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Uma intervenção eficaz contra doenças transmitidas por vetores em uma cidade exige vigilância oportuna e ação territorializada, guiadas por dados de qualidade. A gestão deve integrar indicadores entomológicos (LIRAa/índice de Breteau, positividade de ovitrampas), epidemiológicos (incidência, hospitalizações e letalidade por bairro) e de processo (cobertura de visitas domiciliares, tempo de resposta às notificações, percentual de imóveis tratados e criadouros eliminados) para priorizar hotspots considerando sazonalidade e risco. Com base nisso, planeja-se um pacote coordenado: eliminação de criadouros e manejo ambiental e de resíduos, controle químico racional (focal e UBV quando indicado), comunicação de risco e mobilização social, fiscalização de imóveis fechados/abandonados e fortalecimento do manejo clínico com fluxos de referência para reduzir casos graves e óbitos. A articulação intersetorial (saúde, meio ambiente, educação, obras, defesa civil) e o uso de dados meteorológicos e de mobilidade aumentam a efetividade e permitem ajustes rápidos. Transparência, auditorias de campo e investigação de óbitos e surtos garantem qualidade e accountability, sustentando decisões custo-efetivas ao longo de todo o ciclo sazonal (Brasil, 2025). Diante disso, considere este cenário: Uma equipe de vigilância epidemiológica está planejando uma intervenção para combater uma doença transmitida por vetor em uma cidade. A equipe dispõe de dois indicadores principais: o índice de infestação predial (IIP), que mede a porcentagem de imóveis com focos do vetor, e o Coeficiente de Incidência da doença, que mede o número de casos novos em um determinado período. Durante uma reunião, um membro da equipe argumenta que a ação deve ser focada exclusivamente nos bairros com alto Coeficiente de Incidência. Outro defende que o foco deve ser nos bairros com alto Índice de Infestação Predial, mesmo que ainda não tenham muitos casos da doença. A escolha de focar nos bairros com alto IIP, em detrimento daqueles com alta incidência já estabelecida, representa uma estratégia de gestão baseada em qual princípio da saúde coletiva? A. Uma ação curativa, pois visa tratar o ambiente para eliminar a doença antes que ela se manifeste nos seres humanos, focando na causa primária. B. Uma estratégia de promoção da saúde, pois se concentra em fortalecer os determinantes sociais positivos nos bairros mais vulneráveis para que resistam melhor à doença. C. Uma abordagem baseada no risco e na prevenção, pois atua sobre a condição que precede o adoecimento, com o objetivo de evitar que novos casos surjam no futuro. D. Uma decisão equivocada de alocação de recursos, pois a prioridade da saúde pública deve ser sempre tratar as pessoas que já estão doentes, onde a incidência é maior. E. Uma tática de vigilância passiva, na qual a equipe espera que a presença do vetor se traduza naturalmente em casos para só então confirmar a necessidade de intervenção.
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Claudiane santos

ontem

Respostas

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ontem

Vamos analisar cada alternativa cuidadosamente: A. Uma ação curativa, pois visa tratar o ambiente para eliminar a doença antes que ela se manifeste nos seres humanos, focando na causa primária. Falso, essa alternativa sugere uma abordagem curativa, mas o foco no IIP é mais preventivo do que curativo. B. Uma estratégia de promoção da saúde, pois se concentra em fortalecer os determinantes sociais positivos nos bairros mais vulneráveis para que resistam melhor à doença. Falso, essa alternativa fala sobre promoção da saúde, mas não se relaciona diretamente com a escolha de focar no IIP. C. Uma abordagem baseada no risco e na prevenção, pois atua sobre a condição que precede o adoecimento, com o objetivo de evitar que novos casos surjam no futuro. Verdadeiro, essa alternativa é correta, pois focar no IIP é uma estratégia preventiva que busca evitar a manifestação da doença. D. Uma decisão equivocada de alocação de recursos, pois a prioridade da saúde pública deve ser sempre tratar as pessoas que já estão doentes, onde a incidência é maior. Falso, essa alternativa sugere que a prioridade deve ser o tratamento, o que não se alinha com a estratégia de prevenção. E. Uma tática de vigilância passiva, na qual a equipe espera que a presença do vetor se traduza naturalmente em casos para só então confirmar a necessidade de intervenção. Falso, essa alternativa descreve uma abordagem passiva, enquanto a escolha de focar no IIP é uma ação proativa. Com base na análise, a alternativa correta que representa a estratégia de gestão baseada no princípio da saúde coletiva é: C. Uma abordagem baseada no risco e na prevenção, pois atua sobre a condição que precede o adoecimento, com o objetivo de evitar que novos casos surjam no futuro.

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