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Assistente de Secretaria Escolar - Turma 2022A 4.2.4 Mas, por que a escola é diferente das demais organizações sociais? Sem dúvida, a resposta a esta questão merece um debate mais demorado. Entretanto, como mais adiante trataremos da natureza e especificidade do trabalho na organização escolar, sinalizaremos essa resposta, neste item, de uma forma mais breve. Certamente, é fundamental que todos aqueles que, como você, participam do trabalho da escola, possam responder, com clareza, à questão levantada. De forma sintética, é possível afirmar que a escola se distingue das demais organizações, entre outros fatores, por: promover o desenvolvimento de capacidades cognitivas, operativas e sociais dos alunos, por meio de conteúdos sistematizados; propiciar condições para fortalecer a subjetividade e identidade cultural das pessoas; preparar para o trabalho e formar para a sociedade tecnológica e do conhecimento; formar para a cidadania crítica sujeitos que interfiram na realidade, visando transformá-los e não apenas integrá- los ao mercado de trabalho; desenvolver a formação dos indivíduos para valores, éticos, qualidades morais, traços de caráter, atitudes e convicções humanitárias de solidariedade. Estas e outras ideias convergem para a característica principal da escola como organização: sua atuação no processo de socialização das pessoas, de modo a formá-las, com autonomia, crítica e reflexão para desenvolver os papéis que elas assumirão em outras organizações e na sociedade como um todo, na perspectiva de contribuir p p q g ç , p p para a transformação dessa mesma sociedade. Devido à sua importância, a especificidade da organização educacional tem sido tratada, nos últimos anos, por diversos autores que discutem a administração escolar. Particularmente, dois desses autores – Bordignon e Gracindo (2001) – ressaltam que essa especificidade é definida por alguns fatores que tornam a escola singular, diante de quaisquer outras organizações sociais. Para esses autores, tais fatores são: 1. a finalidade; 2. a estrutura pedagógica da escola; 3. as relações internas e externas que decorrem dessa mesma estrutura; e 4. o resultado de sua produção, o qual se diferencia da produção em série, característica de outras organizações, como, por exemplo, as industriais e comerciais. Visando reiterar a distinção da escola, em relação às demais organizações sociais, apresentamos a seguinte ideia dos mesmos autores: A “produção” da escola, diferentemente de outras organizações, não tem sua qualidade definida na padronização, mas na “produção” de seres emancipados, autônomos, não-autômatos (dimensão individual) e na “produção” da equidade, da justiça social (dimensão social) (BORDIGNON & GRACINDO, 2001, p. 155). Referência: BORDINGNON, G. & GRANCINDO, R. V. Gestão da educação: o município e a escola. In: FERREIRA, N. S. C. & AGUIAR, M. A. da S. (Orgs.) Gestão da educação: impasses, perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2001, p. 43-67. Este material foi baseado em: SOUZA, José Vieira. Trabalho escolar e teorias administrativas. Universidade Federal de Mato Grosso/Rede e-Tec Brasil, Cuiabá: 2013. Última atualização: sexta, 12 nov 2021, 13:44 Mudar para o tema padrão ← 4.2.3 Níveis de participação dentro das organizações Seguir para... 4.4 Teorias administrativas: fundamentos conceituais e históricos da administração → https://moodle.ifrs.edu.br/theme/switchdevice.php?url=https%3A%2F%2Fmoodle.ifrs.edu.br%2Fmod%2Fpage%2Fview.php%3Fid%3D220595&device=default&sesskey=iozwoQaZiz https://moodle.ifrs.edu.br/mod/page/view.php?id=220594&forceview=1 https://moodle.ifrs.edu.br/mod/page/view.php?id=220598&forceview=1