Uma cidade costeira, historicamente dependente da pesca artesanal, sofre um desastre ambiental que contamina suas águas, tornando a pesca inviável. Em resposta, diversas entidades começam a atuar: (1) a prefeitura local, que decreta estado de emergência e tenta organizar a distribuição de auxílios; (2) uma grande ONG ambientalista internacional, que envia técnicos para analisar a água e propor soluções; (3) um grupo de pescadores que se organiza para fazer protestos e exigir indenizações; e (4) vários cidadãos não afiliados que, individualmente, doam alimentos e água para as famílias afetadas. Com base no entendimento de uma organização como um sistema orientado por objetivos e que interage com seu ambiente, qual alternativa avalia corretamente o papel e a natureza dessas diferentes entidades na resposta à crise? Todas as ações, incluindo as doações individuais dos cidadãos, formam uma única grande organização de resposta à crise, pois todas compartilham o objetivo comum de mitigar o sofrimento da população. Apenas a prefeitura e a ONG são organizações, pois são as únicas com registro formal e recursos para agir. As ações dos pescadores e dos cidadãos são importantes, mas classificadas como reações sociais espontâneas. A prefeitura, a ONG e o grupo de pescadores são exemplos distintos de organizações que, como sistemas abertos, tentam responder a uma mudança drástica em seu ambiente. As doações individuais, por sua vez, representam ações isoladas, não coordenadas. Nenhuma das entidades pode ser considerada uma organização eficaz no cenário, pois a complexidade da crise (ambiente externo) supera a capacidade de coordenação de todas elas, tornando seus objetivos comuns inalcançáveis. O grupo de pescadores não pode ser considerado uma organização, pois seu objetivo (protestar) é de confronto e não de construção, o que vai contra o princípio de colaboração para um objetivo comum.