A implantação das licenciaturas curtas durante o período da ditadura civil-militar brasileira teve um impacto significativo na formação de professores e na estrutura educacional. Essas licenciaturas visavam atender à demanda por profissionais de ensino de forma rápida, mas muitas vezes resultaram em uma formação superficial e inadequada. Esse modelo de formação contribuiu para a padronização do ensino e a imposição de uma educação que refletia os ideais do regime, priorizando a disciplina e o controle social em detrimento de uma educação crítica e reflexiva. Além disso, a falta de uma formação mais aprofundada limitou a capacidade dos educadores de promover uma educação que fomentasse a cidadania e a autonomia dos alunos, alinhando-se mais aos interesses do Estado do que às necessidades da sociedade. Assim, as licenciaturas curtas impactaram a qualidade da educação e a formação de uma consciência crítica nos estudantes, perpetuando um modelo educacional que favorecia a conformidade e o controle social.