Ao realizar a escrituração dos resultados escolares, a coordenação pedagógica de uma escola percebe uma disparidade significativa entre as condições socioeconômicas dos alunos e seu desempenho acadêmico. Alguns estudantes, mesmo com acesso a recursos, apoio familiar e infraestrutura adequada, demonstram baixo rendimento, enquanto outros, em condições mais vulneráveis, obtêm bons resultados. Esse cenário leva a equipe a discutir o papel da motivação nos processos de aprendizagem e como ela pode interferir na forma como os alunos respondem às experiências escolares.

Com base na teoria humanista da motivação, essa disparidade pode ser interpretada como:

• Uma demonstração de que o reforço ambiental ainda é o principal fator explicativo para o sucesso acadêmico, independentemente do nível socioeconômico.
• Uma confirmação de que a motivação para aprender depende da satisfação progressiva de necessidades humanas, e que nem sempre a satisfação das necessidades básicas garante a emergência de motivações superiores, como a busca por autorrealização.
• Uma evidência de que os sujeitos são motivados inconscientemente por conflitos internos não resolvidos, o que independe de suas condições materiais.
• Uma indicação de que a aprendizagem ocorre apenas quando há associação entre estímulo e resposta, sendo a motivação diretamente proporcional à presença de reforçadores externos.