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TICs NO CURRICULO ESCOLAR: FRAGILIDADES E POTENCIALIDADES Reginaldo Santos de Souza1 Resumo: As TICs podem otimizar, expandir e colaborar com as possibilidades das práticas educativas, além de favorecer o cotidiano escolar, percebendo que essas tecnologias se revelam como ferramenta indispensável para a promoção de uma educação de qualidade e inclusiva e, ainda evidenciam que as TIC potencializam o processo de construção do conhecimento. Neste sentido o Papper teve objetivo analisar as fragilidades e potencialidades na inserção das tecnologias ao currículo e como isso repercute na prática pedagógica, dessa forma fazendo reflexões a respeito da forma de usá-las no currículo escolar. O Papper foi elaborado a partir de uma pesquisa bibliográfica e de abordagem qualitativa. Como resultados verificou-se que: a tecnologia faz parte do nosso dia a dia, acompanhando-nos em nossas atividades e, foi incorporada no espaço escolar com experiências inovadoras e exitosas, permitem uma nova forma, lúdica e divertida de desenvolver conhecimentos, que exige de ambos, professores e alunos uma nova postura frente o aprendizado. Palavras-chave: Aprendizagem. Educação. Ensino. Tecnologia da Informação e Comunicação. Abstract ICTs can optimize, expand and collaborate with the possibilities of educational practices, in addition to favoring school daily life, realizing that these technologies reveal themselves as an indispensable tool for the promotion of quality and inclusive education, and they also show that ICTs enhance the knowledge construction process. In this sense, the Paper aimed to analyze the weaknesses and potentialities in the insertion of technologies into the curriculum and how this affects pedagogical practice, thus reflecting on how to use them in the school curriculum. The 1 Bacharel em Tecnologia da Informação pela UNIP, no ano de 2013; Licenciatura em Pedagogia FAPAN, no ano de 2019; Especialista em Educação Especial e Inclusiva pela UniBF, no ano de 2019. E-mail: reginaldostm45@gmail.com mailto:reginaldostm45@gmail.com 2 Paper was created from a bibliographic research and a qualitative approach. As a result, it was found that: technology is part of our daily lives, accompanying us in our activities and, it was incorporated into the school space with innovative and successful experiences, allowing a new, playful and fun way to develop knowledge, which requires from both teachers and students a new attitude towards learning. Keywords: Learning. Education. Teaching. Information and communication technology. 1 Introdução Nos estudos de Bacich & Moran (2018) na atualidade, as tecnologias da informação e da comunicação (TICs) são a fundamental alavanca da sociedade moderna, intitulada “sociedade da informação”, “sociedade do conhecimento”, “sociedade em rede”. Nesse contexto, é muito importante e progressivamente necessário que as escolas promovam de forma assertiva o preparo dos seus alunos para saberem lidar com os grandes recursos advindos das tecnologias da informação e da comunicação e assim poderem usufruir ao máximo dos benefícios proporcionados. No entanto, se, num primeiro instante, a inserção de uma educação difundida pelos meios de comunicação parece solucionar o contratempo, uma investigação mais aprofundada sobre a temática aborda e analisa questões oportunas sobre o universo escolar, os currículos, o ensino e a formação dos professores e a relação professor aluno. Neste sentido o Papper teve objetivo analisar as fragilidades e potencialidades na inserção das tecnologias ao currículo e como isso repercute na prática pedagógica, dessa forma fazendo reflexões a respeito da forma de usá-las no currículo escolar. A pesquisa é de natureza bibliográfica, ou seja, elaborado com base em material já publicado. Quanto à natureza da pesquisa, será classifica-se como qualitativa. De acordo com (Bicudo, 2006, p. 106) “engloba a ideia do subjetivo, passível de expor sensações e opiniões”. Junta também percepções de diferenças e semelhanças, não sendo aplicável a ele a noção de rigorosidade. 3 2 Desenvolvimento Uma instituição de ensino que leva em conta as imposições da sociedade moderna e que, por isso, torna prioritária uma educação voltada para as novas tecnologias e à necessidade de incluir nos currículos escolares competências relativas à cultura digital, à diversidade cultural, às finanças, à saúde e às mídias precisam reformular a prática educativa. A simples introdução das tecnologias não resulta na melhoria do ensino; a melhoria do ensino com a introdução das TICs depende da forma como o professorado as utiliza dentro da sala de aula (Bacich & Moran, 2018). Em continuidade as reflexões Pretto (2011) assinala para a educação os “aparatos tecnológicos contemporâneos, construídos e desenvolvidos historicamente, constituem-se elementos que contribuem com a construção de outras práticas sociais” (Pretto, 2011, p. 101). Portanto a escola é posta com um importante e estratégico papel de mediar esse conhecimento para que tais recursos constituam de maneira satisfatória, para boas práticas educacionais e sociais. De tal modo, implicará em uma escola na qual “se aprenda a aprender a construir um novo homem capaz de se adaptar a um ambiente em contínua mudança” (Pretto, 2011, p. 74). Pretto (2011) afirmam que o simples ato de escrever foi modificado com o uso de celulares, tablets e notebooks criando assim novas e diferentes linguagens e formas de comunicação. A geração da tecnologia vai além do consumo de informações, mas correlaciona- se com uma produção de conhecimento e de cultura por meio da apropriação destes recursos tecnológicos, desta forma a escola as tecnologias de informação e comunicação devem ser alcançadas como “elementos de cultura, e não apenas como aparatos tecnológicos que ilustram ou facilitam os processos escolares” (Pretto, 2011, p. 110). 2.1 Fragilidades e potencialidades sobre o uso da TICs nos espaços escolares Constatou alguns obstáculos que dificultam a implantação de um sistema de educação que possa agregar as tecnologias inovadoras, que partem da carência de confiança e de estímulo 4 dos docentes em relação ao verdadeiro auxílio das TICs para a melhoria do processo de ensino e de aprendizagem à adequação dos currículos e dos tempos. Ainda que a implantação das TICs pelas escolas seja consequência de influências externas, existe uma série de questões a serem levadas em conta para assim poder haver a introdução dessa nova forma de ensinar. Em primeiro lugar existe a necessidade de reinventar as práticas pedagógicas para que a informação e comunicação tecnológicas não sejam meros apetrechos. Elas não podem ser somente utilizadas como instrumentos de repasse de conteúdos, e sim, o contrário, uma ferramenta que possibilite aos alunos e professores terem uma melhor qualidade na composição do conhecimento em sala de aula. Em segundo lugar, para podermos ter uma melhor qualidade do ensino não devemos permitir que haja uma dependência desses recursos de última versão dos programas informáticos educacionais. Finalmente, é muito importante ter clareza sobre quais as tecnologias temos a nossa disposição, e de que modo realmente podem contribuir para a melhoria da qualidade de ensino. Como potencialidades como citar a formação dos professores para o uso das TICs. Na compreensão de Silva (2017, p. 187) “os docentes precisam ter uma redefinição de seu papel e de sua interação com os alunos e com as inovações atuais. O professor é considerado fator importante para assegurar a integração das novas tecnologias no currículo escolar”. Na contemporaneidade busca-se uma nova representação de professor, anseiam um educador que envolva e agrupe as novas linguagens e tecnologias, educando para que promovam o desenvolvimento das habilidadese competências necessárias e indispensáveis na atualidade, aliando nas aulas maior interatividade. Assim, a escola precisa estar articulada com a sociedade, vivenciando os diferentes fatos e realidades. Isso constitui que os professores visualizam essas demandas podem agregar mudanças educacionais. A aprendizagem na era do conhecimento não pode ser determinada somente ao ambiente físico da sala de aula, carece abrir as fronteiras tradicionais, pois uma das 5 formas de evoluir é transformar o desenho da escola, do currículo e do educador. Assim sendo, a escola percebe uma dinâmica de trabalho diferente com a família, nos ambientes virtuais, na comunidade e nas diversas esferas humanas. 2.2 O uso da ferramenta Facebook na perspectiva didático pedagógica A opção pelo uso do Facebook como ferramenta de práticas metodológicas inovadoras derivou da percepção dos estudantes se encontram cada vez mais integrados ao mundo de possibilidades representadas pela internet. O projeto “O uso das redes sociais como ferramenta didático pedagógica: Facebook”. Ocorreu na escola onde desempenho minhas atividades enquanto docente no ano de 2021, no contexto da pandemia da Covid-19. O projeto teve como justifica-se por analisar as potencialidades e fragilidades da rede social: Facebook. O público alvo foram alunos do 5º, 6º, 7º ano do Ensino Fundamental (Séries inicias e finais), tendo um número total de 60 participantes, teve como objetivo promover uma análise reflexiva sobre o uso da rede social Facebook como ferramenta pedagógico no processo de ensino e aprendizagem. Para Rocha & Mesquita (2019, p. 4): As TICs ampliaram, de sobremaneira, as noções de espaço educativo. No tocante às redes sociais Facebook e Whatsapp estas são largamente utilizadas no Brasil por uma clientela diversificada. Percebe-se, por exemplo, a presença de adolescentes em fase de escolarização e provenientes de diferentes camadas sociais, atraídos, muitas vezes, pelas rápidas trocas de informações nas plataformas com recursos multifuncionais. Estes mecanismos interativos se apresentam como ferramentas pedagógicas, com abrangência interativa e de acesso peculiares. O conteúdo abordado no projeto foram: você usa as redes sociais? você utiliza o Facebook, apontamentos de potencialidade do Facebook na perspectiva educacional e apontamento de fragilidades do Facebook como ferramenta didático pedagógica. As estratégias de ensino separar os alunos em dois grandes grupos: o primeiro irá defender as potencialidades da rede social Facebook e o segundo grupo fará a defesa das fragilidades. 6 Ao final os alunos apresentem através de fotos, vídeos, imagens e músicas preferidas na quais representam as potencialidades e as fragilidades do uso da rede Facebook como ferramenta que contribuem de maneira significativa para o processo de ensino e aprendizagem. Sempre seguindo o estilo das redes sociais, instigando e sondando: Quem curte essa? Quem já conhecia? Quem gostaria de compartilhar? Por quê? Os Recursos materiais e humanos utilizados na aplicação do projeto computador, Data Show, papel A4 e cartolina e por último a avaliação ocorreu de maneira formativa com a realização de atividades em grupo e exposição de atividade prática. 3 Considerações Finais A tecnologia faz parte do nosso dia a dia, acompanhando-nos em nossas atividades e, a algum tempo foi incorporada no espaço escolar obtendo sucesso na grande maioria das experiências, uma vez que a escola, como parte inerente à sociedade na qual vivemos, não pode ficar imobilizada e nem indiferente frente às mudanças que vêm acontecendo de forma rápida e constante. O trabalho docente tem passando por intensas e expressivas mudanças com o uso das TICs, esses recursos tecnológicos permitem uma nova forma, lúdica e divertida de desenvolver conhecimentos, que exige de ambos, professores e alunos uma nova postura frente o aprendizado. Especialmente, o uso de redes sociais como o Facebook, tornam-se potencial no processo de ensino e aprendizagem permitindo uma maior participação entre múltiplos sujeitos do contexto escolar estimulando a interação e colaboração em processos educacionais além de impulsionar a construção coletiva crítico reflexiva de informação e de conhecimento. 7 4 Referências Bibliográficas Bacich, L., & Moran, J. (2018). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. 1 ed. Porto Alegre: Penso. Bicudo, MAV (2006). Pesquisa Qualitativa e pesquisa qualitativa segundo a abordagem fenomenológica. In Borba, MC, Araújo, JL. Pesquisa Qualitativa Kenski, VM (2012). Educação e tecnologias: O novo ritmo da Informação. 8 ed., Campinas, SP. Papirus. [Coleção Papirus Educação]. Pretto, NL (2011). O desafio de educar na era digital: educações. Revista Portuguesa de Educação. 95-118. CIEd - Universidade do Minho. Silva, ICS, Prates, TS, Ribeiro, LFS (2017). As Novas Tecnologias e aprendizagem: desafios enfrentados pelo professor na sala de aula. Em Debate, [s.l.], n. 15, 107-124. http://dx.doi.org/10.5007/1980- 3532.2016n15p107 http://dx.doi.org/10.5007/1980-%203532.2016n15p107