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NOME: Cícera Daniele Lopes Barros RA: 00231267 NOME: Nathália Davila RA: 00218879 NOME: Rebeca Menezes dos Santos RA:00167781 CASO CLÍNICO- FRATURA DO ESCAFÓIDE Caso clínico Um ginasta de 18 anos de idade foi avaliado com queixa de dor insidiosa e crescente no punho direito. Sua rotina de treinos era de seis horas por dia, três dias por semana, nos últimos sete anos. Aproximadamente, três meses antes da visita ao médico, iniciou quadro de dor severa no punho, com piora à extensão, especialmente nas atividades de salto no cavalo e nas barras paralelas. Inicialmente, acreditava ser uma lesão muscular e tratou conservadoramente, aplicando gelo e reduzindo a atividade esportiva, mas com pouca melhora. Não havia história de dor ou trauma no punho acometido. Exame físico O exame físico revelou a presença de calosidades cutâneas sobre o rádio distal e escafóide direitos. O paciente relatou dor na tabaqueira anatômica e na epífise radial distal. Apresentava 38º de extensão do punho à direita e 60º à esquerda. A amplitude de movimento estava limitada a 12º de desvio radial no punho direito, porém, sem limitações à flexão e desvio ulnar do mesmo. A avaliação da força de preensão da mão direita mostrou 46,5 quilogramas-força (kgf) e, na esquerda, 81,5kgf. Pronação, supinação e mobilidade digital encontravam-se dentro dos limites de normalidade. Diagnóstico A lesão epifisária concomitante observada na radiografia e na RNM apresentou-se como um fator complicador da fratura do escafóide, necessitando de atenção maior ao punho.As lesões nos punhos dos ginastas são decorrentes de uma fraqueza na musculatura do punho e nos dedos dos ginastas. Essa fraqueza impede o amortecimento adequado do impacto no movimento de dorsiflexão do punho. Dessa maneira, há impacto no rádio distal e nos ossos do carpo. Os ligamentos do punho protegem o pólo proximal do escafóide enquanto a sua porção distal fica exposta ao impacto. Esse princípio vale para as fraturas por estresse, através de forças repetitivas aplicadas em menor intensidade que aquelas necessárias para desencadear a fratura aguda. Tratamento O tratamento inicial pode ser realizado por processo cirúrgico, onde há grande variedade de dispositivos que auxiliam na redução de fraturas. O tratamento fisioterapêutico deve ser imediato, a fim de reduzir os efeitos da imobilização, redução de edema, aderência, cicatriz, perda de tônus e amplitude de movimento. Em geral, busca-se a recuperação precoce e completa das funções do membro para possibilitar o retorno das atividades diárias. No período após imobilização com gesso ou tala deve ser iniciado um programa de fisioterapia. As técnicas que revelam maior eficácia nesta condição: ● Exercícios para melhorar a amplitude articular do polegar e punho. Técnicas de facilitação neuromuscular proprioceptiva e de alongamento activo são fundamentais para prevenir grandes limitações. ● Terapia ocupacional: estimulação proprioceptiva do punho e mão através da manipulação de objectos. ● A aplicação de calor antes dos exercícios para aumentar a irrigação sanguínea e de gelo no final para prevenir sinais inflamatórios. ● Massagem de mobilização dos tecidos moles. ● Educação do paciente e plano de retorno gradual à atividade Exercícios fisioterapêuticos •Fase inicial Analgesia Evitar contraturas •Fase intermediária Liberar contraturas Estimular cicatrização •Fase Final Restauração da força muscular Restauração da habilidade Flexão/extensão do punho Com o antebraço apoiado. Dobre o punho, ficando com a palma da mão virada para si e os dedos para baixo. Rode o punho para cima, ficando a palma da mão virada para a frente e os dedos para cima. Oponência do polegar Com o antebraço e mão apoiados, una a ponta do dedo polegar à ponta do dedo mínimo repita entre 8 a 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.