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Segundo Edgar Morin, teórico francês, toda e qualquer situação deve ser analisada a partir de uma visão complexa sobre o mundo. Nesse sentido, a importância da educação financeira nas escolas mostra-se como uma pauta que necessita de complexidade para sua compreensão efetiva. Destaca-se como entrave para a concretização da temática a negligência estatal, o que tem como consequência a falta de conscientização financeira da população.
Sob esse viés, é evidente que o descaso governamental dificulta a garantia da educação financeira nas escolas, o que configura-se como uma problemática. Esse fato pode ser observado, por exemplo, na falta de oferta de cursos capacitadores para professores sobre como ensinar tópicos monetários nas salas de aula, além de não ter uma matéria específica de educação financeira na Base Nacional Comum Curricular. Nesse sentido, pode-se levar em consideração a ideia do “Contrato Social”, do filósofo John Locke, a qual diz que o Estado é responsável por resolver todas as questões públicas e garantir a harmonia social. Entretanto, nota-se que essa negligência governamental configura-se como uma quebra do “Contrato Social”, visto que o Estado não oferece a estrutura necessária para as escolas implementarem a educação financeira nas aulas. Consequentemente, infelizmente, os alunos são prejudicados, pois são privados de adquirirem instruções monetárias que serão importantes para a vida deles. Assim, se essa falta de ação do governo se mantiver, o Brasil permanecerá distante de uma população educada financeiramente. 
Em consequência disso, a maioria dos brasileiros acaba não adquirindo uma consciência financeira. Nesse contexto, é válido considerar o pensamento do escritor Paulo Freire, o qual diz: “se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Sob essa perspectiva, nota-se a importância e o poder que a educação financeira possui, dado que é essencial para o gerenciamento do salário, logo, auxilia na promoção de uma qualidade de vida melhor e garante certa segurança caso ocorra imprevistos. No entanto, lamentavelmente, essa instrução não está ocorrendo nas escolas brasileiras, com isso, cria-se uma população despreparada para lidar com taxas de juros, inflação e investimentos, o que acarreta problemas na vida dos brasileiros. Diante disso, sabendo que esse cenário interfere no bem-estar de muitas pessoas, uma intervenção positiva faz-se necessária para superar a problemática. 
Diante do exposto, portanto, é inegável que medidas são necessárias para resolver esses impasses. Para isso, o Estado - na condição de promotor da harmonia social - deve fornecer toda a estrutura necessária para a implementação da educação financeira nas escolas. Isso deve ser realizado por meio da oferta de cursos capacitadores para professores e através da criação de uma matéria específica sobre o assunto na Base Nacional Comum Curricular, a fim de que os alunos adquiram uma consciência financeira e saibam como lidar com seu dinheiro. Dessa forma, o “Contrato Social” será cumprido.

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