresa pode estabelecer vantagem competitiva, ou seja, apresentar ou criar um benefício para os clientes e essa vantagem em relação aos concorrentes pode ser criada de duas maneiras principais: por meio da liderança em custos (competindo com preços mais baixos) ou da diferenciação (agregando valor ao produto ou serviço). Vamos entender um pouco mais de cada uma das estratégias. Liderança de custo: com essa estratégia, a empresa busca obter uma estrutura de custos signi�cativamente inferior à dos concorrentes, mantendo no mercado produtos similares às ofertas destes. Com uma estrutura de baixo custo, é possível obter retornos acima da média, apesar da forte concorrência. Hooley (2011, p. 36) destaca que “a liderança em custos é obtida por meio de construção agressiva de economia de escala e�cientes, a busca por redução, o controle dos custos em produto e desenvolvimento, publicidade e propaganda”. O caminho da liderança em custos foi a estratégia escolhida pelas organizações Ryanair no segmento de linhas aéreas econômicas e que foi seguido pela Seiko no mercado de relógios. Essa estratégia é particularmente adequada aos mercados de commodities, nos quais há pouca ou nenhuma diferenciação entre os produtos físicos oferecidos. Diferenciação: a estratégia de diferenciação é a outra alternativa para a criação de uma vantagem competitiva para o negócio, ou seja, criar algo que é percebido como exclusivo pelo mercado. Sob essa estratégia, as forças e as habilidades da empresa são usadas para diferenciar as ofertas da empresa das ofertas dos concorrentes, com base em algum critério valorizado pelo consumidor. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 11/39 Hooley (2011, p. 36) “a principal vantagem de uma estratégia de diferenciação é que ela cria, ou enfatiza, uma razão pela qual o cliente deve comprar da empresa, e não de seus concorrentes”. Vejamos um exemplo da estratégia de diferenciação: A Natura Cosméticos S/A, maior empresa de capital nacional entre as fabricantes de cosméticos, destaca-se por praticar marketing agressivo e garantir ao público produtos de qualidade. A marca em todos os seus canais de comunicação e anúncios de propaganda reforça que os seus programas de testes de qualidade dos produtos não utilizam animais como cobaias de experimentos desde 2006 e que, para garantir a qualidade e a segurança dos produtos, investe constantemente em ciência, inovação, tecnologia e métodos alternativos, como a pele 3D. Essa estratégia é um diferencial e agrega valor à marca. Também podemos destacar as políticas de responsabilidade social e sustentabilidade praticadas pela empresa. Por exemplo, as embalagens de seus produtos das linhas Ekos, Tododia, Plant, Mamãe e Bebê. Ao optar pelo uso de plástico verde – feito a partir da cana-de-açúcar, um recurso renovável - a marca re�ete o respeito da marca com a natureza. Para consolidar sua política estratégica de diferenciação em produtos e serviços, a empresa busca investir cada vez mais na obtenção de matérias- primas de comprovada qualidade, principalmente, aquelas provenientes da biodiversidade brasileira, geralmente, associadas a um programa socioambiental autossustentável. Ainda com relação às estratégias da Natura, percebe-se que a empresa adota outra possibilidade de diferenciação, considerando os atributos, como o “desempenho e a con�abilidade” no âmbito da qualidade de seus produtos. Nesse sentido, para melhor entender o que signi�ca esse mecanismo estratégico por desempenho, referimo-nos às características operacionais básicas, ou seja, o produto cumpri com os propósitos aos quais se destina. Por outro lado, as pessoas con�am na marca. Nesse sentido, os investimentos em qualidade contribuem para que a marca seja valorizada por seus clientes, pois a Natura investe alto em pesquisas que comprovem a e�ciência de seus produtos. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 12/39 Outro diferencial da empresa foi a conquista da certi�cação da UEBT (sigla em inglês da União para o BioComércio Ético), associação internacional sem �ns lucrativos que, a partir de 2018, conferiu os produtos da linha Ekos, conferindo um grande destaque por garantir os três pilares que norteiam os negócios da Natura: comércio justo, conservação da biodiversidadebrasileira e relacionamento de con�ança com a comunidade. Se para estabelecer o conceito de qualidade a um produto que possui atributos tangíveis e mensuráveis já é uma tarefa difícil, imagine para a área de serviços. Estabelecer uma estratégia de diferenciação em serviços é algo ainda mais desa�ador, já que a qualidade precisa ser entendida e trabalhada a partir da perspectiva do cliente, pois é ele que avaliará e atestará a qualidade do serviço, por meio das conclusões obtidas com a experiência vivida. As organizações precisam estabelecer meios que permitam identi�car as necessidades e, principalmente, que proporcionem conhecer e entender o per�l dos clientes, de forma a providenciar um direcionamento mais assertivo das estratégias de diferenciação para os serviços ofertados. Entretanto, é imprescindível considerar que os serviços possuem dois quesitos de qualidade que devem ser atendidos: a realização do serviço propriamente dito e a forma como é percebido pelo cliente. A TAM linhas aéreas agrega valor ao serviço com “O jeito TAM de voar”, estendendo o tapete vermelho aos seus clientes, com a cortesia da etiqueta de bordo, entre outros serviços, exempli�ca um conceito diferenciado de atender aos clientes, superando suas expectativas. Vejamos outro exemplo: Um empresário tem uma "barbearia gourmet", um novo conceito de serviços de salão que pretende criar um ambiente mais convidativo para os homens que desejam uma conversa descontraída, com um copo de cerveja enquanto o pro�ssional realiza um bom corte de cabelo. Os funcionários são treinados, empáticos e coordenados. Os clientes são atendidos e tratados com zelo e cortesias, a�nal, o ambiente aconchegante e tranquilo foi devidamente planejado. Essa situação ilustra o aspecto de que a qualidade está de acordo 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 13/39 com o princípio do bom atendimento, com base nas expectativas do pro�ssional proprietário da barbearia. Suponha agora que um cliente vá à barbearia gourmet em seu período de almoço, com a intenção de um rápido corte de cabelo, sem delongas, conversas ou interesse em conhecer as variedades de cervejas artesanais ofertadas. O atendimento acolhedor e descontraído, nesse caso, pode dar uma ideia de um convite para “nunca mais voltar” a esse lugar que demora para atender. Nesse exemplo, há os dois componentes. De um lado o operacional, também chamado de qualidade real; e de outro está o componente de percepção ou como o cliente percebeu o serviço oferecido. No entanto, como agradar a todos? Há que se equilibrar o modo de prestar o serviço e considerar sempre os dois aspectos, porém, enfatizando os atributos que irão satisfazer as necessidades dos clientes, ou seja, “Qualidade do serviço = serviço percebido - serviço esperado”. praticarVamos Praticar Práticas de diferenciação são aquelas em que a empresa orienta as suas ações estratégicas para atender ou superar as expectativas dos clientes, evidenciando as qualidades de seus produtos ou serviços, atraindo mais clientes quando comparado à concorrência. Acerca da estratégia de diferenciação, analise as alternativas a seguir: i. Trata-se de uma alternativa para a criação de uma vantagem competitiva para o negócio. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 14/39 ii. Ela cria ou enfatiza uma razão pela qual o cliente deve comprar da empresa. iii. As forças e as fraquezas da empresa são usadas para diferenciá-la dos concorrentes. É correto o que se a�rma em: a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) II e III, apenas. d) I e III, apenas e) I, II e III. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 15/39 As organizações no mundo todo, ao adotarem os sistemas de gestão de qualidade como ferramenta para potencializar e fortalecer seus negócios, passaram a desenvolver sistemas de qualidade total, que abrangem todos os sistemas de gerenciamento, incluindo o planejamento estratégico das organizações. Quando se planeja e constrói um Sistema de Gestão da Qualidade, o único objetivo será o de atender e satisfazer as necessidades das pessoas. Consegue-se a satisfação das pessoas de maneiras especí�cas: os clientes, como objeto-alvo da qualidade dos produtos; dos parceiros e colaboradores, ofertando e propiciando conhecimento e crescimento pro�ssional; dos gestores dos meios de produção, com o aumento da produtividade e da busca por defeito zero; dos acionistas e da sociedade, com maior lucratividade e distribuição de renda. O sistema de gestão da qualidade é uma decisão que deve ser bem analisada antes de sua implantação, pois ela será o novo “modus operandi” da Planejando e construindoPlanejando e construindo um SGQum SGQ 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 16/39 organização e da sua estratégia de negócios, para tanto, é preciso desenvolver uma estrutura focada no produto e em seus processos. Melhorar os processos se dá por meio da remoção de tudo o que não agrega valor ao produto e, também, da eliminação de gargalos produtivos. Na visão de Paladini (2010, p. 105), planejar a qualidade signi�ca: Tomar decisões gerenciais antes que as máquinas parem por defeitos, antes que montes de refugo sejam gerados, antes que os fornecedores nos deixem sem abastecimento, antes que nossos consumidores reclamem, antes que os custos disparem. Planejar a qualidade signi�ca também escolher a melhor forma de fazer as coisas, selecionar os recursos mais adequados para cada ação, envolver a mão de obra mais quali�cada (PALADINI, 2010, p. 105). Planejar a qualidade é estabelecer a melhor relação entre o que fazemos e o que o cliente espera de nós, também representa desenvolvermos serviços que agreguem valor ao nosso modelo de atuação e, ainda, possibilitarmos uma melhor competitividade graças a estratégias que nos diferenciem em relação a como atender o mercado. Para Paladini (2010, p. 106), “o planejamento exige que o processo de produção da qualidade tenha memória. Caso contrário, não se pode planejar o futuro com base no que vem ocorrendo ao longo do desenvolvimento das operações da empresa”. Exige, também, que se tenha sempre medidas objetivas de análise da qualidade, caso contrário, não se pode avaliar se o que foi planejado está sendo efetivamente executado. Independente do tipo de empresa, devemos elaborar um esquema que atenda ao processo de gerenciamento da qualidade. O modelo a seguir foi testado na prática com bons resultados e possui seis fases como indicado por Paladini (2010, p. 106): Fase 1: Estabelecer a Política da Qualidade Estabelecer ou de�nir a política de qualidade é uma atribuição da cúpula de administração da empresa. Essas de�nições são de longo alcance, pois 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 17/39 envolvem os investimentos que serão feitos, a adoção de quais estratégias serão adotadas e quais são os objetivos gerais e a sua abrangência; Fase 2: Diagnóstico O diagnóstico é uma avaliação dos recursos humanos, dos materiais disponíveis, do processo produtivo, da estrutura formal etc.; Fase 3: Organização e administração Essa fase complementa a fase anterior, pois nela são feitas de�nições que consideram a política da empresa, mas envolvem também a infraestrutura para a qualidade; as atribuições são determinadas; de�ne-se a estrutura do setor da qualidade; estabelece-se a organização de um sistema de informação voltado exclusivamente para a gestão da qualidade; veri�ca-se como se dará o gerenciamento da qualidade; re�ete-se sobre as ações que impactarão clientes, consumidores, concorrentes, fornecedores e meio ambiente; a alocação, quali�cação e formação dos recursos humanos são estabelecidas; Fase 4: Planejamento propriamente dito Nessa fase, estrutura-se umplano de ação que viabilizará a política da empresa e a implantação. As atividades desenvolvidas são: a destinação de recursos; a estratégia operacional; os objetivos, atribuições e as responsabilidades, que deverão ser atribuídas aos colaboradores da produção e a de�nição de cronogramas, que deverão ser considerados nessa fase. Ainda nessa fase, é necessário de�nir aspectos especí�cos do controle da qualidade: como os laboratórios serão estruturados, desenvolve-se também o controle estatístico do processo desenvolvendo planos de inspeção, a formação técnica ou o conhecimento mínimo necessário para a equipe técnica. Outro aspecto a se considerar no processo de planejamento e construção do SGQ são as metas e estratégias. Meta é um objetivo que se pretende alcançar, mas com prazo de�nido e resultados quanti�cados. As metas da qualidade sempre têm o intuito de superar as expectativas dos clientes e, invariavelmente, são baseadas no estudo dos resultados anteriores. Segundo 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 18/39 Kaplan e Norton (1997, p. 150 apud CHIROLI, 2016, p. 63), o processo gerencial de planejamento e estabelecimento de metas permite à empresa: Quanti�car o que se deseja no longo prazo; Estabelecer ações e disponibilizar recursos, a �m de alcançar as metas; Ter metas de referência a curto prazo, a �m de desenvolver melhorias ao longo do processo e estabelecer medidas �nanceiras e não �nanceiras. Algumas metas da qualidade são aplicadas com certa constância, Juran (1992 apud CHIROLI, 2016, p. 65) evidenciou que algumas dessas metas são: Desempenho do produto – Relacionado à resposta das necessidades dos clientes; Competitividade da qualidade – Economia baseada no mercado competitivo; Melhoramento da qualidade – Conduz a redução de fatores que impedem a escolha do produto pelo consumidor; Redução do custo da má qualidade – Relacionado a metas internas de processo e metas externas de retorno de produto (ou recall); Desempenho de macroprocessos – Consiste em desempenho de processos importantes e multifuncionais por natureza, por exemplo: lançamento de novas tecnologias, de novos produtos etc. As metas da qualidade, normalmente, geram metas para os muitos departamentos da empresa. Esses desdobramentos das metas são bené�cos por tornarem as ações tomadas de mais fácil visualização e consolidação; Fase 5: Implantação Reestruturar a organização e a administração é a ação básica dessa fase. Para fazer a implantação, é indicado atender de maneira particular o projeto, o processo e o produto. Enquanto se faz a implantação, todas as ações devem ser documentadas e, assim, estruturam-se os manuais de qualidade que apontam as atividades planejadas e de como foi feita a efetivação destas. É 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 19/39 importante indicar que a edição dos manuais de qualidade somente deve ocorrer após a implantação a nível de teste para que se veri�que o que foi planejado e sua avaliação; Fase 6: Avaliação As atividades de avaliação incluem reuniões para se discutir o processo da implantação, os resultados, as di�culdades etc. Nessa fase, ainda são incluídas as auditorias que servem para avaliar os resultados das ações de melhoria do processo de produção, se as atividades de suporte se encontram organizadas e, ainda, se as relações com fornecedores e clientes - por meio das rotinas de administração - estão mais ajustadas e intensas. Dentro das empresas, as pessoas já desenvolvem suas atividades com e�ciência e, como o sistema afeta os planos de negócios, há de se deixar claro para todos os colaboradores a expectativa que se tem sobre eles para salvaguardar as intenções de melhorias e o nível de responsabilidade individual e dentro do contexto de equipe. Planejamento de Padronização para a Indústria e os Serviços Você, seguramente, sabe o que é padronização. Quando vai à padaria todas as manhãs no mesmo horário, você espera encontrar o pãozinho quentinho, com o mesmo aroma, a mesma textura, maciez da massa e o mesmo sabor. Padronizar é isso mesmo que você está pensando: fazer algo sempre do mesmo modo. Para o exemplo do pãozinho, certamente o padeiro tem uma receita a seguir e, se algum ingrediente faltar ou se o modo de preparo for alterado, o resultado não será o desejado. A padronização de processos produtivos e serviços consiste na elaboração de rotinas formalizadas em relação às atividades executadas em uma unidade de trabalho. A padronização dos processos permite o gerenciamento da rotina de trabalho e, com isso, reduz e soluciona problemas e a variabilidade nos processos tão importantes no sistema de gerenciamento da qualidade. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 20/39 O padrão estabelece os procedimentos sequenciais para execução de uma rotina ou atividade. Padronização em um ambiente empresarial signi�ca, portanto, não apenas estabelecer procedimentos, mas também assegurar-se que estes estão sendo aplicados. Nesse sentido, Campos (2004, p. 43-44) apresenta alguns princípios, que devem ser seguidos para o estabelecimento de padrões: Ninguém melhor que o próprio operador da máquina para de�nir a melhor maneira de operá-la, nesse sentido, destaca-se a importância da participação de todos os usuários na elaboração e de�nição de padrões; A gestão da qualidade visa a melhoria contínua dos processos, o que consiste em revisar periodicamente os padrões estabelecidos para que se mantenham atualizados e melhorados no sentido de e�ciência, produtividade e qualidade; Os padrões devem ser escritos em uma linguagem acessível a todos os níveis dos usuários; Os padrões devem ser objetivos, eliminando interpretações errôneas; Os padrões devem ser simples, aplicáveis e de acordo com os recursos disponíveis na empresa e precisam fazer parte da realidade da empresa. Assim, Silva e Silva (2017, p. 134) de�nem padrão como uma “atividade documentada em passos claramente de�nidos relacionados a um processo” e destacam, para entender a importância da padronização, três diferentes aspectos a serem analisados, que consistem em: 1. Padronização para o cliente: produtos fabricados exatamente iguais, principalmente, produtos de consumo frequente ou, até mesmo, peças de reposição; 2. Padronização para a empresa: utilizar sempre a mesma quantidade de insumos, o mesmo número de horas-homem e horas-máquina, a mesma quantidade de embalagem etc.; 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 21/39 3. Padronização para o processo: garantir que o colaborador utilizará sempre a mesma rotina para fabricar um produto. O que se pretende com a padronização dos processos é que as atividades a serem executadas sejam concluídas da melhor forma possível, ou seja, concluídas com perfeição na primeira tentativa. Por meio da aplicação da padronização e do gerenciamento da rotina diária, é possível minimizar as perdas provenientes de retrabalhos, reduzindo signi�cativamente desperdícios com sucateamento de componentes e/ou produtos e contribuindo de maneira expressiva para aumento no resultado �nanceiro da organização. Outro fator importante a ser destacado diz respeito à garantia de segurança da pessoa que executa as atividades. Com os processos padronizados, o colaborador realiza a operação conforme as especi�cações do procedimento. A padronização de uma atividade e/ou processo demanda tempo e treinamento de pessoal, envolve ações, como reunir as equipes de trabalho para discutir um padrão que está sendo executado, objetivando encontrar melhorias e desa�ar padrões já estabelecidos para atingir a meta de se tornar referencial no mercado. Segundo Silva e Silva (2017, p. 135), “padronizar é uma atividade que deve ser feita da maneira mais simples possível, deve-se padronizar somente o que pode trazer resultadosdiretos e efetivos, por meio do estabelecimento de padrões técnicos e requisitos mensuráveis”. A padronização permite o aprimoramento contínuo envolvendo todos os empregados em busca da excelência em segurança, qualidade e produtividade. As melhorias nos processos e os desperdícios são facilmente identi�cados e o treinamento dos funcionários é simpli�cado, tornando-o mais consistente quando padrões claramente de�nidos de cada atividade são adotados. Com isso, os passos dos processos, seus fatores críticos e as veri�cações de qualidade são estabelecidos. Esses fatores são determinantes para o sucesso 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 22/39 da gestão e�ciente de processos de padronização. Segundo Campos (2014, p. 111), os resultados esperados pela padronização podem ser: Meio de transmissão de informações: por exemplo, transferência de tecnologia, informações dos clientes por meio das especi�cações, regulamentos internos da empresa, entre outros; Registro da técnica da empresa: a padronização possibilita registrar a técnica pessoal como técnica da empresa; Manutenção e melhoria da qualidade: o que possibilita a melhoria da intercambialidade dimensional, funcional e de componentes, a mínima utilização de componentes, entre outros; Manutenção e melhoria da produtividade: permite melhorias no processo, sendo a base para implementação de automação; Contribuição social: possibilita a melhoria das condições de segurança no trabalho, o controle ambiental e a segurança dos clientes. Certamente, esses benefícios listados só poderão ser atingidos por meio da padronização e do envolvimento de todos na aplicação dos padrões aqui apresentados, ou seja, mediante o respeito às diretrizes propostas com disciplina e rigor. No ambiente industrial, todas as operações realizadas na linha de produção devem ser documentadas e padronizadas. Não se trata apenas da produtividade, mas de uma questão de segurança para o trabalhador e deverá ser descrita de forma a garantir que nenhuma anomalia ocorra no dia a dia. Qualidade é escrever aquilo que se faz e fazer aquilo que está escrito. Independente de quantos turnos de trabalho uma empresa opere, os procedimentos de�nidos para um determinado processo devem ser obedecidos por todos. No entanto, esse procedimento deve passar por revisões de melhoria constantes para que seja possível promover a evolução das competências operacionais e dos aspectos ergonômicos e, quando necessário, promover a melhoria dos processos. No ambiente industrial, a gestão da qualidade é centrada no processo produtivo, que gera como resultado um produto. Nesse caso, a qualidade é 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 23/39 considerada no �nal do processo se o produto estiver conforme as especi�cações e adequado ao uso. Pode-se observar que esse pressuposto evidencia que a maioria das estratégias da qualidade desenvolvidas no ambiente industrial prioriza o processo produtivo. Com a evolução do conceito de qualidade, a atenção é transferida do produto para o processo produtivo. Nota-se, de fato, que por muito tempo a qualidade era centrada na avaliação de produtos e serviços, com foco em resultados de atividades e efeitos de ações bem de�nidas, por isso a con�abilidade era con�rmada após análise da qualidade no produto. Havia o entendimento de que o cliente avaliava a qualidade da empresa dessa forma. Todo o esforço visava a qualidade do produto acabado. Naquele contexto, era uma forma de se perceber os padrões de qualidade adotados pelo cliente. Segundo Paladini (2010, p.39): Há quem considere o esforço para agregar valor ao processo produtivo gerou uma nova era no esforço pela qualidade. Criaram- se, a partir daí, novas prioridades e novas posturas gerenciais. A ênfase, agora, parece ser a análise das causas e não mais a atenção exclusiva a efeitos. Nesse novo contexto, surge a gestão da qualidade no processo, de�nida como o direcionamento de todas as ações do processo produtivo para o pleno atendimento do cliente (PALADINI, 2010, p.39). A prática tem mostrado que, se bem conduzida, a gestão da qualidade em ambientes industriais gera mudanças signi�cativas com efeitos didáticos e psicológicos positivos aos envolvidos. A organização, a reformulação da cultura organizacional, os processos de incentivos e motivacionais para implementação do sistema da qualidade geram resultados de fácil percepção e de forte impacto. Paladini (2010, p. 191-192) apresenta as características gerais da gestão da qualidade no ambiente industrial: A produção e o consumo são nitidamente separados; 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 24/39 Os processos produtivos possuem informações precisas e são repetidos várias vezes, o que os torna perfeitamente conhecidos, documentados e controláveis. As bases para a normalização e a automatização de muitos procedimentos são geradas; A gestão da qualidade é notadamente marcada por ações em busca de melhorias do processo, que envolvem e�ciência e produtividade em um primeiro momento e e�cácia logo a seguir. Nesse ambiente, o conceito de qualidade é o de “ausência de defeitos”; A avaliação da qualidade dos processos centra-se em elementos e pontos básicos de controle. Os elementos envolvem ações corretivas, preventivas e procedimentos de consolidação de processos. Os pontos básicos são situações ou componentes críticos do processo bem de�nidos e caracterizados; A gestão da qualidade tende a salientar as potencialidades de empresas, isto é, o que o processo sabe fazer melhor. Esses pontos fortes conferem aos produtos uma marca especí�ca, que os diferenciará no mercado e possibilitará a �delização do consumidor. Os produtos, assim, são resultantes dos processos, por isso concentra-se nos processos a atenção da gestão da qualidade; Os processos industriais tendem a envolver um elevado número de atividades de suporte (que inclui o processo produtivo) e pequena interação direta com o cliente. A gestão da qualidade em ambientes industriais deve manter atualizadas suas estratégias de otimização do processo produtivo para suprir as necessidades dos clientes, e com isso, manter a �delização dos mesmos, assegurando seu espaço e competitividade no mercado. A qualidade total em serviços engloba, além dos clientes externos, todos os que com ela interagem, ou seja, funcionários e administradores. Las Casas (1999, p. 20) a�rma que “a razão disso é que os serviços sendo atos, desempenho e ação, pressupõe que cada pessoa próxima ao indivíduo é considerada um cliente”. O controle da qualidade aplicado a serviços pode ser realizado por meio de pesquisas de mercado, uma e�ciente ferramenta para medir o grau de 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 25/39 satisfação dos clientes, com o objetivo de traçar per�s para segmentação e identi�car necessidades. O cliente que participa de uma pesquisa de satisfação, por exemplo, percebe que a empresa se preocupa com seu bem- estar e que valoriza a sua opinião como contribuição para a melhoria dos seus processos e, por consequência, dos serviços ofertados. Algumas ferramentas da qualidade podem ser utilizadas no processo de melhoria contínua dos serviços: folha de veri�cação, diagrama de causa e efeito, análise de Pareto, que objetivam proporcionar à organização uma avaliação realista da prestação de seus serviços, identi�cando pontos de melhoria. praticarVamos Praticar O sistema de gestão da qualidade é uma decisão que deve ser bem analisada antes de sua implantação, pois ela será o novo “modus operandi” da organização e sua estratégia de negócios, para tanto, é preciso desenvolver uma estrutura focada no produto e em seus processos. Avalie as alternativas a seguir sobre o processo de planejamento do SGQ e escolha a correta. a) Quando se planejae constrói um Sistema de Gestão da Qualidade, o único objetivo será o de atender e satisfazer as necessidades dos acionistas. b) As metas fazem parte do planejamento do SGQ e tratam-se de um objetivo que se pretende alcançar, mas sem prazo de�nido e avaliação de resultados. c) O Sistema de Gestão da Qualidade é fundamentado e a decisão da estruturação do sistema deve ser iniciada pelo nível operacional da empresa. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 26/39 d) A fase de diagnóstico é uma avaliação dos recursos humanos, dos materiais disponíveis, do processo produtivo e da estrutura formal. e) Na fase do planejamento são realizadas as auditorias que servem para avaliar os resultados das ações de melhoria do processo de produção. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 27/39 Para que haja informação de que o sistema caminha de maneira autônoma com e�ciência e de modo e�caz, devem ser apontados objetivos ou metas a serem atingidos, que precisam ser plausíveis e dentro da realidade da empresa para que se possa mensurá-los e corrigi-los, se necessário. Os indicadores para as metas têm de ser de fácil visualização e divulgados a todos os envolvidos e, na eventual necessidade de atitudes reparadoras, estas devem - sempre que possível - ter a participação do grupo de colaboradores. Não é demérito para a gestão ter de alterar procedimentos ou processos, o que importa é que - por meio da análise dos indicadores das metas propostas - seja possível desenvolver melhorias e garantir a qualidade. Um indicador só pode ser considerado satisfatório se dispõe de características básicas, tais como: Objetividade: expressa o que avalia; Simplicidade: fácil de ser entendido e compreendido; Funcionalidade: identi�ca os pontos de melhorias; Sensibilidade: identi�ca todos os problemas; Implementando eImplementando e Monitorando o SGQMonitorando o SGQ 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 28/39 Acessibilidade: fácil de ser calculado; Disponibilidade: atualizado. Os indicadores devem, por si só, ser uma representação do negócio ou de suas características para darem objetivamente uma avaliação da situação e possibilitarem melhorias. Melhoria no desempenho organizacional é uma metodologia que procura agregar valor ao processo por meio de melhorias. Dentre as muitas utilizadas, elencamos uma série das mais conhecidas, é importante observar que nem todas elas são focadas nos resultados, mas tratam das problemáticas de desempenho direcionando esforços e conhecimento com esse �m. Assim, é de responsabilidade dos gestores dos sistemas de qualidade avaliar os objetivos da organização e propor uma metodologia que impulsione para resultados de valor. Indicadores de desempenho são ferramentas que têm como função orientar os gestores dos sistemas de qualidade no ato de agregar valor aos clientes, aos colaboradores, aos acionistas e à sociedade. Indicadores corretamente desenvolvidos provocam a supressão de falhas e a redução dos custos da não qualidade. Para Arcuri Filho, Carvalho e Lima (2004, p. 2 apud CHIROLI, 2016, p.81): [...] é necessário contar com um Sistema de Gestão muito bem estruturado e ancorado �rmemente em mecanismos de medição e avaliação capazes de fornecer, a qualquer momento, o correto diagnóstico, com indicadores que expressem a realidade de maneira didática e possibilitem a escolha dos caminhos estratégicos a percorrer para passar da situação atual (“Onde estamos”) para a posição desejada (“Onde queremos chegar”) (ARCURI FILHO et. al, 2004, p. 2 apud CHIROLI, 2016, p.81). Os indicadores de desempenho devem possuir uma base para monitorar e medir e sempre de forma estatística. Esses valores devem fazer referência a um valor padrão e de fácil correlação. Deve-se restringir a quantidade de indicadores em uso, já que um número excessivo de indicadores despende recursos e provoca a perda de foco. Provocar revisões cíclicas dos indicadores 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 29/39 e avaliar a adequação com os objetivos organizacionais é necessário e elencar os mais compatíveis nos permite fazer avaliações de performance de valor. Controle e Gerenciamento de Rotinas Toda empresa com gestão de qualidade é uma cópia de processos entremeados por outros processos e, quando seguimos os processos, desde a alta cúpula até a base operacional, veri�camos que todas as atividades, nos mais diversos níveis fabris, são desempenhadas segundo os procedimentos desenvolvidos. Observamos que graças à autonomia dos funcionários de cada célula de trabalho é garantida a qualidade dos produtos, o que ocorre por conta do engajamento desses pro�ssionais nas políticas de qualidade. Entretanto, para chegar a esse nível, o trabalho desenvolvido foi aquele de construção de unidades gerenciais básicas, que transformou cada seção em uma microempresa, ou seja, unidades praticamente autônomas que detêm a responsabilidade de gerir seus processos e garantir a qualidade total. Essas microempresas internas transferem o êxito de seus trabalhos para os solicitantes, que são seus clientes internos e também microempresas autônomas, contribuindo para a entrega com qualidade do produto �nal. A base para a implantação do gerenciamento da rotina é a difusão do conhecimento entre todos os colaboradores da expectativa que se tem deles, das intenções de melhoria, do nível de responsabilidade que cada um detém e de como as atividades com e�ciência afetam o plano de negócios da empresa. O engajamento é o que se procura e o caminho para isso passa por muita instrução, conversa e convencimento. Sistemas de Gestão Normatizados Em uma economia cada vez mais globalizada, caracterizada pela acirrada competitividade e por um ambiente altamente instável, a contínua busca pela e�cácia e produtividade faz surgir nas empresas a preocupação cada vez maior com a qualidade dos seus produtos em relação ao mercado 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 30/39 consumidor. É nesse complexo cenário que as normas ISO 9000 têm recebido a devida importância dos gestores. Oliveira e Melhado (2013, p. 57) destacam que as normas da série ISO “surgiram como importante instrumento de referência para nivelamento dos sistemas produtivos de países integrantes de determinado bloco e também para regular o intercâmbio de mercadoria e serviços entre blocos econômicos”, ou seja, surgiram para estabelecer um padrão de qualidade que fosse reconhecido internacionalmente. A adoção da certi�cação ISO 9001 requer implementar um sistema de gestão da qualidade. Dentre as motivações para sua implantação, estão a redução de custos, a geração de e�ciência dos processos, a melhoria da reputação da empresa e a criação de valor para os clientes. Assim, Oliveira e Melhado (2013, p. 57) de�nem normalização como “a atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vista à obtenção do grau ótimo de ordem em determinado contexto”. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT é o órgão que coordena a elaboração e adaptação das normas internacionais, como a ISO 9001. Os objetivos da normalização são: Economia: proporcionar a redução da crescente variedade de produtos e procedimentos; Comunicação: proporcionar meios mais e�cientes na troca de informação entre o fabricante e o cliente, melhorando a con�abilidade das relações comerciais e de serviços; Segurança: proteger a vida humana e a saúde; Proteção ao consumidor: prover à sociedade meios e�cazes para aferir qualidade aos produtos; Eliminação de barreiras técnicas e comerciais: evitar a existência de regulamentos con�itantes sobre produtos e serviços em diferentes países,facilitando o intercâmbio comercial. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 31/39 As certi�cações de produtos ou serviços são concedidas de acordo com diversos critérios, que podem variar desde a veri�cação da conformidade de um de seus itens até a veri�cação da conformidade do sistema de gestão do fabricante. Mello (2011, p. 77) a�rma que “as certi�cações dos sistemas de gestão têm por objetivo atestar que os modelos de gestão adotados pelas empresas estejam em conformidade com os requisitos normativos especí�cos”. Para obtenção da certi�cação, as empresas brasileiras devem procurar as certi�cadoras acreditadas pelo Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial – INMETRO. A adoção da certi�cação no país não é obrigatória, porém, ter um certi�cado signi�ca que a empresa possui um sistema gerencial voltado para a qualidade, o que já a destaca na concorrência. Oliveira e Melhado (2013, p. 57) a�rmam que “na prática, a normalização está presente na fabricação dos produtos, transferência de tecnologia, melhoria da qualidade de vida por intermédio de normas relativas à saúde, a segurança e à preservação do meio ambiente”. A normalização é cada vez mais cobiçada pelas empresas como um meio para alcançar novos negócios, manter-se competitiva no mercado, reduzir custos da produção e do produto �nal e garantir qualidade. O fato é que, quando implementado um sistema de normalização e�ciente e e�caz, sabe-se que são proporcionadas a uniformidade e a padronização no nível de exigências quanto à qualidade de insumos, de componentes e de processos, o que reduz grandemente os riscos e insucessos organizacionais que veri�camos. Toda empresa com a intenção de implementar um sistema da qualidade faz com base em algum motivo interno ou externo. Interno consiste em quando a empresa investe em melhoria de processos para garantia da qualidade de seus produtos, melhor produtividade e e�ciência nos resultados por meio de um gerenciamento sistematizado. Externo consiste em quando as empresas são pressionadas a manterem seu próprio sistema de garantia da qualidade por clientes, principalmente, multinacionais. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 32/39 Shigunov Neto e Campos (2016, p. 109) destacam alguns benefícios que a certi�cação ISO 9000 proporciona às empresas: De�nição clara das responsabilidades e as autoridades de cada função bem estabelecidas; Redução de custos, por intermédio de maior e�ciência, e redução da não qualidade, o que aumenta a competitividade e a participação no mercado; Capacidade dos colaboradores para o exercício de suas funções estruturais a partir de seleção, treinamento sistemático e avaliação; Facilidade em identi�car os problemas antes que eles causem maiores consequências; Documentação do sistema da qualidade que permite que seja promovida integração mais rápida e completa de novos colaboradores e maior independência dos conhecimentos individuais; Ferramentas para diferenciar os produtos no mercado com re�exos positivos sobre a imagem da organização. Em suma, a ISO 9000 é uma norma que visa, além da obtenção de certi�cados e padronização de procedimentos, estabelecer critérios para um adequado gerenciamento do negócio, tendo como foco principal a satisfação do cliente e consumidor. Shigunov Neto e Campos (2016, p. 111) a�rmam que o sistema da qualidade ISO 9000 é composto basicamente por: Normas organizadas com base nos requisitos de qualidade apresentados pelo comprador ou fornecedor, isto é, oriundas das necessidades dos compradores; Normas do sistema da qualidade nas quais se constrói o próprio sistema da qualidade, efetua-se a documentação (padronização) e se exige a sua execução. Desse modo, o objetivo direto não é o produto em si, mas o processo; Manutenção do próprio sistema da qualidade que exige a execução de auditoria interna e sua comprovação mediante a registros e 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 33/39 documentos. Shigunov Neto e Campos (2016, p. 119) a�rmam que a revisão da norma da qualidade traz uma evolução do objetivo principal do padrão estabelecido, passando de uma função de “garantia” para de “gestão”. Essa mudança faz com que a visão e o foco da norma tomem um novo rumo, mais próximo do que se prega hoje em dia em termos de gestão da qualidade: a proximidade e a transparência com o cliente. praticarVamos Praticar reflita Re�ita Para entender melhor as questões sobre a importância da normalização nas organizações, sugerimos a leitura da matéria indicada a seguir, busque re�etir sobre: quais os benefícios que a normalização e certi�cação trazem para as empresas? Fonte: Adaptado de Paiva (2017). 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 34/39 Oliveira e Melhado (2004, p. 57) de�nem normalização como “a atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vista à obtenção do grau ótimo de ordem em determinado contexto”. OLIVEIRA, Otávio J.; MELHADO, Silvio B. Nova Norma ISO 9000 Versão 2000. In: OLIVEIRA, Otávio J. (Org.). Gestão da Qualidade: tópicos avançados. São Paulo: Cengage Learning, 2004. Considerando os aspectos da normalização, avalie as sentenças a seguir: i. Proporciona uma uniformidade e padronização no nível de exigências quanto à qualidade. ii. A normalização é cada vez mais cobiçada pelas empresas como um meio para alcançar novos negócios. iii. Ter um certi�cado signi�ca que a empresa possui um sistema gerencial voltado para a qualidade. É correto o que se a�rma em: a) I, apenas b) I e II, apenas. c) II e III, apenas d) I e III, apenas. e) I, II e III. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 35/39 indicações Material Complementar LIVRO A estratégia do oceano azul: como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante KIM, W. Chan e MAUBORGNE, Renée. Editora: Sextante (2018) ISBN: 978-85-431-0609-0 Comentário: o livro “A estratégia do oceano azul” desa�a as empresas a transporem barreiras da concorrência acirrada mediante a criação de mercados inexplorados, que tornem a concorrência irrelevante por meio de estratégias de diferenciação. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 36/39 FILME The Founder (em português, “Fome de Poder”). Ano: 2016 Comentário: o �lme conta a história do McDonald. Os irmãos McDonald, observando os processos industriais, aplicaram técnicas de qualidade, tais como: padronização, controle da qualidade e zero desperdício para maximizar a produtividade e elevar o nível de satisfação dos seus clientes. A estratégia de diferenciação utilizada foi a de atender no menor tempo, com padrão e qualidade, satisfazendo as expectativas dos clientes. Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer disponível. T R A I L E R 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 37/39 conclusão Conclusão A atividade de planejamento é considerada fundamental no esforço de produzir qualidade e deve ser realizada cuidadosamente, considerando os recursos disponíveis na empresa. Para um e�ciente sistema de gerenciamento da qualidade, há de se considerar as estratégias e escolher aquela que mais traduz os objetivos da organização, buscando sempre o melhor resultado. A prática de diferenciação em produtos ou serviços é uma estratégia de agregação de valor, que envolve esforços da qualidade em processos de melhoria contínua, na busca constante por e�ciência e maximização de resultados. Embora a certi�cação não seja uma condição exigida no país, muitas empresas buscam tais certi�cados para obterem vantagemcompetitiva e destaque internacional. referências Referências Bibliográ�cas CAMPOS, V. F. TQC - Controle da Qualidade Total: no estilo japonês. Belo Horizonte: Editora de Desenvolvimento Gerencial, 1999. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 38/39 CARVALHO, M. M.; PALADINI, E. P. Gestão da qualidade: teoria e casos. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier: ABEPRO, 2012. CHIROLI, D. M. G. Avaliação de sistemas da qualidade. Curitiba: Intersaberes, 2016. HOOLEY, G.; PIERCY, N. F.; NICOULAUD, B. Estratégia de marketing e posicionamento competitivo. 4 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. MELLO, C. H. P. Gestão da Qualidade. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2011. OLIVEIRA, Otávio J.; MELHADO, Silvio B. Nova Norma ISO 9000 Versão 2000. In: OLIVEIRA, Otávio J. (Org.). Gestão da Qualidade: tópicos avançados. São Paulo: Cengage Learning, 2004. PAIVA, M. F. A normalização técnica pode aumentar em 3% o PIB do Brasil. Portal BQualidade. 2017. Disponível em: < https://www.banasqualidade.com.br/artigos/2017/08/a-normalizacao-tecnica- pode-aumentar-em-3-o-pib-do-brasil.php>. Acesso em 19 de maio de 2019. PALADINI, E. P. Gestão da qualidade: teoria e prática. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2010. ROLDAN, V. P. S.; FERRAZ, S. F. S. Práticas de gestão da qualidade, estratégias competitivas e desempenho inovador na indústria de transformação brasileira. In: Revista Ibero Americana de Estratégia, v. 16, n. 1, 2017, p. 99- 118. Universidade Nove de Julho: São Paulo, Brasil. Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=331250415006>. Acesso em: 23 jul. 2019. SHIGUNOV NETO, A. S.; CAMPOS, L. M. F. Introdução à Gestão da Qualidade e Produtividade: conceitos, história e ferramentas. Curitiba: Intersaberes, 2016. SILVA, R. A.; SILVA, O. R. Qualidade, padronização e certi�cação. Curitiba: Intersaberes, 2017. https://www.banasqualidade.com.br/artigos/2017/08/a-normalizacao-tecnica-pode-aumentar-em-3-o-pib-do-brasil.php http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=331250415006 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 39/39 IMPRIMIR 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 1/38 SISTEMAS DE GESTÃO SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADEDA QUALIDADE Me. Karina Gomes Rodrigues I N I C I A R 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/38 introdução Introdução Qualidade atualmente não é mais considerada como um diferencial a ser desenvolvido na busca de clientes ou como ferramenta na busca de competitividade, qualidade é um requisito obrigatório das organizações em um universo onde todas as empresas já a utilizam como metodologia de sobrevivência. Atualmente a discussão não está em torno de “o porquê da qualidade”, mas no “como fazê-la”, ou seja, quais são as estratégias ou os mecanismos de gerenciamento da qualidade que iremos utilizar na empresa para bem administrá-la. Nesta unidade serão apresentados diferentes mecanismos para avaliação da qualidade, desde ferramentas e metodologias da qualidade, bem como as auditorias utilizadas para avaliar o risco, veri�car a existência, a execução, a e�cácia, e o acompanhamento dos controles internos e dos processos previstos. Destaca-se a importância das auditorias para avaliação do desempenho do sistema de gerenciamento da qualidade, bem como o papel e per�l dos auditores. Discute-se a sustentabilidade do negócio, entendendo os custos da qualidade, seus relatórios e demonstrativo que atestam a viabilidade do SGQ. Além dos aspectos que justi�cam a implantação, a execução e a manutenção do SGQ, a unidade aborda questões importantes acerca do mercado de atuação do pro�ssional da gestão qualidade, os desa�os e possibilidades de atuação da pro�ssão. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 3/38 O planejamento da avaliação da qualidade deve incluir a de�nição do que será monitorado e medido, de que forma e com qual metodologia o faremos, com que frequência, em que local, quando avaliar as medições etc. É importante entender que para a total validação da avaliação não nos basta monitorar e medir, a avaliação deve acontecer e deve ser demonstrada, e suas conclusões devem ser apresentadas como evidências para o caminho a seguir pela organização. Mais que isso, deve-se documentar e reter as informações conseguidas para servir como história da organização e podermos referenciar a informação à ação planejada e realizada, e com os resultados obtidos. O objetivo da avaliação do SGQ é que a organização entenda e tenha a percepção daquilo que dá satisfação aos seus clientes, que de�ne os caminhos para obter essa informação e que demonstra como pode ser monitorado. Para mantermos uma determinada performance e determinados resultados, é preciso que façamos uso de ferramentas para executarmos a medição da Avaliação eAvaliação e Acompanhamento do SGQAcompanhamento do SGQ 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 4/38 qualidade. Em organizações em que os programas de qualidade foram implantados há algum tempo, e já atingiram a maturidade, veri�ca-se que os motivos iniciais da instalação do sistema, ou a capacidade de motivar os colaboradores, entram em declínio, e as medições funcionam no sentido de orientar e construir mecanismos para reativar e recapacitar a melhoria contínua. Diferentes Mecanismos de Avaliação da Qualidade Existem diferentes mecanismos para avaliar o SGQ. Para avaliar o desempenho, é fundamental utilizar ferramentas com técnicas e�cazes, caso contrário, a avaliação terá sido em vão. Vejamos algumas formas de avaliação da qualidade: a. Mapeamento dos Processos Mapear um processo é fundamental para garantir a qualidade dos processos implementados, a e�cácia do sistema da qualidade, e a clareza da tomada de decisão. Além disso, o mapeamento dos processos já implementados possibilita identi�car de maneira objetiva o funcionamento da operação, avalia o sistema da qualidade, permitindo, por um lado, uma visão comum do sistema produtivo (bens e serviços) para todos os colaboradores e, por outro, possibilita que novos projetos de melhorias sejam implementados. De modo geral, na perspectiva de Lage Júnior (2016, p. 50) podemos elencar os principais objetivos do mapeamento dos processos: obter uma representação sobre a empresa comum a todos; obter o melhor entendimento do funcionamento da empresa; apoiar o desenvolvimento e as mudanças na empresa; facilitar o controle e o monitoramento das operações; facilitar a gestão da complexidade e dos processos; captar o conhecimento “disperso” pela empresa; 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 5/38 identi�car, selecionar e monitorar indicadores de desempenho; fundamentar a reengenharia dos processos. Sendo assim, não podemos deixar de mencionar a importância da atualização de qualquer modelo de mapeamento realizado na empresa, na busca da melhoria contínua e da excelência do sistema da qualidade. Por meio do mapeamento de processos é possível analisar e avaliar o SGQ. Por exemplo, é possível fazer um brainstorming (uma técnica da qualidade, também conhecida como tempestade de ideias, consiste em uma reunião onde os participantes fazem sugestões de melhorias) com a equipe responsável pelo processo para elencar uma série de sugestões de melhoria, aproveitando-se da experiência e do conhecimento das pessoas mais diretamente ligadas ao dia a dia dessas atividades. Identi�cadas as possibilidades de melhorias, faz- se necessário o desdobramento dos indicadores de desempenho e a implementação de propostas. De modo geral, Lage Júnior (2016, p. 51) destaca que na análise dos processos mapeados é preciso: ● identi�car e eliminaratividades que não agregam valor; ● identi�car e eliminar redundâncias; ● identi�car e eliminar ou reduzir retrabalhos e refugos; ● equilibrar o tempo necessário para cada atividade de acordo com sua importância para o processo; ● reduzir a complexidade e realização das atividades; ● identi�car e reduzir tempos de esperas e �las. Com base nessas análises, é possível tanto projetar novos processos como melhorar processos existentes. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 6/38 Paladini (2006 apud CHIROLI, 2016, p. 223) enfatiza a importância de se avaliar os processos e apresenta um roteiro de três elementos básicos para tal avaliação, conforme segue: 1. Eliminação das Perdas: Trata-se do passo inicial quando se encontra um problema, ao se questionar sobre o motivo de tal problema estar ocorrendo e em que, de fato, consiste essa perda. Esse processo inicial tem natureza corretiva, resultados em curto prazo e não agrega valor ao processo. 2. Eliminação de Causas das Perdas: Refere-se à fase de identi�cação dos motivos para que tenham ocorrido perdas, bem como o de que deve ser feito para que não voltem a acontecer. Essa fase é de natureza preventiva, apresenta resultados em médio prazo e também não agrega valor ao processo. 3. Otimização de Processo: Visa consolidar as ações realizadas anteriormente e propor melhorias continuamente. A obtenção dos resultados se dá em longo prazo e essa fase agrega valor ao processo, pois, como a prioridade é a potencialidade do processo, tal etapa visa inserir mecanismos de redução de lead time da produção, além de novas tecnologias. reflita Re�ita Re�ita sobre como um tecnólogo ou engenheiro da qualidade poderia contribuir em processos como os desenvolvidos em hospitais, escolas e organizações sem �ns lucrativos. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 7/38 b. O ciclo PDCA como mecanismo de avaliação da qualidade A aplicação de técnicas da qualidade é uma excelente oportunidade para as organizações obterem informações con�áveis relacionadas ao desempenho de cada processo e sobre a e�cácia do sistema, tendo em vista o aumento da con�ança nessa informação e a possibilidade de identi�carem inconsistências, tendências, desvios e oportunidades de melhoria. A utilização do ciclo PDCA é uma ferramenta natural para a avaliação, desde que usadas fontes adequadas de informação, com o apontamento da metodologia usada para obter as informações dos clientes. Na visão de Chiroli (2016, p. 221): O ciclo PDCA permite estruturar o sistema que está sendo avaliado, pois o sistema de avaliação deve ser estabelecido de modo a permitir que ocorram os procedimentos para medir e monitorar periodicamente o desempenho do sistema de gestão. Para que isso aconteça de forma coerente, o corpo gerencial da empresa deve identi�car as ações implantadas por meio do seu sistema de gestão, avaliar seus resultados e estabelecer novas metas e objetivos. Tal prática possibilita a análise e a medição dos processos relevantes à manutenção a à melhoria do SGQ. c. Auditorias da Qualidade Visam embasar e orientar as práticas e técnicas utilizadas na busca de um sistema da qualidade e�caz e objetivo, bem como avaliam o sistema de qualidade como um todo. Além disso, as auditorias estão relacionadas aos elementos normativos, um dos requisitos da ISO 9000 determina que as organizações planejem sua metodologia na aquisição de dados para avaliação do sistema de gerenciamento da qualidade por meio de auditorias. Apesar de a norma indicar as auditorias como instrumento obrigatório, as empresas que buscam avaliar seu sistema de gerenciamento da qualidade podem desenvolver seus programas de auditoria individualizados, considerando seus objetivos. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 8/38 Campos (2004, p. 133) destaca que “a auditoria, no âmbito da qualidade, deve ser praticada e vista como uma oportunidade de dar orientação para a melhoria”. As auditorias podem ser “internas” - quando realizadas por pessoal interno ligado à área de qualidade, e visam avaliar o SGQ quanto aos procedimentos de aderência às normas, objetivando evidenciar possíveis desvios e instabilidade às quais a organização está sujeita; ou “externas” - realizadas por auditores independentes, ou seja, por auditores contratados já visando a certi�cação ISO por meio da comprovação da e�ciência do SGQ. É claro que a adoção de auditores externos e independentes pode também ser usada, a qualquer tempo, como um meio para uma auditoria sem desvios de conduta e totalmente imparcial, o que importa é que as auditorias veri�quem se os padrões estão sendo seguidos. É pertinente destacarmos que a auditoria da qualidade é sempre executada em sistemas documentados. A propósito, é por meio da avaliação que se identi�ca se a documentação cumpre com o objetivo que de�ne a qualidade da organização, se as atividades estão em conformidades com o sistema documentado. Portanto, a auditoria é um dos elementos-chave no processo de avaliação da qualidade, sendo considerada uma ferramenta na busca da melhoria contínua, e na visão de Chiroli (2016, p. 199) deve ser realizada para: ● determinar a conformidade e não conformidade dos elementos do sistema da qualidade com os requisitos especí�cos; ● determinar a e�cácia do sistema da qualidade implementado no cumprimento do objetivo da qualidade especi�cada; ● identi�car oportunidades para melhorar o sistema da qualidade; ● identi�car pontos de tomada de decisões; ● identi�car treinamentos especí�cos e sua e�cácia. As auditorias de qualidade podem ter três tipos de abordagem: Auditorias de Sistema: onde se veri�ca se as políticas de qualidade vêm sendo seguidas e se as determinações da gestão estão sendo 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 9/38 atendidas, esse tipo de auditoria veri�ca se o sistema auditado atende à expectativa de e�cácia planejada. Auditoria de Processos: esta auditoria veri�ca se processos estão dentro da padronização, se estes padrões estão adequados aos processos e se são seguidos; se todos os funcionários conhecem os padrões e se têm instrução conveniente e pertinente para praticá-las, e se estão disponíveis e adequados todas as ferramentas e instrumentos de trabalho; estas veri�cações devem ser realizadas de forma cíclica e permanente pelo corpo de funcionários da garantia da qualidade. Auditoria de Produtos: veri�ca se os produtos estão em conformidade com os padrões pré-determinados, isso signi�ca auditorias mais técnicas, onde se averigua um produto especí�co, quanto aos requisitos que lhe são aplicados, ou seja, se os padrões ou normas estão sendo seguidos. Planejar a auditoria da qualidade é determinar meios para torná-la mais e�ciente, e para isso, é preciso conhecer os padrões de qualidade criados e as normas a que se referem. Segundo Juran e Gryna (1991, p. 15-16), existem alguns tópicos que orientam as empresas no momento de implementar um programa de auditoria, porém, isso pode variar de acordo com a norma de certi�cação em uso, ou necessidade da organização. Cronograma: a elaboração de um cronograma organiza o trabalho tanto dos auditores como dos auditados, para a execução de visitas surpresas que têm como �m investigar e evitar o mascaramento de erros. A de�nição de quais áreas e/ou departamentos e com qual nível de prioridade serão auditados é necessária, e torna-se ainda mais importante se a organização for de grande porte ou se contiver muitos processos a serem veri�cados. Documentação: trata-se de documentos de apoio para a execução da auditoria, devem ser disponibilizados, criados ou ao menos identi�cados todos os documentos que são necessários aos trabalhos de auditoria, tais como �uxogramas, formulários para relatórios etc. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller10/38 Objetividade: um auditor tem de ter um senso crítico bastante aguçado no que tange aos padrões de qualidade, pois é o auditor quem irá veri�car se esses padrões são objetivos e/ou se carecem de melhorias. Competência dos Auditores: os auditores dos sistemas de qualidade devem ter conhecimento que os auxilie na compreensão das dimensões tecnológicas das organizações a serem auditadas, e também, devem possuir treinamentos que os habilitem nos aspectos humanos da qualidade. Os principais problemas vivenciados por auditores estão intimamente relacionados às interações humanas dentro do processo de auditoria. Muito comum de acontecer são os con�itos de interpretação de padrões e normas, que acabam por ser interpretados como uma divergência pessoal entre auditor e auditado, iniciando um con�ito desnecessário. Uma auditoria deve ser bem explicada e divulgada para tornar claro que nela não se buscam culpados, busca-se, com o foco nos processos, encontrar soluções e, através da divulgação dos resultados das análises da auditoria, se possa praticar a melhoria contínua de processos e também dos colaboradores. O per�l para os auditores internos e de Certi�cação para a ISO 9000 requer conhecimentos especí�cos, habilidades para bem conduzir as auditorias, e competências pessoais e técnicas. Conhecimentos: diz respeito ao treinamento e experiências. É fundamental para um auditor conhecer sobre qualidade e, para isso, o auditor precisa dominar alguns conhecimentos especí�cos em: Auditorias de Sistemas de Gestão da Qualidade; Interpretação e Implantação da ISO; Análise e Gestão de Riscos e Oportunidades; Gestão por Processos; Métodos de Análise e Solução de Problemas; Planejamento Estratégico; Métodos Estatísticos, mas não se limitam a esses. Uma vez sendo responsável por avaliar os procedimentos realizados na empresa, o auditor necessita ser detentor de elevado nível de conhecimento em contabilidade, auditorias e normas da empresa, para fundamentar seu julgamento. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 11/38 Habilidades e competências: diz respeito ao saber fazer. Um auditor da qualidade para bem conduzir uma auditoria deve desenvolver boa comunicação oral e escrita, pois será necessário realizar entrevistas com os auditados e redigir relatórios e pareceres; não pode ser tendencioso; deve ser persistente; autodisciplinado; imparcial; bom ouvinte; paciente; bom observador; interessado; e sem medo de ser impopular. Chiroli (2016, p. 200) destaca que os auditores devem apresentar atributos exigidos especi�camente para o exercício da pro�ssão, tais como: No campo pessoal: é importante que um auditor seja leal, educado, respeitador, verdadeiro, sem arrogância e paci�sta, sabendo evitar polêmicas desnecessárias. Ele deve também evitar demonstrações desnecessárias de sapiência, além de apresentar estabilidade emocional e ter boa apresentação pessoal. No campo pro�ssional: o auditor deve ser discreto, observador, imparcial, independente, organizado, objetivo, crítico, e acima de tudo competente. Assim, o auditor deve ter responsabilidade, bom senso, envolvimento técnico com a equipe, e acima de tudo ser con�dencial. praticarVamos Praticar Campos (2004, p. 133) destaca que “a auditoria, no âmbito da qualidade, deve ser praticada e vista como uma oportunidade de dar orientação para a melhoria”. Fonte: 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 12/38 CAMPOS, V. F. Controle da qualidade total: no estilo japonês. 8. ed. Nova Lima/MG: INDG Tecnologia e Serviços Ltda., 2004. Avalie as alternativas a seguir, acerca da auditoria em qualidade, e escolha a opção correta: a) As auditorias internas da qualidade são realizadas por auditores independentes, ou seja, uma empresa é contratada para tal �nalidade. b) Os sistemas normativos para implantação do SGQ não exigem das empresas que realizarem auditorias em seus processos. c) As auditorias têm por função orientar as práticas e técnicas utilizadas na busca de um sistema da qualidade e�caz e objetivo. d) As auditorias somente são realizadas por pessoal quali�cado, com experiência e contratado de empresas terceirizadas. e) Auditoria de processos signi�ca auditorias mais técnicas, onde se averigua um produto especí�co quanto aos requisitos que lhe são aplicados. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 13/38 O objetivo das organizações é obter lucro prestando à sociedade serviços ou fornecendo produtos de que ela necessita, com qualidade. É claro que nem todas as organizações se preocupam com qualidade, e estas que não o fazem podem até lucrar por um período, mas não se sustentam por muito tempo, estão fadadas ao fracasso. As discussões acerca de negócios sustentáveis evoluem consideravelmente à medida que a crescente demanda dos consumidores por produtos ambientalmente corretos tem motivado as organizações a se adequarem a esse novo paradigma. Organizações no mundo inteiro estão se adaptando aos novos modelos de gestão, os considerados negócios sustentáveis. Estes aspectos surgem da necessidade de se se promover um desenvolvimento sustentável, pois, segundo Mello (2011, p. 160): O conceito de desenvolvimento sustentável nasceu da constatação de dois fatores: 1) quanto mais o mundo de desenvolveu do ponto de vista tecnológico e econômico, mais o meio ambiente foi degradado; 2) por mais que o mundo tenha se desenvolvido, as benesses Sustentabilidade doSustentabilidade do NegócioNegócio 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 14/38 oriundas desse desenvolvimento não estão igualmente distribuídas entre os diferentes povos, tampouco entre os cidadãos de um mesmo país, as profundas diferenças sociais se acentuam cada vez mais. O desenvolvimento sustentável consiste, portanto, em um modelo de desenvolvimento econômico que busca minimizar, ou quiçá resolver, ambos os problemas. Por meio dos princípios da qualidade, o modelo de desenvolvimento sustentável passa a considerar e ofertar produtos e serviços com características de sustentabilidade no âmbito social, econômico e �nanceiro. O que se traduz em ações para o desenvolvimento de produtos e serviços que atendam à satisfação das necessidades básicas (adequação ao uso); a solidariedade com as gerações futuras (uma solidariedade diacrônica); a participação da população envolvida (preservação da cultura, dos saberes); a preservação dos recursos naturais e do meio ambiente (uso consciente dos recursos naturais, utilização de energias de fontes renováveis, e redução no volume de substâncias poluentes); a elaboração de um sistema social que garanta emprego, segurança social e respeito a outras culturas (que garanta a melhoria da qualidade de vida da população); os programas de educação (socialização do conhecimento e garantia a longo prazo de um programa sustentável). De acordo com Mello (2011, p. 160) o termo sustentabilidade refere-se à propriedade de ser sustentável e não se restringe a áreas especí�cas. Segundo o autor, um sistema sustentável deve poder, efetivamente, sustentar e autoabastecer-se, ao longo de sua existência. Ou seja, um sistema sustentável gera, ele próprio, os insumos necessários à sua manutenção. De acordo com Mello (2011, p. 161): Uma organização que se pretenda sustentável deve lidar adequadamente com os diferentes aspectos, ou dimensões, da sustentabilidade, garantindo a própria sobrevivência em termos �nanceiros, valendo-se dos recursos naturais de forma responsável e estabelecendo relações de trabalho e negócio justas. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 15/38 Dentro das empresas, a sustentabilidade só entrou em pauta quando passou a ser um fator de competitividade. Mas, essa é apenas uma das dimensões da sustentabilidade.Muitos casos de empresas são reconhecidos por premiações, selos de qualidade e normas certi�cadoras que atestam sua e�ciência sustentável e responsabilidade socioambiental. Esse tipo de marketing re�ete em benefícios para as organizações, como por exemplo, valorização da imagem, �delização dos clientes, oportunidade de novos negócios. Cabe-nos destacar que a gestão da qualidade agrega valor aos produtos e serviços, quando percebe as necessidades e desejos dos clientes, e as transforma em atributos de qualidade no que tange a produtos com características sustentáveis, e com isso, promove melhorias nos processos produtivos, promovendo a disseminação do conhecimento por meio de ações educativas; desenvolvendo modos produtivos que se preocupam com o uso racional dos recursos existentes (pessoal, máquinas, processos, matéria- prima etc.); e discutindo a preservação do meio ambiente por meio da cultura sustentável, da reutilização, da logística reversa. SGQ Sustentável Ao implantar um SGQ ou obter uma certi�cação, toda empresa almeja retorno em termos de produtividade, competitividade e lucratividade. No entanto, como vimos no desenvolvimento dos capítulos, o SGQ e a certi�cação repercutem em vários benefícios para as organizações, veri�camos a redução de custos, o aumento das vendas, e outras ainda, como a �delização dos clientes, a melhoria da imagem da empresa. Esses benefícios repercutem diretamente no resultado alcançado pelas ações do SGQ e atestam a importância do programa, bem como a necessidade de mantê-lo. Conforme Mello (2011, p. 162) de todo modo, para direcionar corretamente a alocação de recursos e o próprio programa da qualidade, é necessário saber como o programa impactou os resultados da organização. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 16/38 Segundo Miguel e Rotordaro (2005, p. 320 apud MELLO, 2011, p. 162) os investimentos em um projeto de melhoria somente são viáveis se remunerarem adequadamente o capital investido, ou seja, se os benefícios forem maiores do que os custos. Isso pode parecer óbvio, mas muitas empresas não fazem essa análise, e por conseguinte, não conseguem comprovar esse retorno. Entretanto, como o controle e a gestão das empresas estão cada vez mais efetivos e seguros, o retorno sobre o programa de gestão da qualidade pode ser mensurado e comprovado por meio do método chamado de “custos da qualidade” e o chamado “retorno da qualidade”, que serão discutidos a seguir. Custos da qualidade Fabricar um produto, prestar um serviço com qualidade, isso não é su�ciente para a sustentabilidade do negócio. A gestão da qualidade deve gerenciar cuidadosamente os custos decorrentes de processos com a �nalidade de qualidade total. Na visão de Oakland (2007, p. 189), esses custos são uma medida real do esforço para a obtenção da qualidade. O principal objetivo de uma gerência responsável é um produto ou serviço competitivo, baseado no equilíbrio de uma análise adequada dos custos da qualidade. A análise desses custos é uma importante ferramenta da qualidade que prevê: Um método de avaliação da e�cácia da administração da qualidade; Um meio de determinar áreas com problemas, oportunidades, economias e prioridades de ação. Juran (1974 apud LIMA; RIBEIRO, 2001) propôs a mensuração dos custos da qualidade em termos �nanceiros uma vez que os custos da função qualidade estavam amplamente dispersos em vários registros contábeis da empresa. Seu modelo destacava a importância dos custos da qualidade como um elemento de grande importância na tomada de decisão por parte dos gerentes industriais, pois dever-se-ia encontrar um equilíbrio entre o grau de 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 17/38 qualidade desejado e os custos gerados a partir da adoção das técnicas de melhoria da qualidade. Segundo Shigunov Neto e Campos (2016, p. 142) dentro do escopo da Qualidade Total existem duas classes de custos da qualidade: Custos relativos à de�ciência da performance prevista de determinado sistema ou operação; Custos que ocorreram porque o sistema ou a própria operação não eram adequados. Feigenbaum (1983 apud LIMA; RIBEIRO, 2001) de�ne custos da qualidade em custos de controle e custos da falta de controle e propõe que essas informações forneçam suporte para medir o desempenho dos sistemas de qualidade. Em seus trabalhos defendia os investimentos em qualidade a partir da sua comparação em termos de custos com investimentos em outras áreas. As atividades necessárias incorrerão em custos que podem ser classi�cados em custos de Prevenção, custos de Avaliação e custos de Falhas, o denominado modelo P-A-F apresentado pela primeira vez por Feigenbaum, conforme destaca Oakland (2007, p. 189). Tomando como base a classi�cação dos custos da qualidade segundo o modelo de Feigenbaum (1983 apud OAKLAND, 2007, p. 189), podemos descrevê-los da seguinte forma: Custos de Prevenção Podemos considerar aqueles incorridos para evitar que falhas aconteçam, estão relacionados com o “fazer certo da primeira vez”. Para Crosby (1999, p. 133) “Custo de prevenção são aqueles de todas as atividades empreendidas para prevenir defeitos no design mais desenvolvidos, compras, mão de obra e outros aspectos de início e criação de um produto ou serviço”. Incluem-se aí as medidas preventivas e os cálculos no decorrer do ciclo de negócio. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 18/38 Segundo Shigunov Neto e Campos (2016, p. 143) “tais custos têm como objetivo controlar previamente a qualidade dos produtos e dos serviços, de forma a evitar que ocorram erros nos sistemas produtivos”. Os itens especí�cos são: planejamento da qualidade, estudos de design, quali�cação do produto, veri�cação dos desenhos, orientação da engenharia de qualidade, avaliação do fornecedor, seminários sobre qualidade do fornecedor, exame de especi�cações, estudos do processo de capacitação, controle de ferramentas, treinamento para a operação, orientação da qualidade, planejamento da recepção, programa zero defeitos, auditorias da qualidade, manutenção preventiva. Oakland (2007, p. 202) destaca que “despesas com prevenção e em atividades de melhoria são um investimento e dele é esperado um retorno”. Um melhoramento efetivo da qualidade deve resultar em um futuro �uxo de benefícios, na forma de redução dos custos de falhas, custos menores de avaliação, maior participação no mercado, entre outros. Custos de Avaliação Crosby (1999, p. 134) destaca que estes são “custos em que se incorre durante as inspirações, testes, e outras avaliações planejadas com a �nalidade de se determinar se o hardware, software, ou serviços estão de acordo com os requisitos”. Os requisitos incluem as especi�cações do marketing e do cliente, assim como os documentos da engenharia e informação pertencentes aos procedimentos e processos. Todos os documentos que descrevem a conformidade do produto ou serviço são relevantes. Estão diretamente ligados à atividade de controle, avaliação ou auditorias de produtos. Shigunov Neto e Campos (2016, p. 144) completam que são os gastos com atividades desenvolvidas na identi�cação de unidades ou componentes defeituosos. Diz respeito à “veri�car se está correto” o resultado do processo. Itens especí�cos: Inspeção e teste de protótipo, análise de conformidade com a especi�cação da produção, vigilância do fornecimento, inspeção e teste de 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 19/38 entrada, aceitação do produto, processo de controle da aceitação, inspeção de embalagem, medida e registro do status. Custos das Falhas Crosby (1999, p. 135) a�rma que “os custos das falhas estão associados a coisas que, segundo se veri�cou, não estão de acordo com os requisitos, inclusive no desempenho, assim como à avaliação, disposição e aspectosdos negócios com o consumidor de tais falhas”. Diz respeito a “fazer errado”. Segundo o autor, custos com negócios do consumidor, replanejamento, pedido e mudança da engenharia, pedido de mudança do setor de compras, custos de ação corretiva, repetição de trabalho, sucata, garantia, serviço pós- serviço, risco do produto, são considerados custos de falhas. Aí se incluem todo o material e a mão de obra envolvidos na operação. Ocasionalmente, é necessário incluir a perda de credibilidade junto ao cliente. Os custos de falha, por sua vez, podem ser classi�cados em Falhas Internas e Falhas Externas. De acordo com Shigunov Neto e Campos (2016, p. 144) os custos de falhas internas “são aqueles custos que ocorrem em virtude de erros no processo produtivo decorrente de falha humana ou mecânica”. A norma ISO 9004 de�ne tais custos como sendo aqueles resultantes de falha de um produto ou serviço em atender aos requisitos da qualidade antes da entrega (exemplo: refazer o serviço, reprocessamento, retrabalho, reensaio, sucata). Alguns exemplos de falhas internas são apresentados por Coral (1996 apud SHIGUNOV NETO; CAMPOS, 2016, p. 145), são eles especi�camente: refugos, retrabalho, retestes, paradas, esperas, falhas do fornecedor, utilização de material rejeitado para outras �nalidades, ações corretivas, derivadas de materiais e processos. Os custos de falhas externas conforme Shigunov Neto e Campos (2016, p. 145) classi�cam-se como “aqueles gerados por problemas ocorridos após a entrega do produto ao cliente, ocasionam grandes perdas com custos 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 20/38 intangíveis, como destruição da imagem e da credibilidade da empresa, que muitas vezes é irreversível”. As falhas internas e externas produzem os custos de fazer errado. A organização deve ter conhecimento dos custos de fazer errado, e a gerência precisa ter uma ideia dos custos e das falhas oriundas dos processos sob sua responsabilidade. A relação entre os custos de prevenção, avaliação e falhas, referentes à qualidade e à crescente conscientização e melhoria da qualidade na organização, evidenciam-se em situações quando a conscientização da qualidade é baixa, os custos totais da qualidade são elevados, com predominância do custo de falhas. A partir do momento que se investe em treinamento técnico e motivacional em que o funcionário toma conhecimento da importância do seu papel na organização e quanto pode contribuir para o programa de qualidade da organização, em geral, observa-se um aumento nos custos de avaliação. Em vista de os custos de avaliação aumentados provocarem investigações e mais conscientização, novos investimentos são feitos em prevenção para melhorar o aspecto do projeto, processo e sistemas. Oakland (2007, p. 201), destaca que: Não existe maneira de apresentar a redução dos custos da qualidade; porém, logo que os funcionários se conscientizem de que esses altos custos estão reduzindo a competitividade da empresa, deverão envolver-se e comprometer-se em fazer da qualidade total uma parte de suas vidas de trabalho. A perda da competitividade, por não atender os requisitos do cliente, por manter altos custos ou atrasar as entregas, reduz o leque de opção para o gerenciamento das pessoas. Para a determinação bem-sucedida do custo da qualidade, é essencial um conhecimento prático dos processos e sistemas de contabilidade da organização. A estratégia de determinação dos custos da qualidade da organização deve começar pela avaliação da capacidade de gerenciamento da 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 21/38 qualidade da organização. Em seguida, avaliam-se as áreas consideradas críticas, utilizando os dados corretos, as unidades de tempo, o sistema e os mecanismos de apresentação. Relatórios de Demonstrativos da Qualidade Para a tomada de decisões sobre o programa de qualidade o gestor precisa, constantemente, avaliar os investimentos e outras atividades �nanceiras. Para controle efetivo das informações e recursos, e também para que a saúde �nanceira seja mantida, a melhor alternativa é analisar relatórios e demonstrações �nanceiras para embasar as deliberações. Elaborar e analisar relatórios e demonstrações é a melhor maneira de fazer um diagnóstico real sobre a situação econômico-�nanceira da empresa, con�rmar se os retornos estão de acordo com o esperado, veri�car se o reflita Re�ita Já parou para pensar sobre os impactos nos negócios da empresa causados pela repercussão do recall? Assista ao vídeo “Saiba como funciona o recall de produtos” com a matéria sobre recall em produtos alimentícios, neste caso, um fabricante de molhos de tomates precisou recolher mais de 22 mil itens das prateleiras dos mercados, por conter um número elevado de pelos de roedores nas amostras coletadas. Para assistir ao vídeo acesse: http://bit.ly/30ZXsWJ http://bit.ly/30ZXsWJ 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 22/38 investimento no SGQ foi um bom negócio e decidir pela continuidade do processo de qualidade e estratégias organizacionais. Os relatórios devem ser cuidadosamente elaborados, pois, quando com poucas informações podem se tornar a ruína da organização. Para a tomada de decisões assertivas, a equipe de �nanças, um investidor em potencial e os sócios analisam os relatórios e as demonstrações �nanceiras da empresa, bem como os resultados das auditorias da qualidade, dos processos e dos custos da qualidade, avaliam o SGQ implementado, os relatórios servem para análise das informações sobre o andamento do negócio. Mello (2011, p. 164) destaca que “seja qual for o método escolhido para avaliar os ganhos obtidos com o programa de qualidade, eles devem �gurar de forma clara em relatórios e demonstrativos que subsidiarão o alto escalão administrativo da empresa”. Uma vez analisados os relatórios e demonstrativos e comprovado que os investimentos no programa da qualidade apresentam os retornos esperados conforme o planejado, é importante o controle, o acompanhamento e os ajustes para garantia da melhoria contínua e sustentabilidade dos negócios. praticarVamos Praticar Na visão de Oakland (2007, p. 189), os custos da qualidade são uma medida real do esforço para a obtenção da qualidade. O principal objetivo de uma gerência responsável é um produto ou serviço competitivo, baseado no equilíbrio de uma análise adequada dos custos da qualidade. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 23/38 Fonte: OAKLAND, J. S. Gerenciamento da qualidade total, TQM: caminho para aperfeiçoar o desempenho. São Paulo: Nobel, 2007. Analise as alternativas a seguir, e escolha aquela que contém somente exemplos de custos de prevenção: a) Treinamento para a operação, orientação da qualidade, planejamento da recepção, programa zero defeitos, auditorias da qualidade. b) Inspeção e teste de protótipo, análise de conformidade com a especi�cação da produção, vigilância do fornecimento. c) Refugos, retrabalho, retestes, paradas, esperas, falhas do fornecedor, utilização de material rejeitado para outras �nalidades. d) Atendimento a reclamações, material devolvido, custos com garantia, custos de concessões dadas aos clientes, descontos. e) Planejamento da qualidade, estudos de design, veri�cação dos desenhos, inspeção e teste de protótipo, análise de conformidade. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 24/38 Existem inúmeras alternativas para documentar um sistema de qualidade. Sendo assim, as organizações não devem apenas documentar o sistema como ele atualmente é; devem também empenhar-se para criá-lo do modo que ele deve ser, e isso precisa ser evidenciado por uma abordagem estruturada para análise crítica e melhoria contínua. Os métodos disponíveis paradocumentar um sistema de qualidade podem contemplar o tradicional pacote de manuais, os mais modernos sistemas eletrônicos ou os atuais sistemas baseados em internet. Um dos estímulos para a melhoria contínua se dá por meio da auditoria interna e gestão da análise de processos, que determina o grau de aplicação dos procedimentos e das metodologias de�nidas, e se os objetivos estabelecidos estão sendo alcançados. Conforme O’Hanlon (2006, p. 34) três palavras-chave determinam a extensão da documentação no sistema da qualidade: Sustentabilidade doSustentabilidade do NegócioNegócio 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 25/38 Empresa: a natureza do negócio, o tipo de setor de atuação e as expectativas desse determinado tipo de empresa. Complexidade: os tipos de produtos, de serviços e de processos envolvidos e o nível de automação. Competência: o conhecimento, as habilidades, as atitudes e o comportamento da força de trabalho. A documentação de gestão constitui um recurso para a compreensão do sistema como um todo, para a efetiva comunicação de seus processos e diretrizes dentro da organização, e para a determinação da e�cácia da implementação. A organização deve estabelecer, documentar, manter e melhorar o Sistema de Gestão da Qualidade. Constituir a documentação do Sistema de Gestão da Qualidade é um passo fundamental para uma boa gestão de documentos. Os documentos representam meios de execução dos processos, ou seja, eles apoiam diretamente a rotina do trabalho. Assim, quaisquer di�culdades com os documentos e a estrutura de gestão da informação documentada poderão afetar diretamente a execução das rotinas de trabalho e, com isso, afetar também o desempenho da empresa. Segundo Lu (2015, p. 9) a documentação deve ser revestida de importância e agregar valor às atividades relacionadas à qualidade. O uso adequado da documentação permite: ● alcançar os requisitos do cliente; ● promover a melhoria contínua dos processos; ● assegurar a rastreabilidade a repetitividade com evidências objetivas; ● prover informações para treinamentos; ● avaliar e validar a e�cácia do sistema de gestão da qualidade. Tipos de Documentos do SGQ 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 26/38 É imprescindível que a organização perceba a diferença entre gerenciar (fazer a gestão e a administração) e documentar (evidenciar, comprovar) um sistema. O sistema deve ser bem administrado, e possuir garantias para sua manutenção. Sistemas são dinâmicos; na maioria das organizações as mudanças ocorrem constantemente, isso signi�ca que o sistema deve ser �exível, e que deve acompanhar as mudanças em seus processos de melhorias contínuas, cabe aqui manter atualizada a documentação do Sistema de Gestão da Qualidade. Tipos de documentos utilizados no sistema de gestão da qualidade, na concepção de Lu (2015, p. 9): ● documentos internos e externos do sistema da gestão da qualidade, alguns dos quais devem estar contidos no manual da qualidade, evidenciando a e�cácia do SGQ; ● documentos como projetos, contratos e produtos especí�cos contidos nos planos de qualidade do sistema de gestão da qualidade; ● documentos especí�cos para requisitos; ● documentos de recomendações e sugestões; ● documentos relacionados a procedimentos, instruções de trabalho e desenhos, que descrevem como realizar as atividades e os processos; ● documentos que evidenciam as atividades realizadas por meio de registros. Um sistema de gestão da qualidade deve estabelecer padrões para a realização das principais tarefas, de�nindo as condições básicas norteadoras das atividades. O alcance desse padrão de excelência ocorre por meio da formalização dos procedimentos documentados que permite a replicação dos processos, visando à satisfação dos clientes. Esses procedimentos documentados são gerados para realizar as atividades de maneira organizada. Segundo Lu (2015, p. 62) a ISO 9001:2008 determina os seguintes procedimentos documentados: 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 27/38 Manual da qualidade: é o conjunto de informações de que a empresa dispõe para demonstrar às partes interessadas como o SGQ é planejado e gerenciado. Controle de documentos: é a tratativa dada aos documentos gerados durante os processos. Controle de registros: são os formulários devidamente preenchidos que evidenciam a prática de uma atividade. Auditorias internas: devem ser realizadas em intervalos planejados, para veri�car se o SGQ está em conformidade com o planejado. Controle de produtos não conformes: a organização deve tratar das ocorrências das não conformidades. Ações corretivas: evidenciam a necessidade de ações corretivas para eliminar as causas das não conformidades e possibilitar melhoria contínua. Ações preventivas: registros de sugestões de melhorias, com intuito de prevenir que novas falhas aconteçam. praticarVamos Praticar Constituir a documentação do Sistema de Gestão da Qualidade é um passo fundamental para uma boa gestão de documentos. Considerando o material de estudos, analise as alternativas acerca da �nalidade da documentação do SGQ. i. Constitui um recurso para a compreensão do sistema como um todo. ii. A organização deve estabelecer, documentar, manter e melhorar o SGQ. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 28/38 iii. Destina-se à efetiva comunicação de seus processos dentro da organização. Está correto o que se a�rma em: a) II, apenas. b) II e III, apenas. c) I e III, apenas. d) I e II, apenas. e) I, II e III. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 29/38 Trabalhar na área de qualidade é ter diante de si um universo de desa�os e possibilidades de atuação: produção industrial, agricultura, serviços �nanceiros, serviços de saúde ou educação etc., a qualidade e sua gestão estão presentes. Pensar e criar procedimentos para alcançar um patamar de qualidade passível de certi�cação é só uma das facetas desse mundo de trabalho. No Brasil, ainda é maior a demanda pelo pro�ssional de qualidade no setor industrial e uma das razões é a necessidade premente de quali�car e certi�car processos, produtos e serviços. Toda empresa precisa promover mudanças para se adequar a padrões que são exigidos pelas agências certi�cadoras, e é através dos agentes da gestão da qualidade que se executam as adequações e se obtêm as certi�cações. Em se tratando de adequações, os procedimentos e padrões internos necessitam ser analisados de modo minucioso, e também é preciso que o corpo de colaboradores receba treinamento para atuar de modo pleno nas melhorias e na implementação da qualidade total, para estas atividades de educar e gerir é que é usado o agente de qualidade. Mercado de AtuaçãoMercado de Atuação Pro�ssionalPro�ssional 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 30/38 Existem muitas responsabilidades atribuídas aos colaboradores da qualidade: de�nir os padrões de qualidade, fazer a adaptação dos processos existentes às normas ISO, dar suporte técnico às diversas engenharias da empresa (do produto, de manutenção, de produção etc.), realizar testes para aprovação do produto, manter o treinamento dos colaboradores de forma constante garantindo o engajamento, veri�car e dar retorno às possíveis reclamações de clientes, administrar documentos relacionados à qualidade etc. O mundo pro�ssional para os agentes de qualidade é vasto e detém muitas facetas, o ato de modelar e adequar os processos da empresa a padrões de qualidade requer expertise no desenvolvimento e utilização de indicadores de desempenho, sem os quais é impossível assegurar que a empresa encontrará o destaque necessário no mercado e, principalmente, se manterácompetitiva. O Perfil do Profissional da Gestão da Qualidade Muito do que se espera de um pro�ssional da área de qualidade é também desejado para o bom desenvolvimento de muitas outras pro�ssões. Entretanto, as competências desejadas para a área de qualidade, apesar de comuns a tantas outras, requer uma agudeza acentuada e uma percepção para atuar como facilitador. As características de um pro�ssional de qualidade são como segue: Ter um forte sentido de organização, para análise das práticas e a veri�cação de conformidades com os padrões. Habilidade para se comunicar é imprescindível, e essa comunicação deve ser �uente e exata desde a base operacional até os meios gerenciais. Ter e manter em desenvolvimento constante a visão estratégica da gestão da qualidade, mantendo o foco nas melhorias, mas estar atento às tendências do negócio, para otimizar recursos na implantação de melhorias. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 31/38 Para poder ser um agente da mudança, há de ter um forte viés de liderança, mantendo a motivação em alta e estar sempre preparado para convencer os colaboradores na implantação de melhorias. Flexibilidade, con�ança e equilíbrio para trabalhar sob constante pressão, sabendo que sofrerá grandes cobranças e que terá de ir adaptando a forma de gerenciamento à medida que for evoluindo a gestão da qualidade. Saber delegar tarefas e compartilhar fracassos e sucessos, valorizando sempre o empenho das pessoas e não apenas resultados. Saber que não é o dono da verdade absoluta, e estar aberto a um constante aprendizado. Estar aberto tanto a sugestões como às críticas, sabendo ouvir tanto quanto falar. Os pro�ssionais da gestão da qualidade atuam sempre como facilitadores, tanto na implantação de normas e procedimentos, na validação das rotinas externas e internas, bem como na avaliação e revalidação dos procedimentos e dos sistemas de gerenciamento da qualidade. Estar atento e focado para identi�car como realizar melhorias, otimizando processos e eliminando perdas é papel preponderante do pro�ssional da gestão da qualidade. Os pro�ssionais atuantes na área, além de ter as competências técnicas necessárias, precisam desenvolver atitudes comportamentais de líderes, conquistando respeito dos colaboradores, aprendendo a ouvir, sem perder o gosto pelo aprendizado constante e operar como um difusor do conhecimento adquirido. Colaboradores comprometidos e envolvidos com qualidade participam ativamente de todas as etapas do negócio, projetando excelência em todas estas, garantindo um nível ótimo na comercialização de um produto ou de um serviço. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 32/38 praticarVamos Praticar No Brasil, ainda é maior a demanda pelo pro�ssional de qualidade no setor industrial e uma das razões é a necessidade premente de quali�car e certi�car saiba mais Saiba mais Para saber mais sobre métodos de controle e avaliação e ferramentas da qualidade e como aplicá-las em pequenas empresas, leia o artigo “Gestão da qualidade como estratégia de competitividade: caso da Baixada Fluminense” que apresenta um estudo de caso da gestão da qualidade de uma pequena empresa da baixada �uminense do setor de metalurgia Fonte: SILVA, T. R. da; SOUZA, A. L. L. de. Gestão da qualidade como estratégia de competitividade: caso da Baixada Fluminense. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, XXXIV, 7 a 10 out. 2014, Curitiba. Anais… Curitiba: Universidade Positivo, 7 a 10 out. 2014. Disponível em: http://bit.ly/32O3Ul4. ACESSAR http://bit.ly/32O3Ul4 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 33/38 processos, produtos e serviços. Considerando o material de estudos acerca das características de um pro�ssional da qualidade, analise as alternativas a seguir. i. Deve sempre estar aberto tanto a sugestões como às críticas, sabendo ouvir tanto quanto falar. ii. Ter um forte sentido de organização, e fazer uso de metodologias e ferramentas como da qualidade. iii. Para poder ser um agente da mudança, não há necessidade de possuir características de liderança. É correto o que se a�rma em: a) I, apenas. b) II e III, apenas. c) I e III, apenas. d) I e II, apenas. e) I, II e III 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 34/38 indicações Material Complementar LIVRO Avaliação de sistemas da qualidade Daiane Maria de Genaro Chiroli Editora: Intersaberes ISBN: 9788559721034 Comentário: Para conhecer mais sobre os órgãos responsáveis pelas normas de gestão e sobre as práticas de auditoria da qualidade, recomendamos a leitura do Capítulo 5 desta obra. É importante que o pro�ssional da qualidade conheça as etapas e procedimentos que envolvem a auditoria. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 35/38 FILME Tucker - um homem e seu sonho Ano: 1988 Comentário: O vídeo narra a história de Preston Tucker, um designer de automóveis, que com sua visão empreendedora tenta convencer a indústria automobilística a inovar os automóveis e também aumentar o nível de segurança, sem sucesso, então decide por ele mesmo fabricar seu modelo de carro inovador. O �lme aborda conceitos de qualidade, inovação, empreendedorismo e liderança. Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer disponível. T R A I L E R 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 36/38 conclusão Conclusão Podemos compreender a importância do acompanhamento e avaliação do sistema de gestão da qualidade. Vimos que existem vários mecanismos de avaliação e que os mais comuns utilizam-se de técnicas com as ferramentas da qualidade e auditorias para o processo de veri�cação e avaliação do SGQ. Com base nos conteúdos desta unidade, compreendeu-se a importância e a necessidade de se acompanhar os custos relacionados à qualidade, a �m de medir o desempenho do sistema de gestão da qualidade e a viabilidade de se manter o sistema. Outro aspecto tratado diz respeito ao mundo do trabalho e ao per�l do pro�ssional da qualidade, e com isso, seu destaque para contribuir de forma signi�cativa nos processos de melhoria contínua das organizações. referências Referências Bibliográ�cas CAMPOS, V. F. Controle da qualidade total: no estilo japonês. 8. ed. Nova Lima/MG: INDG Tecnologia e Serviços Ltda., 2004. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 37/38 CHIROLI, D. M. de G. Avaliação de sistemas da qualidade. Curitiba: Intersaberes, 2016. CROSBY, P. B. Qualidade é investimento: a arte de garantir a qualidade. 7. ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1999. JURAN, J. M.; GRYNA, F. M. Controle da qualidade handbook: conceitos, políticas e �loso�a da qualidade. 4. ed. São Paulo: Makron Books, 1991. v. 1. LAGE JÚNIOR, M. Mapeamento de processos de gestão empresarial. Curitiba: Intersaberes, 2016. LIMA, S. A.; RIBEIRO, M. de S. Custos da Qualidade: conceituação e abordagens. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS, VIII, 3 a 5 out. 2001, São Leopoldo. Anais… São Leopoldo: Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 3 a 5 out. 2001. LU, L. S. Interpretação da Normas ISO 9001/ISO 14001/OHSAS 18001. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. MELLO, C. H. P. (Org.). Gestão da Qualidade. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2011. OAKLAND, J. S. Gerenciamento da qualidade total, TQM: caminho para aperfeiçoar o desempenho. São Paulo: Nobel, 2007. O’HANLON, T. Auditoria da qualidade: com base na ISO 90001:2000 conformidade agregando valor. São Paulo: Saraiva, 2006. SHIGUNOV NETO, A.; CAMPOS, L. M. F. Introdução à Gestão da Qualidade e Produtividade: conceitos, história e ferramentas. Curitiba: Intersaberes, 2016. SILVA, T. R. da; SOUZA, A.L. L. de. Gestão da qualidade como estratégia de competitividade: caso da Baixada Fluminense. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, XXXIV, 7 a 10 out. 2014, Curitiba. Anais… Curitiba: Universidade Positivo, 7 a 10 out. 2014. Disponível em: 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 38/38 <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2014_TN_WIC_195_101_25104.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2019. IMPRIMIR http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2014_TN_WIC_195_101_25104.pdf 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 1/46 SISTEMAS DESISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADEGESTÃO DA QUALIDADE Me. Karina Gomes Rodrigues I N I C I A R 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/46 introdução Introdução Neste material, vamos conhecer algumas considerações importantes e necessárias sobre controle, métodos e ferramentas da qualidade utilizadas para a obtenção da qualidade total. Por meio das ferramentas da qualidade é possível promover análises de fatos e dados, o que contribui para o processo de tomada de decisões. Vamos conhecer neste estudo os ambientes nos quais a qualidade é produzida. Para isso, estruturamos a organização em três ambientes com características distintas para controle e aplicação da qualidade, sendo o controle in-line, on-line e o�-line. Cada um atua de maneira pontual em situações especí�cas dos processos de produção, ou nas atividades de apoio e suporte ao processo produtivo, ou ainda, na relação com o mercado. Para o efetivo controle e avaliação do SGQ, serão discutidos métodos de melhoria contínua, que repercutem em metodologias que sistematizam meios para evolução, melhorias e sustentabilidade do SGQ. Os métodos apresentados nesta unidade são: PDCA, 5S, Kaizen, Seis Sigma, QDF e FMEA. Para sustentar as metodologias de melhoria contínua, o destaque recai sobre ferramentas como o Diagrama Causa-Efeito, Folha de Veri�cação, Histograma, Grá�co de Pareto, Diagrama de Correlação, Fluxograma e Grá�co de Controle. Vejamos a seguir os detalhes de cada um dos métodos e ferramentas da qualidade. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 3/46 Os ambientes descritos representam áreas em que a Gestão da Qualidade possui características especí�cas. Buscam investigar e agir sobre interesses de controles particulares, em que por vezes o foco é o processo produtivo, ou as atividades de apoio ao processo de produção, ou até mesmo a reação ao mercado, onde se leva em consideração as características organizacionais das empresas. Quando consideramos a remissa de qualidade como adequação ao uso, pode-se conceber uma nova estrutura na empresa, e com isso, a importância de organizar três ambientes básicos de atuação da qualidade: in- line, on-line e o�-line. Vejamos as características de cada um dos ambientes de atuação da qualidade. Controle da Qualidade In-Line O controle da qualidade in-line ressalta a qualidade alcançada no processo produtivo, ou seja, diretamente nas “linhas de produção”, e pode ser caracterizado como um conjunto de elementos voltados para o processo de fabricação. Neste ambiente (assim considerado) destaca-se a eliminação de Ferramentas da QualidadeFerramentas da Qualidade 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 4/46 defeitos, retrabalhos e desperdícios, ou seja, prioriza os esforços para correção e prevenção dos defeitos, assegurando a melhoria da produtividade. Paladini (2012, p. 181) destaca que a qualidade in-line observa o produto como o resultado �nal do conjunto de operações do processo produtivo. A meta nesse ambiente, assim, é exatamente otimizar o processo, para não só evitar defeitos, erros, falhas, desperdícios, retrabalho, como também desenvolver as operações na forma mais adequada possível. Como decorrência desse esforço, o produto passa a incluir elementos que caracterizam a empresa, evidenciam seus pontos fortes e suas características. Segundo Paladini (2012, p. 181), são atividades típicas do modelo in-line, os projetos de melhoria de operação, os programas de redução e racionalização de custos, a campanha para eliminar desperdícios, a minimização de perdas de produção por execução inadequada do trabalho etc. Podemos assim a�rmar que qualidade in-line está diretamente ligada ao processo produtivo. Taguchi (1990) ressalta que o conceito de qualidade total envolve “todos os setores da organização voltados para um mesmo �m, a satisfação do cliente”. Com isso, para a melhoria da qualidade in-line são comuns os projetos de melhoria da operação, redução e a racionalização dos custos. Isto implicará diretamente na melhoria da produtividade �nal. Com a premissa de defeito zero, o modelo de controle in-line concentra-se na capacidade de produção da empresa, isto é, no que efetivamente se pode fazer. Neste sentido, a busca contínua por melhoria, trabalhando as forças inerentes ao processo produtivo, potencializando atributos que re�etem na qualidade percebida pelo cliente, destacando a empresa à frente de seus concorrentes. A ênfase recai sobre as estratégias de operação da empresa, investigando as informações que sejam relevantes para a melhoria dos processos, assim, de modo a assegurar a otimização das operações. Controle da Qualidade On-Line 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 5/46 O controle da qualidade on-line refere-se ao controle de qualidade executado durante o processo de produção de produtos ou de serviços. Segundo Paladini (2010, p. 210), “este ambiente trata, por excelência, das relações da empresa com o mercado. Este ambiente procura viabilizar, em termos práticos, a ênfase que se confere ao cliente no conceito da qualidade”. O controle da qualidade on-line busca enfatizar a percepção, o entendimento, e as expectativas do cliente em detrimento ao conceito de qualidade. Pode-se compreender o controle da qualidade on-line como o empenho realizado pela empresa para entender de maneira rápida, consistente e segura possíveis alterações em gostos, hábitos, preferências ou comportamentos de consumo, e repassá-las ao processo produtivo, no intuito de absorvê-los e de realizar adaptações de forma �exível. O processo se ajusta à nova realidade do mercado. Cria-se, assim, agregação de valor ao produto. Nesta concepção, este sempre será adequado ao consumidor. Uma de�nição de qualidade on-line é dada por Paladini (2012, p. 184): O esforço feito pela empresa para captar, o mais rapidamente, possíveis alterações em preferências, hábitos ou comportamentos de consumo, e repassá-las ao processo produtivo, de forma a adaptar, no menor espaço de tempo, o processo à nova realidade do mercado. Cria-se, assim, um produto sempre adequado ao consumidor. O ambiente on-line, dessa forma, enfatiza a capacidade de reação da empresa às mudanças do mercado. Neste modo de controle, a preocupação volta-se para o ambiente externo da fábrica, das relações da empresa com o mercado. A ideia que dá suporte ao modelo é a de que o mercado é dinâmico, mutável e evolui constantemente. O produto, assim, precisa permanentemente ajustar-se a ele. Isto sugere, por um lado, um processo que suporte essas variações, que possa se adaptar, em pouco tempo, as alterações que devem ser efetuadas no produto e, por outro, o modelo requer das empresas uma conexão estreita com o mercado, um sistema de informações com características da indústria 4.0, por assim dizer. Paladini (2012, p. 185-186) discute que: 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 6/46 O ambiente on-line opera primeiro com tendências de mercado; a partir daí, �xa-se no modelo da qualidade do projeto do produto;a seguir, em função das alterações observadas no mercado hoje e das tendências mais consolidadas, o processo produtivo é realinhado com as informações referentes às mudanças que o produto deve portar para ajustar-se à realidade do mercado. O controle da qualidade on-line se embasa na noção de “qualidade de projeto”, em que a avaliação que se faz do produto, em termos de qualidade, se dá por meio da estruturação de seu projeto. Esta avaliação ocorre quando se comparam as várias características de um mesmo produto ou de produtos similares, nos quais as diferenças �cam evidentes por modi�cações realizadas em nível de seus projetos. A qualidade de projeto é prioridade e ocorre antes mesmo de sua produção. Se a equipe de engenharia de produtos identi�ca a possibilidade de oportunidades no projeto, é possível que o produto acabe por sofrer variações no decorrer do processo produtivo. Os re�exos destas variações sobre o projeto do produto determinam duas situações: 1. Se as alterações são simbólicas e de pequenos impactos no que tange a recursos (�nanceiros, material, pessoal), os incrementos são realizados e absorvidos pelo projeto. 2. Se as alterações forem signi�cativas, há dois recursos: o projeto é alterado de tal maneira a deixar o produto com características diferentes das que inicialmente foi concebido, ou o processo produtivo é adaptado. Cabe ressaltar a importância que o projeto desempenha na de�nição do nível da qualidade do produto, além do que se considera que é neste momento que questões acerca do comercial de�nem a faixa de mercado em que o produto vai atuar. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 7/46 O modelo da qualidade on-line se relaciona com e entende as expectativas do mercado, e considera assim, a qualidade de projeto de produto como prioridade; em seguida, em decorrência das alterações analisadas a partir do mercado, o processo produtivo é realimentado com as informações oriundas dessa análise referentes às alterações que a qualidade de projeto deve seguir para ajustar-se à realidade de mercado. A resposta rápida e a �exibilidade de adaptações do processo estão relacionadas com a qualidade de conformação que a organização possui frente às alterações de projeto determinadas pelo mercado. Controle da Qualidade Off-Line A gestão e o controle da qualidade estão presentes em todos os processos da organização, sejam eles diretos ou indiretos ao processo de produção. Paladini (2012, p. 182) de�ne a qualidade o�-line “como sendo aquele, em que se enfatizam as atividades não diretamente ligadas ao processo de fabricação, mas relevantes para adequar o produto ao uso que dele se espera desenvolver”. Desse modo, entende-se por ambiente o�-line, como as operações de suporte ao processo. O autor descreve que podem referir-se às operações que, se necessário, podem ser acionadas – caso da manutenção, por exemplo; podem também tratar de áreas que operam continuamente, sem estar, contudo desenvolvendo uma operação do processo produtivo – caso do almoxarifado, por exemplo; podem ainda incluir operações que afetam a linha de produção, mas não atuam diretamente na ação de pessoas ou de equipamentos – caso da organização do espaço físico, por exemplo. PALADINI (2012, p. 182) Paladini (2012, p. 183) a�rma que a inspiração do desenvolvimento do ambiente o�-line é antiga. Esse ambiente começou a ser estruturado quando foi consolidado o conceito de “Controle da Qualidade Total”, desenvolvido por Feigenbaum nos anos 60, quando o autor observou que a produção da qualidade não poderia eliminar nenhum elemento da empresa, e justi�ca esta 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 8/46 a�rmação levantando a proposição acerca das diversas atividades desenvolvidas dentro das organizações: a) ela é relevante e, nesse caso, contribui de alguma forma para a utilização do produto, ou b) deve ser desativada. Taguchi (1990) apud Paladini (2012, p. 183) entende este ambiente como responsável pelas atividades de controle da qualidade no planejamento, no projeto ou engenharia da qualidade, e de�ne controle da qualidade o�-line, como um método sistemático para otimizar o projeto do produto e o projeto do próprio processo produtivo. praticarVamos Praticar Segundo Paladini (2012, p. 180) considerando a adequação ao uso como meta da qualidade, pode-se criar uma nova estrutura na empresa. Daí a utilidade de organizarem-se três ambientes básicos da qualidade: in-line, on-line e o�-line. Acerca do ambiente o�-line é correto o que se a�rma em: a) Esse ambiente enfatiza a qualidade obtida no processo produtivo. b) Esse ambiente enfatiza, inicialmente, a ausência de defeitos. c) Esse ambiente reúne as chamadas operações de suporte ao processo. d) Esse ambiente enfatiza e concentra esforços no mercado. e) Enfatiza a capacidade de reação da empresa às mudanças do mercado. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 9/46 Para melhor compreensão dos métodos de melhoria contínua precisamos antes entender três fatores básicos que os caracterizam: O primeiro é que um método exige continuidade, ou seja, não é algo estanque, trata-se de um processo cíclico (com início, meio, �m e recomeço). A empresa implementa, analisa, melhora um processo, e continua a analisá- lo, com objetivo de acrescentar melhoria, e este ciclo se repete, tantas vezes forem necessárias. A segunda característica da melhoria contínua é concebê-la como uma cultura, como a �loso�a do negócio, com a participação de todos na organização. Não deve ser entendida como uma simples sequência de melhorias adaptadas aos processos. Neste aspecto, ela contribui para a melhoria da qualidade e a produtividade nas organizações. E a terceira característica da melhoria contínua se dá na ênfase de que toda mudança implementada deve repercutir em benefícios para todos. Ferramentas da QualidadeFerramentas da Qualidade 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 10/46 Compreendido estes aspectos, é momento para colocar em prática. A melhoria contínua deve contemplar todos os processos da produção de bens e serviços com foco na inovação incremental e contínua e deve impactar na qualidade de vida daqueles que a praticam. Já o método representa o caminho ou via escolhido para chegar a um �m. Utilizando o signi�cado de método nas organizações, podemos entender como sendo a maneira estruturada de etapas que orienta os colaboradores da organização para uma linguagem única na busca pelos objetivos organizacionais. Conheça os quatro métodos de melhoria contínua mais difundidos nas organizações: PDCA, 5s, Kaizen, Seis Sigma, QDF e FMEA. Ciclo PDCA O ciclo PDCA é classi�cado como um método pela característica de ser cíclico, pois visa monitorar e melhorar os processos de uma forma contínua, visto que atua sem interrupções entre as etapas. Esse ciclo foi criado por Walter A. Shewart, na década de 1920, mas seu conceito e aplicação tornou-se conhecido quando William Edward Deming, um dos “gurus” da qualidade, disseminou o conceito pelo mundo. Por esse motivo, o ciclo PDCA �cou conhecido a partir da década de 1950 como “Ciclo Deming”. O ciclo PDCA é assim conhecido, devido as iniciais de palavras em inglês que correspondem a cada uma das etapas que o compõem: 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 11/46 O objetivo do ciclo PDCA é o aperfeiçoamento dos processos de uma empresa, com o emprego de ferramentas da qualidade em cada etapa do ciclo PDCA. São identi�cadas as causas de seus problemas e implementadas soluções para os mesmos. Faz-se necessário destacar que todo esse processo é composto por atividades planejadas e costumeiras, e em tese, não possui um �m pré-determinado. Veja a seguir as descrições dasetapas do PDCA 1. Plan (Planejamento): É a primeira etapa do ciclo. Ela é a base do gerenciamento das melhorias. Nela se estabelecem os objetivos, as metas, os métodos (caminhos para se chegar aos objetivos) considerando a política e as diretrizes da organização. 2. Do (Executar): Signi�ca colocar em prática o que foi de�nido na fase de planejamento, executá-lo de acordo com o plano de ação. O plano de ação deve ser algo que seja possível de se realizar, considerando os recursos de que a organização dispõe (mão de obra quali�cada, equipamentos adequados etc.). 3. Check (Veri�car): Nesta fase, avalia-se o que foi realizado na etapa de execução, comparando os resultados com o que foi planejado. Faz-se necessário validar as informações, assegurar-se de que todas as ações na fase de execução foram implantadas e quais os Figura 4.1: Ciclo PDCA Fonte: orson / 123RF. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 12/46 resultados. Dessa maneira, é possível observar se os resultados foram alcançados ou não. 4. Act (Agir): Nesta etapa, são realizadas ações que objetivam corrigir as falhas identi�cadas e padronizar processos que resultaram em benefícios. Realizadas as etapas e corrigidas as falhas identi�cadas, por ser um método cíclico, deve-se repetir as etapas do P-D-C-A, dando continuidade ao processo de melhoria contínua. A metodologia PDCA é amplamente utilizada por empresas que buscam melhorar seu nível de gestão por meio do controle e�ciente de processos, padronizando as informações e assegurando que a tomada de decisões seja fundamentada em informações precisas e con�áveis acerca do sistema. 5s O Programa 5S’s tem sua origem no Japão, quando na década de 1950, Kaoro Ishikawa apresenta e aplica na fábrica da Toyota o método como alternativa para combater o desperdício, eliminar a sujeira, e melhorar a qualidade de vida do pessoal de chão de fábrica. O método 5S’s se pauta em princípios educacionais que são milenares na cultura japonesa, onde os conhecimentos e valores que dizem respeito à higiene; segurança; bem estar; sensatez; e respeito ao próximo são repassados a cada geração. O 5s é uma das ferramentas do pensamento Lean. (Signi�ca “limpo / enxuto”. Trata-se de uma estratégia dinâmica, focada no cliente, e por meio do conhecimento, envolve e motiva os colaboradores no processo contínuo de eliminar desperdícios e agregar valor às suas atividades). O pensamento Lean é uma forma de re�etir sobre a ação e de agir que nos auxilia no desenvolvimento da cultura da disciplina, da organização, e nos permite identi�car problemas e gerar oportunidades para melhorias. Para Neto Shigunov e Campos (2016, p. 101) “o objetivo do 5s é proporcionar, por meio da educação, melhores condições de trabalho. Em outras palavras, visa proporcionar condições favoráveis para o aprimoramento da qualidade”. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 13/46 A proposta do 5s é eliminar toda forma de desperdício de recursos (humano, material, �nanceiro, espaço, tempo) de forma a maximizar a e�ciência operacional. O aprendizado e a prática do 5s possibilita gradativamente a melhoria da qualidade de vida no âmbito pessoal e pro�ssional dos envolvidos no processo. Sua prática contínua nos ensina a utilizar os recursos de maneira consciente, propondo uma ordenação quando necessário, limpá- los para sua conservação ou mesmo descartar ou reciclar estes recursos quando for adequado. O 5s funciona a partir do instante em que o envolvido internaliza este conceito �losó�co e passa a praticá-lo em sua vida pessoal e pro�ssional, proporcionando benefícios. No sentido �losó�co do 5s, ele deve ser compreendido e manifestado como uma atitude natural de quem o pratica e não como um dever, uma obrigação imposta pela empresa. Benefícios do Programa 5s Proporciona maior segurança para realizar a atividade de trabalho Melhoria dos aspectos do ambiente de trabalho Auxilia na busca para encontrar problemas e causas Diminui o desperdício de tempo No âmbito organizacional, a metodologia do 5s promove a melhoria contínua na destinação dos materiais. Também é e�caz ao proporcionar a melhora do clima organizacional, o engajamento dos colaboradores em melhores resultados de produtividade, e consequentemente, a motivação dos envolvidos. Está dividida em 5 palavras de origem japonesa: seiri, seiton, seiso, seiketsu e shitsuke, e cada uma destas palavras está relacionada a um senso de responsabilidade. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 14/46 Seiri – Senso de Utilização O “S” seiri signi�ca o senso de utilização dos recursos. Assim como na natureza uma planta elimina a folha seca e sem serventia, o mesmo princípio deve ocorrer nas organizações com os recursos e materiais desnecessários ou sem utilidade para o processo. Para Mello (2011, p. 146) “nas empresas em geral, pode-se pensar não apenas em organizar objetos, mas também em organizar tarefas por ordem de relevância, em priorizar o que é mais importante”. Neste processo, é importante questionarmos: “Para que precisamos deste item?” A resposta facilitará a tomada de decisão sobre a destinação do recurso em questão. Seiton – Senso de Organização ( Ordem ) Na empresa, o senso de organização estimula a colocar tudo que é necessário em locais predeterminados dentro do processo produtivo e da organização dos departamentos. Para começar, é preciso colocar cada item em seu devido lugar. Para todos os recursos, deve haver um local apropriado, logo, o que for encontrado “fora do lugar ou sem utilidade” deve ser ordenado, como por exemplo: materiais, ferramentas, peças de reposição, documentos, Figura 4.2 - Programa 5s Fonte: Back (on-line). 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 15/46 informativos, etc. Como argumenta Lélis (2012, p. 104) “se você não tem tempo para �car arrumando coisas, é muito mais fácil não bagunçá-las”. Feito isso, é indicado priorizar a necessidade e colocar ao alcance das mãos aquilo que é mais utilizado na rotina de trabalho. O princípio do seiton é: “o que não está catalogado, identi�cado ou classi�cado não está organizado”. Sendo assim, Mello (2011, p. 147) destaca que “o seiton permite que se economize muito tempo na busca de objetos, produtos, materiais ou documentos. Também evita compras em duplicidade, e facilita o controle de estoque”. Seiso – Senso de Limpeza O senso de limpeza requer cuidados no aspecto de higiene pessoal, quanto do ambiente de trabalho considerando os processos. A bancada mais limpa é aquela que menos se suja, ou seja, quanto menos sujeira no ambiente de trabalho (bancadas, linha de produção, ferramentas etc) e quanto mais empenho em manter limpo ou a melhorar o que já está limpo, melhor. Um bom exemplo de como o senso de limpeza pode in�uenciar as pessoas é aplicado na indústria automobilística. Exemplos como Toyota, Hyundai, Caterpillar, que mantém seus pátios fabris impecáveis, visto que faz parte da cultura dos próprios colaboradores manterem seus postos de trabalho sempre limpos. Um dos benefícios é que se for observado algum vazamento de óleo por exemplo, é certo que algo está errado. Inicia-se então um processo de busca da causa do problema, que pode ser o sistema hidráulico de uma máquina que precisa de manutenção, ou a contenção de óleo (excesso) da linha de produção. Percebe o quão importante é manter o posto de trabalho sempre limpo? Neste exemplo �ca evidente a aplicação da melhoria contínua. Na fase de implantação do seiso, os participantes devem compreender a importância desse senso. Não basta limpar apenas, mas se faz necessário questionar alguns aspectos: Como a limpeza pode contribuir para a segurança dos trabalhadores? 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller16/46 Como a limpeza pode contribuir para uma qualidade de vida no trabalho? Como a limpeza pode contribuir para a qualidade do produto ou serviço? Como a limpeza pode contribuir para que problemas de manutenção possam ser identi�cados e posteriormente abordados? Uma prática muito comum e que causa um certo impacto é registrar com imagens o antes e o depois da área ao passar pelas etapas de seiri, seiton e seiso. Seiketsu – Senso de Padronização Após a realização da “faxina” (aplicação das três etapas iniciais, o seiri, o seiton e o seiso), é preciso “tornar comum” na rotina de trabalho e perpetuar na cultura da empresa alguns valores, normas e aspectos comportamentais. O objetivo deste senso é padronizar, ou seja, criar meios para manter em ordem o que foi conquistado. Para isso, a organização deve investir na conscientização destes novos padrões da qualidade. Neste processo de padronização, também é realizado o levantamento a respeito das fontes de sujeira (causas) e das possibilidades de soluções para eliminar ou minimizar o impacto. Geralmente se atribui uma função a cada participante para a manutenção da utilização, da ordem e da limpeza como rotinas, com programação de�nida: semanal, quinzenal e/ou mensal. Também é estabelecido algum tipo de controle, para acompanhar se o mesmo está sendo praticado. Shitsuke – Senso de disciplina O “S” shitsuke dá ênfase à autogestão. Diz respeito ao cumprimento dos padrões estabelecidos. Nesta fase, são implantados mecanismos para disseminação dos resultados, programas de formação continuada dos colaboradores, no intuito de socializar o conhecimento aos novos funcionários, e de manter atualizados os colaboradores mais antigos. O objetivo é a conscientização da importância do programa 5s, para manter a disciplina, e que o programa possa ser renovado continuamente, pois trata-se 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 17/46 de uma mudança comportamental que envolve todas as pessoas da organização. A seguir, vamos conhecer um método japonês de melhoria contínua conhecido como Kaizen. Kaizen A palavra Kaizen é japonesa cujo signi�cado literal é melhoria. A metodologia requer um esforço contínuo (daí melhoria contínua) por parte de todos da organização. Pode ser aplicado em qualquer atividade (processos produtivos, gestão, serviços). É uma das técnicas baseada na �loso�a de produção lean mais reconhecidas e utilizadas dos métodos de gerenciamento japonês. Como é conhecido, o Kaizen é um processo lento de melhoria, porém cíclico e contínuo. Isso signi�ca que as mudanças propostas nem sempre são rapidamente implementadas e os resultados também são morosos. Além saiba mais Saiba mais Implementar ferramentas da qualidade não é uma tarefa fácil. Veja como ocorreu o processo de implementação do 5s em um hospital universitário, e como foi a percepção dos envolvidos no processo. Para isso, indicamos a leitura do artigo “Implantação de ferramenta de gestão de qualidade em Hospital Universitário” ACESSAR http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v44n4/24.pdf 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 18/46 disso, as propostas de melhorias são sugeridas pela pessoa que realiza a atividade, ou seja, pelo próprio operador, pois ela é a pessoa mais indicada para apontar ajustes de forma a melhorar a sua e�ciência produtiva. Neste caso, as queixas do operador são estímulos para a investigação e o início do processo de melhoria. Muitas empresas usam do kaizen para estimular a participação dos colaboradores no processo de melhoria contínua. Oferecem premiações àquele que sugerir propostas de melhoria. Neste sentido, Mello (2011, p. 150) corrobora a�rmando que “o que está em foco não é o tamanho nem o impacto da melhoria. A ideia não é revolucionar os processos e produtos, dando saltos qualitativos, mas construir a qualidade passo a passo, de forma segura a partir de modi�cações constantes, signi�cativas e contínuas”. Para estimular a participação de todos, Mello (2011, p.151) propõe atitudes simples e cotidianas por parte, principalmente, das che�as, tais como: mudar o texto de um comunicado aos funcionários de forma que ele �que mais claro para todos; ouvir de fato as sugestões de melhoria que os funcionários têm a dar, mesmo quando elas se re�ram às tarefas mais simples; manter relacionamento cordial com todos; Instaurar um clima de abertura e con�ança entre os funcionários e a administração; simpli�car as tarefas administrativas em geral, eliminando etapas desnecessárias e reduzindo a burocracia inútil. Como você pode observar, o método de melhoria contínua Kaizen vai além da melhora apenas da produtividade. Quando compreendido, aplicado e internalizado corretamente, o método humaniza o ambiente de trabalho e ensina as pessoas a valorizar o seu trabalho, compreender a importância da sua função no sistema, e promove a interação entre o saber e o fazer de forma melhor a cada ação. Vejamos alguns benefícios proporcionados pela metodologia. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 19/46 Permite que processos, produtos e serviços tenham mais qualidade; Possibilita a redução de custos (com reparos, pessoal, material, etc); Os clientes e colaboradores �cam mais satisfeitos; O ambiente de trabalho se torna mais seguro; Trabalha a redução de desperdício de recursos; E�ciência produtiva; Melhora a cultura da empresa; A comunicação e a cooperação entre os colaboradores torna-se mais efetiva. Agora, se pensamos apenas no aspecto produtividade, é perceptível que melhorar processos utilizando métodos e ferramentas da qualidade e criar uma cultura sustentável tornou-se vital para o sucesso das organizações. Seis Sigma O Seis Sigma ou Six Sigma (em inglês) é uma das metodologias de melhoria contínua, compreendida como um conjunto de práticas desenvolvidas para mitigar os defeitos e as não-conformidades, e por consequência, maximizar o desempenho dos processos da organização. O Seis sigma foi desenvolvido por volta de 1987, na Motorola por Bill Smith. Posteriormente, em 1995, ganhou destaque quando testada e aprovada e�cazmente por Jack Welch, na GE. Mas, a�nal, o que é o seis sigma? O Seis Sigma pode ser entendido como uma estratégia gerencial estruturada, com foco nos resultados de qualidade (defeito zero) e �nanceiros (maximizando os resultados e ótimo desempenho da empresa), objetivando mudanças signi�cativas nas organizações, por meio de melhorias nos processos, produtos e serviços oferecidos aos clientes. Segundo Mello (2011, p. 151), trata-se de buscar a melhoria de processos, produtos, até reduzir os defeitos a 3,4 peças por milhão, em números absolutos. Em números relativos, teríamos um processo com 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 20/46 aproximadamente 99,9997% de aproveitamento. Ou seja, na prática, estamos falando de defeito quase zero. Para alcançar os objetivos propostos, o método orienta-se pela redução da variabilidade dos processos. Mello (2011, p. 151) destaca que “a letra grega sigma (σ) está relacionada à variação de processo; quanto maior o valor de sigma, menor o número de defeitos nos resultados dos processos”. Quadro 4.1: Escala 6(σ) Fonte: Mello (2011, p.152) Segundo o autor, as empresas costumeiramente operam no nível do 3σ, ou seja, com aproveitamento muito aquém do que o proposto pelo 6σ. Perceba que quanto maior for o número de defeitos, menor será a lucratividade organizacional. Na visão de Gozzi (2015, p. 53) o sistema seis sigma concentra-se na melhoria da qualidade focada na prevenção de defeitos, na redução dos tempos de ciclo e na economia de custos. Ao contrário dos cortes de custos descuidados, que reduzem o valor da qualidade, o seis sigma identi�ca e elimina os custos 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller21/46 do desperdício, que não agregam valor aos produtos ou serviços, mas geram custos aos clientes. O Seis Sigma segue a metodologia DMAIC (de�ne, measure, analyse, improve, control) que foi inspirada pelo PDCA e que é composta de cinco fases. É comum a utilização do DMAIC em projetos focados na melhoria de produtos, serviços e processos de negócios já existentes. Etapas da implantação do seis sigma, segundo Mello (2011, p. 152): 1. De�ne: de�nir o escopo do projeto de melhoria, mapeando o problema e de�nindo oportunidades de melhoria; 2. Measure: identi�ca os pontos críticos do processo e desenvolve medições do desenvolvimento do processo; 3. Analyse: analisar os dados para investigar relações de causa e efeito. 4. Improve: propor e implementar soluções de melhoria. 5. Control: veri�ca se as soluções implementadas surtiram os efeitos esperados e incorpora aos padrões do processo. Figura 4.3 - Seis Sigma Fonte: orson / 123RF. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 22/46 É importante destacar que em cada etapa, assim como no PDCA, as ferramentas da qualidade (histograma, diagrama de causa e efeito, grá�co de Pareto, entre outras) auxiliam no processo de identi�cação de problemas, causas e fazem parte do processo de solução. Para a criação e aplicação dos projetos de melhorias baseados no DMAIC são envolvidas pessoas treinadas na metodologia. Com uma estrutura hierárquica que deve ser respeitada, em que cada integrante possui de�nidas as suas responsabilidades. As mais comuns em ordem crescente de amplitude de responsabilidade, segundo Mello (2011, p. 153) são: White Belts: funcionários operacionais, que apoiam na implementação dos projetos; Green Belts: pro�ssionais que se dedicam parcialmente a projetos diretamente ligados ao seu cotidiano pro�ssional; Black Belts: responsáveis pela condução dos projetos estratégicos da empresa, envolvendo diferentes áreas e com signi�cativo impacto �nanceiro; Master Black Belts: orientam os Black Belts e assessoram os Champions; 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 23/46 Champions: em geral, gestores ligados à alta administração, que direcionam o programa e identi�cam os grandes projetos de melhoria; Sponsors: membros da diretoria, de�nem as diretrizes para implementação do seis sigma. QFD – Quality Function Deployment Esta técnica permite determinar a quantidade de etapas para o desenvolvimento de um produto, veri�car se o produto está em concordância com o que desejam os consumidores, e graças a isso, faz reduzir o tempo de desenvolvimento e custos. A técnica QFD: Questiona as necessidades dos clientes e as traduz em especi�cações técnicas; Estende estas especi�cações para cada uma das partes do produto; 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 24/46 A partir daí, estabelece os procedimentos para a execução de cada uma das partes do produto; Consegue determinar as necessidades da produção para a execução de cada uma das partes; Garante a satisfação dos clientes. A realização de todo este processo ocorre pela construção de matrizes que observam e desdobram as necessidades dos clientes e as necessidades técnicas para satisfazê-los. FMEA – Failure Mode and Effect Analysis Esta metodologia permite prevenir falhas ao fazer a análise de riscos de um processo, ao identi�car as causas e os efeitos, e com isso possibilitar a escolha das ações que inibirão as falhas. Ao de�nir um conjunto de atividades para a diagnose das falhas e seus efeitos em um projeto ou processo, pode-se aumentar a con�abilidade no produto. É aceito pelos teóricos da qualidade, a existência de quatro tipos de FMEAs, sendo que o modo construtivo e a análise são idênticos, apenas o objetivo é diferenciado. FMEA de Design – tem como objetivo evitar as falhas no produto decorrentes do projeto. FMEA de Processos – tem como objetivo evitar as falhas de processo. Tem como base, não conformidades com relação ao projeto. FMEA de Sistemas – tem como objetivo evitar as falhas em sistema e subsistemas. FMEA de Serviços – tem como objetivo evitar as falhas em serviços antes que estes sejam prestados aos clientes. Como toda ferramenta usada em sistemas dinâmicos, o FMEA deve ser revisado de modo cíclico, com o intuito de garantir a aplicabilidade e a con�abilidade do processo ou produto. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 25/46 O preenchimento do formulário FMEA é uma atividade relativamente simples. Os destaques em cinza no formulário são para identi�car o produto e o tipo de falha. As demais linhas são utilizadas para descrição e análise dos problemas. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 26/46 praticarVamos Praticar Para Neto Shigunov e Campos (2016, p. 101) o objetivo do 5s é proporcionar, por meio da educação, melhores condições de trabalho. Em outras palavras, visa proporcionar condições favoráveis para o aprimoramento da qualidade. NETO SHIGUNOV, A.; CAMPOS, L. M. F. Introdução à Gestão da Qualidade e Produtividade: conceitos, história e ferramentas. Curitiba: Intersaberes, 2016. Avalie as alternativas a seguir, sobre o 5s, e assinale a alternativa correta: a) Seiri – diz respeito a organização do local de trabalho. b) Seiton – indica a limpeza do ambiente de trabalho. c) Seiso – recomenda a padronização dos processos.alternativa C. d) Seiketsu – representa ter à mão apenas o que vai utilizar. e) Shitsuke – diz respeito a autogestão. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 27/46 Existem “Sete Ferramentas da Qualidade” (Diagrama Causa-Efeito, Folha de Veri�cação, Histograma, Grá�co de Pareto, Diagrama de Correlação, Fluxograma e Grá�co de Controle) muito difundidas e utilizadas para executar o controle. Tais ferramentas foram desenvolvidas por teóricos ao longo das últimas décadas com a intenção de auxiliar na orientação e no mapeamento de problemas de processos e suas soluções. Devemos atentar que estas ferramentas não foram desenvolvidas para serem utilizadas de modo isolado, e que o uso de combinações de duas ou mais ferramentas depende da percepção de cada agente da qualidade. Controlar a qualidade é o que possibilita que os clientes acabem por receber produtos e/ou serviços dentro de padrões predeterminados, e as sete ferramentas da qualidade tornam factíveis esses controles. Algumas das ferramentas são baseadas em estatística e demandam cálculos para a apresentação de resultados e outras são intuitivas e demandam tão somente uma análise conceitual. A seguir, discorreremos sobre cada uma destas ferramentas de maneira pontual. 1º Diagrama Causa e Efeito Ferramentas da QualidadeFerramentas da Qualidade 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 28/46 Esta ferramenta da qualidade, também conhecida como Diagrama de Ishikawa (nome do idealizador Kaoru Ishikawa ) ou Diagrama Espinha de Peixe (em função do seu formato aparentar uma espinha de peixe), tem como �nalidade a organização das discussões por pessoas inter-relacionadas a um problema especí�co. Segundo Neto Shigunov e Campos (2016, p. 92) “deve-se utilizar a ferramenta para direcionar a coleta e a análise de dados, para descobrir a causa básica de um problema”. O passo a passo para a implementação de um diagrama se dá da seguinte forma: 1. É de�nido um problema de forma objetiva e que de alguma forma possa ser mensurado. 2. Convoca-se uma equipe de trabalho e em reuniões, em face do problema apresentado, desenvolvem-se discussões tendo por base que o problema se deve a um ou mais itens da estrutura espinha de peixe. Ao escolher a equipe, é importante procurar por reunir pessoas queestão relacionadas ao problema, mas que também agreguem novas perspectivas para a solução. A 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 29/46 ordenação ou organização das discussões se dá através da análise de seis diferentes possibilidades de causa-raiz para o problema: Método: veri�ca se a causa do problema ou não conformidade está relacionada com a metodologia usada na execução do trabalho. Matéria-prima: veri�ca se o problema ou não conformidade está vinculado ao material utilizado. Máquina: veri�ca se o problema ou não conformidade pode estar vinculado ao equipamento, máquina ou ferramentas utilizadas para a fabricação do item. Medição: veri�ca se o problema ou não conformidade pode ter como causa os instrumentos de medição, seja no tocante a sua calibração, uso correto etc. Mão-de-Obra: veri�ca se o problema ou não conformidade pode ter como causa a falta de conhecimentos, falta de habilidades, imprudência etc. Meio Ambiente: veri�ca se o problema ou não conformidade pode ter como causa o meio ambiente: na forma de poluição; de ambiente inadequado quanto a espaço; ou quanto a temperatura; ou excesso de sujidades; etc. 3. A equipe de trabalho, baseado no conhecimento de grupo e individual, deve fazer proposições das causas prováveis do problema, e baseado no senso comum, propor soluções corretivas e preventivas. Fazer uso de outras ferramentas como “5W2H” e/ou ciclo PDCA dão uma dinâmica às ações, além de determinar responsabilidades e prazos, entre outros. 2º Folha de Verificação É a mais simples das ferramentas da qualidade, e uma das mais utilizadas. A depender da utilização, também recebe outras denominações, tais como check list ou lista de veri�cação, e são formulários construídos com a intenção de estabelecer um padrão na coleta de dados e dar uniformidade às ações de veri�car e executar processos. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 30/46 De acordo com Neto Shigunov e Campos (2016, p. 91), a folha de veri�cação é um formulário com a �nalidade de levantar dados sistematicamente com relação à frequência de diversos efeitos. Os autores a�rmam que “trata-se de uma ferramenta para reunir informações e também um ponto lógico para iniciar a maioria dos controles de processo ou dos esforços para resolução de problema”. Também presta-se a coletar dados de desvios que possibilitam solucionar problemas, e como são de fácil percepção e interpretação, é muito utilizada para quanti�car lotes, tipi�car reclamações, localizar falhas e defeitos. Pode- se fazer o controle de medidas dos produtos. É possível ainda delegar trabalhos através de check list etc. Não existem regras para a construção de folhas de veri�cação, a�nal, cada caso será um caso diferente, pois é desenvolvido por e para pessoas diferentes. Entretanto, devemos elencar as principais etapas e detalhes que podem ou devem ser usados na elaboração de uma folha de veri�cação, por exemplo: 1. É necessário que haja uma de�nição do objetivo da coleta de dados. 2. Devem existir campos para registrar: Os nomes e/ou códigos das áreas. Os nomes das pessoas responsáveis e do produto. Uma explicação sucinta da maneira como deve ser preenchida a folha. 3. Deve existir um momento para explicar a importância da coleta de dados. 4. Deve-se sempre executar pré-testes para veri�car se a folha de veri�cação está su�cientemente elaborada. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 31/46 Existem muitas decisões a serem tomadas dentro de cada empresa, e as decisões devem ser tomadas tendo como base a análise de dados. Dependemos da coleta de informações a nível macro e micro, e as folhas de veri�cação nos permitem acesso a estas informações. 3º Histograma É uma representação grá�ca no formato de barras verticais da distribuição de um conjunto de dados de medições. Dada a forma de centralização, dispersão e do formato da distribuição de dados nos possibilita uma melhoria na análise de dados. Neto Shigunov e Campos (2016, p.93) discutem que “a construção do histograma resulta em identi�car anormalidades no processo, e uma das vantagens é veri�car a existência ou ausência de simetria do processo em relação à média”. Figura 4.7 - Folha de Veri�cação Fonte: Elaborada pela autora. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 32/46 O histograma tem como �nalidade a geração de conhecimento sobre como os dados se comportam, se espalhados ou concentrados. Se temos um processo estável, o histograma irá apresentar resultados estáveis também, o que permite a identi�cação da porcentagem de produtos fora dos padrões. 4º Gráfico de Pareto É uma representação grá�ca de colunas utilizada para demonstrar um ordenamento das causas das falhas. Recebe esse nome, pois foi Vilfredo Pareto quem idealizou a ferramenta. O grá�co ou diagrama de Pareto objetiva obter a melhor relação ação – benefício, visando priorizar a ação que traz o melhor resultado. Pareto de�niu que 80% das consequências são provocadas por 20% das causas. Para aplicar o Diagrama de Pareto, usa-se 6 passos: 1. Determinar qual será a perda a ser investigada; 2. De�nir como os dados serão classi�cados; 3. Organizar via folha de veri�cação, os dados em categorias; 4. Calcular as frequências; 5. Executar os cálculos de total, acumulado, e as porcentagens de cada item; 6. Fazer a representação grá�ca. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 33/46 5º Diagrama de Correlação É a representação grá�ca de valores de duas variáveis, sendo que uma representa a causa e a outra o efeito. O estudo nos leva a ver as correlações entre uma e outra. Existem cinco tipos de correlações: Figura 4.9 - Diagrama de Pareto Fonte: Elaborada pela autora. Figura 4.10 - Cinco tipos de correlações Fonte: Elaborada pela autora. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 34/46 Correlação positiva: é o tipo de correlação que acontece quando existe uma tendência crescente entre as variáveis. Se uma variável aumenta, a outra variável aumenta na mesma proporção. Exemplo: se aumentarmos a quantidade de horas de treinamento em qualidade em uma linha de produção, teremos um incremento proporcional da qualidade do produto, ou seja, o que se observa é que a qualidade do produto se relaciona positivamente com o treinamento. Correlação negativa: é o tipo de correlação que acontece quando existe uma tendência decrescente entre as variáveis. Se uma variável aumenta a outra decresce. Exemplo: se reduzirmos a quantidade de horas de treinamento em qualidade em uma linha de produção, teremos um aumento nas horas de retrabalho, ou seja, observamos uma relação inversamente proporcional. Correlação perfeita: é dita como perfeita quando não existe dispersão signi�cativa entre as variáveis, e há uma correlação total entre as variáveis, sejam as tendências positivas ou negativas. Correlação forte: quando não existe uma dispersão signi�cativa entre as variáveis, maior será a correlação entre variáveis. Correlação fraca: quando existe uma dispersão muito grande das variáveis a correlação será menor, ou praticamente inexiste correlação. Utiliza-se o diagrama de correlação quando se deseja veri�car se duas variáveis estão ou podem estar correlacionadas, e por conseguinte, se existe relação entre causa e efeito, ou ainda desejamos descobrir se a correlação é forte ou fraca. 6º Fluxograma É uma forma de representar as sequências de atividades de um processo. Fazendo uso de símbolos, e desenhando-os, conseguimos obter uma visão de todo o sistema de operações, e isto nos dá um entendimento de todo o processo de um modo mais visual e intuitivo, esclarecendo o �uxo do trabalho. Segundo Barros e Bona�ni (2014,p. 55) “os símbolos usados no 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 35/46 �uxograma são padronizados, isso para que qualquer pessoa, conhecendo tal simbologia, torne-se capaz de compreender o funcionamento do processo”. Ao documentarmos os �uxos de trabalho e produção através do �uxograma, podemos realizar estudos de melhorias, sondando se haveria ganhos de produtividade, alterando os caminhos já trilhados. Melhorar a visão que temos dos processos, apresentando-os passo a passo, nos possibilita a criação de normas ou padrões na execução do processo e nos permite veri�car eventuais falhas, sendo fonte de informação para uma análise crítica. 7º Gráfico de Controle É uma ferramenta da qualidade que usa estatística para monitorar e avaliar um processo, possibilitando o acompanhamento e a estabilidade deste. Encontrando variabilidade em um determinado processo, pode-se fazer a prevenção para eliminação de defeitos, ou evitar a produção de sucatas ou inservíveis em função de quebra da qualidade, ou ainda desenvolver os procedimentos para aumentar a e�ciência e reduzir custos. Figura 4.11 - Fluxograma Fonte: Paladini (1997, p.137 ) 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 36/46 Existem basicamente dois tipos de variâncias em processos que são detectáveis pelos grá�cos de controle: Causa Comum de Variação: são as pequenas variações que advém de várias fontes e são extremamente complexas de solucionar, em função de que é necessário conhecimento e análise de todas as variáveis do processo. As causas comuns são facilmente visualizadas dentro dos limites de controle. Causas Especiais de Variação: são as variações que ocorrem de modo pontual no processo, e a eliminação da variação está relacionada à execução da atividade-raiz. A causa especial deve ser eliminada e criados meios de prevenção para sua reincidência com ações preventivas. praticar V P ti 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 37/46 p Vamos Praticar De acordo com Lélis (2012, p.56) damos o nome de Folha de Veri�cação a uma tabela na qual registramos informações sobre o problema de um produto ou serviço. Analise as assertivas a seguir acerca das principais etapas e detalhes que podem ou devem ser usados na elaboração de uma folha de veri�cação, e assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso: I. ( ) É necessário que haja uma de�nição do objetivo da coleta de dados. II. ( ) Devem existir campos para registrar dados. III. ( ) Deve existir um momento para explicar a importância da coleta de dados. IV. ( ) Os testes são opcionais neste processo. Agora, escolha a sequência correta: a) F, V, V, F b) V, F, V, F c) V, V, V, F d) F, F, F, V e) V, V, F, F 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 38/46 Já temos há algum tempo, desde a abertura do mercado mundial, mudanças signi�cativas no que tange aos �uxos de capital. Com a expansão dos mercados, as necessidades para conquistá-los passou de apenas preço baixo, para preço baixo com qualidade. Não importa o que desejamos comercializar, os padrões de qualidade internacional exigem produtos diferenciados e com uma escalada de qualidade ininterrupta. Para assegurar que nossos produtos são de qualidade precisamos mostrar o que fazemos e como o fazemos, e precisamos conquistar e engajar nossos funcionários, que até mudaram de denominação. Passaram a ser reconhecidos como colaboradores, porque precisamos da colaboração deles muito mais do que apenas a venda de sua força de trabalho. Todas as técnicas, métodos e ferramentas da qualidade têm por objetivo garantir a qualidade do presente e a melhoria contínua, e mais do que manter um determinado nível de qualidade em produtos e serviços, técnicas, métodos e ferramentas da qualidade, permitem e promovem que o desejo do cliente por um determinado produto ou serviço transcenda, e passe a fazer Consolidação de SistemasConsolidação de Sistemas de Gestão Estruturadosde Gestão Estruturados 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 39/46 parte do cotidiano das empresas. Que a oferta de produtos ou serviços passe a ser cada vez mais próxima daquilo que deseja o cliente. A gestão do sistema da qualidade evoluiu e tende a evoluir mais ainda, pois a atenção ao consumidor há muito deixou de ser uma atitude retórica e ganhou corpo e volume para consolidar as relações produtor/consumidor. Todos ganharam a partir da consolidação dos sistemas da qualidade: ganhou o mercado consumidor que passou a contar com produtos de qualidade com preço e prazos de entrega mais aceitáveis e confortáveis; ganharam as instituições que podem dedicar seus esforços na construção/produção de produtos de qualidade com mercado mais certo e cativo; ganharam os colaboradores que tem no engajamento um meio de bem fazer produtos com qualidade; ganharam os investidores que passaram a obter retorno maior graças à melhor utilização dos recursos; ganha o planeta com a maximização da utilização dos recursos naturais e um tratamento mais digno da natureza. Para mantermos o foco na evolução do sistema de qualidade, a gestão precisa estruturar os ambientes da organização, fazer o controle (in-line, o�- line, on-line) para con�rmar se o que foram estabelecidos como objetivos e metas foram alcançados ou se é necessário intervenções para ajuste dos eventuais desvios apontados. As metodologias de melhoria contínua (PDCA, 5s, Kaizen, Seis Sigma, QDF e FMEA) orientam as organizações na busca pela excelência, fazendo uso das ferramentas da qualidade que são e�cazes na identi�cação e solução dos problemas. O Sistema de Gerenciamento da Qualidade se consolida quando qualidade passa a ser compreendida pelos colaboradores como um valor e não uma obrigação, quando uma instituição certi�cadora valida o SGQ de uma organização e confere a ela o tão desejado certi�cado de garantia da qualidade, quando os princípios da qualidade são perenes e aplicados, quando o SGQ da organização passa a ser sustentável e quando o processo de melhoria passa a ser e�caz e contínuo, na busca constante pela excelência. Um sistema de qualidade, bem sabemos, depende de uma gestão bem estruturada e consolidada. Deve atuar fortemente na atenção aos princípios gerais e básicos da qualidade. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 40/46 praticarVamos Praticar Um sistema de qualidade, bem sabemos, depende de uma gestão bem estruturada e consolidada. Deve atuar fortemente na atenção aos princípios gerais e básicos da qualidade. Assinale a alternativa correta quanto ao signi�cado de consolidação do Sistema de Gerenciamento da Qualidade. a) Signi�ca que o SGQ está sendo implementado. b) Signi�ca que o SGQ está estável e validado. c) Signi�ca que o SGQ não precisa de melhorias. d) Signi�ca que o SGQ precisa de certi�cação. e) Signi�ca que o SGQ não foi reconhecido. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 41/46 indicações Material Complementar LIVRO Gestão da qualidade em bens e serviços Marcelo Pupim Gozzi Editora: Pearson Education do Brasil ISBN: 9788543010175 Comentário: A obra apresenta de maneira clara os principais conceitos aplicados à Gestão da Qualidade. Proporciona ao estudante uma leitura objetiva. Aborda o estudo e aplicação prática dos fundamentos, ferramentas e metodologias que viabilizam a gestão e�ciente da qualidade. Disponível na Biblioteca Virtual. 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 42/46 FILME JOY: o nome do sucesso Ano: 2016 Comentário: O �lme conta a história de Joy Mangano, uma das mais bem sucedidasinventoras e empreendedoras dos Estados Unidos. A partir de uma necessidade pessoal, ela cria um escovão e agrega valor ao produto, com atributos de qualidade que nenhum concorrente antes valorizava. Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer disponível em: T R A I L E R 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 43/46 conclusão Conclusão Nesta unidade, apresentamos vários meios para acompanhamento, controle, e avaliação do Sistema de Gerenciamento da Qualidade. Foram discutidos métodos que proporcionam a melhoria contínua e evolução dos processos. São técnicas reconhecidas e utilizadas no mundo inteiro por todos os tipos de organizações que buscam melhorar a e�ciência do negócio por meio da eliminação de desperdícios, falhas, e retrabalhos. Também conhecemos os ambientes em que atuam a qualidade, e as sete ferramentas básicas da qualidade que norteiam o processo de controle do SGQ. As ferramentas da qualidade, como visto, são técnicas que buscam a resolução de problemas, identi�cando as causas, priorizando os problemas, para serem solucionados. referências Referências Bibliográ�cas BACK, Luani. Técnicas Japonesas na administração da Produção. UDC Medianeira. Disponível em: <https://bit.ly/2Ms57sD>. Acesso em: 27 jul. 2019. http://www.udc.edu.br/libwww/udc/uploads/uploadsMateriais/08062019145551T%C3%A9cnicas%20Japonesas%202019.2.pdf 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 44/46 BARROS, Elsimar; BONAFINI, Fernanda. Ferramentas da Qualidade. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. CAMPOS, V. Falconi. Controle da qualidade total: no estilo japonês. 8ª ed. Nova Lima/MG: INDG Tecnologia e Serviços Ltda, 2004. CHIROLI, Daiane M. de G. Avaliação de sistemas da qualidade. Curitiba: Intersaberes, 2016. GOZZI, Marcelo Pupim (Org.). Gestão da qualidade em bens e serviços. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. LÉLIS, Eliacy Cavalcanti (Org.). Gestão da Qualidade. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. NETO SHIGUNOV, A.; CAMPOS, L. M. F. Introdução à Gestão da Qualidade e Produtividade: conceitos, história e ferramentas. Curitiba: Intersaberes, 2016. MELLO, Carlos Henrique Pereira (Org.). Gestão da Qualidade. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2011. PALADINI, Edson P. Gestão da Qualidade: teoria e prática. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2012. PALADINI, Edson P. Gestão da Qualidade: teoria e prática. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2010. PALADINI, Edson Pacheco. Qualidade total na prática: implantação e avaliação de sistema de qualidade total. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1997. IMPRIMIR 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 45/46 21/09/2019 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 46/46