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RESUMO: Observações sobre os conceitos de cidade e urbano de Sandra L.
Nos voltando para o diretamente para o artigo, a autora divide tópicos para discorrer sobre o tema. No primeiro ponto, ela busca evidenciar que objetos independem de conceitos para existirem e justifica em primeira instancia que aquilo que é real não precisa de um pensamento acerca dele para validar sua existência. Aproveitando do exemplo a respeito do número 4 em que caracteriza que antes de haver o conceito de número e entendimentos sobre matemática e cálculos, havia alguma forma de quantificar objetos, logo, o objeto (numero) nunca dependeu da existência do seu significado (conceito matemático para a representação de medida, ordem ou quantidade) para existir. Assim como elementos como água, fogo, terra e ar, que existiam e eram aproveitados/utilizados mesmo antes de nós humanos conhecermos suas origens e composições. 
Durante a segunda observação, a autora relaciona suas ideias de forma opositora com as de Platão (intencionalmente ou não) onde diz que o conceito é “um reflexo do real” pois, conectando com o filósofo, o mundo real, é um reflexo do mundo das ideias. Mundo este que teoricamente é “perfeito” e podemos ilustrar essa ideia dando o exemplo de um veículo automotor: pode ter duas, três, quatro rodas ou mais, pode ter volante ou não, dentre outras características variáveis que são indiferentes pois a ideia de veículo automotor foi a fonte inicial dessa criação. Logo, o uso de um numeral apenas reflete a quantidade de algo que já existe e está quantificado.
Conceitos são uma grande ironia em sua essência pois funcionam baseando-se na realidade em todos os seus aspectos. Aspectos esses que usam de elementos reais para atribuir significado a outros elementos reais e agora que há a ironia, pois, o fato de o conceito não existir fisicamente, e ser uma ponte entre a explicação de algo (uma ideia ou um objeto) e a realidade em si o torna algo subjetivo.
Continuando a falar sobre a concepção e existência de um conceito, é dito que o conceito é uma definição simplista de algo pois apesar de que é necessária para sua constituição a pesquisa de diversos elementos reais, com características distintas e em essência iguais, seu produto final é apenas uma visão geral acerca de toda busca realizada para a construção do mesmo. Por exemplo: sabemos que frutas são receptáculos de sementes que podem ser ocasionalmente usadas como alimento. Porém há diversas características para as mesmas, características essas que quando se é usado apenas o conceito de fruta, são deixados de lado. Não sentimos o cheiro de uma maçã ou de um tomate quando ouvimos seu conceito, assim como não sentimos seu sabor adocicado. Mesmo diante disso, a autora deixa em evidencia que as características não são descartadas quando fundamentado o conceito, são categorizadas dentro do mesmo. A sua simplificação não incide em inexistência de detalhes apenas os comprime para facilitação de entendimento.
Como vimos que o conceito apenas espelha a realidade, caso a realidade se altere é natural que conceitos também se alterem. Por exemplo, na idade antiga acreditava-se que uma tempestade era causada pela vontade de alguma divindade antropomórfica, porém esse conceito foi substituído quando se constatou que as chuvas são na verdade a grande precipitação das nuvens quando há condensação do vapor d’água que as compõem, causando assim a transformação desse vapor em água liquida novamente, água essa que não se mantem no ar devido ao seu peso e assim volta a cair em direção ao solo. Logo, conceitos são mutáveis de acordo com a realidade em que estão inseridos assim como podem ser derivados de outros conceitos.
De forma direta, todo contexto é interligado a outros. O conceito de chuva está ligado ao conceito de atmosfera, ao conceito de nuvens, de clima, entre outros por exemplo. Pois se um conceito representa a realidade usando de elementos reais, esses elementos também possuem seus conceitos, criando assim uma interlocução entre os mesmos.
A autora buscou deixar claro que existem diferentes formas de lidar com um conceito a partir de quem o observa. Pois um conceito necessita de uma definição concreta e para existir de forma que se o indivíduo se apegar à definição de algo, ele pode conceituar de formas diferentes o mesmo elemento. 
Sandra Lencioni busca discorrer sobre as palavras “cidade” e “urbano” gramaticalmente para apontar seus significados e baseia-se nas suas etimologias para determinar as primeiras vezes que foram usadas. Segundo o Dicionário Houaiss, “cidade” significa “aglomeração humana de certa importância, localizada numa área geográfica circunscrita e que tem numerosas casas, próximas entre si, destinadas à moradia e/ou a atividades culturais, mercantis, industriais, financeiras e a outras não relacionadas com a exploração direta do solo”, mas sua definição não abrange a imensidão de sentidos que a palavra pode ter. Como na frase “A cidade decretou livre o uso de máscaras. ” A palavra “cidade” é um substantivo que exprime sentido como “a prefeitura”. No que diz respeito a palavra “urbano”, ela é um adjetivo que pode ser utilizado como substantivo justamente por conta dos diversos sentidos que pode ter assim como a palavra “cidade” dita acima, logo, pode estar acompanhando um substantivo e qualificando-o assim como pode estar sendo qualificada por outro adjetivo. É dito que a palavra “cidade” veio do latim e se encontra datada no século XIII, porém, a respeito da palavra “urbanismo” vem à tona um fato curioso: as palavras “urbanidade” e “suburbano”, vieram antes da palavra “urbanismo” que é datada no século XX enquanto as duas palavras anteriores são conhecidas e utilizadas na nossa língua desde o século XVI.
Ao longo do artigo, diversos assuntos abordados anteriormente no mesmo é trazido de volta à discussão. Como por exemplo o conceito ser uma mera reflexão sobre um elemento real assim como o questionamento de como conceitos são mutáveis de acordo com seu meio, porém diante de todas as alterações que ocorreram nas cidades, seu conceito nunca mudou. Na verdade, apenas foram acrescidos novos pontos nesse conceito, dentre outros que foram discutidos mais cedo.
É apontado que um fator determinante para a definição é o sedentarismo em determinado local. Ponto completamente coerente, pois, se pensarmos em uma trupe dos tempos medievais acampando por um período de tempo não se pode caracterizar como “cidade” pois esse assentamento é temporário. Assim como uma cabana localizada numa floresta não pode ser considerada devido à falta de aglomeração. Além desses dois fatores, há também o sentimento de identidade dentre os habitantes de uma cidade assim como uma ordem administrativa. 
Já foi dito anteriormente que o termo “urbano” provem do séc. XX, Lefebvre indica que “urbano” pode ser determinado por industrialização, mas não é um fator essencial. Baseando-se nas estruturas provenientes nas cidades já estabelecidas e no seu processo de estabelecimento.

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